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Saint Seiya - Atlântida: Contos dos Renegados (Parte 1)


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Oi Nikos td bem? Gostei do capitulo

 

Bom basicamnete ele foi focado entre Altervir e o cav de Golfinho e depois contra Faon de Dragão,

.

Altervir se mostrou um grande comandante afinal bolou algo bem engenhoso para atrair a legião de Atena( Ah e no final eu estava certo, pelo menos em parte, afinal o barco era uma armadilha, mas parece que estão mesmo tentando fundar outra colonia). Ele também se mostrou um grande guerreiro com tecnicas bem versáteis, tanto ofensivas quantos devensivas, as quais conseguiram vencer o cav de golfinho. Mas ach que se o cavtivesse um pouco mais de auto confiança, o resultado poderia ter sido diferente

 

Então eis que surge o cav de Bronze de dragão, para salvar o amigo. Parece que o cara apesar de demonstrar muito se importa com seus companheiros, o que faz dele um bom cav. Ele se mostrou bem esperto usando o reflexo do escudo para desvendar a iluasão do marina e ach que mereceu a vitoria

 

Golfinho no final de mostrou bem nobre ao defender o dragão com sua vida, gostei deste ultimo gesto dele

 

Mas eis que o comandante acaba com a festa causando uma grande explosão de fogo, uma grande reviravolta devo dizer, agora vamos ser se os cavs vão sobreviver a isso

 

Parabéns pelo cap Nikos e até a prox

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PRÓLOGO Um vulto surgiu no horizonte e logo se revelou. Era um homem que caminhava pelas ruas lentamente, trajando um longo manto esbranquiçado, que balançava com o vento e com cada passo dado. O dia

Eu li e reli várias vezes o mesmo post e nem percebi o erro. uahsuhaushauhsua sorry, é Propos!

Como prometido, cá estou para comentar esta excelente fic! Sei que você gosta de comentar capítulo a capítulo nas outras fics, mas eu quando inicio alguma já relativamente avançada, opto por fazer u

Capítulo 9 lido

 

Temos a subida de Feres de Libra pelas 12 casas. De início gostei do visual do Libriano. Não temos casos de negros no clássico e essa variedade, olhando para a realidade do mundo, é no mínimo obrigatória.

 

Achei interessante o fato de ele ser meio viajado... Ele presta atenção nos acontecimentos ao seu redor, o que faz com que isso seja até mesmo útil em batalha, como foi mostrado no capítulo lutando com os prateados. Inclusive ele não gosta de ouvir muito... Hahahahaha... Legal, eu conheço muita gente assim.

 

Depois vemos o embate dele com o Ariano.

 

O ariano é bem instável... Foi curioso o fato de ele ter cedido aos argumentos de Feres e chegou a ir atrás dele para ver Atena. Mas Feres percebeu que ele poderia estar cometendo um grande erro e entregando o lugar do refúgio.

 

Quando ele lutou com o ariano e começou a usar as armas de libra, pensei... (Apesar de ser só o escudo e de forma defensiva) "Deve ser para equilibrar as coisas, afinal ele percorrerá sozinho doze casas" ... Não tive certeza se essa era a idéia, mas ...

 

Nesse pairou uma dúvida sobre se, a verdade poderia ser diferente da que é dita no refúgio, mas nada comparado com o seguinte...

 

 

Capítulo 10

 

Aqui tivemos uma intensa batalha com o Taurino.

 

Realmente eu fiquei muito na dúvida quanto quem estava falando a verdade. A teoria de do antigo Touro (Será que era mesmo ele?) fazia bastante sentido... Feres se pegou bem confuso...

 

O touro chegou a tentar poupar Feres, mas não por muito tempo. Achei um embate verbal e corporal muito bom. O touro era muito forte e quase deitou Feres... Só houve a vitória dele por conta das armas de Libra.

 

Depois chegou a gêmeos e ganhou um atalho para a casa de Libra...

 

 

Gostei bastante desses dois capítulos e do dinamismo deles...

 

Até mais

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Voltando para a vida...

 

Primeiramente respondendo os comentários aqui que já estão fazendo anos.

 

 

Oi Nikos td bem? Gostei do capitulo

 

Bom basicamnete ele foi focado entre Altervir e o cav de Golfinho e depois contra Faon de Dragão,

.

Altervir se mostrou um grande comandante afinal bolou algo bem engenhoso para atrair a legião de Atena( Ah e no final eu estava certo, pelo menos em parte, afinal o barco era uma armadilha, mas parece que estão mesmo tentando fundar outra colonia). Ele também se mostrou um grande guerreiro com tecnicas bem versáteis, tanto ofensivas quantos devensivas, as quais conseguiram vencer o cav de golfinho. Mas ach que se o cavtivesse um pouco mais de auto confiança, o resultado poderia ter sido diferente

 

Então eis que surge o cav de Bronze de dragão, para salvar o amigo. Parece que o cara apesar de demonstrar muito se importa com seus companheiros, o que faz dele um bom cav. Ele se mostrou bem esperto usando o reflexo do escudo para desvendar a iluasão do marina e ach que mereceu a vitoria

 

Golfinho no final de mostrou bem nobre ao defender o dragão com sua vida, gostei deste ultimo gesto dele

 

Mas eis que o comandante acaba com a festa causando uma grande explosão de fogo, uma grande reviravolta devo dizer, agora vamos ser se os cavs vão sobreviver a isso

 

Parabéns pelo cap Nikos e até a prox

 

Olá Fimbul! Começamos por ti!

Sim, no final estavas certo. Aliás, tens acertado várias coisas ultimamente. Quero ver quando a trama começar a ficar mais complexa. kkk. Altevir planejou com cuidado mesmo, aproveitando-se da expansão que estava prestes a ocorrer. Altevir é um comandante e mesmo Gibrial sendo bem treinado, não foi páreo para a experiência e a patente do adversário. Nem sei se foi apenas questão de confiança. Altevir me pareceu bem superior mesmo.


Fáon apareceu para salvar Gibrial. Só não sei se ele salvou por se preocupar ou para conseguir a glória com Sertan de derrotar um comandante marina. Se bem que, pelo fato de ele ter caído numa armadilha, isso já era o suficiente par fazer sua relação com a Legião de Atena se tornar ainda pior. kkk

Golfinho não defendeu o Dragão com sua vida, ele desmaiou no chaõ. Não estava morto até então. Daí veio a explosão de fogo e pá. Tudo para os ares. kkk. Agora é acompanhar!


Valeu fimbul e abraços.

 

Capítulo 9 lido

 

Temos a subida de Feres de Libra pelas 12 casas. De início gostei do visual do Libriano. Não temos casos de negros no clássico e essa variedade, olhando para a realidade do mundo, é no mínimo obrigatória.

 

Achei interessante o fato de ele ser meio viajado... Ele presta atenção nos acontecimentos ao seu redor, o que faz com que isso seja até mesmo útil em batalha, como foi mostrado no capítulo lutando com os prateados. Inclusive ele não gosta de ouvir muito... Hahahahaha... Legal, eu conheço muita gente assim.

 

Depois vemos o embate dele com o Ariano.

 

O ariano é bem instável... Foi curioso o fato de ele ter cedido aos argumentos de Feres e chegou a ir atrás dele para ver Atena. Mas Feres percebeu que ele poderia estar cometendo um grande erro e entregando o lugar do refúgio.

 

Quando ele lutou com o ariano e começou a usar as armas de libra, pensei... (Apesar de ser só o escudo e de forma defensiva) "Deve ser para equilibrar as coisas, afinal ele percorrerá sozinho doze casas" ... Não tive certeza se essa era a idéia, mas ...

 

Nesse pairou uma dúvida sobre se, a verdade poderia ser diferente da que é dita no refúgio, mas nada comparado com o seguinte...

 

 

Capítulo 10

 

Aqui tivemos uma intensa batalha com o Taurino.

 

Realmente eu fiquei muito na dúvida quanto quem estava falando a verdade. A teoria de do antigo Touro (Será que era mesmo ele?) fazia bastante sentido... Feres se pegou bem confuso...

 

O touro chegou a tentar poupar Feres, mas não por muito tempo. Achei um embate verbal e corporal muito bom. O touro era muito forte e quase deitou Feres... Só houve a vitória dele por conta das armas de Libra.

 

Depois chegou a gêmeos e ganhou um atalho para a casa de Libra...

 

 

Gostei bastante desses dois capítulos e do dinamismo deles...

 

Até mais

 

Olá Kagaho. Dois capítulos de uma vez? Que bom, heim!


Primeiramente, obrigado por me fazer lembrar desses capítulos. Não que eu não os conheça, mas os detalhes não estavam tão firmes na memória.

Quanto a Feres, bem, contando o mundo antigo, até que foi bem raro um africano assumir o posto de um guerreiro de patente grega. Isso mostra que as constelações escolhem qualquer um.

A personalidade dele é bem particular. Ele não tá nem aí para o que os outros dizem, preferindo prestar atenção no mundo a volta. Não consegue manter um foco, o que pode ser um problema em relacionamentos pessoais, acabou não o atrapalhando tanto nas batalhas, pelo contrário.

A luta com Áries e Touro serviu para também instigar a dúvida quanto ao Santuário. Temos duas realidades diferentes se chocando, com versões opostas. Qual é a correta? Veja o próprio drama que Feres deve estar passando, por ver que a verdade que tanto acreditava pode ser mentira.

Que bom que gostaste dos combates. Mas oow. Não foi só as armas de libra que deram a vitória e sim a estratégia de Feres. Valoriza o cara. kkkk


Que bom que gostaste dos capítulos, espero que curtas a continuação.


Abração

Editado por Nikos
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Ficha dos Personagens: Capítulo 35

Altevir de Serpente Marinha: Antigo comandante marina de Serpente Marinha, que reassumiu seu posto após a morte de Berílio. Irritado com a Legião de Atena, que o tirou da aposentadoria, ele se aproveitou da nova colônia que seria fundada, para atrair a instituição rebelde, mas ficou descontente por só encontrar dois cavaleiros de bronze. Ele dominou o combate contra Gibrial e depois contra Fáon, mas acabou sendo vencido com uma ajuda mútua. Não obstante, ele se irritou e atirou toda a sua energia flamejante para explodir o navio onde estava. É um homem velho, com cabelos brancos e longos.

 

 

Gibrial de Golfinho: Cavaleiro de bronze, membro da Legião de Atena. Foi acompanhar Fáon em uma missão, quando acabou sendo pego por Altevir. O cavaleiro tentou derrotar o comandante, mas só conseguiu destruir a lança dele, caindo em seguida devido as técnicas mortais do oponente.

 

Fáon de Dragão: Cavaleiro de bronze, membro da Legião de Atena. Tentando retomar sua honra na Legião de Atena, ele tentou impedir a construção de uma nova colônia, mas caiu numa armadilha de Altevir. Tentou enfrentá-lo, mas só conseguiu vencer com a ajuda de Gibrial, que recuperou seu escudo.

 

 

 

Editado por Nikos
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CAPÍTULO 36

Wezn gritou desesperada e despertou no momento seguinte. Seu coração disparava e sua respiração ofegava, deixando-a com uma aparência desesperada, quase que deplorável. Gotas de suor caíam-lhe pela face, ao mesmo passo em que sua pele se avermelhava e lágrimas jorravam pelos olhos. Não sabia o que fazer nem o que pensar, só tinha certeza de que algo estava muito errado e que não era apenas mera intuição.


Tivera o mesmo pesadelo nas últimas quatro semanas e, a cada novo sonho, as imagens pareciam mais reais e o sofrimento ainda maior. Via Fáon morto por um marina, logo após ter invadido um barco. Queria acreditar que era um simples sonho, mas não conseguia ignorar o fato de que os presságios começaram exatamente no dia em que a embarcação atlante chegaria ao local onde fora informada. Para piorar, não conseguira nenhum contato com o cavaleiro de Dragão desde que os temores começaram-lhe a estragar a noite.


Não podia aceitar a situação. Queria um sinal, algo que provasse que Fáon estaria de fato vivo e que tudo não passara de um temor sem fundamento. Precisava entrar em contato e ter a certeza de que nada de mal lhe acontecera. Sabia que fora ela mesma quem lhe deu o recado da vinda de um navio atlante e não conseguiria se perdoar se o aviso fosse a passagem dele para o mundo dos mortos. Não aceitaria. Preferiria se unir a ele no trágico destino.

Ainda completamente abatida, ela se apoiou na cama e se levantou, portando a caixa da armadura nas costas. Querendo agir rapidamente, ela abriu a porta do aposento e andou levemente pelas ruas do vilarejo, até ir para o local onde estava acostumada a fazer contato. Mesmo de madrugada, tinha que tomar cuidado, ou então poderia ser descoberta. Sabia que ninguém suspeitava dos seus atos, por isso seria impossível achá-la naquele local. Só quem a seguisse teria alguma chance de detectá-la.


Terminada a caminhada, ela se virou de um lado para o outro, querendo garantir a sua discrição. Aliviada por ver que estava sozinha, ela deixou a caixa da armadura de bronze no chão e puxou a alavanca. Peça a peça, o traje de Pomba se encaixou no seu corpo, dando-lhe mais uma vez a aparência de guerreira. Estava pronta para utilizar de suas técnicas em plenitude.


Com uma energia cósmica um pouco acima do normal, ela juntou as palmas das mãos, tentou não tremer e concentrou-se um pouco. Tinha medo, mais do que tudo, de ouvir aquilo que não gostaria. Porém, ávida por notícias, ela continuou a agir, afastou as mãos e formou uma espécie de chama, que se mexia de um lado para o outro, sem se afastar.


– Fáon? Tu estás aí? – perguntou ela, abandonando toda a formalidade. – Por favor, me responde! Eu preciso te ouvir.


Mas nenhum som foi emitido. Preocupada, Wezn gritou mais algumas vezes o nome do cavaleiro de Dragão, mas o silêncio permanecia. O choro mais uma vez lhe dominou, fazendo-a se debruçar ajoelhada no chão, completamente abatida. Não conseguia aceitar mais uma falha, não podia sequer imaginar que aquela falta de comunicação poderia significar o pior. Precisava de uma resposta, alguma esperança.


Mais alguns minutos se passaram, mas nada surgiu. Ela se debruçou a chorar. Seu poder só alcançava objetos recheados com a fagulha do seu cosmo, dado para alguém com algum sentimento puro. Sabia que com certeza o pingente que tinha entregado a Fáon estaria no seu aposento, e, por segurança, ele jamais levaria consigo em uma missão. A menos que alguém entrasse no local, não haveria possibilidade nenhuma de estabelecer um contato. Porém, não imaginava que Fáon deixasse o objeto a mostra.


Preocupada, ela agitou mais uma vez os punhos em vão. As chamas continuavam inertes. Sem mais esperanças, ela juntou as palmas novamente e abaixou o pescoço. Era o fim. Não tinha se precavido para isso e agora seria impossível voltar a contatar a Legião de Atena. Sabia que Sertan a odiaria por isso, mas não se importou. Só conseguia pensar em Fáon e se haveria alguma possibilidade de ele estar vivo. Não havia ninguém mais importante, não havia ninguém que poderia falar sobre isso.


De repente, um estalo lhe veio à mente. Havia uma pessoa a qual já dedicara um sentimento puro e a presenteara de alguma forma. Tinha certeza que ela ainda não conservava o objeto, dadas as situações em que se separaram. Todavia, ainda tinha um veio de esperanças de conseguir contatá-la, para obter informações de Fáon.


