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Saint Seiya - Atlântida: Contos dos Renegados (Parte 2)


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Olá Fimbuul, e aí?

Que bom que gostaste da luta, sabes que tenho um pouco de dificuldade. Eu vi uma vez o Begins e faz anos, não me lembro como foi essa luta, mas posso dar uma olhada. Conscientemente não influenciou, talvez no subconciente pode ter dado alguma coisa, kkk.

Sim, mas eles não são vanires, eles são moradores de uma cidade que querem sobreviver. Os vanires podem lutar, mas os seus adoradores não precisam, eles não acreditam que a morte na guerra é gloriosa. Não sei se me fiz entender.

Acertou sim, uahua, mas isso era só um desvio de foco mesmo. kkkk QUe bom que eu te consegui surpreender no final, com essa parte toda. Ele explicou as tramóias porque não tinha mais o que fazer mesmo. kkk. Ele saberia que ou mataria o Propus, ou morreria. Não tinha porque não revelar.

Poisentão, Propus não dá de prever muito. COMO ELE MANDARIA O KRAKEN PARA OUTRA DIMENSÂO? Propus preferiu salvar a pele, eu acho, não tenho cerrteza.

Desculpa se me perdi um pouco no desenvolvimento. Eu me baseei tudo na parte da reveleção do Yuri, por isso eu conduzi a história pensando nisso, talvez tenha faltado algo no meio do caminho (fora que foi um arco um pouco distante mesmo).

Mas é isso fimbul, valeu por tudo e abraços.


Grinlock, valeu aí pela leitura!

É O Cavaleiro de touro. kkk. É homem.

Valeu aí também,

Abraços a todos

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Fizeste um belo trabalho a frente deste sétimo capítulo, Nikos.

 

Sem dúvida, ao lado do primeiro, os melhores até aqui.

 

Para uma colocação mais satisfatória das minhas impressões, pretendo dividir em partes, meu comentário:

 

o regresso de Propus...

 

Não foi uma surpresa. E sua dedução, quanto à trama de Yuri, me soou um tanto forçada, com uma conveniência deliberada das pistas a seu favor.

 

a suposta traição do Rei Harald...

 

Isto sim foi surpreendente, mesmo com a revelação posterior de que seria o General Marina do Antártico em seu papel.

 

as maquinações de Yuri...

 

O ponto alto do capítulo. Realmente não esperava por isso. Sem mencionar que sua intervenção no Graad Azul estabeleceu o elo com a saga anterior da fic.

 

Nidhogg...

 

Outro ponto onde fui surpreendido já que apostava no Cavaleiro de Ouro de Gêmeos como perpetrador da ilusão que gerara a besta. Considerei também, interessante e bem colocado, o fato de Yuri ter a capacidade de assumir outras formas além das de pessoas. Aliás, chamá-lo de “Duende Marinho” foi uma colocação bastante apropriada e serviu, em muito, para contribuir para a aura mística em torno deste personagem.

 

Kraken...

 

Sua inclusão na história acabou não me agradando e tão pouco convencendo. A suposta neutralidade do Graad Azul somada à punição em vista do monstro me pareceu muito mal trabalhada e lançada mão, pelo autor, de forma precipitada sem que esse arraigasse suas implicações.

 

Lynmunades VS Gêmeos

 

Foi bem desenvolvido, com o Marina apresentando boas técnicas, mas sendo essas, insuficientes ao pretendido. Confesso que todo tempo torci para o Yuri apesar de saber, e entender, que o protagonismo de Propus, dificilmente deixaria com que esse o derrotasse. No final, o autor soube trabalhar bem os argumentos, e a vitória do geminiano acabou soando plausível.

 

Henrike...

 

Teve uma participação discreta, isso até o final, quando despediu-se de Propus e encaminhara-se para o sacrifício pessoal diante do Kraken.

 

Leif e os Guerreiros Azuis...

 

A participação de ambos soou de forma esperada dentro daquilo que era proposto para eles. No caso do Conselheiro, a surpresa se abateu em sua figura no ponto de não ter ele, nada com o aquilo que ocorrera a Erik e a conspiração de fato, com os Ljos de Ouro.

 

a destruição do Graad Azul pelo Kraken...

 

Assim como foi com o Nidhogg, quando este, pusera os adoradores dos Gigantes de Gelo para correr, toda a encenação se deu sem qualquer brilho e a besta, tanto como a destruição que perpetrara, em nenhum momento, impactou pela sua monumental e aterrorizante presença.

Editado por Leandro Maciel Bacelar
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Olá Leandro

Que bom que gostaste desse trabalho! Fiquei feliz que ele tenha ido ao seu agrado, já que os intermediários nem tanto.

Quanto a Propus... veja bem, ele não descobriu de antemão a trama de Yuri... ele desconfiou do Rei Harald no dia da morte de Erik e ficou meses investigando na surdina para ver se entendia essa morte. Contudo ele só descobriu mesmo alguma coisa localizando o cadáver e seguindo Henrike. Creio eu que ele não tinha tanta noção até o capítulo seis sobre o que estava ocorrendo.

O Rei Harald não traiu ninguém. kkk. Morreu há anos. Como mesmo disesste, tudo obra de Yuri, que, de fato, estava cumprindo uma missão e não somente fugindo de Nérites, como foi dito em Atlântida no arco implosão.

Quanto ao Nidhogg, esse foi um dos motivos que eu pedi paciência naquela hora. Duende Marinho é a própria explicação do que é o Lymnades na realidade.

O Kraken talvez faltou dar mais indícios no decorre da fic. Realmente não tinha como detalhar muito sobre o Kraken e sua imponência neste pois o capítulo já foi muito denso e isso nãos eria do meu agrado.Daí valeu a minha opção. Quanto à punição, também achei muito estranha, não sei o que dizer.

Torci pro Yuri também, mas não deu certo. Que bom que achasse a vitória plausível.

Henrike estava todo ferido na realidade.

Leif era inocente diante dessas acusações, o que não exclui o seu mau caráter e suas sutilezas ao tentar acabar com o prestígio do REi e do Jarl e até ter tentado enviar Erik para o abate.

Valeu então Leandro,

Obrigado pelos comentários e logo logo teremos os cavaleiros de volta. kkk


Abração

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Muito bom capítulo.

 

Imaginei que Propus iria aparecer atacando o Rei Harald, mas nunca poderia sequer supor que Yuri estava se fazendo passar pelo verdadeiro governante de Graad Azul. Taí uma bela revelação e um gancho muito importante e interessante com a trama central da fic, o que faltava para que esse arco não ficasse totalmente deslocado dos anteriores. Aliás, explicou o que o Marina fazia enquanto estava ausente.

 

Gostei das técnicas de Yuri e de todo o seu plano, o problema é que Propus é mais inteligente e descobriu o que havia antes de tudo. Bem, o confronto foi bem equilibrado, digno dos combatentes da elite de seus respectivos exércitos. Só achei meio forçado e confuso o fato do Propus ter 'invocado' o Labirinto de Gêmeos. Na verdade, eu não cheguei a entender o que houve. Propus teletransportou eles para o templo ou recriou o labirinto naquele lugar?

 

Independente disso, a chegada de Leif com seus guardas e a última transformação de Yuri em Harald pra tentar enganá-los foi excelente! Gostei muito deste trecho, mas por sorte ou não, o Kraken surgiu para punir os Graadianos. Infelizmente Henrike foi tentar deter a fera e achei muito legal que Propus realmente gostava dele, ou pelo menos diz gostar. Afinal, parece que ele é insensível. /lua

 

Mas por fim, só achei o término do arco meio abrupto. Digo, o Kraken surgiu, exterminou toda Graad Azul, matou Henrike e parece que vai ficar por isso mesmo... Eu sei que seria muito utópico caso o filho do antigo Grande Jarl sobrevivesse e derrotasse a fera ancestral, mas é que o desfecho desse plot me pareceu muito corrido. Só uma opinião. Como você disse, parece que foi algo escrito mais pro escritor do que pro leitor em si.

 

Enfim, ansioso pra ver finalmente o Refúgio e Atlântida depois de tanto tempo. No aguardo. Parabéns!

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Olá Gustavo!!

Então Propus, antes de começar a te responder, quero te dizer que acertasse duas coisas:

1) Acertasse E errasse a tua suposição que fora o Rei Harald quem convocara o Nidhogg. Não foi exatamente o Rei Harald, foi alguém disfarçado dele, mas pelo menos acertasse parcialmente. kkkkk

2) Que foi o Propus quem havia atacado (mas errasse o motivo).

Agora vamos ao comentário...

Eu achava que o pessoal iria desconfiar que era realmente o Rei Harald quem estava por trás de tudo, porque eu não citei nenhuma vez que era o Leif que seguia (fora que tem algumas pistas jogadas desde o início do conto indicando que o Rei Harald poderia ter se disfarçado de Leif ou que ele era o articulador disso.

Mas então, eu acho que o problema desse conto em si é que eu fiz ele principalmente pensando nessa revelação final. Eu articulei as coisas pensando principalmente nisso e esqueci que Esse desfecho só teria realmente importância nos capítulos 6 e 7. Logo, acho que pequei um pouco no desenvolvimento.

Eu então linkei com os outros arcos (sim, não ia deixar totalmente solto, tava enrolando vocês. kkk). Poisentão, estavam difamando o Yuri dizendo que ele estava fugindo de Nérites. Não que ele não estivesse, mas pelo menos a desculpa da missão dele era verdadeira.

A artimanha de Propus é tudo ilusão Gustavo, não leve em conta tudo o que o Propus diz. kkk. Fazer o outro pensar que está em uma situação pior é sempre mais desastroso. Mas desculpa se o trecho ficou um pouco confuso.

Agora uma correção... Yuri se transformou em Sveidgr (não estou afim de colar os caracteres) e disse que haviam matado o Rei Harald (como o cadáver do Rei estava ali, ele conseguiu usar essa desculpa). Não tinha achado que ficou confuso... talvez o capítulo tenha sido um pouco longo.

Será que Propus gostava realmente dele??

Também achei meio abrupto. Será que não vai ter nenhuma menção no próximo? ia ficar muito jogado.

Eu tenho uma forte impressão que não verás o refúgio no próximo (sim, isso é spoiller, auahuau, mas só para não criares expectativas)...


Valeu então Gustavo, abração

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  • 2 semanas depois...

BALANÇO: CAPÍTULO 6 e 7

Não tinha feito o resumo do 6 ainda, então vai o 6 e o 7. Preguiça de fazer o vídeo. kkk

 

 

Resumo

A morte de Erik causou um transtorno político em Graad Azul, promovendo um vácuo nos três pilares do poder. A pressão dos guerreiros azuis para a aprovação de uma nova eleição estava chegando ao limite, principalmente devido à resitência do Conselheiro Leif. Tentando pedir ajuda ao Rei Harald para acelerar o processo, Henrike ouviu uma discussão entre o tio e Leif sobre a permanência dos guerreiros adoradores de Vanaheim em Graad Azul. Desconfiado do Conselheiro, o jovem graadiano seguiu a figura encapuzada até os limites do Reino, quando descobriu uma conspiração com os Paladinos Dourados, que culminou com a morte de Erik e não pararia por aí. Chocado com o que descobriu, ele seguiu para ajudar o tio, quando foi supreendido pelo líder de Ljòs Ouro. Após uma dura batalha, Henrike o venceu e foi em direção ao salão dos guerreiros azuis. Minutos depois, o próprio Rei Harald apareceu e foi atacado por um ser misterioso.

