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Enquete: Quais Cavaleiros de Ouro foram bem explorados?


Vote em quais cavaleiros de ouro do mangá clássico você acha que foram bem explorados por Masami Kurumada. O usuário pode selecionar quantas opções desejar.  

12 votos

  1. 1. Vote em quais cavaleiros de ouro do mangá clássico você acha que foram bem explorados por Masami Kurumada. O usuário pode selecionar quantas opções desejar.

    • Shion de Áries
      3
    • Mu de Áries
      5
    • Aldebaran de Touro
      0
    • Saga de Gêmeos
      11
    • Kanon de Gêmeos
      10
    • Máscara da Morte de Câncer
      1
    • Aiolia de Leão
      10
    • Shaka de Virgem
      11
    • Dohko de Libra
      6
    • Milo de Escorpião
      0
    • Aiolos de Sagitário
      0
    • Shura de Capricórnio
      1
    • Camus de Aquário
      3
    • Afrodite de Peixes
      1


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Motivado por algumas colocações feitas em outro tópico, resolvi criar esta enquete e propor um debate para dialogarmos a respeito da participação dos cavaleiros de ouro no mangá. Quais deles foram bem aproveitados/desenvolvidos e por quê? Dentre os que você acha que poderiam ter sido mais explorados, o que você mudaria ou acrescentaria na obra para valorizá-los?

Sintam-se livres para desenrolar o tema conforme acharem melhor. Podem votar em quantos cavaleiros de ouro quiserem.

 

Créditos à imagem: etamindraconis (deviantart).

Editado por Lucas Augusto da Silva
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Sem ND: Shaka, Kanon, Saga e Aiolia.

Com ND: Dohko incluído.

Mu, Máscara da Morte e Afrodite estariam aqui se o mangá tivesse mostrado as motivações deles, mas não mostrou, então considero personagens incompletos, mesmo ganhando do Aiolia em termos de mitologia.

Capricórnio e Touro pra mim são os piores em tudo, mitologia, personagens, etc. Kurumada tava com muita má vontade aqui. Capricórnio até tem chances de reverter o quadro com o Izo, já touro...

Editado por Cesare
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Bem explorado/desenvolvido é um negócio meio complicado. Todos tinham uma função e cumpriram ela bem, eles nunca foram feitos para terem o mesmo destaque dos Cavaleiros de Bronze.

Saga e Shaka, os mais "bem explorados", são assim porque eles assumiram funções relevantes para o desenvolvimento da história - Saga com o antagonismo e Shaka com a descoberta do arayashiki.

Já os "menos desenvolvidos e subutilizados", Máscara da Morte, Afrodite e Aldebaran tinham a função de servir de escada para os protagonistas, de fazerem eles superarem seus limites e isso eles o fizeram plenamente. Quem esperava algo a mais é que tá equivocado, porque o papel deles foi cumprido.

Então acredito que todos eles foram bem explorados no sentido que era proposto pra trama.

Editado por SaintInter
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O maior problema dessas threads é que quase sempre quem é de um signo favorecido pelo roteiro tem opinião enviesada, jamais vai enxergar ou pelo menos vai fingir que as limitações do Kurumada em desenvolvimento de vilões não existem. Mesmo sendo de Virgem, eu acho muito ruim a forma de como o Kurumada trata os vilões e personagens escada. Desde cavaleiros de prata, ouro e até espectros. Não tem único deus ou espectro profundo na franquia, Suikyo é o primeiro e quem sabe a Ártemis quebra esse padrão, só tem um marina mais ou menos desenvolvido que foi o Sorento e tem gente que ainda assim consegue passar pano pro Kurumada, vai entender.

Eu queria muito ver um capricorniano, um canceriano ou um taurino passando pano pro Kurumada, acho que nunca vou ver.

Editado por Cesare
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Votei na maioria dos cavaleiros de ouro, sendo eles: Shion, Dohko, Saga, Kanon, Mu, Shaka, Aiolia e Camus.

