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Saint Seiya - Atlântida: Contos dos Renegados (Parte 2)


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Olá Leandro!! Que bom tê-lo aqui de novo!

ENtão, a abordagem política é sempre algo que me agrada, principalmente na questão de reinos, entre outras coisas. A Monarquia sempre é um alvo perfeito para a ficção, incluindo todos os seus pormenores. A questão de poder também. Sei lá, gosto de trabalhar com isso.

As sutilezas eu não entendi muito bem, o que seria em específico?

Sério que lembrou avatar? Eu nunca vi muito o desenho, então nem dá para ter uma base. Penso mais nos próprios gigantes de fogo, como na mitologia nórdica. A diferença é que são humanos com o poder dos gigantes de fogo de Musphelheim, seguindo a abordagem já explicada!

Eu também esperava mais, mas tendo em vista que tudo se passou em uma lembrança de Henrike, nota-se que o foco não poderia ter sido tanto no duelo em si, caso contra´rio desviaria muito do foco (Pavel) e começaria a dispersar muito. Não daria para abordar muita coisa nesse ponto.

Que bom que gostaste da descrição da conselheira Kelda. Ela é um personagem interessante e, se for analisar bem, há uma grande diferença do tratamento do Rei Harald e de Erik com relação a ela do que com o Conselheiro Leif.


No mais é isso Leandro, obrigado pela presença e espero que continues aqui.

Um abraço

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As sutilezas eu não entendi muito bem, o que seria em específico?

 

Aspectos de personalidade. Você os insere muito bem sem necessitar que fiquem gritantes. Usei Henrike como “evidência” devido, neste e no capítulo anterior, sua curiosidade pelo que difere de sua cultura, lhe chamar atenção e gerar interesse, e de como essas coisas acentuaram, fazendo-o ganhar literalmente vida.

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Ótimo capítulo, Ninos.

 

Gostando bastante do modo como está introduzindo a nós, leitores, toda a nova política de Graad Azul e como ele funciona estando afiliado a Asgard e os Mundos Nórdicos. Como constatado em meu comentário anterior, sua escolha em mesclar esses dois povos foi certeiro e particularmente adorei isso. O encontro entre Leif e Erik ocorreu da forma como eu esperava, ambos dialogando de uma forma bem tensa afim de descobrir o paradeiro do Conselheiro.

 

Eu esperava que ele estaria fazendo algo em prol de Poseidon, mas sempre esqueço que sua fic nem sempre é tão linear quanto parece. Atena e Poseidon estão em guerra, mas assim como na fic do Mystic, existem outros reinos, outras culturas coexistindo no mesmo universo e isso diversifica sua trama. Aos poucos vou conhecendo mais a respeito dos Mundos Nórdicos e seus habitantes. Aproveitando, devo dizer que, além de SoG, sua fic e a do Fimbul estão me ensinando bastante a respeito desse tema, obrigado por isso e os meus parabéns por trabalharem com conceitos tão ricos.

 

Voltando, temos ciência da Conselheira anterior ao Leif. Kelda. Gostei dela, a princípio e estou curioso em saber o motivo pelo qual ela não está presente no tempo atual da história. Será que morreu? Se aposentou? Traiu os Guerreiros Azuis? Não tenho como fazer uma previsão sensata. Ela trouxe Pavel, nosso atual Cavaleiro de Ouro de Aquário, considerado como um herói. A reputação dele começou graças a Henrike, que difundiu seu feito contra os Conjuradores Alaranjados por todo o povoado.

 

Olha só, gostei dos Conjuradores. O nome é imponente e curti o modo como se apresentaram. Graças a Pavel eles não venceram a batalha campal que ocorreria. Mas gostaria de conhecer mais a respeito deles. Me diga uma coisa e se for explicado ainda na fic não precisa responder: Todos os nove mundos Nórdicos terão seus próprios guerreiros? Digo, os Conjuradores Alaranjados são guerreiros de Musphelhein, provavelmente são os combatentes principais desse mundo, ou são apenas um clã de vários que o povoam? Me encantei pelo modo que está contando esse universo e estou fascinado em conhecê-lo mais aprofundadamente.

 

A propósito, onde estão os Guerreiros Deuses?

 

E olha só, devido a fama que Pavel conquistou diante de ter eliminado metade dos Conjuradores, ele foi eleito como sucessor de Kelda. Sabemos que ele não aceitará, ou então não ficará no cargo por muito tempo, devido ao fato dele ter desempenhado suas funções como Cavaleiro de Aquário atualmente. Vejo similaridade entre o que ele fez com Propus, levando-o a Graad Azul, com o que o mestre Filat fez com ele no passado. Não me surpreendeu que Pavel foi designado Conselheiro, afinal, pelo que entendi, eles são nomeados pelo povo, então nada mais justo.

 

Ok, foi um capítulo de transição, preparando mais uma vez esse novo e rico universo que nos está apresentando. Mal posso esperar para ver mais desse núcleo, como também o que está acontecendo em Atlântida e no Refúgio, mesmo eu achando que esses pólos demorarão a serem abordados no momento.

 

Abraços Ninos e, por favor, nina na resposta pro meu comentário /sex

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As sutilezas eu não entendi muito bem, o que seria em específico?

 

Aspectos de personalidade. Você os insere muito bem sem necessitar que fiquem gritantes. Usei Henrike como “evidência” devido, neste e no capítulo anterior, sua curiosidade pelo que difere de sua cultura, lhe chamar atenção e gerar interesse, e de como essas coisas acentuaram, fazendo-o ganhar literalmente vida.

Opa Leandro, valeu então pelo esclarecimento e fico feliz que notas isso. Espero que continua atendendo as suas expectativas.

 

Abraços

 

 

Ótimo capítulo, Ninos.

 

Gostando bastante do modo como está introduzindo a nós, leitores, toda a nova política de Graad Azul e como ele funciona estando afiliado a Asgard e os Mundos Nórdicos. Como constatado em meu comentário anterior, sua escolha em mesclar esses dois povos foi certeiro e particularmente adorei isso. O encontro entre Leif e Erik ocorreu da forma como eu esperava, ambos dialogando de uma forma bem tensa afim de descobrir o paradeiro do Conselheiro.

 

Eu esperava que ele estaria fazendo algo em prol de Poseidon, mas sempre esqueço que sua fic nem sempre é tão linear quanto parece. Atena e Poseidon estão em guerra, mas assim como na fic do Mystic, existem outros reinos, outras culturas coexistindo no mesmo universo e isso diversifica sua trama. Aos poucos vou conhecendo mais a respeito dos Mundos Nórdicos e seus habitantes. Aproveitando, devo dizer que, além de SoG, sua fic e a do Fimbul estão me ensinando bastante a respeito desse tema, obrigado por isso e os meus parabéns por trabalharem com conceitos tão ricos.

 

Voltando, temos ciência da Conselheira anterior ao Leif. Kelda. Gostei dela, a princípio e estou curioso em saber o motivo pelo qual ela não está presente no tempo atual da história. Será que morreu? Se aposentou? Traiu os Guerreiros Azuis? Não tenho como fazer uma previsão sensata. Ela trouxe Pavel, nosso atual Cavaleiro de Ouro de Aquário, considerado como um herói. A reputação dele começou graças a Henrike, que difundiu seu feito contra os Conjuradores Alaranjados por todo o povoado.

 

Olha só, gostei dos Conjuradores. O nome é imponente e curti o modo como se apresentaram. Graças a Pavel eles não venceram a batalha campal que ocorreria. Mas gostaria de conhecer mais a respeito deles. Me diga uma coisa e se for explicado ainda na fic não precisa responder: Todos os nove mundos Nórdicos terão seus próprios guerreiros? Digo, os Conjuradores Alaranjados são guerreiros de Musphelhein, provavelmente são os combatentes principais desse mundo, ou são apenas um clã de vários que o povoam? Me encantei pelo modo que está contando esse universo e estou fascinado em conhecê-lo mais aprofundadamente.

 

A propósito, onde estão os Guerreiros Deuses?

 

E olha só, devido a fama que Pavel conquistou diante de ter eliminado metade dos Conjuradores, ele foi eleito como sucessor de Kelda. Sabemos que ele não aceitará, ou então não ficará no cargo por muito tempo, devido ao fato dele ter desempenhado suas funções como Cavaleiro de Aquário atualmente. Vejo similaridade entre o que ele fez com Propus, levando-o a Graad Azul, com o que o mestre Filat fez com ele no passado. Não me surpreendeu que Pavel foi designado Conselheiro, afinal, pelo que entendi, eles são nomeados pelo povo, então nada mais justo.

 

Ok, foi um capítulo de transição, preparando mais uma vez esse novo e rico universo que nos está apresentando. Mal posso esperar para ver mais desse núcleo, como também o que está acontecendo em Atlântida e no Refúgio, mesmo eu achando que esses pólos demorarão a serem abordados no momento.

 

Abraços Ninos e, por favor, nina na resposta pro meu comentário /sex

 

Olá Gustavo, valeu pelo elogio!

 

 

Primeiramente, vamos esclarecer um equívoco que eu acho que está havendo aqui! Asgard que é citada em Atlântida não é Asgard do anime. Asgard de Atlântida é realmente Asgard da mitologia, um dos nove MUNDOS nórdicos, onde habitam os deuses nórdicos (não os guerreiros deuses). Graad Azul e todos os outros clãs ficam em MIDGARD, outro dos nove mundo nórdicos (o dos humanos). Como Henrike contou, os deuses nórdicos (os Aesires) abençoam Graad Azul, dando poderes aos guerreiros azuis. Da mesma maneira, os gigantes de fogo de Musphelheim abençoam Eldur Laranja.

 

Eu mesclei principalmente na questão da mitologia, crenças, entre outras coisas, mas os guerreiros deuses, no entanto, não aparecerão aqui. Espero que isso não faça a cidade cair no seu conceito. kk

 

 

Vamos agora ao comentário parte a parte.

 

QUanto a Leif estar se comunicando com o Imperador Poseidon, às vezes é bom desassociar o restante. Se bem que quem garante que o Conselheiro está falando a verdade? kkkkkk.

 

 

Falando da diversificação, eu gosto de trabalhar com mitologia nórdica e suas culturas. Mas lembrando que todos estão em Midgard!!! Eles só representam os outros povos. Que bom que estou transmitindo alguma coisa dessa mitologia vasta que tem muito mais do que eu posso oferecer ou sequer conhecer. Espero contribuir ainda mais. Não parou por aí!

 

Também estou curioso sobre Kelda, espero que apareça algo no flashback indicando o suposto sumiço dela. Aliás, só reiterando, o Henrike contribuiu para a fama de Pavel, mas o feito dele já o fez famoso por si só. kkkk

 

Não acredito que os Conjuradores venceriam Graad Azul (o Reino mais forte dos mundos nórdicos), mas com certeza iriam propiciar várias baixas desnecessárias. Pavel evitou completamente as baixas! O Que foi um grande feito, diga-se por si só.

 

A sua pergunta o Henrike respondeu no primeiro capítulo: Cada um dos oito mundos nórdicos abençoa clãs espalhandos por Midgard (o nono mundo). Pode haver mais de um clã abençoado por Musphelheim, não sei qual é o principal, mas acredito que tenha mais de um. E sempre lembrando, eles são de Midgard e recebem poder de Musphelheim.

 

Pelo que deu para entender até agora:

 

Nidavellir: mundo dos anões, abençoa os ferreiros

Musphelheim: mundo do fogo e dos gigantes de fogo, abençoa os conjuradores

Jottunhein: mundo montanhoso dos gigantes: abençoa os Jötnar

Asgard: mundo dos Aesires (os deuses da guerra): abençoa os Guerreiros Azuis

Nilfheim: mundo do gelo e da morte. Lofar falou algo sobre feiticeiros

Alfheim, Svartalfheim e Vanaheim ainda não foram citados sobre os seus guerreiros

 

De resto eu não sei! Então voltemos à resposta!

 

Pavel tem um ego elevado... não sei se aceitará ou não na realdiade. Sabemos que ele não ficará no cargo! Somente isso. kkkk. Gostei que notasse a presença de Filat e, sim, o conselheiro é nomeado pelo povo!

 

Foi um capítulo bem de introdução na realidade. Explicou como oPavel se tornou um herói em Graad Azul e também mostrando mais sobre Henrike.

 

Também sinto falta de Atlântida e do refúgio, vamos ver se voltarrão em breve.

 

No mais é isso Gustavo, um abração e valeu pelo comentário.

 

 

p.S. Ninei provalvelmente no nome dos mundos nórdicos ali que nunca sei quando repete as letras. Na hora da fic escrevo bonitinho, mas que é difícil gravar os caracteres. kkk

 

 

 

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BALANÇO: CAPÍTULO 2

Mais um balanço, agora do melhor do Capítulo 2, com resumo em vídeo, personagens e curiosidades.

