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[LIVROS] AS CRÔNICAS DE ATHENA


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  • 4 semanas depois...

LEMBRE A HISTÓRIA

 

Capítulo 1: Um ano se passou desde que os Titãs foram libertos do Tártaro por um desconhecido. Hyperion e Crio, ambos de posse de corpos mortais que lhes servem provisoriamente de morada, decidem vir a Terra. Enquanto o primeiro, Hyperion, veio no cumprimento de uma obrigação imposta por Réia, àquela que governa os Titãs na ausência de Cronos, e em meio a isso, aproveitou para desfrutar daquilo alcançado pela humanidade em sua jornada, o segundo, Crio, que viera a Terra por conta própria, pratica uma mortandade numa ilha remota do Brasil. Depois de um breve encontro entre eles, fica sabido que dois Cavaleiros de Athena estão se dirigindo para o mesmo local da chacina onde agora se encontra Crio.

 

Capítulo 2: Dante e Capella, Batedores do Santuário, respectivamente Cavaleiros de Prata de Cérbero e Auriga, dirigem-se velozmente ao encontro de Crio na ilha de Marajó. Durante o percurso, e depois de uma breve discordância, envolvendo a decisão e as consequências de enfrentar, ou não o Titã, Dante se propõe a encará-lo sozinho, afirmando ser o mais indicado para a batalha.

 

Capítulo 3: Exibindo-se com a figura aterradora de dois gigantes, Crio, que teria alcançado aquela envergadura através de seu incrível poder divino, que por sua vez, teria forçado o crescimento indiscriminado do corpo possuído pelo Titã, e o outro, Dante, que a partir do ajuntamento de suas correntes e manguais gerara um construto metálico para si, protagonizaram um duelo de proporções colossais onde no fim, Crio acabara sagrando-se vencedor. Próximo dali, e indo de encontro aos dois na ilha de Marajó, Capella externava toda sua preocupação quando pressentira o desaparecimento súbito, do Cosmo do Cavaleiro de Prata de Cérbero. Inclusive, um acontecimento recente do seu passado, que envolvia ambos numa situação muito similar aquela, acabara emergindo de suas recordações.

 

Capítulo 4: A partir de uma das lembranças de Capella, ele e Dante são apresentados num confronto com alguns Marinas de Poseídon. A situação em si, revela ao Cavaleiro de Prata de Auriga um lado de seu amigo que ele gostaria de não ter descoberto. De volta ao presente,Capella se põe novamente em movimento, determinado a chegar tão logo, em Marajó.

 

Capítulo 5: Tendo que abandonar, tão logo, e a contragosto, aquele corpo que lhe servira de morada, já que esse, devido as suas constantes e desmedidas liberações de poder se decompusera rapidamente, Crio vê diante de sua pessoa surgir Dante a quem pensava, outrora, ter eliminado. Muito ferido, o Cavaleiro de Prata de Cérbero trajava sua Armadura, sendo essa, a responsável por sua sobrevivência. Antes de partir, para garantir seu direito de posse perante Marajó e ao mesmo tempo dar cabo em definitivo de Dante, o Titã invoca, através de uma fenda dimensional, um Telquine. Contudo, a besta marinha acaba derrotada. Com a situação aparentemente resolvida, o Cavaleiro de Prata de Cérbero pretendia deixar a ilha, regressando assim, ao Santuário, quando, para o seu mais completo horror, observara impotente os habitantes do lugar, que antes havia salvado, serem brutalmente assassinados. O responsável não é outro, senão Hyperion.

 

Capítulo 6: O encontro de Hyperion com Dante, em Marajó, trouxera a razão empregada pelo Titã, para alguns delicados impasses da vida e conhecimentos seus, a respeito dos Cavaleiros de Athena. Em contrapartida, Dante expusera seus sentimentos em relação a Capella e aqueles que considerava como sendo sua ‘família’. A divergência, mesclada ao desejo desenfreado por justiça e punição do Cavaleiro de Prata de Cérbero, contra a intenção declarada, e arbitrária, de Hyperion em exigir deste, total subserviência, os levam ao confronto.

 

Capítulo 7: Em meio ao horror vívido de ter suas memórias violadas e direcionadas contra si próprio, Dante resiste bravamente à dominação psíquica imposta por Hyperion. Durante os pesadelos intermináveis que o acomete, e da aproximação de Capella até onde estavam, a lembrança do que seria o Legado de Cérbero vem a tona no relato de um dos seus Tutores, Jared (aqui começa, o que seria o Hipermito de Saint Seiya, adaptado para as Crônicas de Athena).

 

Capítulo 8 (primeira parte): Por intermédio das lembranças de Dante, enquanto esse era afligido cruelmente pelo poder mental de Hyperion, Jared, outrora Tutor do Cavaleiro de Prata de Cérbero, aborda o que seria o Hipermito de Saint Seiya seguindo a lógica do que é proposto para o universo das Crônicas de Athena. A princípio, da mesma forma que no primeiro capítulo do Livro Zero, só que de uma maneira mais resumida, a criação, os primeiros seres, suas cismas e demais feitos foram abordados. Em seguida, de uma forma inédita, fora mostrado Tífon, que juntamente com seus Gigas, teriam, dentre tantas coisas, tomado o Olimpo, expulsando de lá, Zeus e as demais divindades do Panteão.

 

 

 

Capítulo 8 (segunda parte) Legado de Athena

 

 

“Nós, humanos, possuímos basicamente Cinco Sentidos: visão, audição, paladar, olfato e tato.”

“Existe um Sexto Sentido que envolve nossa mente e a capacidade inerente que temos todos de pensar.”

“Saiba que normalmente a grande maioria das pessoas só tem acesso e utilizam uma ínfima parcela de toda sua capacidade e intelecto mental.”

 

“Isso, ao que parece, é como uma defesa natural, já que muitos não suportariam as consequências de ter uma mente totalmente desperta.”

“Aqueles que conseguem ir além do que lhe são permitido sem enlouquecerem ou tornarem-se vegetais de carne e osso, tem acesso as faculdades especiais do Sexto Sentido, desenvolvendo habilidades psíquicas, sendo conhecidos como Paranormais.”

 

“Os Lemurianos, a raça eleita de Poseídon, a quem me referi a pouco, como sendo supostamente perfeita, era conhecida e invejada por terem, desde seu nascimento, toda a potencialidade do Sexto Sentido a disposição.”

 

“Entre benefícios, tais como Telepatia, Telecinese e Teleporte, contavam com o controle de seus metabolismos, onde podiam controlar funções biológicas usualmente involuntárias tais como o fluxo sanguíneo, digestão e respiração. Há também a tão desejada longevidade, onde eles, com suas poderosas mentes, eram capazes de retardar o envelhecimento precoce dos seus corpos mortais, diminuindo drasticamente seu ritmo cardíaco, vivendo assim por muito mais tempo.”

 

“Além deste Sexto Sentido existe ainda, o Sétimo Sentido, que seria propriamente, o Cosmo!”

“Outras culturas, como algumas do oriente, o tratam pela alcunha de ‘Ki’.”

 

“Os nórdicos das terras congeladas o chamam de ‘Mana’.”

“Para os egípcios, tratava-se do ‘Ka’ ou mesmo, ‘Kundalini’ para os hindu, ‘Espírito Santo’ para os cristãos e ‘Shekinah’ para os judeus.”

 

“Já os ocultistas, e alguns dentre eles, clamados como sendo Magos, seria a ‘Quintessência’.”

