Mitologia de Saint Seiya

[Rafael Gêmeos 490]

Também acho Abel um dos melhores vilões de CDZ. O seu background, que mesmo não bebendo de uma forma mais direta de nenhuma fonte mitológica, apresenta um bom contraste de um deus que deveria se apresentar como ganancioso e arrogante por ter tentado destronar o pai, mas que na verdade se mostra como um deus calmo e muito menos arrogante em relação aos outros deuses que conhecemos na franquia.

 

Okada é o autor que tem a abordagem mais direta em relação ás mitologias, introduzindo personagens interessantíssimos. Pena que não aproveita eles. Elpis é um dos piores exemplos disso.

[Cardian 14]

Também acho Abel um dos melhores vilões de CDZ. O seu background, que mesmo não bebendo de uma forma mais direta de nenhuma fonte mitológica, apresenta um bom contraste de um deus que deveria se apresentar como ganancioso e arrogante por ter tentado destronar o pai, mas que na verdade se mostra como um deus calmo e muito menos arrogante em relação aos outros deuses que conhecemos na franquia.

O motivo da punição do Abel sempre me pareceu mais inveja de Zeus e Apolo do que propriamente ganância dele em destronar o pai. Arrumaram uma desculpa para se livrar dele.

[Rafael Gêmeos 490]

O motivo da punição do Abel sempre me pareceu mais inveja de Zeus e Apolo do que propriamente ganância dele em destronar o pai. Arrumaram uma desculpa para se livrar dele.

 

É uma possibilidade. Mas é que Mestre Ancião diz que "Abel tentou se voltar contra Zeus e foi punido por Zeus e Apolo". Não lembro se isso foi só na dublagem antiga.

 

Pode ser que os deuses espalharam o conto do jeito que desejavam, no entanto.

[§agitariu§ 333]

EURÍBIA

http://www.saintseiyapedia.com/ssp_media/images/0/02/G_53_01.jpg

Na mitologia grega, Eurybia era a deusa do domínio dos mares. Ela parece ter presidido as forças externas que influenciavam o mar, incluindo a ascensão das constelações e clima sazonal, e o poder dos ventos. Era filha de Gaia (a Terra) e Pontos (o Mar).

 

Seu marido era o titã Krios, que era associado com a constelação de Áries, marcador do ano novo grego. Com ele, ela foi mãe de três filhos: Astreus, titã das estrelas e dos planetas e astrologia; Perses, o titã da destruição; e Pallas, o titã dos ofícios de guerra e do período de campanha grego (que ia do fim da primavera ao início do verão).

 

Seus netos todos tinha poder sobre o mar. Eles incluíam o Anemoi (Ventos), os Astra (estrelas), Hécate (Magia), Selene (a Lua), Nike (Vitória), Bia (Força), Kratos (Poder), Zelos (Rivalidade). Algumas delas representam o comando humano nos mares: os ventos para as velas, estrelas para a navegação, e força, poder e vitória, que representam supremacia naval.

 

Hesíodo descreve Euríbia como tendo “um grande coração de sílex dentro de si”. Sílex é uma pedra geralmente usada como pederneira, para criar faíscas e fazer fogo. Além disso, ao ser quebrada, produz lascas muito afiadas, sendo usadas em tempo antigos na confecção de armas. Essa descrição poderia indicar que ela tem um coração quente ou afiado.

 

Fonte: Theoi Project

P.S.: ta´aí uma personagem que apareceu bem pouco mas ganhou minha simpatia. Meio triste a história dela em EG, e é uma pena que tenha acabado assim. Mas gostei do Okada ter lembrado disso pra construir o titã Krios. Na mitologia, ela é quase uma deusa do misticismo do mar, o que eu acho bem interessante. Espero que gostem. Próximo: Hecatônquiros.

[Cardian 14]

Legal o Okada a incluir no EpG, dá uma profundidade maior ao Crio. Ao contrário da mitologia, no mangá Euríbia e Crio não tem filhos. Talvez tenha sido uma forma do Okada aumentar a dramaticidade da distância entre eles.

 

Seria legal se o Okada explorasse o local onde ela está, o "mar profundo", e o por quê dela estar lá.

[§agitariu§ 333]

HECATÔNQUIROS

http://www.saintseiyapedia.com/ssp_media/images/1/1a/Kekatonkheir_Kalein_tech_01.jpg

Os hecatônquiros ou centímanos foram três gigantes deuses das violentas tempestades e furacões (theullai) convocadas do abismo tempestuoso do Tártaro. Eram filhos de Urano (o Céu) e Gaia (a Terra), e seus nomes eram Coto (do grego antigo “rancor”), Giges (“da terra”) e Briareu (“força”). Cada um tinha uma centena de mãos e cinquenta cabeças, para o manejo do poder destrutivo da tempestade, e segundo Hesíodo, eram os filhos mais poderosos de Urano. Seus irmãos eram os Ciclopes ancestrais, criadores do trovão e raio de Zeus. Os seis foram conectados com a temporada de tempestade na Grécia que se seguiu a ascensão da constelação Altar em novembro.

 

Assim que estes três gigantes nasceram, seu pai, Urano, acorrentou-os e lançou-os no Tártaro, juntos com os três ciclopes ancestrais, por temer seu poder. Gaia amava seus filhos e sofreu com isso. Juntos com seus outros filhos, os titãs, Gaia tramou a morte de Urano; o mais jovem dos titãs, Cronos, aceitou matar o pai. Após destronar o pai e se tornar o senhor do universo, Cronos soltou os hecatônquiros e os ciclopes ancestrais. Porém, mais tarde, mais uma vez os prendeu no Tártaro, por também temer o seu poder, e colocou um terrível monstro chamado Campe para vigiá-los. Mais tarde, durante a guerra contra os titãs, Zeus os libertou da sua prisão. Como agradecimento, os ciclopes ancestrais forjaram armas para os deuses: os raios e trovões para Zeus, um tridente para Poseidon e o elmo das trevas para Hades; e os Hecantônquiros usaram seu poder para ajuda-los a vencer a guerra contra os titãs, lançando 300 enormes rochas de cada vez sobre seus inimigos.