A participação e construção desses personagens não são equivalentes, mas votei em todos cuja importância vai além de simplesmente um adversário para os cavaleiros de bronze (pois até então vários personagens desempenham esse papel) e que contribuem ou são utilizados para desenvolver à história de alguma forma. Vou justificar meus votos:

 

1) Shion - foi o legítimo Grande Mestre, mestre de Mu e um dos únicos sobreviventes da última Guerra Santa. Sua primeira aparição foi no flashback do Saga na fase santuário, ocasião em que é assassinado por Saga após escolher Aiolos como seu sucessor. Retorna na saga de Hades como o líder dos renegados, travando um duelo com Dohko e revelando toda a verdade sobre a traição dos cavaleiros de ouro e sobre a armadura de Athena, além de aprimorar as armaduras de bronze dos protagonistas.

Embora sua participação tenha sido mais curta que a dos outros dourados que listei, achei que foi bem consolidada. O background dele é importantíssimo e teve bastante destaque em Hades Santuário.

2) Dohko - guardião do selo de Athena, mestre de Shiryu e o segundo sobrevivente da última Guerra Santa. O Mestre Ancião aparece em alguns flashbacks de treinamento do Shiryu e é um dos cavaleiros que se rebela contra o santuário. Dohko ajuda os cavaleiros em diversos momentos com a armadura de Libra (notadamente na casa de Libra e na saga de Poseidon) e com informações relevantes sobre o Arayashiki, o Muro das Lamentações e os Campos Elísios. Trava um duelo com Shion na saga de Hades junto de Shiryu.

Dohko é um dos personagens mais importantes do mangá clássico e contribui significativamente no desenrolar da história. Seu rejuvenescimento com o Misopheta Menos foi uma grata surpresa na saga de Hades.

3) Saga - o principal vilão da fase santuário, irmão gêmeo de Kanon e um dos protagonistas da fase Hades Santuário. A usurpação de Saga há 13 anos desencadeia os principais eventos do mangá e afeta imensamente as forças do santuário. Saga é retratado como um personagem poderosíssimo, sendo necessário o esforço conjunto de todos os cavaleiros de bronze e do escudo de Athena para enfim derrubá-lo. Lidera Camus e Shura na saga de Hades, introduzindo a Exclamação de Athena e passando por todos os percalços e desonras para que o exército de Athena triunfasse (incluindo um encontro predestinado com Kanon), demonstrando muita sabedoria e resiliência.

Figurando entre os cavaleiros de ouro preferidos dos fãs e sua gigantesca importância ao enredo de Saint Seiya, o voto a Saga é mais do que esperado.

4) Kanon - um dos principais vilões (se não o principal) da saga de Poseidon, irmão gêmeo de Saga e um dos protagonistas da fase Hades Inferno. A identidade e passado de Kanon são reveladas em flashbacks no confronto com Ikki, revelando como ele arquitetou os eventos da saga de Poseidon durante 13 anos após escapar do Cabo Sunyon. Kanon enfrenta Fênix e se arrepende dos seus pecados, projetando-se na frente de Saori quando Poseidon tenta matá-la. Mais tarde, retorna na saga de Hades como o sucessor do seu irmão Saga, atrapalhando o percurso dos renegados na casa de Gêmeos, salvando a pele de quase todos os cavaleiros de bronze no Meikai e derrotando vários espectros (travando duelos com Radamanthys e os outros Kyotos).

Kanon, ao lado de Saga, é ao meu ver os principais cavaleiros de ouro do mangá clássico.

5) Mu - mestre de Kiki, discípulo de Shion, único restaurador de armaduras, especialista em telecinese, imediato de Dohko, dotado de uma personalidade e comportamento que se destacam, um dos rebeldes do santuário e o cavaleiro de ouro com a maior participação da obra. Mu auxilia inúmeras vezes os cavaleiros de bronze, consertando suas armaduras, salvando-os dos cavaleiros de prata, explicando sobre o Sétimo Sentido, enviando Kiki na saga de Poseidon etc. Ele está presente em quase todos os arcos do mangá (com exceção do Torneio Galáctico e Campos Elísios) e demonstra toda sua força na saga de Hades, derrotando oponentes notáveis como Afrodite, Máscara da Morte e Myu (a melhor luta da saga de Hades, na minha opinião).

6) Aiolia - irmão do considerado traidor Aiolos, o cavaleiro de Leão é estigmatizado e constantemente vigiado pelo santuário (mesmo quando sob o efeito do Satã Imperial). É o primeiro cavaleiro de ouro a se converter para o lado do bem após enfrentar Seiya no hospital. Trava um combate duelo com Shaka e quase mata Seiya sob o efeito da técnica de Saga. Vive se estranhando com Mu em todas as sagas e ajuda bastante o santuário na saga de Hades ao eliminar vários espectros (dentre eles Laimi) e barrar a passagem dos renegados da casa de Virgem com a ajuda de Mu, Milo e Shiryu. Cai contra Radamanthys após ter sua força reduzida a 10% e retorna para a destruição do Muro das Lamentações.