“Enfim, seja lá qual o nome que receba ou que o queira chamar, o Cosmo está presente em tudo no universo e é a origem das forças ocultas e primitivas existente no Caos que gerara as Entidades Primordiais: Gaia, Uranus, Pontus, Érebos e Eros.”

“O Cosmo esta dividido em duas classes distintas:”

 

Microcosmo e Macrocosmo.”

“O primeiro trata, das propriedades do Cosmo, presente no espírito de toda criatura vivente.”

“Na verdade, acredita-se que o espírito seja basicamente constituído de Cosmo.”

“Em união com o corpo físico, o Microcosmo se encontra disperso através de inúmeras ramificações.”

“Tais coisas são chamadas de Pontos Cósmicos e são elas que conduzem essa mesma energia através dos membros e demais partes do corpo.”

“Existem sete canais principais.”

“São estes chamados de Portais Cósmicos.”

“Assim como aconteceu com o Cosmo, algumas culturas tratam esses canais por outros nomes, como os hindus, por exemplo, que se referem a eles como sendo ‘Chakras’.”

“Jimmy, é por causa disso, que o Cosmo também é tratado como sendo, o Sétimo Sentido.”

 

“Cada pessoa possui seu próprio limite na utilização dos portais. Ou seja, mesmo que possua os Sete Portais Cósmicos, determinado indivíduo já nasceria com sua própria limitação de portais que poderia acessar. Treinos, arroubos emocionais e ardis poderiam fornecer ao usuário meios para a ativação dos poderes de seus portais, mas nunca extendê-los além da conta. ”

 

“Quanto maior for o controle do indivíduo sobre esses portais, mais Cosmo, de seu Microcosmo, ele poderá fazer fluir pelas ramificações do seu corpo, elevando assim seu poder a níveis inimagináveis.”

“Normalmente tal ato é algo realizado de forma inconsciente e sem controle, mas existem situações que podem desencadeá-lo.”

“Obter o controle consciente do fluxo de Cosmo é algo que exige anos de treinamento e mesmo assim, às vezes não se consegue obter seu controle pleno.”

Indivíduos como os Cavaleiros de Ouro, já nascem sabendo fazer isso.”

“É algo como um dom natural.”

“Ninguém os ensinou, eles simplesmente sabem como fazê-lo.”

“Os Cavaleiros de Bronze, no auge de seu poderio, conseguem, de forma consciente ou inconsciente, liberar o poder máximo de até três portais.”

“Por sua vez, os Cavaleiros de Prata vão até o quinto portal.”

“Já os Cavaleiros de Ouro, estes se mostram aptos, desde o nascimento, a liberar a força de todos os sete.”

“Mas lhe advirto Jimmy, o corpo humano tem seus limites e não suporta cargas elevadas de Cosmo sem que o mesmo pague um alto preço.”

“Acima do poder do quinto portal a pessoa pode ficar aleijada e a partir do sexto, até mesmo perder a vida.”

 

“A proteção das sagradas Armaduras de Athena, atenuam esses efeitos, pois elas não nos servem apenas como meio de defesa para nossos corpos frágeis, agem também em simbiose, incorporando-o a nós como uma extensão daquilo que somos.”

“Mais uma vez, nesse caso, os Cavaleiros de Ouro são favorecidos, pois suas vestimentas são incrivelmente resistentes, o que permite a eles usar toda faculdade dos portais sem se prejudicar gravemente com isso.”

As forças presentes no Microcosmo não são inesgotáveis.”

“E à medida que a utilizamos, necessitamos depois de tempo e vigor para recuperá-la, para assim poder utilizá-la novamente.”

 

“Cada ser, possui também seu próprio limite na utilização do Microcosmo, e estes podem ser estendidos graças a treinos, meditação ou algum ardil.”

 

Basicamente, o Microcosmo é o que proporciona níveis elevados de força e velocidade sobre-humana.”

 

“Mediante os benefícios dessas duas faculdades, o usuário seria capaz de levantar objetos extremamente pesados, como um automóvel, ou demolir, com as mãos nuas, sem se ferir, uma parede de concreto.”

 

“Dá-se essa força extraordinária as informações mnemônicas contidas no Campo Morfogenético(1), fonte essa, de todo conhecimento universal, seja intuitivo ou agregado, partindo desde os mais simples até os rebuscados que beiram o incompreensível.”

 

“Vale acrescentar que tudo que se encontra no Campo Morfogenético foi registrado, nos primórdios dos tempos, por Gaia na forma de Vinte e Duas Cartas e que ela, na sua ausência, teria as entregado aos cuidados de Cronos.”

 

“Regressando a força sobre-humana...”

 

“Uma vez que o Microcosmo do usuário tenha acessado o Campo Morfogenético, e isso acontece de maneira quase que imediata, ele passa, com seu Cosmo, a ter noções aproximadas do esforço físico que se faz necessário para realização de tal tarefa, produzindo, em seguida, energia cinética suficiente através das ramificações cósmicas, podendo liberá-la com seu corpo para aquilo que está sendo pretendido.”

 

“Claro que há limites na força que pode ser gerada, tanto, as impostas pelo próprio usuário, nas respectivas restrições mundanas do seu Cosmo, como naquelas interpostas pela própria realidade em si.”

 

“Sem mencionar que alguns valores obtidos do Campo Morfogenético se farão incompressíveis para assimilação do Cosmo do usuário dada a sua magnitude.”

 

“Ou seja, o resultado da energia cinética necessária para esmigalhar um planeta, mesmo que obtida, não poderia ser processada dada as limitações cósmicas de quem a esta acessando e do absurdo que é seu próprio valor.”

 

Similarmente a mesma coisa ocorre quando o usuário deseja se mover numa velocidade que transcende as limitações humanas; tendo em vista o ponto no cenário onde se tem a pretensão de alcançar, ou seja, é necessário estar olhando para o local e o visualizando nitidamente, seria possível se deslocar, por terra, de uma localidade a outra, ignorando no processo, limitações gravitacionais, o que permitiria, ao usuário, suspenso no ar, acrobacias impossíveis, percorrer terrenos instáveis, como o da superfície de um lago, ou inclinados, como o de uma parede ou teto, e até mesmo levitar, alcançando velocidades que iriam desde a do som a, pasmem, da luz.”

 

“Para evitar as consequências danosas do atrito, da passagem do tempo, da pressão ou mesmo ser prejudicial ao ambiente e quem os cerca, devido às contínuas ondas invisíveis propagadas pelos seus pés, ao se deslocar numa velocidade dessas, o usuário geraria sobre si, ou naquilo que estiver em seu contato, sua própria gravidade.”

 

“Tanto a força, como a velocidade sobre-humana, não dependem do aspecto físico do usuário para se fazer atuante. Como já dito, a energia cinética amealhada vem do Cosmo em sintonia com o Campo Morfogenético e não da musculatura em seu esforço na realização da tarefa. Por conta disso, se torna aterrador e ilógico para quem não esta familiarizado com esse poder, o fato de contemplar um sujeito magricela arrancar do solo, sem qualquer esforço aparente, uma árvore imensa com suas raízes, ou mesmo, um obeso correndo mais rápido que os olhos mundanos são capazes de acompanhar.”

 

“Toda energia cinética produzida para a finalidade da força e velocidade sobre-humana se perde no momento que são empregadas e não podem ter sua utilização retardada ou mesmo prolongada para mais de uma ação. Apesar de não causar desgaste físico imediato consomem do Microcosmo do usuário o que por sua vez acaba levando-o a exaustão.”

