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A Ordem de Serpentário - A lenda dos Guardiões de Atena


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Phoenix no Ankaa, li até aqui e vou continuar no seu blog.

 

Uma fic bem estruturada, bem escrita, com detalhes e suspense! Gostei da mitologia do Serpentário envolvida e que ele liderará uma nova ordem de cavaleiros. A presença dos alquimistas foi muito bacana!

 

Continuarei lendo sua fic no blog!

 

Davi. Bacana você acompanhar. Obrigado pelos comentários.

Você pode comentar aqui. Acho bacana assim.

Sei que colocar link externo é unusual, mas a fic é grande, e chegaria num ponto que ninguém conseguiria acompanhar.

 

Vou começar a acompanhar as fics já desenvolvidas como a sua. É preciso fôlego para não perder nada. As fics daqui são muito boas. A sua está no topo dessa minha nova lista.

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  • 2 meses depois...
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A Ordem de Serpentário - A lenda dos Guardiões de Atena Finda a primeira Guerra Santa da história Mitológica, contra Poseidon, Atena triste por tantas perdas humanas e pelo estado dos seus cavaleiro

Pessoal.

 

Adicionado no blog da fanfic os capítulos 25 e 26.

São 28 capítulos e se fecha um primeiro arco.

 

Estavam prontos há meses, mas cade tempo para publicar.

Editado por Phoenix no Ankaa
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  • 1 mês depois...

Pessoal.

 

Estou reformulando a estória de minha fanfic, ajustando algumas datas, e principalmente o conteúdo.

 

Impulsionado pela fanfic que escrevi no torneio desse ano irei concretizar o projeto de um gaiden, e para isso recortei passagens da estória original.

 

Com essas mudanças a fic fica menos "historinha" e segue mais o foco proposto no título (pelo menos é a idéia).

 

Estou arrumando e vou postar uma por semana pra turma poder acompanhar. Quem já leu será informado se mudou algo para reler se preferir, e quem ainda não viu poderá começar.

 

Vou reconstruir o menu para que possam acompanhar.

 

Estou procurando uma parceria para criar os desenhos dos personagens, se souberem de alguém que desenhe bem com criatividade pra indicar contato, agradeço.

 

Em breve novidades.

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Como anunciado começando a postar a versão 2016 revisada da fic.

 

Começo pelos capítulos 01 e 02 porque são curtos. A meta é ser um por semana, ou na medida que conseguir fechar a revisão.

 

Optei por editar a postagem para manter inteiro o histórico de comentários.

 

Acessem pelo menu na página inicial do tópico, ou pelos links: Capítulo 01 e Capítulo 02.

 

Espero que curtam e comentem. Aguardem por boas novidades.

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  • 3 semanas depois...

Li os dois primeiros capítulos e gostei desta prévia da história. Uma Atena com atitude e personalidade. Curioso para ver o papel de Leo nesta história.

 

Os alquimistas e a geografia continental são boas ideias também. Dão a noção da grandeza do povo.

 

Curioso para ver essa ordem do serpentário sendo formada.

 

Vamos acompanhando!

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Valeu kanser_miro.

 

Realmente esta Atena assume seu papel e mostra desenvolvimento. Quanto ao Leo adianto que será um bom personagem.

A descrição de Lemúria segue a proposta de apresentar algo novo.
Antes que me esqueça: Capitulo 003 v.2016.

No mais, Vamos produzindo!

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Pessoal

 

Capítulo 006 - A ordem de Serpentário - Versão 2016 postado

http://www.cdz.com.br/forum/topic/9921-a-ordem-de-serpentario-a-lenda-dos-guardioes-de-atena/?do=findComment&comment=393928

Próximo Capítulo

007 - Teon, o jovem cavaleiro de Ouro

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Pessoal

 

Novo capítulo postado.

 

007 - Teon, o jovem cavaleiro de Ouro

 

Próximo:

008 - Régia, a flor dos olhos azuis

 

CURTAM também a saga Gaiden

 

Ordem de Serpentário - Prelúdio: Memorias da primeira guerra santa

Capítulo 000 - O Triunfo de Atena (Prólogo)

Editado por Phoenix no Ankaa
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  • 4 semanas depois...
  • 2 semanas depois...

Pessoal.

 

Novo capítulo atualizado.

 

Em breve estarei laçando novinhos em folha.

Próximo: 011 - A chama do signo de Gêmeos
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Pessoal.

 

Capítulo 11 - A chama do signo de Gêmeos Versão 2016 atualizado.

 

Próximo capítulo:

Capitulo 12 - Os guerreiros do signo de Gêmeos.

 

CURTAM também a saga Gaiden

Ordem de Serpentário - Prelúdio: Memorias da primeira guerra santa

Ato 004 – O iniciar de guerras atuais e o pressagio para guerras futuras

Editado por Phoenix no Ankaa
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Pessoal.

 

Mais um capítulo atualizado.

 

Capítulo 12 - Os guerreiros do signo de Gêmeos

 

Próximo capítulo

 

Capítulo 13 - Uma nobre missão para Ada

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Novo capítulo atualizado postado



Próximo Capítulo

014 - Ressonância


Em breve capítulos inéditos



Acompanhem também a saga Gaiden


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  • 2 semanas depois...

Pessoal.

 

Me esqueci de avisar semana passada.

 

Capítulo 13 - Uma nobre missão para Ada v.2016

 

Próximo Capítulo

 

Capítulo 14 - Ressonância

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Teon feliz por sua formatura, precoce como toda a sua vida, volta a sua província com as vestes sagradas e o cajado a ele consagrado.


A província entra em grande festa pelo nascimento do mais novo Mestre Alquimista de Casparian.


O jovem Teon de Casparian não tinha conhecimento da importante missão que o aguardava ao lado de Atena, a quem outrora depositava suas esperanças.


Em meio às comemorações de Casparian, em Temísia, na sala do Gran-Mestre no Templo do Gran-Conselho, o Gran-Mestre preparava uma mensagem para a Deusa Atena. A Armadura do Décimo Terceiro Cavaleiro de Ouro estava terminada e seu portador devidamente diplomado.


Telepaticamente, em seu templo em Atenas, Atena recebe a mensagem, e através de abertura de portal no espaço-tempo a armadura de Serpentário em sua Caixa de Pandora surge a sua frente. Junto a caixa fora enviado um pergaminho, Atena pega o pergaminho e abre a caixa de Pandora com um movimento de braço.


No pergaminho lia-se:


Senhora Atena


Saudações.


Informo que conforme recebeste pelo espaço-tempo a Armadura de Serpentário está terminada.


Conforme ordenado foram mescladas partes de cristal em todas as partes da armadura.


1) No peitoral grande parte deste foi feito de cristal branco, com porção de cristal amarelo na região do coração;

2) Nas pernas e braços, diversos traços de cristal verde foram adicionados, fortalecendo a estrutura do corpo;

3) Na região dos pontos vitais porções de cristal branco foram pontuados, a fim de manter o equilíbrio vital ao Cavaleiro;

4) No elmo uma pedra de cristal amarelo localiza-se ao centro, junto a diversas pedras de outras cores de forma ornamentada.


A distribuição dos cristais na armadura foi feita de forma funcional, mas elegante, mantendo a beleza e ornamentação da Armadura.


O escolhido à posição de Cavaleiro de Ouro de Serpentário está preparado para tal missão, e estaremos no Santuário em três dias para a concessão oficial da Armadura ao seu Cavaleiro.


Boa parte das Crystallus estão prontas e parte em fase final de construção. Esperamos que esteja a teu contento o projeto ao povo de Lemúria encomendado.


Iron de Turigia

Gran-Mestre de Lemúria


Atena sente o poderoso poder vital que emanava da armadura, e teve a certeza que a confiança depositada nos Mestres Alquimistas de Lemúria novamente era correspondida a altura.


Atena lembra-se de Teon, e aguarda a sua chegada acompanhada de Iron para consolidação de seu Décimo Terceiro Cavaleiro de Ouro.


Atena convoca Régia a sua sala. Régia sabendo da convocação, devidamente paramentada com sua Armadura apressa-se em apresentar-se.


Horas depois a amazona é anunciada pelos soldados que guardam a porta.


Régia faz sua reverencia, e Atena inicia sua narrativa.


— Régia ... Obrigado por ter vindo tão prontamente.


— É meu dever, Atena. Responde a amazona. Atena aprova a fidelidade de Régia.


— Em três dias chegarão ao Templo o Mestre Alquimista Teon de Casparian o Gran-Mestre Iron de Turigia.


Régia ao saber da chegada de Teon tem seu peito inundado por grande expectativa. Atena percebe a euforia da amazona e sorri.


— Teon sagrou-se com louvor Mestre Alquimista de Casparian e sua chegada será de grande impacto na vida de todos nós. Chegaram através das forças telecinéticas, naturais aos nascidos em Lemúria. Régia ... Receba-os e conduza-os a esta sala.


Régia olha para o lado e vê a caixa de Pandora.


— Não se preocupe Régia ... Saberás das notícias no momento certo. Pondera Atena com um sorriso, visto a curiosidade natural de Régia.


— Correto, Atena. Redimi-se Régia.


— Aguarde contato telepático do Gran-Mestre e faça as honras do Templo de Atena. Prossegue a deusa.


Régia controla sua curiosidade, e concentra-se nas ordens recebidas.


— Certamente. Afirma Régia.


Atena percebe a preocupação e cuidado de sua amazona, e tranquiliza-a.


— Fique atenta. Afirma Atena. — Saberá de boas notícias muito em breve, Régia. Apenas mantenha puro teu coração. Agora vá.


TRÊS DIAS DEPOIS


Os dias se passaram, e ansiosos com a chegada de Iron e Teon reunem-se no salão de Atena, a própria deusa e o Grande Mestre Ozir de Gêmeos.


Os lemurianos enfim chegaram, informam a Régia por telepatia e por um portal aberto em pleno ar surgem o Gran-Mestre Iron de Turígia e o Mestre Alquimista Teon de Casparian. Os visitantes saúdam sua anfitriã, sendo Teon dono de um grande sorriso.


Régia reverencia o Gran-Mestre, e por detrás da máscara seus olhos brilham intensamente de alegria ao ver Teon, desta vez com vestes sacerdotais de Lemúria.


— Sejam bem vindos. Saúda a amazona. — Atena e o Grande Mestre os aguardam. Sigam-me por favor.


Teon olha para ela, sorri e pensa


— Obrigado. Doce Amazona dos olhos azuis. Doces olhos de meu imaginário.


Régia os conduz ao Salão de Atena evitando olhar para onde se encontrava Teon, ele percebe e sorri. O Gran-Mestre percebe a discreta troca de informações entre o jovem casal.


Os soldados a porta do Salão reverenciam aos lemurianos, e anunciam a chegada dos convidados abrindo as grandes e pesadas portas. Após fechadas Régia se junta a eles montando guarda.


Iron de Turígia e Teon de Casparian reverenciam Atena e cumprimentam o Grande Mestre. Teon surpreso tem a mesma reação que Régia tivera ao ver uma caixa de Armadura no centro do local.


— Sejam bem vindos, Mestres Alquimistas de Lemúria. Saúda Atena sorridente.


— Obrigado, Senhora Atena. Após reverencia, retribuem os lemurianos.


O Grande Mestre dirige a Iron e Teon um sorriso, e com um gesto lhes indica dois assentos.


— É uma alegria revê-los, sentem-se por favor. Diz Ozir


— É um prazer igual. Diz Iron.


Teon nervoso com todo aquele clima agradece com um movimento de cabeça, e junto a Iron senta-se. Atena e Ozir também se sentam e a deusa prossegue sua fala.


— Soube de tua graduação Teon. Fiquei muito feliz com tua conquista, pois sabia de seu potencial.


Teon nervoso por estar novamente diante de Atena, gagueja.


— O ... Obrigado, Atena. Responde Teon.


Atena sorri, compreendendo o comportamento de seu Cavaleiro.


— Vi em teus olhos a chama da vida, Teon. Afirma Atena. — Acompanhei tua evolução em Lemuria daqui. Por isso, foi decisão dos Gran-Conselheiros teu treinamento. E fora escolhido à tarefa de suma importância ao futuro da Terra.


Teon ao ouvir tais palavras as associa a caixa de Pandora do local, e fica ainda mais ansioso.


— Como Mestre Alquimista de Lemúria reúne conhecimentos e habilidades para realizar esta nova tarefa. Prossegue Atena. — Você, Teon de Casparian, liderará a Ordem de Serpentário. A minha Ordem de Guardiões.


Teon sente o impaco de sua missão.


— Terá os Aurum e Auras sob seu comando, protegendo os Cavaleiros e Amazonas de meu exército da morte em batalha. Deles manterão a vida e reestabelecerão o cosmo. E aos que perdermos os caberá dar a unção dos heróis. Mas para isso é necessário uma importante peça.


Os olhos de Teon brilham, poderia ser a realização de seu maior sonho.


— É necessário que vistas teu traje sagrado. Levante-se Teon. Receba a Armadura de Serpentário.


Teon se levanta meio sem saber o que fazer. A caixa de Pandora se abre, e uma Armadura brilhante como nenhuma outra reluz intensamente. A brilhante Sagrada Armadura de Serpentário veste Teon, e do lado de fora Régia e os soldados sentem a poderosa cosmo-energia emanada junto a luz intensa que sai pelas frestas da porta. Teon começa a entender tudo aquilo que o cercava.


— Traje Sagrado? Teon estava muito surpreso.


Atena mantém a seriedade, apesar da imensa felicidade por aquele momento.


— Sim. Responde Atena. — Eu te consagro o Cavaleiro de Ouro de Serpentário, o Décimo Terceiro Cavaleiro de Ouro.


Teon, vestido com sua Armadura lembra-se do seu encontro com Atena anos atrás e pensa.


— Consegui!!! Sou portador de uma Veste Sagrada. Atena ouviu as minhas preces, sou um de seus Cavaleiros agora.


O Gran-Mestre ao falar interrompe seus pensamentos.


— Teon! É o honrado Décimo Terceiro Cavaleiro de Ouro de Atena. Tua missão é treinar e liderar as Auras e os Aurum. Alguns já foram recrutados, mas muitos outros virão. Permanecerás no Santuário e serás o Guardião da deusa Atena. Receberás Ordens diretas da deusa Atena e do Grande Mestre Ozir de Gêmeos. Juntamente a Leo de Áries e Lyra de Ophiucus representará nossa Lemúria nestas terras a serviço da deusa da Sabedoria e Guerra Justa.