Trêmula, ela juntou novamente as palmas e concentrou o cosmo, a fim de formar uma nova fagulha. Ela se afastou em seguida e, com a voz cansada, pronunciou:


– Wezn de Pomba se apresentando! – afirmou ela, entristecida.


Para a surpresa da pequena amazona, no mesmo instante, as chamas começaram a tomar a forma humana, continuando a se agitar. Era possível ver claramente. Enfim, poderia falar com alguém.


– Sorbens! És tu? – perguntou ela, dando uma leve risadinha depois. A felicidade parecia estar voltando lentamente ao rosto de Wezn.


– Pensei que jamais farias contato de novo, querida Wezn. – murmurou a voz do cavaleiro de Mosca através das chamas. – Que bom que finalmente voltaste a falar comigo.


Wezn deu um longo suspiro, pigarreando algumas risadas agudas. Por um momento parecia ter esquecido todo o desespero que havia sentido.


– Nunca imaginei que ainda guardarias a pequena pulseira que eu te dei quando treinávamos para sermos cavaleiros. – comentou ela. – Principalmente depois do que aconteceu. Achava que tu não irias me perdoar até o fim dos tempos.


– Nunca nutri raiva, Wezn. Eu sempre terei um grande apreço por ti. – continuou ele, falando com uma calma quase que irreconhecível. – Se me trocaste por Fáon, esse foi o teu desejo, não posso te odiar por causa disso. Não foi culpa tua.


O nome do cavaleiro do Dragão despertou novamente a preocupação em Wezn. Como poderia ter esquecido do motivo principal por ter entrado em contato com Sorbens? Precisava saber notícias de Fáon, mas não sabia como dizer isso ao prateado. Não queria magoá-lo mais uma vez.


– Tu sabes que Fáon não voltou de uma missão? – se antecipou Sorbens, deixando-a a impressionada. Parecia que o cavaleiro de Mosca estava só esperando o momento exato para divulgar aquela notícia.


– Como assim? – perguntou Wezn, começando a ficar toda trêmula, querendo chorar mais uma vez.


– Ele partiu com Gibrial de Golfinho sem dizer uma palavra ao grande Sertan e ambos estão desaparecidos há quatro semanas. – explicou Sorbens, calmamente. – O grande Sertan descobriu logo depois que saíram, mas não se importou. Desde então, não disse nada, apenas frisou que aquilo não era problema dele.


Wezn deu um longo grito e começou a chorar mais uma vez, se atirando no chão. A situação que mais temia parecia ter se confirmado. Fáon não voltara para a Legião de Atena e seria questão de tempo até sua morte ser confirmada. Culpava-se inteiramente por ter dado aquele recado para ele. Se não tivesse falado nada, com certeza o cavaleiro de Dragão ainda estaria vivo.


O desespero crescia a todo o instante. O som dos prantos chegavam até as chamas, mas Sorbens não dizia nada. Parecia que o prateado estava respeitando o sofrimento com um silêncio momentâneo.


– Sorbens… – pronunciou ela, completamente ofegante. Não sabia o que pensar ou o que fazer.


– Wezn, estás abatida, eu entendo perfeitamente. – consolou Sorbens, ainda calmamente. – Se quiseres eu vou ao refúgio nos próximos dias para te dar apoio. Eu sei que precisas mais do que nunca de um ombro amigo.


– Eu… Eu…


De repente, um barulho surgiu por detrás de Wezn, fazendo-a se virar rapidamente. As moitas começaram a agitar, bem como as folhas das árvores. Alguém a estava observando.

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O vento corria forte no meio daquelas montanhas rochosas, trazendo consigo um seco e gélido ar de madrugada, capaz da afetar até as pessoas mais resistentes. Os animais também pareciam sentir aquelas condições extremas e pouco povoavam o local. As pequenas criaturas que restavam tentavam ao máximo se agrupar em suas tocas, ou fugir para um lugar um pouco mais agradável.


Não parecendo se importar com isso, um vulto se materializou instantaneamente em um ponto daquela região, em cima de um terreno plano de considerável tamanho. Suas feições praticamente se ocultavam nas sombras, mas era possível perceber sua baixa estatura e seus cabelos longos, lisos e claros. Trajava uma vestimenta um pouco rebuscada, com um manto envolvendo o peitoral, com uma das pontas caindo pelas costas e a outra amarrada na cintura.


Permanecia parado, sem movimentar um músculo. As pouquíssimas criaturas que habitavam aquele local mal se davam conta de sua presença, tamanho era o seu grau de concentração.


Com um movimento quase que imperceptível, ele abriu os olhos lentamente e os moveu para avaliar o terreno. Era um espaço grande, com um rochedo de um lado e uma grande floresta atrás. A serenidade dele parecia intocável, mas isso não o impediu de dar um leve sorriso ao fazer uma última análise do lugar.


Outros três vultos se materializaram no instante seguinte, não causando nenhum espanto que fizesse com que o primeiro se movesse. Eram todos pequenos, com trajes semelhantes e rebuscados. Apesar da escuridão, era possível perceber suas feições infantis, principalmente as dos dois menores, que não deveriam passar dos sete anos. O maior deles aparentava já ter chegado aos dez.


– Parabéns, Pavan! – disse o homem, ainda parado. – Tua habilidade de teletransporte já está bastante desenvolvida. Conseguiste transportar Navin e Vikas para cá sem dificuldade e sem saber onde eu havia marcado. Isto é de se considerar.


– Obrigado mestre Indru! – comentou o mais velho dos três pequenos.


Os outros dois deram um sorriso com aquele elogio ao companheiro e se curvaram, fazendo uma reverência. Pavan sorriu mais ainda e também se agachou, mostrando respeito para com o mestre, que continuava estático. Parecia estar analisando tudo o que os aprendizes faziam apenas com o olhar, mas sem exprimir qualquer julgamento concreto.


– Está na hora de começarmos os treinamentos de hoje. – afirmou Indru, se aproximando lentamente do mais jovem deles. – Navin, estás pronto para o que eu vou te propor?


O pequeno olhou para o mestre com um pouco de insegurança, mas confirmou com a cabeça. Satisfeito, o Indru se agachou e o olhou frente a frente.


– Vamos treinar tua capacidade de rastreamento e telecinesia à distância. – começou Indru. – Deves localizar e trazer até aqui a minha armadura de Compasso, sem se moveres. Somente isso, por enquanto.


Navin aceitou o desafio com um pouco mais de confiança e se concentrou. Focou a sua mente no lugar onde repousavam, pronto para achar a armadura do mestre, mas nada encontrou. Correu o cérebro para mais diversos lugares, não conseguindo sucesso em nenhum instante. Parecia que o traje de Compasso havia desaparecido do planeta.


Exausto, Navin aliviou a concentração e olhou um pouco decepcionado para Indru. Pavan e Vikas observavam de longe, com certa pena do companheiro. Não obstante, o cavaleiro deu-lhe um sorriso, não aparentando insatisfação. Pelo contrário, tudo aquilo parecia já ter sido previsto pelo guerreiro de Compasso.


– Não consegues encontrá-la, não é mesmo? – perguntou Indru, retoricamente. – É porque eu a protegi com os meus poderes telecinéticos. Para localizá-la, deves se concentrar ao máximo e elevar o cosmo num nível suficiente para pelo menos bloquear minha psicocinese por um instante.


Navin balançou a cabeça, mas não mostrou confiança. Pelo contrário, sabia que seria praticamente impossível vencer o desafio. Porém, não se entregou e voltou a se concentrar. Satisfeito, Indru deu um sorriso, se levantou e foi em direção aos demais aprendizes, se aproximando do segundo mais novo.


– Vikas, tens um ano a mais que Navin e isso lhe fez desenvolver bem as técnicas de transporte à distância. – comentou Indru, se virando para o rochedo. – Agora quero que tragas aquele bloco de rocha para mim.


Vikas tremeu um pouco ao ver o tamanho do bloco. Parecia ter três vezes a sua altura e um comprimento também considerável. Entretanto, não se conteve. Concentrou-se calmamente, apontou o braço para a grande rocha e, utilizando seus poderes paranormais, conseguiu levitá-la. O suor caia-lhe sobre a face, demonstrando grande esforço. Passado mais alguns segundos, ele conseguiu trazer a pedra para frente de Indru.


Sorrindo satisfeito, o cavaleiro de Compasso apontou o dedo para frente e, no momento seguinte, a rocha se partiu em vários pedaços menores. Vikas arregalou os olhos, não entendendo a que ponto o mestre pretendia chegar.


– Eu transformei a rocha em pequenos pedaços. – indicou Indru, deixando o aprendiz ainda mais confuso. – No entanto, todos eles somados tem o mesmo peso que a pedra original. A tarefa é remontá-la com tua telecinesia, deixando sempre todos os fragmentos flutuando. É uma maneira de dividir a mente e treiná-la de modo integrado.


O queixo de Vikas caiu com aquela prova. Sabia que os desafios de Indru eram complexos, mas dessa vez sentiu que o mestre estava mais criativo do que o normal. Queria protestar ou desistir, mas preferiu seguir o treinamento. Avançou rapidamente o braço e começou a movimentar aquelas pedras.


No início, os resultados foram péssimos, mal podendo tirar todas do chão de uma vez. Entretanto, com o passar dos segundos, conseguia levitá-las em plenitude, mas, quando ia mover uma em um curso diferente, sempre deixava outra cair. Indru o fitou sorrindo, novamente aparentando uma satisfação. Em seguida, virou para o lado e viu o pequenino Navin, que parecia ter tido algum progresso, mas ainda bem longe do triunfo.


Abandonando por ora os dois pequenos, ele se dirigiu para Pavan, que o aguardava pacientemente. O garoto ainda tinha uma aparência infantil, mas esboçava uma maturidade um pouco maior do que os outros dois. A insegurança, porém, ainda pairava nos seus olhos castanhos.


– Pavan, tua habilidade de teletransporte é algo digno, como eu avaliei anteriormente. – relembrou Indru, sorrindo enquanto seus cabelos longos se agitavam no vento. – Agora, quero te dar um grande teste para provar a minha confiança em ti.


O mais velho concordou ansioso, ao mesmo passo em que Indru deu dois passos para trás. O cavaleiro ergueu o dedo para frente, rodopiou-o e, no mesmo instante, produziu uma linha circular ao redor de Pavan. O garoto olhou para o lado, amplamente confuso, não tendo ideia alguma do que aquilo poderia significar. Só tinha certeza que, pelos treinamentos dados aos outros dois, aquilo não poderia ser nada fácil.


– Agora eu quero que te teletransportes para fora dessa linha! – explicou Indru, apontando para ela.


– O quê? – perguntou Pavan no instante seguinte, parecendo indignado com aquele desafio. – Mas… Mas…


– Se isso é tão fácil para ti, tenta! – interrompeu Indru, não perdendo a serenidade.


Pavan fez uma expressão fechada e se concentrou. Contudo, não conseguiu se mover nem um centímetro. Sua capacidade de teletransporte havia sido anulada.


– Mas… o que está acontecendo aqui? – indagou o jovem, olhando para Indru estupefato.


– Te lembras daquele aprendiz de cavaleiro que viste aqui em Jamiel há quase três anos? – questionou o prateado. – Ele conseguiu ver através das ilusões do local porque emanou um cosmo que superava o produzido. Eu produzi uma barreira telecinética ao redor dessa linha que anula os teus poderes de psicocinese. Semelhante ao que eu acabei de fazer com Navin, mas de uma maneira muito mais potente, é claro.


– Eu não vou conseguir superar o senhor, mestre. – rebateu Pavan, completamente inseguro. – É impossível vencer a sua telecinesia.


– Eu acredito em ti! – garantiu Indru, se virando de costas para o rapaz, deixando-o por conta própria.


Terminadas as ordens, Indru deu dois passos em direção à floresta e se sentou em uma rocha próxima. Acompanhava o movimento dos aprendizes à distância, satisfeito com o esforço deles, apesar de nenhum chegar perto do exigido. Sabia que o mais importante era o treinamento mental e não propriamente o resultado em si. Quanto mais esforço eles fizessem com seus poderes, mais aguçados eles se tornariam.


Relaxado, ele começou a pensar. A figura de Libânia lhe surgiu rapidamente à mente, no mesmo instante em que a brisa se tornara mais forte. O que ela poderia estar fazendo agora? Fazia três anos que a revira e mal puderam conversar naquela ocasião. Sabia que ela, mesmo sendo de Jamiel, não era dotada de nenhum poder telecinético. Contudo, havia herdado habilidades mais monstruosas com um sangue venenoso.


Um estalo, no entanto, o despertou para a realidade. O vento aumentara de maneira brutal, tornando-se quase impossível a continuação dos testes. Preocupado, ele abriu os olhos e viu o esforço dos seus aprendizes de continuarem de pé.


Temeroso, ele se moveu rapidamente, se aproximando dos garotos, quando uma grande rajada de ar se formou, dando lugar a um grande furacão. Todos foram arremessados para cima, parecendo que iriam ser atirados para as mais longínquas distâncias. Não obstante, Indru apontou o braço para o lado e, no momento seguinte, os teleportou para o solo.


Seguindo-os sem demora, ele também se teleportou e parou no chão. Estava irritado e indignado, não conseguindo aceitar aquela situação.


Sem perder tempo, ele fechou os olhos, se concentrou por alguns momentos e, rapidamente, apontou o braço para frente. Uma grande pedra do rochedo se ergueu, despedaçando-se em seguida. No mesmo instante, uma figura baixa saltou para cima, escapando da explosão e parando no pico de uma rocha.


Era um jovem baixo, de cabelos extremamente curtos, sendo destacados por uma franja negra.


– Quem és tu, que invadiste esse ressinto? – perguntou Indru, irritado, enquanto os seus aprendizes se levantavam, assustados.


– Eu sou um aprendiz de Atlântida, cavaleiro. – disse ele. – Meu nome é Gale e vim acabar com Jamiel.


Editado por Nikos
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Capítulo 36 lido.

 

Wezn nutria um amor pelo Cavaleiro de Dragão, por esta não estava à espera. Todo o seu esforço, esperança e paciência foram inúteis e ainda não esperava (pela segunda vez consecutiva) que Sorbens não fosse um tipo rabugento ou carrancudo e que ele nutra simpatia e respeito por ela, uma vez que tinhas explorado bem como ele odiava profundamente o Cavaleiro de Dragão.

 

Na segunda foi muito boa a parte sobre o treino dos lemurianos e também da exploração sobre as suas capacidades paranormais que fora divido em três testes distintos e ainda a aparição do Cavaleiro de Compasso e dos seus novos pupilos e o final não podia ser menos impetuoso senão pela vinda de um atlante.

 

Abraços e parabéns, mon ami.

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Oi, Nikos, tudo bem?

 

Li o prólogo de sua fic!

 

Amei. Achei espetacular. *_*

 

Poseidon é o meu deus favorito do clássico. Ganhou pontos comigo só pela escolha do inimigo. =)

 

Um fato que chamou a minha atenção, mas de maneira positiva, foi o fato de que Atena está vindo de uma derrota. Quero ver como ela vai lidar com esta situação adversa, bem como vai se reerguer. =D

 

Gostei muito da forma como escreve, Nikos!

 

Parabéns! o/

 

Assim que eu for me atualizando na leitura, deixarei mais comentários. :kosumo:

 

Forte abraço!

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Capítulo 36 lido.

 

Wezn nutria um amor pelo Cavaleiro de Dragão, por esta não estava à espera. Todo o seu esforço, esperança e paciência foram inúteis e ainda não esperava (pela segunda vez consecutiva) que Sorbens não fosse um tipo rabugento ou carrancudo e que ele nutra simpatia e respeito por ela, uma vez que tinhas explorado bem como ele odiava profundamente o Cavaleiro de Dragão.