 

“Obviamente que existem técnicas, tanto de destruição como de deslocar, capazes de burlar essas imposições e limitações que citei há pouco.”

 

“Contudo muitas delas possuem efeitos colaterais gravíssimos que vão desde alterações físicas, algumas aberrantes, no usuário, ao risco de matá-lo no processo.”

 

“Passando para as demais habilidades do Microcosmo:”

 

“A partir do terceiro portal, também se torna possível atingir alvos a longa distância, projetando exteriormente o poder físico do usuário na forma de ondas de choque, explosões e até rajadas incandescentes capazes de incinerar (para ser mais específico, trataria da soma da força com a velocidade sobre-humana num só).”

 

“Do quarto em diante pode-se proteger de certos ataques físicos que não sejam lá tão contundentes, ou mesmo atenuar danos mais agressivos, projetando uma película de Microcosmo que age como uma espécie de aura defensiva sobre o corpo.”

“Prosseguindo do quinto, torna-se praticável estender para além de si o poder dessa aura, protegendo com ela, objetos e pessoas que estejam longe do alcance físico do usuário, mas que estejam no seu campo de visão. Também é possível eliminar a gravidade a volta, podendo o usuário, literalmente levitar e voar pelos céus.”

“Dando continuidade, pode-se criar com o controle do sexto portal, uma célula de sobrevivência que age também como uma espécie de aura.”

“Esse bálsamo permite sobreviver por um tempo determinado a locais totalmente inóspitos, como as grandes profundidades oceânicas, as mais elevadas altitudes, a locais extremamente quentes e frios, ou ainda, a desolação do espaço sideral e das dimensões que pairam como camadas em torno do Plano Material, Astral e Espiritual.”

 

“Permita-me acrescentar que este poder não lhe oferece os meios para se fazer atuante em locais como o Reino dos Mortos, Olimpo, Labirinto de Cronos... nesse caso, você precisaria do Oitavo Sentido. Algo que prefiro aguardar para que possa ser abordado contigo.”

“Por fim, seguindo com o sétimo e ultimo portal, pode-se passar a célula de sobrevivência para outros indivíduos e objetos que estejam à vista do usuário. Ainda lhe cabe, projetar os demais sentidos através dos Pontos Cósmicos do seu corpo; ou seja, mesmo estando privado da visão ou de qualquer outro sentido, ou até mesmo de todos, determinado sujeito poderia sentir e pensar através do seu Microcosmo.”

 

“Consta nos registros a incrível proeza alcançada por dois Cavaleiros de Ouro, onde eles, mergulhados num ferrenho embate que os colocara um contra o outro, permaneceram vivos, mesmo após a morte física dos seus corpos. Ao que parece, por um determinado tempo, se valeram dos seus respectivos Cosmo para continuar animando a carcaça mortal que lhes serviam de morada. No fim, acabaram se destruindo, deixando bastante claro, a similaridade que havia dentre a força dos Cavaleiros de Ouro e que uma luta, até o final entre eles, geraria irremediavelmente uma aniquilação mútua.”

 

“Tal ocorrido ficou marcado como sendo a Guerra dos Mil Dias e serviria de aviso para Cavaleiros de Ouro que pretendessem se enfrentar.”

 

“Não preciso dizer que cada faculdade especial que citei há pouco consome uma considerável quantidade de Microcosmo e que, quanto maior o fluxo administrado pelos portais através dos Pontos Cósmicos, maior será o poder do indivíduo nessas habilidades.”

 

Para finalizarmos, seria bom frisar, que da mesma forma que a força e velocidade sobre-humana dependem da comunhão do Microcosmo com o Campo Morfogenético, as outras faculdades descritas a seguir (poder de fogo, aura defensiva, voo, célula de sobrevivência...) também dependem, estão sujeitas as implicações parecidas e possuem técnicas que tentam ir contra esses empecilhos.”

 

Agora falando do Macrocosmo; ele é as propriedades do Cosmo existente em tudo que nos cerca e é também chamado de Big WillGrande Vontade.”

“Muitos o tratam como sendo o Nono Sentido da humanidade."

"Na antiguidade, quando os Deuses ainda caminhavam pela Terra, era chamado de Providência Divina por se tratar supostamente de uma faculdade possuída somente por aqueles que eram ‘Deuses’.”

“É sabido que o Macrocosmo forma uma treliça imperceptível que envolve e molda toda a realidade.”

“A partir disso, toda ordem e equilíbrio se molda e se faz plena.”

“Por muito tempo se acreditou que as divindades regiam as forças do Macrocosmo e controlavam todas as suas faculdades, podendo moldar, com seu imenso poder, tudo mediante aos seus caprichos, mas com o passar dos anos, descobrimos que mesmo eles não mantêm o controle absoluto do Macrocosmo e estão sujeitos a certas limitações impostas por ele.”

 

“Eruditos do Santuário, demais conhecedores e especialistas do Macrocosmo espalhados pelo mundo, dividiram, suas muitas faculdades naquilo que chamam de Caminhos Cósmicos.”

“Cada um desses caminhos levam a um poder.”

 

“Muitas destas fantásticas habilidades, como é o caso da Alquimia que, por sua vez, trata da reestruturação molecular e tem como seus maiores adeptos os Telquines, graças ao seu desenvolvimento e refinamento com o passar dos anos, tornara imensamente notória, ofuscando, nesse sentido, inclusive ao próprio Macrocosmo de onde teria partido.”

 

"Dentre as muitas façanhas do Macrocosmo, existem feitos, que por não se fazerem viáveis devido algumas limitações, acabam impossíveis de se realizar, como no caso, por exemplo, da geração de vida.”

 

“Apenas um poder, conhecido como Anomalias, proveniente das Moiras, foge há qualquer restrição, contudo, seu uso irresponsável se revela capaz de comprometer toda a realidade pondo fim a tudo que existe.”

 

“Em suma, as Anomalias são capazes de realizar qualquer coisa mediante a simples vontade de quem o utiliza.”

 

“Tratando-se da geração de vida, mesmo com as Anomalias sendo capaz de realizá-la e num grau elevado do seu poder, apenas alcançado pelos Telquines, até mesmo a Alquimia, apenas a Dunamis, uma força vinda de Gaia, herdada essa, pelos Titãs, poderia propiciá-la com perfeição."

"Além dos Titãs, ao que parece, Zeus, também pode lançar mão do poder da Dunamis."

“E há ainda Hades, que em um de seus muitos experimentos, teria criado o Miasma, um arremedo de Dunamis que age através de algumas pequenas e abjetas criaturas, chamadas de Vermes da Sepultura.”

“Controlar com maestria as forças e propriedades presentes no Macrocosmo é algo que dispõe de conhecimento e muita preparação.”

“Diferente do Microcosmo, onde um indivíduo pode nascer sabendo por instinto, seu emprego, o Macrocosmo não pode ser manipulado dessa forma.”

“Outro assunto que devo abordar é o de que, um indivíduo com um alto poder de Microcosmo não, necessariamente, possui uma vasta capacidade, no controle do Macrocosmo.”

Apesar de estar intimamente ligados, o controle de um, não depende do outro.”