 

Após a guerra, segundo uma versão, Coto e Giges receberam palácios no rio Oceanos e, Briareu, uma casa nas profundezas do Mar Egeu. Segundo outra versão, eles se tornaram guardiões das portas do Tártaro, impedindo que os titãs, lá aprisionados, escapassem. Juntos, eles parecem ter funcionado como porteiros das tempestades de Tártaro, liberando-as sob o comando dos deuses.

 

O início da temporada de tempestades na Grécia era marcado pela ascensão da constelação de altar. Era dito que esse altar foi forjado pelos Ciclopes ancestrais durante sua aliança contra os titãs. A ascensão ao leste da constelação, segundo os mitos, marcava a abertura dos portões do Tártaro pelos três hecatônquiros (deuses da tempestade) e eles traziam suas tempestades a Terra na companhia dos Ciclopes ancestrais (deuses dos relâmpagos e trovões). Isso ocorria porque é dito que após o fim da guerra contra os titãs, sobre o altar celestial, Zeus prometeu aos ciclopes ancestrais e aos hecatônquiros, reino livre sobre a terra durante uma estação.

 

http://www.saintseiyapedia.com/ssp_media/images/7/7b/Japet_Bio_02.jpg

Briareu é hecatônquiros do qual a mitologia mais fala. Ele era, mais especificamente, o deus das tempestades do mar. Vivia num castelo no fundo do mar Egeu e era casado com Cimopoléia, filha de Poseidon, deusa das ondas das tempestades violentas. Os dois tinham uma filha chamada Oiolica. Em um mito, Briareu julgou a competição de Hélios (deus do sol), e Poseidon pela cidade de Corínto, e deu a Hélios o domínio da cidade propriamente dita e a Poseidon dos seus arredores. Briareu era por vezes identificado com Aegaeus, o deus do mar Egeu, e por vezes chamado de “filho de Aegaeus”, provavelmente porque era no Egeu que ficava sua morada.

 

Fonte: Theoi Project

P.S.: trazendo os Hecatônquiros. Os três gigantes Centímanos são personagem muito interessantes da mitologia, sem falar que tem uma das anatomias mais bizarras entre todos os seres mitológicos. Gosto da história deles, de como eles foram presos tantas vezes por temerem seu poder, que quando alguém os libertou, eles os ajudaram a vencer seus inimigos e depois viveram bem, sem tentar dominar o mundo, como Cronos e Uranos temiam. Enfim, espero que gostem. Próximo, passando pra Next Dimension: Chronos, o Tempo.

[Libra 285]

Acho que o traço do Okada possibilitou que eles fossem retratados de forma "possível", coisa que pelas mãos de outros mangaká poderiam ter ficado muito estranhos. São seres bem importantes e imponentes, mas possuir "100 mãos e 50 cabeças" fica muito estranho de representar.

 

Queria saber a inspiração dos gregos para essas criaturas sinistras. Uma criatura que seja mistura de várias tudo bem, compreensível... mas porra, 100 mãos e 50 cabeças? As mãos pra manipular a energia, ok, mas qual função das cabeças? hahaha Para ver de onde vem a energia?

[§agitariu§ 333]

CHRONOS - O DEUS PRIMORDIAL DO TEMPO

http://i.imgur.com/fWyiazR.png

 

 

Na mitologia grega, mais especificamente na seita órfica, Chronos (do grego “tempo") ou Aion (do grego “eternidade") foi o Protogenos (deus primordial) do tempo. Chronos foi imaginado como um deus imaterial, em forma de serpente, com três cabeças - uma de um homem, uma touro e uma leão. Outras vezes era imaginado como um homem idoso com asas. Segundo a Dionísica, ele surgiu auto-formado no início da criação; já segundo alguns fragmentos órficos, ele seria filho de Gaia (a Terra) e Hydros (o deus primordial da água doce).

 

A esposa de Chronos era Ananke, a deusa primordial da inevitabilidade. Ele e sua consorte circularam ovo primordial do mundo, dividindo-o em pedaços para formar o universo ordenado em terra, mar e céu. Chronos e Ananke continuaram a circular o cosmos após a sua criação, passando a reger a passagem do tempo eterno.

 

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/d/d2/Chronos%2Csleeping_on_Wolff_grave-ME_fec.jpg/200px-Chronos%2Csleeping_on_Wolff_grave-ME_fec.jpg

 

Segundo a argonautica órfica ele teve três filhos com Ananke: Caos (o escuro Ar Inferior), Aither (o brilhante Ar Superior) e Phanes/Eros (o deus primordial da procriação). Segundo um fragmento órfico, foi pai também de Érebo (a Escuridão). Outros autores ainda os dão como filhos Hemera (o Dia), as Moiras (deusas do destino) e também as doze Horae (deusas das horas dos dias).

 

Chronos, o deus primordial do tempo é muito confundido com Cronos, o titã do tempo. Autores mais tardios até mesmo assimilam o deus primordial ao titã Cronos. Nesses, o deus primordial do tempo passa a ser chamado de Aion, e não mais de Chronos.

 

http://www.theoi.com/image/Z15.2BAion.jpg

Mosaico romano: Aion com a roda do zodíaco

 

 

Os gregos antigos tinham duas palavras para o tempo: chronos e kairos. Enquanto chronos refere-se ao tempo cronológico, ou sequencial, que pode ser medido, kairos refere-se a um momento indeterminado no tempo, em que algo especial acontece, seria como “o momento oportuno”. Em teologia, Kairos é "o tempo de Deus".