Propus se revelou e continuou atacando o Rei Harald. Indignado, Henrike perguntou o que ele estava fazendo. Astuto, Propus revelou toda a trama, mostrando ao companheiro que o veerdadeiro conspirador não era o Conselheiro Leif e sim o próprio Rei Harald, que havia se disfarçado para não ser reconhecido. Em seguida, ele revela que o verdadeiro Rei estava morto há anos e que este era um impostor. Indignado, a criatura se revela como Yuri de Lymnades, General Marina de Poseidon e enfrenta o geminiano, mas acaba derrotado. Como um último trunfo, ele se transfigura no comandante de Ljòs Ouro e ludibria Leif novamente, dizendo que havia uma conspiração entre o graadiano e o estrangeiro. Porém, antes que os guerreiros azuis pudessem castigá-los, o Kraken apareceu e destruiu o Reino Azulado.

Personagens

Henrike: Jovem graadiano e novo guerreiro azul. Possui uma grande habilidade de combate, proveniente de seu pai, o Grande Jarl Erik, falecido em batalha. Diante da invasão do Kraken, ele não quis fugir e atacou a criatura, mas acabou sucumbindo.

Propus: de Gêmeos Cavaleiro de Ouro que veio a Graad Azul para aprimorar seus conhecimentos. Desconfiou do Rei Harald e descobriu que ele era um impostor, enfrentando-o. Porém, acabou atraindo a ira do Kraken.

Yuri de Lymnades: General Marina que há muito se ocultava em Graad Azul utilizando a imagem do Rei Harald, assassinado por ele há cinco anos.

 

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CAPÍTULO 8

 

 

A notícia da morte de Yuri de Lymnades chegou rapidamente a Atlântida. Por mais que as pessoas tentassem evitar, os assuntos das conversas sempre convergiam para esse ponto. O temor pela perda do segundo general marina começou a atingir os habitantes do Império, fazendo com que alguns, inclusive, evitassem andar nas ruas. Sentiam-se, acima de tudo, desprotegidos por perderem um combatente de elite e, mais do que isso, um dos potenciais defensores da cidade. Não que ele fosse uma entidade presente, já que estava distante há vários anos, mas o simples fato de estar vivo já lhes dava segurança.


O receio se espalhou tão rapidamente quanto os boatos. A história de que Yuri havia escapado de Atlântida para fugir de Nérites tomou proporções jamais vistas na ilha. Muitos supunham que fora o próprio filho de Nereu que caçara o general até culminar com a sua morte. Essa hipótese era sempre rebatida devido ao respeito que todos diziam ter pelo combatente. No entanto, mesmo os mais firmes em defender Yuri, não deixavam de difundir ainda mais essa situação. Mesmo com os dias passados, esse assunto continuava a correr nas ruas da capital do Império nos últimos meses.


Porém, havia um espaço onde todos os boatos desapareciam. Os momentos de tensão que cercavam a ilha pareciam muito distantes daquele local recheado de diversão e descontração. Não que estivessem despreocupados com a perda do guerreiro que há muito estava desaparecido, mas o próprio clima do lugar contribuía para afastar esses problemas, bem como muitos outros. Era o grande bar de Atlântida.


As conversas seguiam os mesmos rumos de sempre, com os guerreiros se esbaldando e se gabando de feitos que jamais realizaram. Não era raro ver até membros do exército atlante discutindo e cantando entre os civis, como se fossem pessoas normais. Parecia que a hierarquia inexistia no lugar e que tudo se resumia a mera formalidade necessária apenas no exterior daquelas paredes.


A descontração era tamanha que ninguém parecia notar a presença daqueles dois indivíduos que, furtivamente e, até timidamente, se aproximavam de uma mesa. O primeiro era baixo, mas aparentemente um pouco mais velho, com cabelos curtos. Já os segundo era um pouco mais alto, com os mesmos traços do rosto, mas com o cabelo mais longo.


– Sabes que eu não gosto desse lugar, Pítia. – resmungou o mais alto, se sentando lentamente. – Preferia ficar no castelo central, conversando com tuas irmãs.


– Eu gosto de me afastar de vez em quando, Narceu, tu sabes disso! – defendeu-se o mais baixo, chamando um dos funcionários do bar.

O jovem de cabelos longos olhou para baixo, um pouco incomodado, enquanto Pítia pedia uma bebida, dando uma moeda de ouro para o homem que o servia. O empregado parecia distraído, acompanhando o ritmo da música, nem prestando atenção na identidade daqueles dois irmãos. Aliás, todos aparentavam estar tão desatentos, que mal notavam a presença de nada além da música e do próprio copo.


– Aqui é um ótimo lugar para descontrair. – começou Pítia, dando um gole na vasilha que recebera de bebida. – Diferentemente do castelo, ou de qualquer outro lugar na Ilha, ninguém aqui me olha com reprovação, ou me tomando por traidor. Não vais pedir nada?


Narceu fez um sinal negativo e olhou de um lado para o outro. Batia os pés no chão a cada segundo, não parecendo estar nem um pouco à vontade de ficar ali. Pítia parecia ignorar o irmão e continuava bebendo.


– Sabes que não curto bebida, mano. – criticou Narceu, ajeitando-se na cadeira. – Aliás, odeio todo esse clima. Principalmente pelo que nossa mãe sofria com nosso pai e…


Ao ouvir aquelas palavras, Pítia ergueu os olhos e fitou Narceu com extrema reprovação. Parecendo arrependido do que havia acabado de falar, o jovem alto se calou e olhou novamente para baixo, tentando evitar fitar o irmão.


– Desculpa! – pediu Narceu baixinho.


– Ele nunca foi meu pai! – murmurou o antigo cavaleiro, balançando a taça nas mãos, olhando a bebida borbulhar. – E dou graças por isso!

 

 

– Sempre sofreste nas mãos dele quando éramos pequenos. – continuou Narceu. – Tu e a nossa mãe apanharam de mais do meu pai. Mas ele fazia isso por causa da bebida…


– É muito fácil culpar um líquido pelos nossos atos. – rebateu o ariano. – Mas na realidade, ele sempre foi um tirano.


– Pítia…


– Desculpa, irmão! Eu sei que ele era teu pai, mas não conseguirei perdoá-lo jamais. Tudo o que ele fez conosco e com nossa mãe não tem justificativa.


Respirando forte, Pítia deu mais um gole na bebida, enquanto Narceu ficou cabisbaixo. O rosto do antigo ariano estava levemente vermelho e era possível perceber gotas de suor caindo pela face. A música continuava soando no fundo e ninguém parecia perceber a discussão daqueles dois irmãos.


– Eu vou dar uma saída. – disse Narceu, se levantando da cadeira. – Eu sei que é importante para ti vir para cá e sair do clima pesado que existe no castelo, por isso vim te acompanhar. Mas também não gosto desse lugar e preciso sair só um pouco.


Pítia confirmou com a cabeça e terminou de beber a sua taça. Sem demorar, Narceu se afastou e deixou a porta, dando um longo respiro aliviado após isso. O irmão continuava concentrado na mesa, olhando para a vasilha vazia.


Sentindo-se sozinho novamente e um pouco tonto, Pítia ergueu o braço e chamou novamente o funcionário alto, que servia um homem de capa e chapéu na mesa do lado. Sem demorar, o empregado terminou o serviço, se aproximou do antigo cavaleiro e confirmou o pedido, indo buscar mais um pouco do conteúdo.


Completamente distraído, Pítia balançou mais uma vez a vasilha e mal notou quando ela já estava novamente cheia. Agitando a cabeça, ele puxou mais uma moeda de ouro e se virou para o lado, mas o funcionário não estava mais ali.


– Essa foi por minha conta… – comentou uma voz ao lado.


Pítia virou para o lado rapidamente e arregalou os olhos, não acreditando naquela presença. Um homem com um sorriso marcante, de cabelos loiros, longos e brilhantes sentava ao seu lado, também com uma vasilha nas mãos. Estava com um grande sinal de satisfação nos lábios, como se tudo estivesse a correr conforme ele gostaria.


– O que fazes aqui… Íchos de Sirene? – perguntou Pítia, um pouco desconfiado, acreditando que estava fora de si ainda.


– Ora, o mesmo que tu… me distraindo um pouco e curtindo a situação. – comentou Íchos, bebendo um gole com uma classe invejável. – Afinal, não é todo dia que posso conversar com pessoas tão diferentes.


Pítia olhou aquela figura com um ar desconfiado, transparecendo um certo desconforto. Íchos, porém, se mostrava indiferente e continuava bebendo com classe. Nada parecia abalar a força e o estado de espírito do general marina.


– Deve ser difícil para ti, não é? – comentou o atlante. – Abandonar toda a tua vida e vir morar em um lugar onde todos te repudiam. Eu realmente não sei se aguentaria.


Parando o discurso, Íchos acabou a sua bebida e pediu mais outra, oferecendo-a a Pítia. O antigo cavaleiro recusou rapidamente, deixando a própria vasilha, ainda cheia, na mesa. Estava achando toda aquela situação muito estranha.


– E é engraçado que, embora sofras tanto desprezo de todos, exceto da tua família, continues feliz em ficar aqui. – observou Íchos, enrolando o cabelo nos dedos. – És uma pessoa invejável. Te manténs firme acima de tudo. Deve ser o conforto de Atlântida é claro, ou então o carinho dos teus irmãos…


Parecendo irritado, Pítia bateu na mesa, olhando para o marina com extrema reprovação e indignação. Íchos se mostrava indiferente e apenas se banhava com a bebida, agindo como todos os demais membros do bar, seguindo o curso da música.


– O que queres dizer com isso? – resmungou o antigo ariano.


– Ora, nada! – ironizou o atlante, dando uma leve risada. – Apenas é curioso o fato de te manteres em Atlântida, mesmo sabendo que todos te olham com reprovação.


– Eu estou com a minha família! – rebateu Pítia, com o rosto cada vez mais vermelho.


– Grande justificativa, mas não me convence… filho de Nereu! – afirmou Íchos, mudando completamente a expressão do olhar. – Achas que eu acredito nesse joguinho que estás fazendo aqui? Pensa que eu vou crer nas tuas boas intenções?


– Estou aqui por causa do meu pai e dos meus irmãos. – rosnou o antigo ariano. – Achas que eu iria conseguir enganar Nereu?