 

“Um indivíduo, com baixo potencial no Microcosmo, ou seja, com níveis irrisórios em força e velocidade sobre-humana, incapaz de liberar raios ou explosões, pode muito bem ter uma peculiaridade aterradora a partir de um dos caminhos do Macrocosmo, por exemplo, sendo capaz de gerar um terremoto que poria fim a um continente. ”

“Outra grande diferença entre eles é que, as forças presentes no Macrocosmo, são praticamente infinitas.”

“Mas, Jimmy, para ativar o Macrocosmo o indivíduo precisará consumir as reservas de seu próprio Microcosmo.”

“Isso acontece porque o usuário precisa fazer seu Microcosmo agir em sintonia com as forças do Macrocosmo, projetando assim sua vontade sobre o mesmo, por isso disse anteriormente que ele também recebia o nome de Big Will.”

“Apesar do Cosmo ser um dom natural e inerente entre as divindades, em um passado longínquo, nos primórdios da civilização humana, onde os Deuses ainda mantinham relações conosco, todas as pessoas tinham acesso às faculdades especiais que o Microcosmo proporcionava, e com o passar do tempo, alguns até mesmo desenvolveram controle sobre o Macrocosmo o que, na época, gerou grande descontentamento e alarde entre as divindades, pois se achava que somente elas detinham em mãos esse fabuloso poder.”

 

“Enfim, embora o Cosmo esteja presente ainda hoje, o desenvolvimento da nossa sociedade fez com que a maioria esmagadora de nós acabasse perdendo essa maravilhosa capacidade.”

Voltando a nossa história:”

 

“Apesar de todo seu poder, os jovens heróis da antiguidade que deixaram seus povos e haviam decidido lutar ao lado de Athena, contra Tífon e seus Gigas, eram meramente mortais. Seus corpos físicos eram tão vulneráveis e frágeis quanto o corpo de qualquer pessoa comum. Em vista disso, a Deusa da Sabedoria regressou até o Egito e pediu secretamente a Hefestos para que esse forjasse trajes protetores.”

 

Nascia aqui às sagradas Armaduras de Athena...”

 

 

 

 

(1): Sendo de natureza controversa e hipotética, os Campos Morfogenéticos trazem a revelação que todo conhecimento, seja de ordem intuitiva ou agregada, provem de campos e que, inclusive, cada organismo vivo possuiria o seu próprio para fazerem o que estão destinados (leia-se programados) a fazer. Da mesma forma acontece para cada descoberta envolvendo uma implicação do mundo que nos acerca.

Editado por Leandro Maciel Bacelar
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  • 1 mês depois...

LEMBRE A HISTÓRIA

 

Capítulo 1: Um ano se passou desde que os Titãs foram libertos do Tártaro por um desconhecido. Hyperion e Crio, ambos de posse de corpos mortais que lhes servem provisoriamente de morada, decidem vir a Terra. Enquanto o primeiro, Hyperion, veio no cumprimento de uma obrigação imposta por Réia, àquela que governa os Titãs na ausência de Cronos, e em meio a isso, aproveitou para desfrutar daquilo alcançado pela humanidade em sua jornada, o segundo, Crio, que viera a Terra por conta própria, pratica uma mortandade numa ilha remota do Brasil. Depois de um breve encontro entre eles, fica sabido que dois Cavaleiros de Athena estão se dirigindo para o mesmo local da chacina onde agora se encontra Crio.

 

Capítulo 2: Dante e Capella, Batedores do Santuário, respectivamente Cavaleiros de Prata de Cérbero e Auriga, dirigem-se velozmente ao encontro de Crio na ilha de Marajó. Durante o percurso, e depois de uma breve discordância, envolvendo a decisão e as consequências de enfrentar, ou não o Titã, Dante se propõe a encará-lo sozinho, afirmando ser o mais indicado para a batalha.

 

Capítulo 3: Exibindo-se com a figura aterradora de dois gigantes, Crio, que teria alcançado aquela envergadura através de seu incrível poder divino, que por sua vez, teria forçado o crescimento indiscriminado do corpo possuído pelo Titã, e o outro, Dante, que a partir do ajuntamento de suas correntes e manguais gerara um construto metálico para si, protagonizaram um duelo de proporções colossais onde no fim, Crio acabara sagrando-se vencedor. Próximo dali, e indo de encontro aos dois na ilha de Marajó, Capella externava toda sua preocupação quando pressentira o desaparecimento súbito, do Cosmo do Cavaleiro de Prata de Cérbero. Inclusive, um acontecimento recente do seu passado, que envolvia ambos numa situação muito similar aquela, acabara emergindo de suas recordações.

 

Capítulo 4: A partir de uma das lembranças de Capella, ele e Dante são apresentados num confronto com alguns Marinas de Poseídon. A situação em si, revela ao Cavaleiro de Prata de Auriga um lado de seu amigo que ele gostaria de não ter descoberto. De volta ao presente,Capella se põe novamente em movimento, determinado a chegar tão logo, em Marajó.

 

Capítulo 5: Tendo que abandonar, tão logo, e a contragosto, aquele corpo que lhe servira de morada, já que esse, devido as suas constantes e desmedidas liberações de poder se decompusera rapidamente, Crio vê diante de sua pessoa surgir Dante a quem pensava, outrora, ter eliminado. Muito ferido, o Cavaleiro de Prata de Cérbero trajava sua Armadura, sendo essa, a responsável por sua sobrevivência. Antes de partir, para garantir seu direito de posse perante Marajó e ao mesmo tempo dar cabo em definitivo de Dante, o Titã invoca, através de uma fenda dimensional, um Telquine. Contudo, a besta marinha acaba derrotada. Com a situação aparentemente resolvida, o Cavaleiro de Prata de Cérbero pretendia deixar a ilha, regressando assim, ao Santuário, quando, para o seu mais completo horror, observara impotente os habitantes do lugar, que antes havia salvado, serem brutalmente assassinados. O responsável não é outro, senão Hyperion.

 

Capítulo 6: O encontro de Hyperion com Dante, em Marajó, trouxera a razão empregada pelo Titã, para alguns delicados impasses da vida e conhecimentos seus, a respeito dos Cavaleiros de Athena. Em contrapartida, Dante expusera seus sentimentos em relação a Capella e aqueles que considerava como sendo sua ‘família’. A divergência, mesclada ao desejo desenfreado por justiça e punição do Cavaleiro de Prata de Cérbero, contra a intenção declarada, e arbitrária, de Hyperion em exigir deste, total subserviência, os levam ao confronto.

 

Capítulo 7: Em meio ao horror vívido de ter suas memórias violadas e direcionadas contra si próprio, Dante resiste bravamente à dominação psíquica imposta por Hyperion. Durante os pesadelos intermináveis que o acomete, e da aproximação de Capella até onde estavam, a lembrança do que seria o Legado de Cérbero vem a tona no relato de um dos seus Tutores, Jared (aqui começa, o que seria o Hipermito de Saint Seiya, adaptado para as Crônicas de Athena).

 

Capítulo 8 (primeira parte): Por intermédio das lembranças de Dante, enquanto esse era afligido cruelmente pelo poder mental de Hyperion, Jared, outrora Tutor do Cavaleiro de Prata de Cérbero, aborda o que seria o Hipermito de Saint Seiya seguindo a lógica do que é proposto para o universo das Crônicas de Athena. A princípio, da mesma forma que no primeiro capítulo do Livro Zero, só que de uma maneira mais resumida, a criação, os primeiros seres, suas cismas e demais feitos foram abordados. Em seguida, de uma forma inédita, fora mostrado Tífon, que juntamente com seus Gigas, teriam, dentre tantas coisas, tomado o Olimpo, expulsando de lá, Zeus e as demais divindades do Panteão.