O Grande Mestre e o Gran-Mestre se comunicam e Ozir de Gemeos assume a palavra.


— Sábias palavras, Gran-Mestre Iron de Turígia. Uma nova era de Guerreiros está por nascer. Sabemos que poderá liderar a Ordem de Serpentário. Contamos contigo, Teon de Serpentário.


O silêncio paira no ar e Teon de manifesta.


— Obrigado Atena pela honraria. Obrigado Gran-Mestre Iron pelo apoio e confiança. Obrigado Grande Mestre Ozir pela confiança depositada em meu trabalho futuro. Realizo um sonho, compartilhado certa vez a deusa Atena.


Teon reverencia longamente Atena, levanta-se e olha a todos do salão.


— Recebo esta missão com a promessa de minha total dedicação. Por Atena! Pelos Cavaleiros e Amazonas! Pela Terra!


Atena por força de seu cosmo pede a presença de Régia a sala. Régia entra e fica vislumbrada com a armadura que veste Teon, reverencia a todos e ao Cavaleiro guarda um grande sorriso.


— Às suas ordens, Atena. Diz Régia.


— Conduza Teon de Serpentário ao local onde se concentram os trabalhos de reforma.


Evitando olhar para Teon, Régia sinaliza um sim para Atena.


Teon e Régia saem, permanecendo no Salão Atena, Ozir e Iron para o acerto dos detalhes dos próximos passos.


O cavaleiro e a amazona seguem em silêncio ao local onde trabalham Anryu, Aaron, Sallas e Ian. O brilho da armadura a todos chama a atenção.


Com todos os olhares dirigidos àquele que acompanha Régia, a amazona faz as apresentações.


— Este é Teon de Serpentário com seu traje de Ouro. Estes são nossos companheiros cavaleiros de ouro: Anryu de Câncer, Aaron de Leão, Sallas de Capricórnio e Ian de Libra.


Aaron observa quão jovem era Teon. O brilho da armadura encanta Anryu e Ian, que protege a vista visto seu intenso brilho.


— Bela armadura! Comenta Sallas. – E quanto poder ela emana. Parabéns, garoto.


— Seja bem vindo ao grupo. Saúda Aaron.


— Uma belíssima Armadura, parabéns. Admira-se Anryu.


— Mais um Dourado? Estranho. Pondera Ian.


Teon, sorri.


— Sim, creio que em breve saberão mais detalhes. Responde Teon.


Sallas olha ao redor, balança a cabeça, e brica com Teon.


— Vê este espaço. Não sabemos do que se trata, mas se souber depois conte pra gente.


— Pode deixar. Ri Teon.


Mas um novo local dentro daquele imenso lugar precisava ser conhecido por Teon. Lá seria o berço dos Guardiões de Atena. Régia o conduz a esse espaço.


— Vamos Teon! Chama Régia. — Há mais coisas para ver.


— É melhor ir, ela é fogo. Brinca Anryu.


— Bom trabalho menino e menina. Ri Aaron


— Obrigada, para vocês também, meninos. Responde Régia sorrindo.


— Um árduo trabalho nas ruínas com a bela Régia de Peixes, hehehe. Brinca Sallas.


Régia retribui a brincadeira e acena com a mão direita em despedida de costas para todos, seguindo ao seu destino.


— Esse local abriga espaços para treinamentos e dormitórios. Comenta Régia. — De certo conhecerá melhor o local com a realização de tuas tarefas.


Teon olha para os lados e percebe estarem apenas os dois.


— Sim, mas ... Interrompe Teon. — Mudando de assunto e aproveitando que estamos as sós.


Teon se aproxima um pouco mais de Régia, que estava próxima de uma grande coluna, encurtando ainda mais o espaço do seu corpo ao dela.


— Você pode tirar esta máscara e me mostrar teus olhos azuis?


Régia sente-se acuada e se assusta.


— Não. Responde Régia.


Teon percebe o nervosismo de Régia e insiste.


— Nem um pouquinho? Indaga Teon. — Queria ver teus olhos azuis pelo menos uma vez.


Régia reassume seu controle emocional, antes abalado pela pressão feita por Teon.


— Não posso. Responde suavemente Régia.


Teon percebe a sentimento de pesar na voz de Régia e se afasta um pouco.


— Por que não pode? Pode me dizer? Indaga Teon. — Porque se vires meu rosto terei apenas duas opções, mata-lo ou ... Começa a responder Régia.


Régia abaixa a cabeça fazendo um sinal de "não".


— Diga, por favor, Régia. Desesperado, diz Teon. — Minha flor de olhos azuis. Minha amada.


Régia lisonjeada por tal declaração de amor fica vermelha e sorri.


— Matá-lo ... Diz Régia. — ou amá-lo.


Naquele momento, todo o controle que Régia tentava demonstrar se perde na emoção.


— Gosto de Você Teon, desde o primeiro dia que te vi. Teu jeito de descobrir a cor de meus olhos ... e a forma que sempre me tratou, cativou meu coração. Mas não posso descumprir a lei da máscara imposta por Atena.


Teon se afasta um pouco mais.


— Compreendo, mas ainda posso imaginar o brilho de teus doces olhos azuis, e de teu sorriso. Comedido, diz Teon. — Um dia verei teu rosto e poderei confirmar tudo o que imaginei.


Régia estava mais aliviada, e bem mais leve de espírito após declarar seus sentimentos àquele que amava.


— Melhor assim, Teon. Aliviada e sorridente confirma Régia. — És especial para mim, e sei que respeitará a minha condição.


Teon toca o rosto de Régia.


— Sim Régia, por você o farei. Conclui Teon.


Régia e Teon voltam, mas já não mais encontram os demais Cavaleiros de Ouro. Teon segue a seus aposentos e com a cabeça ao travesseiro fica pensando em Régia, e em tudo que o aguardaria dali para frente.


Os dias se passam e o Grande Mestre Ozir convoca uma reunião entre todos os Cavaleiros e Amazonas de Ouro. Em sete dias a Casta Dourada estaria reunida para receber Teon.


Os preparativos seguiram e um grande reboliço tomava conta do templo, ora pelo misterioso Cavaleiro de Ouro, e hora pela convocação nunca antes feita a todos os Dourados.


Sete dias se passam e é chegado o dia da Reunião Dourada. As portas do Salão de Atena abertas recebiam os Cavaleiros e Amazonas de Ouro que chegavam.


O Grande Mestre Ozir estava ao lado do Gran-Mestre Iron, especialmente convidado a tal cerimônia. Ozir portando sua Sagrada Armadura de Gêmeos sob sua veste sacerdotal, recebia um a um dos seus companheiros de luta. O primeiro a chegar foi Leo de Áries, seguido de Anryu de Câncer, Régia de Peixes, Ariadne de Aquário, Aaron de Leão, Teneo de Touro, Sallas de Capricórnio, Ian de Libra, Celes de Virgem, Joei de Escorpião, e por fim Donni de Sagitário.


Diante do assento de Atena os onze Cavaleiros e Amazonas estavam de pé enfileirados. O cosmo de Atena junto ao de seus doze Cavaleiros e Amazonas, e do Gran-Mestre Iron de Turigia faziam brilhar as Vestes Sagradas de forma ainda mais intensa. Uma enorme energia de cosmos incendiava o local, nunca antes manifestada na Terra.


No ambiente tenso, e ao mesmo tempo alegre, Atena levanta-se de seu assento e com um gesto indica a Ozir de Gêmeos que se junte a seus companheiros. Ozir passa por todos, que o saúdam com sorrisos e movimentos de cabeça em sinal de reconhecimento, posicionando-se ao fim da fila completando doze Guerreiros Dourados enfileirados.


Atena olha para Iron de Turígia e ele anuncia a entrada de Teon de Serpentário.


Nesse momento as treze Armaduras de Ouro começam a vibrar intensamente, como o pulsar de um coração. Teon passa por seus companheiros de armadura e a todos cumprimenta. Ao passar por Régia Teon sorri, e ao final da fila ao olhar para Leo ambos quebram o cerimonial e se dão um forte abraço. Teon caminha até Atena e a reverencia longamente, bem como ao Gran-Mestre.


Atena retribui e indica posição ao lado do Gran-Mestre a Teon, iniciando sua narrativa.


— Gran-Mestre Iron de Turigia ... Cavaleiros e Amazonas de Ouro ... Grande Mestre e Cavaleiro de Ouro Ozir de Gêmeos ... Estamos aqui reunidos para a apresentação do Décimo Terceiro Cavaleiro de Ouro, Teon de Serpentário.


As palavras de Atena geraram grande apreensão a maioria dos Cavaleiros e Amazonas ali presentes.


— Imagino que devam estar surpresos com tal novidade. Continua Atena. — Teon de Serpentário é o líder da nova ordem de guerreiros sob meu comando, a Ordem dos Guardiões que leva o nome de seu líder, a Ordem de Serpentário. Junto a Lyra de Ophiucus, Teon treinará e comandará sob ordens diretas minhas e do Grande Mestre Ozir de Gêmeos, os Guardiões Auras e Aurum, equivalentes em poder as Amazonas e Cavaleiros.


Atena com um movimento de braço apresenta Lyra de Ophiucus que surge pela entrada do salão, reverenciando Atena e o Gran-Mestre, além de cumprimentar a todos os Dourados com um gestual de cabeça.


Atena prossegue.


— Como missão esses novos guerreiros protegeram de corpo e alma os protegidos pelas oitenta e oito constelações do céu. Também protegidos pelas mesmas constelações reestabelecerão o cosmo e curaram as feridas do seu guerreiro protegido. No caso da perda do guerreiro por estes será dada a unção dos heróis, em batalha ou em momento posterior. Os Aurum e as Auras estão sendo recrutados pelo mundo afora, e serão um segredo a cada guerreiro protegido.


Atena sinaliza a Teon que dê um passo a frente.


— Teon recebe a Insígnia e a Armadura Dourada para completar a casta mais poderosa na defesa pela Terra, dos humanos e dos guerreiros que por ela lutam. Prossegue Atena. — A vibração de suas Armaduras é a prova da sintonia entre os Trajes Sagrados. As peças vivas em harmonia. A Ressonância das Armaduras de Ouro. Tal fenômeno se repetirá sempre que os treze Trajes Sagrados de Ouro estiverem juntos em algum lugar, seja ele qual for. E nesse momento as almas dos Guerreiros que deles foram parceiros lá estarão presentes, como aqui está Aria de Aquário e Sig de Gêmeos.


Ariadne se lembra de sua amiga e mestra e chora. Régia e Aaron abraçam-na sorrindo. A aura de Aria surge para a nova amazona de Aquário e ela também sorri. A presença da alma da Amazona é percebida por todos e esta se incorpora a armadura de Aquário. Ariadne toca a sua armadura e pensa.


— Nossa Armadura, minha amiga! Nosso traje sagrado!


Ozir também chora ao se lembrar de teu amado irmão, sentindo sua presença ao teu lado. O Cavaleiro recebe de todos um olhar de apoio e amizade, junto a um sincero abraço de Donni de Sagitário.


Atena sorri com a importante participação de Aria e Sig naquele encontro de cosmos e prossegue.


— Tudo está sendo preparado. Em recentes missões coordenadas diretamente por mim novos guardiões estão sendo localizados e recrutados. Escolhidos diretamente pelas estrelas, por suas constelações guardiãs. Toda a estrutura necessária à formação dos guardiões em suas técnicas está sendo preparada. Os conhecimentos necessários estão sendo adquiridos e muito em breve o ciclo de concluirá.


Atena sinaliza a Teon que se junte aos demais dourados.


— A Ordem dos Cavaleiros e Amazonas ganha mais um integrante. E a Ordem dos Guardiões que nasce hoje ganha mais onze parceiros. A Reunião Dourada fica aqui instituída e se repetira sempre que necessário for. Sempre que grandes notícias chegarem ... Sempre que grandes acontecimentos ocorrerem ... Sempre que a Terra estiver ameaçada ... Sempre que o mal pairar sobre nossa casa ... Ouçam o chamado de sua Armadura e atendam-no ... Sintam a Ressonância de seus trajes sagrados, e a ele se harmonizem ... Pela Terra! A Reunião Dourada está encerrada. Retornem a suas rotinas e estejam sempre atentos.


Todos os Cavaleiros e Amazonas reverenciam Atena e o Gran-Mestre e começam a sair. Ozir sem saber como se portar, se como Grande Mestre ou como Cavaleiro de Ouro olha para Atena a procura de uma resposta.


— Siga seus companheiros, Ozir. Diz Atena. És o Cavaleiro de Ouro de Gêmeos.


Ozir ao receber a resposta fica feliz, pois o peso da posição de Grande Mestre por aquele momento seria deixado de lado. Ele segue atrás de seus companheiros e porta-se como um deles, descontraidamente.


Ele se junta a Aaron e brinca com os caçulas do grupo como Teon, Régia, Ian e Donni, tirando sarro deles. O rosto do sábio dá lugar a face de um colega. Todos tinham a Ozir grande amizade.



TEON DE SERPENTÁRIO É CONSAGRADO, E A RESSONÂNCIA SE FAZ PRESENTE NA REUNIÃO ENTRE OS DOURADOS. O MISTÉRIO É A TODOS REVELADO E A ORDEM DOS GUARDIÕES GANHA NOVOS PARCEIROS.

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  • 3 semanas depois...



Findou-se a Reunião Dourada e os Cavaleiros e Amazonas seguiram seus caminhos, a maioria para confraternizar tal encontro de amigos.


Ariadne de Aquário, ainda próxima ao Salão de Atena, tocada com tudo o que sentira naquele encontro, e um pouco intrigada com o que ouvira de Atena sobre os guardiões e as estrelas alfa começa a pensar.


— Observei muitas estrelas alfa ... Seus brilhos ... Mas essa relação ...


SIBÉRIA — QUATRO DIAS ATRÁS


O tempo em Graad estava instável, e uma grande massa de neve cobria a montanha onde abaixo ficava a biblioteca da vila.


No intuito de se prevenir do risco de vida por um possível desabamento, todos os que habitavam próximo a montanha abrigaram-se na casa de parentes e amigos em locais mais seguros. Ainda assim Ariadne insistia em permanecer na biblioteca de Atena estudando, o que deixava Ada muito preocupada por sua segurança.