Aiolia tem uma ótima participação no mangá e acaba ganhando o papel de protagonista em alguns spin-offs, em especial o Episódio G. Ah, ele também salva Saori no início da saga de Poseidon.

7) Shaka - o homem mais próximo de Deus, primeiro a despertar o Arayashiki, considerado a reencarnação de Buda e detentor da maior variedade de golpes dentre os dourados. Shaka é um dos cavaleiros mais bem construídos do mangá e conquistou os fãs pela sua força, personalidade e feitos (principalmente na saga de Hades). O virginiano enfrenta Ikki duas vezes (a segunda luta é uma das melhores do mangá), terminando por salvá-lo da outra dimensão, fica num impasse contra Aiolia, vence vários espectros e participa da mais controversa luta da obra contra Saga, Camus e Shura, tendo um "fim" muito emocionante. É de suma importância à história por despertar o Arayashiki e guiar Athena a fazer o mesmo para invadir os domínios de Hades, feito inédito e que acabou derrotando de uma vez por todas o deus do submundo.

Também um dos mais populares cavaleiros de ouro e rico em mitologia e religião, Shaka tem posição garantidíssima na minha votação. 

8 - Camus - mestre de Hyoga e Isaak, um dos protagonistas e generais marinas, respectivamente. Seu confronto com Hyoga na casa de Aquário é uma das melhores e mais emocionantes lutas de Saint Seiya. Participa de vários flashbacks com Hyoga. Sua imagem é amplamente usada na saga de Poseidon, haja vista que Kasa enfrenta seu pupilo sob a aparência de Camus, é bastante mencionado no confronto com Isaak e ainda envia a armadura de Aquário para enfrentar Poseidon. Retorna na saga de Hades como um dos renegados e, embora tenha sido ofuscado por Saga, aparece bastante e está presente nos momentos mais intensos (morte de Shaka, Exclamação de Athena etc). Ambas suas mortes são dramáticas a seu modo.

O cavaleiro de Aquário também figura entre os mais populares dourados e seus golpes são icônicos e têm importância narrativa (como o Esquife de Gelo, que desencadeou os eventos na casa de Libra). 

Editado por Lucas Augusto da Silva
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Eu acho que a grande questão (que até coloquei no outro tópico) é que a maior parte das coisas que a gente cita como desenvolvimento são pontos de narrativa que existem, e por existir a gente já coloca como um desenvolvimento. Porém, não é só existir um problema (o Saga ter a dualidade bem/mal, o Shaka despertar o arayashiki), é preciso desenvolver isso, e acho que é nisso onde o Kurumada vacila um pouco, parte por intenção (já que o foco dele é realmente os bronzeboys) e parte por, sei lá, falta de destreza?

 

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Tem muitos que foram criados apenas para serem dispositivos narrativos para outros personagens. Por exemplo, o Camus, que simplesmente serve como um gatilho para o Hyoga. Aiolos, também, foi criado apenas para ser uma lenda.

Outros foram simplesmente inimigos semi-genéricos, que estavam no meio do caminho dos protagonistas: Aldebaran, Milo, Shura e Aphrodite.

Os que realmente foram criados com o propósito de terem algum grau de profundidade são: Shion, Mu, Saga, Kanon, Deathmask, Aiolia, Shaka e Dohko. Todos esses acho que foram bem explorados, dentro do padrão das obras do Kurumada, que são bem sucintas. Claro que nada próximo de quanto os 5 protagonistas foram explorados, mas todos esses têm backgrounds bem interessantes, motivações definidas e são bem explorados. Em respeito a essas motivações, acho que só faltou ao Mu e ao Aiolia (após ser liberto do Gen Rou Ma Ou Ken) subirem as 12 casas ao lado dos 5 de bronze. Inevitavelmente essa é uma falha em como os personagens agiram diante de suas motivações e para a coerência da estória como um todo.