 

Capítulo 8 (segunda parte): Na progressão do Hipermito de Saint Seiya para as Crônicas de Athena, Jared aborda para Dante, outrora Jimmy, os mecanismos por de trás da força e velocidade sobre-humana dos Cavaleiros além das propriedades do Cosmo e de outras faculdades adjacentes.

 

 

 

Capítulo 8 (terceira parte) Legado de Athena

 

 

— Há primeira vista, Jimmy, a intenção de Hefestos era criar as Armaduras, para os jovens que haviam vindo dos quatro cantos da Terra para lutar ao lado de Athena, com as mesmas propriedades das Glórias — vestimentas pertencentes aos Anjos escolhidos por Zeus para comporem a armada conhecida como Atalaias do Olimpo.

 

“Lembrando a você que as Glórias são constituídas exclusivamente de Cosmo solidificado e permita-me ainda acrescentar, que, quando alimentadas por um surto de energia cósmica do seu portador, podem se recuperar das possíveis avarias que as tenham acometido, isso, quase que instantaneamente.”

 

“Para que Hefestos conseguisse o pretendido, isto é, aplicar o mesmo processo de confecção das Glórias dos Atalaias para as Armaduras de Athena, a divindade necessitaria de sua oficina, que por sua vez, localizava-se no Olimpo. Como o Deus da Metalurgia tivera que abandoná-la, às pressas, durante a debandada sua, e dos seus pares, para o Egito, isso, após a derrota que sofreram diante de Tífon, e ir até lá, para se ter acesso, estava fora de cogitação, devido a Fera Mitológica de Réia ter arrasado completamente o lugar, Hefestos não poderia atender Athena.”

 

“Determinada em não desistir das Armaduras, prometendo a Hefestos, regressar até ele, tão logo, com aquilo que a divindade necessitava para a produção dos trajes, Athena, após várias tentativas frustradas que culminara, inclusive, numa perigosa ida até o que restara do Olimpo para a constatação da possibilidade, que talvez, algo dos destroços da Oficina de Hefestos poderia ser aproveitado, fora procurada por um Lemuriano, que ao compadecer da necessidade da Deusa, revelara que sua gente, não só detinha matéria prima que poderia servir na elaboração das Armaduras, como também conhecimento metalúrgico, traduzido na sua ciência e tecnologia, que dispensava até mesmo os préstimos de Hefestos.”

 

“Contara ainda, o tal Lemuriano, para Athena, que fora graças a tudo isso que sua gente conseguira forjar, para si, Escamas, e por meio dessas apresentavam-se como Marinas, combatendo estes, juntamente ao lado do seu Deus, Poseídon, e também de sua armada angelical, Oceânides, contra a ameaça pungente de Tífon que também pairava sobre eles.”

 

“Mesmo abandonando seu povo para servir Athena em suas fileiras, este Lemuriano ainda trazia consigo muito dos preceitos de sua gente e essa era a razão pelo qual hesitara tanto em falar dessas coisas, já que teria também de revelar, fatidicamente, a localização da passagem que levaria a Deusa, da superfície terrestre, até Netuno — o fabuloso reino marinho de Poseídon.”

 

“Se havia um crime de maior gravidade entre os Lemurianos era o de revelar, a quem quer que fosse, a localização de tal passagem.”

 

“De posse do que lhe é relutantemente confidenciado, Athena decide ir imediatamente até Netuno. Em sua companhia vai um pequeno séquito formado por alguns dos seus Anjos — Virtudes — e um punhado dos jovens corajosos que combatiam ao seu lado.”

 

“No caminho para o reino de Poseídon, passando pelas geleiras eternas do extremo norte do mundo, o Lemuriano desertor, que também fazia parte do grupo que ia com Athena, contara mais sobre sua gente, falando que esses, nem sempre, vivera abaixo da superfície das águas marítimas. Antes disso acontecer se estabeleciam nas mais altas montanhas do oriente. Um lugar que chamavam de Lemúria que, nos dias atuais, estaria situado entre as fronteiras da China e Índia. Com hábitos similares aos dos monges tibetanos, os Lemurianos viviam de forma modesta e pacífica, longe de qualquer outra civilização ou conflito. Buscando, entre tantas coisas, a harmonização plena com o planeta que os acolhiam e a superação individual diante das próprias fraquezas mundanas e dos inúmeros desafios da vida. Suas incríveis habilidades metalúrgicas e alquímicas eram notórias. Graças ao domínio absoluto que tinham do Sexto Sentido, peculiaridade esta, com qual já nasciam, eram capazes de inúmeras façanhas dentre os quais se destacavam a longevidade, telepatia, telecinese e o teleporte.”

 

“Indo em frente com o que contava, o Lemuriano dissera que se não fosse por Poseídon, seu povo, provavelmente, nunca teria deixado as montanhas. Segundo ele, o Deus dos Mares os havia procurado, em pessoa, para falar de sua Utopia que tratava, em suma, de um mundo ausente do mau.”

 

“Poseídon deixara claro que amava a Terra e se alarmava com a forma predatória e inconsequente que a humanidade vinha tratando o planeta. No seu âmago, os Lemurianos partilhavam da mesma preocupação. Apesar de se manterem apartados do restante do mundo, eles bem sabiam das disputas mesquinhas por poder que mergulhavam as pessoas em sofrimento por todo o globo. Entristecidos viam guerras e mais guerras sucederem e paralelo a isso o próprio planeta agonizar mediante abusos que extorquiam, de maneira irresponsável, seus recursos naturais.”

 

“Enquanto os Lemurianos assistiam a tudo passivos, Poseídon buscava fazer algo a respeito. Para o Deus dos Mares a solução não era outra senão:”

 

Impedir os mortais, isso, ou a Terra logo deixaria de existir.”

 

“Como nenhum dos seus pares compartilhava dessa mesma premissa, Poseídon não podia agir abertamente contra a humanidade sem ter que enfrentar oposições tais quais como as vindas de seu irmão Zeus.”

 

“Algo assim havia ocorrido algum tempo atrás quando o Deus dos Mares, com a intenção de aniquilar todas as pessoas da superfície, desencadeara um dilúvio por meio de tempestades oceânicas. Meses tinham se passado sem que a chuva e furacões cessassem e muitas civilizações, com suas cidadelas, desaparecera tragadas pelos mares que ameaçavam encobrir tudo. Para evitar que essa catástrofe consumasse com seu pretendido, Zeus escolhera salvar uma família e boa parte da vida animal do planeta, confinando-os na segurança de uma arca. O Deus da Justiça também fora até o próprio Poseídon e ordenara que esse parasse com a inundação. Caso negasse a atendê-lo, não só teria que enfrentá-lo, mas como a todos os demais Deuses do Panteão.”

 

“Dessa forma Poseídon percebera que era incapaz de livrar o planeta da ameaça dos humanos sem lançar juntamente a si e seus pares, numa guerra.”

 

“E isso era outra coisa que o Deus dos Mares desejava evitar.”

 

“Desde a famigerada Titanomachia, onde contemplara, horrorizado, os efeitos calamitosos das batalhas entre Deuses e Titãs, ele percebera que um conflito generalizado entre divindades, também poderia por fim ao planeta.”

