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Saint Seiya - Atlântida: Contos dos Renegados (Parte 2)


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BALANÇO: CAPÍTULOS 15 e 16

Como os capítulos anteriores foram muito curtos, fiz a compilação dos resumos aqui.

 

Resumo

15- Thetis visita sua prisioneira no calabouço e a interroga, utilizando uma concha sagrada capaz de hipnotizar a qualquer um que ouça a sua melodia. Terminado o interrogatório, a comandante marina voltou ao quarto, quando Íchos surgiu, cheio de desconfianças. Thetis respondeu que Poseidon estava ciente de tudo o que estava ocorrendo e que havia um traidor em Atlântida. Insatisfeita, ela expulsou o general do seu quarto, que obedeceu, a contragosto. Antes de deixar o ambiente, Íchos ainda provocou Febo, lembrando do relacionamento que ele teve com Galateia.

Na Legião de Atena, Febo se mostra insatisfeito com Wezn, que se mantém distante desde que sua amiga havia deixado a base para uma missão. A amazona de Pomba revela estar preocupada, principalmente porque não conseguiu contatá-la. Um pouco abatido, o cavaleiro de Dragão deixou o quarto da companheira e encontrou Radulfo de Lobo, quase revelando parte da missão, mas foi surpreendido por Sertan,que os reprimiu.

16 - Quando Fáon deixou o local, Radulfo protestou contra Sertan sobre a falta de informações na Legião. O cavaleiro de Lobo queria saber sobre o sumiço de Tirsa e sobre a promoção de Faón. O canceriano respondeu de maneira evasiva, desconfiando do discípulo por um instante. Percebendo a situação, o brônzeo foi para a margem do lago após a saída do seu líder e chamou por Propus, que o estava controlando. O cavaleiro de Gêmeos, mentalmente, avisou que iria libertá-lo, pois seria muito perigoso se Sertan descobrisse essa ligação.

Em Atlântida, Thetis seguiu em direção aos aposentos de Nereu, mas foi reprimida por Psâmate, que não deixou ela entrar. A comandante marina, outrora uma nereida se lamentava a repreensão da família. Na Era Mitológica, Thetis rompeu o vínculo de alma que tinha com o pai e passou a servir fielmente Poseidon, fato que jamais foi perdoado.

Psâmate expulsou Thetis e voltou para o hall, local onde Pítia estava prendendo Actaeus com o apoio dos cristais de Nereu. O Profeta dos Oceanos sorriu com o sucesso do filho e disse que ele poderia aprisionar até um Deus, já que conseguiu prender um Telquine. Exausto com o esforço, Pítia foi carregado pela irmã até o encontro de Narceu, que o levou para a cama para repousar.

Em Gabala, uma cidade fadada ao pecado, um marina entrou em uma residência e convocou o General Roald para voltar para Atlântida.

 

Personagens

Thetis de Sereia: Comandante Marina a serviço de Poseidon. Na Era Mitológica, foi a única filha de Nereu que rompeu sua ligação de alma com ele, passando a ficar intimamente conectada ao Imperador dos Mares, fato que gereu revelia por parte do Profeta dos Oceanos e de toda a sua família. Possui uma concha capaz de hipnotizar a qualquer um, inclusive ela própria.

Íchos de Sirene: General Marina do Atlântico Sul. Possui vários desafetos no Império, principalmente os pertencentes à família de Nereu, por desconfiar de uma possível traição.

Febo de Dragão Marinho: General Marina do Pacífico Norte. Homem sereno, sempre tentando agir da maneira correta, perdendo a compostura muitas poucas vezes. Com a morte de Deolinda de Scylla, treinou o aprendiz dela Gale.

Psâmate: Nereida arenosa que trouxe Pítia para Atlântida. Também não perdoa Thetis pelo abandono.

Pítia: Antigo cavaleiro de ouro de Áries, deixou o refúgio ao descobrir que era filho de Nereu.

Narceu: Irmão de Pítia por parte de mãe.

Wezn de Pomba: Amazona de bronze e enamorada de Fáon. Já foi espiã da Legião de Atena no refúgio, mas foi descoberta e voltou para junto de Sertan, que lhe deu uma missão.

Fáon de Dragão: Cavaleiro de bronze, vice-líder da Legião de Atena. Possui uma personalidade impulsiva e levemente debochada.

Radulfo de Lobo: Cavaleiro de bronze, membro da Legião de Atena. Controlado por Propus, tentou descobrir a missão de Fáon, mas não conseguiu.

Sertan de Câncer: Líder da Legião de Atena e antigo membro da guarda de ouro. Tem uma personalidade carrancuda, séria e altamente imperativa.

 

Curiosidades

  • O nome Radulfo tem origem germânica e significa Lobo Conselheiro.
  • A concha de Thetis foi inspirada nos cântigos das sereias. Isso é meio óbvio, mas não custa dizer. kkk.
  • A história de Psâmate, citada na parte 1 faz parte da mitologia. Ela é a ninfa das praias (por isso se transforma em areia) e teve um filho chamado Foco, que morreu pelos seus meio irmãos. COmo vingança, ela ordenou que um lobo destruísse os rebanhos dos assassinos de Foco. Esse lobo também apareceu na parte 1, caso não lembrem.





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CAPÍTULO 17

Roald sorriu levemente, como se aquela proposta fosse realmente muito distante do que esperava. A mulher ao lado continuava assustada, não entendendo nada do que se passava. O visitante, por outro lado, continuava olhando para todos os cantos, cada vez mais incomodado por estar naquela residência e ter que se deparar com uma situação inconveniente.


Deixando que a curiosidade falasse mais alto, o general do Império estalou os dedos e ordenou que a mulher ao lado se vestisse e deixasse logo sua residência. Em seguida, indicou uma moeda de prata em cima de uma pequena estante, em meio à desordem e mandou-a pegar. Sem discutir e ainda um pouco relutante, ela recebeu o pagamento e deixou o cômodo, enquanto o visitante olhava tudo de relance.


– Ir para Atlântida? – Roald foi em direção ao canto da cama e pegou uma túnica surrada. Seu sorriso desaparecera no rosto, permanecendo uma expressão séria, refletida nos seus olhos verdes. – O que Poseidon está pensando? Eu só fui uma vez para a capital do Império, durante a morte de Anfitrite.


O guerreiro visitante não comentou nada, apenas observou enquanto Roald se vestia. Ele era muito magro para ser um general do Império, com o corpo castigado pela fome. Era pálido, com uma estatura mediana e cabelos castanhos densos, indo até as orelhas pelo lado e até a nuca por trás. Apesar de todas as adversidades, possuía uma aparência aceitável.


– Já que o Império requer a minha presença, acho que não terá problemas em ressarcir os meus custos com aquela mulher não é mesmo? – perguntou Roald, aparentemente um pouco tonto, como se estivesse bêbado. – Aliás, tu és um enviado marina, tendo em vista essas escamas de baixíssimo nível, não é?


– Exatamente, meu nome é Koil, enviado marina de Água-Viva. – respondeu o guerreiro, tentando esconder o incômodo por causa daquele comentário. – Mas isso não vem ao caso, o senhor deve se preparar para uma estadia por tempo indeterminado em Atlântida!

 

 

– Uma estadia de tempo indeterminado? – questionou o general marina. – Mas isso não viola as regras impostas por Zeus?


– O Imperador consultou os oráculos e descobriu que uma estadia por convite não pode ser considerada uma quebra de regras. – revelou Koil, buscando um lugar para sentar, mas não achando nenhum. – O Império está passando por turbulências e precisamos de toda a ajuda possível.


– Interessante, não tenho como recusar um convite desses, mesmo sabendo a maneira como serei tratado por lá. – Roald caminhou em direção ao canto do cômodo, vasculhou os objetos até achar uma espécie de caixa dourada. – Só vou me vestir corretamente e avisar a minha irmã para irmos agora.


– Lamento, mas sua irmã não poderá ir. – alertou Koil, sem mostrar simpatia ou outro sentimento de pena. – O Imperador Poseidon determinou apenas a presença do senhor. Chamar a sua irmã pode colocar em risco o acordo com Zeus.


Roald bufou e seu coração se encheu de raiva naquele instante. Queria elevar o cosmo e atacar o enviado marina por ele ter que dar aquela notícia infame e absurda. Entretanto, segurou os ímpetos. Mesmo com pouca lucidez, sabia que matar Koil não iria ajudar em nada e só prejudicaria a sua situação perante o Império. Se Poseidon descobrisse uma irregularidade dessas, com certeza ele e sua irmã sofreriam as mais temidas consequências.


Contendo toda a raiva, Roald respirou fundo e abriu a caixa alaranjada. Rapidamente, as escamas voaram no seu corpo, formando uma das proteções mais sólidas e impenetráveis dentre todos os marinas. Koil o observou e, mesmo conhecendo os demais generais, não deixou de ficar impressionado.


Vendo que o general estava pronto, Koil se apressou e deixou aquela residência desagradável, sendo seguido lentamente pelo não tão sóbrio Roald.


– Vamos então? – perguntou Koil, com certa pressa. – Passaremos na casa da irmã do senhor e depois voltaremos para Atlântida.


Roald confirmou com a cabeça e fez um silêncio de alguns segundos.


– Como é… sabes… viver em Atlântida? – Roald fez uma expressão iludida e distraída, não perdendo o ar abatido.


– É maravilhoso, mas o senhor não poderá desfrutar do luxo de habitar o castelo. – revelou Koil. – Para mostrar a Zeus a maneira como será tratado, o senhor ficará hospedado em uma residência humilde e comum da capital do Império.


– Qualquer coisa é melhor que viver em Gabala. – lamentou-se Roald, um pouco desapontado.


Terminada a conversa, Koil sorriu, olhou para o general e, como um estalo, ambos correram pelas ruas de Gabala e, em poucos minutos, deixaram o perímetro da cidade.

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A névoa era marcante naquela ilha aparentemente deserta. A leve brisa noturna carregava pequenas nuvens de areia, que se misturavam com a neblina, prejudicando quase que completamente a visibilidade. A falta de iluminação, provocada pela escuridão da noite e pela ausência de estrelas no céu contribuía ainda mais para deixar aquele ambiente sombrio e sem vida.


A ilha era relativamente pequena, se comparada com outras. Possuía espaço para apenas meia-dúzia de residências, o que não era o caso, já que apenas uma torre central dominava o local, com algumas inscrições gregas grafadas. O restante era formado por uma vegetação rasteira, típica das margens da praia e um solo ora arenoso e ora rochoso, dependendo da proximidade com o mar.


Apesar da escuridão e da quase completa falta de visibilidade, era possível perceber quatro vultos se movimentando ao redor da torre rochosa. Mesmo com a falta de distinção das suas características, facilmente era notável que se tratava de guerreiros. Estavam divididos em dois grupos, separados por uma espécie de linha de pedregulhos, feita no chão artificialmente.


O grupo da esquerda era composto por dois homens, aparentemente altos, trajando armaduras com proteção média, provavelmente de prata. Enquanto isso, o da direita ficava em alerta, dois sendo composto por um homem e uma mulher, ambos vestindo escamas de baixo nível, muito possivelmente correspondente à terceira classe de marinas.


Sem aparentemente se importar com aquela divisão, a mulher representante do grupo da direita deu dois passos em direção à linha de pedregulho e chamou os dois. Era uma dama baixa, relativamente atraente, com cabelos curtos e castanhos e olhos da mesma cor.


– O que queres dessa vez, marina? – perguntou um dos cavaleiros, destacado pela sua extrema magreza e pela careca que se manifestava no topo da cabeça.


– Não sejam tão rudes. – observou ela, com uma expressão aparentemente magoada. – Aqui é um dos poucos pontos em que há uma trégua na guerra. Poderíamos ser amigos.


– Amigos? Não vou confiar em uma marina de jeito nenhum! – murmurou o cavaleiro calvo, desviando o olhar.


A marina fez uma expressão de desapontamento e olhou para trás. O seu companheiro permanecia alheio a tudo isso, descansando próximo à torre, como se a tentativa de investida da guerreira não tivesse a mínima importância. Aliás, pelas expressões dos quatro, ele era o único que estava aparentemente satisfeito.


Ela era um homem baixo, robusto, com cabelos muito curtos e claros. Sua gordura parecia estar ocultada pelas escamas, que até lhe davam alguma imponência.


Vendo que não haveria possibilidades de diálogo, a marina se virou, pronta para voltar ao seu posto, quando o outro cavaleiro se aproximou, demonstrando uma grande simpatia com seus olhos e cabelos claros.


– Ela não está tramando nada, Íamo de Cobra. – observou o cavaleiro loiro. – Ela apenas está afogada no tédio, assim como nós, desde que o Grande Mestre nos designou para essa missão inútil.


A marina deu um leve sorriso e não deixou de sentir uma grande simpatia por aquele cavaleiro que tanto observava.


– Tu és Eleanor, enviada marina de Peixe-Dragão. – comentou o cavaleiro, estendendo a mão, deixando a marina impressionada por ele saber aquela informação. – Eu sou Raynard, cavaleiro de prata de Cães de Caça.


Sem dizer nada, apenas encantada com Raynard, ela retribuiu o cumprimento e sorriu novamente. Íamo observava ao lado, com um pouco de incômodo por tudo aquilo.


– Nossa relação não passará disso, é uma pena, dada a tua beleza. – continuou Raynard, fechando os olhos, enquanto a marina fez uma expressão de decepção. – Infelizmente, Atena e Poseidon determinaram uma separação e proibiram que nos comunicássemos por muito tempo. Eles estão em guerra e acho que devemos respeitar isso.


– Estás certo! Obrigado por teres me respondido, os cavaleiros anteriores jamais fizeram isso. – concordou a marina, um pouco decepcionada. – Eu queria afogar o tédio, mas sei que não é possível. Voltarei ao meu companheiro para vigiarmos essa torre. Mas duvido que apareça alguém.


– É claro que não aparecerão. – concordou Raynard. – Mas fica de guarda, e manda teu companheiro, Sileno, o enviado marina de Pepino do Mar, deixar a preguiça de lado e começar a observar melhor a situação.


Ela conteve o abatimento e foi em direção ao companheiro, enquanto Íamo conduzia Raynard para as margens da praia, longe dos dois marinas.


– Por que ficaste galanteando a marina? – resmungou Íamo, mas sem muita irritação. – Eles são nossos inimigos.


– E também são as únicas pessoas com quem podemos conversar aqui, Íamo. – Raynard se sentou e colocou a mão na areia, arrastando os dedos pelos grãos. – Fiquei feliz que, após vários anos, alguém finalmente teve a iniciativa de falar. Ou achas que Hades aparecerá e libertará os espectros dessa torre? O Grande Mestre quis se livrar da gente, essa é a verdade.


Íamo bufou e olhou para baixo. Sabia que Raynard tinha razão naquele aspecto, o Grande Mestre realmente estava desapontado com ele.


– Desde que Wezn de Pomba, minha amiga, desapareceu, o Grande Mestre associou essa fuga a mim e me castigou mandando vigiar essa torre. – revelou Íamo, sentando-se também.


– Tua mente é um mistério para mim, Íamo. São poucos que escapam da minha visão de Cães de Caça. Que bom que finalmente estás se abrindo comigo. – comentou Raynard, sorrindo. Falaste de Wezn, tu sabes muita coisa dela não? Por que ela fugiu?


Íamo fez um leve silêncio, mas respirou fundo e se levantou, evitando olhar para Raynard.


– Wezn era uma espiã da Legião de Atena. – contou o cavaleiro de Cobra. – Eu sempre soube disso, mas nunca a apoiei de verdade. Ocultei os fatos porque ela era minha amiga, mas não concordava com suas ações. Provavelmente ela foi descoberta e escapou. O mestre deve ter me mandado aqui porque acha que sou um espião também.


– Incrível! Quem poderia imaginar que aquela guerreira sorridente fosse, na verdade, uma espiã. – comentou Raynard, com os olhos arregalados e impressionados. – Mas não a culpo. Mesmo não concordando com Sertan, acho que é necessário fazer alguma coisa.


– Então é a hora de agir agora! – disse uma voz firme ao lado deles.


Ambos se levantaram assustados e estavam prontos para o combate ao ver uma figura encapuzada, com um cosmo extremamente alto se aproximando. Ao mesmo tempo, Eleanor se movimentou no seu lado da ilha, tentando observar do que se tratava, mas sem sucesso.


Temendo que fosse alguém das tropas de Hades, Raynard saltou e tentou golpear o invasor com um chute. Contudo, a figura simplesmente se movimentou para o lado, desviando-se em uma velocidade incrível. Íamo suspirou e também se prontificou para o combate, lançando uma rajada de veneno, também desviada.


Dando uma gargalhada, a figura tirou o capuz, revelando sua face. Ao ver aqueles cabelos negros e longos, Raynard deu um grande sorriso, não menor que o espanto de Íamo. Eleanor olhou de longe, tentando identificá-lo, novamente em vão.


– Ário! – sorriu Raynard, empolgado. – O que estás fazendo aqui?


– Engraçado fazeres pergunta, meu amigo, é só leres a minha mente e saberás a resposta. – provocou Ário, retribuindo o sorriso.


Raynard se concentrou e fechou os olhos, mas, pela primeira vez, não conseguiu perceber nada da mente do amigo.


– Eu treinei muito, não conseguirás ler a minha mente. – rebateu Ário, enquanto Raynard mordia os lábios e Íamo relaxava. – Eu estou aqui para convocar ambos para uma missão muito mais importante do que vigiar a torre de Hades.


Sem ouvir nada, Eleanor tentou se aproximar, mas uma rajada cortante a impediu de avançar um passo, deixando-a preocupada. Vendo que afastara a intrusa, Ário se voltou para os dois cavaleiros de prata e explicou toda a situação que ocorrera no refúgio, desde as acusações de Propus, até o que lhe fora adicionado por Libânia, sobre a fuga de Wezn.


– Incrível! Não posso acreditar que o mestre foi tão baixo assim. – Raynard andou de um lado para o outro, com uma expressão preocupada. – É óbvio que me unirei a ti, Ário. Vamos invadir Atlântida!


– Eu já não concordo tanto! – rebateu Íamo, deixando Ário com uma expressão de reprovação. – Invadir Atlântida é um ato imprudente, mas sei que o mestre não é confiável, principalmente pelo que ele fez com Wezn. Creio que és mais sábio que Sertan, ao menos, e muito mais confiável que o Grande Mestre. Mas não sei se é o suficiente para te seguir, preciso pensar.


Ário sorriu levemente com a concordância de Raynard e ficou um pouco desapontado com Íamo, mas não o reprimiu. Sabia que, para alguém que não viu tudo o que acontecera, era muito mais difícil tomar um partido.