O tempo piora ao longo do dia, e ao cair da tarde uma forte nevasca chega a vila. Ada decidida a retirar Ariadne da gruta a qualquer custo se dirige ao local, quando uma avalanche de neve desce a montanha cobrindo tudo ao pé da mesma. Até mesmo a fonte foi coberta.


Durante o trabalho de retirada do gelo, a fonte é descoberta da grossa camada de gelo, e uma grande quantidade de água se espalha pelo chão. Todos se apavoram com a grande quantidade de água que desceu a montanha, passando exatamente pelo local onde se encontrava Ariadne.


Apavorada com o possível destino de sua amiga, Ada entra em uma espécie de transe e a manifestação do tempo começa a cessar. Ada entra em harmonia com a natureza, e torna-se com o tempo uma só unidade. A Unidade da Natureza acabara de se manifestar através de Ada.


O volume de água que brotava da fonte se reduz, mas uma grossa camada de gelo ainda cobria a entrada do casebre da biblioteca.


Os moradores começam a cavar para abrir espaço no grande bloco de gelo e chegar até a Amazona de Atena. Um outro grupo subia a montanha para chegar a gruta pela entrada do alto da floresta.


Na gruta Ariadne estava desacordada pois fora atingida por uma pedra que descera com as águas. Apesar de seus esforços de conter a entrada de água por congelamento, a força da natureza foi mais intensa que a determinação de seu cosmo.


A neve é rapidamente retirada e Ada parte pela passagem como um furacão, encontrando Ariadne na beira do lago, que havia dentro da gruta, desacordada.


Ada se aproxima, traz Ariadne para a parte mais alta e carinhosamente a abraça, afastando seus cabelos molhados para lhe expor o rosto. Ela aquece o corpo da amiga com o calor do seu próprio cosmo inflamado.


O grupo que procurou passagem pelo alto da montanha chega a gruta, e com a exceção das mulheres todos saem. Cobertores e roupas secas são trazidos pelo grupo da biblioteca.


Uma senhora cobre Ada e Ariadne com um cobertor, e Ada sorri.


— Vocês são mesmo amigas! Afirma a senhora. — Mas há algo diferente. Seu calor é especial. Como o de um anjo da guarda. Nossos amigos são os nossos anjos da guarda. Você é o anjo de sua amiga. E isso está escrito em teus olhos. Na forma com a qual olha para ela.


Ada lembra-se da sua missão e sorri.


— Sim. Diz Ada. — Cuidar dela é minha missão maior. O que faço com enorme prazer.


A senhora toca o ombro de Ada e também sorri.


— Posso perceber isso menina. Sorri a Senhora. — Vamos deixá-las a sós.


Todas as mulheres saem e apenas Ada e Ariadne ali permanecem.


TEMPO PRESENTE


Ariadne após lembrar do terrível incidente na Sibéria começa a relacionar algumas coisas.


— Será ... Ada a minha Aura? Senti teu cosmo naquele momento, mesmo inconsciente. Senti minha vida retornar ao corpo, pelo cálido abraço de Ada. Será Ada minha Guardiã?


Nesse momento suavemente alguém toca seu ombro, era Atena e seu caloroso cosmo. Ariadne apesar da surpresa da chegada de Atena permanecia tranquila.


— Não fiques preocupada, Ariadne. Diz Atena. — Vocês são ligadas pelo destino. Sobreviverem juntas não foi coincidência. Foi um desígnio do cosmos. Além de amigas vocês são guardiãs uma da outra. Ariadne, Aria, você e Ada sempre manterão no céu o intenso brilho da constelação de Aquário.


Atena caminha junto a Ariadne até um local de onde podia-se ter a visão panorâmica do céu, e prossegue em sua fala.


— Os cosmos das três abençoadas de Aquário estão interligados. Mesmo Aria não estando entre nós, seu cosmo aqui se faz presente. O cosmo do portador de um Traje Sagrado nunca o abandona, mas a ele entra em harmonia. Veja a tua constelação protetora. Seu brilho vivo como o coração só existe pela ressonância perfeita dos seus três cosmos. Aria está sob as bênçãos de Aquário, sob a minha benção. Vá em paz!


Atena inicia o caminho de volta a sua sala recebendo o agradecimento de sua Amazona.


— Obrigada, Atena. — Obrigada por tranquilizar meu coração.


Atena sorri.


— És minha Amazona, Ariadne. Pondera Atena. — E a meus fieis guerreiros meu amor nunca faltará.


Em outra região do Templo encontrava-se Regia pensativa sobre Teon e do amor que por ele estava se fortalecendo.


Atena que seguia tranquila por seu templo, visto a presença de seus treze cavaleiros de ouro, até ela se dirige e é prontamente percebida. Régia inicia a reverência, mas é interrompida pela deusa.


— Não, Regia. Diz Atena. — Não é necessário. Não para uma conversa entre mulheres.


Regia sorri. As duas se sentam em degraus que ali existiam.


— Sei o que aflige teu coração. Continua Atena. — Sei que amas Teon. Posso sentir. Podes retirar sua máscara.


— Mas ... Surpresa pondera Regia.


Régia retira a máscara e seus olhos azuis marejados brilham como dois diamantes.


— Está escrito em teu olhar, Régia. Sorri Atena.


Atena carinhosamente pega as mãos de Regia que chorando sorri.


— Viva seu amor! Ordena Atena. — Sei que o amor de Teon é verdadeiro. Os olhos não mentem nunca. Diante Teon estás liberada da lei da máscara. O amor de Atena não pode se opor ao amor entre um homem e uma mulher.


— Mas ... não posso. Desiste de falar Régia.


— Continue, por favor Régia. Diz Atena.


— Já amou alguém Sofia? Indaga Regia


Atena respira fundo antes de responder.


— Sim, Responde Atena. Mas não posso ser correspondida. Me reservo ao meu dever como deusa Atena. Mas é bom ter uma amiga.


Regia carinhosamente pega nas mãos de Atena.


— Sempre. Afirma Regia.


Nesse momento surge Leo de Áries. Com uma pesada aura de desespero percebia-se sua preocupação. Ele surge tão repentinamente que Regia é vista sem máscara. Regia a coloca imediatamente.


— Desculpe-me, Regia! Comenta Leo. — Atena, a procurei por todo lugar. Temia por sua segurança, mesmo com tantos Cavaleiros e Amazonas por perto.


Atena, sem graça, sorri.


— Estava segura com Régia. Responde Atena. — Agradeço tua preocupação.


Atena olha para Regia e sorri. Seus olhos brilham tal como os de Regia há minutos atrás.


Atena se levanta com o auxílio da mão gentilmente estendida por Leo. Ela se desequilibra com o degrau da escada, sendo de pronto carinhosamente amparada por Leo num cálido abraço.


O coração da deusa acelera e naquele momento Sofia abraça Leo, com a plena confiança de estar segura nos braços de seu amor.


Leo percebe a situação e a posiciona de pé em total equilíbrio.


— Desculpe a ousadia, Atena. Desculpa-se Leo.


— Não se preocupe, Leo. Responde Atena. — Sei que poderei sempre contar contigo. Entrego-me sem duvidar, a sua fidelidade.


Atena percebe a gafe, deixando Leo ainda mais sem graça. Régia levanta-se e antes de deixar Atena sob a proteção de Leo comenta.


— Desculpe-me Leo, pela máscara. Desculpe Atena.


— Não se preocupe, Régia. Responde Leo. — Teus olhos azuis, serão um segredo nosso. Brinca Leo. — Pena eles serem um mistério a Teon. Só espero que não me mate. Pois sei que amar seria impossível. Seus olhos e coração já tem dono.


Régia e Atena se olham e trocam sorrisos. Leo vê a troca de olhares e nada entende. Leo continua.


— Mas não se preocupe, Regia. Seus belos olhos azuis tem os dele como colírio. Não preciso ver teus olhos, pois teu cosmo transparece.


Atena olha para Leo.


— Não te preocupes , Leo. Confio a ti este segredo.


A deusa e a Amazona trocam olhares e sorriem.


— Confio a ti meu rosto, Leo. Confirma Regia. — Sei que cuidarás dele como cuidas de Atena.


Leo, visivelmente sem graça, abaixa a cabeça, mas responde a Régia.


— Tenha certeza disso, Régia de Peixes.


— Isso me tranquiliza. Conclui Regia. — Até mais, Leo de Áries. Régia aliviada ri.


Régia segue seu caminho, e Leo acompanha Atena até seus aposentos.


— Obrigada, Leo. Diz Atena. — Por seu cuidado comigo.


— Sou seu Cavaleiro e esse é meu dever. Responde Leo.


— Ainda assim Leo, eu agradeço seu carinho.


— Disponha, Atena. Ainda sem graça comenta Leo.


Sofia, a doce Atena, sorri e sente um calor diferente nas palavras que acabara de ouvir.


Leo caminhando a seus aposentos começa a pensar em tudo que acabara de acontecer, os sentimentos que povoaram sua mente e coração.


— Como pode? Ela é a deusa Atena. Por que esse sentimento? Essa sensação ... Essa vontade de tomá-la nos braços. Como posso? Esse desejo. Nem mesmo por Lyra senti algo tão forte. Será esse instinto de proteção um engano? Não pode ser.


Atena, feliz pelo turbilhão de emoções que vivenciara nas últimas horas, pensa sobre o amor em tua vida.


— O amor de um homem ... Em detrimento ao amor de todos os humanos. Teve que ser assim, mas poderia eu conviver com as duas formas? Não sei o que fazer. Como queria agora uma amiga.


Sem perceber a melancolia de Atena é transmitida as Amazonas e outras mulheres do Templo. Regia, Ariadne, Lyra e Sana percebem sua angústia, e mesmo a distância Lyra se comunica com a deusa.


— Posso ajudá-la, Atena?


Atena se dá conta que o sentimento de amor ao próximo de suas guerreiras para com ela chegam carinhosamente.


— Lyra ... Responde Atena. Preciso de um ombro amigo. Poderia vir até aqui?


Em fração de segundos surge Lyra direto de seus aposentos para ao lado de Atena. Lyra olha nos olhos de Atena e atende a seu mais íntimo desejo. Ela se comunica e teletransporta Regia, Ariadne e Sana para estarem ao lado da deusa.


O quarto de Atena torna-se o local do encontro de Sofia e suas amigas. Depois de muita conversa Sofia decide mesmo sendo Atena render-se ao amor de um homem.


Algumas horas depois as amigas de Atena retornam a suas camas, sem que sequer alguém se dê conta de suas ausências, nem mesmo o zeloso Aaron.


Feliz, Atena proclama sua liberdade à postura adotada há alguns anos atrás, quando ainda garota assumia a posição de Deusa da Sabedoria e Guerra Justa num turbilhão de difíceis decisões. Nessa ocasião Sofia abrira mão de seu amor por Leo para ser uma deusa. Sua ausência nos anos seguintes a transformou simplesmente na deusa Atena, junto ao então Leo de Áries, Cavaleiro que a ela devotou obediência e fidelidade.


Segundos antes de cair no sono pensa Atena.


— A ressonância das Almas ... A ressonância do amor ... Sob as bênçãos do cosmos ...



REGIA E ARIADNE RECEBEM A AMIZADE DE ATENA, E TEM A CHANCE DE RETRIBUIR SEU CARINHO. O ENCONTRO DE SOFIA E SUAS AMIGAS TRAZEM A ATENA A LUZ DE UMA IMPORTANTE DECISÃO. É O AMOR QUE BATE A PORTA.

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  • 2 semanas depois...