 

Na segunda foi muito boa a parte sobre o treino dos lemurianos e também da exploração sobre as suas capacidades paranormais que fora divido em três testes distintos e ainda a aparição do Cavaleiro de Compasso e dos seus novos pupilos e o final não podia ser menos impetuoso senão pela vinda de um atlante.

 

Abraços e parabéns, mon ami.

 

Olá Saint!

 

Wezn nutria e nutre, tanto que está em desespero pela possível morte de Fáon. Sorbens mostrou seu outro lado para a amazona, diferente do que mostra para os demais, principalmente para com o dragão.

 

 

Quanto à segunda parte, trouxe Indru de volta e como erram feitos os treinamentos paranormais.

 

 

Valeu pelos elogios e pela presença Saint!

 

 

Abraços!

 

 

Oi, Nikos, tudo bem?

 

Li o prólogo de sua fic!

 

Amei. Achei espetacular. *_*

 

Poseidon é o meu deus favorito do clássico. Ganhou pontos comigo só pela escolha do inimigo. =)

 

Um fato que chamou a minha atenção, mas de maneira positiva, foi o fato de que Atena está vindo de uma derrota. Quero ver como ela vai lidar com esta situação adversa, bem como vai se reerguer. =D

 

Gostei muito da forma como escreve, Nikos!

 

Parabéns! o/

 

Assim que eu for me atualizando na leitura, deixarei mais comentários. :kosumo:

 

Forte abraço!

 

Olá MDM, seja bem vindo à minha fic. Espero que gostes delas e que não te assustes com o tamanho de alguns capítulos (aos poucos te acostumas e eles também vão diminuindo).

 

Poseidon também é o meu favorito, espero que gostes então dessa frente. Sempre gostei dele porque adoro o mar.

 

Quanto a Atena vir de uma derrota, eu quis criar um contexto diferente, um contexto onde o Deus que comandava a Terra não era ela e sim outro. Aos poucos tu deves entender como se encontra esse universo e SE Atena irá ou não se reerguer.

 

Que bom que tu gostaste da forma como eu escrevo, espero que continues gostando.

 

 

Valeu e abraços.

 

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Capítulo de transição bem legal, Nikos. Foi bom para nos fazer relembrar de alguns personagens que não aparecem a um tempo.

 

Wezn sendo apaixonada por Fáon é algo que não esperava. E ele tá a quatro semanas desaparecido! :O Preocupado com ele e com Gibrial. Espero que não tenham morrido junto com Altevir, mas se estão tanto tempo sem dar notícias, acabo ficando receoso pelo pior...

 

Gostei da habilidade de Wezn poder criar esse método de comunicação apenas com pessoas as quais presenteou. Surpreso que ela tenha até mesmo uma relação próxima com Sorbens. Aliás, acabei teorizando uma coisa aqui. Sabemos que o motivo da rivalidade entre Dragão e Mosca é porque este último se sente inferior a ele, em todos os sentidos. E se mais um "sentido" fosse pelo fato do Prateado gostar de Wezn e ela ter se apaixonado justamente pelo Bronzeado? Sei lá, isso pode deixar um homem muito furioso, principalmente se ele for trocado por alguém que odeia.

 

Ficaria realmente surpreso caso Sorbens fosse ajudar Faon e Gibrial apenas para ver Wezn feliz. Isso subiria bastante o Argento em meu conceito.

 

Bem, o treinamento de Indru com os aspirantes foi bem elaborado. Gostei bastante da sua criatividade nesse sentido! Compasso parece ser um cara bem gentil com seus companheiros, apesar de não menos rígido. Acabei simpatizando com ele nesse trecho. E acho que ele é apaixonado pela Libânia. /sex

 

Gale chegou no local. Aparentemente seus poderes englobam o elemento vento. Hum. Ansioso para ver do que ele é capaz. Será que o que ele estava procurando quando foi descoberto por Thetis tem algo a ver com essa sua missão atual? Veremos. Parabéns e abraços!

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Fala Gustavo! Que bom que gostaste desse capítulo. Ele foi mais morno que o normal. Aliás, esse "conto" que não é conto tá muito morno e longo, kkk, mas é muito importante para a história, acredite. E já tá acabando. kk


Agora indo para o seu comentário. Sim, eu trouxe Indru de volta por alguns motivos, um deles é a reaparição, já que ele tava meio no limbo, esquecido. Pavan, que era o garoto que encontrou com Propus finalmente ganhou um nome e alguma importância. Wezn voltou, mas não depois de muito tempo, ela que avisou Fáon lá no fogo.


Pombas são mensageiras, então eu desenvolvi essa habilidade de Wezn de uma forma a não ficar muito absurda e apelona. Tipo, o objeto é o meio pela qual ela consegue um foco pelo sentimento despejado e só ali ela consegue manifestar o seu poder de comunicação! Foi meio viagem, mas fico feliz que tenhas gostado.


Quanto à tua teoria, interessante! Mas quem sabe esse complexo de inferioridade não tenha vindo principalmente porque ela o trocou por Fáon, como Sorbens realmente disse. Ou talvez ele tenha descontado a raiva em Fáon ao invés de nela. Ou tudo junto. huauh Não sei como funciona a cabeça de Sorbens.

Olha, eu também ficaria surpreso se ele fizesse isso. kkkk. Mas ele teria que ser um exímio cavaleiro para achá-los depois de 4 semanas.

Que bom que gostaste da parte de Indru. Acahva que o povo iria achar monótona demais. Mas eu queria realmente mostrar um treinamento telecinético e que bom que as provas que o Cavaleiro de Compasso criou te agradaram. Foi algo interessante de pensar e de trabalhar, diga-se de passagem. Eu acho que ele é como um mestre deveria ser: exigente, mas demonstrando confiança nos discípulos. :) Também gosto dele. Será que é apaixonado? Não sei!

Final é final, então não comento! Valeu gustavo e nos falamos.


Abração

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Ficha dos Personagens: Capítulo 36

 

 

Wezn de Pomba: Amazona de bronze que atua como espiã da Legião de Atena no Refúgio. Pressentiu que algo ruim aconteceu com Fáon durante sua missão, o que a deixou em um estado desesperador. Sem saber o que fazer, ela tentou dia após dia contatar com o cavaleiro de Dragão, mas não obteve resposta. Em uma tentativa desesperançosa, ela usou seus poderes para emerger num objeto antigo que havia dado a Sorbens de Mosca. Para a sua surpresa, o cavaleiro de prata a respondeu segundos depois e disse que Fáon e Gibrial estavam desaparecidos há quatro semanas. Percebendo a situação de desilusão que a amiga se encontrava, Sorbens propôs ir ajudá-la, quando um barulho soou atrás da amazona.

 

 

Indru de Compasso: Cavaleiro de prata de Jamiel, dotado de uma grande habilidade paranormal. Antigo amigo de Libânia, ele hoje conduz os treinos paranormais no local em segredo de Atlântida, que condenou a atividade. Durante o treinamento dos seus discípulos, um forte vento os carregou, revelando a presença de um invasor.

 

 

Navin: Discípulo mais jovem de Indru, com uma idade por volta dos seis anos. Foi incubido de trazer a armadura de Compasso para seu mestre, mas ela estava protegida por uma barreira paranormal.

 

 

Vikas: Discípulo de Indru, com um ano a mais que Navin. Seu treinamento consistiu em remontar um grande bloco de rocha, mantendo todos os seus fragmentos levitando.

 

Pavan: Discípulo mais jovem de Indru, com uma idade por volta dos dez anos. Com grande habilidade no teletransporte, ele deveria escapar de um círculo produzido pelo mestre, que acaba neutralizando seus poderes.

 

Gale: Aprendiz de Deolinda de Scylla. Veio para Jamiel destruir o local.

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CAPÍTULO 37

Indru rregalou os olhos ao ver aquele jovem ameaçador sobre o rochedo. O invasor permanecia fixo, correndo o olhar por toda a região abaixo. Mantinha os braços para frente, parecendo pronto para agir a qualquer instante, sem ao menos pensar. Seus pequenos cabelos curtos se agitavam com o forte vento, tal como parte da capa que se enrolava por detrás das roupas.


O invasor era baixo e com uma determinação presente no olhar. Indru notava que ele era mais velho do que imaginava, principalmente com relação aos aprendizes que conheciam. Normalmente, os cavaleiros dessa idade já tinham recebido a armadura há algum tempo e possuíam alguma experiência. Gale, por outro lado, tinha um ar adolescente, quase passando para a juventude, apesar da grande imaturidade presente na sua face e postura.


Sem parecer pensar nas consequências, o aprendiz agitou rapidamente os braços, produzindo uma forte rajada de ventos. Num reflexo, Indru saltou para trás e apontou as mãos para o lado. Seu corpo foi atirado rapidamente contra as árvores, não esbarrando nelas por poucos centímetros. Não obstante, ele se levantou e sorriu. Conseguira salvar os discípulos, que flutuavam no ar e pousaram em seguida. Estavam com uma expressão desesperada e um pouco assustada.


– O que estás fazendo? – indagou Indru, fitando-o com desprezo. – Concentra teus golpes apenas em mim e não nessas crianças. Elas não tem nada a ver com isso!


– Errado, guerreiro! – justificou Gale, mantendo um tom nervoso. – Todos vocês estão praticando um treinamento paranormal, algo proibido pelo Império Atlante. É o meu dever acabar com vocês.


O aprendiz lançou outra forte rajada de ventos, levando várias pequenas pedras com ela. Navin e Vikas gritaram rapidamente, quando Pavan os teleportou para trás de uma das árvores. Indru desapareceu também, surgindo dessa vez na frente dos garotos. Gale parecia irritado com isso e continuava aumentar a velocidade dos ventos.


– Eu vasculhei os relatórios de Nereu e descobri que, há três anos, foi notificada a presença de treinamento paranormal aqui. – explicou Gale, aliviando os braços. – Além disso, houve uma presença de uma amazona de ouro agindo de maneira sorrateira, o que gerou a condenação desse local. Porém, por problemas em Atlântida, isso foi esquecido.


– Problemas em Atlântida? – questionou Indru, um pouco interessado. – Como assim?


Gale colocou rapidamente a mão na boca e se calou. Sabia que tinha falado algo que não devia. Se os cavaleiros soubessem da instabilidade de Atlântida, era capaz de resolverem atacá-la. Sem Nérites no exército, as chances de derrota, ainda que pequenas, aumentariam consideravelmente.


– Isso não interessa! – resmungou o aprendiz, um pouco nervoso. – Acabarei logo contigo para poder cumprir a lei de Atlântida. Está na hora de agirmos definitivamente!


Com as mãos tremendo, Gale bateu palmas, produzindo um tufo de ar circular e horizontal. O ataque avançou na direção de Indru, parecendo engolir tudo pelo caminho. Não obstante, quando estava prestes a atingir o cavaleiro, algo o bloqueou. O aprendiz arregalou os olhos, não menos impressionado que os discípulos, que se escondiam atrás das árvores. Uma caixa prateada flutuava em frente ao cavaleiro, emanando uma forte aura argenta.


Com um estalar de dedos de Indru, a caixa se abriu e as peças das armaduras voaram uma a uma no corpo do cavaleiro, deixando-o com um ar ainda mais imponente. Gale mordeu os lábios ao perceber a cor da armadura. Não imaginava que ainda teria algum trabalho nesta missão.


– Tu és um cavaleiro de prata, como mencionado nos relatórios de Nereu. – comentou Gale, apertando as mãos rapidamente. – Mas mesmo assim, não és páreo para mim!


– Eu sou Indru de Compasso. – revelou o cavaleiro. – E, pelo que eu constatei, tu és apenas um aprendiz. Mas ainda assim, pareces velho de mais para isso. Eu, na tua idade, já era um cavaleiro com alguma experiência.


– Por isso que vocês sempre perdem as guerras, dada a desorganização pela qual conduzem o exército de Atena. – rebateu Gale, apontando o dedo para frente. – Em Atlântida, os aspirantes a guerreiros treinam igualmente até os quinze anos. Quando completam essa idade, eles passam por uma prova. Se completarem, se tornam recrutas para o exército base de soldados dos marinas. Contudo, em pouquíssimos casos, alguns aspirantes desenvolvem um cosmo compatível a uma determinada escama. Se isso acontece, eles se tornam aprendizes, sendo guiados por três anos por um marina graduado até passarem por um último teste para conhecerem e virem se terão o direito de usar a escama a qual estavam destinados.


Indru arregalou os olhos. Não imaginava que houvesse uma organização tão grande em Atlântida quanto à seleção dos marinas. Agora entendera por que o aprendiz tinha tamanha força, visto que havia treinado desde cedo e só fora selecionado para o cargo porque já desenvolvera um cosmo poderoso.


– Agora, todos vocês vão morrer! – afirmou Gale, agitando os braços, elevando ainda mais o cosmo.


– Pavan, eu vou cuidar dele! Teleporte rapidamente os outros e salve Jamiel. – afirmou Indru se virando.


O pequeno concordou assustado e concentrou a mente. Entretanto, antes que pudesse fazer qualquer coisa, uma pressão de ar emergiu do chão, atirando-os a uma grande altura, juntamente com as árvores ao redor. Indru gritou e apontou a mão para eles, mas, no mesmo instante, também foi erguido ao ar por uma coluna de ar.


O cavaleiro gritou novamente, ao ver os pequenos caírem no chão, totalmente inconscientes devido ao impacto e ao choque com as árvores. Gale deu uma risada insegura, pronto para atacar de novo, quando Indru desapareceu no instante seguinte, surgindo por detrás do aprendiz de marina, pronto para golpeá-lo. Entretanto, numa velocidade incrível, o atlante se virou, segurando o punho do prateado.


Indru rosnou e tentou escapar, mas o cosmo de Gale o mantinha parado ali, impedindo inclusive o seu teletransporte. Não conseguia entender como aquele guerreiro poderia ter tamanha força e velocidade, mesmo que fosse um aprendiz graduado. Confiante, o atlante apertou ainda mais o braço, praticamente despedaçando a armadura dos punhos.


– É o teu fim! COURAÇA DE ESPINHOS! – exclamou o aprendiz, arremessando-o para cima.


Gale apontou o braço para ele e produziu uma rajada de infinitas espículas cortou o ar. Indru tentou reagir, mas a velocidade do ataque fora muito superior, atingindo-o bruscamente. Os espinhos agiam como navalhas, cortando sua armadura e rasgando a sua pele de maneira brusca. A dor foi terrível, praticamente impossível de aguentar.


Terminado o golpe, Gale fechou os dedos, satisfeito. Indru caíra no chão, praticamente inconsciente, enquanto os pequenos continuavam desmaiados, sem ação.


Uma onda de satisfação tomou conta do aprendiz. Finalmente conseguira fazer algo de importante. Em sua primeira atividade, tivera sucesso e poderia dizer isso com orgulho para Deolinda. Poderia animá-la depois de um longo tempo. Bastaria somente dar o golpe final e depois seguir para Jamiel, destroçando a cidade condenada.


– Morram! – exclamou Gale, tremendo a mão com a ansiedade. – COURAÇA DE ESPINHOS!


Sem demorar, ele apontou as duas palmas para frente, lançando as espículas por todo o rochedo. Iria acabar com todos de uma vez e com um só ataque.


No entanto, no preciso momento em que elas iriam acertar os alvos, todas se paralisaram no ar. Gale arregalou os olhos, estupefato, não crendo no que acabara de acontecer. Intrigado, ele olhou rapidamente para baixo. Indru se erguia, com o cosmo elevado a um nível incrível, apontando o braço para cima, como se estivesse controlando as espículas.