Editado por Fëanor
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Eu concordo com tudo o que você disse, nunca achei o Camus um personagem bem desenvolvido e faltou algo no Mu também, motivações. Só discordo do Máscara da Morte, ele é um vilão de Dragon Ball, é muito incompleto e não tem motivação definida, serial killer porque sim. Se ele fosse aquele moleque que o Aiolos encontra no Episódio G, aí sim, seria disparado um dos melhores personagens do clássico.

Se for incluir mitologia/criatividade, eu acho Afrodite e Máscara da Morte melhores que o Aiolia, mas no conjunto Aiolia é bem completo.

Editado por Cesare
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Eu não estou levando em conta poder combativo para dizer se determinado personagem foi bem explorado ou não. Estou avaliando apenas o seu lugar na estória, o papel que exerce, motivações, etc.

No meu entender, o Deathmask briga com o Saga pelo posto de melhor vilão da franquia. Discordo de você quanto as motivações... Acho que foram muito bem definidas pelo Deathmask. Ele teve uma discussão com o Dohko sobre Justiça que revela bem a motivação do personagem.

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Talvez o momento mais impactante de toda a obra de Saint Seiya seja quando aparecem as cabeças ornando as paredes da casa de Câncer. E lá o Deathmask apresenta um porquê para aquela bizarrice.

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É doentio ao limite, mas é um vilão que acredita estar fazendo a coisa certa. Muitos dos melhores vilões criados são assim: fazem coisas horrorosas, acreditando estarem fazendo a coisa certa (por exemplo o Thanos, do MCU). O Deathmask tem muito mais motivação do que qualquer outro vilão... Até mesmo do que o Saga. Creio que o que faz o Saga ser um personagem melhor ao todo é só o seu desfecho de redenção. Tirando isso, o Deathmask é um vilão mais completo.

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Sim, ele não faz discernimento entre o certo e o errado como um psicopata padrão, mas todos eles tem passado traumático pra chegar nesse nível de zero empatia aí, por isso que não passa de um vilão de Dragon Ball.

Até o Schiller do Ômega ficou mais completo que ele, era rico e orgulhoso e foi forçado a viver na pobreza e na violência, daí virou um psicopata. Fora as contradições dentro da própria obra, aí ele diz que a força é a justiça, só que dentro da própria obra, ele tá peidando pra justiça, se comporta como um mercenário, tanto que aceitou ficar do lado do Saga ou do Aiolos ganhando algo em troca. Por isso que eu acho ele mal desenvolvido, ele se contradiz o tempo todo.

Editado por Cesare
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25 minutos atrás, Cesare disse:

Sim, ele não faz discernimento entre o certo e o errado como um psicopata padrão, mas todos eles tem passado traumático pra chegar nesse nível de zero empatia aí, por isso que não passa de um vilão de Dragon Ball.

Não sei se o Deathmask seria de fato um psicopata (como o Joker da trilogia Nolan) ou apenas alguém com a índole deturpada (como o Thanos do MCU). Mas a psicopatia não surge em resposta a um gatilho traumático. Ninguém se torna um psicopata no decorrer da vida. Psicopatas já nascem psicopatas e não existe tratamento para isso. Não confunda psicopatas com pessoas normais que passaram a ter índole cruel ao longo da vida. É até possível que pessoas que simplesmente passaram a ter índole ruim se tornem mais terríveis que psicopatas, pois podem ser movidos por vingança e sentimentos (O Conde de Monte-Cristo mostra bem isso)... Psicopatas não possuem empatia pelos outros, e suas motivações são exclusivamente diversão, prazer ou poder.

Ao meu ver, o Deathmask não precisaria de um passado traumático para chegar a essa motivação. Ele debateu (na verdade trocou algumas palavras) com o Dohko sobre o conceito filosófico de Justiça, e pra mim a justificativa dele foi ótima. Perfeito, o personagem passou a funcionar muito bem só com aquilo. Chegou àquela conclusão provavelmente racionalmente, ou não... Não importa. A motivação já estava ali, e muito simples de ser comprada pelo leitor.

Editado por Fëanor
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Beleza, só que o Kurumada é time Rousseau, segundo o Kurumada/Odysseus, ninguém nasce mau, outra contradição.