 

Fonte: Theoi Project

P.S.: voltando com os post depois de um tempo e trazendo o deus do tempo. Gosto da ideia de Chronos como o deus primordial, especialmente por sua associação com Ananke e as Moiras. Pena que há pouco sobre ele nos mitos órficos. Bom, espero que gostem. Próximo: Gaia, a Terra.

[Ultraman Phoenix 1.629]

Interessante que tem dois Cronos, mas pra conceitos diferentes de tempo.

[§agitariu§ 333]

GAIA

Gaia, Ge ou Gaea foi a Protogenos (divindade primordial) da terra, um dos elementos primordiais que primeiro surgiram na aurora da criação, juntamente com o ar, mar e céu. Ela era a grande mãe de todos: os deuses celestiais eram descendentes de sua união com Urano (o Céu), os deuses do mar a partir de sua união com Pontos (o Mar), o Gigantes de seu acasalamento com Tártaro (o Abismo Infernal) e criaturas mortais nasceram de sua terra.

 

Na antiga cosmologia grega, a Terra era imaginada como um disco achatado, circulada pelo rio Oceano, e coberto acima pela cúpula sólida do céu e abaixo do grande poço de Tártaro. Ela mesma apoiava o mar e as montanhas sobre os seios. Quando representada antropomorfizada, Gaia foi retratada como uma mulher matrona rechonchuda, com a metade do corpo enterrado na terra Era retratada como inseparável de seu elemento natural. Foi cultuada em várias cidades gregas, como Atenas, Olímpia, Esparta e Delfos.

 

Gaia, em pintura em um vaso grego

 

Segundo o mito da criação, escrito por Hesíodo, Gaia foi um dos cinco deuses que surgiu do nada no início dos tempos. A cosmogonia órfica diz que ela se solidificou a partir da lama criada por Hydros, o deus primordial da água doce. Já o prefácio de Higíno a dá como filha de Hêmera (o Dia) e Aither (o brilhante Ar Superior). Porém, a versão de Hesíodo ainda é a mais aceita. Ainda segundo Hesíodo, após seu nascimento, Gaia deu a luz a outros seres como ela: Pontos (o Mar), os Ourea (os deuses primordiais das montanhas) e, provavelmente, as Nesoi (deusas primordiais das ilhas). Depois formou Uranos (o Céu) e o criou como um domo sobre si mesma, para que ele fosse seu marido.

 

No início dos tempos, Uranos e Gaia tiveram vários filhos. Primeiro nasceram os doze titãs, dos quais o mais jovem, astuto e terrível foi Cronos, que odiou seu pai desde o nascimento. Mais tarde Gaia deu a luz aos três Ciclopes Ancestrais (Brontes, Sterope e Arges) e depois aos três Hecatônquiros (Coto, Giges e Briareu). Eles eram muito poderosos, e Uranos os odiou desde que nasceram. Por medo do seu poder, ele os trancou no Tártato, o abismo do Mundo Inferior. Gaia amava seus filhos e sofreu muito ao vê-los trancafiados, mas não podia libertá-los contra as ordens de Uranos, então tramou para matá-lo. Do seu interior ela criou uma grande foice de sílex e foi aos seus filhos titãs, com os quais reclamou dos crimes do seu pai e ofereceu a foice para que um deles o matasse e tomasse seu lugar como regente do universo. Os titãs ficaram apreensivos, mas Cronos se ofereceu para matar o pai. Quando chegou a noite, e Uranos veio se deitar com Gaia, os quatro titãs Iápeto, Céus, Hyperion e Crio o agarraram e Cronos usou a foice para cortar seus genitais. Após sua morte, seu sangue caiu sobre Gaia e dele nasceram as Meliai (dríades dos freixos das montanhas); os Gigantes (segundo outra versão, eles seriam filhos de Tártaro e Gaia); as Erínias ou Fúrias (chamadas de Tisiphone, Megara e Alekto), deusas que puniam crimes contra a ordem natural; os Couretes, espíritos ou gigantes que cuidaram do bebê Zeus; e, segundo algumas versões, os Telquines, demônios marinhos que inventaram a metalurgia.

 

Após a queda de Uranos, ele e Gaia profetizaram a Cronos que um dia um de seus filhos também o destronaria, e por isso ele passou a engolir seus filhos assim que nascia. Estando grávida de seu sexto filho, Réia, esposa de Cronos, pediu ajuda a Gaia para salvá-lo de ser engolido por Cronos. Gaia estava ressentida com Cronos, pois este soltou os Hecatônquiros e os Ciclopes Ancestrais, como havia prometido, mas trancou-os outra vez no tártaro por medo do seu poder. Gaia então orientou que Réia fosse dar a luz em Creta. Lá, Réia deu a luz e escondeu o pequeno Zeus em uma caverna. Mais tarde, com a ajuda de Métis, Zeus fez Cronos vomitar seus filhos e, com a ajuda deles, declarou guerra aos titãs. Após dez anos de guerra, Gaia (a Terra), disse que Zeus venceria se fosse ao Tártaro e libertasse os Hecatônquiros e os Ciclopes ancestrais. Zeus e seus irmãos desceram ao Tártaro e mataram o monstro Campe, que guardava os prisioneiros e os libertaram. Como agradecimento, os ciclopes deram aos deuses grandes armas: raios e trovões pra Zeus, um tridente pra Poseidon, e um o elmo das trevas para Hades. Com suas armas e a ajuda dos Hecatônquiros, eles venceram a guerra. Após vencerem a guerra, Zeus trancou Cronos e seus aliados no tártaro.