Parecendo pensativo, Íamo se retirou para um canto, enquanto Ário indicava caminho para ambos deixarem a ilha, apontando um pequeno barco na encosta. Eleanor se inclinou mais um pouco, cada vez mais desapontada por não entender o sentido da conversa.


De repente, como num estalo, Raynard voou para cima da marina e ficou de frente para ela. Sem demorar, ele tascou-lhe um beijo rápido e acenou, se despedindo. Ela corou rapidamente, praticamente esquecendo-se de tudo o que estava pensando.


– Eu tenho que ir, fui chamado para outra situação. – disse Raynard, se afastando cada vez mais. – Apesar de termos conversado apenas por hoje, foi um prazer te admirar de longe nesses últimos anos.


Sem dizer mais nada, ambos se despediram com as mãos. Raynard deu mais alguns passos em direção à praia e, juntamente com Íamo e Ário, subiram na pequena embarcação.


– Pensei que não irias conosco, Íamo. – indagou Raynard, um pouco animado. – Mas que bom que estás no acompanhando. Apesar de já ter enjoado de ver teu rosto horripilante depois de tantos anos.


– A recíproca é verdadeira, Raynard. – respondeu Íamo seriamente, o que deixou Ário satisfeito. – Irei porque aqui verdadeiramente não faço nada. Espero que em Atlântida seja mais útil.


Raynard sorriu e encarou o cavaleiro de Cobra, mas não conseguiu extrair nada novamente. Como nos últimos anos, seus pensamentos estavam sempre ocultos. Parecendo perceber a intenção do companheiro prateado, Íamo se virou, passando a olhar o céu, observando as estrelas brilharem. Mesmo com a névoa marinha, era possível ver as constelações emanarem uma forte aura.


Sem demorar, Ário estalou os dedos e guiou a embarcação em meio ao mar infinito. Ainda olhando para cima, os olhos de Íamo rapidamente ficaram secos e vazios.


“Íamo, minha primeira marionete, estavas sendo inútil nessa ilha, mas agora provarás o teu valor”, exclamou uma voz na mente do cavaleiro de Cobra. “Vigia Ário e me atualiza de absolutamente tudo o que acontecer em Atlântida”.


“Sim”, Íamo concordou em pensamento e, como um estalo, seus olhos voltaram ao normal.


Percebendo que alguma coisa mudara no companheiro, Raynard voltou a fitá-lo, mas nada conseguiu novamente. Ciente de que seria inútil continuar, ele se voltou para Ário e passou a observar o imenso mar, enquanto o barco se perdia no meio da névoa.

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Gerd de Touro olhou para o grande rio à frente e sorriu. Havia visto aquela corrente de água do topo das montanhas e sabia que ela seguiria para alguma manifestação de civilização. Após vários dias dormindo ao ar livre, estava esperando finalmente para ter algum momento de conforto. Olhando para as expressões dos outros cavaleiros e aprendizes que o acompanhavam, tinha certeza que o sentimento não era exclusivo. Apesar de serem guerreiros, também apreciavam um sono um pouco mais agradável.


Ainda com sua armadura de Touro, Gerd foi em direção ao rio e, com um gesto calmo, colocou um pouco de água na mão e bebeu-a. Parecendo satisfeito. Como se a atitude do cavaleiro de ouro retirasse o receio dos demais, o restante do grupo correu e repetiu o gesto, saciando a sede. Apenas Elma de Rio parecia preocupada, se distanciando um pouco.


Percebendo a apreensão da amiga, Gerd se levantou e, deixando os cavaleiros descansarem um pouco, foi em direção dela, colocando a mão no ombro.


– O que aconteceu? – Gerd puxou-a pelo braço e conduziu-a para uma leve caminhada. – Pensei que, próximo do rio, te sentirias em sintonia.


– Esse é o problema! – Elma olhou para baixo, pensativa. – Quando chego perto de um rio, às vezes vejo coisas de mais. Não sei se é seguro ficar nessa cidade.


– O que estás dizendo? – perguntou o taurino, um pouco intrigado. – Há algo de errado!


– Eu vejo sofrimento no entorno desse rio, bem como um cosmo muito estranho. – comentou ela, fechando os olhos. – Parece que devemos tomar cuidado.


Tentando acalmá-la, Gerd colocou a mão no rosto da amiga e acariciou a sua face. Em seguida, deu-lhe um abraço forte, o que gerava um contraste interessante, pois a guerreira era muito mais alta e encorpada do que o cavaleiro de Touro.


Passado o momento, Gerd fez uma expressão séria e se aproximou do rio novamente, chamando a atenção de um companheiro de altura mediana, com cabelos castanhos claros, levemente longos e crespos. Os outros cavaleiros, bem como Essoby de Lince, olharam com desconfiança, querendo saber do que se tratava.


– Hadar, cavaleiro de prata de Centauro, tenho uma missão para ti. – alertou Gerd, falando com autoridade, que só era percebida pela armadura de ouro, já que a baixa estatura provocava uma desproporção desigual.


– O que queres, Gerd? – perguntou o cavaleiro convocado, com um pouco de mau humor.


– Elma sentiu uma presença estranha nas proximidades desse rio. – alertou o cavaleiro de Touro. – Quero que faças uma vistoria e vejas se não há nenhum inimigo por aqui. Se tudo correr bem, podemos ficar na cidade que há depois daquela floresta, antes de seguirmos em definitivo para o novo local do refúgio.


Hadar olhou para as árvores atrás e concordou com a cabeça, sem dizer nada. Como os demais cavaleiros que viviam ali, não gostava muito de Gerd, nem tampouco confiava nele. Além das acusações sobre Ain, o fato de o taurino viver sempre isolado contribuía ainda mais para diminuir a sua popularidade. A extrema calma que ele apresentava em todas as situações era praticamente um atestado de que conseguia ser frio em qualquer hora.


Tentando ignorar as desconfianças e seguindo a ordem hierárquica, Hadar se levantou e correu em direção à floresta, sempre margeando o rio. A vegetação era densa, mesmo nas proximidades do curso d’água, o que o impedia de se movimentar com a agilidade digna de um cavaleiro de prata. Todavia, isso não o impedia de realizar a missão o mais rápido possível.


Enquanto corria pela floresta, sua mente se dispersava. Pensava nas acusações diante do Grande Mestre e as achava absurdas. Como Gerd, não gostava de Propus e desconfiara dele desde o primeiro momento. Conhecera o cavaleiro de Gêmeos quando ele ainda era um aprendiz e nunca aprovara suas pequenas atitudes. Já o havia visto mentir para seus companheiros e outras coisas mais. Sabia que, se havia algum mentiroso na história, seria ele. A única coisa que aproveitara dos depoimentos do guerreiro fora as intrigas com o cavaleiro de Touro, porque sempre desconfiara dele, devido ao que acontecera com Ain. Mesmo sendo jovem quando o antigo veterano de guerra fizera história, não deixara de ouvir tudo o que falavam sobre eles.


Após alguns minutos, Hadar respirou fundo e deu um salto para trás, levemente preocupado. Um forte cosmo se manifestava no local, demonstrando uma grande imponência. O cavaleiro de prata respirou fundo e se postou para o combate, quando um vulto de média estatura surgiu à sua frente, com um sorriso animado na face.


– Um cavaleiro? – questionou o vulto que chegava. – Eu sabia que havia uma presença estranha por aqui. Eu, Boris de Enguia, novo comandante marina do Mar Negro expulsarei todas as tropas de Atena daqui.

 

Acabou o arco gente, desculpem pela demora! A partir de agora os arcos começam a ficar mais centrados

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Capítulo 17 lido da segunda parte.

 

Olá Nikos, eu gostei muito deste e também tinha saudades de postares a tua fic, embora tenha sido por pouco tempo, senti na mesma.

 

A primeira foi conhecendo novas personagens e mais intrigas dentro do seu império poseidiano, com estes dois novos que prometem aparição futuramente (espero eu).

 

A segunda parte foi a minha favorita, pois li e soube de uma amizade em comum de ambos os exércitos opositores e ainda uma outra ameaça para os dois, a torre dos espectros. Bem inserido e ainda uma grande surpresa e mais intrigas ainda.

 

Na outra foi o pequeno Cavaleiro de Touro com seu ar de preocupação e ainda um inimigo deles.

 

Abraços, mon ami!

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Loko, quando sai o proximo?

 

Caraca o Propus ta cheio de espião também! Será que ele é um soldado de Hades?

Olá Grimlock! O próximo arco será do Gerd de Touro, já que estavas esperando kkk. Deve sair semana que vem mesmo.

 

Interessante falar que ele pode ser um soldado de Hades, isso justificaria o modo como ele está agindo... é de se pensar, porque ele também é contra Poseidon. Mas porque então ele chamou íamo de inútil?

 

Valeu então e siga aqui.

 

 

Capítulo 17 lido da segunda parte.

 

Olá Nikos, eu gostei muito deste e também tinha saudades de postares a tua fic, embora tenha sido por pouco tempo, senti na mesma.

 

A primeira foi conhecendo novas personagens e mais intrigas dentro do seu império poseidiano, com estes dois novos que prometem aparição futuramente (espero eu).

 

A segunda parte foi a minha favorita, pois li e soube de uma amizade em comum de ambos os exércitos opositores e ainda uma outra ameaça para os dois, a torre dos espectros. Bem inserido e ainda uma grande surpresa e mais intrigas ainda.

 

Na outra foi o pequeno Cavaleiro de Touro com seu ar de preocupação e ainda um inimigo deles.

 

Abraços, mon ami!

 

Olá Saint!

 

Estava bem atarefado (e estou um pouco ainda), por isso o atraso!

 

O General Roald não está ali à toa, provavelmente aparecerá de novo.

 

A segunda parte mostrou a união dos dois exércitos para defender um bem comum: a barreira de Hades. Apesar de eles não se bicarem, parece que um tentou quebrar o gelo.

 

Próximo arco é do Gerd, então fiquea qui.

 

 

abraços

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E com muuuuito atraso, aqui está ele. O aguardado comentário do...

Capítulo 16

 

O capítulo retoma diretamente de onde as coisas haviam parado no 15. Fáon estava temeroso que Sertan pudesse ter ouvido a conversa que estava tendo com Radulfo. Tentou sair pela tangente da melhor forma que encontrou, mas sem dúvidas seu temor foi notado por alguém perspicaz como o cavaleiro de Câncer. Talvez isso o deixe com um sinal de alerta ligado em relação ao cavaleiro de Dragão (como quando disse a Radulfo "espero que Fáon não tenha te falado nada de mais" com um olhar ameaçador dirigido a Fáon.

 

Sertan diz que acha sábio desejar por uma maior união do grupo, mas ao mesmo tempo se mostra inflexível quanto a isso. Tal clima parece favorecê-lo, por torná-lo mais temido e, consequentemente, respeitado. Mesmo que seja a base de temor, suas ordens são seguidas, e para os planos da Legião vingarem é desta forma que deve ser: a forma que funciona. Se uma união tem algum potencial para corromper a estrutura da Legião, ele prefere que isso seja cortado na raiz. Não concordo com a forma maquiavélica que ele pensa, pois tal ambiente competitivo e cheio de rusgas de todos os lados pode gerar ainda mais conflitos, MAS se as coisas acabarem indo de acordo com seus planos... Bem, ai ao menos teria que dar os créditos por seu sucesso.

 

E acrescentando, para garantir que tudo flua da melhor forma, ele inclusive repassa somente as informações estritamente necessárias aos seus comandados - nem mais, e nem menos. Informações demais poderiam gerar burburinhos, indagações, confusão, questionamentos e um consequente tumulto. E quando ele disse a Radulfo que as paredes têm ouvidos, me pergunto se ele não desconfia das manipulações de Propus. Ele conheceu Alhena e Tejat e sabe muito bem do que Propus pode ser capaz. Posso estar viajando, mas de repente Sertan não está tão desatento aos seus arredores quanto podemos ser induzidos a achar.

 

Me pergunto se Tirsa, apesar de ter sido capturada, cumpriu a missão dada por Sertan. Não sabemos em que contexto Thétis a pegou, então não deixa de ser algo possível. Isso determinaria se eventos em um futuro próximo andarão de acordo ou contra o imaginado pelo canceriano.

 

Sobre Sertan ter descoberto "um meio de abolir mais um ponto fraco" seu, não faço a menor ideia do que se trate - nem o meio, nem o ponto fraco.

 

Encerrando o diálogo, Radulfo muda completamente de semblante, perdendo a determinação e começando a exibir um nervosismo. A mudança foi tanta, que fez Sertan até interromper sua frase. É, isso reforça o que eu havia dito sobre ele já ter suas desconfianças, ou talvez até mais do que isso, sobre a possibilidade de Propus estar agindo nas sombras.

 

Você disse que não era Propus ali falando pelo Radulfo, e sim o próprio cavaleiro de Lobo. Me pergunto de que forma exatamente funciona essa "possessão" do geminiano. Ele dá uma ordem ao "possuído", e este a executa à sua maneira? Isso está um pouco nebuloso para mim.

 

Achei intrigante que Propus disse que confiaria que Radulfo extrairia alguma informação de Fáon, Sertan ou Wezn, mas o cavaleiro de Lobo respondeu apenas a respeito dos dois primeiros. Por que não tentar ir na Wezn? Com certeza teria mais facilidade, ainda mais com a amazona abalada pelo desaparecimento de Tirsa.

 

 

Começa o segundo trecho.

 

Curioso o nervosismo de Thétis quando se trata de sua relação com Nereu e as nereidas. Ela fica bastante nervosa e insegura, algo bem oposto a como agiu diante de Tirsa e de Íchos, nem parecendo ser a mesma pessoa. Conflitos internos e suas formas de nos alterarem de formas inexplicáveis.

 

Obs: "Ai, criada, ... " cara, isso me soou muito como aqueles papos de comadre. Tipo "Ai, amiga, nem te conto..." Hahahah

 

Psâmate (gosto dela) ressurge e esnoba completamente a visita de sua irmã, mesmo que ela tenha alegado que o Império corria grandes riscos. A nereida arenosa não pareceu estar tão preocupada com algo de tamanha gravidade, provavelmente porque Nereu e todas suas irmãs já estão alertas e agindo de alguma maneira para impedir a possível tragédia. Provavelmente se trata do que Thétis conseguiu arrancar de informações de Tirsa (naquele interrogatório que não pudemos 'presenciar').

 

Cara, Nereu está mantendo Actaeus preso e selado, e com a ajuda de Pítia! Isso foi bem inesperado. E o ariano se tornou capaz de manipular os cristais de Nereu, que possuem a habilidade de aprisionar entidades divinas. O Profeta dos Oceanos estaria pensando em aprisionar Poseidon? Ou Atena? Ou ambos? /pensa

 

Pítia é levado por Psâmate até Narceu, e fala sobre o quanto se sente em família estando ali, e sobre como Nereu é incrível. Continuo totalmente cético e prefiro não acreditar que ele tenha realmente se bandeado para os lados de Atlântida. Sua virada de casaca não me convenceu em nenhum momento até agora.

 

E no trecho final temos apenas a convocação de Roald para que retorne à Atlântida. Bem curioso quem um dos Generais Marinas habite naquele tipo de lugar, aparentemente de forma imposta. Mas falarei mais sobre ele no comentário do capítulo 17, que virá em breve!

 

Valeu Ninos! Abraços e desculpa a demora.

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Olá, Nikos...

 

Pelo que me recordo de Atlântida, Roald seria, dentre os Generais Marinas de Poseídon, o único a não ser um atlante, partindo, essa particularidade, de um acordo firmado entre Zeus e o Deus dos Mares. A forma despojada de Roald, colocada em evidência neste capítulo, chamou bastante minha atenção, inclusive a menção de que ele teria uma irmã, e a preocupação deste com a mesma, deu aquela densidade bem bacana ao personagem. Fico no aguardo para saber como ele irá se portar na capital do império, qual Escama verga e a dimensão real de suas habilidades.

 

Passando para outro arco...

 

Vimos que o local onde as 108 Masei de Hades tiveram seu selamento foi mencionado. A atenção dirigida, tanto de Athena como de Poseídon, mostram o quanto as hordas do submundo, tanto como seu Senhor, o preocupam. A história não deixa clara, pelo menos não para mim, qual das divindades e seu exército que teriam sido responsável pelo selamento das Maseis. Gostei muito das peculiaridades humanas que foram trabalhadas em meio a toda tensão do cenário. Tanto a interação como os diálogos de ambas as partes estiveram ótimas. A chegada de Ário nem me surpreendeu, algo assim já era esperado se levarmos em conta tudo que esta em andamento na fic, no entanto acabou me cativando além da conta devido sua participação ter soado tão natural e convincente. Algo, que em minha opinião, acabou destoando, fora que em se tratando do local onde as Maseis estavam seladas, sua guarda deveria requerer alguém muito mais capacitado. Não à toa, temos no clássico, Dohko, um Cavaleiro de Ouro, guardando dia e noite o lugar. Sendo coerente com a situação, que chances o séquito, que ali estava, possuia de intervir caso alguma ameaça real aparecesse?! A resposta é dada de forma inconsciente pela própria história na figura do Cavaleiro de Ouro de Capricórnio que com extrema facilidade subjugara todos que por lá estavam, seja Cavaleiros ou Marinas. Se ao menos um deles tivesse alguma habilidade que enviasse para seus superiores, em tempo real, as informações do que estavam presenciando, seria de menor agravante isso que estou apontando, já que ao menos, poderiam ser de valia para mandar um aviso.

 

Seguindo para o último arco do capítulo...

 

Gerd e aqueles que o acompanham, continuam a conviver, cada qual a sua maneira e exibindo, ou não, as impressões daquilo que os acerca e que se avizinha. A impopularidade do Cavaleiro de Ouro de Touro para com os seus, tanto como sua falta de imponência e excessiva calma, também receberam destaque. Ao final, depois da ‘premonição’ da Amazona de Bronze de Erídano (ou Rio, como preferir), surge um enviado de Poseídon dando a deixa para um combate. Em relação a esse último arco, algo, que considero muito digno de nota, é o fato dos Marinas serem substituídos a medida que são colocados fora de ação. Isso já tinha acontecido antes em Atlântida e veio à tona novamente nesse. Vale lembrar que algo do tipo é muito corriqueiro, dentro da franquia de Saint Seiya, para os Cavaleiros de Athena. Já para seus rivais é atípico. O que torna este ensejo aqui em Atlântida ainda mais notável.

 

Creio não ter mais nada para comentar... para finalizarmos...

 

Deixo a cá meu abraço de sempre para o autor e minha parabenização por mais um trabalho bem feito!

Editado por Leandro Maciel Bacelar
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Capítulo 17

 

Seguimos com a cena de Roald, iniciada no final do capítulo 16.