Capítulo 016 — Redenção

Leo de Áries depois de deixar Atena segura em seus aposentos segue a seu descanso, visto o dia cheio que tivera. A segurança do templo estava sob a responsabilidade de Sallas de Capricórnio e Maia de Cepheus, conforme definido pelo Grande Mestre.
Com a cabeça no travesseiro Leo, intrigado com o objetivo de sua recente missão em Lemúria, pensa.
— Será a Ordem dos Guardiões? ... Será essa a função daquela pessoa nisso tudo? Parece simples, mas ... É estranho.
LEMÚRIA — CINCO DIAS ATRÁS
Leo e Lyra, depois de caminhar por locares específicos de Lemúria, chegam a casa de Teon em Casparian. Dona Liana, a mãe de Teon, os recebe e nos porta-retratos podia se ter uma imagem mais concreta da pessoa procurada por Atena.
Dona Liana, carinhosamente pega um quadro onde a pintura de uma jovem sorridente o destaca dos demais. Era Sarah a irmã mais velha de Teon, desaparecida há vários anos.
— Essa é Sarah. Conta a Senhora. — A irmã mais velha de meu Teon. Ele sequer chegou a conhecê-la. Ela era linda. Fiquei muito triste com sua perda. Mas me foi concedido Teon e pude amenizar minha tristeza.
Leo pega no quadro e sente uma estranha sensação, mas não a considera. Ele caminha em direção aos demais quadros menores.
— Podemos ... Pondera Leo.
— Sim, fique a vontade. Permite a Dona Liana — Pode pegá-los se quiser.
Leo pega um quadro e sente a mesma estranha energia outrora sentida. Sua surpresa é percebida por Lyra que ao pegá-lo na mão tem a mesma sensação.
Era possível perceber a mesma energia vinda de todas as pinturas, uma cosmoenergia misturada a um triste sentimento de saudade.
Em um quadro mais escondido havia a pintura de uma menina. Nesta a energia emanada era muito familiar. Lyra ao ver o espanto de Leo toca a pintura e parece reconhecer a criança.
— Esta é Sarah? Indaga Leo confuso. — Não, Responde a Senhora. — A menina chamava-se Sofia. Cuidava dela no templo do Gran-Conselho. Certa vez tive que trazê-la comigo. Pedi para fazerem essa pintura na ocasião.
Surpreso, Leo compara os nomes da menina da pintura com um nome que lhe vem a mente. O nome parecia muito familiar ao cavaleiro. Ele ouve atentamente a narrativa da senhora.
— Foi apenas uma vez. Ela se tornou uma bela adolescente e foi levada para o continente. Deixa eu me lembrar ... Atenas. Isso! Ela tinha algo especial. Uma paz que só se tinha próximo a ela.
Lyra lembra-se da figura de Atena.
— Atena! Afirma Lyra. Essa menina é a deusa Atena nesta era.
A senhora por alguns segundos fica pensativa.
— Atena ... Comenta a Senhora. Está certo. Ela sempre foi digna de uma deusa. Gostaria de revê-la um dia. Ela deve estar linda.
Leo, surpreso com tantas novidades, abaixa a cabeça.
— E está. Resmunga Leo.
Lyra ouve, olha para Leo e sorri.
— Quem sabe um dia, Dona Liana. Comenta Lyra. — Mas ... Não sabes o que houve com tua filha?
A senhora suspira demonstrando saudades.
— Não. Responde a Senhora. — Sei que ela sumiu numa noite de tempestade. O mar estava bem revoltado.
Lyra sente já ter mexido demais com os sentimentos daquela senhora. Ela olha para Leo que numa troca de olhares entende a mensagem.
— Humm. Comenta Lyra. — Obrigada por tudo, Senhora.
— Precisamos ir. Completa Leo.
Transbordando simpatia, a senhora sorri.
— Mas, vocês já vão? Indaga Dona Liana. — Tão rápido! Tomem um chá comigo. Já sou velha, e meu filho está em Atenas também. Façam companhia a esta velha e solitária senhora num chá.
Leo e Lyra, já com fome, se olham e sorriem da situação.
— Aceitamos. Diz Leo.
— Faremos companhia sim, Dona Liana. Completa Lyra. — Mas não queremos dar trabalho.
A senhora mostra os sofás aos convidados, e segue a caminho da cozinha.
— Será um prazer. Pondera a Senhora.
Eles se sentam e começam a falar sobre a menina do quadro, e de tudo que falara a Senhora.
— Aquela menina era Atena. Comenta Lyra. — O cosmo na pintura disse tudo. Lembra-se Leo? A tua namoradinha.
Visivelmente envergonhado pelo comentário manifesta-se Leo.
— Não foi bem assim Lyra. Apenas a achava interessante por não ser daqui.
Lyra ri e balança a cabeça.
— Vocês, homens! Para com isso Leo, eu via como olhavam um para o outro. Diz Lyra — Eu vi quando se beijaram antes dela desaparecer. Quase morri. Sussurra Lyra.
Leo, fica admirado com o que houve.
— Como é? Curioso pergunta Leo.
Lyra envergonhada bate no ombro de Leo.
— Você ouviu. Diz Lyra.
Leo dá um sorriso amarelo
— Você estava com ciúmes desde aquela época. Brinca Leo.
Lyra, envergonhada vira a cabeça para o lado.
— Sim, mas você nunca me olhou como olhava para ela. Você se esqueceu dela assim que ela se foi. Até parece que sua memória foi apagada. Sempre senti ciúmes daquele olhar, mas ...
Lyra respira fundo antes de continuar.
— Foi só um namorico de crianças. Éramos muito jovens, e não havia amor entre nós. Quando soube que foi para Atenas com Atena.... Com ela ...
Carregada da lembrança, dá uma pausa em sua fala, Lyra.
— Senti que tinha te perdido para sempre. Nunca mais o vi. Mas, então veio meu verdadeiro amor. Mas ele se foi. Maldito Poseidon!
Lyra já tinha em seu rosto um sentimento de ódio. Leo, surpreso com a mudança dos sentimentos de Lyra, e meio desapontado consigo mesmo, muda de semblante.
— Sei que tivemos doces momentos juntos. Continua Lyra. — Quando se foi fiquei perdida, mas aí encontrei Marco.
O olhar de Lyra brilha quando surge a mente essa nova lembrança. Leo nunca vira tal olhar.
— E ele me olhou daquela maneira. Continua Lyra. — Senti o calor daquele olhar. E eu também o olhei assim. Mas ele morreu aqui mesmo em Lemúria. O mar o levou. Queria ter podido lutar naquele momento.
Uma lágrima escorre em Lyra, ela a enxuga e levanta a cabeça.
— Mas ... Vamos a você, Leo.
Lyra olha para Leo e sorri. Leo nada entende e olha de volta tentando entender o que a expressão de Lyra queria dizer.
— O que foi Lyra? Indaga Leo.
O belo sorriso de Lyra deixa Leo ainda mais confuso.
— Agora você deve estar confuso. Comenta Lyra. — Mas está escrito nos teus olhos.
Leo não entendia o que dizia Lyra.
— Do que você fala? Indaga Leo, ainda mais curioso.
— Você ama Atena, quero dizer Sofia. Responde Lyra.
Leo se assusta com o comentário.
— Não! Afirma Leo. — Claro que não. Não poderia. Sou teu Cavaleiro e minha missão é protegê-la. Apenas isso.
Lyra resmunga em tom de brincadeira.
— Humm. Brinca Lyra. — Já vi o afinco com que você a protege e sempre achei estranho. Agora tenho certeza. Você sempre a amou e nunca se deu conta disso. Ou não se lembrava que ela era a Sofia de sua infância. Sem saber vocês cultivaram esse amor pelo tempo. Sofia como deusa Atena, e você como seu fiel escudeiro.
Leo, apesar de perceber a verdade nas palavras de Lyra torce o nariz para o que ela diz.
— O amor bate a tua porta, Leo. Não a feche. A minha porta a própria vida se encarregou de fechar. Completa Lyra.
O silêncio paira no ar por alguns segundos e chega a mãe de Teon com chá e biscoitos. O dois, famintos, olham um para o outro e por um momento prendem o riso, mas a situação engraçada que a fome criara os obriga a rir.
O chá delicioso e os biscoitos crocantes de Dona Liana contiveram os pensamentos dos que aquela casa visitavam, e após um doce agradecimento partem Leo e Lyra.
— Aquele cosmo da foto me é familiar. Afirma Leo. — Já senti o cosmo de Sarah em nosso caminho.
— Também senti. Concorda Lyra. — Devemos refazer nosso caminho.
O Cavaleiro e a Amazona percorrem o caminho de volta, e ao passar por um pequeno córrego Lyra para e colhe um pouco de água para refrescar o rosto.
Lyra se espanta ao sentir o mesmo cosmo do retrato na água corrente.
— Essa água! Afirma Lyra. — Toque nela, Leo.
— Aquele cosmo. Constata Leo. — Vamos segui-la até sua fonte.
Ambos seguem a corrida d'agua e mais alto na montanha via-se uma gruta, e dela emanava grande concentração daquele cosmo.
Os passos de Leo e Lyra gruta adentro eram acompanhados por alguém a espreita.
Uma presença se materializa por detrás de Leo, que segue mais à frente, mas antes que possa se defender a rápida e feroz intervenção de Lyra frusta o ataque surpresa.
A amazona segura os dois punhos da figura desconhecida, que vê cair no chão a ferramenta pontiaguda que segurava.
— Não viemos te machucar. Afirma Lyra. — Viemos apenas fazer-te um convite. Convida-la a estar com Atena.
— Acalme-se Sarah! Ainda de costas, completa Leo.
A moça sensivelmente surpresa relaxa os punhos cerrados e abandona seu semblante ofensivo.
— Como sabem meu nome? Quem são vocês? Sarah estava muito confusa. — Vou te soltar. Diz Lyra, abrindo devagar as mãos.
Sarah cansada do esforço respira fundo, e olha para Leo e Lyra com desconfiança.
— Somos Leo de Aries e Lyra de Ophiucus, guerreiros de Atena. Viemos te fazer uma proposta.
Sarah, não sabia o que fazer diante tal situação.
— Como vocês me acharam aqui? Indaga Sarah nervosa.
— Fomos a tua casa e sentimos teu cosmo em tuas pinturas. Responde Lyra. — Encontramos o rastro de teu cosmo na água que corre desta gruta.
A mente de Sarah passeiam imagens e momentos familiares. Ela abaixa a cabeça e triste manifesta-se.
— Minha mãe ... Quanta saudade.
Leo tenta manter um diálogo
— Mas porque não vai ao seu encontro? indaga. — É tão perto daqui. Conclui o Cavaleiro.
— Não posso. Responde Sarah. — Porque estou suja. Atendi ao chamado da ganância. Quis poder e só fiz matar pessoas inocentes ... E meus compatriotas. Vejo a evolução de meu irmão, e torço por seu sucesso. Que ele escolha o caminho certo. Coisa que não fiz.
Sarah se prosta.
— Sinto a angústia das preces de minha mãe, mas ... Não sou digna delas. Não me permito retornar, tenho vergonha de todos.
Lyra tentava compreender tudo o que dizia Sarah.
— O que você fez? Indaga a amazona. — Já fui uma General Marina. Responde Sarah. — Fui Sarah de Sirene. Hoje não sou nem sombra de mim mesma.
O semblante de Lyra muda completamente, e repentinamente surge a armadura de Ophiucus que a veste.
Sentindo a ira no cosmo de Lyra, e a força do punidor em sua aura, Sarah prostada se redimi diante a amazona enfurecida.
— Faça. Afirma Sarah. Há tempos espero pelo meu castigo.
Leo apavorado vê Lyra movimentar os braços, com o cosmo dirigido sobre Sarah. Após a explosão da luz gerada por Lyra lá se encontrava Sarah sem nenhum arranhão. Leo respira aliviado.
— O que houve? Sarah nada entende — Por que se deteve?
Lyra respira fundo, e de Sarah se afasta.
— Não sou eu que devo julga-la, mas Atena. Responde Lyra.
Lyra passa por Leo, e ele dirige-se a Sarah.
— Ela está certa. Afirma Leo. — Mesmo perdendo entes queridos não é nosso direito julgar nossos irmãos. Tua culpa é sinal de redenção. Venha conosco! Venha até Atena. Dê a si mesma uma segunda chance.
Sarah se levanta, vai até Lyra no canto da gruta e a olha nos olhos.
— Obrigado por teu senso de justiça. Diz Sarah. — Mesmo quando não merecia recebi tua misericórdia. Peço perdão pelas perdas que possa ter te causado.
Lyra olha para Sarah com um semblante mais tranquilo.
— Apenas o farei se antes fizer algo por alguém.
Sarah, mais aliviada de sua culpa, sorri.
— Eu sei ... Respira aliviada Sarah. — Atenderei a misericórdia de Régia de Peixes, e a tua, Lyra de Ophiucus. Tua justiça me deixa mais limpa. Atenderei ao amor incondicional de minha mãe.
Leo, Lyra e Sarah se teletransportam à porta do quintal de Dona Liana, e Sarah continua seu caminho a redenção.
No Salão do Gran-Conselho, o Gran-Mestre sente a presença do cosmo de Sarah.
— Enfim surge por completo esse cosmo misterioso. Pensa. — Mas ... sua carga leve ...algo interveio ... Atena?
O Gran-Mestre sente dois grandes cosmos pacíficos, e sorri.
— Sim, são os planos de Atena! Afirma.
Passam-se alguns minutos e à porta da casa surgem Sarah e sua mãe num forte abraço. Dona Liana acena a seus novos amigos com um largo sorriso. A tristeza abandona a aura daquela senhora, e a casa emana uma nova energia.
Os três lemurianos partem pelo poder de teletransporte a Atenas ao encontro de Atena.
NO TEMPLO DA DEUSA EM ATENAS
Leo avisa Atena de sua chegada, e a deusa abre as postas do salão com a força de seu cosmo. Nesse instante antes mesmo dos soldados entrarem em guarda surge Leo de Áries e Lyra de Ophiucus, trajando suas armaduras e acompanhados de Sarah.
Leo sinaliza com a cabeça aos guardas da porta, entra no salão da deusa e fecha a porta.
— Atena! Reverencia Leo. — Trouxemos a pessoa que deseja encontrar.
— Essa é ... Diz Lyra quando interrompida por Atena.
— Sarah, irmã de Teon de Serpentário. Completa Atena. — Seja bem vinda. Cumprimenta a deusa.
Sarah se ajoelha diante Atena.
— Desculpe-me Atena! Não sou digna de sua tão doce recepção. A traí, e também a meu povo.
Atena dela se aproxima e toca seu rosto. O cosmo carregado de dor e arrependimento é sentido pela deusa, bem como a origem de toda aquela angústia.
— Não se repreenda, Sarah. Pondera Atena. — Não foram poucos teus crimes do passado, mas se Régia e Lyra a perdoaram és digna deste benefício.
Atena toca seu queixo e levanta seu rosto.
— Como deusa tenho a paz e a misericórdia como virtudes. Mas a mim também cabe o braço da justiça a quem merece. Não se culpes mais, tens o perdão que buscas. Teus atos do passado agora são apenas parte dele.
Com um movimento de mão Atena dispensa Leo e Lyra. Sarah olha para Atena, e levanta-se com lágrimas nos olhos. Atena prossegue a sós com Sarah.
— Eu a redimo de teus pecados, e a ti tenho algo especial.
Sarah sorrindo com lágrimas, sente o poder da misericórdia de Atena.
— Será uma honra, Atena. Diz Sarah. — Em que posso servi-la?
Atena fica feliz com a redenção de Sarah.
— Seja a guardiã de teu irmão, Teon, o Cavaleiro de Ouro de Serpentário.
Sarah fica surpresa com a palavra "Guardiã".
— Como? Indaga Sarah. — Meu irmão Teon?
Atena sorri.
— Sim. Responde Atena. — Serás seu anjo da guarda, curando suas feridas e restabelecendo seu cosmo sempre que estiver em perigo. Serás a Aura de Serpentário, a mais secreta Guardiã de toda a Ordem de Serpentário.
Sarah abre um largo sorriso, e seu cosmo emana a alegria e júbilo dignas de um guerreiro de Atena. A deusa sabia que acabara de fazer a escolha certa.
— Receberás treinamento dado especialmente por Lyra de Ophiucus. Continua Atena. — O que me diz?
Os olhos de Sarah brilham, e após tudo o que ouvira, o cosmo que em Lemúria era melancólico torna-se vibrante e quente.
— Meu irmão ... Meu irmão que nem vi crescer. Sua guardiã ... Seu anjo da guarda ... Sim eu aceito, Atena. Compensarei minhas falhas dedicando minha vida nessa tarefa.
Atena sorri e caminha em direção a seu assento. Movimenta sua mão fazendo abrir com seu cosmo um compartimento do braço do assento. Uma pequena caixa de madeira sai flutuando. A caixa se abre sobre o olhar atento de Sarah. Uma forte cosmoenergia de paz emanana de um pingente em cristal preso a um discreto colar. O conjunto e evado pelo ar as mãos de Sarah.
— Essa é sua Crystallus. Diz Atena. — A Veste Sagrada dos Guardiões. Em puro cristal, ao simples comando de teu cosmo, essa pequena pedra torna-se um traje completo para teu corpo.
Nesse momento Sarah eleva seu cosmo e o cristal em sua mão brilha, desdobrando-se em numerosas partes, formando uma estátua de cristal. A Crystallus brilha e veste o corpo de Sarah.
Sarah sente uma enorme sensação de poder. Os cristais dos outros guardiões brilham. Na Sibéria, numa ilha do Atlântico, e no templo de Atena outros guardiões saúdam seu mais novo companheiro de luta.
EM OUTRO LUGAR NO TEMPLO DE ATENA
— O que há com teu colar, Sana? Indaga Aaron. — Nada tio. Responde a menina.
— Ele brilhou por um instante. Insiste Aaron. — E tive a impressão que uma onda de cosmo passou por nós. Deve ter sido impressão tua, não senti nada. Desconversa Sana.
Sana sabia que Atena ordenara mais um Guardião. Ela carinhosamente abraça seu tio.
— Amo você, tio. Declara Sana. — Não deixarei que nada aconteça contigo.
Aaron, ri e a abraça.
— Que isso menina. Diz Aaron. — Sou eu que tenho que te proteger. A princesinha do Ted. A razão de eu ainda querer estar vivo. O motivo de ter rejeitado certo convite, certo dia.
Aaron olha para Sana, e ganha dela um doce sorriso. Ele sabia estar no lugar certo e na companhia certa.
SALÃO DE ATENA
Sarah percebe um grande fluxo de energia fluindo por teu peito, composta de muitos cosmos vindo de diversos lugares.
— Essa energia ... Diz Sarah.
— Isso é a ressonância dos cristais. Esclarece Atena. — São os guardiões recebendo-a como parte da Ordem.
Sarah após a energia recebida acende seu cosmo, e a Crystalus volta a ser uma pequena pedra de cristal.
Ela sorri e seu cristal brilha, como se agradecesse as mensagens recebidas.
— Agora você pode sair Sarah. Conclui Atena. — Conheça o Templo, teu novo lar. Lyra te encontrará, guiará e mostrará teus aposentos.
Sarah estava empolgada
— Obrigado, Atena. Diz Sarah.
Sarah reverencia a deusa e sai. Caminhando desperta a atenção de todos, principalmente a de Regia e Teon, que conversavam próximo a entrada da área destina aos Guardiões.
Regia e Sarah se reconhecem, e a nova Aura se envergonha abaixando a cabeça.
— Sarah! Chama Régia. — Olá Re ...Regia de Peixes. Responde Sarah.
Regia olha para o peito de Sarah e vê o cristal. Apesar de não saber o significado da pedra, sabia que Sarah já tinha a confiança de Atena.
Teon sente no peito que seu coração bate mais acelerado, mas de forma diferente daquela quando conhecera Regia. Eram emoções fraternais que ele não compreendia.
— Que bom que sobreviveu àquela tragédia. Diz Regia. — Seja bem vinda entre nós. — Obrigado. Responde Sarah.
Teon ainda confuso puxa conversa.
— Você ... Diz Teon. — Me é familiar, mas não sei porque. Sou Teon de Serpentário, muito prazer.
Sarah, entorpecida de tantas emoções não havia percebido ser Teon aquele jovem. Não o via há anos. Seus olhos brilham e subitamente ela o abraça.
Teon recebe o abraço e retribui, mas não sabe o porquê daquela emoção que arrebata teu peito.
— Meu irmão ... Sussurra bem baixo Sarah.
Régia que não entedia nada, após ouvir o que dissera Sarah compara os rostos e se surpreende com a trama do destino. Sarah era frequentemente comentada por Teon, sempre saudoso de uma irmã que sequer chegou a conhecer.
Sarah solta Teon e fica sem graça da ação impetuosa.
— Desculpe-me. Diz Sarah que sai correndo. — Foi um enorme prazer conhecê-lo, Teon.
Sarah sai tão repentinamente como chegou, acompanhada de Lyra.
— Esse é dia mais feliz da minha vida! Grita a Guardiã já distante e sorridente.
Teon olha para Régia, receoso de sua reação, pois gostara muito daquele caloroso abraço. Régia parecia tranquila e abraça Teon com igual carinho. Teon nada entende.
— Não está brava comigo? Indaga Teon.
Regia balança a cabeça.
— Não seu bobo. Responde Régia. — Sarah é tua irmã. Pensa Régia em voz alta.
Teon ouve e fica surpreso.
— Como?! Indaga Teon com o coração acelerado. — Ela é minha irmã Sarah? Responda-me por favor.
— Sim, Teon. Responde Regia. — Nem mesmo eu poderia te dar um abraço com tanto calor ... com tanto carinho.
Teon fica por segundos sem reação.
— Então ... eu vou atrás dela, certo? Indaga Teon confuso.
— Vá! Vá logo. Diz Regia num misto de tristeza e alegria.
Teon começa a correr, mas repentinamente para, e ao ver Régia cabisbaixa com carinho declara seu amor.
— Eu te amo, Regia. Nunca se esqueça disso.
Regia levanta a cabeça e sorri, enquanto Teon corre ao encontro de sua irmã. Teon avista Sarah.
— Sarah! Chama Teon. — Minha irmã!
Sarah olha para trás e fica sem saber o que dizer e fazer. Ela para e esconde o cristal na roupa, enquanto Teon se aproxima. Teon lhe dá um enorme abraço.
— A irmã que sempre sonhei conhecer. A irmã que jurei que procuraria. Está tão perto de mim, e é linda. Minha irmã Sarah! Minha família!
Teon deixa o abraço e olha nos olhos da irmã.
— Mamãe sabe disso?
Sarah, ri.
— Sim, mas não teve tempo de contar nada a ninguém. E Régia ... ela te fisgou por seus olhos azuis, né?, hehehe.
Teon olha Sarah curioso.
— Como sabe disso? Indaga Teon.
Sarah toca o rosto do irmão e sorri.
— É uma longa história, depois te conto. Meu irmãozinho. Hehehe.
Regia, a distância, vê aquela relação familiar e se entristece ao lembrar da morte de teus pais e do sumiço de teu irmão Oriti pelas forças de Poseidon. Oriti foi no grupo de homens que partiram ao fronte de batalha e não voltou.
Bem próximo dali uma pessoa também observa Teon e Sarah. Ele segura seu cristal, ainda brilhante por conta da ressonância ocorrida minutos atrás.
— Minha irmã ... Pensa — Nunca a abandonarei. Por nossos pais sempre a manterei viva. Nem que para isso tenha que dar-te a minha vida. Sou Oriti, o Aurum de Peixes ... e você é minha protegida ... minha única família.
Sarah percebe uma presença familiar, mas acha que foi impressão. Oriti ao vê-la sorri.
— Nos encontraremos de novo, Sarah ... Pensa Oriti. — Mas dessa vez não haverá flecha nem flauta ...
TEMPO PRESENTE
O turbilhão de lembranças imersas na mente de Leo cessa. Fatos reavivados, do dia que junto a Lyra concluíra sua última missão, o deixam intrigado. A lembrança da menina Sofia, então apagada retornara. Isso o deixou muito curioso.
— Por que? Pensa Leo. — Por que esqueci-me de Sofia? Com seu sumiço de Lemúria, também suas lembranças desapareceram de minha mente.
Leo lembra-se do aperto que sentira há cinco dias atrás.
— Será essa a explicação para essa dúvida? ... Pensa. — Esse aperto no peito que sinto quando estou perto dela ... mesmo apaixonado por Lyra ... será minha paixão por Lyra um mero escape a meus verdadeiros sentimentos?
Leo não se conforma com o que passa a sua mente.
— Não! Não posso amar Atena. Seria uma blasfêmia! Ela é uma deusa. Tenho que tirar isso de minha mente.
Leo lembra-se da menina Sofia que beijara quando criança, e da mulher que acolhera nos braços horas atrás.
— Por agora tenho que dormir ... Pensa Leo. — Boa noite Sofia.
A energia emanada por Leo na última linha de seus pensamentos viaja e chega a Atena em seus aposentos.
— Obrigada Leo. Pensa Atena. — Durma bem , meu fiel Cavaleiro ... Meu protetor ... Descanse. Espero ansiosa pelo dia de amanhã. Em pensar que a força dessa amor rompeu barreiras, até mesmo a criada pelo cosmo de Atena, por amor a Terra e a todos os humanos, me afastando de um único homem. Teu amor me enche de esperança, e me renova as energia. Durma minha fortaleza ... Durma meu amor!
Leo mesmo dormindo recebe a mensagem do cosmo de Atena, reciprocamente velando teu sono. A cálida energia de Sofia tranquiliza sua mente, e inconscientemente Leo dormindo sorri.
Sofia depois de horas consegue dormir, e em seus sonhos uma chuva de imagens dos momentos em que Leo esteve ao seu lado passam a povoar sua mente.
Imagens e fatos de sua infância, passando por sua presença durante a Guerra Santa, até a mensagem recebida por Leo há horas atrás, fazem Sofia tomar uma importante decisão.
Sofia acorda e uma importante missão a aguarda. Ela contara a Leo a verdade sobre os fatos e memórias que entrelaçam as vidas de Sofia, Leo e Atena.
SARAH, SOFIA E LEO VIVEM A VIDA E A REDENÇÃO, E O PASSADO ORA APAGADO VOLTA A TONA, NO FLUXO DO TEMPO E NA FORÇA DO AMOR.
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  • 2 semanas depois...