 

É dito que mais tarde, indignada com o destino de seus filhos, os titãs, Gaia seu uniu a Tártaro (deus primordial do Abismo do Mundo Inferior) e deu a luz a uma raça de Gigantes, e os incitou a guerrear contra os deuses. Muitos textos sobre essa batalha são incertos. Alguns autores até dizem que antes da batalha contra os Gigantes, Zeus fez sacrifícios a Gaia e Urano, para saber das profecias sobre a guerra que os deuses podiam lhe dar. Um oráculo entre os deuses (não é dito quem) previu que os gigantes não poderiam ser derrotados pelos deuses a menos que tivessem a ajuda de um mortal. Gaia buscou uma droga para tirar essa vulnerabilidade de seus filhos, mas Zeus, com a ajuda de Selene (deusa da lua), Hélios (deus do sol) e Eos (deusa do amanhecer) a encontrou antes de Gaia. Depois disso, com a ajuda de Hércules, os deuses venceram a guerra dos gigantes.

 

A derrota dos gigantes irritou Gaia mais que tudo e ela se uniu uma última vez com Tártaro, dando a luz a Tifão, o gigante das tempestades, que foi o maior inimigo dos deuses. Com Tártaro, Gaia também foi mãe de Equidna, a mulher-dragão, esposa de Tifão. Outra versão diz que Gaia deu a luz a Tifão após a derrota dos Titãs, não dos Gigantes. Ao vê-los, todos os deuses fugiram, com exceção de Atena e Zeus. Zeus foi derrotado e teve seus tendões arrancados e seus raios roubados. Com a ajuda de Hermes e do sátiro Egipã, ele enganou Tifão e recuperou seus tendões e raios. Ele o atacou e começou a vencer; vendo isso, os outros deuses voltaram e, lutando juntos, conseguiram derrota-lo e Zeus o prendeu embaixo do Monte Etna. Após isso, Gaia desistiu e aparentemente fez a paz com os deuses.

 

Gaia e um dos Gigantes

 

Uranos e Gaia também previram que Zeus e sua primeira esposa, Métis, teriam dois filhos: a primeira seria igual a ele em força e sabedoria, mas o segundo seria mais poderoso que ele e o destronaria. Zeus, como medo de ser destronado, como tinham sido Uranos e Cronos antes dele, engoliu Métis.

 

Além dos filhos com Uranos e Tártaro, Gaia teve vários outros filhos. Com Pontos (o Mar), ela foi a mãe dos mais antigos deuses do mar, incluindo: Nereu, o velho do mar, deus das recompensas ricas em peixes; Thaumas, deus das maravilhas do mar; Fórcis e Ceto, deuses dos perigos do mar; Euríbia, deusa do domínio dos mares; e Aegaeus, deus do mar Egeu.

 

Outros filhos de Gaia foram: Sileno, deus rústico da dança da espremedeira (a dança feita em cima de um barril de uva, para esmaga-las e fazer vinho) e da embriaguez; os centauros ciprianos (uma tribo de centauros com chifres de touro); de Aristeu, deus rústico dos pastores, fabricação de queijo, apicultura e ervas medicinais; Argos Panoptes, o gigante de mil olhos; os Gegenes, uma tribo de guerreiros com seis braços; Damásen, o gigante da Lídia e vários outros. Foi também mãe de alguns monstros, segundo alguns autores, entre eles estavam Píton, a gigantesca serpente morta por Apolo; o Drakon de Neméia, que guardava o bosque sagrado de Zeus; o Drakon de Colquis que guardava o Velocino de Ouro; o Ofiotauro, monstro meio serpente meio touro, que daria a quem o matasse e queimasse suas entranhas, o poder de destruir os deuses. Gaia foi ainda a mãe das plantas e dos animais.

 

Gaia também foi mãe do gigante Órion. Zeus, Hermes e Poseidon vieram como convidados do rei Hirieu, da Trácia. Como foram recebidos com hospitalidade, disseram que Hirieu poderia escolher um presente e eles os dariam. O rei pediu por um filho, então os três deuses urinaram sobre um couro de boi e o enterraram. Dez meses depois, brotou da terra Órion, que cresceu e se tornou um grande caçador. Um dos mitos de sua morte contam que, certa vez, ao caçar, Órion entrou em um frenesi e decidiu matar todos os animais da terra. Para pará-lo, sua mãe Gaia deu a luz a Scorpios, um enorme escorpião, que picou Órion e o matou.

 

Gaia aparece também em outros mitos:

 

*Quando Zeus casou com Hera, Gaia os deu de presente uma árvore que dava maçãs douradas, que brotou no jardim das Hespérides (ninfas do pôr do sol);

 

*Quando Apolo perseguiu a ninfa Dafne, ela orou a Gaia para livrá-la, e Gaia transformou em um loureiro;

 

*Transformou ainda Pitys, uma ninfa das montanhas, em um abeto, para ajuda-la a fugir do deus Pã; transformou a ninfa Ambrosia em uma videira e o gigante Sykeus em uma figueira.

 

*Como existia em quase todo lugar, Gaia era considerada uma testemunha dos juramentos.

 

*Segundo alguns autores, foi a primeira deusa a presidir o Oráculo de Delfos, que mais tarde deu a sua filha Têmis, a titã da justiça.

 

Fonte: Theoi Project

P.S.: voltando com o tópico depois de um tempo parado. Retomando com Gaia, a deusa da Terra, que aparece em Episódio G como um dos personagens misteriosos da história. Na mitologia, ela é, acima de tudo, uma mãezona, fazendo tudo pelos seus filhos e não aceitando que eles sejam maltratados, por isso é também chamada de Mãe-Terra (mais conhecida como Mãe Natureza no Brasil). Enfim, espero que gostem. Vou tentar manter um post por semana. De inicio continuarei com os deuses, mas já há alguns novos personagens pra postar que trarei aos poucos: de ND (Gestalt e Ecárlate), Shô (Aison e Yuu), EGA (Mordred). Próximo: Pontos, o Mar.