– É claro que não, seu cínico. – continuou Íchos, fitando pela primeira vez Pítia nos olhos. – Eu não estou desconfiando de ti somente pelo fato de teres sido um inimigo. Estou falando isso porque és filho de Nereu. És sórdido como todas as tuas irmãs. Eu tenho certeza que tu e o teu pai estão tramando alguma coisa. Ele não iria te trazer aqui à toa! Me diz, anda!


– Eu vou embora! – rosnou Pítia, se levantando da mesa, enquanto Íchos continuou parado. – Venho aqui para me distrair, não para ouvir as mesmas coisas que ouço no castelo. Só vou esperar…


Um estalo surgiu na mente de Pítia e ele olhou rapidamente para a porta de entrada do bar. Seu coração disparava de preocupação, não menor que a raiva que ele demonstrava pelo general marina naquele momento.


– Narceu… o que fizeste com ele? – perguntou o antigo cavaleiro, irritado.


– Te acalma, ele só está dormindo… por enquanto. – explicou Íchos, bebendo novamente. – Mas talvez o sono dele demore muito para terminar, caso não colabores.


– Ora…


– Então, vais me dizer o que Nereu está aprontando, ou então terei que eternizar os sonhos do teu querido irmão? – ameaçou Íchos, mexendo novamente nos próprios cabelos.


Pítia bufou nervoso e respirou fundo. Não conseguia parar de pensar no irmão e no que o marina poderia ter feito a ele. Íchos o olhava com ironia e superioridade, enquanto o restante do bar mal ouvia o que acontecia no diálogo.


– Não há nenhum plano, seu arrogante! – alertou Pítia. – Tu que não admites a volta de Nereu ao exército de Atlântida. Te achas superior às minhas irmãs, mas isso é só um engodo. O Império só se mantém pela aliança e parece que queres ver tudo ruir com essas intrigas inúteis.


– Estás me acusando de alguma coisa, filho de Nereu? – questionou Íchos, aproximando a mão da cintura. – Por acaso sabes com quem estás lidando?


Perdendo pela primeira vez a compostura, Íchos se levantou e colocou a mão perto da cintura, pronto para retirar algo. No entanto, por um instante, seus olhos se arregalaram.


– Finalmente o pássaro percebeu que o ninho foi surrupiado! – murmurou uma voz ao lado.


Como um estalo, Pítia e Íchos olharam para trás. O homem de capa e chapéu da mesa do lado estava de pé, próximo a eles, com a flauta dourada de Íchos na mão. Possuía uma face belíssima, que só não era perfeita devido a uma concha que tampava um dos olhos. Era baixo, com cabelos ruivos e olhos verdes. Possuía uma aura incrível, capaz de intimidar até o mais forte dos homens.


– Nérites? – disse Íchos, tremendo um pouco. – Como ousas roubar um artefato de um general marina?


– Nenhuma palavra dita atingiu meus ouvidos inaptos, mas é do meu conhecimento que estás ameaçando meu irmão. – comentou Nérites, com uma voz poética e bela.


Pítia sorriu levemente, mostrando-se satisfeito com o claro medo estampado na face do guerreiro de Sirene. Nérites mostrava-se sério, verificando se o irmão estava bem.


“Devolve a minha flauta ou então relatarei ao Imperador Poseidon e sofrerás as consequências.”, ameaçou Íchos, em pensamento.


Nérites riu um pouco e se virou para Íchos, lambendo os lábios, como se tais palavras não significassem nada.


– Está bem clara a opção que Poseidon fará após esse relato. – comentou o filho de Dóris, erguendo o braço. – É óbvio que o Imperador abandonará seu guerreiro mais poderoso para dar privilégios a um mortal que jamais verá novamente nas próximas vidas.


– Estás com medo da minha flauta? É claro! Sabes que não podes me derrotar sem ela. – perguntou Íchos, tentando voltar ao controle.


Nérites bocejou entediado. Não havia ouvido uma palavra do que o marina havia dito e nem entendia o porquê de ele insistir em tentar se comunicar daquela forma.


– Agradeço ao cavaleiro de Virgem por me privar da tua voz irritante. – continuou Nérites. – Mas, para que ela não me atinja nem em pensamento, devolverei o teu brinquedinho. Podes usá-lo à vontade, não me fará diferença nenhuma. Aliás, se o fizeres, Poseidon adorará saber que tentasse me atacar.


Com um sorriso na face, Nérites ergueu a mão com a flauta. Sem dizer nada, Íchos a pegou irritado e se dirigiu para o canto do bar, preso nos próprios pensamentos, com uma clara expressão de derrota.


Satisfeito, Nérites correu o olho bom para o lado, pronto para cumprimentar Pítia. Porém, o antigo cavaleiro não estava mais lá. Inquieto, o atlante o seguiu para fora do bar e viu o irmão agitando Narceu, que delirava no chão, dormindo, como se estivesse debruçado em pesadelos.


De maneira calma, Nérites deu dois passos em direção a Pítia e se abaixou, colocando a mão sobre o corpo de Narceu. O antigo ariano olhou preocupado, não sabendo o que o irmão paterno poderia fazer.


– Se as lágrimas de Dóris são capazes de devolver a dádiva aos descendentes que se foram, meu poder que veio pelo sangue pode ao menos curar os que precisam. – proferiu Nérites, deixando que pequenas gotas de suor caíssem sobre a testa de Narceu.


As gotas espalharam-se pela testa do jovem alto e, quase que num instante, seu corpo relaxou. Estava dormindo, destinado em um sono profundo, provavelmente tranquilo, pois um sorriso se estampava nos lábios.


Vendo o irmão materno melhor, Pítia respirou aliviado e agradeceu a Nérites, que retribuiu com um comprimento de mão.


Porém, no preciso momento em que os dedos se tocaram, uma tontura atingiu Pítia, fazendo-o cambalear devido aos sucessivos espasmos. Preocupado, Nérites o segurou com força. Os anos que convivera com ele e com o próprio pai o faziam ter certeza dos sintomas, Pítia estava tendo uma premonição.


– Algo de ruim está para chegar do futuro, meu irmão? – questionou Nérites com os olhos arregalados. Pítia continuava abatido, respirando fundo.


“Temos que tomar cuidado com Íchos, ele está aprontado alguma coisa.”, avisou Pítia em pensamento. “Não sei exatamente o que significa, mas não é nada bom”.


Nérites o fitou seriamente. Sabia de tudo o que o general de Sirene era capaz, principalmente devido à rebelião das nereidas, que fora afogada por ele e por Yuri. Contudo, não conseguia imaginar como ele poderia afetá-lo de alguma forma. Por mais que os generais fossem extremamente próximos a Poseidon, o Imperador não permitiria que qualquer coisa acontecesse com sua maior arma. Contudo, sabia que as premonições do irmão eram tão fortes quanto às do pai, portanto, deveriam ser levadas em consideração.


– Relatarei ao nosso pai se a fumaça não desaparecer dessa tua visão. – observou Nérites. – O retorno dele se dará em três dias. Espero que até lá tenhas mais informações. Mas, em todo caso, cuidarei para que Íchos se afaste ao máximo de nossa família.


Pítia concordou com a cabeça e, ainda um pouco abatido, segurou Narceu no colo e os três marcharam pelas ruas de Atlântida, prontos para voltar ao castelo.

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Uma flecha negra cortou o céu e atingiu aquele pequeno rapaz loiro, que tombou no chão, desfalecido. Em prantos, uma criança, seu irmão, parou de fugir e foi ao seu encontro, agarrando o corpo dele e se debruçando em lágrimas. Seus olhos escorriam sem parar, o que lhe estragava a face doce. Exprimia sentimentos de pânico, não menor do que a imensa tristeza que percorria o seu rosto.


Era uma criança mirradinha, loira, com cabelos compridos e olhos azuis. Não aparentava mais que sete anos e suas atitudes confirmavam essa falta de maturidade. Tinha as mãos pequenas, mas que insistiam em balançar o irmão, como se ele fosse despertar do sono profundo e eterno. Era claro que desconhecia a morte e que aquilo não passava de uma tentativa vã, em meio à chuva de neve, que continuava a cair.


Logo, um vulto surgiu na nevasca, sentado sobre um cavalo negro e gigante. Era uma figura imponente, de cabelos negros, olhos escuros, trajando uma espécie de armadura protetora completamente preta. Parecia absorver qualquer tipo de luz com a sua presença e a própria ironia nos lábios deixava a criança ainda mais atordoada e apavorada. Nas suas costas, havia um imenso arco negro.


Ignorando qualquer sentimento, o guerreiro de armadura negra desceu suavemente do cavalo e parou em frente ao garoto. Ergueu a mão para cima e uma espécie de sombra rodeou o cadáver do irmão do pequeno, tomou uma forma aleatória e, para desespero da criança, engoliu-o completamente. Os olhos dela ficaram arregalados e não menos assustados. Ao mesmo tempo, o assassino ria, balançando os bigodes.


– Tu viste o destino do teu irmão, pequeno? – bradou o homem. – Quero que saibas que podes ter o mesmo fim que ele, ou não, dependendo de como colaborarás. Me diz agora onde estão se escondendo os Arqueiros Amarelos e todos os membros do clã Hring Amarelo, servos de Alfheim.


A criança nada respondeu, apenas deu dois passos para trás, deixando o guerreiro opressor furioso. A um movimento, ele puxou o arco e atirou algumas flechas negras ao redor do garoto, produzindo um festival de chamas escuras, que o iam queimando aos poucos.


– Vamos, me digas, ou queres sentir ainda mais a fúria de Álvaro, um Arqueiro Lúgubre, do clã de Hring Lúgubre, servo de Svartalfheim?


De repente, a chama das flechas negras se apagaram. Álvaro rosnou porque sabia que nem o frio da região seria capaz de fazer aquilo assim tão facilmente. O susto aumentou ainda mais quando um vulto encapuzado surgiu em meio a ambos, apontou a mão para o Arqueiro Lúgubre e lançou uma rajada de ar frio poderosa, derrubando-o no chão com muita intensidade.


Irritado, Álvaro se levantou, mirou o arco e atirou uma flecha negra, mas o vulto desapareceu logo em seguida, deixando-o atordoado. Não tardou e sentiu outra rajada de ar frio, dessa vez vindo pelas costas e atirando-o para cima. Caiu rapidamente no chão. Não sabia o que era pior, a dor física ou o frio extremo emanado por aquele invasor.


– Quem és tu, vil criatura que ousa interromper a missão de um Arqueiro Lúgubre? – questionou Álvaro, se levantando com dificuldades.


– Meus amigos me chamam de… Pavel!


A simples menção daquele nome deixou Álvaro paralisado, praticamente esquecendo todas as dores e adversidades. O garoto, que a tudo observava, também se impressionou, ficando com o queixo aberto, não menos admirado por estar de frente àquela figura tão famosa na região.


Aumentando a intriga, Pavel tirou o capuz, revelando os curtos cabelos loiros, o rosto jovem e os olhos azuis claros, marcantes de quem nasceu no Norte, mas com um traço pouco mais característico de terras mais Orientais.