 

O que mais curti nesse contexto todo, que foi bem curto em relação à maioria dos seus trechos, foi a ambientação. Pude "ver" perfeitamente o lugar e, mais do que isso, me sentir lá. Outro aspecto subjetivo mas que foi muito bem executado aqui foi o comportamento do general marina. Várias nuances de seus gestos, palavras e etc foram muito bem retratados e me fizeram curti-lo logo de cara.

 

Bem, Koil o informa da ida por tempo indeterminado à capital do Império, e Roald questionou a respeito de um acordo com Zeus. Koil respondeu que Poseidon consultou os oráculos. Sinceramente, boiei total nisso. Pior é que, lendo o comentário do Leandro ai acima, fiquei com a sensação de que já tivemos informações sobre isso e eu, para variar, não me recordo. Na ida de Roald à Atlântida após a morte de Anfitrite não lembro de haver nenhuma menção específica a ele ou a este acordo com o soberano do Olimpo. O que estou deixando passar aqui?

 

Curioso o fato de que ele não poderá levar a irmã. Me pergunto de que forma isso vai influenciar em algo lá na frente da história, visto que Roald ficou incomodado demais com tal imposição. Sobre sua armadura, como te falei, ser "uma das proteções mais sólidas e impenetráveis dentre todos os marinas" não me deu lá grandes pistas. No clássico não me recordo de haver nenhuma menção específica a nenhuma das escamas ser conhecida por uma resistência superior ou algo assim. Enfim, tou curioso heheh.

 

Estou ansioso pela chegada dele em Atlântida. Imagino que Poseidon esteja se reforçando a alguma possível investida de seus inimigos, visto que seu exército está enfraquecido.

 

Chegamos ao segundo trecho, que foi uma grata surpresa. Quem diria que a torre aonde as almas dos espectros são mantidos selados daria as caras na sua fic? Duvido muito que Hades e seus espectros tenham qualquer participação na trama além desta, até porque assim se abriria toda uma nova frente de batalhas e etc, e provavelmente poluiria muito a trama. Mas vai que não rola algo tipo a pequena participação de Atlântida e Serafina/Poseidon em Lost Canvas?

 

Retomando, foi bem bacana haver um local aonde cavaleiros e marinas ficam em trégua, ainda que não possam se comunicar. Só não sei se curti muito a ideia de uma linha demarcando até onde poderiam ir. Me lembrou aquelas cenas cômicas que vemos aonde um personagem delimita até onde algum outro pode ir para não incomodá-lo hahahah.

 

Mas foi legal a interação de Raynard e Eleanor. A princípio achei que ela estaria dando mole para o cavaleiro com alguma intenção por trás, mas ela gostou mesmo dele. E quando Raynard citou que sempre teve dificuldades para entrar na mente de Íamo, logo me lembrei de quando Propus disse mentalmente ao Radulfo que impediria que sua mente fosse dominada (não com essas palavras, acho). Ou seja, fez o mesmo com Íamo e com todas suas "marionetes". Aliás, sério, chamá-lo assim foi muito fdp da parte do Propus. Mesmo que ele faça o que faça por um hipotético bem maior, no fim das contas vê os seus "companheiros" cavaleiros como meras ferramentas mesmo, e nada mais.

 

Você fez Ario chegar numa capa para remeter aos Renegados aparecendo em Hades Clássico? Porque além de tudo estavam todos justamente em frente à torre dos espectros. Foi uma boa sacada, e realmente pensei que seria algum enviado do Deus do Submundo. Foi ótimo rever meu personagem preferido, que está mexendo seus pauzinhos para invadir Atlântida. Ainda sabemos muito pouco sobre os meios com que ele pretende fazer isso, e estou bem ansioso para o capricorniano e seu núcleo voltar a ficar em foco na fic.

 

Por fim, voltamos ao núcleo de Gerd e seus comandados. Da última vez que apareceram eu havia dito que tinham chegado ao que viria a ser o novo Refúgio dos cavaleiros, no que você me corrigiu na resposta. Eu tinha sido induzido a achar isso porque foi descrito que estavam próximos de uma cidade/vilarejo, então já enfiei na cabeça que fariam do local o novo Refúgio.

 

Bom, e essa era a ideia do taurino, não fosse a percepção de Elma quanto a um cosmo estranho e uma sensação de sofrimento em torno do rio. O que significará esse sofrimento, só saberemos na sequência. Talvez tenha havido muitas mortes naquele local, provavelmente provocadas pelo comandante marina Boris de Enguia. Mas não dá pra saber ainda.

 

Não sei o que esperar do confronto de Boris contra Hadar de Centauro. Até por não saber nada de ambos, estou curioso. Mas acho que, de uma forma ou de outra, os eventos podem acabar guiando a situação para que Gerd acabe restaurando um pouco de sua credibilidade com os outros cavaleiros. Enfim, apenas especulações ao vento.

 

E é isso Ninos. A fic tá num momento muito bacana! Ansioso pela sequência.

 

Abração e até a próxima (que será minha resposta ao seu comentário em On the Edge).

 

Falous!

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Olá Bizzy, valeu aí pelos comentários bem detalhados


Respondendo ao capítulo 16

Primeiro trecho

Então, sim, terminou exatamente onde começou, normal (nem tanto aliás).

Sertan trabalha como o Sinestro dos Lanternas Verdes, agindo na base do temor, e também do respeito, mas mais do temor. Com seu grande poder, ele intimida os cavaleiros, impedindo as intrigas ou rebeliões.

Essa visão do Sertan de evitar tantas uniões, é o pensamento dele... talvez o resultado do que ele tenha visto no refúgio com ele próprio. Acho que ele tenta ser o que o grande Mestre não foi... um líder forte, com decisões firmes e que não aceita as rebeliões e, mais do que isso, não as deixar acontecer. Não concordo muito com isso, mas é o modo como o personagem pensa.

Aliás, mesmo não concordando com Sertan, parece que tu está avaliando muito bem a maneira como ele está pensando, desde não passar informações demais. Lembrando que o clima de competição na Legião é bem acirrado, e isso acaba provocando a desunião e um melhor rendimento ainda.

Talvez ele tenha desconfiado após pensar nas intenções do geminiano. Não sei até que ponto Sertan conheceu Alhena, mas acredito que ele já tenha visto o pai de Propus usar o Satã Imperial, então talvez desconfie que nem todos os membros possam ser "fiéis". Além do mais, ele pode ter sentido que a alma de Radulfo estava corrompida, já que ele é o mestre de controle das almas.

Não sei se Tirsa cumpriu a missão dela, só sei que Sertan disse que ela está exatamente onde deveria estar. Quanto ao ponto fraco, também não teno a menor ideia.

Radulfo se embabacou todo kkk e não conseguiu manter o nível do diálogo. Fora que acho que o temor diante de Sertan seja maior, inclusive, do que o controle de Propus, tendo feito ele ficar extremamente nervoso em ser descoberto.

Quanto à possessão, eu expliquei in off, mas não custa nada retratar novamente. A pessoa controlada pelo Satã Imperial ela consegue agir normalmente como antes, só que ela virou uma escrava mental do autor, sendo sua fiel serva. Ela não desobedecerá nenhuma ordem e nem revelará que está possuída, porque isso seria "trair o seu senhor". Como é uma escrava mental, pode haver o contato entre ela e Propus (tipo as conversas com Elma e a de Radulfo afora).

Olha, não sei exatamente, mas tenho dois palpites... o primeiro é que Wezn conseguiu esconder muito bem por mais de 10 anos que era uma espiã no refúgio. Acho que ela é um pouco mais centrada do que Fáon. Fora que imagina o que o cavaleiro de Dragão acharia se, por acidente, visse Radulfo no mesmo quarto que a namorada?

Segundo trecho

Relações de famílias e conflitos são complicados, principalmente quando alguém carrega isso na alma durante várias vidas. Achei interessante que percebesse esse nervosismo como algo destoante. Não foi algo colocado à toa.

E o "Ai criada, acho que faltou reticências para indicar lamentação kkk)

Psâmate foi aquela que trouxe Pítia, só para lembrar. Provavelmente já sabias, mas não custa nada recordar. Não tenho a menor ideia do que Nereu está planejando, nem sobre o que ele sabe de alguma tragédia, ou se ele sabe algo diferente e houve uma coincidência. Provavelmente, Nereu deve estar sentindo a invasão dos cavaleiros refúgio, algo que a Legião de Atena não deve saber. Ou então, pode ser outra coisa completamente diferente.

Não sei até que ponto Pítia enfrentou Actaeus. É bem provável que Nereu o tenha enfraquecido e Pítia o selado, após um leve combate. Nereu pode estar planejando aprisionar Atena, ou então pode ter a ver com a tragédia que ele tenha previsto, ou então, como disse o prólogo, ele pode estar preparando alguma coisa caso o Imperador Poseidon venha a sair da linha.

Pobre Pítia... por que merece a tua desconfiança?

Sim, como eu falei, o pessoal não estranhou muito (ou não comentou) sobre o fato de ele ser um general que não vive em Atlântida... mas isso é respondido no Capítulo 17.

Respondendo o capítulo 17

Primeiro trecho

Que bom que curtisse a ambientação e o trecho em si. Ele foi relativamente curto, mas não deixa de ser extremamente importante e não só por convocar mais um dos generais para Atlântida. Quanto as escamas dele... ele esteve no enterro de Anfitrite, quando havia seis generais (Deolinda, Íchos, Febo, Shail, Yuri e +1). Se ele esteve lá já como general marina, então só pode ser de Kraken ou Cavalo Marinho.

Quanto à situação imposta por Zeus, eu sugiro dar uma passada no final do capítulo 9 dessa parte, que eu acho que a memória será refrescada.

Falando de Roald, fico feliz que ele tenha te agradado, mesmo ele não sendo "perfeitinho" como o Febo, já que estava com uma prostituta, quis usar o dinheiro do Império para pagá-lo, tem uma certa raiva interna (contida). Mas isso é bem explicado pela cidade que vive, aliás.

Bem... todas as escamas dos generais são mais sólidas que as demais. Impenetráveis significa menos espaço sem proteção. Então já dá de ter uma ideia. Mas esse não é o foco. kkk

Eu também acho que a menção da irmã dele não parará por aí. Acho que é uma informação para lembrar com carinho (como o Narceu kk).

Talvez ele tenha sido chamado mediante ao que foi discutido no capítulo 16, seja por Thetis, seja por Nereu, ou simplesmente por outra coisa. Não sei se o Imperador Poseidon sabe da invasão, pois se ele tivesse um espião no refúgio, com certeza já teria matado Atena há muito tempo.

Segundo trecho

Apesar de o foco ser entre a Deusa Atena e o Imperador Poseidon, não ia me esquecer de Hades. Como Atlântida está no comando, provavelmente quem venceu o Imperador dos Mortos foi Poseidon, mas Atena talvez deve tê-lo ajudado, porque se não não haveria membros dos dois exércitos ali.

Hades com certeza está selado, então não sei se dará as caras. Mas a torre está ali. Talvez algum espectro. kkk

A parte da linha deve ter sido meio que um acordo entre eles. kkk. mas tudo bem, talvez tenha sido meio forçado. Mas não deixo de me lembrar do Ikki fazendo a fronteira entre a vida e a morte pro Dante, Capella e Argol.

Como tu desconfia dos marinas. Tadinhos. Apesar de eles serem os antagonistas, eles não são maus em essência. Todos os personagens são meio cinzas, mas nem Poseidon, nem Atena são vilões. Eles só são dois lados opostos de uma batalha.

Onde visse que Propus disse que iria impedir que a mente de Radulfo seria dominada? Ele mandou o Radulfo inclusive abandonar o controle mental para que Sertan não descobrisse. Ácho que Íamo sabe ocultar os pensamentos por ele próprio. Principalmente porque escondeu de todos que Wezn era a espiã da Legião de Atena.

Falando na parte de marionetes. Foi meio mau sim. E o "bem maior" também é relativo. Ele pode estar pensando muito bem no próprio umbigo. E, no fato de ver os companheiros como ferramentas. Por enquanto... é o que está parecendo. Não sei até que ponto ele pensa assim, mas ele está agindo dessa forma.

Quanto á parte que Ário chegou, gostei que te apegaste a um detalhezinho. Às vezes é neles que há as informações mais valiosas. Nesse caso, foi algo fake, já que era o Ário e não alguém da tropa do submundo. E que bom que gostas assim do Ário, mesmo ele tendo destaque somente nessa parte 2.

Terceiro trecho

Gerd voltou! Acho que ele merece todo o destaque necessário por ser o único cavaleiro de ouro que não teve nenhuma fala na primeira parte. Ele só apareceu de relance quando Sertan "invadiu" o refúgio e o provocou pela altura.

Entendi a confusão e desculpa se eu conduzi para o local errado. E não acho que tenha sido a ideia do taurino. Arkab pediu para o Grande Mestre avisar a todos do novo local do refúgio, então provavelmente seja outro lugar.

Será que Gerd resgatará a sua credibilidade. Bóris apareceu, substituindo o marina de Enguia que morreu na colônia de Anfitrites por Sertan.

Fico feliz que estejas curtindo a fic e apareça! Teus comentários são muito bons e valorizam o trabalho de quem escreve

Abraços Bizzy,

Até mais

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Olá, Nikos...

 

Pelo que me recordo de Atlântida, Roald seria, dentre os Generais Marinas de Poseídon, o único a não ser um atlante, partindo, essa particularidade, de um acordo firmado entre Zeus e o Deus dos Mares. A forma despojada de Roald, colocada em evidência neste capítulo, chamou bastante minha atenção, inclusive a menção de que ele teria uma irmã, e a preocupação deste com a mesma, deu aquela densidade bem bacana ao personagem. Fico no aguardo para saber como ele irá se portar na capital do império, qual Escama verga e a dimensão real de suas habilidades.

 

Passando para outro arco...

 

Vimos que o local onde as 108 Masei de Hades tiveram seu selamento foi mencionado. A atenção dirigida, tanto de Athena como de Poseídon, mostram o quanto as hordas do submundo, tanto como seu Senhor, o preocupam. A história não deixa clara, pelo menos não para mim, qual das divindades e seu exército que teriam sido responsável pelo selamento das Maseis. Gostei muito das peculiaridades humanas que foram trabalhadas em meio a toda tensão do cenário. Tanto a interação como os diálogos de ambas as partes estiveram ótimas. A chegada de Ário nem me surpreendeu, algo assim já era esperado se levarmos em conta tudo que esta em andamento na fic, no entanto acabou me cativando além da conta devido sua participação ter soado tão natural e convincente. Algo, que em minha opinião, acabou destoando, fora que em se tratando do local onde as Maseis estavam seladas, sua guarda deveria requerer alguém muito mais capacitado. Não à toa, temos no clássico, Dohko, um Cavaleiro de Ouro, guardando dia e noite o lugar. Sendo coerente com a situação, que chances o séquito, que ali estava, possuia de intervir caso alguma ameaça real aparecesse?! A resposta é dada de forma inconsciente pela própria história na figura do Cavaleiro de Ouro de Capricórnio que com extrema facilidade subjugara todos que por lá estavam, seja Cavaleiros ou Marinas. Se ao menos um deles tivesse alguma habilidade que enviasse para seus superiores, em tempo real, as informações do que estavam presenciando, seria de menor agravante isso que estou apontando, já que ao menos, poderiam ser de valia para mandar um aviso.

 

Seguindo para o último arco do capítulo...

 

Gerd e aqueles que o acompanham, continuam a conviver, cada qual a sua maneira e exibindo, ou não, as impressões daquilo que os acerca e que se avizinha. A impopularidade do Cavaleiro de Ouro de Touro para com os seus, tanto como sua falta de imponência e excessiva calma, também receberam destaque. Ao final, depois da ‘premonição’ da Amazona de Bronze de Erídano (ou Rio, como preferir), surge um enviado de Poseídon dando a deixa para um combate. Em relação a esse último arco, algo, que considero muito digno de nota, é o fato dos Marinas serem substituídos a medida que são colocados fora de ação. Isso já tinha acontecido antes em Atlântida e veio à tona novamente nesse. Vale lembrar que algo do tipo é muito corriqueiro, dentro da franquia de Saint Seiya, para os Cavaleiros de Athena. Já para seus rivais é atípico. O que torna este ensejo aqui em Atlântida ainda mais notável.

 

Creio não ter mais nada para comentar... para finalizarmos...

 

Deixo a cá meu abraço de sempre para o autor e minha parabenização por mais um trabalho bem feito!

 

Olá Leandro, fazia tempo que não davas as caras. Aliás, eu estou devendo um capítulo teu nas Crônicas, que pretendo liquidar hoje. Minhas últimas semanas foram bem corridas.

 

Sim... e diante desse argumento todo, já dá para descobrir, pelo que já foi passado nessa parte 2 qual escama ele verga. Porque essas informações (acordo com Zeus e não ser um atlante) já foram citadas anteriormente.

 

Que bom que gostasse da densidade de Roald. Ele é diferente dos demais (talvez por viver em um local horrível e distante do paraíso atlante), agindo de maneira impulsiva, mas mesmo assim controlada. Que bom que também não fugiu aos teus olhos o fato de ele ter uma irmã.

 

Hades é um inimigo de longa data tanto de Atena quanto do Imperador Poseidon (isso foi citado no clássico). Natural que se preocupem. Interessante que, somente quando Poseidon está no comando, é que houve uma cooperação das tropas em barrar as investidas de Hades.

 

advinhasse então a chegada de Ário? Bem... não se pode ganhar todas. kkk. Mas é natural, pois Raynard era amigo de Ário (apesar de isso ter sido citado apenas uma vez na parte 1 e os dois contracenaram juntos (dividindo o quarto) só em outra oportunidade).

 

Tirando o fato de Raynard ler mentes, acho que o lado dos cavaleiros não dá de esperar muito devido à incompetência do Grande Mestre, mas não sabemos a dimensão das capacidades de Raynard, nem tampouco de Íamo. Ele pareceu mais importado a tirar os cavaleiros que lhe convinha do que mandar alguém importante. Já os marinas... Sertan disse para Sorbens naõ subestimar ninguém pela patente. Então.. não é bom dizer que estava mal guardada. Eles não agiram diante de Ário porque ele não era um espectro. Talvez tivessem agido de forma diferente.

 

Falando do último trecho, Gerd é um cavaleiro meio isolado, pelo visto. Afinal, a maioria desocnfia dele. A premonição talvez tenha relação com ela estar perto do Rio e ter se "comunicado com ele". E uma correção, surgiu um comandante de Poseidon. Havia um comandante de Enguia, Barton, morto por Sertan no capítulo 15 (se não me engano)

 

Sim! Tirando Altevir de Serpente Marinha, que reocupou o cargo após a morte de Berílio, são necessários três anos de treinamento de um aspirante predestinado para se tornar um marina. Logo, como faz mais de sete anos que Barton de Enguia morreu. Nada mais natural que o mesmo tenha sido substituído, principamente que deve ser mais fácil achar um substituto para comandante do que para general.