Resumo em vídeo

https://www.youtube.com/watch?v=QbvGhfo03Ug&feature=youtu.be

Personagens

 

Propus: Jovem que veio do Sul e há mais de um ano estuda os livros de Graad Azul, buscando aprimorar suas técnicas. É amigo de Henrike odiado pelo Conselheiro Leif, devido a ser, teoricamente, o sucessor de Pavel, que tinha uma grande popularidade.

Henrike: Jovem graadiano, filho do Grande Jarl Erik, um dos líderes da cidade. Tem um interesse muito grande pelo diferente, refletido nas pessoas que vem de outros lugadres. Adora os Guerreiros Azuis e a força. Atualmente, pertence à academia e sonha em um dia vestir os trajes azulados.

Grande Jarl Erik: Um dos três líderes do Reino de Graad Azul. Representa a força, a honra e os Guerreiros Azuis. Tem uma personalidade forte, mas levemente irônica e amplamente nacionalista, defendendo Graad Azul acima de tudo. Desconfia das atitudes de Leif, o Conselheiro.

Conselheiro Leif: Um dos três líderes do Reino de Graad Azul. Representa a democracia e a satisfação do povo. Uma figura encapuzada difícil de lidar, que vai de encontro com os ideais do Rei Harald e do Grande Jarl Erik. Se diz partidário a uma integração com clãs adoradores de outros dos nove mundos, mas abomina os estrangeiros.

Conselheira Kelda: Antecessora de Leif, assumindo o cargo na época em que Pavel frequentava a cidade. Vestia um capuz ao redor da cabeça, como o seu sucessor. Possuía mais idade, o que não estraga sua beleza, refletida em olhos azuis e cabelos extremamente claros e encaracolados. Aparentemente, tinha uma relação muito mais agradável com o Rei e com o Jarl.

Pavel: Jovem que veio a Graad Azul há vários anos, com recomendações do seu mestre Filat. Se interessou muito pelo povo da época, mas acabou se tornando um herói na cidade devido a seu feito expulsando os Conjuradores de Fogo adoradores de Musphelheim. Tinha um traço semelhante aos graadianos, mas um pouco mais oriental. Tinha cabelos loiros e curtos, olhos claros e azuis.

 

Curiosidades

  • Kelda foi inspirada em um dos personagens da Marvel Comics: a Deusa Kelda, que se apaixonou por um humano. Só o nome e a aparência serviram como base, não a história dela.
  • Henrike é um nome escandinavo que significa perspicácia, alguém que já sabe desde pequeno o que procura e os valores certos. Isso reflete muito na personalidade do jovem graadiano.
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CAPÍTULO 3

 

 

Pavel ficou calado, não acreditando em tamanha honra. Sabia que o cargo de Conselheiro era escolhido por voto espontâneo do povo graadiano, mas não imaginava que sua popularidade havia tomado proporções tão altas. Ser eleito para aquele posto era a prova que havia cumprido sua missão ali, que era um verdadeiro guerreiro daquele local. Poderia não ter as crenças dos habitantes de Graad Azul, mas sabia que poderia lutar por eles da melhor forma e defender os interesses da população do Reino Azulado.


Erik e o Rei Harald sorriam estáticos, como se aquela situação não fosse surpresa. Parecia que eles foram os protagonistas de uma campanha para que Pavel assumisse aquele cargo. A própria Kelda estava extremamente satisfeita, mesmo sabendo que perderia o posto que ocupava há tanto tempo. Henrike brilhava seus olhos, cada vez mais satisfeito com a situação.


– Foste eleito com oitenta e sete por cento dos votos dos cidadãos graadianos. – explicou o Rei Harald, rindo em seguida. – A nossa querida Conselheira Kelda, com três mandatos, jamais obteve tantos votos. Parece que a tua popularidade é estrondosa.


– Eu fico muito feliz de entregar esse manto de Conselheiro para ti amanhã, Pavel. – relatou Kelda, mostrando a própria vestimenta. – Um herói como tu merece muito mais.


Uma explosão de ideias pairava na mente de Pavel. Sabia que era um guerreiro no sul e que aceitar um cargo em Graad Azul por tanto tempo seria praticamente um rompimento com os seus aliados. Entretanto, toda a glória que possuía naquele reino seria coroada com um cargo importante. Adorava aquele lugar e, mais que tudo, a fama que possuía por lá.


– Eu não posso ser… ou será que posso? – questionou Pavel cada vez mais inclinado a aceitar.


– É CLARO QUE NÃO PODE! – gritou uma voz na entrada.


Todos se viraram para ver de quem se tratava. Era uma figura baixa com a aparência já desgastada pelo tempo. Tinha, com certeza, mais idade do que Kelda, o que era facilmente percebido pelas rugas na face. A calvície lhe atingira de modo brutal, restando apenas alguns resquícios de cabelo, todos brancos. Seus olhos verdes se destacavam em meio ao rosto idoso, demonstrando uma grande ambição e satisfação.


Tanto Erik, quanto o Rei Harald se enfureceram com aquela aparição repentina. Conheciam muito bem aquele indivíduo e mais ainda sua fama antipática. Era o representante eterno da oposição.


– O que estás fazendo aqui Leif? – rosnou Erik, olhando-o firmemente. – Por acaso vieste chorar mais uma derrota?


– Meu caro Erik, eu só vim anunciar que Pavel não pode assumir o cargo de Conselheiro. – revelou Leif com olhos vitoriosos, deixando todos intrigados, principalmente Pavel, que não sabia o que pensar.


– Como assim? – indagou o Rei Harald, erguendo uma das sobrancelhas. – Por acaso queres questionar a vontade do povo? Ele recebeu oitenta e sete por cento dos votos.


– Entendo! – continuou o velho, marchando ao redor da sala. – Todavia, os regulamentos dizem que o novo Conselheiro eleito será o cidadão graadiano que obtiver a maior porcentagem dos votos. Esse estrangeiro não é um cidadão graadiano, portanto não pode assumir.


Pavel fez uma expressão incrédula, não menor do que a de Henrike. Naquele momento, o garoto estava odiando Leif.


– Detalhes, Leif. – sorriu o Rei Harald. – Eu posso declarar Pavel cidadão de Graad Azul agora mesmo.


– É claro que podes, mas isso não o fará obter o cargo. – rebateu Leif rapidamente. – Até o dia das eleições, esse estrangeiro não era um cidadão graadiano, portanto todos os votos direcionados a ele devem ser considerados inválidos.


O Rei Harald mordeu a língua. Sabia que Leif estava certo e que não poderia descumprir o regulamento dessa maneira. Por mais que os graadianos idolatrassem Pavel, ter um membro da oposição espalhando uma irregularidade nas eleições acabaria com seu prestígio. A população de Graad Azul poderia ter seus defeitos, mas, sobretudo, era honesta e não aceitaria eleger alguém de maneira errada, ainda que fosse um herói tão popular.


Leif sorriu ainda mais vitorioso pela sinuca que deixara o Rei Harald e os outros integrantes da sala. O Rei, contudo, sorrira, parecendo ter um trunfo escondido.


– Já que houve irregularidade, não restam dúvidas a não ser anular essas eleições. – constatou o Rei Harald. – Portanto, a conselheira Kelda continuará nas suas funções até que outra votação seja realizada.


– Isso também não é possível, pois o regulamento das eleições é claro e não houve nenhuma irregularidade. – retomou Leif, não perdendo a postura. – Como eu já disse, o cidadão graadiano mais votado é que terá o direito de assumir o posto de Conselheiro do Reino Azulado. Eu, com seis por cento dos votos, fui maioria dentre os cidadãos e, portanto, serei o novo Conselheiro. Os votos dedicados a Pavel simplesmente foram inválidos, mas não foram irregulares.


O Rei Harald rangeu os dentes novamente. Erik queria expurgar aquela figura dali, mas se conteve. Ambos sabiam que Leif estava fazendo um grande jogo, mas que estava correto. Pela alta popularidade, Pavel roubara a maioria dos votos de Kelda, deixando-a com apenas cinco por cento. Os outros dois por cento foram divididos entre habitantes aleatórios de Graad Azul, que normalmente recebiam uma parcela maior, mas a presença de Pavel também serviu para minguá-los.


Henrike olhou para tudo derrotado, não conseguindo impedir que lágrimas caíssem dos seus olhos. Ele viu Pavel deixar a sala, cabisbaixo, pela primeira vez com o ego em baixa. Aquilo tudo era demais para o garoto, que idolatrava, mais do que todos, o guerreiro do sul. Aquela imagem permaneceu por anos na sua mente, nunca se esquecendo da derrota do seu herói.


Tentando desviar a atenção da enorme decepção daquela época, Henrike agitou a cabeça e deixou as lembranças desaparecerem por um momento, voltando a mente ao presente, ao lado de Propus na biblioteca. O jovem graadiano dava um leve sorriso, enquanto o amigo mantinha a atenção quase que integral na história contada.


– Então, Leif infernizou a vida de Pavel até ele não aguentar mais? – perguntou Propus após ouvir toda a história detalhada.


– Exatamente! – concordou Henrike, continuando a contar a história. – Ele venceu sujamente o grande herói de Graad Azul. Mas ele sabia que, enquanto Pavel estivesse ali, a derrota no referendo na metade do mandato seria inevitável. O Rei Harald já havia declarado Pavel como cidadão honorário. Portanto, Leif fez de tudo para piorar a vida dele, até fazê-lo deixar o Reino.


Propus confirmou o interesse na história e depois olhou Henrike diretamente nos olhos.


– Tu idolatravas Pavel por que ele era um herói e por que passava grande parte do tempo contigo. – observou Propus seriamente. – Com um pai e um tio amplamente atarefados com política e exército, sempre foste deixado de lado pela família. Além do mais, perdeste a mãe muito cedo. Pavel, pelo grande ego que tinha, sempre te deu a atenção necessária, porque tu alimentavas a moral dele.


Henrike arregalou os olhos e se aproximou de Propus, dando um sorriso.


– Exatamente! Pareces que lês não só a minha mente, mas a minha alma também. – disse Henrike. – Pavel era grandioso, mas era alguém distante também. Era um herói em que eu me espelhava e que me fazia companhia. Mas tu és completamente diferente.


Propus ficou em silêncio, apenas mantendo a atenção no amigo.


– Pavel era como se fosse um irmão mais velho, uma entidade superior. – continuou Henrike, olhando para cima. – Mas ele era igual a todos aqui. Já tu… és como eu sempre imaginei dos guerreiros estrangeiros, com uma aparência diferente e muito mais chamativa. És aquele que eu sempre procurei.


Sem dizer mais nada, ambos se olharam, Henrike se aproximou de Propus ainda mais e botou a mão no seu pescoço. Lentamente ambos fecharam os olhos e seus lábios grudaram. Henrike abraçou Propus com seu corpo mais forte e o empurrou ao chão da biblioteca. O contato durou por muito tempo, enquanto as tochas se apagavam e os livros balançavam suas páginas.

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A tranquilidade pendurou por mais um ano em Graad Azul. Nada parecia estragar a estabilidade do Reino Azulado, nem mesmo as diversas intrigas promovidas pelo Conselheiro Leif no interior do castelo e nas ruas da principal cidade nórdica. O avanço de Henrike como destaque entre os aprendizes também chamou a atenção da população. Todos os garotos e jovens pareciam estar ansiosos para finalmente ver o filho do Grande Jarl em ação. Imaginavam que ele aprendera muito, não somente com os Guerreiros Azuis, mas também com os dois combatentes que vieram do Sul. Erik, por sua vez, tentava ao máximo afogar esses murmúrios, afim de não fazer o ego do filho dominá-lo por completo.


Alheio a tudo isso, o Rei Harald seguia cada vez mais atarefado. Em momentos de paz, os principais trabalhos se concentravam principalmente na mesa do Rei, que tinha amplo conhecimento das mais diversas áreas. O Grande Jarl, por outro lado, era perito nas questões militares e tomava a frente em situações de guerras e planejamento de estratégias.


Parecendo extremamente concentrado naquele dia, o Rei Harald escrevia algumas coisas em um pergaminho localizado em cima de sua escrivaninha de pedras. A franja que se manifestava a partir dos longos cabelos loiros caía sobre os olhos azuis cansados. Apesar do grande trabalho que estava fazendo, conseguia manter a calma e a serenidade intacta, não demonstrando nenhuma preocupação. Apenas mantinha a concentração e continuava o que estava produzindo, molhando a caneta em um tinteiro localizado ao lado direito da mesa.


Interrompendo o momento sublime de sua produção textual, a porta do escritório se abriu bruscamente. Soltando um urro de irritação ao ter perdido a linha de raciocínio, ele olhou para frente para ver do que se tratava. Seu irmão Erik, trajando uma grossa vestimenta de pele de animal, acabara de adentrar no recinto. Estava com a respiração acelerada e um olhar amplamente indignado.


– O que aconteceu, Erik? – rosnou o Rei Harald, devolvendo a caneta ao tinteiro, enquanto o irmão se aproximava da mesa. – Parece que o Kraken veio para castigar Graad Azul!