– Pavel? – murmurou Álvaro baixinho para confirmar. – O guerreiro que ajudou Graad Azul a expulsar os conjuradores de Eldur Laranja?


– Parece que a minha fama me persegue! – comentou Pavel, mantendo uma expressão animada, longe de demonstrar algum sinal de modéstia. – Agora vais deixar este garoto em paz? Não tolero injustiças!


Álvaro piscou várias vezes, muito temerário. Entretanto, engoliu o pavor e segurou o arco, mirando Pavel, observando-o com um olhar falsamente imponente e confiante. O antigo herói de Graad Azul, porém, simplesmente fechou os olhos, ficando estático.


Sem pensar duas vezes, Álvaro puxou novamente o arco e lançou infinitas flechas negras na direção do oponente. Parecendo ignorar todo o esforço alheio, Pavel apenas ergueu o braço para frente, deixou a palma da mão para cima e exclamou:


– PÓ DE DIAMANTE!


Uma pequena esfera azulada surgiu por cima da mão do famoso guerreiro e logo desapareceu com um fechar dos dedos. Com um cosmo muito elevado, Pavel apontou a mão para frente, produzindo uma poderosa rajada de ar frio, complementada por infinitos, mas não menos afiados, cristais de gelos, que brilhavam como se fossem diamantes.


As flechas não resistiram, se transformando todas em pedras de gelo, parando seu movimento graças à pressão do ar. O golpe seguiu em direção a Álvaro, que tentou escapar, mas foi totalmente consumido, virando um boneco congelado. Sem mais ações, o opressor tombou no chão, sem resquício de vida.


Ignorando o guerreiro, Pavel simplesmente agitou a capa do manto e foi em direção ao garoto, que ainda se debruçava tristemente para o corpo do irmão. Contudo, o pequeno não deixava de admirar a imponência e o combate do guerreiro, que faziam jus à fama que até ele tinha conhecimento.


– Tu estás bem? – indagou Pavel com um largo sorriso cativante, dando a mão para ajudar o garoto a se levantar. – O que aconteceu? Por que aquele arqueiro estava te atacando?


– Os arqueiros veneradores de Svartalfheim estão em constante guerra com os de Alfheim. – comentou o pequeno. – Eu estava passeando com meu irmão, quando aquele homem nos achou, querendo descobrir onde vivíamos, mas não podíamos dizer, então tentamos fugir, mas ele matou meu irmão e…


Não conseguindo terminar de falar, ele caiu em lágrimas. Sem demonstrar uma expressão de pena, mas agindo carinhosamente, Pavel abraçou o garoto em um tom caloroso, confortando-o pelas adversidades. Em seguida, afastou-o e o olhou diretamente nos olhos.


– Eu posso te levar com segurança para casa. – sugeriu Pavel. Não te preocupes!


– NÃO! – gritou o menino, se afastando rapidamente. – Não posso revelar a localidade do nosso clã, mesmo para um guerreiro famoso como o senhor, me perdoa.


Não querendo discutir com as regras daquele grupo, Pavel simplesmente fechou os olhos, tirou o manto esbranquiçado e cobriu o garoto, deixando-o praticamente camuflado com o ambiente repleto de neve. Em seguida, o famoso guerreiro se levantou. O frio não parecia afetá-lo de maneira alguma. Pelo contrário, parecia viver em harmonia com aquela baixa temperatura, mesmo com os trajes finos, típicos de guerreiros que estava treinando para serem soldados na Grécia.


– Com isso ninguém te achará. Podes ir para casa, pois nem eu mesmo serei capaz de vê-lo quando a tempestade aumentar. – comentou Pavel, de costas para o rapaz.


– Obrigado! – agradeceu, sorrindo um pouco. – Mas afinal, o que vieste fazer aqui?


– Estou à procura de Graad Azul! – respondeu rapidamente, com um ar claramente superior. – Não entendo por que não estou conseguindo achar o Reino.


– Graad… Azul? – perguntou o garoto, gaguejando um pouco, como se tivesse ficado muito surpreso com a pergunta.


Intrigado com o tom de voz, Pavel se virou, foi em direção ao jovem e se abaixou, olhando-o com uma expressão um pouco preocupada.


– Sabes onde fica Graad Azul? – indagou Pavel.


– Graad Azul não existe mais… ela foi destruída faz alguns meses pelo temível monstro Kraken.

Editado por Nikos
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Capítulo 08 lido.

 

Gostei imenso da primeira parte em que Pítia foi um dos escolhidos neste capítulo para ser referido e como a sua presença gera desconfiança, desentendimentos e má compreensão tanto que queria fugir de um ambiente pesado para um de relaxamento que terminou sendo uma má escolha por quanto de uma certa pessoa que odeia todo o lado das Nereides e seus familiares derivados, Ichos que persiste com seu grande ódio na morte do seu amor. Graças à ajuda de Nérites, há tanto tempo que ele não aparecia na história.

 

Na segunda, ainda tivemos um outro clã mais conhecido pelos elfos negros contra os da luz. Eis que surge Pavel ao derrotá-lo e ainda pergunta por Graad Azul.

 

Parece que o próximo capítulo promete.

 

Abraços e parabéns, mon ami!

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Bom capítulo, este de transição.

 

Gostei bastante que tivemos um destaque a Pítia e seu irmão, Narceu. Foi bem legal ver a interação entre esses irmãos, tendo em vista que não se falaram em onscreen na fanfic. Legal também que eles não são irmãos puros, por assim dizer, possuem pais diferentes. Me pergunto quem seja a mãe. Nunca tinha parado pra pensar que os pais dos dois eram diferentes, por mais estranho que possa parecer.

 

Ichos retorna e com ele vem também as ironias, joguinhos e provocações. Não gosto dele, tanto quanto não gosto do Arkab. No entanto, até admiro a ousadia dele de tentar ameaçar o filho de Nereu e um antigo Cavaleiro de Ouro, pena que Nérites estava ali o tempo todo e ajudou o irmão. Vemos aqui uma nova faceta do Douracida (/evil) que apesar de ser poderoso e imponente, também pode ser cordial e justo com quem ama. Muito bom isso!

 

Outra coisa que não me passou despercebida foi a discriminação que fazem em torno de Pitia. Sinto que ele vai ter que ser forçado a fazer uma escolha que definirá se ele está mesmo do lado de Atlântida ou se está usando sua genética ao seu favor para conseguir informações ao exército de Atena. Se for a segunda opção, Safiya não irá gostar nadinha, porque acabou sofrendo a toa. /lua

 

Do outro lado, vemos que a trama envolvendo os Nórdicos não foi plenamente esquecida. Fiquei com medo de que tudo ficasse com uma sensação de filler, mas é legal mostrar esse lado novamente, porque eu gostei bastante da contextualização que você deu a Asgard/Graad Azul com o geral. Bem, vemos que os combates entre clãs ainda persistem, assim como as eternas rivalidades entre os adoradores de cada mundo. Pensei inicialmente até que o Elfo Negro fosse um Cavaleiro Negro, mas curiosamente não foi, embora tenha gostado da imponência que o personagem passou estando montado em um cavalo.

 

Pavel retorna a fic e continua sendo o mesmo egocêntrico de sempre. Que nojo hahahaha Mas pelo menos é poderoso e fico curioso para saber como ele vai reagir mediante a informação de que Graad Azul foi consumida pelo temível Kraken.

 

No mais, uma crítica. Percebo desde o começo que sua fic acaba adotando algumas gírias e/ou frases que destoam muito do conjunto geral dos diálogos que são apresentados. Isso ficou extremamente evidente nesse capítulo, quando Nérites diz "parece que o pássaro não percebeu que o ninho foi surrupiado" ou qualquer coisa assim, que quebra muito a imersão na trama. Espero que mude isso com o passar do tempo.

 

Parabéns Ninos e um abração!

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Capítulo 08 lido.

 

Gostei imenso da primeira parte em que Pítia foi um dos escolhidos neste capítulo para ser referido e como a sua presença gera desconfiança, desentendimentos e má compreensão tanto que queria fugir de um ambiente pesado para um de relaxamento que terminou sendo uma má escolha por quanto de uma certa pessoa que odeia todo o lado das Nereides e seus familiares derivados, Ichos que persiste com seu grande ódio na morte do seu amor. Graças à ajuda de Nérites, há tanto tempo que ele não aparecia na história.

 

Na segunda, ainda tivemos um outro clã mais conhecido pelos elfos negros contra os da luz. Eis que surge Pavel ao derrotá-lo e ainda pergunta por Graad Azul.

 

Parece que o próximo capítulo promete.

 

Abraços e parabéns, mon ami!

 

 

Olá Saint...

 

Não tinha sido falado em nenhum momento sobre a estadia de Pítia em Atlântida, sua chegada, como foi recebido. Dessa forma, achei interessante mostrar um trecho sobre isso. ALém é claro de ele ser importante para a trama.

 

Ele tenmtou escapar, mas Íchos apareceu. O interessante é que o general de sirene não desconfia dele por ser um antigo cavaleiro e sim por ser filho de Nereu, para mostrar o quão é a raiva de Íchos diante dos supostos aliados. Tanto que o fez acertar sobre Nereu estar tramando algo com Pitia, como diz o prólogo.

 

Pavel apareceu, finalmente os personagens voltam a surgir. Vamos ver o que acontecerá no próximo...

 

obrigado pelos parabéns e a gente se fala!

 

Abraços

 

 

Bom capítulo, este de transição.

 

Gostei bastante que tivemos um destaque a Pítia e seu irmão, Narceu. Foi bem legal ver a interação entre esses irmãos, tendo em vista que não se falaram em onscreen na fanfic. Legal também que eles não são irmãos puros, por assim dizer, possuem pais diferentes. Me pergunto quem seja a mãe. Nunca tinha parado pra pensar que os pais dos dois eram diferentes, por mais estranho que possa parecer.

 

Ichos retorna e com ele vem também as ironias, joguinhos e provocações. Não gosto dele, tanto quanto não gosto do Arkab. No entanto, até admiro a ousadia dele de tentar ameaçar o filho de Nereu e um antigo Cavaleiro de Ouro, pena que Nérites estava ali o tempo todo e ajudou o irmão. Vemos aqui uma nova faceta do Douracida ( /evil) que apesar de ser poderoso e imponente, também pode ser cordial e justo com quem ama. Muito bom isso!

 

Outra coisa que não me passou despercebida foi a discriminação que fazem em torno de Pitia. Sinto que ele vai ter que ser forçado a fazer uma escolha que definirá se ele está mesmo do lado de Atlântida ou se está usando sua genética ao seu favor para conseguir informações ao exército de Atena. Se for a segunda opção, Safiya não irá gostar nadinha, porque acabou sofrendo a toa. /lua

 

Do outro lado, vemos que a trama envolvendo os Nórdicos não foi plenamente esquecida. Fiquei com medo de que tudo ficasse com uma sensação de filler, mas é legal mostrar esse lado novamente, porque eu gostei bastante da contextualização que você deu a Asgard/Graad Azul com o geral. Bem, vemos que os combates entre clãs ainda persistem, assim como as eternas rivalidades entre os adoradores de cada mundo. Pensei inicialmente até que o Elfo Negro fosse um Cavaleiro Negro, mas curiosamente não foi, embora tenha gostado da imponência que o personagem passou estando montado em um cavalo.