– Podes me matar! – exclamou o cavaleiro. – Mas jamais tirarás a vida dos meus discípulos. Eu não vou permitir! NUNCA!


Com o cosmo ainda mais elevado, Indru avançou o braço, conseguindo lançar todos os espinhos rapidamente de volta. Ainda nervoso, o aprendiz tentou escapar com um salto, mas não conseguiu evitar o ataque. Pouco a pouco, as espículas rasgaram sua roupa e fatiaram sua pele. Não imaginava que o próprio golpe era tão devastador.


Passado os efeitos, Gale tombou no chão, abaixo do rochedo, completamente tomado pelo sangue. Estava com dificuldades de pensar, ou sequer de agir. Não conseguia nem elevar o cosmo. Indru, por outro lado, usava a força que lhe restava para voltar a ficar de pé. Sabia que precisava agir rapidamente para acabar de vez com essa ameaça.


– Tu tens um grande poder, provavelmente bem mais forte que o meu. – comentou Indru caminhando lentamente. – Entretanto ainda não tens a maturidade suficiente para usá-lo. Por isso consegui voltar o teu ataque dessa maneira.


– Maldito… – murmurou Gale, tentando se levantar, em vão.


– Agora acabarei contigo! – garantiu Indru, elevando o cosmo. – ROTAÇÃO INVISÍVEL!


Sem demorar, o cavaleiro apontou o braço para cima, arrastando Gale para o céu com um movimento em rotatória. O aprendiz gritou, tentando se mover, mas a fraqueza dos ossos e a pressão do ataque de Indru pareciam lhe impedir. Sabia que iria se chocar no chão e que tudo estaria acabado.


Contudo, antes que pudesse cair no chão, algo o segurou. Seus olhos se arregalaram ao ver aqueles cabelos negros curtos, as escamas douradas e a mesma expressão depressiva a qual estava acostumado a ver. Indru mordeu os lábios ao ver aquela guerreira, sabendo que, dessa vez, seu futuro estava condenado.


Olhando o cavaleiro com tristeza, a guerreira segurou o aprendiz ainda mais forte e, num estalar de dedos, desapareceu no ar. Andou por alguns segundos até chegar a uma clareira, onde deixou Gale no chão.


Agindo com cautela, ela colocou a mão em cima do corpo dele, elevou o cosmo, conseguindo, ao menos aliviar um pouco a dor. O aprendiz olhava para baixo, ainda com dificuldades de se levantar, parecendo decepcionado consigo mesmo.


– Por que agiste sem pensar? – perguntou a guerreira rispidamente. – Eu fiquei preocupada quando descobri que deixaste Atlântida e logo vim te procurar. Que ideia foi esta de atacar Jamiel?


– Mestra Deolinda, me perdoe! – lamentou Gale, suspirando fortemente. – Eu queria ser útil, mostrar que os marinas poderiam fazer alguma coisa e não só depender das nereidas.


A marina a olhou novamente com um ar depressivo. Parecia estar se culpando no fundo por ter permitido tamanha indisciplina.


– Gale, eu sei que tiveste boas intenções. – murmurou ela, colocando a mão no ombro do aprendiz, que aos poucos, conseguia se levantar. – Mas o que ganharias atacando Jamiel? Se eu não tivesse chegado a tempo, terias morrido inutilmente.


– Eu descobri que Jamiel é um reduto traidor, só que o atrito com Nereu fez Poseidon deixar isso de lado. – rebateu o aprendiz, olhando-a determinado. – Eu tinha que derrotá-los! Acabar com sua rebeldia.


– Então achas que matando várias pessoas inocentes, irás mostrar ao Império que estás agindo? – perguntou ela, ainda triste. – Eu não acho isso o caminho certo.


– Isso não é necessário para garantir a paz? – questionou Gale. – A senhora sempre reclamou que as os marinas deveriam agir, mas na hora, se manteve reclusa. Por que não matou aquele cavaleiro de prata? Agora ele é mais um guerreiro que ameaça o Império.


Deolinda o fitou severamente, perdendo um pouco do ar magoado. Pela primeira vez ao ver a mestra, Gale parecia estar sentindo medo.


– Eu não acho que matando guerreiros aleatórios iremos garantir a paz. – comentou Deolinda. – Eu acredito que devemos ir direto ao foco. A raiz de toda a guerra é Atena e é ela quem devemos eliminar. Eu sei o valor de uma vida e não quero que os seres humanos morram sem motivo.


– Mas…


– Na realidade, tu estás certo em um ponto. – disse a general, se levantando de maneira imponente. – Muitas pessoas já pereceram nesta guerra. Eu ficar me martirizando não vai trazê-las de volta. Os marinas precisam fazer alguma coisa para acabar de vez com o foco dessa guerra.


– O que a senhora vai fazer?


Deolinda segurou Gale no colo novamente e elevou seu cosmo. Um brilho de luz se emanou por de volta do corpo da marina e, no instante seguinte, ambos desapareceram no ar.

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Wezn soltou um urro de preocupação, colocou a máscara por impulso e, num estalar de dedos, fez as chamas com a imagem de Sorbens desaparecerem. Não poderia correr o risco de ser descoberta ou então poria toda a missão que recebera da Legião de Atena a perder. Já se postava em posição de combate, pronta para se defender do que viesse. Sabia que provavelmente não teria chance contra um oponente graduado, mas pelo menos precisava se proteger.


Seu coração disparou mais ainda quando o vulto se revelou dos arbustos. Era um homem extremamente machucado, vestindo uma armadura azul toda despedaçada. Tinha cabelos loiros, muito lisos e escorridos, mas sem muito volume ou comprimento. Mantinha um dos olhos fechados, enquanto o outro emitia um brilho verde de triunfo ao ver a amazona de Pomba.


Wezn deu dois passos para trás, um pouco nervosa, não conseguindo descobrir quem era. Não era nenhum cavaleiro do refúgio e nem parecia um marina. Os ferimentos em todo o corpo impediam ainda mais a sua distinção.


Contudo, olhou-o com um pouco mais de cuidado e, ao ver parte dos detalhes da armadura azulada, seu queixo caiu ao perceber a identidade do rapaz que há muito não via. Ao mesmo tempo, uma onda de esperança pairou sobre o seu peito.


– Mas, és… Gibrial de Golfinho! – exclamou ela, se aproximando ao ver que ele tombara, praticamente inconsciente.


Preocupada, ela o agitou. Sabia que ele tinha ido cumprir a missão com Fáon e que seria a chave para saber o que havia acontecido. Sem pensar, ela o balançou mais uma vez, para fazê-lo falar alguma coisa, parecendo indiferente ao fato de ele não estar em condições de responder.


– Gibrial, estás bem, o que aconteceu? Me diz, rápido, por favor! Onde está Fáon? – perguntou ela muito rapidamente, quase o sufocando.


– Eu e Fáon combatemos contra um comandante marina absurdamente poderoso e astuto. – começou Gibrial, falando com dificuldades. – O cavaleiro de Dragão o venceu com um golpe de sorte, mas o marina acabou explodindo o barco. Eu ainda consegui escapar e, com meu cosmo marinho, chegar até a praia… Eu me arrastei até aqui nas últimas semanas e, por sorte, consegui chegar vivo. Mas… preciso de ajuda.


Sem dizer mais nada, Gibrial desmaiou nos braços da amazona de Pomba. Ela soltou um grito, preocupada, não sabendo o que fazer. Ela o sacudiu com força, mas não obteve nenhuma resposta. Sentia o cosmo dele desaparecer a cada segundo. Sabia que ele estava prestes a morrer. Precisava ajudar o antigo colega, não só por ele, mas para saber mais sobre o que acontecera com Fáon.


Pensando rápido, ela o largou do chão e correu de volta para o vilarejo. Sabia o que poderia fazer, ou melhor, quem deveria ajudar. Somente Atena teria poder suficiente para curar os ferimentos e fazê-lo voltar a ficar bem. Precisava trazê-la para ajudá-lo e, para finalmente poder ouvir o que realmente ocorrera na missão.


Andou cambaleante, sem se preocupar se estava chamando a atenção. Chegou ao grande templo após alguns minutos e respirou fundo. Precisava chamar Atena sem ser vista, ou então poderia chamar a atenção do Grande Mestre. Sabia que toda a sua situação estaria perdida caso eles descobrissem a presença de um membro da Legião de Atena no refúgio.


Ela caminhou por de volta do templo e fitou uma das janelas. Pensou rapidamente na parte interna dele e teve certeza que aquela era a certa. Olhou para dentro e viu o corpo de Atena repousando com seu manto branco, emitindo uma forte aura cálida. Era incrível como a Deusa conseguia manter um cosmo tão poderoso, mesmo dormindo e com aquela idade tão baixa.


Apressadamente, mas sem perder o cuidado, Wezn bateu duas vezes na parede, o suficiente para fazê-la despertar. Atena abriu os olhos cuidadosamente e viu a amazona na janela. Uma pontada de dúvidas surgiu no pequeno rosto da criança, logo se convertendo em uma leve alegria. Ela parecia estar extremamente satisfeita de receber aquela visita repentina.


– Atena, eu preciso de ti, por favor! – suplicou Wezn, falando baixo para não chamar a atenção de ninguém que estivesse dormindo dentro do templo. – Um cavaleiro da Legião de Atena veio até aqui e está muito ferido. Não fales nada, pois temo pela vida dele se mais alguém descobrir.


Uma preocupação surgiu na face de Atena, fazendo-a levantar depressa. Com todo cuidado, caminhou até a janela e, com a ajuda de Wezn, saltou para fora. As duas andaram rapidamente pelas ruas, tentando fazer o máximo de silêncio possível. A amazona aos poucos se acalmava, conforme sentia a mão quente da Deusa produzindo um poderoso cosmo. A guerreira aos poucos voltava emitir pequenas risadas, voltando a demonstrar a alegria de sempre.


Chegaram em pouco tempo ao local onde Gibrial estava. Atena reconheceu rapidamente a armadura de Golfinho e se espantou ao ver o estado em que se encontrava o cavaleiro. Sem dizer nada, ela correu em direção a ele e o segurou no colo. Nunca o havia visto pessoalmente, mas parecia que o conhecia há muito tempo, de outras guerras. Wezn parou ao lado, sorrindo. Mais do que nunca estava recheada pela esperança.


Cuidando para que não fosse localizada, Atena elevou o cosmo calmamente, apenas para produzir um efeito de cura. Sabia que, se produzisse um grande poder, ele certamente romperia as barreiras e seria localizada pelas pedras de Nereu.


Após receber parte do cosmo, Gibrial abriu os olhos. Aos poucos, estava acordando.


– Atena…nunca te vi… estou tão feliz! – comentou o cavaleiro de Golfinho, erguendo o braço em direção ao rosto. – Essa tua energia, está me sendo… utilíssima!


Com um movimento surpreendente, a mão de Gibrial cravou no pescoço de Atena, deixando-a sem voz. Impressionada, Wezn deu um passo para trás e, antes que pudesse fazer qualquer coisa, o outro braço do cavaleiro se ergueu, ao mesmo passo em que seu cosmo se elevou. Um pequeno nevoeiro foi produzido, fazendo-o desaparecer com a Deusa. A amazona gritou, mas seus urros foram ofuscados quando uma grande besta surgiu do nada e a atacou, derrubando-a no chão inconsciente.


Atena se debatia, tentando arrancar os dedos do cavaleiro de Golfinho do seu pescoço, mas, por algum motivo, sentia que não tinha forças suficientes. Estava com muito menos energia do que o costume. Não entendia o que estava acontecendo consigo mesmo e nem com o cavaleiro que lhe atacava. Por que ele faria isso?


– O que estás… fazendo? – perguntou a Deusa, quase sem voz, e tomada pela dor.


– Eu não sou um cavaleiro, sou uma besta do mar. Sou a Serpente Marinha, Altevir, ou pelo menos uma parte dela. – grunhiu ele com uma voz completamente diferente. Seu olhar estava seco e frio.


– Como assim? – perguntou ela, ainda tentando elevar o cosmo, em vão. – O que aconteceu com o cavaleiro de Golfinho?


– Ele achou que as minhas ilusões serviam apenas para atacá-lo! – disse a voz de Altevir no corpo de Gibrial. – Pobre coitado! Ao explodir o navio, eu mandei minha besta povoar o corpo dele, e salvá-lo, levando-o até a encosta. Eu sabia que ele iria procurar o refúgio ou o local da Legião de Atena e que isso me seria muito útil. Por sorte, aquela amazona te trouxe aqui e, com tua energia, esse fragmento do meu poder conseguiu tomar o controle por alguns instantes. Eu sei que será por pouco e logo essa minha veia desaparecerá, mas foi o bastante para te matar.


Atena abriu os olhos e tentou elevar o cosmo ainda mais, mas novamente não conseguiu. Um sorriso surgiu no rosto de Gibrial e ele apertou ainda mais o pescoço da Deusa.


– Não consegues elevar tua energia não é mesmo? – indagou ele retoricamente. – Há um selo de Poseidon na minha mão, o que acabou sendo o suficiente para bloquear o teu cosmo, já que és jovem. Eu vim precavido desde o navio, Atena. Claro que podes tentar expandir todo o teu cosmo. Assim, o pergaminho se destruirá, mas, com isso, o poder também romperá as barreiras que te escondem das pedras de Nereu. Faz isso e Nérites estará em um segundo aqui, pronto para matar a ti e a todos os teus cavaleiros.


Ao ouvir essas palavras, Atena relaxou o corpo e parou de elevar o cosmo. Não podia por seus cavaleiros em risco. Reagir naquele instante iria custar tanto a vida dela, quanto a de todos. Pelo menos se sucumbisse a aquela ameaça, haveria somente uma perda. A manifestação de Altevir em Gibrial pareceu perceber e isso, e puxou algo da cintura. Era uma adaga dourada.


– Como podes ver, eu também me precavi para essa situação. – exclamou ele. – Com essa arma, poderei acabar contigo de uma vez por todas e dar uma grande virada na Guerra Santa.


– Não!


– MORRA!


Altevir rodopiou a adaga e a avançou rapidamente em direção ao peito de Atena. Uma mancha de sangue espirrou no ar, caindo no chão em seguida. O nevoeiro desapareceu como um estalo, revelando Wezn caída e desmaiada. O marina deu um passo para trás e seus olhos se arregalaram ao olhar para o peito de Gibrial. Havia uma grande flecha dourada.


Impressionada, Atena abriu os olhos e se viu no colo de um guerreiro dourado, com cabelos ruivos e amarrados e olhos verdes. Ela sorriu rapidamente ao perceber a identidade do rapaz.


– Arkab! – comentou ela, abraçando-o fortemente.


– Um cavaleiro de ouro! – rosnou Altevir no corpo de Gibrial, tentando conter a dor promovida por aquela flecha. – Isso está melhor do que eu pensava.


– Tu és Gibrial, da Legião de Atena. – relatou o dourado ao ver o rosto conhecido, rindo em seguida. – Sabia que uma hora iriam se voltar contra nós. Ainda bem que eu notei que Atena estava saindo e fui segui-la. Cheguei a tempo de acabar com um verme.


– NÃO! – exclamou a Deusa. – Gibrial está possuído por um marina. Ele não tem culpa e…


Antes que ela completasse a frase, Arkab colocou a palma da mão sobre a testa da Deusa e emanou um cosmo cálido, o suficiente para fazê-la adormecer. Altevir o fitou irritado, cada vez com mais dificuldades de se movimentar.