– Eu preferiria que fosse o Kraken, meu irmão. – comentou Erik, bufando, quando a porta se abriu novamente.


A irritação dos dois cresceu no preciso momento em viram o olhar vitorioso de Leif, escondido sobre o capuz, mesclado com um sorriso de desdém. Logo após o Conselheiro, outras três figuras o acompanharam, todas muito sérias.


O primeiro indivíduo era extremamente alto, mais do que qualquer um naquela sala. Possuía cabelos loiros e brilhantes, quase brancos, parecendo que estava refletindo os raios do sol. Os fios eram tão longos que chegavam a atingir quase que a cintura. Trajava um manto branco que lhe cobria o corpo inteiro, o que escondia a sua magreza. Tinha, sobretudo, um porte extremamente autoritário, manifestado na sua postura ereta e em seus olhos cianos, quase que brancos. Não possuía barba e, na cintura, havia um longo arco de ouro.


O segundo contrastava com o primeiro como o dia e a noite, parecendo impossível aceitar que ambos pertenciam à mesma região. Ele era baixo, do tamanho de uma criança e muito rechonchudo. Tinha a coluna encurvada, o que provavelmente indicaria que já realizara muitos trabalhos pesados durante a vida. Os cabelos eram negros e ondulados, se juntando a uma longa barba. Trajava uma proteção pesada e portava um grande manchado na cintura, denotando claramente que era um guerreiro.


Entrando por último, mas com um destaque equivalente, uma figura de altura mediana completava o trio de visitantes. Era um homem magro, mas não como o primeiro, aparentando uma idade um pouco mais avançada, o que era facilmente visto pelas rugas. Possuía barbas longas e loiras e uma pele enrugada. Trajava uma proteção de guerra, tal como o segundo, mas nem de perto com o mesmo grau e imponência. Apesar de tudo, parecia ser o mais sábio dos três.


– Então, como Vossa Majestade ordenou, estão aqui os três líderes dos clãs mais próximos. – indicou Leif, tentando manter a cordialidade. Erik arregalou os olhos estupefato com aquela declaração, mas, ao ver a expressão de surpresa do irmão, sabia que tudo aquilo era mais um jogo daquela figura encapuzada.


– Eu… é claro! – exclamou o Rei Harald imponentemente, tentando esconder a surpresa. – Como eu ordenei, o Conselheiro Leif os trouxe aqui. Podem sentar, por favor, e se apresentem!


Indicados por Erik, cada um se sentou em uma das cadeiras de pedra, virando-se para o Rei Harald. Leif e o visitante mais alto ocuparam os assentos da esquerda, enquanto os dois guerreiros mais baixos ficaram na direita. O Grande Jarl permaneceu em pé, ao lado do irmão.


– Eu sou Sigurðr, líder do clã Hring Bege, um Arqueiro Bege renomado, adorador de Alfheim. – apresentou-se o indivíduo mais alto, com uma voz melódica, mas não menos grave. – Devo dizer que é um prazer finalmente estar diante de Vossa Majestade, cuja fama extrapola os limites de Graad Azul.


O Rei Harald agradeceu o elogio, enquanto Erik mordeu os lábios, parecendo incomodado com aquelas presenças.


– Eu sou Hreiðmarr, Ferreiro Negro comandante das minas de Eldsmíði Negro. – grunhiu o homem mais baixo com uma voz grave e falha, se levantando e brandindo o machado para cima. – A situação está ficando feia de mais até para os adoradores de Nidavellir, escondidos da luz de Midgard no interior das minas escuras dessa terra.


Demonstrando uma paciência no olhar, o Rei Harald ordenou para que ele se sentasse, não deixando de cumprimentá-lo também. Leif deu uma leve risada, parecendo se divertir com aquilo tudo. Erik se mostrava cada vez mais indignado.

– E eu sou Sveigðir, Paladino Dourado e soberano de Ljós Ouro, abençoado pelas entidades de Vanaheim. – explicou a terceira figura. – O Conselheiro Leif fez contato com nosso clã há cerca de um ano, ao mando de Vossa Majestade, mas só conseguimos marcar essa reunião agora, quando a situação está mais crítica.


– Podem detalhar as informações à vontade! – exclamou o Rei Harald, não entendendo o que estava acontecendo, mas tentando manter a boa relação.


Demonstrando ainda mais imponência pela sua altura, Sigurðr, o adorador de Alfheim, se levantou do assento e retirou uma espécie de pergaminho do manto. A um agitar de mãos, o papel se abriu e se estendeu magicamente no ar, a uma altura suficiente para que todos naquela sala pudessem olhar. O Rei Harald observou aquilo com atenção e entendeu logo do que se tratava. Era um mapa da região, onde se encontravam os principais clãs nórdicos.


Assinalando para que todos prestassem atenção, o guerreiro alto estalou os dedos e assinalou um ponto do mapa. Erik olhou atentamente, com um interesse quase tão grande quanto o Rei Harald. Leif permaneceu sentado, apenas com um ar superior, enquanto os visitantes restantes continuaram atentos, prontos para entenderem os detalhes que o líder arqueiro estava prestes a falar.


– Os clãs adoradores de Alfheim são extremamente organizados e secretos. – começou Sigurðr, ainda com um tom melódico. – Apesar de haver vários clãs, somos separados principalmente por questões geográficas, já que mantemos um contato constante entre nós. Isso é reflexo da organização que herdamos dos Elfos de Luz.


– Vais ficar aí se vangloriando dos clãs élficos ou vais direto ao assunto? – rosnou o baixo Hreiðmarr, rindo sonoramente em seguida, sem ser acompanhado.


– Bem, vamos continuar. – continuou o adorador de Alfheim, olhando o de Nidavellir com desdém e reprovação. – Não podemos revelar com exatidão, porque isso seria romper com a tradição dos nossos clãs. Porém, próximo deste ponto, havia uma localização adorador de Alfheim, mas há meses não conseguimos contato. Receio que a cidade tenha sido arrasada completamente.


– E não é só isso! – interrompeu Sveigðir, o venerador de Vanaheim, com um tom sério, olhando para o local onde o Arqueiro havia apontado no mapa. – Obtive informações que vários vilarejos próximos foram completamente varridos.


– É claro que se trata de Jötnar. – grunhiu o guerreiro mais baixo, soqueando uma mão na outra. – Estão se espalhando rapidamente e, se notarmos um padrão, logo chegarão até a área onde estão os nossos clãs. Esses ratos estão recebendo muito poder dos gigantes de Jotunheim. São extremamente perigosos.


O Rei Harald ergueu a sobrancelha intrigado, tal como Erik, fazendo sumir um pouco o incômodo da presença daqueles três em Graad Azul. O espalhamento dos exércitos adoradores de Jotunheim era uma clara eminência de guerra. Havia séculos que os guerreiros denominados Jötnar importunavam os clãs vizinhos e os vilarejos autônomos, agindo de maneira completamente irracional. Uma notícia de expansão organizada de seus clãs era, por si só, algo para se dedicar a devida atenção.


– Por mais que tenhamos divergências, é hora de nos unirmos. – afirmou o alto Sigurðr, ainda de pé. – Os Jötnar representam o pico da irracionalidade humana. Mesmo assim, eles são poderosos e podem conquistar as terras nórdicas. Precisamos mandar guerreiros em missão de reconhecimento nessas áreas supostamente atacadas. Assim teremos certeza do que se trata.


Sveigðir e Hreiðmarr concordaram rapidamente, anunciando que iriam enviar pelo menos um ou dois dos melhores guerreiros que possuíam. Lidar com uma possível ameaça dos Jötnar, ainda que em uma missão de reconhecimento, representava um risco alto. Portanto, enviar combatentes de elite era imprescindível para que houvesse um sucesso ou, pelo menos, um retorno.


Não satisfeito, Erik balançou a cabeça, mas preferiu não demonstrar muito seu desacordo. Mantendo a seriedade, o Rei Harald fez uma expressão serena e estava prestes a falar, quando o Conselheiro Leif se levantou e discursou:


– Que bom que chegamos a um acordo, meus amigos. Eu discuti alguns termos com o Rei Harald, antes de trazer vocês aqui. Vendo todos os pontos, achamos que o melhor é que nosso Grande Jarl Erik, líder dos Guerreiros Azuis comande essa missão de reconhecimento.


O queixo de Erik caiu, não mais do que o do Rei Harald, com aquela mentira. Não se importando muito com a veracidade da declaração, os três visitantes sorriram abertamente. A presença do Grande Jarl de Graad Azul seria praticamente a garantia de um sucesso absoluto. Erik era o guerreiro mais famoso e supostamente o mais forte de todas as terras nórdicas, admirado, inclusive, pelos clãs inimigos.


Insatisfeito com aquela situação, Erik bufou, pronto para desmentir aquela figura encapuzada, quando o Rei Harald ergueu o braço e se levantou em seguida.


– Sim, eu discuti esses termos com nosso Conselheiro. – apontou o Rei Harald, deixando Erik extremamente enraivecido e indignado. – Contudo, enquanto vocês estavam chegando, eu recebi um recado do Rei de Graad Índigo, um clã adorador de Asgard, localizado um pouco mais ao sul, mas com um porte menor que Graad Azul. Dada a gravidade das situações em que estamos, eu realmente preciso atendê-lo. E, como as leis do Reino obrigam a presença de pelo menos um dos diarcas na cidade, o Grande Jarl deve permanecer aqui e não poderá seguir essa missão. Mas não se preocupem, mandarei uma tropa de três grandes Guerreiros Azuis. O próprio Erik os levará até eles agora.


Os olhos de Leif se arregalaram de ódio com aquela indicação, efervescendo sob o capuz. Percebendo que o jogo do Conselheiro falhara, Erik deu uma leve risada, enquanto o Rei Harald se manteve calmo e satisfeito. Os três visitantes esboçaram um lamento inicial, mas logo se contentaram. Sabiam que seria improvável a presença do Grande Jarl naquela missão e que, embora ele não fosse, três Guerreiros Azuis de elite seriam de grande valia.


A uma ordem do Rei Harald, Erik conduziu o trio para fora do escritório, levando-os para os Guerreiros Azuis. O Conselheiro Leif permaneceu estático enquanto todos saíam, não conseguindo esconder a irritação nem sequer por um momento. Seus olhos ainda fervilhavam por debaixo do capuz.


No preciso momento em que todos deixaram a linha de visão, a figura encapuzada saltou para frente da escrivaninha, apontando o dedo para o Rei Harald, completamente indignada.


– Tu és uma cobra traiçoeira, Harald. – rosnou Leif. – Que história é essa de ir visitar Graad Índigo ou sei lá o que? Isso foi uma tremenda de uma mentira!


O Rei Harald deu um leve sorriso, não parecendo abalado com aquela clara falta de desrespeito com a hierarquia. Em seguida, se levantou e puxou um papiro, mostrando-o para Leif, que o leu atentamente, indignado.


– O Rei de Graad Índigo não cansa de me mandar convites para visitar o Reino mais ao sul. – constatou o Rei Harald, mandando-o continuar a ler a carta. – Dada a gravidade da situação, devo aceitar o convite e informá-lo de uma possível expansão dos clãs de Jötnar. É minha obrigação, já que ambos somos clãs abençoados pelos Aesires.


– Obrigação? – indagou Leif, ainda indignado. – Estás querendo livrar o teu irmão dessa missão.


– E se for? O que vais fazer? – perguntou o Rei Harald, se inclinando para encarar a figura encapuzada nos olhos. – Vais vetar a minha ida a Graad Índigo? E, se por acaso o fizer, e meu irmão morrer durante a missão de reconhecimento? Estás pronto para arcar com a responsabilidade da morte da entidade mais popular de Graad Azul? Creio que a tua permanência no próximo ano estará liquidada.


Leif permaneceu quieto diante daquela ameaça, mantendo um ar completamente derrotado. Sabia que não poderia ganhar aquela discussão. Sua popularidade estava prestes a ruir e a morte do Grande Jarl daquela maneira só lhe custaria completamente a manutenção do cargo. Assim, sem dizer nada, ele ajeitou o capuz e foi em direção a porta, exclamando antes de sair:


– Tu defendes tanto o teu irmão, mas será que ele faria o mesmo por ti? – provocou Leif, em frente à porta. – Ele é tão mente fechada quanto tu, por isso duvido que aceitou essa aliança. Acho que caíste muito no conceito dele ao permitir que Guerreiros Azuis se juntem a essa missões.


– Não vais me envenenar contra meu irmão, Leif! – rosnou o Rei Harald, se levantando, pela primeira vez demonstrando irritação. – É melhor te retirares agora daqui ou então vais sofrer as consequências.


Dando finalmente uma risada, o Conselheiro Leif deixou o aposento. Nervoso, o Rei Harald pegou a caneta para voltar a escrever, quando respirou fundo e largou-a no tinteiro. Não tinha mais condições de produzir absolutamente nada.