Editado Setembro 15, 2017 por §agitariu§

[Vitor Hades 235]

Sempre achei Gaia meio incoerente, tipo ela que ajudou os deuses a derrotarem os Titans e depois ficou puta com isso e quis se vingar, Que foi minha filha você não queria que eles batessem tão forte? kkkkkkkk( eu vi algumas interpretações de que ela so queria que eles punissem Cronos e não todos os Titans mas se me lembro bem nunca especificam isso na mitologia) Mas não da pra negar que ela uma divindade muito interessante e os mitos em que ela aparece são otimos.

PS: Atualiza tambem o post de Nike pois a imagem dela divina apareceu em Saintia Sho.

[§agitariu§ 333]

Sempre achei Gaia meio incoerente, tipo ela que ajudou os deuses a derrotarem os Titans e depois ficou puta com isso e quis se vingar, Que foi minha filha você não queria que eles batessem tão forte? kkkkkkkk( eu vi algumas interpretações de que ela so queria que eles punissem Cronos e não todos os Titans mas se me lembro bem nunca especificam isso na mitologia) Mas não da pra negar que ela uma divindade muito interessante e os mitos em que ela aparece são otimos.

PS: Atualiza tambem o post de Nike pois a imagem dela divina apareceu em Saintia Sho.

 

Pois é, Gaia é incoerente em alguns pontos. Ajudou os deuses a derrotarem os titãs (dos 12 principais, apenas 5 lutaram contra os deuses: Cronos, Iápeto, Coio, Crio e Hipérion; Oceano e as titânides não se meteram na guerra nem foram atacados pelos deuses), e ficou toda feliz quando eles soltaram os Hecatônquiros e Ciclopes Ancestrais, mas aí depois de derrotá-los, trancou os Titãs no Tártaro. Dá a impressão que ela queria que Cronos fosse destronado, mas também não precisava colocar os coitados dos filhos dela no Tártaro. Como eu disse, ela é uma mãezona, disposta a ajudar a punir os filhos, mas se mexerem demais com suas crias, ela não perdoa.

[Vitor Hades 235]

 

Pois é, Gaia é incoerente em alguns pontos. Ajudou os deuses a derrotarem os titãs (dos 12 principais, apenas 5 lutaram contra os deuses: Cronos, Iápeto, Coio, Crio e Hipérion; Oceano e as titânides não se meteram na guerra nem foram atacados pelos deuses), e ficou toda feliz quando eles soltaram os Hecatônquiros e Ciclopes Ancestrais, mas aí depois de derrotá-los, trancou os Titãs no Tártaro. Dá a impressão que ela queria que Cronos fosse destronado, mas também não precisava colocar os coitados dos filhos dela no Tártaro. Como eu disse, ela é uma mãezona, disposta a ajudar a punir os filhos, mas se mexerem demais com suas crias, ela não perdoa.

Sim, é como uma mãe maluca e superprotetora, interessante como varias culturas que nunca tiveram contato tem essa ideia da natureza ser uma "Deusa mãe" parece algo meio que inerente ao ser humano.

Ah Sargitarius você ja acessou uma comunidade de One Piece no VK chamada Gear 2nd? pergunto isso pq um cara famoso por copiar comentarios postou la um comentario igual o que você postou aqui do capitulo 878.

Editado Setembro 15, 2017 por Vitor Hades

[BigBear 349]

Muito bom o post, parabéns.

 

Já tinha ouvido falar sobre Gaia, mas não tinha lido a respeito, foi esclarecedor.

 

Ademais, continue postando.

[§agitariu§ 333]

PONTOS, O MAR

 

 

Pontos ou Pontus era o Protogenoi (deus primordial) do mar, mais especificamente do mar profundo. Sua esposa era Thalassa, deusa primordial do mar superficial. A teogonia de Hesíodo nos diz que ele é filho de Gaia (a Terra) sem pai; já o prefácio de Higíno diz que ele é filho de Aither (o Ar Superior) ou Urano (o Céu) com Gaia.

 

Com Gaia, ele foi o pai dos mais antigos deuses do mar, incluindo: Nereu, o velho do mar, deus das recompensas ricas em peixes; Thaumas, deus das maravilhas do mar; Fórcis e Ceto, deuses dos perigos do mar; Euríbia, deusa do domínio dos mares; Aegaeus, deus do mar Egeu; e segundo algumas versões, os Telquines, demônios marinhos que inventaram a metalurgia. Com Thalassa, sua contraparte feminina, Pontos gerou os peixes e outras criaturas do mar.

 

Assim como os outros deuses primordiais, ele geralmente era representado como um deus sem forma, sendo ele o próprio mar. Em um mosaico romano, ele aparece como uma cabeça gigante que emerge do mar, adornado com um barba grisalha e chifres de garra de caranguejo.

 

 

Pontos e Thalassa foram completamente substituídas por Poseidon e Amphitrite na arte clássica e mito. Em mosaico romano os deuses primordiais-do-mar eram geralmente Okeanos e Tétis.

 

Mural romano mostrando Andrômeda e Perseu, com Pontos deitado abaixo deles

Fonte: Theoi Project

P.S.: continuando com os deuses primordiais que aparecem em EG, trazemos o grande vilão da obra: Pontos. Pontos é um personagem mitológico interessante, apesar de pouco ser dito sobre ele. Diferente de Gaia, ele nunca foi de ficar criando rixa com os outros, sempre foi mais na dele. Mas como muitos deuses primordiais, sua maior importância está na sua descendência, sendo ele pai personagens "mais importantes", como Nereu, Fórcis e Ceto. Em EG, acabou sem um destino, por isso espero revê-lo agora em EGA, mostrando o que droga ocorreu com ele. Próximo, continuando os deuses primordiais de EG: Uranos, o Céu.