Os dias se passam e cada vez mais guardiões são recrutados pela própria Atena, ou localizados e resgatados pelos cavaleiros e amazonas. A discrição das missões recebidas era regra principal a execução da tarefa.



Atena estava um pouco confusa, pois a vida de Sofia retornara a luz de seus atos. Nesse momento, apenas a um lugar poderia ir a jovem deusa por alento.


Atena discretamente ativa uma antiga passagem por entre as partes do antigo templo de Niké-Atena descoberta quando de sua chegada. Vestindo uma capa segue apressadamente a deusa pelos corredores abertos dentre os rochedos, seguida por Leo de Áries também oculto por uma capa.


A deusa se teletransporta, seguida por Leo que segue o rastro de seu cosmo. Em um belo bosque escuro surgem os dois, quando uma forte rajada de poder explode no peito de Leo, pulverizando sua capa e mostrando o brilho reluzente da sagrada armadura de Áries. O cavaleiro se põe em guarda, e ao se recuperar vê Sofia carinhosamente abraçada por um senhor, que a ele olhava fixamente.


Uma voz forte dirige-se a Leo.


— Vejo que Atena está bem protegida. Afirma o desconhecido. — Desculpe o mal feito, Cavaleiro, mas precisava saber quem seguia minha filha. Mas já desconfiava ser você.


Leo fica confuso, e por um momento pensa aquele homem ser Zeus. Logo depois Leo percebe o tintilar das estrelas que vem de Gêmeos. Imediatamente Leo recorda-se dos dois grandes guerreiros que conduziram os primeiros passos de Atena na Terra: Oscar, pai do Grande Mestre Ozir de Gêmeos e seu falecido irmão Sig; e Saulo. Nessa hora Leo ainda não entendera apenas a palavra “pai”.


A voz prossegue.


— És aquele que com o coração entregue defende minha filha Sofia dos males que a atingem como Atena. És o valoroso Leo de Aries. Ela fala de você o tempo todo.


Sofia bate no pai e ele ri.


— Sou Saulo, o antigo guerreiro sobrevivente da constelação de Gêmeos, mas isso você já deve ter percebido. Comenta o desconhecido. — Sou o pai de Sofia, a reencarnação da deusa Atena.


Leo se ajoelha diante tal figura, mas é repreendido.


— Levante-se rapaz! Corrige Saulo. — Apenas Atena é digna de reverencia! Nem mesmo o líder máximo dos cavaleiros e amazonas é digno desse ato. Vá jovem cavaleiro. Eu e minha filha temos assuntos a tratar. Retorne quando for chamado. Você saberá quando acontecer.


Leo se vai, impressionado e empolgado por ter conhecido Saulo, guerreiro tão conceituado em Lemúria.


No Santuário de Atena Lyra estava muito preocupada com o sumiço de Sofia. Sua afinidade com ela estava ainda mais forte depois do momento próximo de Atena e suas amazonas.


Leo retornando, após sair pela passagem percebe Lyra do outro lado das portas. Lyra percebe a presença de Leo, e aguarda ansiosa por notícias.


Leo sai porta afora e a calmaria de teu cosmo é transmitida a Lyra.


— Acalme-se Lyra. Diz Leo. — Atena está em segurança.


— Você a viu? Lyra ainda estava ansiosa. — Como ela está?


Leo ri, passa por Lyra, e toca seu ombro.


— Ela está bem. Tranquiliza-a Leo. — Esta com seu pai.


Lyra de ansiosa fica confusa.


— Mas quem é o pai dela? Indaga a amazona


— Saulo, das histórias de Tessalian. Responde Leo. O tio do Grande Mestre.


Lyra acha interessante, enquanto no salão do Grande Mestre Ozir sente ao longe uma presença familiar junto ao cosmo de Atena, apesar de não indentificara ao certo de quem se tratava.


SALA DO GRANDE MESTRE


— Que presença é essa? Pensa Ozir de Gêmeos. — Não é uma ameaça, e é tão comum. Parecem vir direto de minha infância.


Uma outra presença é sentida.


— Mas isso!? Estranha Ozir. — Não a conheço, mas parece que sempre conheci. Parece carregar um grande destino.


Ozir sente o pulsar de estrelas, e em sintonia com o céu identifica a constelação.


— Esse cavaleiro!? Parece ter depertado. Sim, sim, sem dúvidas. Nasce o cavaleiro que faltava.


ATENA E SAULO


Atena percebe que seus cavaleiros e amazonas de ouro, além de alguns de prata e bronze de percepção mais aguçada estão angustiados pelo afastamento de seu cosmo do templo. Para acalmar as almas de seus guerreiros, a deusa envia por seu cálido cosmo a mensagem de que estava bem, dissipando preocupações da mente da maioria. Alguns por perceber algo novo estavam pensativos.


TEMPLO DE AQUÁRIO


Ariadne contemplando o céu é acalentada pelo cosmo de sua deusa, quando sente o pulsar de um punhado de estrelas. Ela corre o céu com sua mente, e descobre a origem do distúrbio.


— Essa constelação adormecida. Pensa a Amazona. — Por que agora?


ATENA E SAULO


Saulo acolhia Sofia, e em silêncio trazia a paz que ela tanto almejava como pessoa e como deusa.


Sofia se sobressalta quando sente um familiar, porém desconhecido cosmo.


— Que cosmo é esse pai? Sofia estava curiosa. — É tão familiar, mas não conheço.