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Os meses foram seguindo e as preocupações do Rei Harald se tornaram ainda maiores. A missão de reconhecimento resultara em apenas um aumento na situação crítica e alarmante que estavam vivendo, já que nenhum guerreiro voltara. Irritado com tudo isso, Erik reforçou que aquela aliança havia sido a responsável pela queda. O Jarl justificou que jamais guerreiros tão distintos conseguiriam realizar um processo com a proeza adequada.


Tentando conter o ímpeto do irmão, cinco meses após o primeiro envio, o Rei Harald concordou em enviar alguns Guerreiros Azuis como batedores, prontos para identificar os atos naquelas regiões. Para preocupação geral dos diarcas, nenhum retornou com vida, deixando a situação ainda mais tensa e aumentando a pressão promovida pelo Conselheiro Leif.


Mais dois meses foram decorridos e, diante da alarmante pressão, o Rei Harald concordou em retomar a aliança, para a rebeldia total de Erik. Entretanto, apenas o informante graadiano enviado a Ljós Ouro retornou. Em uma reunião com Sveigðir, o trio decidiu não mandar mais grupos de reconhecimento, já que não seria seguro desfalcar ainda mais as cidades dos exércitos. Segundo os boatos, os outros dois clãs aliados foram completamente dizimados, o que aumentaria ainda mais os riscos.


A consagração de Henrike como Guerreiro Azul, três meses depois, pareceu apaziguar os ânimos dos líderes da cidade. Diante de dezenas de guerreiros e do Rei Harald, o garoto foi proclamado o mais novo membro do exército mais poderoso das terras nórdicas. Como símbolo, lhe foi dado uma armadura azul, disposta em uma urna azulada, muito semelhante às gregas, mas de um material um pouco mais rústico.


Parecendo ignorar tamanha atenção, Henrike saiu da cerimônia agitado, correndo em direção ao próprio aposento. Estava com uma aparência mais madura. Já tinha o porte de um jovem, quase adulto. A barba era marca no rosto, mas não se destacava muito devido à cor clara. Havia somente um pequeno volume, mas não imperceptível. O bigode já era mais forte e o cabelo mais longo. Estava extremamente corpulento e alto, se assemelhando muito ao pai.


Ele abriu a porta e deu um largo sorriso ao ver a figura de Propus, parecendo esperar por ele, mantendo a atenção em um livro que lia sobre a cama do amigo.


O jovem do sul estava com um porte mais velho, com sua altura já se destacando, apesar de não ser tão alto. Seus cabelos lisos iam já para baixo do pescoço, com os cabelos mantendo o mesmo tom castanho de sempre. Os olhos seguiam firmes e profundos, atentos àquele livro que portava. Vestia trajes simples de frio, o suficiente para suportar as intempéries daquela época do ano.


Sem perder tempo, Henrike largou a armadura no chão e correu em direção a Propus, beijando-o com força. O estrangeiro não reagiu, permitindo ser derrubado na cama, deixando o graadiano ser tomado pela felicidade.


A noite correu agitada até que o sol raiou nos olhos de Henrike. Ele abriu os olhos, quando viu Propus sentado, já vestido, continuando a ler o livro que estava lendo no dia anterior. O graadiano estava prestes a cumprimentá-lo, quando o estrangeiro fechou os olhos e pareceu ter se desligado do mundo naquele momento.


Então, como um estalo, Propus reabriu os olhos rapidamente e falou:


– Jötnar! Estão vindo para invadir Graad Azul!

 

Preparando para o Gustavo me assassinar em 5,4,3,2,1...

Editado por Nikos
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Mas... O que.

 

Fiquei totalmente... Ué. Vamos por partes porque to em choque hahahaha

 

Leif pelo visto incomodava a alta cúpula de Graad Azul desde que Kelda era a Conselheira. Infelizmente ele conseguiu impedir Pavel de se tornar o sucessor da mulher, o que acarretou na sua ascensão ao posto. Mas agora a pergunta que fica é... Onde está Kelda? Até o momento ela não apareceu durante os tempos atuais da história em si, então me pergunto o que aconteceu com ela. Suponho que tenha morrido, mas fico no aguardo para descobrir.

 

Mas assim... Henrike é gay? WAT. Nada contra a sexualidade, não sou homofóbico, mas é que... Ué. Não sei nem o que falar até agora. Mas isso explica muita coisa, especialmente a fixação inicial que ele possuia pelo Pavel, sugerindo que já deveria estar apaixonado por ele desde aquela época. E agora parece que o alvo é Propus. Mas Propus é gay também? E os beijos que ele dava na Mona? Ele é bissexual? Porque ele deixou Henrike beijá-lo? Ai Ninos. São muitas perguntas uahuhauahuhauahuahauhau

 

Foi o evento mais surpreendente até agora dessa segunda parte e fiquei muito curioso para descobrir como essa relação vai se desenvolver. Desde já estou chocado com isso e principalmente com o Propus, porque eu podia jurar que ele gostava da Mona e ele era hétero...

 

Enfim, não aconteceu muito, capítulo de transição. Mas fiquei extremamente curioso pela chegada do Jotnar a Graad Azul. Espero que eles sejam como foi apresentado até o momento, guerreiros temíveis e que causem alguma baixa nos outros clãs de Midgard. Aliás, me perdoe pela confusão no comentário anterior, é que as vezes imagino que Graad Azul está afiliada daquela Asgard que conhecemos oficialmente de Saint Seiya. Foge da memória as vezes que o mundo nórdico dos humanos é Midgard e que Asgard é a morada dos Deuses.

 

No mais, um palpite que tenho para a trama futuramente é que Propus fará algo semelhante ao que Pavel fez no passado e conquiste a população. A renovação do posto de Conselheiro está próxima e uma batalha grande como essa é a chave perfeita para Propus brilhar e conquistar a admiração do povo. E só uma pergunta, Pavel já era Cavaleiro de Aquário quando esteve em Graad Azul? Ou conquistou este posto após o cargo que seria seu originalmente foi assumido por outra pessoa?

 

Parabéns Ninos e abraço!

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Olá Gustavo!!

Vamos fazer as contas...

Até a discussão do Rei Harald com Leif tinha se passado pouco mais de dois anos e meio desde que Propus chegara em Graad Azul. (mais de um ano e meio entre a chegada e a consagração de henrike como aprendiz e um ano depois entre esse fato e a discussão).

Nessa 'conversa amigável', o Rei Harald disse que Leif seria um nada no ano seguinte. Como o cargo de Conselheiro é avaliado a cada cinco anos, imaginemos que falte um ano e meio ou mais para se realizar o referendo.

Somando... 2 anos e meio do Propus mais 1 ano e meio que sobrou... Quatro anos! Então o Conselheiro foi eleito um ano antes de Propus chegar. Pavel chegou 2 anos antes disso. Então, recapitulando a história, Pavel veio a Graad Azul mais ou menos nos arcos "A legião de Atena" e "Jamiel". Naquela época, Sertan, quando invadiu o refúgio, falou que sabia que Pavel tinha se tornado o Cavaleiro de Aquário. Também foi dito que a coroação de Pítia e Safiya fora a primeira desde Gerd e Pavel!

Em resumo com essas contas imensas (um dia eu faço a cronologia, mas ainda não posso, ou terá spoillers) Pavel já tinha sido consagrado cavaleiro naquela época e fazia algum tempo.

Claro que eu simplesmente poderia responder, mas só tou mostrando que essa resposta não é um spoiller. kkkk


Agora vamos ao comentário!


Leif sempre foi um incômodo ao que parece, sendo o representante da oposição que finalmente conseguiu assumir o poder, depois de uma manobra bem suja, digamos assim, apesar de totalmente amparada pela lei.

Não sei quem fim levou Kelda. Mas, pensando no que o Henrike faolou... se Leif fez de tudo para atormentar a vida de Pavel desde que assumiu, não me admira que tenha feito de tudo para tirar Kelda do palácio. Ou quem sabe até ter feito coisa pior. Sei lá. Também não vou ficar julgando ele, porque Kelda já era velha (e assumiu 3 vezes o posto, ou seja, estava há 30 anos em um cargo democrático, que deve ter assumido após vários anos de convencimento. Ou seja, deve ter 60 para mais e... naquela época).

Falando da cena ali! O Henrike já tinha pistas desde o primeiro capítulo quando ele se interessou por Propus, dizendo que ele era "diferente". E fora a fixação dele por Pavel eterna, como mesmo especulasse.

Quanto a Propus, eu não sei exatamente o que ele pensa. Não que eu queira rotulá-lo. Mas se ele pegou tanto a Mona quanto o Henrike e continuou com isso, talvez seja realmente bi. Ou então naquela época isso era tão "liberal" que não dÊ exatamente para falar. Se ele deixou Henrike beijá-lo, quer dizer que ele queria isso. hauahu

Eu achava que já iam imaginar alguma coisa, pelo menos por parte de Henrike! E ele ficar com Henrike não exclui ele ter gostado ou não de Mona, a fila anda!:/

Aconteceu apenas a extinção de dois clãs nórdicos (já que Graad Azul perdeu o contato com ambos). Se foi realmente os Jötnar, é bom Graad Azul se preparar. Isto se Propus estiver dizendo a verdade.

Imperdoável! auhuha. Na realidade, acho que foi falta de explicação a minha mesmo sobre a confusão. Eu deveria ter deixado mais claro no texto. É que o conceito de Midgard está bem inserido na minha cabeça, daí é fácil dizer.

Propus finalmente alcançaria a glória se isso acontecesse. Fora que Propus é a sombra de Pavel, como Henrike diz que o Conselheiro Leif teme. Basta um feito para ele ser idolatrado em Graad Azul!

Veremos então como será a invasão.

Abraços Gustavo, obrigado pelo comentário, e te aguardo em breve!

Falou

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Capítulo 02 e 03 lidos.

 

Em relação ao comentário destes dois, gostei imenso e não tive preferência, pois eles foram do meu agrado.

 

Sobre o personagem conselheiro Leif, não passa de um homem velho carrancudo, amargado e vencido pela sua impopularidade. Entendo o porquê de ele ter sido nomeado por conta de um pormenor técnico que ele sabia muito bem sobre a política graadiana, bem matreiro e perspicaz e também a razão da sua indiferença sobre os estrangeiros como Pavel e Propus que o ameaçam contra a sua posição política.

 

Notei que a guerra é usada como moeda corrente e também é a política desta região que é adorada e influenciada pelos deuses aesires, uma excelente de cair na graça dos graardianos é ser visto como um guerreiro poderoso, agora entendo como Pavel foi facilmente visto como um herói.

 

Propus continua com a sua língua afiada e nada mudou mesmo, a sua perspicácia em ler as mentes e almas, continua bem assustador e difícil de lidar.

 

Tem um aspeto que concordo com Leif é a união e o forjamento das alianças com outros povos.

 

E a apresentação das nuances das personalidades, costumes e crenças das outras tribos tem me agrado e assim do valor da diferença entre eles.

 

Muitos parabéns e abraços, mon ami.

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Oi Nikos vim comentar seus últimos caps

 

Cap 2

Leif parece estar tramando algo ao visitar os outros reinos, estou para ver o que seria

Então o Panvel se tornou um herói por ter salvo o graad azul de ser destruído completamente por ataque estrangeiro, foi interessante para ver a estensal dos poderes dele mas preferia que ele tivesse lutado mesmo contra os invasores mas enfim

Então ele foi eleito como conselheiro do graad azul era que vai aceitar?

 

Cap 3

Leif se elegeu por detalhes técnicos não é toa que estava preocupado com sua permanecia no poder, mas sua estratégia para conseguir isso foi no mínimo ousada, primeiro tenta mandar o jarl para a morte depois depois tenta criar intriga entre os dois irmãos, o cara ta qse parecendo a reencarnacao de certo deus traiçoeiro, acho que sabe de quem estou falando né ?

Henrike me surpreendeu por esta atração pelo Propus, nada contra na verdade mas para mim ele não parecia ser desse tipo, mas quem sou eu para ficar julgando tb

De início achei estranho Propus ter aceitado ter um relacionamento com o nórdico, mas acho que depois de pensar um pouco acho que entendi porque ele fez isso, para mim o Geminiano está usando o nórdico, acredito que ele tenha percebido que poderia ter problemas com o Leif e que não tinha muito apoiadores no graad azul (diferente do Panvel ) por ficar muito tempo na biblioteca, aceitando ter este relacionamento com o novo guerreiro azul ele ganhou um aliado com relativa influência por ser filho do jarl e sobrinho do rei esta é minha suposição falei isso porque senti que propus ficou muito passivo ( sem trocadilhos ok) na relação com o Henrike, ele era mais ativo em relação a Mona a qual adimitiu amar, ou pelo menos sentir algo forte, se ele gostasse mesmo do nórdico acho que ele seria mais ativo como foi com a Mona

Agora vamos ver um pouco de ação nesse arco! Quero ver como os guerreiros azuis vão se sair contra os adoradores de gigantes!

 

É isso Nikos parabéns pelos caps e até a prox

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Capítulo 02 e 03 lidos.

 

Em relação ao comentário destes dois, gostei imenso e não tive preferência, pois eles foram do meu agrado.