– Então, és um espírito que possuiu este cavaleiro ridículo. Bem, então talvez a flecha de Sagitário seja suficiente para arrasar com a tua alma. – sorriu Arkab. – Mas, para garantir… PLUMAS DO REI!


Com um movimento rude, o sagitariano apontou o braço esquerdo para frente. As asas da armadura se abriram, produzindo um forte brilho. No mesmo instante, milhões de pequenas penas douradas foram produzidas, se erguendo a partir do chão, formando uma coluna. Altevir gritou, enquanto sentia vários filetes cortando a pele de Gibrial, fazendo movimentos alternados.


O marina deu seu último suspiro e, sem forças caiu morto. Arkab sorriu, saltou em direção ao oponente e retirou a flecha dourada. No mesmo instante, uma grande serpente brilhante emergiu do cadáver, indo em direção ao dourado.


– Tu és um tolo! – murmurou a serpente. – Agora possuirei o teu corpo!


A besta flutuou no ar e avançou ferozmente, quando Arkab, num movimento veloz, armou seu arco e atirou ainda mais rapidamente. A flecha dourada cortou o ar e encontrou com o espírito, dissipando-o em um instante.


Com um largo sorriso no rosto, Arkab recuperou a flecha, foi em direção a Gibrial e Wezn e os carregou no ombro, tendo o cuidado de deixá-los afastados de Atena. Caminhou sem preocupações pelas ruas do vilarejo, não fazendo barulho para evitar dar explicações para curiosos.


Abriu a porta do templo bruscamente, fazendo com que o Grande Mestre saísse do aposento, resmungando por aquela invasão repentina. As atenções da entidade, no entanto, se desviaram rapidamente, quando ele pôs o corpo falecido de Gibrial e o desmaiado de Wezn no chão.


– O que aconteceu, Arkab? – disse a figura, se surpreendendo ainda mais ao reconhecer o cavaleiro de Golfinho.


– Quase o pior, mestre. – respondeu o dourado, seriamente. – Atena sofreu um atentado e por pouco não morreu.


– Mas como? – indagou o Grande Mestre, estupefato. – Quem conseguiu chegar aqui?


– Quem mais sabe onde estamos? – relatou Arkab, apontando para Gibrial. – Foi a Legião de Atena! Eles estão começando a se rebelar contra nós e esse atentado foi o primeiro.


A entidade se assustou com aquele comentário, enquanto Arkab permanecia sério e colocava Atena com cautela em uma das cadeiras, tentando não acordá-la.


– Impossível, Sertan não faria isto!


– Ele ludibriou a amazona dizendo que precisava de Atena, atacando as duas em seguida. – continuou o sagitariano, mantendo a seriedade. – Quando eu apareci, ele disse que ia me matar e que a Legião de Atena não acredita mais que essa Atena é verdadeira. Estão duvidando que o senhor esteja mentindo. Estão absurdamente fanáticos.


O Grande Mestre se paralisou naquele instante e disse secamente:


– Como Sertan conseguiu… – fez um silêncio em seguida. – Como Sertan conseguiu imaginar isso? Ele não viu o cosmo de Atena quanto veio aqui? O que mais ele falou?


Arkab olhou para a entidade, pela primeira vez se mostrando intrigado. Aquilo havia sido muito estranho.


– Parece que o fanatismo deles está gigantesco de mais! – retomou Arkab, tentando ignorar o que ocorrera. – Eu já disse, estamos dando muita corda para eles. Precisamos acabar logo com Sertan e principalmente com Alhena. São rebeldes que estão manchando o nome de Atena.


– Mas se matarmos Alhena, Libânia nos abandonará de novo! – comentou o Grande Mestre.


– Não se fizermos direito e não contarmos para ninguém! – continuou o sagitariano. – Precisamos…


Antes que o sagitariano pudesse completar a frase, a porta se abriu bruscamente. Arkab se assustou, demonstrando um pouco de irritação devido a interrupção.


Não parecendo se importar, um homem de cabelos curtos e olhos negros adentrou sem pensar. Transpirava muito e colocava a mão na cabeça a todo instante. Cambaleava a cada passo, parecendo que ia tombar a qualquer momento. Estava claramente abatido. O Grande Mestre o observou interessado, enquanto Arkab rangeu os dentes, ainda irritado.


– Pítia de Áries. – observou o mestre. – O que houve?


– Eu preciso… de Atena. – comentou o ariano. – Eu tive uma visão e só ela pode fazê-la ficar clara!


– Atena está em repouso, não pode usar o cosmo agora! – respondeu Arkab friamente.


Pítia colocou a mão no coração e caiu no chão. Continuava respirando muito, aparentando uma completa exaustão.


– Eu vejo… – começou Pítia com uma voz diferente. – Eu vejo um guerreiro de cabelos arrepiados, armadura negra e um rosto instável.


– Alhena? – questionou o mestre, interessado.


– Não sei… não o conheço… só sei que ele é tomado pela insanidade – continuou o ariano. – Porém, está prestes a… atingir seus objetivos.


– O que estás falando, que objetivos? – perguntou a entidade, enquanto Arkab se silenciava.


– Não está claro, por isso eu precisava de Atena. – explicou Pítia, com lágrimas nos olhos. – Contudo, ele está muito perto de conseguir o que quer. E, assim, dentro de um mês, quando isso acontecer, uma jovem que tem um grande amor no coração cruzará seu caminho… então, nesse momento… ele voltará a matar!



Chegamos ao fim desse longo "conto" de transição. A partir da próxima semana, não percam o próximo conto, que será mais curto: "a peça".

Editado por Nikos
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Oi Nikos td bem?

Eu ia comentar o cap 36 qdo vi que vc postou o 37, enfim agora vou comentar os dois

Cap 36

Parece que mais um destruído( ou qse ) se formou Wezn de Pomba e Faon de dragão estranho que não pensava que eles fossem um casal até a amazona ficar em foco, o cav não demonstrou que tinha este tipo de sentimento. Espero realmente que ele não tenha morrido, para mim era um dos cavs com mais potencial. Torci relmente para ele a aparecer na sombra

Indru se mostrou um cara bem criativo com seus desafios com seus desafios, mas agora parece que terá que enfrentar uma nova ameaça de Atlântida, to ansioso para ver o que o aprendiz é capaz

 

Cap 37

Gale parece tem um cosmo bem desenvolvido para um aprendiz, interessante a estrura que o exército de Atlântida tem, só me pergunto se o cav precisava saber sobre isso enfim, talvez só fosse um jeito do aprendiz mostrar que tem seu valor. Estou curioso para saber qual será a escama dele, se tivesse que chutar falaria que é a de cavalo marinho, decidíamos poderes dele, mas tb pode ser uma escama mais baixa a qual ainda não foi mostrada

Considerando a luta dele, como o indru disse o cara parce ter um grande poder, mas sua imaturidade e insegurança impediram que ele vencesse

Compasso se mostrou um cav capaz novamente, conseguiu dominar a luta e teria a acabado com o marina se não fosse a intervenção de Deolinda

A general finalmente resolveu ser útil e salvou seu aprendiz.Vendo a conversa dos dois o cara pareceu mesmo estar desesperado para fazer algo, agindo inconseqüentemente e até injustamente, enquanto a general me pareceu ser bem mais sensata, será q ela pretende mesmo tomar uma medida mas radical

Do lado dos cavs vimos o q ser q estava espionando era gibrial e não faon. Fiquei um pouco chateado por ainda não saber o q aconteceu com o dragão, mas realmente fiquei surpreso ao ver q golfinho estava possuído ! O cara qse matou Atena em definitivo ( acho q o gale visse as ações dele perceberia o qto os marinas podem agir sem as nereidas! XD ) .

Sagitário no final salvou a tds e bem qdo estava começando a gostar do cara ele tenta enganar o grande mestre! Poxa q aproveitador descarado, to começando a achar q os únicos q prestam no refúgio são o Ario e o Propus! Os outros ou são inúteis como grande mestre ou tem segundas intenções como Sagitário e pomba.

No final vimos a previsão do Áries, parece q gêmeos encontrará sua amada novamente, será q teremos luta decisiva entre ele e a amazona de peixes? Vamos ver né

 

Bom parabéns pelos caps Nikos e até a prox

Editado por Fimbul
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Oi Nikos td bem?

Eu ia comentar o cap 36 qdo vi que vc postou o 37, enfim agora vou comentar os dois

Cap 36

Parece que mais um destruído( ou qse ) se formou Wezn de Pomba e Faon de dragão estranho que não pensava que eles fossem um casal até a amazona ficar em foco, o cav não demonstrou que tinha este tipo de sentimento. Espero realmente que ele não tenha morrido, para mim era um dos cavs com mais potencial. Torci relmente para ele a aparecer na sombra

Indru se mostrou um cara bem criativo com seus desafios com seus desafios, mas agora parece que terá que enfrentar uma nova ameaça de Atlântida, to ansioso para ver o que o aprendiz é capaz

 

Cap 37

Gale parece tem um cosmo bem desenvolvido para um aprendiz, interessante a estrura que o exército de Atlântida tem, só me pergunto se o cav precisava saber sobre isso enfim, talvez só fosse um jeito do aprendiz mostrar que tem seu valor. Estou curioso para saber qual será a escama dele, se tivesse que chutar falaria que é a de cavalo marinho, decidíamos poderes dele, mas tb pode ser uma escama mais baixa a qual ainda não foi mostrada

Considerando a luta dele, como o indru disse o cara parce ter um grande poder, mas sua imaturidade e insegurança impediram que ele vencesse

Compasso se mostrou um cav capaz novamente, conseguiu dominar a luta e teria a acabado com o marina se não fosse a intervenção de Deolinda

A general finalmente resolveu ser útil e salvou seu aprendiz.Vendo a conversa dos dois o cara pareceu mesmo estar desesperado para fazer algo, agindo inconseqüentemente e até injustamente, enquanto a general me pareceu ser bem mais sensata, será q ela pretende mesmo tomar uma medida mas radical

Do lado dos cavs vimos o q ser q estava espionando era gibrial e não faon. Fiquei um pouco chateado por ainda não saber o q aconteceu com o dragão, mas realmente fiquei surpreso ao ver q golfinho estava possuído ! O cara qse matou Atena em definitivo ( acho q o gale visse as ações dele perceberia o qto os marinas podem agir sem as nereidas! XD ) .

Sagitário no final salvou a tds e bem qdo estava começando a gostar do cara ele tenta enganar o grande mestre! Poxa q aproveitador descarado, to começando a achar q os únicos q prestam no refúgio são o Ario e o Propus! Os outros ou são inúteis como grande mestre ou tem segundas intenções como Sagitário e pomba.

No final vimos a previsão do Áries, parece q gêmeos encontrará sua amada novamente, será q teremos luta decisiva entre ele e a amazona de peixes? Vamos ver né

 

Bom parabéns pelos caps Nikos e até a prox

 

 

Olá Fimbul!!

 

Rá! Tá certo, é que eu fiquei duas semanas no limbo, daí postei dois capítulos mais perto. Fora que o capítulo 36 foi meio morno, daí quis dar uma agitada com o 37.

 

 

Mas vamos lá! A diferença é que esse, ao que parece, foi destruído antes mesmo de vocês saberem que eles eram um casal. kkkk. Se é que eram ou é tudo delírio de Wezn. Até agora só dá de saber que ela era amplamente preocupada com o cavaleiro de Dragão e que mantinha um contato íntimo com ele devido ao objeto.

 

Bem, não houve a confirmação de sua morte, então, por enquanto, dá de ter esperanças. Não sei como as coisas vão degringolar a partir de agora.

 

Indru é massa, bem como os seus testes. Foi legal pensar nessa cena, mesmo ela sendo morna. Agora quanto ao aprendiz, ele é forte mesmo, como Indru observou, mas é muito imaturo, tanto que quase revelou a crise que pairava sobre Atlântida. Talvez por isso ele nem se preocupou em dizer a estrutura do exército atlante, porque ele não mede consequência dos seus atos. É um perigo, digamos assim!

 

 

Não sei ainda qual é a escama dele, apesar de ter um bom palpite!

 

A luta foi um pouco desigual, mas a detemrinação de Indru e a imaturidade de GAle foram definitivas para a vitória do cavaleiro de compasso, mesmo com a superioridade do aprendiz.

 

Gale tocou num ponto profundo de Deolinda... será que ela realmente vai agir? Agora é aguardar par avert os próximos passos dessa dupla. E ele tava desesperado sim. Imagina! Ver a mestra se entregar ao máximo, mostrando uma inutilidade. Ele queria mostrar serviço, fazer alguma coisa, mostrar que os marinas podem ser úteis.

 

No refúgio, eu também me surpreendi com a chegada de Gibrial e também fiquei chateado que ele não disse nada contundente sobre o que aconteceu com Fáon. Ele enrolou Wezn direitinho para que pudesse trazer Atena ali. Quem diria?

 

E a questão de Gale não é que os marinas não podem agir, é que muitos realmente não fazem nada, só ficam parados. Kkk. Altevir que foi ardiloso, tentando fugir.

 

Não confie nas pessoas, uhauha. Só digo isso, meus personagens adoram mentir. kkkk. E como assim, Propus presta? O cara com seis anos articulou a morte do rival Menandro! E a pobre da LibÂnia? kkk. Tem vários que prestam assim.

 

Final é final, não comento!

 

Valeu e abraços.

 

 

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Não contei a Libania pq ela mesmo disse q só está no refúgio temporariamente, eu tb ach q ela presta. E o propus é uma boa pessoa ele só é sincero demais as vezes, além de manipulador , mas ach que ele tem boa intenções no final das contas

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Esse capítulo foi muito bom!

 

Gosto do Gale. É um adolescente bem prestativo para sua mestra e suas características de imaturidade ficam bem evidentes em momentos de tensão. Ele revelando ou deixando a entender que ocorreu algo em Atlântida confirmaram isso. Bem, achei legal seus poderes de vento. Como ele ainda é um aspirante, torço para que conquiste o cargo de um Marina graduado no futuro.

 

No caso, então o que ele vasculhava quando foi encontrado por Thetis era os documentos de Nereu que relatava a formação de quadrilha dos guerreiros em Jamiel sob treinamentos focados em Telecinese? Hum, acabou bem condizente.

 

A esquematização do exército de Poseidon é mesmo muito mais organizado que o de Atena. Gostei disso! Mostra que, no caso, até mesmo um aspirante do Deus dos Mares pode confrontar diretamente um Cavaleiro de Bronze ou até mesmo Prata dependendo das circunstâncias. Bem interessante. Fico ansioso para ver o poder dos seus Generais, devem ser uns monstros.

 

Quando Deolinda chegou eu esperava que ela tomasse a dianteira do confronto, mas foi bom não ter feito isso, pois quebrou minhas expectativas e isso é ótimo. Além de que também Indru não iria sobreviver e ele tem potencial pra continuar vivo kkkk

Só não gostei do modo como ela fugiu, correndo. Esperava algo mais cósmico, como ela virando um feixe de luz e desaparecendo, ou qualquer coisa mais fantasiosa haha

 

O último trecho foi uma trollada sua das grandes hehehe Não esperava que Gibrial estivesse possuído por Altevir. Aliás, a cena do espírito do Comandante Marina saindo do corpo dele como uma serpente me lembrou Saintia Shô. Se inspirou nessa obra?

 

Bem, Altevir não é só experiente, como precavido e calculista. Levava um Selo de Poseidon e quase acabou com a vida da pequena Atena. Mas essa cena me deixou chateado porque a pobre da Wezn foi descoberta. :/ Quer dizer... Arkab, que chegou depois e venceu a ameaça, já começou a lançar seu veneno para o Grande Mestre e fico com receio dela ser punida.