 

Que bom que curtisse essa deixa!

 

No mais é isso, Leandro, agradeço muito o comentário e te espero aqui no próximo arco.

 

Abraços

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BALANÇO: CAPÍTULOS 17

Seguem o resumo e os personagens!

 

Resumo

Koil, o enviado marina de Água Viva, chegou à cidade de Gabala para convocar o General Roald para uma estadia em Atlântida. Segundo ele, o Império estava passando por momentos conturbados e uma breve visita não afetaria o acordo entre Poseidon e Zeus.

 

Apesar da diferença hierárquica, Koil é ríspido com Roald, que, apesar das restrições, fica feliz em finalmente pisar em solo atlante. Contudo, sua alegria desaparece quando descobre que sua irmã não poderá sair de Gabala, a cidade considerada a escória da humanidade.

Em uma ilha distante, um grupo formado por dois cavaleiros e dois marinas recebeu a missão de vigiar a torre onde os espectros de Hades estão selados. Entendiada, Eleanor de Peixe-Dragão tentou um diálogo com os cavaleiros, mas somente Raynard se mostrou apto para conversar, não deixando de galantear a guerreira. Porém, ambos foram interrompidos quando Ário chegou e convocou Íamo e Raynard para se juntarem à invasão ao Império Atlante.

Raynard concordou de imediato com a rebelião contra o Grande Mestre; enquanto Íamo considerou, de início, uma proposta arriscada, mas acabou seguindo. No mar, o cavaleiro de Cobra contatou Propus, que disse que o prateado finalmente teria uma utilidade como sua marionete.

Próximo a um vilarejo, Gerd de Touro propôs aos companheiros para descansarem, antes de chegarem ao novo refúgio. Entretanto, Elma de Rio, sua amiga, percebeu um grande perigo. Como precaução, o dourado convocou Hadar de Centauro para investigar.
O cavaleiro de prata margeou a floresta, quando foi surpreendido por Boris de Enguia, um comandante marina.

 

 

Personagens

Roald : General do Império que reside na fatídica cidade de Gabala, já que não pode viver em Atlântida devido a um acordo entre Poseidon e Zeus. Tem olhos verdes, cabelos castanhos sendo muito mais magro que a média.

Koil de Água Viva: Enviado marina encarregado de levar Roald de volta para Atlântida. É sério, aparentemente abominando a miserabilidade.

Raynard de Cães de Caça: Cavaleiro de prata, amigo de Ário, incumbido de vigiar a torre dos espectros, juntamente com Íamo de Cobra e com dois marinas. É galanteador e não menos simpático.

Íamo de Cobra: Cavaleiro de prata, amigo de Libânia e Wezn. Era o único do refúgio que sabia da traição da amazona de Pomba, mas resolveu não dizer nada ao mestre, pois também desconfiava dele. É ranzinza, com uma mente fechada às leituras de Raynard. Segundo Propus, ele foi o primeiro guerreiro a ser controlado pelo Satã Imperial do geminiano.

Eleanor de Peixe-Dragão: Enviada marina incumbida de vigiar a torre dos espectros, juntamente com os cavaleiros e com Sileno. Mesmos sabendo da guerra, não vê problemas em se relacionar com os cavaleiros. É atraente, baixa, com cabelos curtos castanhos.

Sileno de Pepino do Mar: Enviado marina protetor da torre dos espectros. É baixo, robusto, aparentemente muito preguiçoso.

Gerd de Touro: Cavaleiro de ouro com a missão de levar os cavaleiros aliados ao mestre a um novo refúgio. Mesmo assim, com a exceção de Elma de Rio, sua companheira de treinamento, todos desconfiam que ele tenha tido alguma relação com o desaparecimento de Ain de Touro.

Elma de Rio: Amazona de bronze com a capacidade de entrar em sintonia com os rios, podendo descobrir perigos ou situações de tranquilidade.

Hadar de Centauro: Cavaleiro de prata aliado ao mestre.

Boris de Enguia: Novo comandante marina do Mar Negro, substituindo Barton, que foi morto por Sertan na colônia de Anfitrites.

 

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CAPÍTULO 18

Um turbilhão de chamas cortou o ar, atingindo uma das inúmeras árvores da floresta. O fogo se alastrou rapidamente, passando de folha em folha e, em seguida, de vegetal para vegetal. A alta densidade contribuía para a dispersão das labaredas, tornando aquele espaço um grande inferno ardente, que só era atenuado pela acentuada umidade do local.


Não se importando com isso, Hadar de Centauro, concentrou o cosmo em suas mãos e atirou mais uma bola de fogo em direção a Boris, o comandante marina de Enguia. Este, por sua vez, com um movimento harmônico e bem treinado, conseguiu desviar novamente, permitindo que as chamas atingissem outra forma vegetativa, contribuindo ainda mais para o alastramento do mar de fogo.


Hadar respirava forte, mantendo uma alta taxa de transpiração, com várias gotas de suor percorrendo sua face, passando por seus olhos castanhos sem tirar-lhe o brilho. Era um jovem de cerca de dezoito anos, com altura mediana sendo pouco corpulento. A baixa idade ainda não lhe tinha feito desenvolver todos os músculos do corpo. Apesar disso, aparentava ser mais forte do que as pessoas normais, principalmente devido à armadura prateada que lhe cobria.


Sem pensar, Hadar lançou mais uma bola de fogo. Boris saltou para trás, mas não conseguiu impedir que sua proteção fosse levemente queimada na perna. O calor das chamas atravessou rapidamente as escamas e atingiu sua pele, causando-lhe uma agonia imensurável. Com uma expressão fechada, ele gritou de dor, perdendo pela primeira vez a alegria na face.


O marina era um comandante jovem, com praticamente a mesma idade do cavaleiro de prata. Seus cabelos eram loiros, grossos e levemente compridos, indo até os ombros. Possuía uma expressão confiante que era refletida nos olhos azuis claros e na postura extremamente imponente e não menos alegre.


O calor, sobretudo, tirava ainda mais o sorriso do rosto do marina. As chamas que se espalhavam pelas folhas lhe causavam um mal estar, prejudicando sua respiração, queimando pouco a pouco a sua pele. Parecendo não ligar, Hadar continuava a lançar os ataques flamejantes.


– Interessante, mas violento. Com essa postura, não me vencerás, cavaleiro. – comentou o marina, arrastando o pé no chão, pronto para mudar o ritmo da batalha. – FLUIDO PEÇONHENTO!


Boris de Enguia movimentou os braços em forma de um círculo e, como se um líquido venenoso tivesse emergido do seu corpo, ele produziu um fluido esverdeado, lançando-o para frente. O fluxo avançou rapidamente, derretendo o que encontrava pelo caminho, fosse uma pequena flor ou até mesmo um animal maior.


Não intimidado com a ofensiva, Hadar respirou fundo e produziu uma bola de fogo, o suficiente para evaporar aquele líquido, impedindo o avanço. Pelo que acontecera com as plantas no chão, o cavaleiro sabia que estaria perdido caso aquele fluido esverdeado o tocasse.


Com o cosmo concentrado, Hadar preparou mais uma bola de fogo, quando um estalo surgiu na sua mente, fazendo-o com que caísse. Uma forte ardência brotava na sua perna esquerda, gerando uma dor e agonia ainda maior. O cavaleiro olhou para baixo e seus olhos se arregalaram ao ver pequenas gotículas derretendo a roupa e penetrando na sua pele.


Boris sorria à frente, satisfeito com o sucesso e pronto para lançar mais um golpe. Hadar tremia nervoso e aparentemente tonto. Sabia das lendas da Enguia e tinha certeza que aquele veneno poderia ser mortal, caso ele recebesse com toda a intensidade. Mesmo poucas gotas seriam o suficiente para lhe causar um dano irreparável.


– Eu não sei por que estás aqui, mas não foi a tua presença que localizei. – Boris se aproximou e retirou uma pedra esverdeada do bolso. – Foi rastreado um cavaleiro de ouro nessas proximidades. Ele deve estar contigo, não é?


Hadar fez silêncio, tentando retomar a postura, ignorando os efeitos do veneno.


– Não vais responder? – questionou Boris, com uma expressão séria. – Então serei obrigado a fazer isso. ENLACE MORTAL!


A imagem da Enguia surgiu por detrás de Boris e, quase que instantaneamente, rodeou Hadar, O cavaleiro de Centauro tentou desviar, mas não conseguiu, devido ao veneno que lhe atingira. Após um instante, sentiu-se estrangulado por aquela serpente mitológica, que começava a lançar correntes elétricas, o suficiente para abater ainda mais o guerreiro prateado.


Boris mudou a expressão para um tom sério e cessou o golpe, fazendo com que Hadar caísse no chão, ainda mais enfraquecido e abatido, mas ainda com vida. O comandante marina desviou o olhar, parecendo não satisfeito ao produzir tamanha dor em alguém. Pelo modo que agia, estava fazendo aquilo somente para cumprir seu dever.


– Já chega não é? – Boris respirou fundo e caminhou ao redor de Hadar. – Meus poderes são muito superiores aos teus. Me diz onde está o cavaleiro de ouro e eu pararei com isso. Não quero mais ver sangue, nem te machucar. Se me disseres, poderei dar o golpe final de uma vez.


– Por mais que eu não suporte Gerd, jamais te direi! – Hadar colocou a mão no chão e o seu cosmo a um ponto incrível, conseguindo levantar e voltar a encarar o marina de igual para igual.


– Impressionante, não imaginei que chegarias a esse ponto. – lamentou-se o marina, entristecido. – Mas parece que terás que sofrer mais um pouco para me responderes. Ou então morre de vez com as minhas mãos. ENLACE MORTAL!


Mais uma vez, Boris lançou a besta mitológica em direção a Hadar, enlaçando-o como antes, produzindo as rajadas elétricas. O cavaleiro gemeu de dor, tentando suportar a agonia. O comandante olhava para aquela cena com ainda mais receio, mas não cessava o ataque. Precisava cumprir a missão que lhe fora dada.


Então, como um estalo, Hadar concentrou o cosmo de maneira ainda mais surpreendente, deixando Boris impressionado. Uma torre de chamas rodeou o cavaleiro de prata, atingindo grande parte da floresta. Servindo como uma corrente, o corpo da Enguia conduziu o fogo que, no instante seguinte, atingiu o comandante marina.


Dessa vez, era Boris quem gritava de dor. O fogo se espalhava pelo corpo rapidamente, causando-lhe uma agonia gigantesca. Enquanto isso, o cavaleiro de Centauro concentrava o cosmo e mantinha-se vivo e de pé graças à força de vontade.


– Não me derrotarás, comandante. – discursou o guerreiro de Atena. – Eu sou Hadar de Centauro, um cavaleiro de prata. Não posso permitir tamanha humilhação. LUME IMPETUOSO!


Com o cosmo elevado, Hadar postou as mãos uma de frente para a outra, como se estivesse carregando alguma coisa. Não demorou e uma energia incandescente começou a se manifestar, formando uma grande esfera de fogo. A um estalo, o prateado empunhou os braços para frente, lançando uma onda de chamas, atirando-a contra o marina.


Ainda envolto pelo fogo, Boris elevou o cosmo, produzindo uma leve cortina de veneno, que o rodeou, apagando as chamas. Em seguida, atirou o líquido para frente, conseguindo equalizar com o ataque incandescente de Hadar, que tentava avançar, mas era bloqueado pelo fluido que o marina produzia.


– Não vou me dar por vencido. Jamais cederei a um marina. – rosnou Hadar, elevando o seu cosmo ao máximo. – SETA ESBRASEANTE!


Como se estivesse segurando um arco, Hadar puxou uma flecha invisível para trás e, com um movimento rápido, soltou. Ocupado em defender do outro ataque, Boris tentou fazer alguma coisa, mas não conseguiu evitar que a sete lhe atingisse, parando no seu peito.


Uma bolha de sangue saiu de sua boca e um uivo de dor surgiu em seguida. A brasa produzida pela flecha logo se espalhou por todo o corpo, queimando tanto a pele quanto os órgãos internos. Tentava se mover, mas não conseguia fazer mais nada. Estava apenas se corroendo em meio ao banho de chamas que Hadar havia produzido.


Passado pouco mais de um minuto, as chamas se extinguiram e, com isso, o comandante expirou, caindo no chão, sem vida. Hadar tombou ajoelhado em meio à floresta queimada, satisfeito com o sucesso na luta. Mantinha um sorriso contagiante nos lábios, que contrastavam com o suor e o cansaço estampado na face e nos olhos. Ao menos, o sucesso da batalha servira para amenizar as dores que sofrera.


De repente, um poderoso cosmo se manifestou próximo dali. Preocupado, ele se levantou com muitas dificuldades, se postando em posição de ataque.


Logo, um broto de coral emergiu no chão. Hadar olhou para baixo e seus olhos se arregalaram ao ver uma colônia se espalhando por toda a relva, subindo nas árvores, se fechando no topo, formando um belo espetáculo luminoso, criando uma espécie de caverna marinha.


Intrigado, Hadar lançou algumas chamas na cortina de corais, em vão. O fogo atingia as colônias, se esvaindo antes que pudesse formar brasas e se incendiar. O prateado respirou rapidamente, cada vez mais tenso com o grande cosmo que se aproximava. Tal energia era atrelada a uma bela canção, produzida por uma voz amplamente angelical, que o seduzia a cada instante.


O hipnotismo sonoro logo se transformou em visual, quando uma linda mulher, com longos cabelos escorridos andava por meio à caverna de corais. Sua face era dotada de uma beleza incrível, principalmente por aparentar estar na flor da idade, na passagem da idade juvenil para a adulta. Os fios longos e negros dos seus cabelos se agitavam com a cortina de vento que percorria o ambiente, melhorando sua aparência que já era marcante com seus olhos escuros.


– Halia te castigará por essa ousadia. – pronunciou a mulher, erguendo uma coroa dourada com suas mãos delicadas. – O réquiem de morte desse marina deveria ser fruto dos desejos divinos e não pelas mãos de um vil cavaleiro como tu.


– Tu és uma nereida? – indagou Hadar, pronto para lutar.


– Tal obviedade nem merece digna de ter uma resposta de meus lábios sagrados. – continuou Halia, erguendo a coroa. – Agora sentirás a ira da minha punição. ARCO-ÍRIS REAL!


As joias da coroa da nereida brilharam rapidamente, produzindo vários feixes de luzes coloridas. A um movimento delicado, ela girou o artefato rapidamente, misturando as cortinas luminosas, atingindo todo o ambiente. Hadar lançou suas chamas para tentar se defender, mas elas foram dissipadas rapidamente, não impedindo a continuação do ataque de Halia, que seguia rodopiando o artefato.


Consumido pelo feixe luminoso, Hadar foi arremessado para cima, caindo em meio à cortina de corais. Um pouco de sangue escoou de sua boca, deixando-o ainda mais atordoado. Sentia dores por todo o corpo, não conseguindo se mover direito. Sua armadura de prata estava praticamente despedaçada, deixando-o desprotegido. As dores que sentira da luta contra Boris contribuíam ainda mais para o seu estado deplorável.


Halia sorriu, guardou a coroa ao lado do corpo e apontou o outro braço para frente. A cortina de corais foi se tornando mais densa, cobrindo o corpo de Hadar, que tentava escapar com suas chamas, mas nada adiantava. A colônia continuava a se espalhar, prendendo o braço, cobrindo o corpo, formando um imenso túmulo marinho.


– Um cavaleiro de ouro foi localizado por aqui, mas o silêncio que emanasse contra o marina indica que não me dirás nada também. – proferiu Halia. – Dessa maneira, nada impedirá a tua morte! Meus companheiros cuidarão de achar o dourado. EXPLOSÃO DE CORAIS!


Toda a cortina de corais começou a brilhar, produzindo uma energia cálida. Hadar rosnou de dor, tentando escapar, mas era em vão. A cada instante que passava, sentia a morte ficando cada vez mais próxima.


De repente, uma forte energia foi emanada no local e, com um estalo, toda a caverna de corais foi arrasada. Hadar caiu no chão, praticamente inconsciente, enquanto Halia arregalava os olhos, espantada com o cosmo grandioso que se aproximava e tomava formas aos poucos.


Era um guerreiro baixo, trajando uma armadura dourada altamente protetora, com grandes pontas no joelho e um elmo com dois chifres dourados. Seu corpo não parecia estar de acordo com a armadura, sendo muito pequeno. Tal fato só não lhe tirava a imponência devido aos seus olhos verdes e serenos que fitavam a nereida com uma seriedade indescritível.


– Que presença é esta que interrompe o serviço de uma das filhas de Nereu e Dóris? – grunhiu Halia, mordendo os lábios.


– Eu sou o cavaleiro de ouro de Touro, meus companheiros me chamam de Gerd.


– Então tu és o cavaleiro que localizamos! – Halia sorriu satisfeita. – Mas tua altura não condiz com tua fama! Pelas histórias que são transmitidas em Atlântida, o último taurino era um colosso humano.


Halia gargalhou com a comparação e olhou para a face serena de Gerd. Sua alegria logo se cessou ao ver o sorriso estampado no rosto do dourado. A aura dele parecia estar preenchida pela completa paz, não apresentando nenhum incômodo, estresse, nem mesmo irritação pelo comentário de desprezo. Ela, pelo contrário, mordeu os lábios novamente, bufando com tamanha indiferença do taurino.


– Então tens a audácia de ficar indiferente aos comentários de minha grandiosa mente. – comentou a nereida com um olhar provocativo, apontando o braço para frente. – Sentirás a fúrias dos meus corais. PROLIFERAÇÃO COLONIAL!


O cosmo da ninfa explodiu rapidamente e uma cortina de corais surgiu no céu e no chão, atacando o taurino. Com toda a tranquilidade, Gerd balançou o braço de um lado para o outro rapidamente, produzindo uma grande barreira de ar, varrendo todos os corais num instante. Com outro estalo, a corrente de ar se ampliou, atingindo a ninfa, atirando-a no chão.


Com as escamas recheadas de fraturas, Halia levantou irritada, não aceitando o que estava acontecendo. Com um movimento rápido, ela sacou sua coroa e começou a girá-la para golpeá-lo. Porém, após um balançar de mãos do taurino, a barreira de ar se expandiu novamente, arrastando-a junto, expulsando o artefato de sua mão. Abatido, Hadar observava impressionada com tamanha calma e habilidade de Gerd.


– Já te deste por vencida? – zombou Gerd, sorrindo. – Quero que saibas que jamais poderás me atingir. Esta barreira de ar é como o bafo de um touro feroz.


– A ferocidade não é algo que está presente nos teus olhos. – rebateu Halia, se levantando. – Pelo contrário, só consigo perceber a passividade neles. De que raiz se germina tamanha força?