 

“Impossibilitado de agir mediante a tantas implicações, Poseídon decidira esperar. Buscava, durante a passagem dos anos, uma forma de resolver aquele impasse. Ansiava nesse ínterim que os próprios humanos, talvez, se exterminassem mutuamente e que a Terra suportasse todas as agressões até que lhe viesse à solução.”

 

“Foi então que, num misto de assombro e encantamento, vira emergir dentre a humanidade, que considerava como abjeta e indigna, um povo que partilhava do seu mesmo amor e preocupação para com o planeta. Seu desejo de ir ter com eles era grande, mas demasiado também se fazia sua desconfiança e repulsa, temendo que os tais, assim como os outros humanos, pudessem a vir se corromper. Dessa forma, por um tempo considerável, Poseídon pacientemente observara os Lemurianos.”

 

“Até que finalmente se convencera e a cá estava ele.”

 

“No princípio, os Lemurianos, mesmo concordando que as ações dos outros povos da Terra eram prejudiciais ao planeta, foram enfáticos em sua recusa naquilo que Poseídon lhes propunha, pois não queriam participar de nenhum genocídio e muito menos concordavam com algo do tipo.”

 

“O Deus dos Mares continuou insistindo até que os convencera dizendo que tão logo as montanhas onde viviam também seriam atingidas, colocando-os em risco, assim como a perpetuação dos seus, pois mesmo os oceanos, e aquilo que nele abrigava-se, já experimentava amargamente de tal coisa. Sem mencionar que a degradação da qual falavam ceifaria, e impediria, a vida de outros no futuro. Isso queria dizer que ao aceitar o que Poseídon lhes propunha, os Lemurianos não só estaria garantindo o perpetuamento deles próprios como também das futuras gerações que um dia haveriam de povoar o planeta. Em suma, seria a vida desses transgressores, somada com as de uns poucos inocentes, que por infelicidade também coexistiam em seu meio, pelas deles e dos milhares e milhares que ainda viriam de nascer.”

 

“Dessa forma, os Lemurianos partiram com Poseídon para seu reino — Netuno — e uma vez lá passaram a ser tratados como Netunianos.”

 

“Poseídon tinha em mente transformá-los num exército para que pudessem vir a esmagar as demais nações humanas. Conjecturava que se o fim dos povos da Terra viesse pelas mãos de um deles próprios, Zeus e o Panteão não teriam razões para intervir ou mesmo culpá-lo.”

 

“Entretanto, o estratagema do Deus dos Mares não chegara a ser colocado em curso, pois antes que seus Netunianos estivessem militarmente aptos, Tífon surgira e dera início a todo horror que já fora falado.”

 

“As portas de adentrar Netuno, Athena e seu séquito são feitos prisioneiros e levados a presença de um jovem Netuniano/Lemuriano, que surpreendentemente revelara ser... Poseídon!”

 

“Mediante a confusão que pairava, o suposto Deus dos Mares explicara que, aquele corpo com o qual se apresentava fora possuído provisoriamente por parte de sua essência divina que havia outrora, por intermédio da DESENCARNAÇÃO, sido dispersa e fundida com as das águas marítimas. Tinha tomado aquela decisão drástica, com o intuito de agregar a si, mais poder, e assim manter Tífon longe do seu reino. Até então estava dando certo, mas Poseídon temia que tão logo a situação seria revertida pelo monstro. E era de fato, o que já estava acontecendo. Tanto que os Oceânides e os Netunianos precisaram se juntar ao Deus dos Mares na empreitada.”

 

“Para Athena, tanto como para as demais divindades que viessem experimentar da mesma ocasião, era desconcertante tratar com um Deus numa casca mortal. Não que considerasse Poseídon inferior por causa disso. Apenas não conseguia ajustar-se devidamente. Ao observar o Deus dos Mares, durante a audiência que estavam tendo, percebera nele alguns traços de humanidade. Inclusive, fora apresentada a uma Netuniana, de nome Anfitrite, que Poseídon desposara e a prole que tivera com ela. Aquilo fizera nossa Deusa, em seu âmago, engolir seco, pois, provavelmente sem perceber, Poseídon tornara-se um Deus com atitudes humanas. E Athena, mais do que qualquer outro dentre seus pares, talvez não menos que seu pai Zeus e seu avô Cronos, conhecia bem a natureza inconstante dos mortais. De como não conseguiam distinguir entre salvação e destruição, vendo-as, inconscientemente, como a mesma coisa.”

 

“Athena temia que o Deus dos Mares tivesse se tornado uma ameaça ainda mais hedionda que o próprio Tífon.”

 

“Já que lidar com a perversidade declarada era algo que exigia medidas sucintas. Bem diferente da complicação de se ter que combater o mal travestido de bem ou vice-versa!”

 

“Deixando isso, até o momento de lado, nossa Deusa levara a razão de sua visita, a Netuno, para Poseídon que se negara em atendê-la. Inclusive, o Deus dos Mares a encarcerara, em seus domínios, juntamente com aqueles que a acompanhavam.”

 

“Mesmo sabendo que a intervenção da Deusa da Sabedoria, com seus seguidores, pudessem ser de grande valia contra Tífon, Poseídon não queria outro exército mortal, que não fosse o seu, com grande força perambulando pelo planeta.”

 

“Além do que, via em manter Athena prisioneira, os meios para chantagear Zeus já que a mesma tratava-se da filha predileta do Senhor do Panteão.”

 

“Durante o tempo que nossa Deusa permanecera cativa, por várias ocasiões, se vira na presença de Poseídon, que, sempre quando não estava envolvido nas batalhas contra Tífon ou com os assuntos do seu reino, ia ter com ela. Passavam longas horas conversando. Passeando despreocupados, entre os súditos casuais do Deus dos Mares, pelas localidades de Netuno.”

 

Anfitrite não via aquilo com bons olhos. A Netuniana, que fora desposada por Poseídon, observara temerosa e corroída pelo ciúme, a afeição, do seu amado, crescer a cada dia por Athena.”

 

“Movida por conta desses sentimentos, Anfitrite procurara secretamente por nossa Deusa em seu cárcere e lhe oferecera em troca dela deixar, imediatamente, Netuno e nunca mais voltar, tanto a liberdade de Athena e de seus seguidores, como aquilo que nossa Deusa necessitava para que Hefestos pudesse confeccionar as Armaduras.”

 

“Aceitando de bom grado o que lhe era proposto por aquela Netuniana, Athena e aqueles que a acompanhavam, deixaram o reino de Poseídon sem que o Deus dos Mares soubesse.”

 

“Mais tarde, Anfitrite daria pessoalmente a notícia da suposta fuga de Athena a Poseídon, revelando a este, inclusive, que nossa Deusa partira levando, como resultado de um furto, as coisas que lhe havia pedido.”

 

“Colérico e indignado, o Deus dos Mares exigira saber como Athena conseguira escapar e ter acesso a essas coisas passando pela segurança rígida de seu reino.”

 

“Manipulando os fatos, Anfitrite forjara uma situação onde colocara a culpa na própria Athena, que segundo a Netuniana, havia se aproveitado da companhia de Poseídon, em seus passeios, para coletar informações que a auxiliasse em seus crimes."

 

"Outro que fora responsabilizado por Anfitrite era o Lemuriano desertor que integrava aqueles que vieram com nossa Deusa para Netuno.”