 

Sobre o personagem conselheiro Leif, não passa de um homem velho carrancudo, amargado e vencido pela sua impopularidade. Entendo o porquê de ele ter sido nomeado por conta de um pormenor técnico que ele sabia muito bem sobre a política graadiana, bem matreiro e perspicaz e também a razão da sua indiferença sobre os estrangeiros como Pavel e Propus que o ameaçam contra a sua posição política.

 

Notei que a guerra é usada como moeda corrente e também é a política desta região que é adorada e influenciada pelos deuses aesires, uma excelente de cair na graça dos graardianos é ser visto como um guerreiro poderoso, agora entendo como Pavel foi facilmente visto como um herói.

 

Propus continua com a sua língua afiada e nada mudou mesmo, a sua perspicácia em ler as mentes e almas, continua bem assustador e difícil de lidar.

 

Tem um aspeto que concordo com Leif é a união e o forjamento das alianças com outros povos.

 

E a apresentação das nuances das personalidades, costumes e crenças das outras tribos tem me agrado e assim do valor da diferença entre eles.

 

Muitos parabéns e abraços, mon ami.

 

Olá Saint, tudo bem?

 

Que bom que gostaste dos dois. Eu preferi bem mais o três porque as intrigas de Leif finalmente se manifestaram, inclusive suas estratégias sujas para subir ao posto e manipular a política de Graad Azul.

 

Leif é a eterna oposição, apesar da proposta dele de integração ter algum fundo, apesar de que seria difícil fazer povos de crenças tão diferentes coexistirem: ex: adoradores de elfos e anões juntos. Culturas diferentes. Isso é algo que acontece aos poucos e não forçado como o Conselheiro faz.

 

Isso dos estrangeiros pode ter relação com o que Propus acusou, ou por ele ser xenofóbico mesmo. Não sei explicar com deetalhes ainda.

 

A guerra tem muito a ver com as crenças deles. Eles, por louvarem os aesires, acham que a glória só pode ser obtida através de uma grande luta. Pensamento diverso, um pouco violento, mas que não deixa de ser característico. Mas isso pode ser levado a ruína. Quem diria que Pavel seria um bom administrador... ele simplesmetne foi escolhido por ser um grande guerreiro.

 

Propus foi até que mais ameno no terceiro capítulo. No segundo ele irritou bastante o Conselheiro, não que ele não tenha merecido.

 

Fico feliz que as outras tribos tenha te agradado. Eu tentei trazer guerreiros de outros clãs para não ficar sempre na mesmice e mostrar que também há política externa em Graad Azul.

 

Obrigado pelos parabéns Saint e valeu pela presença!

 

Um abração!

 

 

Oi Nikos vim comentar seus últimos caps

 

Cap 2

Leif parece estar tramando algo ao visitar os outros reinos, estou para ver o que seria

Então o Panvel se tornou um herói por ter salvo o graad azul de ser destruído completamente por ataque estrangeiro, foi interessante para ver a estensal dos poderes dele mas preferia que ele tivesse lutado mesmo contra os invasores mas enfim

Então ele foi eleito como conselheiro do graad azul era que vai aceitar?

 

Cap 3

Leif se elegeu por detalhes técnicos não é toa que estava preocupado com sua permanecia no poder, mas sua estratégia para conseguir isso foi no mínimo ousada, primeiro tenta mandar o jarl para a morte depois depois tenta criar intriga entre os dois irmãos, o cara ta qse parecendo a reencarnacao de certo deus traiçoeiro, acho que sabe de quem estou falando né ?

Henrike me surpreendeu por esta atração pelo Propus, nada contra na verdade mas para mim ele não parecia ser desse tipo, mas quem sou eu para ficar julgando tb

De início achei estranho Propus ter aceitado ter um relacionamento com o nórdico, mas acho que depois de pensar um pouco acho que entendi porque ele fez isso, para mim o Geminiano está usando o nórdico, acredito que ele tenha percebido que poderia ter problemas com o Leif e que não tinha muito apoiadores no graad azul (diferente do Panvel ) por ficar muito tempo na biblioteca, aceitando ter este relacionamento com o novo guerreiro azul ele ganhou um aliado com relativa influência por ser filho do jarl e sobrinho do rei esta é minha suposição falei isso porque senti que propus ficou muito passivo ( sem trocadilhos ok) na relação com o Henrike, ele era mais ativo em relação a Mona a qual adimitiu amar, ou pelo menos sentir algo forte, se ele gostasse mesmo do nórdico acho que ele seria mais ativo como foi com a Mona

Agora vamos ver um pouco de ação nesse arco! Quero ver como os guerreiros azuis vão se sair contra os adoradores de gigantes!

 

É isso Nikos parabéns pelos caps e até a prox

Olá Fimbul, haá quanto tempo, fico feliz em tê-lo de volta!

 

 

Tais muito desconfiado Fimbul. kkkk. Leif pode estar simplesmente querendo uma maior integração. Não que essa integração não acabe sendo benéfica para ele, como Propus mesmo disse. Não sei.

 

O PAVEL (não Panvel) se tornou heroi por fazer aquilo que os graadianos mais adoram: ser um guerreiro poderoso. E correção: Graad Azul provavelmente não seria destruída pelos Conjuradores de Eldur Laranja. Pelo que foi apresentado no os graadianos provavelmente venceriam, mas haveria baixas. Pavel simplesmente anulou essas baixas. Lembrando que os Guerreiros Azuis são os mais poderosos da mitologia nórdica e, no combate 1x1 que Pavel deixou, eles venceram com facilidade.

 

E Pavel lutou com os invasores (derrotou metade do exército com um golpe só, kkk), mas não diretamente, como gostarias não é? É que isso aconteceu nas lembranças de Henrike e ficaria muito extenso se houvesse uma batalha individual mesmo. É sempre ruim trabalhar com o passado nesse ponto.

 

Leif se elegeu através de uma brecha bem inteligente, mas que foi suja foi. kkk, sem contar as jogadas para tentar tirar Erik da jogada. Engraçado associá-lo com Loki, não tinha pensado nisso, ou talvez até tenha, minha memória está nebulosa nesse ponto.

 

Bem, Henrike desde o primeiro capítulo se mostrou interessado em Propus, dizendo que ele era diferente. Depois, desde a infância se mostrou bitolado pelo Pavel. Alguma coisa tinha. kkk. Mas falando em "parecer" ou não, eu não sou muito de estereótipos, logo considero que a sexualidade não depende de outra ciosa a não ser o gosto. Isso principalmente naquela época, onde era bem menos rotulado.

 

Quanto a Propus... que desconfiança. Já faz dois anos que ele viu Mona morrer nos seus braços. Ele tem direito de seguir em frente na vida. Mas concordo que o teu lado faz bem mais sentido considerando tudo o que Propus fez até agora e sua personalidade.

 

Sim, para a tua alegria, teremos ação (ou não, uhauhauhuahua). Tava muito na parte das intrigas, tá na hora de ter um pouco de pancadaria!

 

Valeu pelos parabéns Fimbul e a gente s efala

 

 

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Capítulo 3

 

Antes de tratar dos pormenores do capítulo, devo parabenizar o autor pela ideia de incorporar ao seu trabalho, nesta segunda saga de Atlântida, os Resumos. As peculiaridades dos personagens, tanto como o vídeo, presentes neste, enriqueceram por demais a obra e são vistas, pelo menos por mim, como algo muito agradável (fico sempre a esperar por eles ao término de cada capítulo).

 

Tratando agora do que houve no capítulo...

 

Veio à explicação quanto à forma como Leif chegou ao cargo de Conselheiro e neste ponto, tudo acabou muito bem amarrado, aliás, este personagem vem roubando a cena desde quando foi apresentado.

 

Mesmo sendo parecido com Arkab em alguns aspectos de sua personalidade (antipatia, inveja, intriga...) Leif tem se sobressaído na trama do Graad Azul e suas atuações, até aqui, reafirmam a capacidade notória do autor em desenvolver seus personagens sendo eles agradáveis, ou não, ao gosto dos leitores.

 

Parabéns!

 

O Conselho de Guerra no reino azulado com os membros de Alfheim, Nidavellir e Vanaheim foram outro ótimo atrativo do capítulo, trazendo mobilidade à trama e colocando em curso alguma ação.

 

A menção do Graad Índigo e Asgard (fiquei curioso para saber mais) não passou desapercebido, tanto como, a cena “amorosa” entre Propus e Henrike descrita em um único parágrafo com uma qualidade que beirou a perfeição.

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Olá Leandro!!

Obrigado pelos elogios quanto aos resumos e extras dos capítulos! É sempre bom divulgar uma coisa ou outra das inspirações da obra e do contexto mitológico, principalmente em relação a algo não tão abordado em Saint Seiya como é a mitologia nórdica.

Os resumos eu roubei da parte inicial dos episódios de CDZ mesmo, com a musiquinha e tudo. Mas, mais que isso, é para as pessoas que estão há um tempinho sem ler se lembrarem da história!

Agradeço e fico feliz que esteja agradando esses extras.


Leif é um personagem intrigante, porque vai de encontro com tudo aquilo que os graadianos pensam. Que bom que achasse bem amarrado e que o Conselheiro está te agradando dessa forma.

Nunca o havia associado a Arkab, mas agora que falaste, vejo algumas semelhanças. Discordo da parte da inveja, pois não vejo isso como marcante no cavaleiro de Sagitário..

Que bom que tocou no ponto do desenvolvimento dos personagens. Eu gosto muito do personagem Leif, apesar de não gostar de sua personalidade. Em uma trama, sempre tem personagens agradáveis e desagradáveis e me satisfaz muito que o mesmo esteja te causando impacto! Obrigado pelos parabéns, significa bastante.

A parte do conselho, como falasse, serviu para acelerar a história desse conto, que não havia engrenado ainda. Havia sido dois capítulos de extrema introdução. Graad Índigo é como Graad Azul, um clã de Midgard abençoaado pelos deuses de Asgard! Só que Graad Azul é mais famosa e poderosa.

Que bom que a cena de Propus te agradou!

No mais é isso Leandro! Obrigado pela presença e a gente e fala!

Abração

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BALANÇO: CAPÍTULO 3

Agora um balanço do Capítulo 3, com o resumo em vídeo (eu sei que o pessoal não acessa muito, mas para quem está atrasado ou não se lembra da história é sempre bom), ficha dos personagens, curiosidades e a estrutura do poder no Reino Azulado.


Resumo em vídeo



https://www.youtube.com/watch?v=n3Jd9RYgSx4&feature=youtu.be

 

Personagens

 

Propus: Jovem do Sul que veio a Graad Azul para adquirir conhecimento. Mantém um relacionamento com Henrike.

Henrike: Jovem graadiano, filho do Grande Jarl Erik e admirador eterno de Pavel. Mantém um relacionamento com Propus e recentemente foi proclamado novo Guerreiro Azul da cidade. Tem uma personalidade empolgada, admirando muito os estrangeiros.

Rei Harald: Um dos três líderes do Reino de Graad Azul. Segue num eterno impasse com o Conselheiro Leif, que insiste em um ideal de integração com outros clãs. Mostra-se preocupado com o Reino que comanda, tentando agir de maneira racional e perspicaz, driblando as intrigas de Leif.

Grande Jarl Erik: Um dos três líderes do Reino de Graad Azul. Um dos maiores guerreiros das Terras Nórdicas, sendo conhecido e admirado inclusive pelos clãs inimigos. Tem uma personalidade forte, considerando que Graad Azul é extremamente independente, não necessitando de outros clãs.

Conselheiro Leif: Um dos três líderes do Reino de Graad Azul. Traja sempre um capuz, que praticamente lhe oculta o rosto. É ardiloso e sabe manobrar muito bem as regras e o poder, tanto que assumiu o cargo de Conselheiro mesmo com apenas 6% dos votos. Tentou tirar o Jarl de cena, mandando-o para uma missão suicida, mas foi impedido pelo Rei Harald.

Pavel: Herói em Graad Azul, que teve a sua eleição a Conselheiro da cidade impedida pois não era um cidadão graadiano. Teve a vida atormentada por Leif no ano seguinte, fato que o fez deixar o Reino. Desprovido de modéstia, é um grande guerreiro, que não vê problemas em se vangloriar com suas ações.

 

Estrutura política de Graad Azul

Graad Azul é uma triaquia. Entenda e relembre como funcionam os três cargos:

Rei: Representa a vontade divina, o direito de nascença e a racionalidade. Assume o cargo pelo direito de nascença, sendo um cargo vitalício. Deve acumular o máximo de informações possíveis para fazer uma boa administração. Por isso, deve frequentar a biblioteca infinita do Reino Azulado, lendo várias obras e produzindo os outros. É a principal figura nos tempos de paz, tendo o poder máximo de decisão, mas sempre devendo decidir junto com o Jarl.