Praticamente tudo nesse personagem é contraditório, no Episódio Zero ele se oferece pra ajudar o Aiolos ganhando algo em troca e no próprio clássico ele diz que se aliou a Saga por puro interesse, ele não se importa com o planeta ou quem vai governar ele, daí ele vem com discurso de que força é justiça? Ele precisaria ser um justiceiro primeiro, coisa que ele não é. Sem falar que ele volta no muro das lamentações vivo e bonzinho como se NADA tivesse acontecido, além de contraditório, ainda foi estragado. Porque ele foi projetado pra ser um vilão que não se arrepende e não um anti-herói como o Afrodite. Por isso que Máscara da Morte é um personagem muito mal feito, porque o Kurumada não consegue se decidir se ele é um vilão ou só um mercenário.

 

Editado por Cesare
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30 minutos atrás, Cesare disse:

Beleza, só que o Kurumada é time Rousseau, segundo o Kurumada/Odysseus, ninguém nasce mau, outra contradição.

Bem... Eu não lembro de o Odysseus falando isso. Mas, no caso, seria um problema do Next Dimension, né? Quando o personagem foi criado, ali no clássico, suas motivações são satisfatórias narrativamente. Não existe obrigação narrativa de um gatilho traumático para se fazer um vilão excelente e doentio. Alguns exemplos:

  • Joker (The Dark Knight)
  • Kefka (Final Fantasy VI)
  • Darth Vader (Star Wars - trilogia clássica, ignorando a trilogia prequel)
  • Saruman (O Senhor dos Anéis)
  • Immortan Joe (Mad Max: Fury Road)
  • Hannibal Lecter (O Silêncio dos Inocentes)
  • Amon Goeth (A Lista de Schindler)
  • Lestat (Entrevista com o vampiro)

 

30 minutos atrás, Cesare disse:

Praticamente tudo nesse personagem é contraditório, no Episódio Zero ele se oferece pra ajudar o Aiolos ganhando algo em troca e no próprio clássico ele diz que se aliou a Saga por puro interesse, ele não se importa com o planeta ou quem vai governar ele, daí ele vem com discurso de que força é justiça? Ele precisaria ser um justiceiro primeiro, coisa que ele não é. Sem falar que ele volta no muro das lamentações vivo e bonzinho como se NADA tivesse acontecido, além de contraditório, ainda foi estragado. Porque ele foi projetado pra ser um vilão que não se arrepende e não um anti-herói como o Afrodite. Por isso que Máscara da Morte é um personagem muito mal feito, porque o Kurumada não consegue se decidir se ele é um vilão ou só um mercenário.

 

Confesso que não levei em consideração o Episódio Zero. E acho até justo não fazê-lo, porque os personagens foram criados ali no clássico, sem que esses pedaços horríveis de páginas tivessem sido pensados. Vamos separar as maçãs podres, para não contaminar o resto...

Editado por Fëanor
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2 horas atrás, Fëanor disse:

Tem muitos que foram criados apenas para serem dispositivos narrativos para outros personagens. Por exemplo, o Camus, que simplesmente serve como um gatilho para o Hyoga. Aiolos, também, foi criado apenas para ser uma lenda.

Outros foram simplesmente inimigos semi-genéricos, que estavam no meio do caminho dos protagonistas: Aldebaran, Milo, Shura e Aphrodite.

Os que realmente foram criados com o propósito de terem algum grau de profundidade são: Shion, Mu, Saga, Kanon, Deathmask, Aiolia, Shaka e Dohko. Todos esses acho que foram bem explorados, dentro do padrão das obras do Kurumada, que são bem sucintas. Claro que nada próximo de quanto os 5 protagonistas foram explorados, mas todos esses têm backgrounds bem interessantes, motivações definidas e são bem explorados. Em respeito a essas motivações, acho que só faltou ao Mu e ao Aiolia (após ser liberto do Gen Rou Ma Ou Ken) subirem as 12 casas ao lado dos 5 de bronze. Inevitavelmente essa é uma falha em como os personagens agiram diante de suas motivações e para a coerência da estória como um todo.

Acho que onde o LC talvez tenha mais acertado em oposição ao clássico foi justamente na caracterização dos cavaleiros de ouro; não que tenha sido algo revolucionário em si (até pq a parada de reencarnação deu uma desculpa pra vários cavaleiros serem Ctrl+C e Ctrl+V do original), mas as motivações deles, simples ou complexas, são explicadas de uma forma razoável e você não sente tanto que aquilo veio do nada.