Saulo, calmo faz um sinal e entra no local uma mulher de belos olhos azul turquesa. Ela trazia consigo um menino, de aparência muito próxima a Saulo e Sofia, e com os mesmos olhos azul turquesa.


Sofia estava assustada, pois não acreditava no que via. Era um misto de surpresa e felicidade.


— Esse menino ... Inicia Sofia. — É meu irmão? Mas como? Papai ... Você e Rose ... Quando? Não entendo!


Saulo ri e leva Sofia até o menino. Eles tocam as mãos e uma onda de sintonia explode.


— Esse é Tales. Começa a responder Saulo. — Tales é seu irmão. No dia de seu nascimento, a deusa Atena que habita em seu ser, retirou do ventre de sua mãe seu irmão gêmeo. Você precisava nascer forte, e você se tornou Atena.


Sofia estava muito confusa.


— Mas Atena retornou. Continuou Saulo. — Ela deixou teu irmão com Rose. Vocês não poderiam nascer juntos, pois havia a hora certa desse encontro.


Tales e Rose se ajoelharam diante Sofia que nada entende.


— Tales é o escolhido pela constelação de Pegasus. Prossegue Saulo. — E juntos terão grandes revelações e missões. O cavaleiro de Pegasus nasce para mudar o futuro com sua existência.


A armadura de Pegasus, armazenada secretamente na sala de Atena surge diante todos e veste Tales. A energia emanada por Tales varre a Terra, o mar, o submundo, o céu e os confins do universo.


— Tales será o primeiro cavaleiro de Pegasus da história! Afirma Saulo. — O primeiro de muitos, que a seu tempo mudarão os rumos da história da humanidade.


Saulo se levanta e carinhosamente abraça Rose.


— Reencontrei o amor com Rose pela grande vontade de Atena. Diz Saulo, antes de um doce beijo. — Rose completou minha missão na Terra, e do seu ventre surgiu o fruto da promessa de Atena, teu irmão Tales.


Rose olha para Saulo, sorri e continua.


— Não podia ter filhos, mas Atena me presenteou com o filho de Saulo e Marah, sua mãe, mas também ganhei o coração de teu pai.


Tales abraça Sofia com carinho. Sofia retribui, e as auras de Atena-Niké e Pegasus ascendem sob suas cabeças. Saulo e Rose abraçam os filhos, e uma bela ressonância de cosmos agita a alma de Leo e Lyra. Lyra agora tinha certeza que Atena estava bem.


Leo recebe mensagem e se teleporta. O cavaleiro surge diante Saulo, Rose, Sofia e Tales, e faz reverencia a Atena.


— Chegaste rápido, meu rapaz! Saúda Saulo a Leo.


— Respondo prontamente meus chamados, Grande Mestre Saulo de Gêmeos. Comenta Leo.


Saulo fica pensativo.


— Grande Mestre ... Gêmeos ... faz tempo! Afirma saudoso Saulo. — Parece que andou estudando Leo de Aries.


— Na verdade sempre soube. Responde Leo. — Sempre conheci a história de Oscar e Saulo, os estrangeiros mais Lemurianos que já se conheceu.


Saulo ri.


— Pois é, havia me esquecido dessa frase. Brinca Saulo. — Mas vamos ao motivo de teu chamado.


Saulo pega Tales pela mão e o entrega a Leo.


— Ele será Tales de Pegasus. Afirma. — Deixo a você a missão de garantir essa realidade. Se assim permitir Atena. Creio que é a pessoa ideal para a tarefa.


Sofia, com a responsabilidade de Atena responde.


— Excelente escolha pai! Não poderia haver opção melhor. Leo me acompanha e protege com dedicação. Tales de Pegasus está nas melhores mãos.


Leo, concentrado como um cavaleiro de Atena deve ser, sinaliza positivamente.


— Leve-os para casa em segurança. Ordena Saulo. — Confiarei meus filhos a você. Sofia você já tem, e sei que saberá como conquistar Tales.


Leo, envergonhado, acolhe Sofia pela mão e Tales pelo ombro, curioso com a novidade que ouvira.


Tales até então calado, percebe algo.


— Há outro lemuriano com você, Leo! Afirma. — Mas não é ostil. Um aura feminina.


— É Lyra de Ophyucus. Responde Leo. — Tenho certeza que ela poderá nos levar para casa. Por favor Lyra. Pede Leo ajuda.


Leo, Sofia e Tales são conduzidos de volta a sala de Atena. La já encontrava a caixa de pandora de Pegasus. Leo teria trabalho dobrado a partir de então.


Sofia aparta a mão de Leo, e com um sorriso se despede dele e de Tales. Lyra também vai saindo quando é interrompida.


— Lyra, fique! Chama a atenção Atena. — Tenho uma tarefa para você.


Com a saída de Leo e Tales, Atena prossegue.


— Reúna os Guardiões. Ordena. — Temos muito a fazer.



A HISTÓRIA DAS FUTURAS GUERRAS SANTAS TEM SEU PONTO DE DESDOBRAMENTO MARCADO PELA PROMESSA CUMPRIDA POR ATENA. AS ENGRENAGENS DO DESTINO CONTINUAVAM A GIRAR.

Editado por Phoenix no Ankaa
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Muitos guardiões estavam reunidos, localizados pelos cavaleiros e amazonas em missões específicas, e por vezes pela própria Atena.


As pessoas recrutadas tinham sua vida regida pela estrela alfa de uma das oitenta e oito constelações do céu.


Lyra de Ophiucus era responsável pela primeira fase do treinamento, o domínio sobre o cosmo para ser possível reestabelecer os pontos vitais de cada cavaleiro/amazona, também chamados de chakras.


A grande missão dos guardiões era potencializar a cosmoenergia, recebida pelo cristal, direcionado a ele a cada momento de elevação de energia pelo cavaleiro ou amazona, e reestabelecer seus pontos vitais reintegrando o fluxo completo de energia cósmica.


Para essa missão também era necessário aos auruns e auras se defenderem em campo de batalha. A capacidade de compreender o ataque, e buscar enxergar uma a uma das investidas inimigas era treinada exaustivamente, até mesmo para os auruns e auras protegidos pelas doze constelações zodiacais.


O treinamento se assemelhava em parte a rotina de um cavaleiro ou amazona, com a diferença de ser coletivo, e ser o desenvolvimento do cristal como crystalus a prova final de mérito.


A força que abre o chão, e rasga o céu também está presente nesta casta de guerreiros, com a diferença do seu objetivo: guardar o guerreiro protegido pela mesma constelação do Aurum e Aura em ação.


Os guerreiros com o conhecimento mais avançado seguem para a segunda fase de treinamento, marcado pelas técnicas da telecinese e da cura. A fase final do treinamento é o poder da crystalus, quando o pequeno cristal se transforma na veste sagrada do guardião.


Denis, Lucas, Ana e Cely, os mais novos recrutados estavam empolgados com sua nova missão dada por Atena.


Um novo dia amanhece, e no espaço secreto do Santuário de Atena Teon de Serpentário e Lyra de Ophiucus iniciam o dia de treinamento dos guardiões.


Sana era uma das mais promissoras auras, e Sig era o grande destaque como guerreiro completo que se tornara o aurum de Gêmeos, o guardião natural do Grande Mestre.


Sig sem grandes dificuldades aprendeu as diversas variações da telecinese e as técnicas de cura, ativando plenamente sua crystalus.


As crystalus possuíam a mesmo esquema de montagem das armaduras dos cavaleiros e amazonas. O diferencial é o material de constituição, o cristal, que com a interação do cosmo do aurum e aura poderia se tornar tão dura quanto o diamante.


Sig e a crystalus de gêmeos eram a grande inspiração a todos os jovens aprendizes. Teon convidou o cavaleiro oculto de gêmeos para completar o trio de instrutores da Ordem de Serpentário.


Sig, com sua experiência de cavaleiro dourado ensinava as técnicas de ataque e defesa, e seu treinamento era duro.


Sana, Oriti, Ada e Val, protetores de Aaron de Leão, Régia de Peixes, Ariadne de Aquário e Silas de Hércules estavam na fase final de treinamento por Sig.


Sig organiza os guerreiros em duplas, sendo Oriti e Sana contra Ada e val. Os guardiões estavam no local onde se realizavam os combates. O espaço era cercado de dezenas de pilares amarrados por cima por uma grande cinta de pedra. As plantas se entrelaçavam entre os blocos de pedra absorvendo o fluxo de energia que todo aquele local emanava. A cosmoenergia daqueles que ali lutavam alimentava a energia do local.


Observando a luta estavam todos os guardiões em treinamento, com o Teon de Serpentário de pé numa pedra mais alta na direção da grande estátua da Atena. Ele sinaliza que se inicie o confronto.


Ada e Val se entreolham e sinalizam que estavam prontos, e Sana e Oriti batem seus punhos cerrados um contra o outro.


Ada utilizou tudo o que aprendera em seus estudos na biblioteca da vila de Graad, e trazendo a lembrança dos ares de sua terra natal levanta com seu cosmo uma parede de gelo fechando o caminho entre os quatro guerreiros.


A parede se abre e surge Val em disparada contra Oriti para impedi-lo de executar sua técnica.


Sana utilizando-se da radiação magnética do local cria uma chuva de raios, semelhante a técnica de seu tio Aaron de Leão. Ada tenta proteger Val com uma proteção de gelo que acompanha o cosmo de sua companheira de luta durante sua investida, mas os relâmpagos de Sana eram potentes e forçam Val a reduzir a velocidade caminhando em zig zag.


Oriti eleva seu cosmo, e seu cristal brilha. Ele prepara um arco de energia, técnica semelhante a de Donni de Sagitário que ele observou enquanto o cavaleiro treinava.


Um arco de energia surge e é completado por duas flechas. Oriti pretendia acabar com o confronto em um único golpe.


A energia em torno das flechas aumenta, e Val sente que deve concluir seu ataque. Ela queima seu cosmo, faz brilhar seu cristal, que ganha mais uma gema. A sintonia entre os cosmos faz engrossar a parede de gelo, que fica transparente. O cristal de Ada também cria uma nova gema. A investida de Val parecia ter mudado de foco.


Oriti sente a mudança no sentido do ataque de Val, e segue lateralmente através do relâmpagos de Sana numa curta investida contra Val posicionando-se diante Sana para protege-la. Ele reúne a energia das duas flechas em uma e a lança contra Val.


Val se esquiva, mas a flecha tinha na verdade outro objetivo. O cosmo de Oriti se inflama ainda mais, e seu cristal se desenvolve em punho e braço e antebraço direito, além do peitoral. A energia de Sana também aumenta, e sua crystalus de se desenvolve em elmo e peitoral.


Oriti e Sana se olham e sorriem. A flecha de Oriti segue contra Ada, que divide sua parede de gelo entre a investida de Val e sua própria defesa.


O arco de Oriti transforma-se em lança, que junto ao punho vestido pela parcial crystalus de um aurum em treinamento atravessa a parede de gelo que protege Val. Ao mesmo tempo a flecha se dissipa na parede congelada de Ada e a arremessa a distância. O punho de Val de Hércules projeta Oriti e Sana contra o público que circundava o espaço de lutas, enquanto Val cai exausta por ter lutado contra a chuva de relâmpagos de Sana.


Sig retem o corpo de Oriti, e Lyra os de Sana e Ada por telecine, quando Teon encerra o confronto.


Todos ficaram empolgados com a reviravolta da batalha, e os quatro lutadores se levantam e seguem na direção de Teon, Sig e Lyra ansiosos pelo resultado.


Sig inicia o anúncio tão esperado.


— O confronto foi perfeito! As duas duplas chegaram ao empate. Afirma.


Os quatro combatentes que estavam juntos ao centro de mãos dadas comemoraram juntos. Não havia preocupação pelo fato e não haver vencedores.


Sig olha para Ada e Val, mais a direita do grupo.


— Ada e Val conseguiram conectar seus cosmos com tamanha perfeição que o avanço de Val e a evolução de sua estratégia eram acompanhados em tempo real por sua barreira, Ada. Val despertou o cristal de ambos e purificou a barreira de gelo tornando-a mais perfeita.


Sig dirige seu olhar a Ada.


— Ada quando percebeu a mudança de direção do ataque de Oriti, soube explorar a dupla barreira confiando na força do punho de Hércules e fortalecendo sua defesa. Isso valeu sua sobrevivência no campo de batalha.


Val passa ser o alvo das observações.


— Val com uma estratégia aguerrida busca atacar o lado ofensivo do adversário, ao invés de eliminar a defesa. Confrontando com a forte defesa de Sana, muda a estratégia de ataque, confiando na força da defesa de sua companheira e em seu próprio punho.


Retirando as duas da arena Sig completa.


— Foi uma interessante estratégia coletiva, de harmonia e mútua confiança.


Dirigindo seu olhar a Sana, a análise da dupla Sana e Oriti começa.


— A harmonia também esteve presente entre Sana e Oriti. Sana proporcionou ao seu time a defesa perfeita contra um ataque de investida, unindo defesa e ataque. Oriti soube passar pela defesa ofensiva de sua companheira para contrapor a oponente defendendo-a com seu poderoso ataque.


Sig toca o rosto de Sana.


— Sana manteve a barreira de relâmpagos na total confiança na estratégia de seu companheiro de luta, mesmo quando sabia que seria atacada por Val de Hércules. A chegada de Oriti era tida como certa.


Oriti recebe o olhar de Sig.


— Oriti depositou em sua técnica a confiança da vitória. Elevou seu cosmo para superar a energia emanada por Val, e soube trocar de estratégia quando tudo mudou no campo de luta. Oriti intencionalmente fortaleceu o cosmo de sua parceira utilizando-se de sua ligação pessoal com ela. Soube aproveitar a situação única em favor do momento, uma versatilidade dos grandes estrategistas.


Sig pega Oriti e Sana pelas mãos e os entrega a Teon, como outrora fez com Ada e Val. Sig enquanto anda prossegue na análise.


— A dupla apresentou a força baseada na confiança cega um no outro, numa harmonia construída para a batalha. A confiança firmada entre os cosmos foi a marca do compromisso em busca da vitória. Nem sempre encontraremos afinidade e harmonia, e nessas situações a confiança e torna-se a ferramenta para o sucesso.


Entregue os quatro combatentes a Teon, Sig se vira e segue para fora da arena.


— A Sana, Oriti, Ada e Val não tenho mais nada a ensinar. Afirma para a alegria dos quatro. — Os entrego a ti Teon. Creio que estão aptos a segunda fase do treinamento.