 

Agora olha só... Provável que o Sagitariano tenha conseguido a proeza de fazer o Mestre atacar a Legião de Atena. Eu espero MESMO que isso não aconteça, embora não creia muito nessa possibilidade. Seria interessante um conflito interno entre Cavaleiros, mas ao mesmo tempo meu ódio por Arkab subiria a proporções épicas por causa desse mal entendido.

 

Enfim, chega de viajar... hahaha Parabéns Nikos. Abraços!

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Não contei a Libania pq ela mesmo disse q só está no refúgio temporariamente, eu tb ach q ela presta. E o propus é uma boa pessoa ele só é sincero demais as vezes, além de manipulador , mas ach que ele tem boa intenções no final das contas

 

Interessante a análise do Propus! Gostei!

 

Valeu então Fimbul, abraços

 

Esse capítulo foi muito bom!

 

Gosto do Gale. É um adolescente bem prestativo para sua mestra e suas características de imaturidade ficam bem evidentes em momentos de tensão. Ele revelando ou deixando a entender que ocorreu algo em Atlântida confirmaram isso. Bem, achei legal seus poderes de vento. Como ele ainda é um aspirante, torço para que conquiste o cargo de um Marina graduado no futuro.

 

No caso, então o que ele vasculhava quando foi encontrado por Thetis era os documentos de Nereu que relatava a formação de quadrilha dos guerreiros em Jamiel sob treinamentos focados em Telecinese? Hum, acabou bem condizente.

 

A esquematização do exército de Poseidon é mesmo muito mais organizado que o de Atena. Gostei disso! Mostra que, no caso, até mesmo um aspirante do Deus dos Mares pode confrontar diretamente um Cavaleiro de Bronze ou até mesmo Prata dependendo das circunstâncias. Bem interessante. Fico ansioso para ver o poder dos seus Generais, devem ser uns monstros.

 

Quando Deolinda chegou eu esperava que ela tomasse a dianteira do confronto, mas foi bom não ter feito isso, pois quebrou minhas expectativas e isso é ótimo. Além de que também Indru não iria sobreviver e ele tem potencial pra continuar vivo kkkk

Só não gostei do modo como ela fugiu, correndo. Esperava algo mais cósmico, como ela virando um feixe de luz e desaparecendo, ou qualquer coisa mais fantasiosa haha

 

O último trecho foi uma trollada sua das grandes hehehe Não esperava que Gibrial estivesse possuído por Altevir. Aliás, a cena do espírito do Comandante Marina saindo do corpo dele como uma serpente me lembrou Saintia Shô. Se inspirou nessa obra?

 

Bem, Altevir não é só experiente, como precavido e calculista. Levava um Selo de Poseidon e quase acabou com a vida da pequena Atena. Mas essa cena me deixou chateado porque a pobre da Wezn foi descoberta. :/ Quer dizer... Arkab, que chegou depois e venceu a ameaça, já começou a lançar seu veneno para o Grande Mestre e fico com receio dela ser punida.

 

Agora olha só... Provável que o Sagitariano tenha conseguido a proeza de fazer o Mestre atacar a Legião de Atena. Eu espero MESMO que isso não aconteça, embora não creia muito nessa possibilidade. Seria interessante um conflito interno entre Cavaleiros, mas ao mesmo tempo meu ódio por Arkab subiria a proporções épicas por causa desse mal entendido.

 

Enfim, chega de viajar... hahaha Parabéns Nikos. Abraços!

 

Olá Gustavo!! Obrigado por tê-lo aqui novamente! Que bom que gostaste do capítulo.

 

 

Gale é isso mesmo. Ele é não era ruim não, aparentemente, ele só queria "mostrar serviço", tentar animar a sua mestra e fazer algo por ela, tirar da depressão em que se encontra. Mas, como podes ver, ele acabou revelando coisa que não deveria. É uma criança crescida. kkkk. Para ele conseguir o cargo de marina, em uns dois anos (quando completar dezoito), ele terá que ser aceito pela escama. Veremos então! Também to torcendo, ele parece ser simpático.

 

Sim, curiosamente, Nereu parece registrar tudo o que acontece. Mas como logo após aquilo ocorreu a cisma de Atlântida, Poseidon nem ficou sabendo, ao que parece. Por isso Jamiel continuou intacta. Adoreio "formação de quadrilha". kkk

 

Isso mesmo, só são selecionados para aprendizes aqueles que possuem já um cosmo selecionado por uma escama. Eles recebem um treinamento de três anos quando são definidos se receberão ela ou não. Acho que é mais justo pro povo não se frustrar tanto né? kkk. Ou seja, eles treinam para soldados e de repente um ou outro acaba sendo selecionado para tentar ser marina. Diferente dos cavaleiros onde ele tenta ser, se não der já era (Cássios).

 

Que bom que quebrou as espectativas. Deolinda não quer morte desnecessárias, ao que parece, é uma versão meio Shun dos marinas. kkk. E ela correr eu também não gostei muito, mas já era. kkk Falando a verdade. Eu imaginava essa cena mais ou menos que descreveste, mas vacilei na hora de escrever. Talvez eu dê uma alterada e fique mais próximo disso:

 

 

kkkkkk

 

Trollagem? Que absurdo! Estava tudo tão claro desde o início, incluindo a parte da adaga. kkk! Eu não me inspirei em Saintia Sho, principalmente porque nem li o mangá! ;/

 

Acho que Altevir foi alguém que surgiu um pouco cedo de mais para Atlântida. Ele ocupou o cargo principalmente durante a paz, quando na realidade poderia ter feito um estrago ainda maior. Foi precavido sim, pois já imaginou que poderia ser derrotado no barco, por isso levou o selo e a adaga.

 

Wezn foi descoberta? Olha, Arkab lançou seu veneno sim com algumas mentiras, mas pelo visto ele protegeu Wezn, ao dizer que ela foi ludibriada. Não sei o que esperar dessa parte, mas acho que o foco dele está sendo a Legião de Atena.

 

Odiarias tanto Arkab? E mal entendido uma vírgula, ele entendeu muito bem, só que aproveitou a oportunidade para minar o mestre contra Sertan. Será que ele conseguirá convencer o mestre a sair do seu conforto e atacar a Legião de Atena? Ele vai ter que se esforçar. kkk. Aliás, será que eles sabem onde é a base da Legião de Atena?

 

Bem, é isso Gustavo, continue viajando que é legal, principalemente nem todas as viagens são erradas.

 

 

Abração

 

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Ficha dos Personagens: Capítulo 37

Indru de Compasso: Cavaleiro de prata dotado de uma grande força telecinética. Foi atacado por Gale, um aprendiz de Atlântida, que tentou matá-lo por descumprir as ordens impostas pelo Império. Sendo sucumbido pelo forte poder do adversário, o prateado logo caiu, mas conseguiu reagir quando viu que seus discípulos foram ameaçados. Com sua força paranormal, ele reverteu o golpe de Gale e venceu a batalha.

 

 

Gale: Aprendiz de Deolinda de Scylla. Revirou os arquivos de Nereu para vasculhar algo que pudesse ser útil, quando encontrou o relato de que Jamiel era palco da presença de um treinamento paranormal, condenado pelo Império Atlante, além de esconder uma amazona de Ouro. Tentando fazer alguma coisa para alegrar a sua mestra e mostrar que os marinas não dependiam das nereidas, ele resolveu atacar sozinho o local, mas acabou sendo derrotado por Indru. Quando estava prestes a morrer, foi salvo pela general.

Deolinda de Scylla: General Marina do Pacífico Sul. É uma guerreira que se entregou à depressão, após a morte de sua amada Spio. Salvou Gale de ser morto contra Indru e o reprimiu por ter agido sozinho. Ao ouvir a resposta de que tudo aquilo fora para mostrar a utilidade dos marinas, ela decidiu que iria agir.

 

 

 

Wezn de Pomba: Amazona de bronze que age como espiã no refúgio para a Legião de Atena. Extremamente ligada à Fáon de Dragão, ela tentou descobrir o seu paradeiro, mas não conseguiu contato durante quatro semanas. Preocupada porque ela o tinha indicado para uma missão, ela tentou como último recurso contatar Sorbens de Mosca, mas só ouviu o pior: que o Dragão estava desaparecido desde que deixara a base. Atirada em prantos, ela foi tomada pelo pânico, quando descobriu que alguém a estava observando. Reconhecendo Gibrial, ela se encheu de esperanças, pois era o cavaleiro que estava acompanhando Fáon. Porém, o cavaleiro de Golfinho estava amplamente ferido, obriagndo-a a chamar Atena para socorrê-lo. Gibrial, possuído, atacou a deusa e derrubou a amazona de Pomba, deixando-a inconsciente.

Altevir de Serpente Marinha: Comandante marina que reassumiu suas funções após a morte de seu sucessor, Berílio. Extremamente meticuloso e calculista, ele atraiu Fáon e Gibrial para uma armadilha, mas acabou sendo morto pela dupla da Legião de Atena. Preparado para isso, ele explodiu o navio onde estavam e lançou parte do seu cosmo para salvar o cavaleiro de Golfinho, deixando junto um pedaço do seu cosmo. Quando Gibrial chegou ao refúgio e foi curado por Atena, a manifestação de Altevir tomou o controle do corpo dele, conseguindo atacar a Deusa. Quando estava prestes a matá-la neutralizando seus poderes com um selo de Poseidon, ele acabou sendo descoberto por Arkab, que destroçou tudo o que restava de sua vida.

 

 

Gibrial de Golfinho: Cavaleiro de bronze, membro da Legião de Atena. Ajudou Fáon em uma missão, mas acabou sendo possuído por uma manifestação cósmica de Altevir, sendo morto por Arkab.

 

 

Arkab de Sagitário: Cavaleiro de ouro mais fiel ao Grande Mestre. Percebeu que Atena deixara os aposentos e a seguiu, descobrindo toda a trama de Altevir. Sem esforço, ele destruiu o espírito do marina, matando o cavaleiro de Golfinho sem piedade. Em seguida, levou todos para o Grande Mestre, dizendo que Atena sofrera um atentado e que a culpa toda era da Legião de Atena.

 

 

Pítia de Áries: Cavaleiro de ouro com uma capacidade de premonição. Invadiu o templo do mestre anunciando que um guerreiro sádico, que o mestre indentificou como Alhena, estava prestes a cumprir seus objetivos. Pítia finalizou que, quando o insano encontrasse uma certa mulher apaixonada, ele voltaria a matar.

 

 

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CAPÍTULO 38

Um estrondo foi ouvido à distância e mais uma cabana caiu. Os habitantes da cidade corriam assustados diante daquele ataque repentino, tentando escapar para qualquer lado. Sem se preocupar com nada, aqueles três guerreiros continuavam lançando seus golpes para todas as direções, destruindo residências e assassinando as pessoas a sangue frio. Contudo, não aparentavam estar gostando daquilo. Pelo contrário, mantinham uma expressão séria de apenas cumprimento do dever.


Todos trajavam escamas simples, que só revestiam as partes vulneráveis do corpo, como o coração, juntas e cabeça. Eram três altos e encorpados. Um tinha cabelos loiros e compridos e olhos castanhos, enquanto o segundo também era loiro, mas seu cabelo era curto e seus olhos eram azuis. O terceiro era moreno, com cabelos negros, agitados, e olhos também negros.


Outro raio de energia voou da mão do moreno e atingiu o templo central da cidade, que tombou no mesmo instante. Várias pessoas gritaram e saíram correndo, enquanto outras foram consumidas pelos destroços. Sem olhar para o companheiro, o homem loiro de cabelos compridos lançou outra fagulha, dessa vez em direção a um dos muros da cidade, que rapidamente ruiu, bloqueando a saída. O povo gemeu desesperado e se acumulou num canto, enquanto o guerreiro loiro de cabelos compridos se aproximava com o dedo para frente.


Porém, ao olhar para multidão, viu um forte brilho se emanar do céu. Olhou rapidamente para cima e percebeu ser uma grande estrela amarela brilhante. Não podia acreditar naquilo, já que o sol estava a pino e que não seria possível tal situação. Então, sem pensar, se virou e chamou os companheiros:


– Vejam aqui. Como isso é possível? Uma estrela em plena luz do dia.


Parando o que estavam fazendo, os dois guerreiros se viraram para o companheiro e olharam para cima. Seus olhos se arregalaram quando outra estrela, dessa vez esverdeada começou a brilhar. Outras duas estrelas surgiram e, logo, o céu estava completamente tomado por brilhos coloridos, todos parecendo ofuscar a forte luz do sol, que continuava a pino.


– Vocês sabem o que são as estrelas? – indagou uma voz à direita, que logo foi se manifestando.


Era um jovem baixo, com cabelos negros e curtos e olhos também negros. Trajava uma armadura dourada altamente protetora, com dois chifres saindo do pescoço e uma longa capa traseira. Sua presença causou temor aos guerreiros opressores que, ao reconhecerem a imponência de um cavaleiro de ouro, cambalearam para trás e recuaram.


– As estrelas instigam o homem desde a Era Mitológica. – continuou o dourado, empunhando o dedo para frente, causando uma rachadura no muro, suficiente para as pessoas escaparem. – Alguns dizem que elas representam as almas dos grandes guerreiros, outros as usam apenas como orientação. Mas tem aqueles que acreditam na mística das estrelas. Nós, os cavaleiros, tiramos nosso cosmo das constelações, mas há algo mais sobre elas. Tem uns que creem que elas podem mostrar o futuro.


Não dando atenção para o que ele estava dizendo, o marina moreno lançou uma fagulha de energia em direção ao dourado, que simplesmente fechou os olhos e, instantaneamente, mandou o ataque de volta para o guerreiro do mar, que caiu para trás. Os outros tremeram assustados, mas mantiveram sua posição de combate, ignorando as várias pessoas que fugiam pelo buraco no muro.


– As estrelas são incríveis não? E eu nem acabei de explicar o que mais elas fazem. – provocou o dourado. – Algumas estrelas se movem e caem na terra. Os crentes dizem que essas estrelas cadentes realizam pedidos. Eu acho que elas podem fazer outras coisas.


Não impressionado com o discurso, o marina de cabelos loiros e curtos se postou para frente e lançou uma rajada de bolhas, mas o efeito foi idêntico e o golpe voltou para o seu opressor.


– As estrelas cadentes são fragmentos de corpos celestes. Mas, o que acontece quando alguém é atingido por elas? – questionou o dourado, mas não obteve resposta. – Pois agora tu saberás o que acontecerá. REVOLUÇÃO ESTELAR!


O dourado abaixou a mão e as milhares de estrelas que cobriam o céu caíram em uma velocidade incrível, formando vários feixes de luz que atingiram o marina de cabelos loiros e curtos. Tentando se defender, ele lançou um golpe para cima, mas foi absorvido pelas estrelas, que perfuraram seu corpo e o consumiram por completo. Em poucos segundos, o guerreiro caiu no chão e expirou.


Assustado, o marina moreno recuou e saiu correndo, quando o dourado ergueu a mão para cima, produzindo uma enorme torre de cristal. O impacto foi imediato e o guerreiro foi arremessado para o alto, caindo nas pontas dos cristais, sendo perfurado e morto também.


Vendo que havia restado, o guerreiro loiro de cabelos compridos abaixou as mãos e olhou diretamente para o dourado, tentando dialogar.


– Quem és tu e como nos achou? – perguntou assustado.


– Meu nome é Pítia! Sou o cavaleiro de ouro de Áries. – respondeu o dourado. – Como eu lhes disse, as estrelas mostram o futuro e me guiaram por essas áreas. Estava indo atrás do guerreiro renegado Alhena, para evitar seus planos, mas percebi que esta cidade no caminho iria ser destruída por marinas.