 

Pavel retorna a fic e continua sendo o mesmo egocêntrico de sempre. Que nojo hahahaha Mas pelo menos é poderoso e fico curioso para saber como ele vai reagir mediante a informação de que Graad Azul foi consumida pelo temível Kraken.

 

No mais, uma crítica. Percebo desde o começo que sua fic acaba adotando algumas gírias e/ou frases que destoam muito do conjunto geral dos diálogos que são apresentados. Isso ficou extremamente evidente nesse capítulo, quando Nérites diz "parece que o pássaro não percebeu que o ninho foi surrupiado" ou qualquer coisa assim, que quebra muito a imersão na trama. Espero que mude isso com o passar do tempo.

 

Parabéns Ninos e um abração!

 

Olá Gust,

 

 

Como falei in off, o Narceu não tinha falado uma palavra na fic eu acho huahuau. Tava na hora de mostrar alguma coisa. A parte dos irmãos não puros eu falei in off, mas vou escalarecer a todos caso ficou alguma dúvida:

 

No conto "a peça", Psâmate foi atrás do filho ilegítimo de Nereu e achou que era Narceu, mas não era, era Pítia. Logo, os dois só são irmãos maternais. Talvez o pai de Narceu sabia que Pítia não era seu filho, por isso o maltratava tanto. Talvez, isso é uma hipótese.

 

 

Eu adoro o Ìchos, uahuauha. Mas como eu falei pro Saitn, mesmo com joguinhos e provocações, ele estava parcialmente certo quanto Às suas desconfianças em Pítia estar armando algo com Nereu. kkk. Com a flauta, ele tem coragem de ameaçar deus e mundo, sem a flauta, se borrou todo pro Nérites. kkk

 

Como o Bizzy fala, os personagens tem vida, comem, dormem, kkk. Nérites também bebe e defende seus irmãos, tanto que chorou a perda das irmãs que morreram por Tamuz.

 

Ninguém confia em Pítia além da família por ele ter sido um cavaleiro (e Íchos por ele ser filho de Nereu). Ele está quatro anos ali e isso não mudou. Será que essa escolha acontecerá?

 

 

O Arco de Graad Azul não foi Filler, pelo contrário. Ele deu uma enroladinha, poderia ter sido mais rápido, mas seus acontecimentos influem diretamente, tanto que a morte de Yuri foi citada no início do capítulo.

 

Achasse que o Guerrreiro adorador do elfo negro (ele não é um elfo negro) fosse um cavaleiro negro? O que um cavaleiro negro estaria fazendo lá? uhauha. Fora que, pelo que eu me lembre, Arkab e Propus mataram todos! Ou será que sobrou algum? Acho legal as pessoas montadas em cavalos, sempre dá imponência. kkk

 

Pavel é egocêntrico, mas não fica se achando tanto. kkk. Ele se acha para si mesmo, tanto que era adorado em Graad Azul (se bem que a arrogância imperava no Reino Azulado).

 

Quanto às gírias, peço sempre que me dê um toque. Não vou mudar o modo de Nérites e das nereidas falarem, mas o restante podes me criticar.

 

Valeu então Gustavo, obrigado pelos comentários e a gente se fala.

 

Fuuui

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Tivemos neste, a repercussão do que ocorrera, no arco do Graad Azul.

 

Começamos com assimilação da perda de Yuri:

 

Aqui, mesmo com toda atenção recaindo para a interação de Nérites, Íchos e os irmãos Pítia e Narceu, destaco o bom segmento de ideia do autor ao traçar o entendimento da população do império de Poseídon, e a tensão que agora paira, com relação ao ocorrido que levou o falecimento de mais um dos Generais Marinas.

 

Fico a conjecturar como isso repercutirá na corte do Deus dos Mares.

 

Que medidas serão tomadas por ele e sua alta cúpula.

 

O número de perdas, do lado de Atlântida, começa a ficar demasiado.

 

É evidente que precisam agir!

 

Passando para Pavel:

 

Seu breve embate com o servo de Svartalfheim me agradou, sobretudo, pelo que o ocasionou: o salvamento da criança das terras do Clã Hring Amarelo, adoradores de Alfheim.

 

O sofrimento da mesma, tanto como seu desespero, ficaram incrivelmente retratados.

 

Parabéns!

 

Para encerrarmos...

 

destaco, mesmo como sendo de hábito por aqui o que vou falar, o corpo literário dinâmico, que mesmo carecendo de certo brilho, consegue ser eficiente naquilo que o autor deseja nos passar. Elogios também se fazem necessários quanto à periodicidade da trama, o empenho notório por de trás de tudo, e claro, o respeito que os leitores recebem.

 

 

 

PS: acabei lamentando a falta do vídeo no Resumo dos Capítulos 6 e 7.

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Olá Leandro

 

 

A repercussão mostrou que o arco não foi totalmente deslocado. Teve suas influências também.

Obrigado pelos elogios quanto à repercussão... aliás essa primeira parte do capítulo devo ao Bizzy, que perguntou sobre o Nérites (o que come? o que bebe?), kkk, além de ele comentar sobre a existência de vida em Asgard agora com Soul of Gold. Daí tive a ideia de inserir essa parte, mostrando a população atlante e alguns constumes, mas não deixando de destacar os personagens principais.

Não sei que medidas, aí é verificar com a corte mesmo...

Que bom que gostasse do embate contra o guerreiro louvador do elfo negro e dos sentimentos da criança. QUis mostrar um drama também e que bom que deu certo.

Valeu pelos parabéns.

Obrigado pelos elogios finais também. Gosto de manter a periodicidade, mas isso facilita porque eu já tenho a fic semipronta, só vou adicionando algumas partes.

Quanto ao vídeo, eu to realmente apurado na faculdade e, mesmo custando pouco tempo, acabam tomando algum tempo, mas tentarei fazer com esse capítulo 8.

Valeu por tudo Leandro e a gente se fala.

Abraços

Editado por Nikos
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  • 3 semanas depois...

Oi nikos tudo bem

Sei que demorei um pouco mas aq está meu coment sobre seu último cap

Bom a se cena do bar se mostrou interessante, Pitia ainda se sentindo meio deslocado em Atlântida e foi abordado e ameaçado pelo general de sirene( aliás sempre só aparece para ser irritante 😄). Alias sorte dele que o Pitia tava bêbado não sei se ia deixar o general amecaro irmão dele assim se não estivesse normal. Nerites aparece novamente e silencia o cara. Foi bom ver eles novamente mas queria ver ele lutar contra alguém Th, afinal sinto que ele não fez muita coisa dede que empatou o virgem( vou dizer empate pá apesar dele ter matado o adversário não conseguiu o que queria). Enfim acho que agora a questão é o que o Nereu está planejar só espero que seja uma coisa que abale as estritas da guerra

Foi interessante ver como a morte de um general tendeu impacto no cotidiano de Atlântida um detalhe que mostra como vc não quer deixar nenhuma ponta soltaparBems por isso

Vemos pavel voltando para o norte para salvar duas crianças de um adorador dos elfos negros gostei de ver que a maioria dos clãs nórdicos tiveram ao menos um personagem próprio e não ficaram só na menção. Agora vamos ver aquário fará será que vai procurar sobrevivente do graad azul? Estou curioso para ver o desenrolar disso tudo

Parabéns nikos

E até a próxima

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Olá Fimbul, mal o atraso na demora, mas estava comentando as fics de todo mundo!


Será que o Pítia poderia fazer alguma coisa de verdade contra Íchos e sua flauta? Lembrando que Aldebaran foi praticamente obliterado pela flauta no clássico. Spio se sentiu muito afetada e ela derrotou Feres (mesmo ele fraco). Íchos apareceu também abraçando a imagem do Berílio. kkk. Não foi só para encher o saco.

Nérites derrotou Sertan, esqueceu? Ninguém morreu porque Acrux apareceu, mas ele sobrepujou a técnica apelona do canceriano. Isso lá pelo capítulo 19, por aí, não me lembro exatamente se é esse.

O que Nereu está planejando? Ele falou alguma coisa no prólogo, mas também tudo isso pode ser uma loucura do Íchos, obsecado em achar problemas na aliança com o profeta.

Quis mostrar realmente as conseqências de uma morte. Tem sete generais. O que aconteceria se um morresse? E o segundo? tudo isso é de se pensar.

Sim... tentei abordar isso... Alfheim e Svartalfa tiveram os arqueiros, Musphelheim os conjuradores, Jotunheim os jotnar, Vanaheim os paladinos, Asgard os guerreiros, Nidavelir os ferreiros. Midgard não tem porque todo mundo vive ali. Faltou explicitamente Nilfheim, mas foi citado brevemente que são feiticeiros.

Veremos o final! Hoje sai o capítulo!


Abraços fimbul a´te mais

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BALANÇO: CAPÍTULO 8

Resumo em vídeo voltou, desculpa o atraso do fim do semestre. Obrigado ao Leandro por me incentivar a voltar a fazer esses resumos.

 

 

Resumo em vídeo

https://www.youtube.com/watch?v=uYDAZ7E10sE&feature=youtu.be

 

Personagens

 

Yuri de Lymnades: General Marina morto nas Terras Nórdicas. Segundo guerreiro de elite de Atlântida a morrer.

 

 

Íchos de Sirene: General Marina que não suporta Nereu e sua família, tentando ao máximo descobrir alguma traição por parte do Profeta dos Oceanos.

 

 

Nérites: Principal soldado de Atlântida, único filho homem de Nereu e Dóris. Apesar de sua grande fama guerrreira, trata bem os familiares, defendendo os irmãos a todo custo.

 

Pítia: Antigo cavaleiro de ouro de Áries, passou a viver em Atlântida quando descobriu que era filho de Nereu. Vive recheado de desconfianças na Ilha por ter sido um cavaleiro no passado, porém Íchos desconfia que ele esteja tramando algo com o pai.

 

 

Narceu: Irmão de Pítia, foi viver em Atlântida junto com ele. Não suporta bebidas devido a um passado manchado com sangue por causa do alcoolismo do pai.

 

Pavel de Aquário: Cavaleiro de ouro que um dia foi herói em Graad Azul.

Curiosidades

  • O nome Pítia significa Profeta e tem origem das Pitonisas, filhas de Apolo que tinham o dom da Profecia. Curiosamente, elas apareceram também em The Lost Canvas, o que deve permitir a vocês um melhor entendimento.
  • A parte de Atlântida desse capítulo foi uma homenagem a uma pergutna do Bizzy, que perguntou uma vez: Nérites, o que come, o que bebe? E também dá uma densidade nos acontecimentos futuros.