Grande Jarl: Representa a força, a honra e os Guerreiros Azuis. É um dos líderes da cidade e também do exército. Assume o cargo após a aprovação do Rei para a realização de um conselho entre os Guerreiros Azuis. Somente os membros do exército podem escolher e retirar o Grande Jarl, não cabendo a ninguém questionar. É o principal conhecedor dos assuntos bélicos, devendo comandar sempre os soldados. Todas as decisões do Rei devem ser discutidas com ele antes.

Conselheiro: Representa a democracia e a vontade do povo. Assume o poder por eleição espontânea do povo, que pode indicar qualquer nome, mas só o cidadão graadiano mais votado que conquistará o posto. O cargo tem duração de dez anos, devendo-se realizar um referendo de aprovação na metade do mandato. Caso o povo desaprove, uma nova eleição deverá ser realizada. Na estrutura política, não tem o poder de tomada de decisões, mas pode vetar as ações do Grande Jarl e do Rei.

 

Curiosidades

  • Na organaziação dos clãs nórdicos, até o período medieval havia o comando dos Jarls, que representavam a nobreza, sendo líderes dos exércitos escandinavos. O líder de todos os clãs era o Oberjarl, que comandava a todos, apesar de haver uma grande descentralização do poder, isto é, os Jarls muitas vezes ignoravam as ordens do seu superior, sendo mais independentes.
  • Em Atlântida, porém, nota-se que os clãs são bem desunidos, cada um tendo o seu líder. Dessa maneira, não poderia haver necessariamento um Oberjarl, por isso foi criado o cargo de "Grande Jarl", pois ele é o Jarl mais poderoso das terras nórdicas, apesar de não comandar os outros.

 

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CAPÍTULO 4

 

Um grande estrondo soou pelos corredores do castelo central de Graad Azul. Henrike engoliu a saliva e ficou assustado. Sabia que tais barulhos só podiam significar a presença de Jötnar. Olhou de relance para Propus e ficou impressionado com a sua percepção rápida e adiantada. Todos sabiam o som característico que os Jötnar faziam ao se aproximar, mas não imaginava que seu amigo pudesse notar de tão longe e antes que todos.


Ignorando Propus, ele se vestiu, pegou a armadura e correu por entre os corredores do castelo. O desespero era grande e tornou-se ainda maior quando ele ouviu o som da trombeta de aviso. Pulou uma janela para deixar o ambiente, evitando esbarrar nas dezenas de pessoas que corriam para se proteger no palácio, o local mais impenetrável de Graad Azul.


Continuou correndo por entre as casas na direção contrária ao fluxo. Se os Jötnar estavam mesmo invadindo o Reino, ele, como novo Guerreiro Azul, precisaria lutar.


Um barulho de tempestade ecoou forte e um grande tremor veio em seguida. A pressão foi tamanha que o derrubou, mesmo à distância. Tinha certeza que os inimigos haviam produzido uma avalanche e que, provavelmente, tinham tombado a primeira muralha protetora da cidade. Sabia que existiam mais quatro camadas, mas não teria certeza se durariam com a pressão dos ataques opressores.


Fora da muralha, o exército invasor ria. Havia uma tropa de algumas dezenas de homens, o suficiente para vaporizar um clã nórdico menos protegido em pouco tempo. Eram todos de alta estatura, com uma proteção semelhante a uma armadura, mas transparente, parecendo ter sido feita de gelo. Cada um possuía uma que cobria praticamente todo o corpo. Alguns seguravam estacas de gelo na mão direita e outros, escudos protetores, do mesmo material.


Possuíam aparências muito imponentes, se aproximando de uma insanidade. Tinham mais de dois metros e eram extremamente corpulentos, mais do que qualquer guerreiro de Graad Azul. As barbas se misturavam entre brancas, ruivas e loiras, mas todas eram grossas, iam até o começo do peitoral e se juntavam com os cabelos e bigodes. O capacete viking parecia ser feito do mesmo material que as proteções.


O maior guerreiro, e também o mais protegido, tomou a dianteira, ergueu o braço para frente e, da palma de sua mão, uma energia gélida foi manifestada. Logo depois, uma avalanche foi produzida. Todos os outros Jötnar acompanharam a atitude, que foi suficiente para varrer sem dificuldades o segundo muro do Reino e produzir mais um longo estrondo.


A felicidade por mais um sucesso encheu de alegria a todos, que gargalharam de novo e já estavam prontos para golpear novamente a muralha. Seguidos novamente pelo grande guerreiro, todos produziram uma avalanche, que seguiu para o muro, quando uma barreira de gelo interceptou o caminho, anulando o ataque. O grande ser rosnou e, mais ainda, quando dezenas de soldados desceram da muralha.


Os defensores trajavam uma armadura azul brilhante, altamente protetora. No seu centro, estava Erik, com um pingente no pescoço que indicava a sua liderança.


– Ousam tentar invadir a nossa cidade, seus Jötnar malditos? – bradou Erik em um tom de autoridade. – Nós, os Guerreiros Azuis, liquidaremos com vocês agora mesmo.


O maior dos invasores riu e, praticamente ignorando as criaturas à frente, concentrou a energia gélida nas mãos e lançou mais uma poderosa avalanche. Num movimento rápido e bem articulado, Erik ergueu as mãos para cima, enquanto todos produziam uma barreira de gelo emergida do chão.


– IMPULSO AZUL! – gritou Erik rapidamente.


Erik concentrou uma grande energia em formato de uma esfera azulada, rodeada de ar frio. Com um comando, o ataque seguiu em forma de rajada em direção a três oponentes, congelando-os totalmente. O maior Jötnar bufou impressionado, mas não deixou de rir em seguida quando parte das avalanches produzidas acabou vencendo a barreira de gelo e acertando um dos Guerreiros Azuis.


Ao ver a cena, Erik se virou e lamentou, enquanto a gigantesca criatura se aproximava dele com uma clava de gelo na mão, tentando golpeá-lo, mas em vão.


– Não colocarás as mãos em Erik, o Grande Jarl de Graad Azul. – rosnou o próprio. – Eu me defenderei até a morte e protegerei essa cidade.


– Tua fama é incrível, Erik, mas perecerás agora. Eu sou Bergelmer, comandante dos Jötnar Prateados e líder do clã de Snjór Prata, o maior clã venerador de Jotunheim. – bradou a imensa criatura. – Tu podes ser muito forte, mas achas que teus guerreiros resistirão quanto tempo às nossas avalanches?


Bergelmer deu uma longa risada e todos os seus guerreiros o acompanharam. Ao som de um estalo do líder, as batalhas iniciaram entre os Guerreiros Azuis e os Jötnar. Eram rajadas de gelo vindo do lado defensor contra avalanches do invasor. Frente a frente, Bergelmer agitava sua clava enquanto Erik preparava para lançar o golpe.


– ESTRONDO CIRCULAR! – bradou Bergelmer, socando uma mão contra outra, após deixar a clava na cintura.


– IMPULSO AZUL! – respondeu Erik.


Uma gigantesca bola de neve foi emanada do Jötnar e rolou rapidamente em direção a Erik, que lançou sua energia azulada. Os dois ataques se chocaram, arrastando ambos para trás. Mesmo em maior número, as avalanches não conseguiam vencer os Guerreiros Azuis, mantendo um a vantagem para o lado defensor, apesar de não ser grande.. Erik lamentava pelas perdas, sentimento este que logo deu lugar a um sorriso quando ouviu o som de uma corneta.


– Acham que vão resistir quanto tempo? – indagou Bergelmer. – Logo as nossas avalanches vão arrasar com todos os teus soldados.


– A pergunta é certa é: quanto tempo vocês vão resistir? – zombou Erik rindo.


Bergelmer bufou com a ofensa e estava pronto para golpear o Grande Jarl, quando um risco flamejante cortou o céu e acertou um dos Jötnar. O fogo se espalhou rapidamente, incendiando-o completamente. O chefe dos invasores arregalou os olhos, enquanto Erik era quem ria naquele momento.


– Graad Azul não tem esse poder. – rosnou a criatura, completamente impressionada. – O que é isto?


– São lanças flamejantes. Atiradas por meu exército lá de dentro das muralhas. – gabou-se Erik. – Ficamos com elas após uma guerra contra os Conjuradores de Eldur Laranja. O seu fogo se espalha por todo o corpo, incendiando qualquer um que o toque. Agora, ATAQUEM!


Cinco lanças flamejantes cortaram o céu e foram em direção aos Jötnar, quando uma cortina de areia tomou o local repentinamente, bloqueando completamente a sequência das armas. Erik arregalou os olhos e seu queixo caiu quando ouviu uma sequência de passos barulheiros. Mais Jötnar estavam se aproximando.


Sua intuição se confirmou quando outras dezenas de guerreiros gigantes surgiram. Porém, estes não trajavam proteções semelhantes ao gelo e sim a rochas. Bergelmer riu incansavelmente com a aproximação deles, enquanto os Guerreiros Azuis recuaram alguns passos, pouco assustados.


– Esses são os Jötnar Cinzentos, do clã de Steinn Cinza, abençoado pelos Gigantes da Montanha, também de Jotunheim. – bradou Bergelmer – Eles perderam seu líder há algum tempo e eu ofereci abrigo caso eles nos ajudassem a exterminar Graad Azul.


– Uma aliança entre Jötnar? – rosnou Erik. – Mas vocês sempre foram guerreiros desunidos.


– NÃO MAIS! – exclamou Bergelmer. – ATAQUEM!


Um a um os Jötnar foram lançando avalanches de neve e de terra contra os Guerreiros Azuis. Ataques de gelo foram lançados, conseguindo parar as rochas, mas não interferindo na neve. Alguns soldados defensores tombaram, enquanto mais lanças flamejantes cortavam o ar, porém, todas eram bloqueadas pelas rochas do segundo grupo de Jötnar.


Logo, um dos gigantescos guerreiros cinzentos pulou para cima de Erik e o atingiu com uma clava, derrubando-o no chão, quebrando o seu capacete. Sem alternativas, ele lançou o “Impulso Azul”, congelando completamente o adversário. Entretanto, antes que pudesse respirar, uma cortina de neve o atingiu pelas costas. Era Bergelmer. Sem forças, ele tentou se levantar, mas a clava de gelo o atingiu pela frente. O líder dos Jötnar parecia enfurecido e, proporcional a isso, muito satisfeito ao ter o Grande Jarl nas mãos. Confiante, ele o segurou e agitou a clava, estava pronto para exterminá-lo.


No entanto, um forte barulho emanou do chão e um turbilhão de água fervente subiu aos céus, levando Bergelmer com ele. Erik foi atirado para baixo, enquanto o opressor seguia preso naquela gigantesca coluna de água. O Grande Jarl olhou para frente e viu o filho Henrike, já trajando a armadura, controlando aquele poder.


– É o teu fim Jötnar. – continuou Henrike. – GÊISER SURDIDO!


Outra coluna de água fervente emergiu do chão, atingindo mais ainda Bergelmer. Porém, o líder dos Jötnar colocou a mão na água, transformando-a em uma gigantesca cortina de neve. Com um estalo, ele apontou para baixo e, como uma onda, ela foi em direção a Henrike. Sem saber o que fazer, ele tentou usar uma rajada de gelo, mas ela só alimentava o ataque.


Então, no mesmo instante Erik saltou à frente e gritou seu ataque principal. Como um estalo, o fluxo de neve começou a fluir ao contrário, sendo abastecido por uma grande energia gélida, rodeada de cristais de gelo. Sem defesas, o golpe atingiu Bergelmer no ar, tornando-o uma imensa pedra de gelo que caiu em cima de alguns Jötnar Cinzentos.


A morte do líder atingiu completamente os Jötnar. Se antes eles seguiam uma linha organizada, agora não sabiam se mantinham uma postura de ataque ou defesa. A vantagem já não existia mais e eles começavam a sucumbir aos golpes dos Guerreiros Azuis.


Ainda abalado pelo ataque, Henrike colocou a mão no coração, quando Erik o segurou e sorriu.


– Parabéns filho, vamos lutar juntos! – afirmou o Grande Jarl. – Agora é a hora da vitória!


– Mas ainda não estamos vencendo, vamos perder muitos homens. – lamentou Henrike.


– Está certo, perderemos homens, mas todos morrerão como heróis e viverão eternamente em Valhalla. – concordou Erik. – Essa é a glória dos Guerreiros Azuis. Desestabilizamos o líder e, mesmo que não vençamos, pelo menos morreremos todos com honra.


A guerra se seguia. Passado o efeito da morte de Bergelmer, logo os Jötnar voltavam a ter a postura e adquirir vantagens. Sob o comando de Erik, os Guerreiros Azuis se concentravam em destruir os Jötnar Cinzentos, pois eram eles que estavam impedindo a efetividade das lanças. Entretanto, essa mudança de ataque permitia as ofensivas dos Jötnar Prateados, que conseguiam pegar um guerreiro para cada um ou dois aliados derrubados. Para um exército mais numeroso como o dos invasores, isso poderia ser o suficiente.