Gerd não respondeu, apenas ergueu o cosmo rapidamente, colocou o braço direito para cima, fechou os dedos, como se estivesse segurando algo e exclamou:


– TROMBETA DE ELNATH!


Uma poderosa onda de choque, seguida de um estrondoso ruído, foi produzida em um centésimo de milésimo de segundo, se dispersando por todo o caminho entre o taurino e a ninfa. Preocupada, a nereida saltou para desviar, mais foi atingida em cheio. Suas escamas se despedaçaram e ela caiu no chão, com os olhos abertos e sem vida.


Com um olhar satisfeito, Gerd deixou a nereida de lado e andou calmamente em direção a Hadar, que tentava se erguer, ainda com muita dificuldade. Sem demoras, o taurino se abaixou e apoiou o prateado em seus ombros, dando-lhe um pouco do seu cosmo, a fim de acelerar a sua recuperação.


– Nossa companheira, Fard de Hidra, cuidará para que te recuperes melhor. – começou Gerd, olhando para Hadar. – Mas então as suspeitas de Elma estavam corretas, havia uma presença estranha por aqui.


– Sim! O que era para ser uma missão de reconhecimento acabou se tornando uma batalha. – comentou o cavaleiro de Centauro, ainda fraco. – A nereida falou que os companheiros dela cuidariam de ti. Deve haver mais ninfas ou marinas por aqui.


– Será que elas acharam um jeito de nos rastrear? – indagou Gerd, com a mão sobre o queixo. – Isso é um risco, pois, se nos localizarem, podem chegar até Atena.


– O comandante marina que enfrentei tinha uma das pedras de Nereu. – observou Hadar, ofegante. – Eles devem ter sentido o teu cosmo em algum instante. Mas como não o usaste muito, eles devem ter aprimorado o rastreamento. Precisamos fazer alguma coisa!


O prateado se desprendeu de Gerd, respirou forte e assinalou para irem correndo avisar aos amigos. O taurino, por sua vez, apenas levantou a mão, pedindo para que o colega não entrasse em pânico. Atitude esta que só o deixou mais irritado. Não conseguia acreditar como alguém pudesse estar tão sereno em uma hora como aquela. Se os atlantes localizassem Atena, seria o fim da guerra, mesmo com um sucesso na invasão de Ário.


– Agir sem prudência só vai nos custar vidas desnecessárias. – rebateu Gerd. – Precisamos pensar um pouco. Vamos ver se os outros cavaleiros descobriram alguma coisa. Além do mais, de qualquer forma, os marinas nos localizaram e não Atena. Se precisar, ficaremos aqui até que liquidemos todos eles. Se isso se concretizar, até facilitaremos a vida de Ário.


Hadar fechou as pálpebras até a metade, abaixando a sobrancelha com sinal de reprovação. Não ligando para isso, o taurino tirou o elmo, revelando seus cabelos loiros, lisos e bem curtos, indo até a orelha. Em seguida, guardou o capacete nos braços, escondendo-o por debaixo da longa capa e seguiu caminhando por entre os destroços da floresta. Sem querer discutir, o prateado o acompanhou, ainda cambaleando devido às duas lutas.


Ambos caminharam por mais alguns minutos. A vegetação destruída logo deu lugar a uma floresta densa, agora sem danos. Por fim, deixaram a última árvore de lado para se deparar com um grande campo aberto, onde se encontravam o restante do grupo. Ao ver os cavaleiros chegando, uma garota levemente jovem, com cabelos curtos, se aproximou de Hadar.


– Nunca pensei que um homem tão forte quanto o senhor fosse se machucar dessa maneira. – comentou ela, com uma voz fraca, olhando para Hadar.


Sem demorar, ela se aproximou do prateado, tirou um lenço do bolso, agitou a mão por cima dele, produzindo uma espécie de massa gelatinosa. Carinhosamente, pegou o lenço e passou em todos os ferimentos de Hadar. Como num estalo, em poucos instantes, eles se cicatrizaram. O prateado sorriu, ao mesmo passo e que a jovem pigarreou um ruído de satisfação.


– Parece que podes usar a tua substância de uma maneira que não venenosa. – comentou Gerd, olhando para a jovem. – Muito astuta, minha querida Fard de Hidra.


A amazona concordou, mas não disse uma palavra, pois também não gostava do taurino. Vendo a desaprovação, Gerd assinalou para que o seguissem, pois teriam que continuar o trajeto.


O caminho foi curto e, para o alívio de Hadar, não encontraram nenhum marina ou nereida. A floresta logo deu espaço a outro campo aberto, que se findava com algumas casas modestas de pedra, típicas de localidades do interior da Grécia naquela época. A densidade das residências foi aumentando rapidamente até formar uma cidade humilde, com uma grande rua principal. Várias pessoas conversavam no local, principalmente formando um aglomero próximo a uma grande feira central.


Agora sem armadura e trajando apenas uma roupa leve, Gerd seguiu o caminho até a última barraca de frutas abertas, já que o anoitecer tomava conta do céu. Dando uma moeda de prata para a mulher que cuidava do lugar, comprou várias maçãs, dando uma para cada um do grupo, que também estavam sem trajes protetores.


Após a alimentação, deixaram a praça rapidamente, cortaram a rua, viraram à esquerda até uma espécie de beco, onde ninguém poderia vê-los.


Sem demoras, Gerd se virou para o grupo e pronunciou:


– Encontramos uma nereida e um marina ao redor dessa cidade. Por isso sugiro a todos que mantenham a calma.


A simples menção de uma ninfa do mar já deixou a maioria espantada, principalmente os cavaleiros de bronze e os aprendizes, que ouviam histórias terríveis sobre as terríveis filhas de Nereu, que hipnotizavam qualquer guerreiro somente com a beleza. Antes que todos entrassem em pânico, Gerd ergueu a mão novamente, pedindo calma geral.


– Temo que estejamos sendo rastreados. – continuou o taurino. – E isso pode ser fatal na guerra santa, principalmente se os atlantes nos seguirem até Atena.


– Mas o que podemos fazer? – grunhiu um dos aprendizes no canto.


– Eu procurarei um local para ficarmos, enquanto isso, se disfarçem e procurem informações nos bares, bebendo e conversando. – respondeu Gerd. – Nos encontraremos daqui a três horas nesse mesmo beco. Não revelem suas identidades e escondam as armaduras


Todos concordaram e se afastaram. Os aprendizes seguiram Gerd, enquanto os cavaleiros foram tomando rumos distintos. Hadar e Fard ficaram descansando, devido ainda ao estado abatido do prateado.


A noite foi se tornando cada vez mais densa e, no prazo estabelecido, todos se reuniram com Gerd no beco novamente, que lhes perguntou alguma coisa.


O silêncio foi geral. Nenhum dos cavaleiros ou aprendizes se arriscava a falar qualquer coisa. Olhavam um para o outro a fim de alguém tomar iniciativa. Hadar rosnou irritado, pois parecia que eles não tinham feito nada além de se divertirem. Gerd, pelo contrário, apenas fechou os olhos e ergueu a palma da mão para o prateado, pedindo calma mais uma vez.


Hadar bufou novamente, querendo dizer o que pensava, quando um dos cavaleiros de bronze avançou, um pouco envergonhado. Gerd sorriu, ergueu a mão para frente e lhe deu a palavra.


– As pessoas aqui são meio assustadas, mas não ouvimos nada de relevante, apenas lendas mundanas. – comentou o rapaz.


– Todas as lendas tem um fundo de verdade. – interpôs-se Gerd, dando ânimo para o companheiro.


– Mas, na realidade, são muito fantasiosas. Falam apenas de monstros, sereias, fantasmas e…


Antes que pudesse terminar, Gerd ergueu a palma da mão novamente, em sinal de calma. Hadar ficou estressado, enquanto o brônzeo se sentiu reprimido. Com os olhos fechados, o taurino colocou a mão no queixo e pensou um pouco.


– Tu disseste sereias? – murmurou Gerd, abrindo os olhos e fitando o companheiro. – Talvez estejam falando sobre nereidas, já que suas belezas hipnotizam e algumas até produzem canções belíssimas. Por favor, me detalha sobre tudo o que ouviste!


O sangue do guerreiro brônzeo gelou e o murmúrio se espalhou pelo local. Cada um emitia sua opinião, alguns mais inexperientes temiam as nereidas, enquanto os jovens já se vangloriavam, empolgados com as eventuais lutas que viriam. Por fim, os mais velhos pediam calma e prudência, já que as ninfas tinham um nível de poder muito variado, podendo estar próximos até dos cavaleiros de ouro.


Alheio a tudo isso, Gerd chamou o cavaleiro de bronze e insistiu nos detalhes, querendo saber tudo o que ele havia ouvido sobre as sereias, para ter certeza se havia relações. A conversa durou alguns minutos, instigando a curiosidade dos outros, que se esticavam, tentando abstrair alguma informação.


A madrugada logo se aproximava, provocando uma baixa rápida na temperatura. Sem demorar, Gerd bateu palmas e ordenou que todos os seguissem.


Andaram em multidão pelas ruas escuras, deixando a população local um pouco intrigada com tamanho amontoado de pessoas. A quantidade não era a única coisa que impressionava os moradores e sim a grandiosa aura que envolvia a todos. Mesmo os mais céticos sabiam que havia algo sobrenatural em todos eles.


A caminhada seguiu por mais algumas quadras. Pareciam que estavam entrando cada vez mais no interior da cidade, já que as ruas se tornavam mais estreitas e as casas mais simples e rurais. Saindo um pouco do âmbito urbano, Gerd os conduziu a uma grande casa de pedra, que se estendia no pico de um morro. Com um gesto com as mãos, assinalou para que todos entrassem rapidamente, que ele ainda precisava resolver um assunto.


Após uma espera breve, ele entrou minutos depois, com a mesma imponência séria. Todos os fitaram, com uma expressão espantada. O ambiente estava repleto de mulheres com poucas roupas, que olhavam para eles de maneira sensual. Com um sorriso no rosto, um homem, vestindo roupas interessantes e leves, se aproximou do taurino e o cumprimentou. Era um indivíduo barbudo, de meia-idade, baixo, mas com uma longa pança de álcool.


– O senhor deve ser um grande general e veio dar diversão aos seus guerreiros… e guerreiras. – completou o homem, olhando estranhamente para as amazonas e principalmente para a altura do cavaleiro de Touro.


– Tais damas são deveras interessantes, mas não é esse o meu objetivo. – rebateu Gerd seriamente. – Eu sei que este espaço tem uma quantidade muito grande de alojamentos para a realização do entretenimento por aqui. Será que são suficientes para nos hospedar?


O homem fez uma expressão de decepção, parecendo um pouco incomodado com a resposta. Já prevendo isso, Gerd simplesmente tirou uma sacola do bolso e a jogou nas mãos dele. Intrigado, ele abriu e seu queixo caiu ao ver uma grande quantidade de ouro. Sem pensar duas vezes, ele fechou o saco e foi em direção ao taurino, colocando a mão nas costas dele.


– Claro que podem usar nossos alojamentos. – discursou ele, com uma expressão alegre. – As minhas meninas não vão se importar de se amontoarem. Como querem que dividamos os hóspedes?


– Quatro quartos são o suficiente. – respondeu Gerd com uma voz lenta e pacífica. – Dois para os homens, um para as mulheres e o outro para mim e para mais um. No total somos dezessete.


Não se importando para as exigências do taurino, o homem olhou de novo para a sacola cheia de ouro e seus olhos brilharam. Em seguida, contou rapidamente os integrantes do gigantesco grupo para saber mais ou menos como seria a distribuição. Algo, porém, o deixou intrigado.


– Com licença, o senhor disse dezessete? – murmurou o homem, colocando a mão no ombro do taurino. – Mas só vejo dezesseis.


– É que meu companheiro de quarto só chegará no meio da madrugada!

 

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A noite esfriou mais ainda. As cigarras cantavam em meio ao matagal que rodeava o estabelecimento. O silêncio era quase que total, não podendo se distinguir nenhum som além da própria melodia da natureza. Se em outras noites, o barulho do trabalho noturno do local percorria todas as entranhas das paredes, naquele momento, tudo isso parecia distante.


Sentado no seu leito, Gerd olhava calmamente para o chão, concentrado nos próprios pensamentos. Estava em uma sala apertada, sem nenhuma comodidade, somente com a cama que mal tinha um cobertor ou um travesseiro. A caixa dourada da armadura de Touro reluzia, ofuscando praticamente todo o chão.


De repente, um uivo ecoou na janela, produzindo um sorriso nos lábios de Gerd, que se virou rapidamente para o local. Um homem baixo, vestindo uma armadura prateada, moderadamente coberta, estava de pé sobre a batente. Tinha os olhos castanhos, cara fechada e uma quantidade quase nula de cabelo. Não era velho, mas já tinha ultrapassado um pouco a idade madura.


Continuando a sorrir, Gerd se virou para o cavaleiro e o cumprimentou novamente. Ele retribuiu o gesto, trocando um aperto de mãos. Terminadas as condolências, o taurino se virou, olhou para a janela e perguntou:


– Conseguiste descobrir alguma coisa, Kraz de Corvo?


– Pode parecer surpreendente, mas sim! – respondeu o prateado, um pouco preocupado. – Há uma nereida e três marinas, acampados nos arredores da cidade, em um local próximo a um cemitério. É um lugar interessante, porque a nereida pode usar seu cântico, fingindo que ali existem espíritos sem descanso.


– De fato, sereias e espíritos são as principais lendas desse povo. – comentou Gerd, voltando a por a mão no queixo de forma pensativa. – Mas se eles são lendas, então talvez a situação seja pior do que eu imaginei. Eles não estão só nos rastreando, mas prevendo onde vamos. Deviam saber que viríamos para cá e montaram uma base. Nereu é um profeta e, sem a barreira de Atena, acho que consegue descobrir cada movimento nosso.


– E o que vais fazer? – indagou Kraz com uma voz curiosa.


– Nós vamos para lá! – concluiu Gerd com um sorriso. – Se há atlantes por aqui, é o nosso dever como cavaleiros expulsá-los definitivamente. E tu vais comigo para orientar exatamente o local. Talvez eu precise de teus movimentos furtivos. Nunca se sabe se uma armadilha nos espera.


– Mas…


Kraz não conseguiu terminar a frase, pois Gerd já saía pela janela, assinalando para que lhe seguisse. O cavaleiro de prata respirou fundo e um suor de preocupação caiu de sua testa. Fora treinado principalmente para observar e informar. No fundo, tinha receito de entrar em uma luta contra um oponente qualificado como uma nereida, fato que o deixava um pouco envergonhado.


Gerd, já com a armadura de ouro no corpo, estalou os dedos, chamando-o novamente. Um pouco relutante, Kraz desceu a janela e tomou a dianteira, começando a percorrer o caminho indicado.


Andaram por alguns minutos, o suficiente para atravessar toda a cidade. A população já estava dormindo, havendo uma quantidade quase nula de movimentação na rua. Saindo da área urbana, adentraram num imenso matagal, que logo se converteu em uma floresta densa.


Chegando às margens da floresta, Gerd e Kraz ficaram atrás de uma das árvores e passaram a observar a grande quantidade de tumbas de pedras que havia num campo aberto. Tomando a iniciativa, Kraz sugeriu para que eles margeassem um pouco o ambiente, até chegar ao ponto próximo onde havia visto os atlantes em sua primeira expedição. Gerd sorriu e obedeceu sem problemas.


Andaram mais um pouco até avistarem, há vários metros dali, um grupo de indivíduos acampado em meio aos túmulos, ocultado por um grande nevoeiro. O taurino forçou a vista e não conseguiu distinguir o que estavam fazendo. Pareciam apenas alguns pontos foscos.


Perspicaz, Gerd mandou Kraz aguardar um momento e andou lentamente. Precisava manter a cautela ou então seria descoberto e perderia o elemento surpresa, não conseguindo descobrir o que estavam planejando. Sabia que, se os observasse mais de perto, poderia descobrir alguma coisa útil sobre esse aparecimento de ninfas na cidade.


Andou por mais alguns metros e conseguiu distinguir, de longe, três feições masculinas, mas sem detalhes. Sua curiosidade logo se transformou em confusão ao perceber que havia algo errado naquela contagem. A nereida que Kraz falara não estava ali.


Um grito masculino, no entanto, ativou sua memória. Era o próprio cavaleiro de Corvo. Num instante, percebera o erro numérico e abaixou os olhos entristecido, culpando a si mesmo por não esperar tamanho ataque sujo.


Não obstante, não perdeu a calma, correu rapidamente em direção ao local onde estava, sem, porém, fazer muito barulho. Precisava ainda agir com cautela.


Chegou rapidamente e seus olhos brilharam de alegria ao ver Kraz de pé, ainda vivo. O prateado, contudo, estava paralisado, com os olhos arregalados e com o queixo caído. Intrigado, Gerd olhou para o chão e seu queixo caiu também. À frente do prateado, o corpo de uma nereida repousava, totalmente sem vida.


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Oi Nikos tudo Bem ? Sei que demorei um pouco mais aqui estou para comentar seus ultimos caps

 

Parece que muita coisa esta acontecendo nesta fase de transição

 

Primeiro descobrimos aos poucos que Propus conseguiu colocar um espião em cada um dos grupos que se formaram dos cavs de Atena, o jovem é realmente engenhoso, não me surpreenderia se ele tivesse alguém em Atlentida inclusive me pergunto o que cada um deles fara daqui para frente

 

Nereu aparentemente esta planejando aprisionar um deus, me pergunto quem seria, Atena? Poseidon? Ou outro deus que ele tenha previsto que entrará em cena? O cara sempre tem um plano para tudo então estou ansioso para ver qual será desda vez

 

A Legião de Atena também parece estar se preparando para alguma coisa.me pergunto se Sertan sabe das intenções do irmão? Duvido que ele não participe desta invasão

 

Os marinas parecem saber da invasão de alguma forma, já que chamaram um general exilado para voltar a Atlântida e Thetis também parece estar preocupada com as acoes dos cavs. Esta invasão esta prometendo muito realmente

 

Por fim tivemos um Arco onde os cavs fies ao grande mestre encontram a forças de Poseidon e confrontam elas. Descobrindo uma Nereida morta, realmente algo bem interessante que nos permitiu ver o cav de Touro em ação ele se mostrou bem centrado e poderoso me pergunto o que ocorrerá quando ele enfrentar um inimigo que tem poder igual ao dele

 

Uma coisa que me intrigou nesta ultima parte, para mim o fato marinas terem se tornado lendas na cidade não indica para mim que previram a chagada dos cavs. eu acredito que leva muito tempo para se formar uma lenda, o que indica que eles estão lá muito antes do selo de Atena ter sido rompido, evento que parece ter ocorrido, a alguns dias ou no máximo a um mês no tempo da historia, eu acredito que eles estão lá por outro motivo e receberam a pedra para serem avisados caso um cav de ouro se aproximasse. Só fica a questão do porque eles estão ali, realmente algo intrigante

 

Por fim gostaria de comentar que gostei da interação entre os protetores da torre de Hades, é bom ver membros dos dois lados se conversando de forma amigavel de vez em quando e me impressionei por vc ter feito um personagem que tem a escama de Pepino do Mar, coitado do cara tanta criatura marinha legal para ter uma escama ele foi justamente cair com uma inspirada, um equinodermo que fica limpando detritos do fundo do oceano alem de servir de casa para peixes que vivem dentro de seus orificios. Realmente isso me chamou a atenção XD

 

Parabens Nikos e até a prox

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Capítulo 18 da segunda parte lida.