– Guerreiro renegado? – questionou o marina. – O que queres dizer com isso?


– Nada que seja do interesse de vocês. – rebateu Pítia. – Mas já que estou aqui, quero que me respondas algumas perguntas.


– Não falarei nada. Morra diante de Zohr, o enviado marina de Tubarão Martelo! – rosnou o marina. – MARTELO TRITURADOR.


O guerreiro cruzou os dedos e empunhou as mãos para frente. Um grande martelo surgiu por detrás dele, parecendo pronto para golpear Pítia. Sem se preocupar, o ariano fechou os olhos e exclamou:


– MURALHA DE CRISTAL!


Uma espécie de parede invisível surgiu à frente do dourado. Sem perceber, Zohr golpeou a muralha e, recebendo todo o impacto do próprio golpe, foi arremessado para trás, caindo no chão. Suas escamas se racharam quase que totalmente. Sem ligar, Pítia se aproximou, ergueu a mão direita para cima e uma pequena torre de cristal emergiu em baixo do marina, o prendendo.


– Agora vamos ao que interessa. – começou Pítia. – As estrelas me dizem tudo e parece que a estrutura de Atlântida está arranhada. Quero que me digas o que aconteceu e por que nunca mais houve um ataque de nereidas.


– Nada do que fizeres vai me fazer falar. – respondeu o marina, se virando de lado.


– Queres morrer então? – ameaçou Pítia, fingindo erguer o braço para cima para produzir outro ataque.


– Sim, e levarei para o túmulo qualquer informação. – concluiu Zohr, deixando Pítia incomodado.


De repente, um raio vermelho cortou o céu e atingiu o joelho do marina. Quase que instantaneamente, ele urrou de dor, enquanto o sangue corria por entre as pernas. A agonia foi insuportável e lhe causava uma agonia tanto física quanto mental.


– Tens que saber perguntar, Pítia! – exclamou uma voz aguda próxima dali.


Num impulso, Pítia se virou para trás e viu uma bela mulher sentada no telhado de uma cabana. Tinha estatura mediana e um corpo bem definido, coberto por uma armadura dourada. Seu rosto estava atrás de uma máscara e seus cabelos negros, densos e lisos estavam sob um elmo característico, com uma cauda e um ferrão saindo dele.


– Safiya de Escorpião! – comentou Pítia, esboçando um sorriso lateral. – Não acredito que me seguiste até aqui.


– E achas que eu iria perder toda essa diversão? – comentou ela saltando da cabana e se aproximando do amigo, mostrando-lhe a pulseira dourada que carregava no pulso.


Assustado, o marina olhou para a amazona de ouro. Precisava fazer alguma coisa para escapar ou pelo menos para se matar. Não conseguiria lidar com a força de um cavaleiro de ouro, quanto mais de dois. No entanto, outro raio escarlate emitido pelo dedo de Safiya o atingiu, atirando-o novamente à agonia e ao delírio.


Sem se preocupar com isso, Safiya se virou para ele e apontou o dedo com as unhas avermelhadas.


– A dor é imensa, não é? – perguntou ela. – Não existe tortura maior do que receber as quinze ferroadas do Escorpião. A cada picada que recebes, a agonia aumenta. Então, se colaborares comigo, posso desferi-las nos pontos mais vitais e acabar com a tua vida mais rapidamente.


– Não direi nada! – repetiu Zohr, tentando escapar dos cristais.


– AGULHA ESCARLATE! – proferiu Safiya rapidamente.


A unha do indicador da amazona se avermelhou mais ainda, cresceu e, com um movimento das mãos, produziu um raio vermelho que atingiu mais um ponto do marina, fazendo-o gritar de dor, lacrimejando sem parar. Antes que ele pudesse fazer qualquer coisa, outra agulhada foi desferida e atingiu o braço dele, ficando praticamente desmaiado.


Safiya se aproximou cautelosamente, puxou-o pelo pescoço e apontou o dedo para mais um ponto. Pítia observou tudo um pouco receoso e com um olhar reprovativo.


– Não vou deixar tu morreres, não vou deixar tu desmaiares. – continuou a amazona. – Agora, vais me dizer o que há com Atlântida?


O marina gemeu um pouco e mais lágrimas caíram de seus olhos. Aumentando a tortura, Safiya ergueu o dedo e pressionou a unha no corpo dele. Sabendo que outro golpe estava prestes a ser produzido, ele gritou:


– EU DIGO!


Satisfeita, Safiya largou-o no chão e abaixou os braços. Percebendo toda a tensão, ela o encarou e esperou calmamente.


– Agora, o que há com Atlântida? – repetiu ela, com uma voz autoritária.


– Anfitrite, a esposa do Imperador Poseidon e uma das filhas de Nereu faleceu há três anos nesta era. – revelou o marina. – Isso sempre causa um atrito entre as duas divindades, mas dessa vez as nereidas não aceitaram e se rebelaram. Continuam em Atlântida, mas não obedecem mais ao nosso Imperador.


– Mais alguma coisa? – questionou ela e o marina negou. – Ótimo, agora podes morrer em paz!


Safiya apontou o dedo para o marina e lançou cinco agulhadas na sequência. Não resistindo à extrema dor, ele desmaiou num instante e morreu no outro. Satisfeita, a escorpiana olhou para Pítia e se aproximou.


– O Grande Mestre precisa saber disso. – concluiu ela. – Se Atlântida estiver em crise, será mais fácil vencê-la.


– Mas o que podemos fazer? – questionou Pítia. – Nereu e Poseidon podem ter virado rivais, mas, mesmo assim, ainda são muito poderosos individualmente.


– Eu sei, mas o Grande Mestre deve ter uma ideia. – reforçou Safiya, segurando a mão de Pítia.


Mesmo um pouco receoso, Pítia sorriu e acenou com a cabeça em sinal de concordância. Passado o momento, ambos se cumprimentaram e se retiraram para o refúgio.


O dia se seguiu normalmente, apesar de Safiya ter ficado irritada ao ouvir o Grande Mestre dizer que nada iria mudar e que eles deveriam continuar escondidos. Arkab e Pítia interferiram antes que ela pudesse causar algum ato contra o mestre.


Recolhendo-se aos aposentos, Pítia se entregou ao sono. Uma estrela brilhou forte em seus pensamentos e uma intensa luz vermelha começou a ser emitida em direção aos seus olhos. Vagaroso, ele deu alguns passos para frente, enquanto a iluminação se tornava cada vez maior. Logo, o brilho se tornou tão grande que o consumiu.


Abriu os olhos em seus sonhos e se viu no espaço, observando a Terra de longe. Não tardou, um uivo soou distante e um vulto gigantesco saltou para o planeta, despedaçando-o em milhões de grãos de areia. A pressão da explosão o atingiu e ele foi arremessado a vários metros de distância, caindo num buraco sem fim. Assustado, deu um último grito e acordou em seguida.


Sua respiração estava acelerada. Não conseguia entender o significado daquilo tudo. Desde que começara seu treinamento como cavaleiro de ouro, havia sete anos, as visões começavam a fazer cada vez mais sentido, principalmente depois que Atena passou a usar o seu cosmo para guiá-lo. Contudo, dessa vez, nada parecia ter razão e o significado desses sinais estava tão distante quanto aquelas que tinha quando mais jovem. Nem a suposta premonição sobre Alhena, que tivera um mês antes, fora tão confusa.


Abatido, ele se levantou, deixou a cabana e passou a olhar para a lua, que estava prestes a partir. Deixou o brilho do luar e das estrelas guiarem seu coração, mas nada mudou. Aquela visão que havia tido no sonho parecia não voltar mais. Intrigado, ele se sentou em uma pedra e passou a se concentrar, mas o resultado continuava sendo nulo.


De repente, um barulho soou próximo dali. Pítia se virou e avistou uma figura pequena, de seis ou sete anos se aproximando com um báculo em mãos. Tinha cabelos castanhos e levemente longos. Vestia um manto simples, sem nenhum apetrecho. Ao estar diante daquela presença divina, Pítia se voltou para ela e se curvou servilmente.


– Atena, o que desejas? – indagou Pítia.


– Eu sempre sei quando estás sofrendo, Pítia. – comentou a Deusa, com sua voz doce, colocando a mão no rosto do ariano. – Tiveste outra daquelas visões estranhas, não é mesmo?


Pítia confirmou com a cabeça e Atena olhou para baixo, um pouco tristonha. Em seguida, ergueu o báculo para a testa do ariano e pronunciou algumas palavras. Nike brilhou, mas não tão intensamente, para o cosmo não ser sentido por Nereu. A alma do ariano se abriu e ele viu a imagem de um garoto, um pouco mais jovem que ele.


Como um estalo tivesse lhe chamado para a realidade, ele se ergueu depressa. Atena observou e fez uma expressão de espanto.


– O que aconteceu? – perguntou ela, um pouco insegura.


– Narceu! – disse Pítia. – Meu irmão Narceu! Ele pode estar em perigo. Preciso ir até ele!


Sem pensar duas vezes, ele se despediu de Atena e marchou para fora do Santuário. Próxima dali, Safiya observava tudo e olhava para a pulseira dourada que portava sempre nos braços.


Pítia correu como nunca. Usou toda a energia de cavaleiro para se movimentar o mais rápido possível até chegar a uma aldeia, no sul da Grécia. O sol já havia nascido e brilhava no céu, mas sem emanar um calor escaldante. Era outono e as brisas matutinas equilibravam as disparidades do clima.


Estava nervoso. Ouvia o irmão falando a cada instante no seu cérebro e depois revia a imagem da terra se partindo, do vulto gigantesco e ouvia o som do gemido selvagem. Seu desespero foi silenciado quando sentiu uma forte cosmo energia sendo emanada e uma explosão tomou conta da aldeia.


Usando seu cosmo para se proteger, ele invadiu os destroços e chegou até a casa onde vivia com o irmão, antes de ter partido. Seu queixo caiu quando viu um vulto gigantesco sobre ela, com Narceu desmaiado em cima das ruínas.


Não sabia o que pensar. Sentia que o irmão estava vivo, mas precisava fazer algo para libertá-lo. Então, num impulso, lançou seu cosmo de maneira ofensiva, atacando o vulto, que foi arremessado para trás. Em seguida, correu em direção ao companheiro, o agitou e seu coração se aliviou quando percebeu que ele ainda respirava.


A cosmo energia estranha, no entanto, se manifestou mais forte ainda e o vulto retornou. Com a iluminação da luz do sol rente, Pítia olhou melhor e viu que era um lobo gigantesco, um pouco menor que uma casa. Era acinzentado, com os dentes avantajados. A pelagem era grossa e arrepiada, enquanto as patas eram fortes e largas. Seu corpo era revestido por uma armadura protetora muito semelhante a uma escama. Seu rosto era sádico, o que refletia nos seus olhos amarelos.


– Larga o meu irmão, criatura. – ameaçou Pítia. – O que tu és para vestir essas escamas, um marina?


Sem responder, o lobo gigantesco rosnou e saltou para cima de Pítia. Sem se preocupar, o ariano cruzou os braços e produziu a barreira de cristal. Sendo acertada pelo próprio golpe, a criatura gigantesca foi arremessada para longe e caiu em cima de uma cabana com as pernas para cima, destroçando-a. Tentando poupar a vida do seu irmão, Pítia se afastou dele e apontou os braços para frente em direção ao lobo.


– REVOLUÇÃO ESTELAR! – gritou.


Centenas de estrelas começaram a brilhar no céu e, com um movimento de mãos de Pítia, formaram incontáveis raios de luz que acertaram a criatura, produzindo uma enorme cortina de fumaça. Quando a cortina baixou, o ariano arregalou os olhos, ao ver o lobo se erguendo, praticamente sem nenhum arranhão.


– Como podes ter resistido às minhas estrelas cadentes? – balbuciou Pítia. – Nem mesmo um marina pode sobreviver a elas. És o que afinal?


Rosnando sem parar, a criatura deu um passo para frente, produzindo uma pressão de energia em direção a Pítia, que simplesmente escapou com um salto. Aparentando uma fúria no olhar, ela voltou a correr na direção do ariano, que, mais uma vez, cruzou os braços e exclamou:


– MURALHA DE CRISTAL!


A barreira cristalina foi erguida e o lobo parou quase que instantaneamente. Pítia respirou forte e concentrou o cosmo para atacar. A criatura emitiu um uivo, seguido de um forte rugido. A onda sonora atravessou o local, destruindo tudo o que passava à frente, atingindo à barreira. O estrondo foi suficiente para despedaçá-la em mil pedaços e atirar o ariano para trás com a pressão.


Sem controle, ele caiu nas paredes de uma cabana, derrubando-a parcialmente. Estava confuso e cansado, mas não menos impressionado. Não conseguia acreditar como uma criatura daquela conseguia bater de frente com os seus golpes.


Num impulso, o lobo voltou a correr e saltou na direção de Pítia, que, sem ações, cedeu. A criatura colocou as patas dianteiras nas mãos do ariano e rosnou mais uma vez. Logo, mostrou os dentes e abriu a boca. Uma gota de saliva gigantesca caiu no rosto do cavaleiro, que nada fez.


Pítia sabia que ia ser morto se não fizesse nada. Então, ergueu o cosmo e, usando a força, conseguiu levantar a perna do lobo. Elevando a energia mais que nunca, ele arremessou o animal para o lado e atirou uma estaca de cristal no seu peito. A criatura gemeu, e cambaleou para trás, enquanto o ariano apertava o dedo entre as mãos, elevando ainda mais a sua energia.


– Esse cristal te machuca? – proferiu Pítia, com a capa balançando. – Então que tal receber toda a potência cristalina? TORRE DE CRISTAL!


Pítia ergueu as mãos para cima e uma construção de cristal emergiu vagarosamente do chão. Sem reagir, o lobo foi arremessado para o alto e caiu de costas em meio a várias estacas de cristal, que o imobilizaram, deixando-o fora de combate.


Sem ligar para isso, o ariano correu em direção a cabana para socorrer o irmão. Porém, ao chegar lá, seus olhos se arregalaram ao ver que Narceu havia sumido. Sem saber o que fazer, ele fechou os olhos e tentava localizá-lo.


Próximo dali, Narceu abriu os olhos. Estava cansado, mas sem nenhum ferimento grave. Era um jovem forte, alto, com cabelos negros longos e olhos negros. Despertado do susto, ele abriu os olhos e viu uma mulher à frente, cuja beleza era tanta que lhe hipnotizava.


Não era alta, nem baixa, mas tinha um corpo bem definido, coberto por escamas. Seu rosto era pequeno e sua pele era macia. Possuía olhos castanhos, os quais combinavam com os cabelos de mesma cor, que estavam presos por um galho, formando um coque traseiro. Na mão direita, havia um pequeno objeto rochoso.


– Quem és tu? – perguntou Narceu com um tom possessivo.


– A minha identidade não importa neste instante. – proferiu a mulher, erguendo a pedra. – Este artefato será a chave para tudo nos instantes seguintes. Estamos à procura de algo para nosso pai Nereu e, se as previsões estiverem certas, somente tu poderás fornecê-lo.


– O que queres dizer? – questionou o jovem, recuando para trás.


Sem dar atenção, a mulher se aproximou de Narceu, que, num impulso, arremessou uma tábua em sua direção. Sem se abalar, ela simplesmente ergueu o braço, retirou o galho de coral do coque, e o apontou para o pedaço de madeira. No mesmo instante, ele se transformou em uma pilha de areia, que caiu lentamente ao chão.