Aos poucos, o exército de defesa ia morrendo na mesma proporção que o de ataque. O empate parecia ser um destino provável. Mesmo com a força dos Guerreiros Azuis, parecia ser impossível vencerem sozinhos os dois maiores exércitos de Jötnar.


Erik, todavia, não desistia, continuava lançando seus ataques e derrubando os Jötnar Cinzentos e Prateados um a um. Henrike tentava lutar, repetindo os atos do pai, mas a própria limitação e falta de experiência o impedia. Conseguia destruir um ou outro inimigo, mas com alguma dificuldade.


Não demorou e o jovem recebeu uma clavada nas costas. Era um Jötnar Cinzento, maior do que todos que já havia enfrentado. Tentou atacá-lo com seu gêiser, mas uma barreira de pedras foi suficiente para bloqueá-lo e atingi-lo em cheio. Ele gemeu de dor e mais ainda após um segundo ataque.


Vindo rapidamente, Erik tentou salvá-lo, mas um golpe traseiro de um Jötnar Prateado o derrubou. Henrike segurou o choro, porque sabia que isso seria impensável num Guerreiro Azul, mas não conseguia conter o desespero. Via o pai caído e sabia que estava pronto para morrer. Como ele havia dito, poderiam até ganhar essa batalha, mas haveria perdas.


De repente, o Jötnar largou a clava no chão, ignorando Henrike. O jovem abriu os olhos e viu que todos os invasores estavam paralisados, como se algo os impedisse de continuar. Um rugido ecoou no ar logo em seguida, junto com um festival de labaredas, que gelou a todos, incluindo opressores e defensores.


Não tardou e o céu foi coberto por um imenso dragão esverdeado, parecendo um lagarto alado. Tinha pescoço comprido, cauda extremamente longa e asas brancas que acompanhavam a estatura.


– É o Ragnarök! – bradou um dos Guerreiros Azuis, enquanto a criatura continuava sobrevoando o ar, baforando rajadas de fogo.

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Capítulo 04 lido.

 

Um dedicado à ação e combate em sua totalidade e definição, uma batalha entre os representantes de Jotuns e Aesires como se fossem descritos no Ragnarok.

 

Os Guerreiros Azuis honraram bem a sua fama e aproveito mostrando que eram mesmo os guerreiros descritos e famosos por todo os outros clãs e reinos, enquanto os Jotuns dos respetivos clãs também são dignos de elogios e certamente haveria baixas dos dois lados.

 

O final deixou-me intrigado e tenho uma certa ideia sobre isso.

 

Meus parabéns e abraços.

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Capítulo 4

 

Houve bastante ação e batalhas. Tanto o poderio dos Guerreiros Azuis, como o de Erik e Henrike, foi evidenciado ante uma invasão de Jotnars.

 

Os argumentos que precederam tais eventos, tanto como suas consequências, sobressaíram tornando se destaque e amenizando a estética pouco empolgante, e nada deslumbrante, dos combates e técnicas empregadas.

 

Interessante que a desunião dos Clãs dos Nove Mundos Nórdicos tenha se mostrado relevante, e até decisivo, já que bastou a união de dois dos mesmos, para desestabilizar a supremacia daquele que era o mais ascendente entre eles.

 

Outros dois pontos mereceram nota...

 

Pai e filho (Erik e Henrique) combatendo lado a lado e a cena final com o dragão.

Editado por Leandro Maciel Bacelar
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Achei legal o capítulo, embora esperava bem mais de todo o combate. Os Jotnar não me passaram aquela sensação de que são inimigos tão temíveis e formidáveis como pareceu, pelo contrário, não senti uma sensação tão grande de urgência e desespero dos Graadianos durante o confronto. Só quando Henrike apareceu - Por sinal, amei a técnica dela envolver geiseres ao invés de manifestações de ar frio como os outros e ele lutou ao lado do pai, Erik, que deu uma alavancada na minha empolgação quanto a Guerra.

 

Gostei bastante dos Jotnar terem feito aliança com outros clãs para ficarem cada vez mais fortes. Dois exércitos de Gigantes contra os Guerreiros Azuis. E achei legal que após a morte de Bergelmer, ambos os exércitos ficaram desorientados devido a ausência de um líder para guiá-los. Denota que os Jotnar são criaturas selvagens e que não possuem senso nenhum de organização.

 

Só estranhei a ausência de Propus nesse conflito todo. Pensei que ele entraria no meio do combate igual Pavel fez no passado e conseguiria desequilibrar a luta a favor dos Guerreiros Azuis, mas felizmente isso não ocorreu, embora abra um leque de possibilidades acerca de onde o filho de Alhena está. Se eu fosse chutar, diria que, ou ele foi atrás de Leif, cujo qual eu desconfio que tenha alguma relação com o ataque dos Jotnar, ou então ele foi o responsável pelo dragão no final da batalha, fazendo com que todos acreditem que realmente o Ragnarok está para acontecer.

 

Adoraria caso seja mesmo o Ragnarok, embora estranhe o fato de abordar isso na trama agora, tendo em vista que é um evento crucial para a mitologia nórdica e deveria possuir uma abordagem tão grandiosa quanto. Gostaria muito de ver isso em SS de forma oficial, como é difícil, me contento com a fic do Fimbul. Espero que você mostre mais dos Marinas, Poseidon, Atlântida, Refúgio e Cavaleiros, eu estou com bastante saudade de tudo isso uahsauhauhaus Não que o foco em Midgard e nos Reinos Nórdicos não estejam me agradando, mas é que essa trama parece um pouco deslocada da principal.

 

Abraços e parabéns!

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Oi Nikos td bem? Vim comentar o seu último cap

 

A luta entre Erik e o gigante foi interessante, mas acho que esperava algo mais grupal se é que entende por um momento parecia que só os dois estavam lutando enquanto o resto do exército ficou passado olhando, sei que não foi assim mas deu esta impressão

A coisa ficou séria mesmo quando os jotuns de pedra chegaram dai parecia que haveria uma luta grupal mesmo e até foi assim mas não com tantos detalhes como eu esperaria

 

Henrike se saiu bem para um iniciante e até com a ajuda do pai conseguiu derrotar o grande líder do exército inimigo, ele parecia meio inseguro e não tinha a sede de batalha tradicional de um nórdico. Mas isso é algo justificável pela sua falta de experiência

 

O final foi mesmo inesperado e surpreendente esperava que o propus aparecesse com sua armadura para ajudar os graadianos, mas não vc me coloca um dragão e talvez o início do fim do mundo muito interessante

Ou não né, já aprendi a não criar este tipo de espectativa na sua fic, afinal tudo me pareceu bem conveniente e considerando que o Propus tava lá é bem possível na minha opinião que o dragão não passe de uma ilusão criada por ele

 

Bom é isso Nikos parabéns pelo cap e até a prox

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Opa, muito top sua fic. Cara a parte 1 foi épica, a historia de Alhena foi demais.

 

Fiquei decepcionado com essa relação do Propus com o Graadiano, não é bem preconceito, porém, cada um no seu quadrado e ninguém no meu redondo.

 

Cara essa batalha entre os Guerreiros Azuis e os Gigantes, isso animado seria galático.

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Olá povo! To respondendo o pessoal aqui de relance! Desculpa a demora, mas tá braba a situação no semestre.

Vamos láá!


Ao Saint Mystic

Então Saint,

Sim, apesar de eu não gostar muito, acabei fazendo um capítulo mais de ação! Eu acho que não dá de tratar dos povos nórdicos sem uma guerrinha. kkk

Apesar do exército mais numeroso, os Guerreiros Azuis são os melhores da mitologia nórdica, logo acabam promovendo uma boa vantagem.

Gostaria de saber a sua ideia sobre o final (gosto de ver teorias)

Obrigado pelos parabéns e abraços


Ao Leandro

Como falei, apesar de eu não gostar muito, acabei fazendo. Pena que os momentos de ação não foram do seu agrado. Eu sei que realmente tenho dificuldades (e talvez até vontade) de arquitetar batalhas épicas. Prefiro trabalhar muito mais a relação dos personagens (como foi com Erik e Henrike) e também na trama em si. Batalhas por batalhas só acabam me cansando. kkk

Então, devo concordar e discordar um pouco a respeito desse ponto. É fato que os povos nórdicos são desunidos e que Graad Azul é o clã mais poderoso. No entanto, foi dito no capítulo que os dois clãs invasores eram os mais fortes ligados a Jottunheim. E isso já é suficiente para abalar a estrutura de Graad Azul. Apesar do que eu acho que os graadianos venceriam a luta de qualquer jeito.

Que bom que pelo menos a relação e a cena final te agradaram! Aguarde que tenho certeza que o conto melhorará a partir de agora.

Abraços Leandro e a gente se fala

Ao Gustavo

Então Gustavo,

Tudo bom? Que pena que não gostasse tanto do combate. Como eu falei, é um dos meus pontos fracos!

Sério que não passaram? Pena. mas talvez lembre-se que o exército de Graad Azul é o mais poderoso das terras nórdicas. A aliança acabou equilibrando o duelo, mas ainda assim, individualmente, os guerreiros azuis são mais fortes. Mas pena que não consegui transmitir essa sensação.

Que bom que a relação do pai e do Filho te agradaram (como ao Leandro), pelo menos esse capítulo teve algo de bom então para ti.

Henrike acabou desenvolvendo a própria técnica. O garoto provavelmente tem grandes potencialidades. QUe bom que essa técnica te agradou.

Os Jotnar são o berço da selvageria humana. Ainda não conseguiram desenvolver uma organização concisa. São clãs tribais, principalmente devido aos gigantes abençoarem esses guerreiros, o que os torna ainda mais irracionais. Mas mesmo assim, acabaram se reorganizando depois.

Também não sei cadê ele! Estranho! Talvez não quis se meter, ou sei lá! Não entendo a cabeça do guri (que já deve ter uns 16 anos).

Interssante esta tua teoria... Será que Leif quer forçar a volta da união com outros clãs com essa invasão? E a tua outra... como Leif liberaria o Nidhogg (não botarei os caracteres legais aqui, to com preguiça)? Tenho um palpite que talvez envolva as saídas dele. Dá de filosofar bastante.

Essa possibilidade do Ragnarok também é válida! Talvez tenha a ver inclusive com a guerra que está acontecendo entre os gregos!


Falando nisso, esse arco é mais um desejo meu de trabalhar com mitologia nórdica. kkkk Está bem deslocado mesmo, mas é só porque é o primeiro. Não te preocupes que logo tudo voltará como antes e vais demorar para desgrudar dos atlantes, cavaleiros e tudo mais.


Valeu Gustavo e um abraço!



Ao Fimbul...


Então, preferi focar no Erik e no Henrike para mostrar a relação deles. Fora que o Erik e Bergelmer eram os líderes. Porém, denoto isso também há uma dificuldade minha com batalhas, aind mais em gruposs mesmo. Desculpa se deu essa impressão errada.

Os Jottuns abençoados pelos gigantes da montanha (ou de pedra). Não tinha ninguém rochoso ali, eram todos humanso (mais selvagens e irracionais, mas eram humanos)

Poisentão, o sangue está valendo para Henrike heim! Não é a toa que é o filho do Guerreiro mais poderoso da mitologia nórdica! Henrike tem cerca de 15 a 17 anos, normal ter essa falta de experiência.

Propus acho que é um pouco mais consequente do que Pavel para ficar se revelando em uma terra desconhecida e sem a proteção de Atena para driblar as pedras de Nereu.

Interessante a tua teoria também, como achei a do Gustavo. Ainda não sei qual eu estou mais inclinado, mas as duas estão me convencendo bastante.

E estás pegando um pouco o jeito do Propus (a aparição do dragão ser muito conveniente o forçaria a agir).



Valeu então pelos parabéns e até a próxima



Ao Grimlock!


Obrigado pelos elogios. Adoro bastante o Alhena. Quanto à relação, deixa ele. kkk. Não te atrapalha nem nada.

Alguém gostou da batalha pelo menos! Valeu aí pelo elogio e espero que sigas acompanhando

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BALANÇO: CAPÍTULO 4

Balanço do Capítulo 4 gente. Bem curtinho, tanto quanto o capítulo. Tem o resumo, a ficha dos personagens e somente duas curiosidades. Uma todo mundo já deve conhecer, a outra foi só raizes da inspiração mesmo.

 

 

Resumo em vídeo

https://www.youtube.com/watch?v=4fVZaZ0EYs4&feature=youtu.be

 

Personagens

Henrike: Jovem Guerreiro Azul, filho do Grande Jarl Erik. Lutou ao lado do pai, conseguindo golpear o líder dos gigantes adversários. Possui uma técnica baseada na manipulação da água congelada, formando gêiseres.

Grande Jarl Erik: Líder do exército de Graad Azul e um dos comandantes do próprio Reino. Considerado o combatente mais forte de todas as terras nórdicas, conseguiu fazer frente aos Jötnar, vencendo o líder invasor.