E sobre o MdM... bom, até os caras do SoG conseguiram dar uma ajuda pro personagem kkjkkkkk

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Concordo que Camus tenha sido criado especificamente para o Hyoga, mas ele foi bem aproveitado nesse aspecto. O mangá trouxe vários flashbacks curtos com Camus e Hyoga (e Isaak), o ar frio é uma das habilidades mais desenvolvidas do mangá graças às suas explicações e sua relação com Hyoga desencadeou outros eventos narrativos relevantes, como a introdução das armas de Libra e o combate entre Hyoga e Kasa (e essa luta teve a mesma duração de Aldebaran x Sorento).

Mesmo sendo ofuscados pelo Saga em Hades, ele e Shura participam de toda a fase Hades Santuário e o mangá dá bastante enfoque nos três nesse arco.

 

Também discordo em relação a Máscara da Morte. Apesar de sua personalidade e seus ideais estarem bem delineados, sua função ficou limitada a apenas mais um obstáculo aos cavaleiros de bronze. Shura, por exemplo, tem mais relevância por ter sido o algoz de Aiolos e por ter transferido a Excalibur para o Shiryu (mas mesmo assim não votei nele).

 

11 horas atrás, KamOn disse:

Eu acho que a grande questão (que até coloquei no outro tópico) é que a maior parte das coisas que a gente cita como desenvolvimento são pontos de narrativa que existem, e por existir a gente já coloca como um desenvolvimento. Porém, não é só existir um problema (o Saga ter a dualidade bem/mal, o Shaka despertar o arayashiki), é preciso desenvolver isso, e acho que é nisso onde o Kurumada vacila um pouco, parte por intenção (já que o foco dele é realmente os bronzeboys) e parte por, sei lá, falta de destreza?

 

Sim, mas a proposta do tópico é avaliar os cavaleiros de ouro considerando estas limitações do Kurumada. Mesmo o desenvolvimento de personagens não sendo o seu forte, existem aqueles que são mais explorados que outros.

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23 horas atrás, KamOn disse:

Acho que onde o LC talvez tenha mais acertado em oposição ao clássico foi justamente na caracterização dos cavaleiros de ouro; não que tenha sido algo revolucionário em si (até pq a parada de reencarnação deu uma desculpa pra vários cavaleiros serem Ctrl+C e Ctrl+V do original), mas as motivações deles, simples ou complexas, são explicadas de uma forma razoável e você não sente tanto que aquilo veio do nada.

Eu não concordo. É bom para uma estória que tenham personagens coadjuvantes, figurantes, catalizadores narrativos. O autor precisa dosar bem esses personagens na trama, para servirem à trama, ao pacing da estória.... Se todo mundo tem destaque, na verdade ninguém teve destaque. Focar em algo significa desfocar o resto.

Eu acho que o Lost Canvas sofre desse problema. A estória toda é divida em muitos mini-arcos, e a Shiori tenta contar coisas demais de cada um daqueles personagens, mesmo que aquelas coisas contadas não sirvam de nada para a trama. Muitas vezes a estória é arrastada... Abrem no primeiro capítulo a relação Tenma - Sasha - Alone, e esse plot avança com a velocidade de um jabuti a galope ao longo de uma dúzia de arcos.

 

Eu prefiro bem mais como o mangá clássico trabalhou os personagens. A trama era o mais importante. O foco estava nos 5 de bronze. Se por acaso a trama pediu para o Saga ou Mu terem um desenvolvimento, então assim foi. Mas aí vem o Milo, o Shura, Minos ou Aiacos, que foram vilões semi-genéricos, mas super fortes, com armaduras e técnicas super legais. Dá um gostinho de Boba Fett, mas sem deixar a trama mais lenta. O foco continua no Hyoga, no Shiryu ou no Ikki, pois são eles os protagonistas.

É claro que muitas vezes Saint Seiya peca por ser sucinto demais, por ter soluções bizarras de repente... Tem uma construção narrativa muito menos refinada do que um Dragon Ball ou Yu Yu Hakusho, por exemplo, mas ainda assim infinitamente mais interessante do que o Lost Canvas. Na hora de fazer uma estória, é muito melhor pecar por menos do que por mais. Entupir o leitor de coisas enfadonhas e desnecessárias é um saco.

Editado por Fëanor
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Sinceramente, eu não sei qual foi o pior na saga de Hades se for levar em consideração tudo, ambos tem altos e baixos. Um resume demais, a outra arrasta demais. 