Assustado, Narceu se levantou e correu para trás, mas uma parede de areia se ergueu à sua frente, deixando-o boquiaberto. A mulher não ligou e continuou se aproximando, apontando a pedra em sua direção.


De repente, uma forte energia a atingiu lateralmente, derrubando-a. Irritada, ela se levantou e viu a figura de Pítia, vestindo a armadura de ouro reluzente.


– Quem és tu e o que queres com Narceu? Eu, Pítia de Áries não permitirei isso. – questionou, com fogo nos olhos.


– Cavaleiro de ouro, tua presença aqui é imprópria. – bradou a mulher. – Não ouses interferir na missão sagrada desta nereida, ou sentirás a ira de Psâmate, a Arenosa.


– Imprópria? – rosnou Pítia, não deixando de se admirar com a beleza de Psâmate, que distraía os seus pensamentos. – Não interessa se és uma nereida ou o que mais, não deixarei que ataques o meu irmão?


– É uma relação admirável, mas não há maneiras de tu interferires na minha missão. O destino desse rapaz já está selado. Ele servirá como artifício aos desejos do meu pai.


– O que queres com ele? – perguntou Pítia novamente.


– Os segredos de Nereu continuarão guardados nos cofres de Atlântida e não serão expostos a ninguém por nada. – respondeu rispidamente.


– Então não tenho escolha! REVOLUÇÃO ESTELAR!


Pítia apontou os braços para frente e várias luzes brilharam no céu, se transformando em estrelas cadentes, que golpearam a nereida em cheio.


O ariano se surpreendeu e Psâmate riu, pois, a cada ataque, um pouco de areia caia no chão e os ferimentos dela eram curados no instante seguinte. Assustado, ele recuou para trás com uma expressão boquiaberta. Narceu observou tudo e também se impressionou.


– Surpreso com minha capacidade invulnerável? – perguntou Psâmate com uma voz doce e um tom irônico e poético. – Como já proferi em momentos precedidos, sou denominada Psâmate, a Arenosa. Em suma, sou uma guerreira da areia. Minha pele e meu corpo podem assumir a estrutura da areia da praia, tornando-me imortal e indestrutível.


– Isso é impossível! – rosnou Pítia. – REVOLUÇÃO ESTELAR!


Sem se preocupar, ela simplesmente abriu os braços e os feixes de luz perfuraram o seu corpo, que se regenerou logo em seguida. Irritado, Pítia lançou o golpe mais uma vez, em vão. Narceu observava tudo e tentava arranjar um jeito de fugir, mas a barreira de areia permanecia no local.


– Imprudência! – comentou Psâmate. – Agora, tu sentirás nas suas entranhas a capacidade de uma nereida. RAJADA DE CONCHAS!


Psâmate agitou o galho de coral para frente e produziu centenas de conchas que, num ataque cortante, seguiram em direção a Pítia. Sem se preocupar, ele ergueu a parede de cristal, mandando o ataque de volta para ela. Da mesma maneira que antes, as conchas simplesmente a atravessaram e o corpo se regenerou sem problemas.


– Não posso te atingir, mas tu também não podes vencer essa minha muralha.– comentou Pítia.


– Falácias e ausência de análises prévias! – comentou a nereida, apontando o galho de coral para frente.


Um raio foi emitido do galho e, num instante, a parede de cristal se converteu em areia, indo abaixo. Pítia arregalou os olhos mais uma vez, não acreditando no que estava acontecendo.


– Falaste das tuas relações com a família, e eu compreendo cada centímetro disto. – comentou Psâmate, um pouco cabisbaixa. – Meu primogênito na Era Mitológica, Foco, também foi tirado de mim e enviado ao reino de Hades por sentimentos mesquinhos de seus meios-irmãos. Mesmo passando por incontáveis vidas, a recordação de seu assassinato ainda passa na minha memória.


Uma lágrima caiu do olho de Psâmate e Pítia, um pouco comovido, abaixou os braços. Não entendia aonde ela queria chegar com aquilo.


– Na Era Mitológica, esta que vos fala se vingou de cada um dos homicidas através daquela criatura que viste anteriormente. – continuou Psâmate. – Porém, a essência da vingança ainda palpita no meu coração e pode produzir uma energia sem igual.


– O que queres dizer?


– Recebe o meu poder máximo, a força do meu filho desfalecido. – balbuciou a nereida. – RESPLANDECÊNCIA DE FOCO!


Uma forte energia foi emitida das mãos de Psâmate e um cavaleiro reluzente surgiu do brilho com uma espada em cada mão. Cavalgando em direção a Pítia, ele cruzou as duas lâminas e apontou-as para frente. O ariano tentou se defender, mas era tarde. A figura do rapaz se chocou com a dele, produzindo uma gigantesca explosão que o atirou para trás.


Narceu deu um grito, enquanto Pítia caiu no chão, todo ferido. Sem se preocupar, Psâmate se virou para o irmão do cavaleiro e ergueu a pedra, se aproximando. O rapaz tentou recuar, mas a nereida impediu mais uma vez sua passagem.


Entretanto, uma energia a atingiu novamente. Era Pítia, cheio de ferimentos pelo corpo, com o sangue pingando no chão. Ela se virou assustada, não acreditando que ele ainda estava vivo.


– O que é uma areia? – perguntou Pítia. – Não é nada menos que um pedacinho de uma estrela.


– Qual o motivo de tais frases dispersas? – perguntou a nereida. – Por acaso te entregaste ao delírio?


– Sentirás agora o poder que desintegra até as estrelas. – exclamou o ariano. – EXTINÇÃO ESTELAR!


Pítia agitou a mão para cima para baixo, em seguida postou as duas mãos para frente, lançando uma forte energia luminosa. Era como se uma supernova tivesse trucidado uma galáxia e atingido Psâmate, lançando infinitos choques brilhantes. A nereida tentou reagir, mandando seu ataque resplandecente, mas ele foi consumido, assim como ela, que caiu no chão, toda ferida.


Usando todo o esforço, ela colocou a mão no chão e se levantou. Pedaços de sua pele se desmanchavam e caíam aos poucos, soltando tufos de areia. Então, voltou à consistência humana para não se esvair de vez. Sem se preocupar, Pítia avançou mais uma vez e já colocava as mãos para frente.


– Resististe ao meu golpe, pois conseguiste contra-atacar a tempo. – explicou o ariano. – Mas não terás a mesma sorte da próxima vez. Teu corpo mal está resistindo a ficar de pé, quanto mais ter poder para lançar outro golpe.


– Amaldiçoado sejas, ainda não me dei por vencida. – discursou ela. – Posso ter caído em batalha, mas atenderei à premissa que me foi enviada.


Num impulso, Psâmate colocou dois dedos na sua boca e produziu um longo assovio. Um estrondo se seguiu e o gigantesco lobo apareceu na frente de Pítia, saltando para cima dele. Ignorando a situação, ela se levantou e voltou a se virar em direção a Narceu, com a pedra apontada para ele.


Nervoso, Pítia elevou o cosmo, segurou novamente as patas da criatura e, usando toda a energia, agarrou os braços dela e a atirou em cima de Psâmate, que caiu, ainda viva, mas formando um mar de areia. A pedra deslizou da sua mão e rolou em direção ao chão. Tentando se livrar de todos os problemas, Pítia se abaixou e segurou o mineral para destruí-lo.


Entretanto, no instante em que o tocou, um forte brilho avermelhado emanou da pedra, podendo ser visto a distância. Os olhos de Psâmate se arregalaram, enquanto o ariano não entendia o que estava acontecendo. Pondo o lobo para o lado, ela se levantou e se aproximou de Pítia.


– Não pode ser, não era ele e sim tu. – discursou a ninfa da areia.


– Do que estás falando, nereida? – perguntou Pítia, intrigado.


– És tu. A peça que faltava no quebra-cabeça, a criação à parte do mar. És o filho ilegítimo que Nereu tanto procurava.

 

Perdoem-me se esse capítulo ficou mal-escrito e até um pouco confuso

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Capítulo 37 lido.

 

Este foi cheio de surpresas e de muitas intrigas.

 

Começando pela aparição prepotente de Gale na sua superioridade de força e inexperiente na parte do caráter de um bom guerreiro, enquanto Indrus o venceu ao apostar nas suas experiências pessoas, a salvação de Deolinda e as saudades da aparição e envolvimento na fic foram agradáveis, por um lado dou razão a Gale pela iniciativa de crer dar um avanço na eterna guerra entre Atena e Poseidon.

 

Seguindo do plano ardiloso de um combatente sábio e antigo como Altevir, quase que conseguiu sucesso senão fosse por um intrometido chamado Arkab, nesta passagem destaco como um grande Cavaleiro de nível de poder, porém sua personalidade continua a ser pobre e venenosa e suas tentativas de persuadir negativamente o Grande Mestre quase resultaram convitas.

 

E eis uma grande intervenção que me deixou apanhado de surpresa pela entrada de Pitia e da sua revelação.

 

Excelente capítulo, parabéns e abraços, mon ami!

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Olá Saint, que bom tê-lo aqui!

Gale chegou em desespero por fzer alguma coisa. como não tinha o treinamento adequado e a maturidade suficiente, acabou sendo sucumbido, mesmo tendo um poder maior do que Indru. Mas, ainda bem para o aprendiz que Deolinda apareceu para salvá-lo, se não era um bye bye.

Na segunda parte, vejo que estavas torcendo por Altevir, tendo a maneira como questionasse Arkab. kkkk. Sim, ele é um cavaleiro poderoso, bem como todos da patente dourada. Eu gosto muito do Arkab porque ele não é bonzinho, eu tenho uma tendência a gostar de personagens assim. uhauhauh.

Pítia apareceu (finalmente) e talvez dê as caras novamente em um futuro breve.

Obrigado pelos comentários,

Abração

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Que capítulo ótimo! Cheio de revelações instigantes!

 

Primeiramente gostei do enfoque dado a Pítia e também curti o fato dele ser um admirador de estrelas. Combina bastante com o esquema de algumas de suas técnicas. Legal ter acrescentado isso à sua personalidade, dá um destaque maior a ele.

 

Safiya!

 

A premonição de Pítia com o lobo gigante destruindo a terra tinha me bugado. Pensei até que fosse algo relacionado ao Ragnarok Nórdico kkkkk mas felizmente foi apenas algo simbólico relacionado a seu irmão Narceu.

 

Bem. Finalmente descobrimos qual a missão de Psâmate. Saber quem é o filho bastardo de Nereu. Creio que o Profeta dos Oceanos iria querê-lo ao seu lado nesse conflito interno contra Poseidon. E amei mesmo que o filho procurado seja Pítia. Explica o motivo de suas premonições incompletas. É como se ele não tivesse controle total de suas visões porque não é "perfeito" como o pai.

 

Não sei se me faço entender, é pelo fato dele ser uma mistura de Nereu com provavelmente uma humana que deve ter feito ele ter nascido com uma parcela pequena dos poderes do pai, impedindo que suas visões sejam realmente claras. Entende? Kkk

 

Mas gostei muito do capítulo por causa dessa revelação! E deixa eu abrir aspas também para os poderes de areia de Psâmate, que achei ótimos. Pena que seu golpe seja mais uma rajada genérica de conchas. :/

 

Por fim, é isso. Muito ansioso pelo próximo! Parabéns e abraços!

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Olá Gustavo!

Que bom que gostaste do capítulo, tava preocupado que não agradasse porque foram muitas informações ao mesmo tempo, além de focar em um personagem que mal apareceu. Fico feliz então que agradou

Pítia utiliza técnicas com estrelas e prevê o futuro, acho nada mais natural ele gostar de admirá-las. Acho que, como falaste, combina bem com ele.

Safiya é diva, eu falei. kkk. Eu adoro as minhas amazonas douradas, estão sempre no topo das minhas preferências do panteão dourado. kkkk. A agulha escarlate é tanto um golpe de julgamento quanto de tortura, dependendo da personalidade de quem a usa. Também concordo contigo, eu sempre imaginei os escorpianos fazendo isso. Lembrando que a torutra não consiste só nos ataques, o intervalo entre uma ferroada e outra também é suficiente para fazer o oponente pirar.

Eles são amigos sim, aparentemente. Veremos como continuarão agora. kkk

Ragnarok? Mas da onde? kkk Tais lendo muito a fic do Fimbul. Mas eu ri com essa tua hipótese.

O final não dá muito de comentar. Por enquanto é o que viste, mas entendi a tua teoira. kkk

Quanto à rajada de conchas, todas as nereidas que tem galhos de coral atacam com a rajada de conchas. Todaas as nereidas que tem coroas, atacam com o golpe luminoso. Além disso, todas tem sues próprios golpes, como a resplandescência de foco de Psâmate. É mais uma maneira de padronizar.

O próximo sai até o natal e o seguinte até o ano novo. Daí só resta um conto da parte 1 para Janeiro!


Valeu pelos comentários Gustavo e Abração

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Oi Nikos td bem?

Então o cap foi cheio de ação e intrigas, focado num cav "novo" Pitia de Aries! Gostei

Começamos com lele mostrando todo seu poder com Revolução estelar! A descrição de toda a tecnica ficou muito boa gostei bastante dele dando um sermão nos marinas

Depois vimos uma sessão de tortura com a agulha escarlate da Amazona de escorpião, essa tecnica e mostrou sutilmente diferente da do Milo, já que no classico a picada meio que se auto direcionava para um local que correspondesse a constelação de escorpião. Nada contra o cav é seu então vc pd fazer a tecnica como quiser, só interessante ressaltar

Se alguém tinha duvida depois dessa ultima ficou obvio! O grande Mestre é um banana! Poxa o inimigo tá em crise, desfalcado e literalmente se matado e ele não vai aproveitar isso? Como esse cara se tornou grande mestre caramba?! A Atena da época devia estar muito sem opção! Bom mas deixando de lado meu desabafo é realmente interessante vc ter colocado um cara assim como chefe dos cavs, mostra que os lideres podem ser falhos, normalmente grandes mestres experientes, são praticamente donos da verdade e ter um que não é mostra como o autor é ousado

A luta final ficou realmente um pouco confusa, mas acho que isso é um erro que tds podemos cometer, afinal escrever é um hobby nosso, não somos profissionais. Não fique se exigindo tanto cara

A revelação final foi legal! Pitia é o filho Bastardo no Nereu! Isso explica os seus dons, só quero ver no que isso vai acarretar!

 

Parabéns pelo cap Nikos

Até a prox!

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Olá FImbul!

O capítulo foi um pouco diferente dos demais, com mais agitação do que o costume, mas mesmo assim, houve bastante trama. Que bom que gostaste da descriçãod a Revolução Estelar, quis associar ao máximo à questão das estrelas.

Desculpa se não fui claro, mas eu quis mostrar a Agulha Escarlate exatamente dessa maneira, guiando-se a um dos pontos da constelação de escorpião. Eu não escrevi isso em todas as linhas porque o povo já conhece o golpe. Queria saber se eu fui contraditório em algum ponto com a descrição original.

Achas que o Grande Mestre é um banana? Bem, ele perdeu tantas guerras que acho que não quer arriscar perder mais uma. Não sei como ele se tornou o Grande Mestre, só sei que ele foi o único guerreiro sobrevivente da última guerra santa, como está na sinopse. Como Atena morreu a nascer em todas as guerras, acho que não deu de escolher alguém melhor. Sei lá, acho que é isso.

É que quando eu reli eu achei que ficou muito rápido, talvez o pessoal não entendesse, qualquer dúvida, pode perguntar. E eu me cobro sim. Escrever é treinamento né?

Final é final.

Obrigado pelos comentários e Feliz Natal!

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