[Ultraman Phoenix 1.629]

Ah, me parece que a figura era dele porque quase não aparecia muito na mitologia. Se tivesse sido mais usado, com certeza teriam bolado várias travessuras pra ele rsrs

[Chemist Black 1.335]

Cara, eu curto demais o Pontos em epi G. Ainda estou lendo o mangá, mas ele já está no meu hall de personagens prediletos da obra.

[§agitariu§ 333]

URANOS - O CÉU

 

Uranos ou Uranus (do grego “céu”, chamado pelos romanos de Caelum) era o Protogenos (deus primordial) do céu. Os gregos imaginavam o céu como uma abóbada sólida de bronze, decorada com estrelas, cujas bordas desciam para descansar sobre os limites extremos da Terra, que eles imaginavam ter a forma de um disco plano. Assim como os outros deuses primordiais, Uranos não era apenas o deus do céu, mas também era o próprio céu. Sua esposa era Gaia (a Terra).

 

Segundo a teogonia de Hesíodo, o texto mais aceito, Uranos nasceu de Gaia, que o criou como um domo sobre si mesma para que ele fosse seu marido. Na cosmogonia de Alcman, ele é tido como filho de Aither (o brilhante Ar Superior); no prefácio de Higíno, ele é filho de Aither e Hêmera (o Dia). Na cosmogonia órfica, ele nasceu do Ovo-do-Mundo, quando este foi quebrado por Chronos (o Tempo) e Ananke (Inevitabilidade). Outros autores ainda o dão como filho de Nix (a Noite), ou de Gaia e Aither. Porém, Hesíodo ainda é o mais aceito.

 

Uranos foi pai de diversos filhos. Com sua esposa Gaia, foi pai: dos três Hecatônquiros, deuses-gigantes da tempestade, que tinham cem braços e cinquenta cabeças, chamados de Coto, Giges e Briareu; dos três Ciclopes Ancestrais, deuses-ciclopes dos raios e trovões, chamados de Brontes, Sterope e Arges; dos doze titãs, chamados Cronos, Iápeto, Céos, Crio, Oceano, Hyperion, Themis, Tétis, Febe, Mnemosine, Reia e Téia; e de Etna, a deusa do monte Etna.

 

No início dos tempos, Uranos e Gaia tiveram seus filhos. Primeiro nasceram os doze titãs, dos quais o mais jovem, astuto e terrível foi Cronos, que odiou seu pai desde o nascimento. Mais tarde Gaia deu a luz aos Ciclopes Ancestrais e depois aos Hecatônquiros. Eles eram muito poderosos e Uranos os odiou desde que nasceram. Por medo do seu poder, ele os trancou no Tártato, o abismo do Mundo Inferior. Gaia amava seus filhos e sofreu muito ao vê-los trancafiados, mas não podia libertá-los contra as ordens de Uranos, então tramou para matá-lo. Do seu interior ela criou uma grande foice de sílex e foi aos seus filhos titãs, com os quais reclamou dos crimes do seu pai e ofereceu a foice para que um deles o matasse e tomasse seu lugar como regente do universo. Os titãs ficaram apreensivos, mas Cronos se ofereceu para matar o pai. Quando chegou a noite e Uranos veio se deitar com Gaia, os quatro titãs Iápeto, Céus, Hyperion e Crio o agarraram e Cronos usou a foice para cortar seus genitais. Após sua morte, seu sangue caiu sobre Gaia (a Terra) e dele nasceram as Meliai (dríades dos freixos das montanhas); os Gigantes (segundo outra versão, eles seriam filhos de Tártaro e Gaia); as Erínias ou Fúrias (chamadas de Tisiphone, Megara e Alekto), deusas que puniam crimes contra a ordem natural; e, segundo algumas versões, os Telquines, demônios marinhos que inventaram a metalurgia. Das suas genitais, jogadas no mar por Cronos, formou-se a espuma do mar, da qual nasceu a deusa do amor e beleza, Afrodite.

 

Após sua queda, Uranos profetizou a Cronos que um dia um de seus filhos também o destronaria, previsão cumprida mais tarde, quanto Zeus o destronou. Uranos e Gaia também previram que Zeus e sua primeira esposa, Métis, teriam dois filhos: a primeira seria igual a ele em força e sabedoria, mas o segundo seria mais poderoso que ele e o destronaria. Zeus, como medo de ser destronado, como tinham sido Uranos e Cronos antes dele, engoliu Métis. Antes da batalha contra os Gigantes, Zeus fez sacrifícios a Gaia e Urano, para saber das profecias sobre a guerra que os deuses podiam lhe dar.

 

Uranos, por recobrir o mundo, também era tido como a testemunha de todo os juramentos.

 

Gaia e Uranos em Episódio G

 

Não há imagens de Uranos na arte grega, no entanto, as representações egípcias de Nut (deusa egípcia do céu) são exatamente iguais a como ele era imaginado - como um homem gigantesco com braços e pernas longas, com o corpo salpicado de estrelas, que repousava sobre as quatro patas, com as pontas dos dedos no extremo oriente, os dedos dos pés no extremo ocidente, e seu corpo arqueando levantado para formar a cúpula do céu.

 

Nut, deusa egípcia do céu, arqueada sobre seu marido Geb, deus egípcio da terra. Sua representação é igual a forma que os gregos imaginavam Uranos ficava sobre Gaia.