 

“Como o tal Lemuriano possuía conhecimento sobre tantas coisas do reino marinho, por outrora ter feito parte do mesmo, e ainda por já ter o agravante de ter traído sua gente, e ao próprio Deus dos Mares, por revelar o caminho da superfície até Netuno, Poseídon acabara convencido.”

 

“O Deus dos Mares jurara a si mesmo, que quando Tífon fosse finalmente detido, voltaria sua ira para Athena e seus seguidores, aniquilando-os completamente pelo que haviam lhe feito.”

 

“Sem saber das mentiras de Anfitrite a seu respeito, ou do ódio e sentimento de vingança que Poseídon agora lhe dedicara, Athena fora até o Egito e contara a Hefestos que, como lhe prometera, finalmente já possuía tudo que o Deus da Metalurgia necessitava.”

 

“De posse dessas coisas, Hefestos, sem delongas, erguera para si uma oficina improvisada e passara a forjar incansavelmente as Armaduras de Athena.”

 

“Com o Oricalco — um metal extremamente resistente que refulgia semelhante ao fogo — o Deus da Metalurgia propiciaria aos trajes durabilidade e beleza.”

 

“Já a partir do Gamanion — uma liga metálica translúcida extremamente maleável e leve — forneceria ao usuário um ajuste perfeito da Armadura as condições particulares de seu corpo, inclusive podendo as mesmas moldar-se as suas discrepâncias físicas, além de mobilidade e leveza na movimentação e absorção de grande parte do impacto que viessem a acometer os trajes.”

 

“Devido às porções de Oricalco e Gamanion não serem suficientes para o número de Armaduras que Athena almejava, Hefestos se vira obrigado a diluí-los e a completar a estrutura dos trajes com metais da superfície terrestre, tais como o ouro, prata e o bronze.”

“Para dar ‘vida’ as Armaduras, permitindo assim, sua recuperação espontânea, mediante repouso, dos possíveis danos sofríveis e ainda que as mesmas pudessem estabelecer um elo simbiótico com seu portador, fornecendo aos mesmos a possibilidade da fazer uso de seu potencial cósmico sem ter que sofrer com os males colaterais por conta disso, a própria Athena teria oferecido, de bom grado, porções generosas de seu Sangue Divino.”

 

“No entanto, Hefestos deixava claro que havia limites para a capacidade de recuperação das Armaduras. No caso da avaria ser por demais extensa, o que ocasionaria a ‘morte’ do traje e a impossibilidade do seu uso, o mesmo não poderia se estabelecer por si só e necessitaria dos cuidados de um ferreiro especializado para ser ‘revivido’. Como o Deus da Metalurgia não haveria de estar sempre a disposição, ensinara ao Lemuriano desertor, que incorporava as fileiras de Athena, o conhecimento necessário para a realização dessa tarefa.”

“Coincidentemente, ou não, o total de Armaduras, oitenta e oito, correspondia ao valor de combatentes que ali estavam com Athena e também ao número exato de constelações presentes no céu.”

 

Sobre as constelações usadas por Hefestos como inspiração para as formas das Armaduras:”

“Você, Jimmy, deve bem saber que o mapa celeste se encontra em constante transformação. Muitas estrelas já se incendiaram e se perderam no espaço como ‘novas’.”

 

“O que significa que muitas das constelações já foram, de certa forma, extintas ou alteradas.”

Entre os Cavaleiros de Athena desta primeira geração, adotou-se o costume, do individuo abandonar o seu verdadeiro nome e assumir em seu lugar, o nome de uma das estrelas da constelação que regia sua Armadura.”

“Tal ato servia para simbolizar uma espécie de consagração, onde o indivíduo abrira mão de sua vida mundana para se tornar um dos Cavaleiros de Athena.”

“Nas gerações seguintes, este costume perderia força e poucos são os que ainda o adotam.”

“Esse tipo de atitude é bastante comum nas pessoas, Jimmy.”

“As novas gerações tem por hábito negligenciar costumes e tradições passadas, julgando-as desnecessárias para sua época ou mesmo sem algum valor real.”

“É o que muitos chamam de antiquado.”

Eu chamo de tradição.”

 

Voltando às Armaduras, elas estão divididas em três categorias devido ao teor de Oricalco e Gamanion em suas composições:”

 

Ouro — pouco mais de oitenta por cento de sua estrutura é composta destes metais, os que as coloca bem próximo da indestrutibilidade. Em vista de tamanha resistência, os usuários dessas Armaduras, são capazes de lançar mão de toda força do seu Cosmo sem ter que se preocupar com danos ao seu bem estar.”

 

Prata — algo bem próximo dos cinquenta por cento.”

 

“E Bronze — precisos vinte e cinco.”

“No total seriam então 52 Cavaleiros de Bronze, 24 Cavaleiros de Prata e 12 Cavaleiros de Ouro.”

 

"Para atenuar a extrema superioridade das Armaduras de Ouro perante as demais, Hefestos teria acrescentado engenhosos dispositivos, ofensivos e defensivos, em grande parte das Armaduras de Prata e Bronze."

 

“A exceção foram as Armaduras de Ouro de Libra e Sagitário. Mas no caso delas seus dispositivos vieram a ser acrescentando muito tempo depois e devido às circunstâncias especiais.”

 

“A mesma coisa aconteceu com algumas Armaduras de Prata e Bronze, aonde as mesmas, só vieram a receber seu suporte depois de passado algum tempo e mediante a eventos singulares que as marcaram.”

 

“Há também a ocorrência de certas Armaduras que vieram a perder seus dispositivos.”

 

“Outro ponto interessante envolvendo as Armaduras de Athena é o fato de algumas dentre elas, em determinada época, terem desaparecido e outras, acabarem agregadas.”


“Os Cavaleiros de Ouro estão acima de todos os outros e são representados pelos doze signos zodiacais da astrologia.”

“Já os Cavaleiros de Prata são os próximos na ordem hierárquica, seguidos dos Cavaleiros de Bronze; ambos se servindo das demais constelações que se encontram divididas entre Boreais e Austrais.”

“Mais abaixo, servindo também como unidades de força bélica, se encontrão os Soldados.”

“A autoridade máxima sobre todos os Cavaleiros e Soldados cabe obviamente a Athena, mas em sua ausência, o Grande Mestre é aquele que governa. Ele é sempre um Cavaleiro de Ouro 'aposentado', geralmente escolhido por seu antecessor no cargo e na impossibilidade deste, pelos Oficiantes.”

“O Grande Mestre é o líder supremo do Santuário e o servo mais importante, e notório, de Athena.”

“Existem ainda, como já acabei de mencioná-los, os Oficiantes.”

 

“Trata-se de um conselho formado por anciões que detém algum prestígio e influência dentro do Santuário.”

“Em sua grande maioria, tratam-se de ex-Cavaleiros de Ouro que abdicaram de seus títulos por causa da idade já avançada ou por alguma outra razão pessoal que os impediram de exercer as funções de combatentes.”

“As principais funções dos Oficiantes são de assessorar o Grande Mestre em suas importantes decisões, monitorarem sinais de atividade cósmica maligna e hostis, controlar as finanças, registrar a história e transmitir o legado dos segredos místicos do Santuário para gerações futuras.”

 

"O Guardião da Deusa é o responsável direto pela segurança de Athena dentro e fora do Santuário. É sempre um Cavaleiro, de qualquer uma das três classes, determinado pelo Grande Mestre."