Bergelmer: Comandante do clã de Snjòs Prata, formado por adoradores dos Gigantes de Gelo de Jotunheim. Organizou uma invasão pelas terras nórdicas, aliando-se com guerreiros de Steinn Cinza, veneradores dos Gigantes da Montanha, também de Jotunheim. Acabou morto por Erik. Era corpulento, forte e um pouco desajeitado. Capaz de produzir avalanches muito destrutivas.

 

Curiosidades

  • Bergelmer foi um dos mais famosos guerreiros de Jotunheim conhecido na mitologia nórdica. Ele era o pai de todos os novos gigantes de gelo.
  • O Ragnarök é conhecido como o fim do mundo e foi berço de várias histórias na mitologia nórdica. Quando o grande dragão devorador de Iggdrasil sobrevoar Midgard, isso significará o fim dos tempos. Dizem que Loki veio ao mundo somente com o objetivo de causá-lo, promovendo o fim de mais um ciclo divino, renovando os nove mundos.

 

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CAPÍTULO 5

 

Assustados com a criatura que acabara de chegar, os Jötnar saíram correndo, repetindo os dizeres do fim do mundo. Logo, todos os invasores deixaram o local, enquanto o dragão os seguia, atirando labaredas de fogo para todos os lados. Os soldados de Graad Azul estavam paralisados e só conseguiram se mexer quando a besta desapareceu no horizonte. Mais estupefato e não menos ferido, Henrike não dizia nada, apenas temia o pior e, como se estivesse de pé somente para acompanhar a trajetória do dragão, ele simplesmente desmaiou quando ele deixou seu campo de visão.


Acordou dois dias depois em uma das camas da ala hospitalar do castelo central. Estava nervoso e não menos abatido. Olhou para as mãos para ver se ainda estava vivo e respirou aliviado. Teria sido tudo aquilo uma ilusão? Sabia que, se a visão que tivera fosse realidade, a vida dele e a de todos estava prestes a se extinguir, independente do que fizessem ou das guerras que travassem.


A porta se abriu e Propus adentrou. Estava com os olhos profundos observando cautelosamente tudo ao entorno e sorriu levemente quando viu que Henrike estava acordado. Aproximou-se calmamente da cama onde o graadiano repousava, sentou ao lado e segurou mão dele.


– Que bom que estás melhor, porque eu preciso falar uma coisa importante para ti. – murmurou Propus, acariciando o braço do companheiro.


Henrike ficou em silêncio por alguns segundos, quando um estalo tocou em sua mente e, num acesso de raiva, afastou a mão e gritou:


– FOSTE TU! Tu que criaste aquela ilusão do Níðhöggr! Claro, se fosse o verdadeiro, o Ragnarök já teria chegado.


– Mas foi a própria figura do Níðhöggr que salvou Graad Azul. – rebateu Propus. – Se não fosse ela, vocês poderiam até ganhar, mas perderiam muitas tropas.


– O Níðhöggr é o grande dragão que devora a árvore do mundo e também os mortos. Quando ele aparecer em Midgard significará o Ragnarök, o fim de todos os mundos, à exceção de Vanaheim. Tu achas que uma vitória desonrada compensaria todo o temor com que os habitantes de Graad Azul estão passando?


Propus o fitou, enquanto Henrike parecia tomado pela raiva e pelo desespero.


– Enfim, não é essa a questão, não fui eu que produzi tal criatura. – rebateu Propus, enquanto Henrike permanecia incrédulo. – Então, mesmo que tu não acredites, como eu estou vendo, vamos cuidar de algo mais importante. A sobrevivência de Graad Azul.


– Como assim? – indagou o jovem graadiano, ainda nervoso.


– É óbvio que, passando o desespero inicial, os Jötnar vão voltar e tentar destruir Graad Azul novamente. – explicou o estrangeiro, calmamente. – E o pior, podem se aliar a mais tribos. Se isso acontecer, será impossível que o Reino aguente por muito tempo.


– E o que tu sugeres? – questionou Henrike, um pouco mais focado.


– Fala com o teu tio, precisamos utilizar as mesmas armas que eles, precisamos destruir os Jötnar agora que estão enfraquecidos e…


– Estás atrasado, garoto intrometido. – gralhou uma voz seca e irritante.


Henrike olhou para a entrada, enquanto Propus permaneceu fitando a cama, sem desviar a atenção. O Conselheiro Leif acabara de entrar no local, trajando o clássico manto com o capuz. Estava acompanhado do Rei Harald, do Grande Jarl Erik e de Sveigðir, o antigo aliado que erguia a bandeira de Vanaheim.


– Nós já tomamos as devidas providências. – esclareceu aquela figura encapuzada, com uma voz irritante. – Este é Sveigðir, líder do clã Ljós Ouro, adoradores dos Vanires. Fizemos um pacto nos últimos meses para uma missão de reconhecimento, mas tivemos que parar por segurança. Porém, a cidade deles foi destruída pelos Jötnar faz alguns dias e eu os contatei para vir lutar ao nosso lado novamente.


– O que é um absurdo! – exclamou Erik, com o corpo repleto de ferimentos. – Os Guerreiros Azuis podem muito bem lutar sem a ajuda de ninguém.


– Concordo em partes com meu irmão, mas devo reconhecer que a situação está crítica. – rebateu o Rei Harald. – Talvez seja a única maneira de livrarmos da ameaça dos Jötnar por muito tempo. Já nos aliamos uma vez, mas agora parece que será de uma maneira muito maior.


– E o Conselheiro veio aqui jogar na minha cara, como se com isso, mostrasse que é mais eficiente do que eu. – provocou Propus, não perdendo a compostura.


– Sim, trazer o guerreiro aqui para ti foi ideia de Leif mesmo. – confirmou Erik, dando uma leve risada, acompanhada pelo Rei Harald e, furtivamente, por Sveigðir.


Irritado, o Conselheiro bateu o pé no chão e pronunciou algumas palavras inaudíveis.


– Tu és apenas um viajante que estás lendo os livros daqui. – murmurou a figura encapuzada. – Para de te meteres nos assuntos políticos de Graad Azul. Isto só cabe aos triarcas.


– Diarcas! – corrigiu o Rei Harald. – Tu és só o Conselheiro!


Bufando, Leif chamou Sveigðir e o levou dali. Erik o seguiu rindo, enquanto o Rei Harald ficou e murmurou baixinho no ouvido de Propus antes de sair:


– Não dês ouvido para esse carrancudo. Está com medo que tu roubes o lugar que ocupa. Para ele, tu és a eterna sombra de Pavel.


Ouvindo de relance, Henrike deu uma sonora risada, enquanto o Rei Harald deixava o local. Sem aparentar nenhuma reação perante aquilo tudo, Propus olhou fixamente para a entrada e, passados alguns segundos, se virou novamente para o companheiro. Sem dizer nada, colocou a mão na testa dele e, em seguida, saiu da sala.

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A discussão entre os comandantes de Graad Azul e o líder de Ljós Ouro durou algumas horas. Erik insistia em dizer que não precisava de ajuda para liquidar com os Jötnar. Entretanto, após muita relutância, ele e o Rei Harald consentiram em hospedar Sveigðir e os Paladinos Dourados sobreviventes, os guerreiros abençoados pelos Vanires, e lutar ao lado deles para destroçar a tribo de Jötnar.


A patrulha que seguiu para o clã de Snjór Prata, o protegido pelos invasores Jötnar, partiu no dia seguinte, permanecendo alguns Guerreiros Azuis no Reino, para qualquer eventual ataque de outros clãs. Pelos ferimentos, Henrike foi poupado, contra a vontade. Insatisfeito e ansioso, ele aguardou no muro durante horas, esperando algum sinal, ou qualquer coisa que indicasse o retorno.


Estava preocupado. Tinha receio, não pela morte dos companheiros, pois perecer em batalha era uma honra, mas por uma eventual derrota. Se a missão terminasse em fracasso, com certeza o restante do exército Jötnar viria e arrasaria Graad Azul, que era um Reino composto não somente por guerreiros, mas por dezenas de habitantes que não tinham nada a ver com as batalhas.


Logo, um uivo de corneta soou e ele respirou aliviado. Um grupo muito reduzido de Guerreiros Azuis e de Paladinos Dourados se dirigiu ao muro, aparentemente vitoriosos. A longa porta de ferro das muralhas se abriu e, ao mesmo tempo, Henrike correu para conferir. Seu corpo, no entanto, gelou por completo ao ver a tábua onde levavam os mortos para serem enterrados. Seu pai, Erik, repousava lá, entregue ao sono eterno.


Lágrimas caíram dos seus olhos, enquanto uma multidão rodeava os guerreiros. De uma das sacadas do palácio, o Rei e o Conselheiro observaram aquela cena e ficaram espantados.


A emoção tomou conta de todos, quando Henrike se levantou e discursou em voz alta:


– Meu pai foi um guerreiro honrado e agora ele descansa no interior de Valhalla. Vamos saudá-lo!


Henrike enxugou as lágrimas e todos o aplaudiram. O Rei Harald chorou de longe, mas logo conteve os prantos. Para os nórdicos, a morte em guerra não era o fim e sim uma passagem para o paraíso eterno de Valhalla. Ao lado, o Conselheiro Leif bufava, parecendo odiar a popularidade daquele discurso.


De repente, a figura encapuzada fitou de relance a outra sacada. Propus mirava o local, com os olhos profundos e de censura. Era praticamente impossível determinar o que ele estava pensando, apenas podia-se imaginar que algo o incomodava, porque ele não tirava os olhos dali.


Após algum tempo, Propus deixou a sacada e adentrou no castelo. Momentos depois, sem fazer cerimônias, Leif se retirou rapidamente. Concentrado apenas nas condolências aos mortos e à vitória anunciada posteriormente, o Rei Harald nem notou a saída súbita da figura encapuzada.


Não incomodado, mas querendo desfrutar do luto longe da multidão, Henrike saiu de lá rapidamente e adentrou no palácio, após quase uma hora. Precisava conversar com alguém, precisava falar com Propus.


Por mais que a morte em batalha fosse uma honra. Não conseguia se sentir bem. Pelo contrário, estava preenchido por um imenso vazio e tristeza e sabia que somente o companheiro poderia preencher esse espaço deixado pelo pai.


Abriu todos os quartos e locais prováveis do palácio, mas não o achou. Perguntou na entrada se alguém o vira saindo, mas todos negaram. Preocupado, ele se dirigiu ao principal lugar onde ele poderia estar.


Adentrou na biblioteca e a vistoriou por completo, mas nada achou novamente. Após mais longas horas de procura por todo o castelo e clã, seu coração apertou.


De repente, a porta do aposento onde ele se encontrava acabara de abrir. Henrike arregalou os olhos ao ver aquela figura encapuzada caminhando, com um olhar sádico de superioridade. Por um instante, a apreensão que permeava no seu coração dava lugar a angústia e uma pontada de indignação.


– Não adianta procurá-lo! Ele não está mais aqui! – bradou o Conselheiro Leif, tossindo em seguida.


Henrike respirou fundo e o ódio começou a crescer na sua mente. Como Leif poderia saber o que ele estava procurando? Sem dar atenção para isso, a figura encapuzada continuava a rodeá-lo.


– O que sabes sobre Propus? Onde está ele? – indagou Henrike, totalmente indignado.


– Ele está no lugar onde deveria estar! – respondeu Leif, deixando Henrike ainda mais irritado. Parecia, acima de tudo, que o Conselheiro não só sabia onde Propus poderia estar, mas estava se divertindo com tudo isso.


Totalmente tomado pela fúria, Henrike apertou os dedos entre as mãos e se postou de frente para o Conselheiro, em tom de ameaça. Leif permaneceu estático, parecendo não se intimidar diante daquela presença e da aura sagrada que rodeava o Guerreiro Azul. Apenas mantinha um olhar vitorioso.


Surpreendendo Henrike, Leif simplesmente retirou um pergaminho do bolso e o mostrou para ele.


Minha estadia em Graad Azul acabou, estou retornando ao sul. Agradeço ao Rei Harald pela minha estadia.

Propus


Henrike leu aquelas palavras e simplesmente não as aceitou. Como Propus poderia ter ido embora sem se despedir? Releu o bilhete algumas vezes e teve certeza que era falso. Não conhecia a letra do amigo, mas sabia que havia alguma coisa de errado. Principalmente porque nunca o imaginara entregar o bilhete justamente para aquela figura encapuzada desprezível.


Pronto para protestar, o jovem olhou para frente, mas nada viu. Leif já havia deixado o cômodo, enquanto as suas gargalhadas soavam por todo o castelo.

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Que perca o Graadianos tiveram, espero que isso fortaleça o Henrike.

 

Propus com certeza já esta aprontando uma.

 

Poderia dar uma pitada das habilidades dos Paladinos.

 

Top o capitulo, no aguardo do proximo!

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Olá Grimlock!

Sim, coitado do Erik!

 

Que desconfiança do Propus, deixa o coitado!

Quantoa os Paladinos, também gostaria de saber suas habildiades.

Valeu pelo comentário então! Obrigado e o próximo sai no fim de semana.

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