Fonte: Theoi Project

P.S.: trazendo Uranos. A representação grega do céu é realmente interessante (apesar de não ser original), mostrando como o medo e o desejo de manter o poder o destruíram (sem falar no fato de mexer com os filhos de Gaia, o que nunca acaba bem). E é curioso como, apesar dos gregos serem bem mais machistas que os egípcios, ele tinham o conceito de Gaia (uma divindade feminina) como aquela que criou o mundo, sendo a criadora do seu marido Uranos, que apesar disso, era o regente do universo em vez dela; mas ainda assim a maiorias dos grandes eventos gregos foram orquestrados por Gaia. E sempre me dói ao ler esse mito e pensar em Cronos cortando as genitais do pai...e pensar que Afrodite nasceu dos pedaços de genitais caídos no mar. Bom, espero que gostem. Próximo, continuando os deuses primordiais de EG: Érebo, a Escuridão.

[Vitor Henry 732]

Okada mandou muito bem no visual de Uranos! deuses barbudos e com menos cara de ninfetos em plena puberdade é o que falta em Saint Seiya. aquela simples figura já nos transmite uma imponência maior do deus em relação aos demais.

 

não sabia (ou não lembrava) que as Fúrias eram frutos de Uranos também. adendo válido.

[§agitariu§ 333]

ÉREBO - A ESCURIDÃO

Érebo (ou Erebus) foi o Protogenos (deus primordial) da escuridão, consorte de Nix (a Noite), cujas névoas escuras envolviam as bordas do mundo e enchia as cavidades profundas da terra. Segundo Hesíodo, Érebo nasceu do deus primordial Caos (o Ar Inferior); segundo a cosmogonia órfica, ele era filho de Chronos (o tempo) e Ananke (Inevitabilidade ou Destino). Com sua esposa, Nix, foi pai dos deuses primordiais Aither (o Ar Superior), Hemera (o Dia) e, segundo alguns autores, de Eros (deus primordial da Procriação); e foi também pai de diversos daimons (espíritos ou deuses menores), como Geras (velhice), Thanatos (morte), Hipnos (sono), Oneiros (sonhos), Éris (discórdia), Nemesis (vingança), Eleos (misericórdia), Keres (violência), Sofrosine (moderação), Efifron (prudência), Oizys (miséria), Hybris (insolência), e alguns outros.

 

Sua esposa Nyx, levava estas névoas pelos céus para trazer noite para o mundo, enquanto sua filha Hemera as dispersava trazendo dia: uma bloqueando a luz de Aither (o Ar Superior) e outro revelando-o.

 

O nome Érebo também foi utilizado como outro nome para o Mundo Inferior.

 

No Episódio G, é citado como os um deuses criadores do mundo, junto com Gaia, Pontos, Urano e Eros, mas não tem uma imagem no mangá.

 

 

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EROS - A PROCRIAÇÃO

Eros (do grego antigo “desejo sexual”), chamado pelos romanos de “Amor”, foi o Protogenos (divindade primordial) da procriação. Ele foi a força motriz por trás da geração de novas vidas no início dos cosmos. Segundo Hesíodo, Eros é o mais formoso entre os deuses imortais, aquele que enerva os membros e supera a mente e conselhos sábios de todos os deuses e todos os homens. É muito confundido com o Eros jovem, também chamado de Cupido, filho da deusa Afrodite.

 

Segundo a cosmogonia de Hesíodo, Eros foi um dos cinco deuses que emergiram auto-formados no início dos tempos. Assim, Eros foi uma das causas fundamentais na formação do mundo, na medida em que ele era o poder de união do amor, que trouxe ordem e harmonia entre os elementos conflitantes de que consistiam Caos. Já Hígino diz que Eros era filho de Nix (a Noite) e Érebo (a Escuridão); outros autores ainda o dão como filho de Caos (o Ar Inferior). Aristófanes o dá como pai dos pássaros, junto com Caos.

 

Segundo a Dionísica, quando teve seus raios roubados pelo gigante Tifão, Zeus pediu ajuda a Eros para recuperá-los.

 

O órficos o conheciam como Phanes. Na cosmogonia órfica, Phanes foi idealizado a partir do ovo do mundo (a mistura primordial de elementos), que foi chocado por Chronos (Tempo) e Ananke (Destino). Phanes foi o primeiro rei do universo, que passou o cetro real para a sua filha Nix (Noite), que por sua vez entregou-o para Urano (Céu). A partir dele, foi apreendido pela primeira vez por Cronos, e depois por Zeus, o governante supremo do cosmos. Alguns dizem que Zeus devorou Phanes, a fim de assumir o seu poder cósmico primordial e redistribuí-lo entre uma nova geração de deuses.

 

Phanes foi retratado como uma bela divindade hermafrodita com asas douradas e envolto por uma serpente. Os poetas descrevem-no como um ser invisível incorpóreo, mesmo para os olhos dos deuses. Seu nome significa "trazer à luz" ou "fazer aparecer".

 

No Episódio G, é citado como os um deuses criadores do mundo, junto com Gaia, Pontos, Urano e Érebo, mas não tem uma imagem no mangá.

 

Fonte: Theoi Project

P.S.: trazendo mais dois deuses de Episódio G. Gente, como eu adoro os mitos dos deuses primordiais! A ideia de um ser que não é só o deus de um elemento, mas é o elemento em si é muito interessante, especialmente no caso de forças abstratas como Eros, que é o próprio desejo de procriação do universo. Lamento muito pelos deuses primordiais serem tão pouco explorados na mitologia...sabemos que eles estão lá, que são a fundação do mundo, mas tirando Gaia e Urano, quase nunca participam ativamente de algum mito. Espero vê-los ainda em EG Assassin, junto com Pontos e Gaia. Espero que gostem. Próximo, e último deus do Episódio G: Tártado, o Abismo do Mundo Inferior!

Editado Março 22, 2018 por §agitariu§

[Ultraman Phoenix 1.629]

Isso sempre me confunde. Existem figuras anteriores a gaia? Sempre que pensei que ela fosse a primeira.