 

Que grande combate rolou entre Hadar e Boris, um levou o outro ao extremo das suas melhores técnicas. As habiliades do Enguia são muito perigosas e boas até, porém a força de vontade do Centauro imperou com um porém de não sair ileso do combate.

 

Em seguida, uma nova ninfa marítima chamada Halia entra em combate e quase mata Hadar.

 

Devo dizer que a estatura de Gerd não faz jus ao seu poder (brincadeira minha), devo também salientar a sua seriedade e calma medonha que me assusta e também a sua capacidade de comandar e de prever certas coisas.

 

Este capítulo foi bem movimentado e cheio de combate e de grandes acontecimentos, se bem que a última parte é a mais intrigante de todas!

 

Abraços e parabéns, mon ami!

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Muito bom lhe falar Nikos e estar aqui comentando outro capítulo dessa segunda fase de Atlântida...

 

Acabou ficando muito boa esse luta entre o Cavaleiro de Prata de Centauro e o Marina de Enguia. Curti desde a ação, técnicas, comportamento dos personagens e diálogo. Vale destacar também os efeitos destrutivos do combate impresso na figura dos envolvidos e no próprio cenário. Detalhes relevantes que acabam tornando tudo ainda mais verossímil.

 

Parabéns!

 

Depois de Hadar sagra-se vencedor por uma diferença mínima surge em cena mais uma das Nereidas. Por razões que envolvem sua força e o fato do Cavaleiro de Prata de Centauro já se encontrar ferido e no seu limite, Halia não encontra grandes dificuldades em sobrepujar Hadar e teria o matado caso Gerd não viesse no socorro do mesmo. O embate da Nereida com o Cavaleiro de Ouro de Touro se fez breve, mas não menos interessante. Em principal, pelas técnicas de Halia e a do dourado TROMBETA DE ELNATH.

 

Graças às habilidades de cura da Amazona de Bronze de Hidra, Hadar tem seus ferimentos tratados.

 

Passado as lutas e suas consequências vimos Gerd, juntamente com os Cavaleiros e Aprendizes que o acompanham, prosseguir em sua jornada até chegarem num aglomerado urbano.

 

Destaco a interação entre o grupo e o próprio cenário que os acerca. Onde tivemos desde momentos de tensão a situações descontraídas de muito bom humor (ri quando Hadar ficou bravo por perceber que outros haviam se divertido ao invés de coletarem informações como lhes fora ordenado).

 

Outra passagem que considerei bem feita e que também me fizera rir foi a do dono do bordel oferecendo os préstimos de suas ‘meninas’ para o ‘general’ Gerd e seus subordinados.

 

Bem feito também ficara a forma como se foi trabalhado entre os Cavaleiros e Aprendizes que acompanham Gerd o temor que as Nereidas lhe despertavam.

 

Na passagem pelo aglomerado urbano acabei sentindo falta do Cavaleiro de Bronze de Lince e da Amazona de Erídano. Queria que eles tivessem tido alguma participação, mesmo que discretas, para lembrarmos que eles também estavam por lá.

 

O capítulo se encerra de maneira bastante intrigante dando a entender que não fora o Cavaleiro de Prata de Corvo que abatera a Nereida desfalecida a seus pés.

 

Ao que parece trata-se de um mistério que deve ser revelado no próximo.

 

Outra certeza é de que vem mais ação por aí!

 

Creio ser isso, Nikos...

 

Me despeço deixando a cá meu abraço!

Editado por Leandro Maciel Bacelar
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Capítulo 18 da segunda parte lida.

 

Que grande combate rolou entre Hadar e Boris, um levou o outro ao extremo das suas melhores técnicas. As habiliades do Enguia são muito perigosas e boas até, porém a força de vontade do Centauro imperou com um porém de não sair ileso do combate.

 

Em seguida, uma nova ninfa marítima chamada Halia entra em combate e quase mata Hadar.

 

Devo dizer que a estatura de Gerd não faz jus ao seu poder (brincadeira minha), devo também salientar a sua seriedade e calma medonha que me assusta e também a sua capacidade de comandar e de prever certas coisas.

 

Este capítulo foi bem movimentado e cheio de combate e de grandes acontecimentos, se bem que a última parte é a mais intrigante de todas!

 

Abraços e parabéns, mon ami!

 

Olá saint!
Hadar e Boris mostraram que, apesar de suas hierarquias inferiores, podem ser grandes soldados. Somo que o equilibrio se deu principalmente porque Boris era um novato. Se tivesse experiência e batalha, talvez fosse superior ao soldado de Centauro.
Sim, ninguém acredita que Gerd tenha tanto poder com aquele tamainho dele. Além do mais, ele é bem calmo, aparentemnete nao curtindo os compbates.
Esse capítulo voltou com as batalhas, que estavam há muito ausentes (desde Nérites), mas nao deixou de ter os mistérios e tudo mais.
Abraços Saint, vou liquidar o atraso na tua fic hoje ainda!

 

Muito bom lhe falar Nikos e estar aqui comentando outro capítulo dessa segunda fase de Atlântida...

 

Acabou ficando muito boa esse luta entre o Cavaleiro de Prata de Centauro e o Marina de Enguia. Curti desde a ação, técnicas, comportamento dos personagens e diálogo. Vale destacar também os efeitos destrutivos do combate impresso na figura dos envolvidos e no próprio cenário. Detalhes relevantes que acabam tornando tudo ainda mais verossímil.

 

Parabéns!

 

Depois de Hadar sagra-se vencedor por uma diferença mínima surge em cena mais uma das Nereidas. Por razões que envolvem sua força e o fato do Cavaleiro de Prata de Centauro já se encontrar ferido e no seu limite, Halia não encontra grandes dificuldades em sobrepujar Hadar e teria o matado caso Gerd não viesse no socorro do mesmo. O embate da Nereida com o Cavaleiro de Ouro de Touro se fez breve, mas não menos interessante. Em principal, pelas técnicas de Halia e a do dourado TROMBETA DE ELNATH.

 

Graças às habilidades de cura da Amazona de Bronze de Hidra, Hadar tem seus ferimentos tratados.

 

Passado as lutas e suas consequências vimos Gerd, juntamente com os Cavaleiros e Aprendizes que o acompanham, prosseguir em sua jornada até chegarem num aglomerado urbano.

 

Destaco a interação entre o grupo e o próprio cenário que os acerca. Onde tivemos desde momentos de tensão a situações descontraídas de muito bom humor (ri quando Hadar ficou bravo por perceber que outros haviam se divertido ao invés de coletarem informações como lhes fora ordenado).

 

Outra passagem que considerei bem feita e que também me fizera rir foi a do dono do bordel oferecendo os préstimos de suas ‘meninas’ para o ‘general’ Gerd e seus subordinados.

 

Bem feito também ficara a forma como se foi trabalhado entre os Cavaleiros e Aprendizes que acompanham Gerd o temor que as Nereidas lhe despertavam.

 

Na passagem pelo aglomerado urbano acabei sentindo falta do Cavaleiro de Bronze de Lince e da Amazona de Erídano. Queria que eles tivessem tido alguma participação, mesmo que discretas, para lembrarmos que eles também estavam por lá.

 

O capítulo se encerra de maneira bastante intrigante dando a entender que não fora o Cavaleiro de Prata de Corvo que abatera a Nereida desfalecida a seus pés.

 

Ao que parece trata-se de um mistério que deve ser revelado no próximo.

 

Outra certeza é de que vem mais ação por aí!

 

Creio ser isso, Nikos...

 

Me despeço deixando a cá meu abraço!

 

Olá Leandro
É bom ler os seus comentários também Leandro, tanto os positivos, quanto os negativos.
Que bom que curtisse toda a interação e batlaha entre Boris de Enguia e Hadar de Centauro. O confronto entre eles não manifsta tanto poder quanto um entre cavaleiros de ouro e generais marinas, mas também podem rasgar os céus, já que são cavaleiros/marinas.
O cenário se fez presente sim, eu sei que gostas disso. É difícil imaginar uma luta com chamas não afetar a floresta em volta. Obrigado pelos parabéns!
Sim, eu acho que, mesmo se o cavaleiro de prata estivesse na sua totalidade, provavelmente também nao seria páreo para Halia. Talvez o confronto fosse um pouco mais equilibrado, mas nao acredito que venceria pela força cósmica, somente numa estratégia (Como Mirfak de Perseu contra Galateia na Parte 1)
quanto à parte da cidade... antes de cavaleiros,e les são humanos e gostam de se divertir. Hadar é mais sério e ficou realmente fulo com isso. Nada mais natural! Cada um tem suas personalidades. Que bom que gostasse dessa parte e a do prostíbulo.
Sim! Eu percebi que faltou. O capítulo que eles apareceram foi feito depois do atual, então eu realmente me esqueci de lembrá-los. Mas, não te preocupes, eles serão citados.
Do grupo de seis conduzidos por Gerd, já temos quase todos formados:
Hadar de Centauro e Kraz de Corvo (Prata)
Fard de Hidra, Essoby de Lince, Elma de Rio (Bronze.
O último é o cavaleiro de bronze que Gerd conversou, cujo nome ainda não sabemos.
A princípio parece que não, ou o Cavaleiro de Corovo está escondendo o jogo com essa sua personalidade covarde.
Terá mais ação no próximo capítulo, creio eu.
Abraços para ti também!
Até mais

 

Caraca Nikos, que muito dahora!

 

Velho o Touro mito, um ataque uma morte. Ansioso pelos proximos.

 

Cara deixa ele invadir Atlantis, mata ele não, please.

 

Olá Grimlock,
Não posso prometer nada sobre Gerd de Touro, siga aqui conosco que saberás o seu destino.
Abraços
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Oi Nikos desculpe mas aconteceu alguma coisa? Por que vc pulou meu coment?

Que mico!! Não tinha visto!

 

 

Oi Nikos tudo Bem ? Sei que demorei um pouco mais aqui estou para comentar seus ultimos caps

 

Parece que muita coisa esta acontecendo nesta fase de transição

 

Primeiro descobrimos aos poucos que Propus conseguiu colocar um espião em cada um dos grupos que se formaram dos cavs de Atena, o jovem é realmente engenhoso, não me surpreenderia se ele tivesse alguém em Atlentida inclusive me pergunto o que cada um deles fara daqui para frente

 

Nereu aparentemente esta planejando aprisionar um deus, me pergunto quem seria, Atena? Poseidon? Ou outro deus que ele tenha previsto que entrará em cena? O cara sempre tem um plano para tudo então estou ansioso para ver qual será desda vez

 

A Legião de Atena também parece estar se preparando para alguma coisa.me pergunto se Sertan sabe das intenções do irmão? Duvido que ele não participe desta invasão

 

Os marinas parecem saber da invasão de alguma forma, já que chamaram um general exilado para voltar a Atlântida e Thetis também parece estar preocupada com as acoes dos cavs. Esta invasão esta prometendo muito realmente

 

Por fim tivemos um Arco onde os cavs fies ao grande mestre encontram a forças de Poseidon e confrontam elas. Descobrindo uma Nereida morta, realmente algo bem interessante que nos permitiu ver o cav de Touro em ação ele se mostrou bem centrado e poderoso me pergunto o que ocorrerá quando ele enfrentar um inimigo que tem poder igual ao dele

 

Uma coisa que me intrigou nesta ultima parte, para mim o fato marinas terem se tornado lendas na cidade não indica para mim que previram a chagada dos cavs. eu acredito que leva muito tempo para se formar uma lenda, o que indica que eles estão lá muito antes do selo de Atena ter sido rompido, evento que parece ter ocorrido, a alguns dias ou no máximo a um mês no tempo da historia, eu acredito que eles estão lá por outro motivo e receberam a pedra para serem avisados caso um cav de ouro se aproximasse. Só fica a questão do porque eles estão ali, realmente algo intrigante

 

Por fim gostaria de comentar que gostei da interação entre os protetores da torre de Hades, é bom ver membros dos dois lados se conversando de forma amigavel de vez em quando e me impressionei por vc ter feito um personagem que tem a escama de Pepino do Mar, coitado do cara tanta criatura marinha legal para ter uma escama ele foi justamente cair com uma inspirada, um equinodermo que fica limpando detritos do fundo do oceano alem de servir de casa para peixes que vivem dentro de seus orificios. Realmente isso me chamou a atenção XD

 

Parabens Nikos e até a prox

 

Sim, a teia de informações de Propus foi foramada, apesar de que ele não conseguiu controlar Radulfo de Lobo por muito tempo porque Sertan poderia descobrir. Queria ver como ele conseguiria por um espião em Atlântida.

 

Não sei o que o Profeta dos Oceanos está planejando, mas pelo que ele falou no prólogo para Pítia, ele estava se preparando caso Poseidon tentasse alguma coisa. Uma boa maneira de convencer o filho a agir talvez.

 

Wezn, a espiã da Legião não está mais lá. Mas é possível que Sertan tivesse outro espião. Se bem que não sei como ele iria se comunicar.

 

Será que estão preocupados com a invasão ou outra coisa? A cena em que Thetis apareceu mostrou um interrogatório com uma prisioneira. Talvez ela tenha dito alguma coisa.

 

Gerd é sereno e bem poderoso, apesar do tamanho.

 

Interessante teres notado essa passagem temporal. Estranho mesmo esses marinas terem se transformado em lendas assim tão de repente. Gostei que estás pensando bem além do que foi transparecido até aqui.

 

Poseidon e Atena tem um grande inimigo em comum: Hades. Ele é contra os ideiais de ambos e se, por acaso um dia Hades vencesse uma guerra, seria o fim da vida e, portanto, o fim de qualquer reinado que Poseidon ou Atena possam ter.

 

Qual o problema com o Pepino do mar? O marina é gordinho, merece essa escama kkk.

 

Valeu Fimbul, desculpa por não ter visto o teu comentário. Geralmente é o Saint que comenta primeiro e eu esqueci de olhar. Desculpa.

 

Abraços

 

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BALANÇO: CAPÍTULOS 18


Seguem o resumo e os personagens!

 

Resumo

 

Combatendo com Boris de Enguia, Hadar de Centauro descobriu que eles haviam localizado um cavaleiro de ouro nas proximidades graças às pedras de Nereu. Após uma luta difícil, o cavaleiro de prata conseguiu utilizar os tentáculos do marina contra ele próprio, incendiando-o e vencendo a batalha. Entretanto, no momento seguinte, Halia, uma nereida, surgiu diante deles, sobrebujando o defensor de Atena com muita facilidade.

Com uma superioridade absurda diante de Hadar, Halia ameaçou-o, dizendo que ele deveria indicar onde estava o cavaleiro de ouro, mas o prateado se calou. Prestes a matá-lo, ela avançou seus corais, quando foi interrompida por Gerd de Touro, que a venceu com sua Trombeta de Elnath.

Hadar revelou a Gerd que a nereida e o comandante marina estavam ali porque tinham rastreado uma energia proveniente de um cavaleiro de ouro. Mostrando serenidade e calma, o dourado analisou a situação, dizendo que eles deveriam investigar bem, pois se Nereu pudesse localizá-los sem que usassem o cosmo, então poderiam chegar a Atena.

Os dois retornaram da floresta e marcharam para a cidade, relatando o que ocorrera. Preocupados, os calvaleiros e aprendizes restantes temiam uma possível investida de Nereu, mas Gerd disse que não deveriam ficar nervosos e que eles deveriam continuar a investigar.

Após a chegada da noite, Gerd e os outros foram dormir em um estabelecimento, após ouvirem lendas sobre sereias, monstros e fantasmas. Na madrugada, Kraz de Corvo surgiu diante de Gerd, explicando que localizou uma nereida em um cemitério. Os dois seguiram para lá e, sem dificuldades, encontraram um acampamento próximo às tumbas. Gerd foi até lá, quando ouviu um grito, Kraz estava parado, diante de uma nereida morta.

 

Personagens

Gerd de Touro: Cavaleiro de ouro encarregado de levar os seis comabatentes fiéis ao mestre para um novo refúgio, além dos aprendizes. Extremamente calmo e sereno, tenta lidar com as situações de maneira racional, sem se deixar levar pelo nervosismo. É extremamente baixo e loiro, o que o difere de outros taurinos. Apesar de liderar o grupo, não possui a confiança de nenhum, além de Elma de Rio, pois é suspeito do desaparecimento do seu mestre, Ain de Touro.

 

Hadar de Centauro: Cavaleiro de prata aliado ao mestre. Possui uma personalidade irritadiça, principalmente diante da calma de Gerd. Apesar disso, tem uma boa habilidade de combate, principalmente manipulando as chamas, referentes à sua constelação. É jovem, com altura mediana e um corpo forte.

 

Fard de Hidra: Amazona de bronze jovem de cabelos curtos, que desenvolveu suas habilidades venenosas de maneira curativa. Trata Hadar com respeito, mostrando uma relação provável de aprendiz e mestre. É aliada ao Grande Mestre.

 

Boris de Enguia: Comandante marina do Mar Negro substituindo Barton. Enfrentou Hadar, mas acabou sendo morto pelo prateado.

 

 

Kraz de Corvo: Cavaleiro de prata não muito apto aos combates, servindo como um espião ou mensageiro. Possui olhos castanhos, cara fechada e uma quantidade quase nula de cabelo. É um vetereno, com uma idade um pouco mais madura.

 

 

Halia: Nereida de longos cabelos escorridos, com uma beleza sem tamanho, se misturando com o ambiente. Carregava uma coroa para a batalha e manipulava os corais. Foi morta por Gerd, após ela ter derrotado Hadar.

 

Editado por Nikos
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CAPÍTULO 19

Gerd fitou o corpo desfalecido da nereida e depois observou a expressão de Kraz de Corvo. Os olhos do prateado estavam arregalados, sua face estava fechada e seu coração batia rapidamente. Não parecia em nenhum momento que o cavaleiro de prata tivesse lutado e derrotado a ninfa, principalmente pelo curto intervalo de tempo em que o deixara sozinho, observando a retaguarda.