 

 

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CAPÍTULO 9

 

Os olhos de Pavel se arregalaram e ele se virou. Não podia acreditar naquilo que estava ouvindo. Então, as suas suspeitas estavam certas e estavam piores do que tinha imaginado. O fato de Graad Azul ter sido destruída lhe afetava profundamente. Considerava aquilo como um lar e uma fortaleza quase tão instransponível quanto Atlântida. Sua destruição era algo inconcebível pelo tanto que vivera lá.


Sem demoras, ele agradeceu o garoto, que correu em direção à neve, desaparecendo completamente. Seguindo uma direção contrária, Pavel avançou para o litoral. Iria margeá-lo. Até então, tentara procurar a cidade, buscando observar os grandes muros e a torre do castelo central, por isso não a havia localizado.


Assim, tentando mudar a forma de busca, ele chegou à praia, foi contornando o mar nórdico até se deparar com os restos da cidade onde outrora viveu, defendeu e aprendeu. Não conseguia acreditar naquilo tudo e, sem perceber, uma lágrima correu pela sua face.


Tomado pelas lembranças, foi percorrendo as ruas da cidade, tentando relembrar os locais, as casas. Olhava para as ruínas e imaginava como era o Reino anteriormente. Estava completamente percorrido por um saudosismo e um pouco de intriga, não menos que culpa por ter recomendado a cidade para aquele cavaleiro recém-nomeado.


A saudade apertou ainda mais quando chegou ao centro da cidade e viu os destroços do castelo central. Olhou para baixo, se agachou e segurou um objeto que reconheceu ser uma relíquia que ficava num dos corredores da edificação principal. Sentiu um aperto ainda maior no coração e pensou logo na biblioteca sagrada e em todo o conhecimento que havia sido desperdiçado.


Recordando a biblioteca, mas precisamente da torre central onde ela se localizava, olhou para frente e tentou imaginá-la, bem como o restante do castelo. Pavel olhou para baixo, para as sombras e novamente para onde estaria a torre. Naquele momento, contudo, algo o intrigou. Não sabia como, mas tinha certeza que alguma coisa estava muito estranha.



Tomado pelo impulso, concentrou o cosmo, produziu uma esfera azulada na mão, fechou os dedos e lançou uma grande quantidade de ar frio para frente. Respirou forte e ficou boquiaberto com o que viu. Seu ar frio havia ficado estático no ar, tomando o formato exato da grande torre que compunha a biblioteca central de Graad Azul.


Não sabendo o que acontecera, ele simplesmente contornou a escultura de gelo e tentou se recordar, geograficamente, onde estava a porta. Percorreu as memórias e, chegando ao ponto exato, deu um soco para frente e arrombou a edificação. Sem demorar, entrou rapidamente pelo vão aberto, quando uma espécie de fantasma pulou em sua direção, o derrubando no chão.


Seu coração bateu forte e rápido, mas logo se recompôs. Em seguida, uma figura surgiu em meio àquelas estantes e livros. Tinha cabelos castanhos e lisos até o pescoço e olhos castanhos profundos. Vestia a armadura de ouro de Gêmeos, parecendo não se importar com o desconforto. Sorria serenamente, fato que deixava Pavel completamente intrigado.


– Pavel de Aquário, que prazer te rever. – comentou Propus, guardando um livro na estante. – Não imaginava que viriam tão cedo. Sabia é claro que te mandariam aqui depois que parei de enviar cartas. Parece que entendes agora por que não me comuniquei mais com o refúgio. A obviedade é imensa, estou errado?


– Mas…


– Tudo no seu tempo, meu amigo. – interrompeu Propus. – Explicarei o que aconteceu aqui, mas antes preciso resolver umas pendências. Vem comigo!


Ignorando a presença do cavaleiro de Aquário, ele simplesmente passou pela porta da biblioteca e percorreu as ruínas de Graad Azul. Pavel o seguiu, enquanto ele caminhava em direção ao centro da cidade. Sem demorar, badalou o sino central, fazendo com que várias pessoas surgissem em meio a casas invisíveis, deixando Pavel ainda mais intrigado.


Todos rodearam Propus, que, com um movimento, abriu uma fenda dimensional, deixando cair uma grande quantidade de comida. O pequeno grupo de cerca de quinze pessoas foi em direção aos mantimentos, tentando guardar o que podiam. Uma senhora de mais de idade se aproximou de Propus, pigarreou algumas palavras e deu-lhe um abraço.


– Obrigado por toda essa ajuda. – agradeceu ela com um tom bondoso e não menos firme. – Nossa colheita, porém, finalmente dará frutos nos próximos meses e a caça está mais farta. Fico feliz em dizer que talvez não seja mais necessário isso. Gostamos de ser autossustentáveis.


– Sim, por isso que eu vou partir, nobre Kelda. – explicou Propus. – Creio que o exército estrangeiro não está mais vigiando a cidade. Dentro de algumas semanas, as ilusões desaparecerão, por isso é bom já se prepararem para se defender. Graad Azul renascerá, mas eu vou embora com este ser que conhecem muito bem.


Propus apontou para Pavel, que observava tudo sem entender nada. O povo logo reconheceu a figura do herói de outrora e foi em sua direção, cumprimentá-lo e agradecê-lo. O aquariano logo começou a identificar alguns antigos amigos. Embora tenha lutado como um guerreiro por alguns anos por ali, sempre conviveu entre o povo, tentando se socializar o máximo possível.


Vendo que Pavel estava tendo seu ego finalmente alimentado após algum tempo e que dificilmente pararia nos próximos instantes, Propus se retirou rapidamente da multidão, andando por entre as ruas congeladas da cidade. A neve ocupava grande parte do caminho, sendo possível apenas ver algumas manifestações de pequenas estradas ligando a via principal, que anteriormente se findava no grande castelo central. Apesar das baixas tecnologias da época, Graad Azul parecia sempre estar vários séculos à frente da maioria das civilizações.


Caminhando por alguns instantes, Propus marchou mais um pouco entre a neve e se virou à direita. Parado em frente a um grande espaço vazio, ele ergueu a mão para frente, girou uma espécie de maçaneta invisível e adentrou no vão.


Como num instante, tudo se materializou naquele espaço. Era uma residência de apenas um cômodo, com as paredes internas compostas por toras grossas e escuras de madeira. Havia várias roupas jogadas no chão, uma tina de água lateral e uma grande cama no centro. Em cima dela, havia um rapaz loiro, com olhos azuis e barbas leves.


– Olá, Henrike, pelo visto ainda deves ficar mais algum tempo esperando a morte chegar nessa cama. – comentou Propus, olhando-o profundamente, fechando a porta em seguida.


Sem parecer ter vontade de responder, Henrike simplesmente virou o rosto. Sua aparência estava pior do que nunca. As barbas loiras estavam sujas e mal feitas, perdendo sua coloração clara. Os olhos, outrora azuis claros e vivos estavam desgastados, com uma vermelhidão características de lágrimas constantes e de noites mal dormidas. O corpo não tinha mais o porte físico de antes, o que era facilmente visto devido ao traje fino que ele usava.


Parecendo indiferente a tudo, Propus tirou da capa uma das frutas que havia conseguido, colocando-a do lado da cama de Henrike. O jovem graadiano olhou com desdém e não tocou na comida.


– Vou deixá-la aqui! – reforçou Propus, apontando para mesa e se afastando depois. – Não é bom o único membro vivo da linhagem real de Graad Azul passar tanta fome.


Henrike olhou para o chão e logo em seguida para Propus, fitando-o com raiva, ao mesmo tempo em que lágrimas caíam levemente pela face.


– Então é por isso que me mantiveste vivo? Porque eu só sou um membro da família real de Graad Azul? – murmurou Henrike, com uma pontada de rancor. – Não importa o que nós passamos, o importante é manter a cidade de pé. Por isso causaste a minha desonra eterna ao me salvar do Kraken. Assim, jamais irei ao Valhalla.


– Tu jamais irás ao Valhalla deitado nessa cama. – rebateu Propus, sem mudar a expressão. – Mas, se te levantares e assumires o papel que te é de direito, treinares novos Guerreiros Azuis, podes enfim dar um rumo certo para a tua vida.


– A senhora Kelda é o suficiente para comandar Graad Azul, principalmente devido aos trinta anos no cargo de Conselheira. – comentou Henrike, ainda em prantos. – Eu já perdi a minha honra. Eu deveria ter morrido aquele dia com o Kraken, mas tu impediste.


Num acesso de raiva, Henrike ficou de joelhos na cama, saltou para cima de Propus, e soqueou o peito dele, mas sem causar nenhum efeito na sólida armadura de ouro. O cavaleiro, por outro lado, simplesmente manteve-se firme e estático, aguardando toda aquela ira se cessar.


– Eu estou indo embora, Henrike, não há mais nada que me prenda aqui. – observou Propus olhando-o profundamente. – É hora de partir.


Como se fosse atingido por um golpe com aquelas palavras, Henrike cessou as ofensivas. Suas mãos se aliviaram na sólida armadura de ouro e ele olhou para o companheiro. Sem dizer nada, ele saltou para cima dele e o beijou com força, tentando possuí-lo de novo. Propus retribuiu o gesto, deixando-se ser tomado.


– Não vá embora… – pediu Henrike, ainda chorando. – Por favor, fica comigo.


– Estás falando isso por causa do calor do momento, mas eu sei que jamais me perdoarás, Henrike, por isso é impossível ficarmos juntos. – avisou Propus, se afastando, mas sem tirar os olhos do rapaz por um momento. – Ainda queres me amaldiçoar no fundo, mas eu sabia que isso iria acontecer. Eu fiz uma escolha naquele dia, sabendo que te perderia de qualquer jeito, mas pelo menos, agora estás vivo.


– Propus…


– Deves continuar a tua vida Henrike… sem mim. – continuou o cavaleiro. – Eu tenho coisas a resolver e tu também. És um membro da linhagem real de Graad Azul e serás o bastante para comandar a cidade. Depois disso, deves passar teu sangue adiante, para que um novo guerreiro assuma o posto de Rei de Graad Azul enquanto tu abdicarás e serás o novo Grande Jarl, comandando os guerreiros. Creio que a senhora Kelda seja o suficiente para te ajudar enquanto isso.


– O que estás dizendo, Propus? – perguntou o graadiano, não entendo a frieza do companheiro ao falar aquelas coisas. – Eu não quero ter filhos, quero ficar contigo.


– Não, não queres. Como eu falei antes, estás dizendo isso agora, porque não queres que eu parta, mas não aguentarás muito ficar ao meu lado. – reforçou Propus. – Deves pensar em algo maior do que tu agora. Deves, como eu falei, abandonar teus desejos e passar o sangue adiante. Graad Azul é maior do que tudo, maior do que nós.


Henrike se calou, olhando para baixo, com lágrimas caindo. Por mais que não quisesse admitir, Propus tinha plena razão. Poderia se entregar a ele em alguns momentos, mas jamais conseguiria perdoá-lo inteiramente por impedir sua morte gloriosa. No final, isso pesaria completamente.