[§agitariu§ 333]

Isso sempre me confunde. Existem figuras anteriores a gaia? Sempre que pensei que ela fosse a primeira.

 

No geral, existem sim, mas o surgimento do universo tem várias versões na mitologia grega.

 

A mais aceita é a "Cosmogonia de Hesíodo", onde ele conta que o surgimento do mundo (e dos deuses primordiais) ocorreu na seguinte ordem:

 

[text] Emergindo do nada, primeiro veio Caos (o Escuro Ar Inferior, o vazio primordial); depois disso, também emergindo do nada, vieram Gaia (a Terra), Tártaro (o Abismo do Mundo Inferior) e Eros (a Procriação, o Amor Primordial). Caos então gerou Érebo (a Escuridão) e Nix (a Noite). Da união de Nix e Érebo nasceram Hêmera (o Dia) e Éter (o brilhante Ar Superior). Gaia, por sua vez, gerou Urano (o Céu) sobre si mesma, para ser um igual a ela e seu consorte; em seguida Gaia gerou os Orea (as Montanhas) e Pontos (o Mar). Então Gaia deitou-se com Urano e gerou os titãs. [/text]

 

Outros autores gregos clássicos adicionam outros deuses primordiais, como Thalassa (o Mar Superficial), filha de Éter e Hêmera, e consorte de Pontos (o Mar Profundo).

 

Temos ainda versão da Cosmogonia Órfica. O orfismo era a mais famosa seita "alternativa" dos mitos gregos, e ela tem uma versão bem própria da criação do mundo, com vários outros deuses primordiais, como Chronos (o Tempo), Anake (o Destino), Hydros (a Água Primordial) e Phanes (a Procriação, surgido de um ovo que veio do nada e foi chocado por Chronos e Ananke).

[§agitariu§ 333]

TÁRTARO

 

Na mitologia grega, Tártaro foi a Protogenos (deus primordial) do grande abismo tempestuoso que ficava debaixo da terra. A teogonia de Hesíodo nos diz que ele foi um dos primeiros deuses a surgir na criação e portanto não tem pais; já o prefácio de Higíno diz que ele é filho de Aither (o Ar Superior) ou Urano (o Céu) com Gaia (a Terra).

 

Com Gaia, foi pai de Tifão, o gigante das tempestades, e de Equidna, uma monstruosa mulher dragão. Com Gaia também foi pai de diversos gigantes.

 

O poço do Tártaro era imaginado como uma cúpula inversa, oposta ao céu. O tártaro ficava abaixo da terra, assim como o céu ficava acima dela. O domo celeste e poço do tártaro juntos fechavam todo o cosmos em um escudo em forma esférica ou oval. Era dito que o Tártaro tão longe abaixo do Mundo Inferior como o céu ficava acima da terra e, segundo Hesíodo, levariam nove dias para cair da terra ao tártaro, chegando-se lá no décimo dia.

 

Segundo algumas descrições, após a Guerra dos Titãs, os titãs foram aprisionados no Tártaro e foi construída uma parede de bronze, com duas grandes portas, guardadas pelos Centímanos, três gigantes de 50 cabeças e 100 braços. Outros mitos ainda falam que os deuses usavam o Tártaro para aprisionar vários de seus inimigos derrotados.

 

Era em Tártaro que ficava a mansão de Nix (Noite) e de lá ela saia para levar a noite ao mundo mortal; e de lá também saia sua filha, Hémera (Dia), que dispersava as trevas da noite e levava o dia ao mundo. O Tártaro também era o local onde eram jogadas as almas dos criminosos, como Sísifo, Tântalo e Íxion.

 

No Tártaro desaguavam dois dos cinco rios do Mundo Inferior: Flegetonte, o rio de fogo e Cócito, o rio das lamentações.

 

Fonte: Theoi Project

 

P.S.: Voltando um tempão depois e trazendo Tártaro pra encerrar os deuses de Episódio G e também os deuses gregos que já apareceram em Saint Seiya. Tártaro é um deus fascinante na mitologia grega, pois enquanto a maioria das mitologias tem um conceito de "Inferno" ou "Mundo dos Mortos" como a última parada e o pior lugar onde se pode ir, os deuses tem algo a mais, pois abaixo do Mundo Inferior grego, ainda há o Tártaro, que é realmente o lugar mais vil do mundo mitológico grego. Além disso, ele ainda é pai dos gigantes e dos monstros Tifão e Equidna, praticamente os piores seres monstruosos da mitologia grega. É realmente muito interessante. Agora, pra finalizar os posts dos deuses, só faltam as divindades de Saint Seiya Ômega, The Lost Canvas Gaiden e os nórdicos (basicamente Odin e Loki). Depois ainda temos alguns personagens novos que surgiram recentemente. Como nem todos os posts dos deuses estão prontos, pode demorar um pouco a vir, mas tentarei trazer aos poucos.

 

P.S.²: todos os post dos espectros foram atualizados. Depois posto uma lista aqui do que foi atualizado em cada post. Quem quiser conferir as melhorias, é só ir lá no sumário e clicar nos posts.

Editado Março 22, 2018 por §agitariu§

[Ultraman Phoenix 1.629]

Bem vindo de volta, Saggitarius. Pensei que ainda teriam mais personagens da mitologia grega mas tudo indica que estamos praticamente fechando tudo o que faltava rsrs

[Anna 421]

É muito interessante o modo como os povos da Antiguidade tentavam explicar os fenômenos ou projetavam em seus mitos seus próprio valores e medos.

 

O Tártaro representava o imaginário de que, até os mais 'poderosos' estavam sujeitos a punição, mas também era uma tentativa de explicar alguns mistérios elementares da natureza.

 

Ótima atualização.