De repente, um gigantesco cosmo se manifestou no local, seguido de vários estrondos, como se um terremoto estivesse prestes a eclodir. Atento, Gerd se voltou para o meio da floresta, preparando-se para atacar quem quer que fosse. Kraz continuava estático, praticamente alheio a tudo o que ocorria, tomado pelo pânico e certamente pela preocupação.


O terror logo se confirmou quando uma grande pressão surgiu por entre as árvores e atingiu ambos sem que pudessem se defender. A intensidade do ataque foi suficientemente grande para arrastá-los para longe, batendo por entre as tumbas, até pararem no meio do cemitério, onde se encontrava o acampamento atlante.


Com a armadura danificada, Kraz sentiu uma pontada no braço. Colocou a mão para tentar estancar a dor, quando uma massa fantasmagórica cortou o ar. Sentiu-se tomado pelo pânico e mais ainda quando outros espíritos voaram sobre o seu corpo, gemendo palavras incompreensíveis. Pareciam estar implorando por alguma coisa, seja a libertação, seja a volta à vida.


Ao lado, Gerd colocava a mão na cabeça. Sentia uma leve tontura, o que compensava a falta de machucados. A armadura de ouro e a defesa rápida foram o suficiente para proteger, ao menos, o próprio corpo. Contudo, seus olhos logo se arregalaram ao ver que estava de frente para os três marinas. Todos, no entanto, estavam com os olhos secos, com o corpo murcho, sem vida, como se não possuíssem nenhuma alma.


Os estrondos recomeçaram, deixando Kraz ainda mais assustado. Em contrapartida, parecendo completamente tranquilo, Gerd ergueu a palma da mão para o colega, pedindo calma outra vez. O barulho, porém, tornava impossível obedecer tal ordem, ficando cada vez mais intenso e destrutivo. Tumbas saltavam no ar, enquanto fraturas se abriam no chão e os fantasmas voavam para longe, também aparentando intimidação.


O autor dos ataques não tardou a se manifestar. Era uma criatura macabra imensa, extremamente corpulenta, com todas as feições escondidas por um longo manto abarrotado e velho, que lhe cobriam dos pés a cabeça. Sua face era tomada por uma grande barba, que atravessava seu tronco, enquanto o restante do rosto estava por debaixo da capa.


A um movimento, ele apontou o cajado que carregava para frente. Uma das almas foi atraída imediatamente para a ponta do cetro, quando a criatura abriu a boca e a ingeriu, dando uma larga risada depois. O rosto de Kraz se congelou, não acreditando no que via, enquanto Gerd observou tudo atentamente e sorriu em seguida.


– Agora estou entendendo o que ouvimos na cidade. – grunhiu o cavaleiro de Touro, calmamente. – Um monstro, fantasmas, sereias. Tudo se encaixa nesse cenário. Resta saber o que é essa criatura agora.


Não parecendo dar atenção para o pequeno cavaleiro de ouro, o gigantesco ser apontou o cajado para frente, produzindo uma longa onda de choque. Kraz se atirou no chão para tentar escapar, mantendo uma expressão cada vez mais desesperada. Gerd, por sua vez, manteve a calma, agitou os braços de um lado para o outro, formando novamente a barreira de ar, contendo as ofensivas da criatura.


Um urro de raiva foi emanado por ela, enquanto Gerd seguia calmo, ampliando a barreira. Com um movimento rápido, a cortina de ar explodiu, atingindo o ser gigantesco, que tombou rapidamente, destroçando grande parte das tumbas, fazendo uma imensa rachadura no chão.


Kraz respirou aliviado, satisfeito por estar junto a um cavaleiro de ouro. Naquele momento, se culpou pela antipatia que sentia por ele. Gerd, entretanto, ergueu a palma de sua mão, pedindo-lhe calma novamente. Num instante, a criatura ergueu os imensos braços, ficou de pé e cravou o cajado no chão, produzindo uma grande pressão, novamente bloqueada pela barreira de ar produzida pelo taurino.


– Não poderás passar por essa barreira, monstro. – bradou Gerd, continuando a agitar o braço de um lado para o outro.


– Nunca pensei que um cavaleiro de ouro viesse até aqui. Deves ter a alma mais saborosa do que a das nereidas… ou dos marinas.


A um movimento rápido, ele agitou novamente o cajado para frente, lançando outra onda de choque. Extremamente sereno, Gerd agitou os braços, envolvendo o próprio e o de Kraz com outro muro de ar. A pressão foi muito superior à anterior, retraindo a barreira aos poucos. Não desistindo, o taurino elevou o cosmo rapidamente, ampliando-a de forma intensa, contendo o golpe da criatura, atirando-a novamente no chão.


Demorando muito menos tempo dessa vez, o gigantesco monstro se levantou de forma espetacular, lançando rajadas de cosmo por todo o ambiente, destroçando os túmulos e produzindo um buraco cada vez maior no chão. Gerd permanecia muito tranquilo, enquanto Kraz praticamente era tomado pelo medo, se escondendo atrás do taurino.


– Já chega destes ataques sem propósito, criatura. – murmurou Gerd. – Agora receberás a fúria de Elnath, a cabeça da constelação de Touro. TROMBETA DE ELNATH!


Gerd ergueu o braço direito para cima, fechando a mão ao redor de uma espécie de trombeta invisível. Com o tempo de um estalo, todo o ataque explodiu, formando uma grande rajada de ar e som, que seguiu em direção à criatura, destruindo tudo o que se encontrava no caminho.


Expelindo uma longa risada, ela largou o cajado ao chão e, antes que Gerd pudesse perceber, rebateu a rajada, lançando uma grande pressão sobre ele e Kraz, atirando-os no chão. O prateado sentia muitas dores, vendo parte da sua armadura em pedaços. O taurino, contudo, voltava a ficar de pé, mantendo a mesma serenidade de antes, agindo como se nada tivesse acontecido.


– Não me pegarás, criatura. – rebateu Gerd, pronto para atacar novamente.


– Não te pegarei? Não digas bobagens, tua barreira de ar não será o suficiente para conter um ataque destes.


A criatura elevou o cosmo muito rapidamente, produzindo várias ondas de choque que atingiram os túmulos, destroçando o que havia no entorno. Preparado, Gerd ergueu mais uma vez a sua parede de ar, pronto para se defender de qualquer ofensiva. O monstro, todavia, não se aproximou, apenas continuou a aumentar sua energia.


Assim, no instante seguinte, a criatura ergueu o braço para cima. O chão por debaixo do taurino começou a rachar, até explodir, lançando uma grande energia do seu interior. Sem possibilidades de defesa, foi atirado ao ar, juntamente com Kraz.


Ambos caíram no chão, em seguida. O prateado mal sentia o corpo, não conseguindo mais ficar de pé. Mesmo com dificuldades, Gerd se ergueu. Todos os membros estavam doloridos e, mesmo com a armadura, havia sentido aquela pressão de maneira esmagadora. Parecendo satisfeita com tudo aquilo, a criatura ria, fazendo muito barulho.


– Descobriste muito rápido a vulnerabilidade da minha defesa. – grunhiu Gerd, colocando a mão no braço.


– É claro! Tua barreira serve apenas para te proteger de ataques que vem pelo ar, mas não consegue impedir um golpe que venha da própria terra.


Gerd o fitou com tranquilidade. Mesmo ferido, seu cosmo ainda parecia emitir uma grande aura de paz. Percebendo tamanha passividade, a criatura rosnou, aparentando estar amplamente incomodada com o jeito do taurino. Impressionado, Kraz sorria no chão, se sentindo seguro ao estar sendo protegido por alguém tão confiante.


– Será que não te irritas nunca? É tamanha a tua confiança que nada poderá abalar o teu humor?


– Só não gasto mais meu tempo perdendo a calma. – rebateu Gerd. – É melhor agir com cautela do que ser impulsivo. TROMBETA DE ELNATH!


Formando uma grande trombeta, Gerd produziu mais uma vez o golpe. Não parando de gargalhar, a criatura se moveu rapidamente, devolvendo o ataque para o taurino, atirando-o no chão. Com outro movimento certeiro, ela apontou o braço para frente, lançando outra onda de choque. Ainda com um olhar tranquilo, o dourado se levantou, moveu as mãos de um lado para o outro, bloqueando o ataque com a barreira de ar, mandando-a novamente para a criatura, que tombou no chão.


Irritada, ela se ergueu, rosnando palavras incompreensíveis, mas com um tom muito elevado. Gerd a olhava mantendo a aura pacífica, deixando-a ainda mais furiosa. Por algum motivo, ela parecia não aceitar tamanha calma do seu adversário.


Portanto, a um movimento, ela elevou o cosmo rapidamente, apontou o braço para cima, lançando ondas de choque para todo o canto. Como da outra vez, o chão se rachou por debaixo de Gerd, produzindo uma larga energia. Preparado, o taurino saltou no ar, escapando da ofensiva, quando um grande punho voou em sua direção. Surpreso com a velocidade, ele não teve tempo para se defender, sendo arrastado por uma longa distância.


– Agora quero ver se não ficas irritado!


Com dificuldades, Gerd abriu os olhos e ficou de pé. A intensidade e velocidade dos ataques da criatura era algo sem tamanho, impensável para um ser humano comum. Como as lendas da cidade diziam, ele só poderia ser um grande monstro para produzir golpes tão poderosos que superam até os dos cavaleiros de ouro.


Não abalado, Gerd terminou de se levantar, já erguendo sua barreira de ar. Todavia, seus pensamentos voaram e seus olhos se arregalaram no instante seguinte, quando ouviu os gritos de Kraz, que sofria, preso entre as mãos gigantescas da criatura. Tentando agir rapidamente, Gerd lançou uma rajada estrondosa, mas foi bloqueada pela grande defesa do monstro, lançando a pressão novamente para o taurino, que se desviou sem problemas.


Percebendo que Gerd o continuava fitando, ele contraiu a mão, estrangulando o cavaleiro de prata, que ficou com os olhos vidrados, sem vida. A expressão do taurino virou, ficando mais impressionada quando um veio de alma saiu do corpo de Kraz, indo em direção a boca da criatura até ser completamente consumida.


– Não consegues conter a fúria, não é mesmo? Agora me ataca com tudo que tem e… o quê?


A criatura parou de falar ao ver os olhos de Gerd. Lágrimas caíam por sua face, mas a expressão pacífica continuava e estava mais evidente do que nunca. Ficando amplamente irritada, ela lançou outra onda de choque em direção ao taurino, que manteve a calma e bloqueou tudo com sua onda de ar, lançando-a contra o oponente, que conseguiu bloquear dessa vez.


– Não sinto raiva, apenas tristeza, pois fui eu que atraí Kraz para cá, mesmo contra a sua vontade. – balbuciou Gerd, ainda entristecido. – Eu não imaginava que isso chegaria a este ponto e me arrependo bruscamente. Mas não dá para ficar se lamentando. Isso só me fará agir sem pensar.


– Impossível… IMPOSSÍVEL!


Bufando sem parar, a criatura expandiu seu poder s, explodindo mais uma vez o chão. Gerd saltou e formou a barreira de ar, salvando-se da onda de choque que cortava o céu, mas sendo arrastado para trás. Não demorou e caiu suavemente em uma tumba, quando o monstro riu. O chão ruiu em energia novamente, atacando-o sem que pudesse se defender.


A pressão era gigantesca e abalava todas as suas estruturas. Antes que pudesse se recuperar, sentiu uma mão gigantesca o envolvendo. Estava agora preso na palma daquela colossal criatura, que ria sem parar, contraindo os dedos para estrangulá-lo. Gerd tentava escapar, mas era em vão. Apenas sentia seus ossos se esmigalharem conforme era atingido.


– Vamos, te irritas! Quero sentir a fúria do teu interior se manifestar. Se não te irritares, jamais poderás lutar com toda a intensidade. Te irritas…


Os olhos de Gerd se arregalaram naquele instante ao ouvir aquelas palavras. Assim, numa tentativa rápida, ele moveu as mãos que ainda estavam livres e uma grande cortina de ar cobriu o seu corpo, afastando dedo a dedo da criatura., até atirá-la para longe.


Se levantando novamente, o monstro continuava a bufar, lançando ondas de choque, enquanto Gerd mantinha o olhar pacífico. Porém, dessa vez, estavam tomados por uma expressão que misturava tristeza e dúvidas.


– Não é possível! Pensei esses anos todos que estivesses morto. – continuou Gerd. – Não posso acreditar que tu tenhas virado isto. Será que és tu mesmo?


– É claro que sou eu, Gerd. Quem mais teria tamanha força e corpo?


– O que aconteceu contigo? Por que viraste essa criatura? Meu mestre… Ain de Touro.


Uma gargalhada ecoou mais uma vez, atingindo todo o local. Sem demorar, a criatura elevou o cosmo, rasgando todo o manto, revelando aquela estatura que Gerd já conhecia. O corpo musculoso, os olhos e os longos cabelos negros ainda estavam como ele lembrava. Todavia, a face enrugada e a longa barba o diferenciavam de antes. Parecia que tinha perdido a vivacidade, o brilho, a imponência. Estava como um gigantesco cadáver. Lembrava-se de que seu mestre estava um pouco acabado, mas nada a ponto de chegar a esta situação deplorável.


– O que aconteceu? – interrogou Gerd. – Como chegaste a este ponto, mestre?


– As lendas da batalha contra Oceano apontaram apenas o sacrifício de Peles de Sagitário. Entretanto, houve uma baixa que ninguém percebeu. Em uma luta contra uma oceânide, uma das filhas do titã, fui largamente afetado por uma maldição. Pouco a pouco meu corpo foi apodrecendo. No começo era imperceptível, mas logo se tornou tão visível, que tive que me afastar para te treinar a sós contigo e com Elma. Ainda assim, me cobria com um manto. Mas, eu precisei me afastar de vez depois daquele fatídico dia!


Gerd sabia exatamente do que ele estava falando e ouvia atentamente, ainda mantendo a expressão pacífica. Era por isso que a voz e a imponência de Ain iam se tornando cada vez mais fracas conforme o treinamento se seguia.


– O dia em que eu liberei toda a minha ira e quase te matei! – lamentou Gerd, levemente choroso, mas ainda calmo.


– Exatamente, eu não resisti ao teu ataque e a maldição chegou a níveis críticos. Então eu me afastei e vaguei pelo mundo. Um dia, estava me sentindo muito fraco, a ponto de morrer. Por sorte, em minha caminhada, encontrei um marina ridículo. O derrotei sem problemas e, quando me aproximei do seu cadáver, vi uma alma saindo do seu corpo. Por algum motivo, me senti atraído por ela e, com uma leve energia, consegui absorvê-la. Aquilo me deixou revigorado. Nunca me senti tão bem. Parti de vez em busca de mais almas, até que me dirigi para cá. Este local, onde há uma clara dobra entre o mundo dos mortos e o dos vivos, me dá alimentos suficientes para me nutrir.


Ain deu uma longa gargalhada e fitou Gerd, esperando alguma reação. O pequeno taurino, contudo, manteve os olhos atentos no antigo mestre e, por um momento, fez outra expressão entristecida. A criatura arregalou os olhos negros sem vida e recuou o pé para trás. Não conseguia acreditar que, apesar de tudo, o aprendiz ainda mantinha uma aura pacífica e calma.


– Não adianta manteres a calma, eu sei o monstro que tu és quando ficas nervoso. Agora libera essa ira e me ataca novamente como daquela vez. Não me mataste porque Elma te impediu. Mas a tortura mental foi tanta que expuseste toda a tua fúria.


– Não há por que ficar mais nervoso! – explicou Gerd. – Eu jurei não perder a calma desde aquele dia. Por isso me concentrei e não me irritarás novamente. Tu és apenas uma manifestação corpórea do meu mestre, que eu sempre detestei.


Irritado com aquela reação, Ain lançou outra onda de choque, mas Gerd moveu os braços para frente, produzindo a longa barreira de ar. Na sequência, ergueu a mão para lançar sua rajada sonora, quando Ain cruzou os braços e exclamou:


– GRANDE CHIFRE!


Formando uma grande pressão, Ain contra-atacou as tentativas de Gerd, lançando-o para trás com a pressão. O pequeno taurino, contudo, não se abalou e continuou de pé, praticamente não sofrendo nenhum outro dano com aquele ataque.


– Essa é a técnica básica de um cavaleiro de Touro. Um golpe que jamais aprendeste por causa do teu corpo minúsculo. Como te sentes sendo assim tão insignificante? GRANDE CHIFRE!


Cruzando os braços para conseguir força total, Ain lançou a grande onda de choque em direção a Gerd. Era como se um touro selvagem corresse, pronto para golpear a vítima, empunhando seus grandes chifres para frente.


Com um movimento rápido, o pequeno taurino moveu os braços de um lado para o outro, produzindo a barreira de ar. Contudo, a pressão de choque foi superior, cortando a defesa, atingindo-o em cheio, atirando-o para trás. Satisfeito, Ain correu em sua direção, produzindo vários estrondos no chão, recuou o cotovelo e avançou o braço para cravá-lo no solo.


Ainda com um olhar pacífico, Gerd ergueu a palma de sua mão direita, tentando conter o soco poderoso do mestre com uma pequena barreira de ar. As tentativas, porém, pareciam não estar adiantando já que, a cada instante, Ain avançava ainda mais seu braço, parecendo ter ampla vantagem no embate.


– Achas que vais me derrotar com essa mão insignificante?


– Não penso em fazer isso! – respondeu Gerd. – Apenas estou seguindo as tuas primeiras orientações, quando me levaste para ser teu aprendiz, apesar do meu tamanho. E a primeira lição que me ensinaste foi que, não importa a força e sim o cosmo aplicado. Se eu concentrar todo o meu cosmo num ponto, conseguirei conter o teu golpe.


Não dando atenção, Ain continuava a forçar o braço, avançando cada vez mais o punho.


– Parece que, mesmo assim, teu cosmo não consegue sobrepujar o meu.


– É claro! Ao contrário de ti, não estou concentrando todo o meu cosmo neste ponto. – confirmou Gerd erguendo o outro braço.


– O quê?


– Desde pequeno, eu sempre aprendi a driblar a minha impotência com o “Grande Chifre”. Assim, consegui produzir uma defesa tão eficiente quanto a minha barreira de ar e um golpe tão destrutivo quanto a minha trombeta. Contudo, nenhum golpe é tão eficiente quanto este. – Gerd, desceu o outro braço até o chão e fincou a mão no solo. – EXPLOSÃO SÍSMICA!


Permitindo ser esmagado, Gerd desviou a concentração do cosmo de uma mão rapidamente para a outra, soqueando o chão em seguida. O solo começou a tremer incessantemente e, com uma explosão de uma bomba, uma grande pressão de ar se espalhou em forma radial, com o centro no taurino. Sem defesas, Ain foi completamente engolido, praticamente sumindo no ar.