– Vejo que tuas dúvidas estão se cessando e fico satisfeito com isso. – disse Propus, abrindo a porta. – Contudo, para garantir que saias dessa cama de uma vez e assumas o posto que te apetece, tem alguém aqui que tenho certeza que gostarias muito de ver. A pessoa que veio me buscar para eu voltar para a Grécia.


Sem dizer mais nada, Propus saiu da residência de Henrike, indo em direção à estrada coberta pela neve. Com um impulso que nem imaginava possuir, o jovem graadiano pulou e, ignorando os trajes inadequados, deixou a casa invisível e seguiu o amigo até encontrar a multidão se aglomerada. Ele arregalou os olhos, que finalmente brilharam após muito tempo, quando reconheceu os cabelos loiros empinados para cima daquele rapaz cercado pela população.


Afastando toda a multidão, Henrike adentrou no grupo e ficou em frente ao centro. Desviando o olhar rapidamente, Pavel olhou para o jovem e, como se um estalo chegasse à mente do aquariano, ele deu um grande sorriso.


– Henrike… há quanto tempo eu não te vejo! – comentou Pavel, parecendo satisfeito em ver o antigo admirador novamente. – Estás maior do que nunca, irreconhecível. Mas o que aconteceu contigo? Por que estás nesse estado?


– Ele sofreu muito em uma batalha, mas saiu vitorioso ao final. Estou cuidando dos ferimentos dele há meses e só agora conseguiu sair de casa. – interrompeu Propus, enquanto todos na cidade concordavam. Parecia que o geminiano havia espalhado esse boato durante todo o tempo que ficara na cidade após a destruição.


Não se importando com isso, Pavel olhou para cima para ver Henrike novamente. Pela primeira vez, o garoto estava mais alto do que ele e isso lhe causava uma certa estranheza.


– Pelo visto, viraste um grande guerreiro, deves comandar Graad Azul a partir de agora. – continuou Pavel. – Espero que faças um trabalho tão grande quanto teu pai e tio. Estava conversando com a senhora Kelda. Acho que ela realmente te ajudará.


Henrike concordou e, pela primeira vez renovado após meses, ele deu um leve sorriso. Adentrando-se no meio, Propus segurou Pavel, tirando-o dali, se preparando para deixar a cidade.


Todos agradeceram, enquanto Henrike virou o rosto. Sabia que, se visse o companheiro partir, a situação iria ser muito pior. Como Pavel e Propus haviam dito, ele tinha obrigações com Graad Azul e deveria assumir o posto a qual lhe era de direito e finalmente reerguer o Reino Azulado.


Após uma despedida final, Propus e Pavel acenaram e partiram, marchando pelo oceano de neve.


Após o cessar da euforia com o retorno ao local onde se consagrara, Pavel começou a se sentir incomodado. Toda vez que ia se manifestar referente ao que aconteceu em Graad Azul, Propus parecia se antecipar e colocava a mão para frente, indicando que ele deveria esperar mais um pouco. Tal fato incomodava o aquariano, mas ele sabia manter a paciência, mesmo não entendendo o que se passava.


Chegaram ao refúgio após uns dois dias. Não podiam queimar o cosmo de maneira bruta para acelerar o processo, ou seriam localizados pelas pedras de Nereu.


A vinda de Propus causou uma agitação geral. Todos o rodearam, perguntando o que havia acontecido. Ário, com uma aparência muito mais madura, sorriu e correu para cumprimentá-lo. Todavia, ele o ignorou e deu alguns passos em direção à pequena garota com um longo manto que se aproximava, segurando seu báculo. Estava com os cabelos castanhos muito longos.


– Atena! – proferiu Propus delicadamente, deixando todos intrigados. – Quero que abras isso!


Propus botou a mão por debaixo da capa e tirou uma espécie de caixa pequena em formato de baú, mostrando-a para Atena. Todos olharam estupefatos, sem entender, enquanto Pavel observava aquilo e achava que já tinha visto aquilo ali em algum lugar.


– Esta é a relíquia sagrada de Graad Azul. – indicou Propus, ativando as memórias do aquariano no mesmo momento. – Acho que só o Rei Harald sabia, mas a cidade era apenas a portadora deste artefato, que lhes fora entregue por Atena, durante uma das batalhas. Não achei nenhuma referência sobre isso por aqui, mas acredito que seja a chave para derrotarmos Poseidon. Entretanto, apenas o poder de um Deus poderia romper o lacre que envolve este baú. Portanto, quero que uses teu cosmo para eu poder descobrir o que há nele.


Sem muita confiança, mas obedecendo, Atena empunhou o báculo e estava prestes a concentrar o cosmo, quando uma mão forte segurou o seu braço, impedindo o ato. Propus olhou para cima e viu o Grande Mestre, com sua imponência, fazendo um sinal negativo com a cabeça. Todos olharam intrigados, sem saber o que fazer, enquanto Propus sorriu para baixo.


– Tens razão! Quase que eu cometi um deslize. – concordou o geminiano. – Se Atena usar o cosmo dela para abrir tal artefato, ela seria descoberta de imediato pelas tropas de Poseidon. Me perdoa, minha querida Deusa.


Sem mudar a expressão, Propus guardou o baú, se levantou e se virou. Todos continuaram observando o garoto e mais ainda quando Pavel se aproximou, aparentemente um pouco nervoso. O geminiano sorriu e abaixou a cabeça.


– Calma, Pavel, eu não roubei a relíquia de Graad Azul, como estás pensando. – rebateu Propus. – Mas já que a tua paciência chegou ao fim, eu irei te delinear os traços da minha estadia na cidade nórdica.


Pavel o fitou sem muita convicção, enquanto Ário se aproximou do aquariano, pronto para lhe fazer uma pergunta, quando Propus o interrompeu:


– Ele está assim, porque Graad Azul está destruída.


– O quê? Como assim? – bradou Ário, enquanto todos o circundavam, muito interessados, a maioria nem tinha conhecimento do que seria Graad Azul, mas o conflito despertava a curiosidade.


– Apesar de eu ter um pouco de responsabilidade, a culpa natural é dele. – rebateu Propus, apontando para Pavel, que recuou, não entendendo o que estava acontecendo.


– Eu? – questionou o aquariano estupefato.


– Sim! – continuou o geminiano. – Teu descuido na utilização do cosmo em Graad Azul há alguns anos foi a razão. Mas me deixa fazer uma pergunta. Notaste algo de diferente no Rei Harald durante tua estadia lá? Bem, estou vendo que não, mas mudanças administrativas percebeste, como demonstras. Isto porque o Rei foi substituído pelo general marina de Lymnades no último ano em que estavas lá. Eu percebi isso em meio a uma imensa crise e acabei derrotando-o, mas isso fez com que Poseidon notasse a minha presença e mandasse o Kraken para destruir Graad Azul.


– O Kraken? – resmungou Pavel. – Então aquele garoto viu mesmo o Kraken. Mas ela é uma criatura nórdica, o que Poseidon tem com isso?


– O Kraken está tanto na mitologia grega quanto na nórdica. – explicou Propus. – Ele era uma criatura que, na Era Mitológica, castigava os viajantes impuros, mas também tinha um poder divino que destroçava os infiéis ao Olimpo. O herói Perseu matou o Kraken, mas, como os deuses, a sua alma é imortal. Quando Poseidon assumiu o controle, pediu a Zeus que ressuscitasse a criatura. Temendo as intenções do Imperador Atlante, o senhor do Olimpo concedeu a força do Kraken em dois braceletes que só poderiam ser entregues a um indivíduo não atlante. Por isso, Poseidon não destrói completamente os seres humanos que não estão a seu poder. Com isso, ele convoca um soldado, entregando-lhe os braceletes para ele causar a destruição aos impunes. Ao ver essa criatura, eu não tive escolha. Usei minhas ilusões e proteções para salvar a biblioteca infinita e o maior número de habitantes do Reino. Foi isso que aconteceu.


Todos olharam para Propus estupefatos, cochichando uns para os outros as mais diversas teorias. Pavel engoliu a saliva, impressionado. Ário fechou os olhos, apertando o dedo entre as mãos.


– Por que não lutaste? – disse Ário, chamando a atenção de Propus. – Porque não enfrentaste bravamente o Kraken como dita um cavaleiro? Será que o que eu te ensinei não serviu para nado.


– É claro! Eu deveria ter enfrentado o Kraken, morrido e deixado Graad Azul perecer em ruínas, tal como todo o seu legado. – respondeu Propus friamente.



– Morrerias com honra, como um verdadeiro cavaleiro.


– E inocentes pereceriam junto. – explicou o Propus com toda a calma possível. – Preferi salvar Graad Azul ao invés de tentar uma tática suicida e impensada.


– Falas em inocentes, mas preferiste salvar uma biblioteca que a vida de várias pessoas. – relatou Ário, indignado. – Por que fizeste isso?


– Por que ele é um covarde, manipulador, que matou o pai e usou um golpe para me controlar! – acusou uma voz se aproximando.


Ao ouvir aquela acusação, todos se viraram. Era Arkab de Sagitário.




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Capítulo 09 lido.

 

Imagino o choque de reação que teve Pavel ao saber que a sua "casa" tenha sido destruída, visto por ele como uma segunda casa que se sentia muito bem e feliz e agora que não passava de ruínas.

 

O mais impressionante e surpreendente foi Propus, ter salvo um número de pessoas e também o herdeiro do sangue real que entrou em depressão e toda a sua honra arruinada, Propus não me deixa de espantar-me com as suas tácticas e inteligência de como usa as técnicas de Gémeos com muita versatilidade.

 

Chegando ao Santuário, foi aqui que as coisas se complicaram para ele, agora com a acusação de Arkab. Fico mais interessante.

 

Parabéns por este capítulo e abraços, mon ami!

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Capítulo 09 lido.

 

Imagino o choque de reação que teve Pavel ao saber que a sua "casa" tenha sido destruída, visto por ele como uma segunda casa que se sentia muito bem e feliz e agora que não passava de ruínas.

 

O mais impressionante e surpreendente foi Propus, ter salvo um número de pessoas e também o herdeiro do sangue real que entrou em depressão e toda a sua honra arruinada, Propus não me deixa de espantar-me com as suas tácticas e inteligência de como usa as técnicas de Gémeos com muita versatilidade.

 

Chegando ao Santuário, foi aqui que as coisas se complicaram para ele, agora com a acusação de Arkab. Fico mais interessante.

 

Parabéns por este capítulo e abraços, mon ami!

 

Sim, Pavel considerava aquilo como o segundo lar, a saudade deve ter batido bastante. Mas veja bem, a maior parte das coisas foi destruída, Propus só conseguiu salvar poucos habitantes, mas, segundo ele, é o suficiente para reerguer Graad Azul, principalmente se Henrikle e Kelda trablharem juntos.

 

Não chegaram ao Santuário, chegaram ao refúgio... o Santuário está dominado por POseidon. Sò para lembrar.

 

Arkab acusou Propus.. posentão.

Valeu Saint, obrigado pelo comentário

 

Abração.

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Oi Nikos tudo bem?