Um desperdiça mais de 60 espectros, não diz se o Kanon ou o Radamanthys morreram, não dá satisfação nenhuma pro leitor porque um reles espectro matou o Aldebaran enquanto o Ox mata vários, mesmo não sendo um personagem popular e querido, continua sendo um cavaleiro de ouro, matou o Shaka, um personagem poderosíssimo pra um muro porque não sabia o que fazer com ele enquanto mata Juízes pra fendas dimensionais... Dohko tinha mais de 200 anos de experiência em guerras pra que? Fora que não consegue fazer vilão decente. Mas o ponto positivo do Kurumada é que ele não enrola na saga do Santuário e Poseidon, mas em Hades esse recurso não funcionou. Tem como desenvolver um personagem só em um quadrinho, ele não faz porque não quer.

Shiori é ruinzinha com a narrativa em arcos, coloca MUITA coisa desnecessária, principalmente no final de LC, mas ela dá satisfação pra tudo que ela insere na obra dela, personagens experientes como Sage e Hakurei são decisivos contra deuses, o Hades é bastante participativo na guerra e tivemos vários espectros de destaque além de batalhas campais. Fora que ela é bastante competente no que promete e terminou o mangá dela.

 

 

Editado por Cesare
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2 horas atrás, Fëanor disse:

Eu não concordo. É bom para uma estória que tenham personagens coadjuvantes, figurantes, catalizadores narrativos. O autor precisa dosar bem esses personagens na trama, para servirem à trama, ao pacing da estória.... Se todo mundo tem destaque, na verdade ninguém teve destaque. Focar em algo, significa desfocar o resto.

Eu acho que no Lost Canvas sofre desse problema. A estória toda é divida em muitos mini-arcos, e a Shiori tenta contar coisas demais de cada um daqueles personagens, mesmo que aquelas coisas contadas não servir de nada para a trama. Muitas vezes a estória é arrastada... Abrem no primeiro capítulo a relação Tenma - Sasha - Alone, e esse plot avança com a velocidade de um jabuti a galope ao longo de uma dúzia de arcos.

 

Eu prefiro bem mais como o mangá clássico trabalhou os personagens. A trama era o mais importante. O foco estavam nos 5 de bronze. Se por acaso a trama pediu para o Saga ou Mu terem um desenvolvimento, então assim foi. Mas aí vem o Milo, o Shura, Minos ou Aiacos, que foram vilões semi-genéricos, mas super fortes, com armaduras e técnicas super legais. Dá um gostinho de Boba Fett, mas sem deixar a trama mais lenta. O foco continua no Hyoga, no Shiryu ou no Ikki, pois são eles os protagonistas.

É claro que muitas vezes Saint Seiya peca por ser sucinto demais, por ter soluções bizarras de repente... Tem uma construção narrativa muito menos refinada do que um Dragon Ball ou Yu Yu Hakusho, por exemplo, mas ainda assim infinitamente mais interessante do que o Lost Canvas. Na hora de fazer uma estória, é muito melhor pecar por menos do que por mais. Entupir o leitor de coisas enfadonhas e desnecessárias é um saco.

Eu não considero um problema necessariamente a fórmula da Shiori, de dar destaque para cada cavaleiro de ouro que está lutando, o problema é que ela não desenvolveu essa fórmula de uma forma legal, depois de um tempo o mangá começa a ficar repetitivo e entediante, os cavaleiros de ouro sempre com os mesmos discursos, as situações sempre as mesmas (cavaleiro de ouro encontra adversário que já viu anteriormente, e tome flashback) e resoluções pouco satisfatórias.

Um autor que pra mim utilizou melhor essa fórmula foi o Okada, Episódio G do volume 1 ao 13 é exatamente o que a Shiori parece ter aplicado em LC, mas de um jeito bem mais interessante.

 

 

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Também não vejo problema na fórmula da Shiori, ela quis incorporar um estilo mais característico dos shounens atuais (leia-se dos últimos 20 anos). Quem está acostumado com Saint Seiya clássico vai estranhar mesmo.

O grande problema é o que o Fëanor apontou. Shiori quis dar destaque pra todo mundo e acabou sacrificando o desenvolvimento do núcleo principal de personagens. O Okada foi mais feliz nesse aspecto com Episódio G (até certo ponto).

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