Enfraquecido, Gerd tombou no chão e respirou aliviado. Olhou para o céu escuro e sorriu ao ver apenas a luz das estrelas. Nem as almas que vagam pelo céu tiravam o seu ânimo.


Ao observar a constelação de Touro, porém, um aperto veio em seu coração e, como se estivesse conversando com o seu mestre, discursou:


– Mestre, com todo o cosmo concentrado nos punhos, o teu corpo ficou desprotegido e não conseguiu resistir ao meu ataque. Tu foste uma pessoa desprezível, mas espero que a tua morte signifique a minha libertação… e a tua também.


– Não tenhas tanta certeza!


Ao ouvir tal voz, os olhos de Gerd se arregalaram e ele se levantou, não perdendo a calma. Uma cortina de fumaça pairava à frente dele, se condensando até tomar uma forma semelhante à da criatura anterior, mas com uma veia fantasmagórica. Em meio aquilo tudo, Ain ria, saboreando uma eventual vitória, catando seu cajado para atrair o máximo de almas possíveis para alimentar seu espírito.


– Aqui é o recinto dos mortos! Uma ponte entre o mundo inferior com o superior. Mesmo que eu tenha perdido o meu corpo eu continuarei de pé!


– Mestre! – pronunciou Gerd, já se preparando para se defender.


– Agora eu preciso de um corpo novo e o teu me servirá muito bem. Quem sabe se eu te possuir, voltarei a ser um cavaleiro de Atena sem essa maldição que afeta até a minha alma.


Num impulso, Ain voou com sua forma fantasmagórica em direção a Gerd. Tentando se defender, o taurino ergueu uma barreira de ar rapidamente, mas não foi o suficiente para conter o espírito do antigo mestre, que se aproximava cada vez mais rápido.


De repente, num segundo, Ain cessou seus movimentos. Gerd arregalou os olhos, não menos impressionado com o que estava acontecendo. Um vulto maquiavélico se ergueu do topo de um túmulo, chamando a atenção dos dois. Era um homem baixo, com o nariz pontudo, olhos negros e uma expressão séria no rosto. Seus cabelos longos eram negros e grossos, com duas mechas para frente separadas graças a uma grande tiara dourada, que reluzia como a sua armadura.


Sertan!


– Descumpriste o nosso trato e atacaste inocentes, Ain. – bradou o canceriano, praticamente ignorando Gerd. – Bem, agora terei que te castigar!


– Não digas bobagens, não podes fazer nada contra mim!


Enfurecido, o fantasma de Ain se virou para Sertan e saltou para cima dele, empunhando toda a força. Sem se preocupar com isso, o cavaleiro de Câncer simplesmente se desviou, sem mudar a expressão. O gigantesco taurino rosnou e estava pronto para atacar de novo, quando sentiu uma brasa por dentro do próprio corpo. Com um agito da mão de Sertan, a faísca logo se incendiou, queimando todo o espírito do oponente.


Gerd observava tudo, sem perder a calma, mas não menos impressionado.


– Achas que eu nunca tive o controle sobre ti? – disse Sertan, com os olhos fulminando vitoriosos. – As almas que te alimentaste funcionam como combustível para as minhas chamas. E a tua forma espiritual só serve para alastrá-las ainda mais.


– NÃO!


– CHAMAS DEMONÍACAS!


Sertan apontou o dedo para frente, incendiando todas as almas que vagavam no local. Com um movimento rápido, indicou-lhes Ain, lançando inúmeras bolas de fogo em sua direção. Incendiado por dentro e por fora, ele não resistiu e tombou no chão, praticamente sem energias. Ao mesmo passo, um grande buraco negro surgiu no céu, parecendo sugar todas as almas para dentro dele.


– Já sofreste o teu castigo, agora marcha rumo ao descanso eterno. – pronunciou Sertan com um tom macabro. – ONDAS DO INFERNO!


O buraco negro logo aumentou, arrastando todas as formas espirituais para dentro dele. Gerd olhou para o buraco e sentiu um pouco de alívio ao ver Ain sendo sugado, aos berros, para dentro do portal do Sekishiki. O espetáculo luminoso seguia, com Sertan abaixo do buraco, abrindo as mãos, com a capa balançando ao ver que nada resistia ao seu ataque.


Vendo que tudo havia se encerrado, ele abaixou as mãos fechou a passagem, colocou os dedos nos lábios e fez uma expressão séria. Passado alguns segundos, como se estivesse ignorando a presença de Gerd, ele simplesmente se virou para deixar o local, quando uma explosão surgiu no chão à frente dele. Intrigado, ele se voltou para trás. O taurino o fitava, ainda serenamente, mas com um olhar de reprovação.


– Meu pequeno Gerd, para de me importunar e diz logo o que queres. – murmurou Sertan, um pouco impaciente.


– O que aconteceu com o meu mestre? – indagou o taurino, com os braços cruzados, ainda com alguns ferimentos.


Sertan o fitou com reprovação, agitou a sua capa, saltou para se aproximar de Gerd e lhe lançou um olhar fulminante.


– Um dia, o teu mestre veio me procurar, pedindo que eu o alimentasse com as minhas almas. – explicou o canceriano, dando um tom sinistro. – Eu concordei, desde que ele ficasse aqui de bode expiatório, pronto para defender a Legião de Atena dos atlantes que pudessem me localizar eventualmente. Para a sorte dele, eu já havia preparado este local, criando uma dobra no espaço espiritual para afugentar os invasores.


Pensativo, Gerd colocou a mão no queixo, finalmente entendendo a quantidade de atlantes que vagavam pelo local. A energia de Ain e do próprio Sertan deveria tê-los atraído.


– E tens tão pouco brio assim para sacrificar as tuas almas para alimentar um espírito condenado? – protestou Gerd.


– Não tens noção do mundo espiritual, cavaleirinho. – respondeu o canceriano, invocando uma alma. – O destino de todas as almas é o descanso eterno. Melhor para elas que fossem se alimentando da energia vital de Ain do que ficarem à mercê das intempéries de Hades.


Bufando irritado, Sertan fechou os olhos e se aproximou ainda mais do taurino, colando a sua face com a dele. Tal ato não pareceu causar nenhuma repreensão em Gerd, que seguia atento.


– E tu, o que fazes aqui? – rosnou Sertan. – Vieste caçar a Legião de Atena? Quero que saibas que me defenderei até a morte de qualquer tentativa de ataque do refúgio. E não creio que possas fazer nada contra mim.


– Longe disso, pois o refúgio não existe mais!


– O quê? – indagou o canceriano, impressionado. – Como assim?


– Culpa do teu irmão, que tem o teu sangue rebelde. – explicou Gerd, ainda calmo. – Depois de ter derrotado Nérites, ele e Libânia se rebelaram e marcharam rumo à Atlântida para uma invasão. Tal rebeldia causou grandes efeitos. Pavel e Safiya nos abandonaram, Propus duvido que apareça de novo. Provavelmente só resta eu e mais cinco cavaleiros ao lado do Grande Mestre, além de Arkab.


Sertan arregalou os olhos, demonstrando uma satisfação implícita. Ignorando o taurino, ele simplesmente se virou e deixou o cemitério. Gerd o olhava de longe, ainda com uma expressão de reprovação.


O canceriano caminhou mais alguns metros até se deparar com uma caverna fechada. Percebendo a movimentação de Sertan, um homem alto, com cabelos loiros longos que caíam sobre uma armadura esverdeada, chegou ao local, indagando o motivo de tamanha satisfação. Seus olhos azuis se juntavam com os negros dele, tentando descobrir alguma coisa.


– Fáon, está tudo certo para o nosso próximo passo? – questionou Sertan.


– O que aconteceu? – questionou o cavaleiro de Dragão.


– Ain foi derrotado! – rosnou o canceriano. – Como os atlantes devem vir aqui a qualquer momento, temos que abandonar este local. Mas não vamos deixá-lo à toa.


– O que pretendes fazer?


– Ora, ainda não percebeste. Tudo está saindo conforme eu esperava, melhor até. Quero que chames todos os homens, está na hora de mais uma jogada brilhante da Legião de Atena.

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Capítulo 19 da segunda parte lida.

 

Que capítulo, jamais pensei ou ousaria usar algo assim tão interessante e fantástico como uma ideia de uma alma amaldiçoada e penada como Ain.

 

Gerd e Ain são como água e azeite, da mesma maneira como se via em seus comportamentos, atitudes, ideias e até técnicas que distinguia um do outro.

 

A ideia de usar almas como combustível para Ain lembrou cenas de jogos como o caso de Castlevania, no entanto, a maneira mais eficaz e única de o eliminar era usar as técnicas de Sertan que apareceu no seu momento certo e um bom timing.

 

Eis que o guarda falhou em seu trabalho e pagou caro com a sua vida.

 

Aquela informação foi essencial e valiosa para o líder da Legião, de certeza que será um grande avanço em seus planos.

 

Parabéns e abraços pelo capítulo, mon ami!

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Olá, Nikos. Acabei me surpreendendo positivamente com a forma dinâmica e convincente que os fatos foram abordados e conectados neste Capítulo 19.

Destaco também o embate de Gerd com seu outrora tutor, Ain.

Apesar da repetição de algumas ações por parte dos personagens e insistência no uso de certas técnicas, o que acaba fazendo dessas passagens, algo enfadonho, a luta entre aquele que é o Cavaleiro de Ouro de Touro, e aquele que já foi, conseguiu passar certa carga dramática e emoção.

Confesso que gostei muito dessa luta e de suas implicações.

Ver Ain confrontando Gerd tanto física como psicologicamente era algo que gostaria de ver por tudo que já havia sido mencionado anteriormente da relação dos dois e de como isso ainda repercuti na vida de Gerd e no seu modo de interagir com os demais no Santuário.

A maldição de Ain foi outra coisa que mereceu destaque. Toda sua elaboração gerando uma conectividade com o incidente com as Oceânides acabou sendo bem legal e dera aquela profundidade crível para os acontecimentos da história.

Estabelecer uma ligação entre Ain e Sertan foi uma sacada, no mínimo, genial. O Cavaleiro de Ouro de Câncer realmente não tem escrúpulos naquilo que compete a seus interesses. Percebo nele cada vez mais vaidade, falta de empatia e uma considerável tendência a insanidade moral.

Acabei lamentando a morte de Kraz e me assustei um pouco com a metódica de Gerd ante a esse triste fato. Tal comportamento do Cavaleiro de Ouro de Touro acabara me soando mais como frieza do que pragmatismo (abro esse parêntese para fazer o pedido de não ver nisso que falei uma crítica e sim uma constatação que me fez enxergar o personagem com outros olhos).

Minúcias como a razão de Gerd não utilizar a técnica GRANDE CHIFRE tornaram o capítulo ainda mais apreciável e enriquecedor para história.

No mais, creio ser isso... novamente enalteço as virtudes deste capítulo que como já havia também dito, me agradou bastante e me surpreendeu.

Abraços, Nikos!

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Capítulo 19 da segunda parte lida.

 

Que capítulo, jamais pensei ou ousaria usar algo assim tão interessante e fantástico como uma ideia de uma alma amaldiçoada e penada como Ain.

 

Gerd e Ain são como água e azeite, da mesma maneira como se via em seus comportamentos, atitudes, ideias e até técnicas que distinguia um do outro.

 

A ideia de usar almas como combustível para Ain lembrou cenas de jogos como o caso de Castlevania, no entanto, a maneira mais eficaz e única de o eliminar era usar as técnicas de Sertan que apareceu no seu momento certo e um bom timing.

 

Eis que o guarda falhou em seu trabalho e pagou caro com a sua vida.

 

Aquela informação foi essencial e valiosa para o líder da Legião, de certeza que será um grande avanço em seus planos.

 

Parabéns e abraços pelo capítulo, mon ami!

 

Olá Saint!!

 

Que bom que gostaste do conceito da alma amaldiçoada! Ain havia desaparecido e acho que seria difícil não encontrar o corpo gigante dele, então ele com certeza estaria vivo.

 

Gerd é tranquilo, sereno, pequeno, calculista; ennquanto Ain é enorme, bruto, grosso e sem postura.

 

Nunca joguei Castlevania, isso me veio paratcicamente do nada. kkk. Sertan surgiu e é revelado o porque dos marins estarem lá adoidado então.

 

Valiosa em que sentido?

 

Valeu então Saint!

 

Abração e valeu pelo comentário

 

 

 

Olá, Nikos. Acabei me surpreendendo positivamente com a forma dinâmica e convincente que os fatos foram abordados e conectados neste Capítulo 19.

 

 

 

Destaco também o embate de Gerd com seu outrora tutor, Ain.

 

 

 

Apesar da repetição de algumas ações por parte dos personagens e insistência no uso de certas técnicas, o que acaba fazendo dessas passagens, algo enfadonho, a luta entre aquele que é o Cavaleiro de Ouro de Touro, e aquele que já foi, conseguiu passar certa carga dramática e emoção.

 

 

 

Confesso que gostei muito dessa luta e de suas implicações.

 

 

 

Ver Ain confrontando Gerd tanto física como psicologicamente era algo que gostaria de ver por tudo que já havia sido mencionado anteriormente da relação dos dois e de como isso ainda repercuti na vida de Gerd e no seu modo de interagir com os demais no Santuário.

 

 

 

A maldição de Ain foi outra coisa que mereceu destaque. Toda sua elaboração gerando uma conectividade com o incidente com as Oceânides acabou sendo bem legal e dera aquela profundidade crível para os acontecimentos da história.

 

 

 

Estabelecer uma ligação entre Ain e Sertan foi uma sacada, no mínimo, genial. O Cavaleiro de Ouro de Câncer realmente não tem escrúpulos naquilo que compete a seus interesses. Percebo nele cada vez mais vaidade, falta de empatia e uma considerável tendência a insanidade moral.

 

 

 

Acabei lamentando a morte de Kraz e me assustei um pouco com a metódica de Gerd ante a esse triste fato. Tal comportamento do Cavaleiro de Ouro de Touro acabara me soando mais como frieza do que pragmatismo (abro esse parêntese para fazer o pedido de não ver nisso que falei uma crítica e sim uma constatação que me fez enxergar o personagem com outros olhos).

 

 

 

Minúcias como a razão de Gerd não utilizar a técnica GRANDE CHIFRE tornaram o capítulo ainda mais apreciável e enriquecedor para história.

 

 

 

No mais, creio ser isso... novamente enalteço as virtudes deste capítulo que como já havia também dito, me agradou bastante e me surpreendeu.

 

 

 

Abraços, Nikos!

 

 

 

Oi Leandro,

 

Feliz pelo capítulo ter te surpreendido muito positivamente, principalmente pela interligação dos fatos.

 

Quanto à repetição de ação, eu percebi isso também, deu uma arrumada, mas também achei que ainda não ficou bom. Ficou difícil também fazer o Ain atacar sem revelar quem ele era, mas confesso que poderia ter suprimido aida mais a parte de ação.Mas que bom que, para ti, a carga dragmática e as implicações compensaram um pouco isso.

 

Opa, que bom que criasse uma expectativa prévia em torno de um confronto desse tipo. Só uma correção mínima, eles não vivem no Santuário (eu sei que é maneira de dizer), mas só para não esquecer.

 

Ain sofrera naquela batalha e ninguém percebeu. O Fato do cavaleiro de Touro veterano viver sempre isolado culminou ainda mais para ninguém desconfiar. Além disso, a rebelião de Sertan e Alhena deve ter feito os cavaleiros prestarem ainda menos atenção.

 

Sertan usou a maldição de Ain a seu favor, de forma a produzir algo que benefiasse tanto Ain, quanto a ele, quanto as próprias almas (segundo o canceriano). Além disso, ele poderia extrapolar um pouco do poder, pois, na pior das hipóteses, as nereidas e os marinas enfrentariam Ain no lugar dele.

 

Gerd não ficou nervoso mas ele chorou. Não achei tanto pragmatismo. Mas achoq ue ele se tornou um pouco frio também, isso eu concordo.

 

Gerd é minúsculo, fica impensável vê-lo usando o Grande Chifre.

 

Valeu então e obrigado pelos elogios e constatações quanto ao capítulo.

 

Abraços

 

 

 

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  • 3 semanas depois...

BALANÇO: CAPÍTULO 19

Seguem o resumo e os personagens!

 

Resumo

 

Receoso com uma possível artimanha de Atlântida, Gerd de Touro e Kraz de Corvo foram investigar um acampamento atlante, num cemitério próximo à cidade. Contudo, todos estavam mortos. Uma grande pressão surgiu e um demônio gigantesco apareceu. Com uma gigantesca força, a criatura sucumbiu facilmente Kraz e enfrentou o taurino, que resistia com muita dificuldades.

Tentando irritar o pequeno guerreiro dourado, o monstro assassinou Kraz, sugando-lhe a alma. Gerd demonstrou uma grande tristeza, mas não sucumbiu às provocações, deixando o adversário indignado. Não tardou e a criatura se revelou como Ain de Touro, o antigo mestre de Gerd, que havia desaparecid misteriosamente. Ain revelou que, depois que havia sofrido uma maldição perante uma oceãnide que o modificou completamente, sendo obrigado a deixar o refúgio logo após o ataque que recebera do próprio aprendiz. O gigantesco cavaleiro disse que encontrou esse local, uma ponte entre o mundo dos mortos e a terra, o suficiente para abastecê-lo com almas.

Indignado com tudo o que ocorrera, Gerd alertou que iria libertar o mestre das amarras, apesar de toda a crueldade que sofrera nos treinamentos. Ain zombou e atacou-o com toda a força, mas acabou sendo derrotado e morto pelo aprendiz. Aliviado, Gerd estava prestes a se retirar, quando a alma do gigantesco taurino ressurgiu, pronta para possuir o aprendiz. No mesmo instante, Sertan apareceu e conduziu Ain de volta ao mundo dos mortos.

Gerd questionou o canceriano, que revelou que cedera aquele local a Ain, em troca de vigilância e segurança contra os ataques de Atlântida. O taurino o criticou e revelou que Ário estava pronto para invadir Atlântida. Sertan o mandou embora e convocou Fáon, dizendo para se prepararem para uma cartada genial da Legião de Atena.


 

Personagens

Gerd de Touro: Cavaleiro de ouro extremamente baixo e sereno. Age com cautela, sempre tentando manter a calma.

 

Ain de Touro: Mestre de Gerd e Elma de Rio. Foi um veterano de guerra que desapareceu misteriosamente. Antes disso, vivia isolado, com muitos desconhecendo sua verdadeira personalidade.

Kraz de Corvo: Cavaleiro de prata mais velho, com poucas aptidões ao combate. Um pouco temerário, cumpria principalmente funções de espionagem e informação.

Sertan de Câncer: Cavaleiro de ouro rebelde, líder da Legião de Atena. É sério, frio e determinado.

 

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