 

“No Santuário existe uma ala médica chamada de Centro de Recuperação, destinada ao tratamento de feridos e adoentados, utilizando-se esta, dos cuidados medicinais convencionais e das propriedades curativas do Cosmo. Apontado pelo Grande Mestre, há sempre um Cavaleiro, seja de Ouro, Prata ou Bronze, a frente do Centro de Recuperação tendo este, sob sua liderança, uma equipe médica, formada por serviçais, com amplos conhecimentos da área e que também já são capazes de utilizar curas cósmicas.”

“O Senescal é aquele que serve diretamente ao Grande Mestre como conselheiro pessoal e pode inclusive, governar provisoriamente o Santuário no seu lugar, substituindo-o interinamente, quando o Grande Mestre, por alguma razão, estiver impossibilitado.”

“A responsabilidade de apontar, dentre os Cavaleiros de Prata, um, para ocupar o posto de Senescal, é outra função que esqueci de atribuir aos Oficiantes.”

Dentro da hierarquia do Santuário existem ainda outras diversas e importantíssimas funções tais como:”

Chefe da Guarda — que hierarquicamente falando, se encontra logo abaixo do título de Senescal. Trata-se daquele que cuida, de um modo geral, de toda segurança do perímetro do Santuário, sendo este, sempre o mais poderoso dentre todos os Cavaleiros de Prata.

 

“Sob as ordens diretas do Chefe da Guarda se encontram quatro Capitães.”

“Os Capitães da Guarda são sempre Cavaleiros de Prata com grande poder e prestígio, escolhidos pelo Chefe da Guarda, a quem, como já dito, se reportam. Eles lideram um grupo pessoal de cinco Cavaleiros de Bronze, intitulados de Tenentes, que cuidam para que as defesas do Santuário estejam sempre preparadas e guarnecidas.”

“Existem Batedores que são enviados pelo Grande Mestre para averiguar qualquer súbita aparição cósmica nos quatro cantos da Terra. Tais cargos são costumeiramente ocupados pelos Cavaleiros com a maior reserva de energia cósmica em seu arsenal para gastarem.”

O Santuário também conta com uma força especial de espionagem formada por Cavaleiros e Soldados.”

 

“Há ainda outros, aptos, para engendrarem caçadas, cometerem assassinato sem que tenham suas ações descobertas, enviarem mensagens, encontrarem objetos e indivíduos perdidos, resolverem enigmas e por aí vai.”

 

“Perceba Jimmy que o Santuário se prepara não só combativamente, mas também em outras áreas, algumas até mesmo pouco convencionais, tornando-se uma força sem igual sobre a Terra.”

Além da força militar e dos cargos ocupados apenas por Cavaleiros e Soldados, existem ainda outras designações no Santuário:”

“Os Serviçais cuidam da manutenção e do bem estar de todos em geral.”

“Os Agentes, por sua vez, viajam o mundo disfarçados, atrás de indivíduos com alguma capacidade cósmica inerente que os capacitem para que possam a vir tornarem-se Cavaleiros ou Soldados. Também costumam ser encarregados de funções diplomáticas entre o Santuário e os governos do mundo mortal.”

“Existem ainda, Tutores, Cavaleiros de Prata e Bronze 'aposentados', que assim como eu, cuidam para que novas gerações de Soldados e Cavaleiros possam surgir, treinando e doutrinando Aspirantes como você, Jimmy.”

“Além dos Tutores que já foram Cavaleiros há também aqueles que já tenham servido Athena como soldados."

 

"É comum que alguns Cavaleiros mais experientes, como é o caso de Albiore, cuidem da preparação dos Aspirantes ou de um pós treinamento onde o indivíduo anseia em ascender na hierarquia do Santuário.”

“Apesar de não ser um fato muito corriqueiro, e de ter acontecido poucas vezes durante toda a história do Santuário, muitos foram os Soldados que conseguiram o posto de Cavaleiros de Bronze.”

“E ainda, Cavaleiros de Bronze que conseguiram, ao longo de suas vidas, alcançar a honraria do título de Cavaleiro de Prata.”

“Agora, nunca, em toda a história do Santuário, Cavaleiro algum conseguiu ascender ao posto de Cavaleiro de Ouro.”

 

“Isso acontece porque, aqueles que são tidos como Cavaleiros de Ouro, estão em outro patamar. Seu potencial cósmico, que chega ao auge, trata-se de algo que não pode ser alcançado. Precisa-se se nascer com ele e isso é tão incomum que apenas, dentre milhares de milhares de pessoas, um teria tal capacidade.”

“O que quero dizer é que os Cavaleiros de Ouro já nascem predestinados a ser o que são. Ou seja, não precisam de conhecimento ou treinamento para se ter acesso ao imenso poder com o qual vieram ao mundo.”

 

 

Isso quer dizer que um Cavaleiro de Ouro já nasce sendo um ‘Cavaleiro de Ouro’!”

“Por isso que o poder deles são tão incomparáveis.”

 

“Sua força é algo tão inerente para eles como é para você respirar.”

“Imagino o quanto isso possa soar injusto, em principal se os formos comparar aos demais.”

“Afinal, os Cavaleiros de Bronze não nasceram com poder algum e mesmo durante suas vidas eles não conseguiram manifestá-los. Só foram fazê-lo após longos anos de treinamento e doutrina.”

“E com os Cavaleiros de Prata a situação não é muito diferente, afinal eles também não nasceram com faculdades cósmicas latentes. Mas, em contrapartida aos Cavaleiros de Bronze, os desenvolveram por si só em algum momento de suas vidas e após serem devidamente treinados, passaram a controlá-lo.”

Deixe-me dizer uma coisa sobre isso, Jimmy...

 

“Por um instante, tente imaginar como pode chegar a ser terrível a vida de um Cavaleiro de Ouro...”

“Saber que nasceu diferente das outras pessoas...”

“Que jamais poderá levar uma vida comum e que todos os outros a sua volta vão sentir medo de sua simples presença.”

 

“Consegue, por um instante, imaginar o peso esmagador da solidão, pois irremediavelmente você sempre estará de certa forma, sozinho.”

“Não é nada fácil viver uma existência como ‘Cavaleiro de Ouro’, Jimmy.”

“Muitos foram aqueles que tiraram suas próprias vidas por não suportarem este fardo.”

“Alguns outros não aceitam a dádiva do poder com o qual nascem, e tentam a todo custo reprimi-lo, para poderem, assim, viver uma vida normal ao lado das outras pessoas.”

“Outros morreram crianças, ou ainda bebês, vítimas da ignorância e da incompreensão humana, assassinados de forma cruel e covarde por serem ‘diferentes’. Mortos injustamente sob a alcunha de serem demônios ou entidades malignas.”

“E existem ainda, aqueles que são seduzidos pelo poder com o qual vieram ao mundo, e que se iludem com delírios de grandeza, usando a força que lhes fora atribuída, para o seu bem próprio.”

“Estes indivíduos acabam enveredando pelo caminho do mal, consumidos pelo seu próprio poder ou executados sumariamente pelo Santuário.”

Mas eu estou entrando desnecessariamente em detalhes que provavelmente você já ouviu de Albiore, deixe me voltar para a crise envolvendo Tífon:”

“De posse das sagradas e poderosas Armaduras forjadas por Hefestos, os agora Cavaleiros de Athena, conseguem o inimaginável, igualando o poderio das famigeradas falanges de Gigas da Fera Mitológica.”

"Tinha início a Gigantomachia..."

Editado por Leandro Maciel Bacelar
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