Os quatro guardiões estavam empolgados com a fala de Sig.


— Certamante, Sig! Diz Teon. — Podemos avançar esses guardiões para a fase seguinte. A condição de desenvolvimento de seus cosmos pode ser vista por suas crystalus.


As crystalus dos quatro lutadores estavam parcialmente desenvolvidas. Sana tinha o elmo e o peitoral. Oriti tinha o punho, o braço e antebraço direito, e o peitoral. Ada tinha o punho, braço e antebraço direito, e Val vestia o punho, braço e antebraço direito além do elmo.


As vestes de cristal se recolhem a pequena pedra de cristal flutuando para as mãos de cada um dos quatro guardiões.


Era de manhã, e muito havia para ser feito por todos. O dia de treinamento só estava começando.


Todos permaneciam na arena esperando alguma coisa, quando as ordens chegaram.


— Sana, Oriti, Ada e Val estão dispensados. Anuncia Lyra. — Aos demais o treinamento de hoje começara agora. Procurem seus instrutores. Sig de Gêmeos está aguardando seus recrutas.


A plateia se dissipa, e os quatro competidores do dia não sabiam para onde ir, quando uma presença se revela atrás de Teon. Era Atena.


— Parabéns a todos! Saúda Atena. — O hall dos guardiões começa a ser preenchido. Conto com vocês!


Atena se vai e o dia segue.



UMA GRANDE LUTA LEVA QUATRO GUARDIÕES A UM DEGRAU MAIS ALTO RUMO AO TOPO. MAS ESSE DIA DE TREINAMENTO AINDA NÃO HAVIA TERMINADO.

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  • 2 semanas depois...


A grande luta envolvendo Sana de Touro, Oriti de Peixes, Ada de Aquário e Val de Hércules abriu o dia dos guardiões com chave de ouro, além de poupar a todos do duro treinamento logo de manhã, mas o dia de treinamento estava só começando.


Lyra de Ophiucus chega ao local onde os guardiões recebiam suas primeiras lições. Um paredão de pedra se destacava, marcado pelo intenso treinamento de muitos que por ali passaram e que ainda ali permaneciam. Muitos eram os novos recrutados, e esses últimos pareciam ser os mais promissores na saga para se tornar um guardião.


Dos oitenta e nove guardiões, considerando Cérberus estar fora da contagem das oitenta e oito constelações do céu, cinco haviam se sagrado auruns e auras completos, quatorze estavam na segunda fase com Teon de Serpentário, dez estavam na fase de transição para a segunda fase, e sessenta na primeira fase inicial.


Sig de Gêmeos tinha dez recrutas sob suas orientações, sendo três deles em fase final de treinamento para a luta de transição para a fase seguinte. O quarteto do dia já contabilizava insígnias na segunda fase.


A Lyra de Ophiucus cabia ensinar aos iniciantes e recém-chegados a arte do cosmo. Naquela tarde ela trabaltavam no primeira fasee revela atr as ordens chegaram.aço direito e o elmo.ra contrapor a oponente defendhava a primeira etapa da fase inicial, onde todos repetiam exaustivamente exercícios para o preparo físico, e para o desenvolvimento da força física e do cosmo.


Nesta fase os guardiões em treinamento eram em sua maioria jovens, e todos se esforçavam bastante. Denis, um dos novatos, parecia ser o mais animado.


O dia começava com o treino físico, onde homens e mulheres corriam, faziam abdominais, realizavam saltos, e puxavam pedras de tamanhos variados. A musculatura dos recrutas era a medida da evolução do esforço. Não havia distinção entre homens e mulheres, e cada um trabalhava a rotina que suportasse, sendo conduzido a aumentar a resistência e gradualmente elevar o nível de força.


Num segundo momento seguia a lição sobre o domínio do cosmo, havendo sempre uma grata surpresa nesse desenvolvimento.


Todos já estavam aquecidos com o forte treino físico do dia, mais puxado para compensar o período da manhã, mais leve pela passagem de fase de mais quatro guardiões daquele grupo. Estavam cansados e descontraídos quando Lyra chama para a segunda etapa do dia. O domínio do cosmo estava em pauta.


Lyra ensinava sobre o conceito de cosmo.


— O cosmo é um universo interior que está pronto para explodir como um big-bang. Dizia. — Conseguir explodir esse cosmo abre inúmeras possibilidades.


Todos estavam atentos.


— Concentre sua atenção em um único ponto e faça quebrar a cadeia de átomos. Ordena Lyra apresentando pedras aos recrutas.


Já haviam se passado meses e poucos haviam se destacado no desenvolver do cosmo quando Denis e Lucas conseguiram explodir a pedra diante todos.


— Muito bem! Comemora Lyra. — Façam de novo. Lyra coloca novas pedras diante deles.


Eles se concentram novamente e pulverizam as pedras.


Todos ficaram empolgados menos Cely. A reação foi percebida por Lyra que não demonstrou, e prosseguiu cobrando a todos.


— Estão todos empolgados! Inicia Lyra. — Muito bem! Mas por que em tantos meses, apenas os dois novatos recém chegados há duas semanas desenvolveram o cosmo, e os demais não?


A instrutora olha duro para todos, sob os olhares de Teon e Sig mais atrás.


— Atena conta com vocês! Continua Lyra. — O vigor dos cavaleiros e amazonas dependem de vocês. Se não passarem dessa fase a escolha da constelação terá sido em vão. Vocês já despertaram o cosmo, falta apenas desenvolvê-lo.


Lyra olha para Cely, que percebe o olhar.


— Alguém depende do sucesso de vocês, e eles nem sabem disso. Prossegue Lyra em sua lição. — A missão de vocês é especial. Quando eles caírem exaustos na batalha serão vocês que os reerguerão. Até mesmo a Phoenix imortal precisará de ajuda. Finaliza Lyra olhando com carinho para Cely.


Cely não acredita que a última mensagem e os últimos olhares de Lyra eram para ela, fecha os olhos e um turbilhão se inicia. Sig e Teon se entreolham. Lyra contata mentalmente os dois e a conclusão era a mesma: em instantes nasceria a Aura de Phoenix.


O corpo de Cely começa a emanar calor, e todos se apavoram com tal fenômeno. O calor ardia e as chamas saiam das mãos da recruta. Ela abre os olhos e procura algo para explodir. Segue para uma grande pilastra de pedra isolada, sem suportar peso algum. Ela toca a pedra e a incendeia. O fogo consome a parte da coluna sob a mão da guardiã, e a dissolve apenas naquela região. A porção liquefeita escorre ao chão, e o restante da pedra se assenta na base intacta.


Cely começa a perder a consciência, quando surge Cid com sua mão esquerda estabilizando a as partes da pedra e selando a rocha, enquanto com o braço direito contém o corpo exausto de Cely.


Nesse momento surgem Teon e Sig, até então ocultos para todos os recrutas.


— Denis, Lucas, Cely e Cid passarão a treinar a tarde comigo. Anuncia Sig. — Pela manhã continuarão no treino físico com Lyra de Ophiucus. Amanhã os aguardo.


Teon telepaticamente sustenta Cely, enquanto Cid conclui o selamento da pedra.


A tranquilidade de Cid após a intervenção de Teon despertou nos instrutores grande interesse. O controle da emoção quando salvou sua colega com carinho, e a postura racional quando deixando-a aos cuidados de um companheiro finalizou a tarefa que iniciou.


A determinação de Cely em conseguir sua meta agradou a Lyra, Sig e Teon.


Cely foi levada para o repouso, e Cid a acompanhou. O treinamento continuou para os demais


No meio do grupo estava Anna. Ela queria muito despertar seu cosmo, mas sabia que seu momento logo chegaria. Ela queria ser forte como seu tio.


Anna estava preocupada com Cely, e pensando nisso lembrou de seu protegido.


O exercício do fim do dia era realizado em duplas, quando os dois guardiões se concentravam um no outro, eliminando as distrações ao redor. Era o início das lições de conecção e harmonia entre cosmos, essencial para a prova de passagem para a segunda fase.


A formação de duplas era aleatória, buscando promover a interação de todos entre si. Desta vez Anna faria treinamento com o calado Greg. Essa parceria mudaria o destino dos dois para sempre.


Greg era lemuriano, e apesar de suas habilidades extrasenssoriais não conseguia desenvolver o cosmo.


Anna era filha de Teneo de Touro, um dos primeiros cavaleiros a chegar no Santuário, trazendo em nome de Atena muitos aspirantes a cavaleiros e amazonas às vésperas do inicio dos confrontos da guerra santa contra Poseidon.


O cosmo de Anna brilhou durante a batalha de seu pai contra o General Marina Kraig de Cavalo Marinho. Seu pequeno cosmo foi cobiçado pelo marina, forçando Teneo de Touro a explodir seu cosmo ao máximo para o encanto de Anna. O grande sonho da menina passou a ser brilhar seu cosmo com fez seu pai. Não conseguir tal feito a deixava frustada.


A sensação de incapacidade de Anna e Greg teve nesse dia tão agitado um motivo a mais para mudar.


Greg olha para Anna e lembra de Cely, sua amiga de infância, mas também de seus admirados Ankaa e Lubian, servidores de Atena de grandes habilidades. Greg se concentra. Cely teria sua companhia. Ele dissipa tudo a sua volta, mas algo insistentemente o atrai. Estava diante dele um brilho forte pronto para expandir.


Anna olhando para Greg sentia uma tranquilidade nunca antes vista em nenhuma outra pessoa. Envolvida por essa calma ela se concentra, e consegue se desviar de tudo em sua volta. Sentia apenas aquela presença calma e revigorante ali postada diante dela.


Lyra que auxiliava as outras duplas a se organizarem sente a sintonia entre os cosmos, e pressente que algo mais aconteceria até o fim daquele dia.


Sem querer interferir na harmonia entre Anna e Greg, a instrutora tudo acompanhava a distância.


Greg e Anna estavam plenamente conectados, e o silêncio dos dois começou a se destacar junto as demais duplas. Um a um todos perceberam o momento calmo da harmônica dupla, e enfim entenderam o exaustivo ensinamento de Lyra de Ophiucus.


Uma a uma as duplas foram se acalmando, e a cotidiana agitação do fim de tarde no campo de treinamento do paredão de pedra tornara-se uma calmaria.


Sig, Teon e Atena sentiram a mudança, e aguardariam boas notícias de Lyra.


Após um longo tempo todos tinham apenas a visão de seu colega de treinamento, e formas diversas de poder poderiam ser vistas.


Anna tinha uma aura confiante, imponente como um touro em modo de defesa, mas preparado para o ataque. Greg tinha o controle do território, onde tudo era monitorado pelos cem olhos do pavão.


A harmonia entre os cosmos era marcante naquele momento, e uma onda de cosmoenergia brotou do local de treinamento dos guardiões rumo ao resto do Santuário. A fim de preservar em segredo a Ordem dos Serpentário, Teon fortalece a barreira que separa o local do restante do Santuário. Apenas os mais perceptivos notariam.


Em suas casas os cavaleiros e amazonas de ouro perceberam uma alteração no fluxo de energia, alguns com uma sensação mais familiar. Teneo sente o cosmo vibrar como que em ressonância. A mesma reação teve Lubian, bem como Ankaa e Sallas tempos atrás.


Lyra estava empolgada com os fortes cosmos desenvolvidos naquele lugar. Os cristais brilhavam, e todos os guardiões estraram em ressonância. O ponto de origem era a poderosa energia emanada pela dupla Greg e Anna.


Teon percebera que Greg e Anna teriam grande potencial como guardiões. Sig tinha a certeza, que o bloqueio impedia Greg e Anna de liberarem seu cosmo já estava vencido.


O cosmo de Anna começou a reduzir seguido pelo de Greg, e aos poucos eles foram percebendo o mundo a sua volta. As crystalus de touro e pavão estavam montadas diante cada um. Eles procuraram no peito o cristal e não o encontraram. O brilho azul doirado das vestes encantou Lyra, que sentiu o poder curar os pequenos cortes sofridos durante as aulas. As vestes retornaram ao formato de cristal, e todos despertaram do transe que o fluxo cósmico daquele fim de tarde trouxera.


A sensação no campo de treinamento era de dever cumprido, e todos avançaram juntos a um novo patamar. Lyra poderia avançar nas técnicas de controle do cosmo após a grande evolução coletiva do dia.


Anna estava feliz com sua evolução, e Sig de Gêmeos passaria a acompanhar de perto sua trajetória.


Lyra estava exausta, e com o fim de tão duro e maravilhoso dia de treinamento, após dispensar a todos, segue para seus aposentos recebendo no caminho o carinho de Teon.


— Grande dia, Lyra! Saúda Teon. — Oito guardiões mostraram seu potencial. E conseguiste evoluir seus recrutas num patamar excelente.


— Grande dia, Teon. Responde Lyra. — Bem cheio de ação e surpresas. Vou indo. Preciso me recuperar para amanhã.


— Vá e descanse. Orienta Teon. — Temos muito a fazer amanhã.


— Certamente!. Concorda Lyra. — Mas antes de dormir passarei em um lugar.


— Imagino qual seja. Comenta Teon. — Acabei de voltar de lá. Nossa Phoenix está bem, e muito bem acompanhada.


— Imagino. Finaliza Lyra, que sorri e segue seu caminho com um gesto de despedida a Teon.


Lyra chega a local de atendimento e Cely estava dormindo. Com sua chegada ela desperta. Cid estava ao seu lado.


— Foi você! Ainda sonolenta indaga Cely a Cid. — Obrigada por ter me amparado. Senti as chamas do meu corpo dissiparem. Não mais conseguia mantê-las.


— Sim. Com um sorriso carinhoso responde Cid. — Senti que podia resolver tudo aquilo. Nunca fiz isso antes.


Ambos olham para Lyra ali parada ouvindo o diálogo. Todos riem.


O ambiente divertido encerrava mais um dia de treinamento para Lyra, e na mente de Cely pairava uma forte determinação: Não faltar a Ankaa, e manter a Phoenix sempre imortal.


DEZ ANOS ATRÁS


Em Lemúria os jovens Ankaa e Lúbian não tinham muitos amigos, pois eram muito reservados e dedicados a suas famílias. Seus grandes amigos vinham da província de Salutaris, próxima a Casparian.


Cely e Greg eram primos e vinham com alguma frequência visitar parentes e seus dois amigos de Tessalian. Eles tinham pelos dois grande admiração por suas ações por Lemúria e por Atena.


Eles gostavam do impetuosidade de Lúbian sempre as farpas com sua irmã Rose, e do eterno silêncio de Ankaa


Em um dado momento um grupo de Lemurianos saiu de sua terra para o continente. Junto a Roshi e Talia, tio e prima de Ankaa, saíram também a família de Greg e Cely. Por traz dessa despedida de Lemúria havia um grande propósito, o qual Roshi, Marcus, Toni, Lilia e Lola nunca disseram. Anos depois os três jovens compreenderiam bem.



UM GRANDE DIA SE ENCERRA PARA OS GUARDIÕES EM TREINAMENTO. A EVOLUÇÃO E HARMONIA DOS COSMOS REAFIRMOU A ATENA, TEON, SIG E LYRA QUE A ORDEM DE SERPERNTÁRIO SEGUIA NO CAMINHO CERTO.

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  • 4 semanas depois...


Dentre os guardiões haviam dois que permaneciam ocultos até mesmo de Teon de Serpentário. Esses guardiões eram Sarah de Serpentário e Luge de Ophiucus.



Por não estarem no treinamento com os demais recebiam instruções de Sig de Gêmeos por ordem direta de Atena.


Sarah, a irmã de Teon, era uma aura formada. Pela participação na elite do exército de Poseidon ela conhecia as nuances do cosmo, e apenas aprendeu as técnicas secretas da Ordem de Serpentário. Numa circunstancia mais confusa ela foi seduzida pelo poder de Poseidon, assumindo a posição de General Marina do Atlântico Sul, Sirene. Ela foi resgatada por Leo e Lyra, e recebeu a misericórdia de Atena e o perdão de Lyra e Régia.


Luge de Ophiucus, assim como Sarah é lemuriano, e o grande amor de Lyra em sua juventude. Ele era um dos guerreiros mais astutos do exército da ilha dos alquimistas. Na linha de frente, a serviço de Atena, ele enfrentou hordas de marinas de Poseidon, e comandava a resistência de Lemúria contra a invasão pelo deus dos mares.


Em certo ataque a ilha a General Marina de Sirene, Sarah, enfrentou pessoalmente Luge e sua ordem de soldados. Depois de um longo confronto, após poupar alguns de seus soldados Luge desaparece no mar. Lemúria triunfara mais uma vez, mas a custa da vida de muitos de seus guerreiros. Os tempos eram outros, e Sarah e Luge agora eram colegas na Ordem de Serpentário a serviço de Atena.


Sarah mais uma vez foi perdoada, e junto a Luge compartilhava não apenas a grande amizade, mas o pesar de não poderem estar com suas pessoas mais queridas. Após a conclusão de seu treinamento como Aura, Sarah se recolhera por ordem de Sig. Seu alento era poder estar com Oriti, esporadicamente. Luge não tinha a mesma oportunidade com sua amada, apesar de acompanhar seu coração fiel.


Teon teve a oportunidade de ver Sarah por algum tempo, após sua redenção junto a Atena, mas Lyra não teve a mesma sorte com Luge.


Sarah e Luge, assim como Sig, em pouco tempo aprenderam as técnicas de cura dos guardiões, e de forma oculta recrutavam novos Aurums e Auras para a Ordem dos Guardiões sob a orientação direta de Sig de Gêmeos.


Para esses guerreiros de elite, além da proteção do cavaleiro de Serpentário e da amazona de Ophiucus, havia a tarefa do recrutamento de novos guardiões, mas uma tarefa especial a estes foi transmitida pela própria deusa Atena. Considerada um importante marco para o exército de Atena, a eles foi incumbida a proteção dos cavaleiros e amazonas em potencial, ainda que estes não estejam em condições de treinamento.


Essa nobre missão levava os dois ocultos guardiões as diversas partes do mundo para a salvaguarda daqueles que emitissem do simples lampejo de cosmo a sólida manifestação de cosmoenergia sem a proteção de Atena.


O cosmo de um cavaleiro ou amazona sempre queima quando a situação foge dos recursos naturais. Os guerreiros em momento de superação ultrapassam os seus sentidos, e ao tocar a sétimo sentido, oculto e sobrenatural faziam brilhar seu cosmo. Como uma fagulha prestes a causar um incêndio.


Sarah e Luge por serem lemurianos possuíam alta capacidade extrassensorial. Com o treinamento dado por Sig de Gêmeos, eles melhoraram sua percepção para pequenos cosmos.


Era um dia comum, e Sarah sentiu um leve cosmo bem ao norte. Ele brilhava de forma intensa, indicando claramente que alguém acionava sua cosmoenergia como defesa. Luge também percebeu, mas sentiu que Sarah já estava a caminho.


Teletransportando-se Sarah notou ser uma grande ilha. No local não se via ninguém, apenas um grande rio, ao qual quase não se conseguia ver a margem oposta. Seguindo por um pequeno rio que nele desaguava a aura encontraria uma menina.


A menina estava encurralada num bosque, e dois homens a perseguiam. Ela tentava fazer novamente surgir aquela luz que havia derrubado outros dois homens há minutos atrás, mas não tinha sucesso. Exausta, e com suas súplicas de ajuda sem resposta, ela preparava-se para o pior.


Os homens, por seu vigor físico superior, estavam cansados mas persistentes, aguardando apenas a queda da garota.

Os cabelos negros longos contrastavam com a pele branca e rosto ovalado singelo da menina. Seu vestido estava rasgado, pela primeira investida do grupo de homens. Sua silhueta fina, mas formosa era o motivo daquela perseguição insana.


Desesperada, num último esforço, ela tentou obter a luz que a salvara tempos atrás, quando repentinamente de seu corpo frágil emana luz que toma o ambiente e ofusca tudo ao redor. Completamente esgotada a menina cai, e a sua mente paira uma certeza:


— A perseguição acabou! Eu perdi ... tudo! Pensa.


A luz se dissipa e a imagem era diferente do esperado por todos. Se via uma mulher ainda mais formosa com a criança nos braços, e os dois homens ilesos a grande energia emitida.


Sarah coloca a pequena no chão, num monte de folhas caídas juntadas pelo vento que circulava em forma de redemoinho.


Os homens dialogam e riem, pensando naquele momento haver ainda melhores possibilidades. Eles pensam em caminhar até Sarah, mas esse pensamento lhes custaria muito caro.


Apesar da fúria da aura pela situação que presenciou, Sarah tinha o equilíbrio necessário para resolver tudo, e a certeza de que aquela perseguição não sairia impune.


A aura reúne os ventos generosos com o calor do seu cosmo, reunindo junto a eles as folhas ali presentes num grande redemoinho. Com um comando de mão ela lança o pequeno ciclone contra os homens, que envolvidos pelos círculos giram errantes batendo em si próprios e nas árvores para onde seguia a massa de vento errante.


Sarah fecha a mão e liberta o vento de seu domínio, com a queda um sobre o outro dos homens em seu último sopro de vida.


— Você é um ... Demônio! Fala o último a morrer após uma tosse de sangue.


— Você não viu nada! Responde Sarah.


Ele morre e Sarah vê sua missão cumprida. Ela recolhe a menina e sai em busca de abrigo, visto que a tarde começava a cair e em breve ficaria escuro. Ela acha mais ao alto uma cabana de caça abandonada, mas segura.


Sarah limpa o local, coloca a menina, e sai para providenciar lenha e comida no bosque. Ela bem conhecia essas práticas de sobrevivência, na ocasião de seu isolamento na caverna em Lemúria.


A noite cai, e na cabana aquecida com cheiro bom de comida acorda a menina assustada. Ela vê de costas uma mulher de longos cabelos amarrados num rabo de cavalo, com um conjunto de peças de couro e fivelas de metal, blusa e saia, que ao perceber seus movimentos vira-se para ela.


A menina estranhando o conforto e recuperação, sem nada entender prepara-se para novamente fazer surgir aquela luz que já a salvara. Ela se detém ao olhar o rosto de Sarah, e sentir sua cálida energia. A aura sai em sua direção com uma cuia de comida e outra contendo um liquido.


A menina não sabia explicar como, mas sabia com sua alma que a mulher diante si não a trazia ameaça. Ela come e bebe com voracidade.


— Acalme-se menina! Diz Sarah confortando-a. — Coma devagar, e não tenha medo. Por hora se alimente. Depois conversaremos. Está aquecida?


— Sim. Obrigada. Responde a menina. — O que é essa água? Estranha a menina a bebida.


— Na minha terra chamam de chá. Responde Sarah. — Minha mãe era especialista em chás. Sinto saudades! Você gostou?


A menina mais a vontade sorri. Era a primeira vez que ela sorria há tempos.


— Sim! Responde. — Me chamo Riana, e você?


— Sarah.


Riana olha em volta. Estava perdida.


— Onde estamos? Pergunta a menina. — Como vim parar aqui?


Sarah ajoelha-se perto da cama feita de troncos, galhos, e peças de couro, onde Riana estava já sentada comendo e continua a responder suas perguntas.


— Sou do exército de Atena, e vim porque você me chamou. — Vim de Atenas atrás de sua luz.


Riana Sorri.


— Minha luz ...


— Sim, por sua luz. Prossegue Sarah. — Ela me guiou até você. Sabia que estava em perigo. Estava lá quando estava encurralada e ela veio, e te segurei da queda. Dei uma lição naqueles homens, e te trouxe para cá. Você dormiu bastante e aqui estamos.


A menina sente seu corpo muito dolorido.


— Quanto tempo eu dormi?


— Dois dias. Teu cosmo precisava desse tempo. Responde Sarah


— Como? Riana estava apavorada.


Sarah ri e aprofunda a explicação.


— A tua luz é fruto do cosmo. Uma energia que temos dentro de nós, como um universo prestes a explodir. Quando ele explode você pode rasgar os céus, e rachar a terra com um só movimento de braço ou perna. Essa é a essência do poder dos cavaleiros, amazonas, auras e auruns de Atena.


Riana agora estava admirada com sua luz.


— Tudo isso? Eu explodi esse “cosmo” foi? Foi porque estava em perigo?


— Sim. Responde Sarah. — Sua condição de perigo te forçou a explodir seu cosmo. Você pode controla-lo, basta apenas treinamento.


Sarah cria uma esfera de luz com as mãos, e depois a dissipa.


— Uau! Admira-se Riana. — Eu quero isso! A menina estava animada.


— Mas ... Pondera Sarah. — Esse poder só deverá ser usado para a justiça. Poder, ganância e vingança não podem ser motivos.


Riana se lembra de sua história recente e sorri.


— Eu entendo. Firme comenta a menina. Meu pai me vendeu àqueles homens. Minha mãe não fez nada, mas minhas irmãzinhas não poderiam sofrer. Eles matariam meu pai, acabariam com minha mãe, comigo e ...


Riana chora ao lembrar-se de sua família, e do ato de seus pais.


— Minhas irmãzinhas. Completa. — Eles tinham poucas escolhas, mas e aqueles homens?


Sarah se prepara para responder quando alguém bate a porta da cabana.


— Esconda-se. Ordena Sarah.


A porta estava uma senhora com uma grande preocupação estampada no rosto.


— Uma mulher ... Estranha a senhora a presença de Sarah numa cabana de caça. — Isso não importa. Viu uma menina nessa floresta. Meu marido e eu cometemos um erro terrível. Entregamos nossa menininha nas mãos de monstros por temer por nossas vidas. Foi um grande erro, foi um grande erro!. Eles morreram perto daqui. Um urso deve tê-los atacado, mas nossa menina não estava lá. Havia pegadas que acabam perto daqui. Por favor, você viu nossa menina?


Sarah olha para dentro, e Riana que ouvira sua mãe todo o tempo surge diante dela.


A senhora se ajoelha e pede perdão a menina. Sarah toca o ombro de Riana, e cochicha em seu ouvido.


— Ainda hoje não me sinto digna, mas todos que machuquei me perdoaram. Sarah fala a menina de sua vida. — Perdoe! Se tivesse feito o mesmo que ela daria tudo para ouvir um sim seu.


Riana pega nas mãos de sua mãe e a levanta, respondendo.


— Sim, eu os perdoo. Já havia os perdoado minutos atrás.


A mãe da menina sorri.


— Mas ... Continua Riana para a mudança de semblante da sua mãe. — Vou com Sarah. Descobri que tenho algo especial em mim. Posso ajudar a muitos outros. Vocês moram em meu coração, mas seguirei o meu próprio caminho a partir de agora.


Riana olha para Sarah, que sorrindo sinaliza com a cabeça em sinal de positivo.


— Vou me preparar. Continua Riana. — E antes de ir estarei com vocês. Diga ao meu pai que o entendo.


Os olhos daquele senhora, antes transtornados de remorso e perda, agora estavam felizes e cheios de esperança. Ela beija a filha no rosto, e dá um longo abraço apertado. A Sarah seu olhar agradecido dizia tudo. Ela segue de volta, encontrando os homens do vilarejo que a aguardavam com tochas de madeira.


A noite seria tranquila para Riana e Sarah, esta última com a sensação do dever cumprido. No dia seguinte pela manhã Sarah reúne suas coisas, enquanto Riana feliz aguardava. Iria rever sua família depois de tudo que passara.


Chegando ao vilarejo, a casa de Riana era a mais alegre de todas. Todos a saudavam. Gostariam que suas crianças perdidas voltassem como voltara Riana.


A casa Riana e Sarah foram recebidas com carinho. As gêmeas Maria e Annie pareciam ter a mesma determinação de Riana. Ali elas ficaram até a manhã do dia seguinte.


Após aproveitarem de um farto café da manhã, montado com doação de todos, elas partem para o Santuário. A essa altura todos sabiam da honra dada a o local por Riana, pois uma filha de Gales integraria o exército de Atena. Até a chegada de Sarah ninguém antes havia visto um soldado de Atena, e nem sequer suas lendárias armaduras.


Sarah ali retornaria algumas outras vezes, com a autorização de Sig de Gêmeos, por vezes com Luge. Ela ajudaria aquela família e aquela vila a prosperar, como parte do pagamento da dívida que acreditava que tinha. Apesar das justificativas Sig sabia haver outros dois motivos.


A VANGUARDA DO EXÉRCITO DE ATENA ESTAVA GARANTIDA. O AMOR DE ATENA EXPRESSO ATRAVÉS DA ORDEM DE SERPENTÁRIO IA ALÉM, BEM MAIS ALÉM.

Editado por Phoenix no Ankaa
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  • 1 mês depois...

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