Li seu último cap e devo dizer que me surpreendi com ele

O propus subiu um pouco no meu conceito depois de ter salvado boa parte da população do graad azul, como sempre ele foi muito sensato e frio conseguindo salvar muito mais pessoas se tivesse lutado contra a besta e ainda salvou a biblioteca um local importantíssimo para toda a cultura do local e talvez do mundo inteiro

Também fiquei impressionado pelo fato do Herinke ter sobrevivido ach que isso mostra que o propus gostava mesmo dele para arriscar tanto para salvá-lo, apesar dele mesmo não querer afimitir isso afinal acho que só o nórdico acreditou naquela desculpa dele sobre o motivo dele ter sido salvo, claro que a é a coisa mais sensata mas ach que teve mais do que isso na situação

Só uma coisa me chateou nessa parte gostei de toda surpresa que o propus fez mas eu quero ter visto mais dele salvando a todos, acho que poderia ter havido um flashback de toda a cena mas enfim só uma opinião pessoal

Voltamos ao refúgio foi estranho ver como pouca coisa mudou no tempo que gêmeos ficou fora deu a impressão que eles não fizeram nenhum avanço na situação da guerra durante tds os anos de ausência do mesmo, se bem que com o grande mestre que eles têm não é de se impressionar. Mas mesmo assim o cara passa anos fora e nada acontece com o pessoal do refúgio eles parecem só estar mais velhos como se apenas meses tivessem se passados e não panos, bom mas também isso pode ter sido papenas uma impressão inicial

Aliás , com toda esta reação do grande mestre eu fiquei uma impressão, será que ele não seria um traidor? Afinal até agora parece que ele é um dos grandes motivos para a guerra se estender tanto e agora que é a apresentado com uma chance de pelo menos conseguir um vantagem na guerra ele impede Atená de abrir a caixa, e eu acho que o propus sabe disso pois pela fala dele com aquário deu a impressão que aquilo poderia ser uma relíquia falsa, talvez ele só tenha feito isso para ver a reação do grande mestre assim suas suspeitas de confirmariam ou não

Enfim é só uma teoria sabe como eu gosto dessas coisas né

Arkab parece ter se libertado do controle metal de propus( quem será que ele matou para fazer isso?) ou não, isso Pd ser apenas outra artimanha do geminiano

Estou ansioso pelo próximo cap parece que teremos muitas intrigas o que eu adoro

Parabéns e até a próxima Nikos

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Olá Fimbul!

O Propus sobe e desce no teu conceito o tempo todo. kkkk. Sim, foi isso que Propus falou, ele não lutou com a besta somente para salvar as pessoas e a biblioteca. Ele salvou Henrike porque gostava ou para manter um guerreiro forte defendendo Graad Azul? Fica a dúvida no ar.

Talvez poderia ter tido um flashback, ia ser interessante, mas foi falha minha. Acho que já ficou muito tempo em Graad Azul.

Quanto ao refúgio, veja bem, essa é a terceira passagem de tempo e em nenhuma delas mudou qualquer coisa no refúgio. O Grande Mestre realmente não toma nenhuma atitude. Quanto ao envelhecimento, só o Ário praticamente apareceu e ele estava mais maduro, perdendo o rosto de adolescente.

Achei bem interessante a tua teoria e eu gosto bastante delas. Continue a teorizar, uma hora tu acerta, outra hora tu erras. Não saberei dizer qual. A do Arkab não ter se libertado do controle mental também foi muito boa. Quanto a ele ter matado alguém... ele simplesmente pode ter visto alguém morrer.

Não sei se teremos muitas intrigas ou o Arkab será ownado. kkk


Valeu então Fimbul, compareça aqui.


Abraços






E, uma última coisa, sendo chato. kkk. Por favor, dê duplo enter a cada parágrafo, fica mais fácil de ler!

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Bom capítulo, embora tenha desgostado de muita coisa. /lua

 

Começando pelo fato de Propus ter salvo Graad Azul. Eu preferiria que o Kraken tivesse realmente dizimado toda aquela região e que só depois ela viesse a ser reconstruída, depois de um bom tempo. Não gostei dele ter salvo a todos, incluindo Henrike (A cena dele indo enfrentar a besta mesmo sabendo que ia perder foi linda, se tivesse sido coroada com a morte dele seria um épico exemplo de coragem, bravura, determinação e patriotismo. :(). Mas enfim, parece que ele vai se tornar o governante da Graad Azul, que será reconstruída e Kelda, a antiga conselheira, irá ser sua auxiliar.

 

Pavel e Propus retornam para o refúgio, que fica na Grécia (Não lembrava dessa informação ter sido nos dada antes) e o Geminiano coincidentemente 'esqueceu' de que se Atena elevasse seu Cosmo para abrir aquela caixinha, iria ser descoberta pelas Pedras de Nereu. Sei não, mas achei que ele não tinha se esquecido disso e fez de propósito. Na verdade, acho que Propus não é nem do lado de Atena e nem de Poseidon e sim do seu próprio. Enfim, pelo menos o Grande Mestre serviu pra algo útil em impedir o discípulo de Ário.

 

Aliás, Ário e Propus. Estranho vê-los interagindo como dois Cavaleiros de Ouro, ao invés de mestre-discípulo. Bem, vemos que eles possuem opiniões diferentes sobre o ocorrido em Graad Azul, quando Arkab chega, aparentemente liberto do controle mental imposto por Propus. Porém, acho que não é o que estamos esperando e sim que há algo mais por trás. Duvido que Arkab tenha escapado do domínio do Gêmeos em off, acho que é mais um de seus cliffhangers que indicam uma coisa agora, mas que depois significam algo totalmente diferente.

 

Parabéns pelo capítulo Ninos e abraço!

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Mesmo mantendo-se intragável como de costume, Propus, teve seu destaque merecido nas linhas que marcaram sua passagem na tragédia do Kraken, na sobrevivência de Henrike, na perpetuação do legado do Graad Azul e seu futuro reerguer.

 

Aliás, toda interação do Cavaleiro de Ouro de Gêmeos com o Guerreiro-Azul ficou muito bem construída e a despedida entre eles me agradou bastante.

 

Falando de Henrike, agora com o encerramento deste arco, de um modo geral, percebo que o autor tentasse fazer dele, o personagem principal daqueles que compunham o núcleo do reino azulado, e em determinados momentos, bem raros esses, diga-se de passagem, o intento almejado até foi conseguido, contudo, assim como o próprio arco do Graad Azul, este na maior parte do tempo deixou a desejar, não que estivessem ruim, mas também mantiveram-se longe de serem taxados como bons.

 

A revelação por de trás do Kraken, seguindo com a razão do ‘porque’ de Poseídon permitir a subsistência dos outros povos, senão os Atlantes, em seu reinado sob a Terra, considerei um tanto ‘meia boca’. Algo do tipo que me soou pouco convincente e trabalhado, mas que acabei ‘comprando’ a ideia pela razão de que a criatura tornou as forças do Deus dos Mares ainda mais contundente, o que ajudou explicar a manutenção de seu governo ante os outros, inclusive da própria Athena.

 

Lastimável que só agora o monstro tenha tido sua existência mencionada na história (fico a pensar comigo mesmo qual seria a razão disso). O terror de sua quase onipresença nos mares poderia ter nos proporcionado passagens bem interessantes ainda na primeira saga de Atlântida.

 

Passando para Pavel, sua participação neste capítulo, assim como no anterior, foi bastante proveitosa e sua caracterização ficou excelente, só achei que este, destoou nas vezes de sua interação com Propus, onde se mostrou passivo demais e a mercê do mesmo. O que quero dizer é que o Cavaleiro de Ouro de Gêmeos todo o tempo se colocou no controle da situação e que em nenhum momento Pavel relutou contra isso. Claro que entendo que Propus, dada as circunstâncias, era quem detinha todas as respostas, e isso o deixava em vantagem, mas o Cavaleiro de Ouro de Aquário poderia ter exercido alguma pressão, exigindo desse mais detalhes ou que parasse com os rodeios.

 

Para encerrarmos...

 

A cena final com Arkab me deixou intrigado. Ao que tudo indica o Cavaleiro de Ouro de Sagitário conseguiu meios para se libertar do controle de Propus (talvez não tenha se libertado completamente) e trouxera a tona ao Grande Mestre e a Deusa Athena o ocorrido.

 

Resta esperar o próximo capítulo para saber como o filho de Alhena safará dessa.

 

 

PS: muito bom que o Resumo dessa vez tenha vindo acompanhado de um vídeo. Como já disse, eles são muito do meu gosto, já que o autor consegue, por meio dele, se expressar bem e nos passar com eficiência o balanço do que acontecera no capítulo anterior.

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Bom capítulo, embora tenha desgostado de muita coisa. /lua

 

Começando pelo fato de Propus ter salvo Graad Azul. Eu preferiria que o Kraken tivesse realmente dizimado toda aquela região e que só depois ela viesse a ser reconstruída, depois de um bom tempo. Não gostei dele ter salvo a todos, incluindo Henrike (A cena dele indo enfrentar a besta mesmo sabendo que ia perder foi linda, se tivesse sido coroada com a morte dele seria um épico exemplo de coragem, bravura, determinação e patriotismo. :(). Mas enfim, parece que ele vai se tornar o governante da Graad Azul, que será reconstruída e Kelda, a antiga conselheira, irá ser sua auxiliar.

 

Pavel e Propus retornam para o refúgio, que fica na Grécia (Não lembrava dessa informação ter sido nos dada antes) e o Geminiano coincidentemente 'esqueceu' de que se Atena elevasse seu Cosmo para abrir aquela caixinha, iria ser descoberta pelas Pedras de Nereu. Sei não, mas achei que ele não tinha se esquecido disso e fez de propósito. Na verdade, acho que Propus não é nem do lado de Atena e nem de Poseidon e sim do seu próprio. Enfim, pelo menos o Grande Mestre serviu pra algo útil em impedir o discípulo de Ário.

 

Aliás, Ário e Propus. Estranho vê-los interagindo como dois Cavaleiros de Ouro, ao invés de mestre-discípulo. Bem, vemos que eles possuem opiniões diferentes sobre o ocorrido em Graad Azul, quando Arkab chega, aparentemente liberto do controle mental imposto por Propus. Porém, acho que não é o que estamos esperando e sim que há algo mais por trás. Duvido que Arkab tenha escapado do domínio do Gêmeos em off, acho que é mais um de seus cliffhangers que indicam uma coisa agora, mas que depois significam algo totalmente diferente.

 

Parabéns pelo capítulo Ninos e abraço!

 

Olá GF! Falasse que não desgostasse de muita coisa mas só citasse uma (ou duas dependendo do ponto de vista), gostaria que me desses mais detalhes, por favor.

 

O Propus não salvou a todos, veja bem. Graad Azul era a cidade mais importante das Terras Nórdicas e foi reduzida a uma população de dezesseis pesssoas! Ou seja, ele não salvou nem 1% da população. Ele só salvou algumas pessoas que conseguiu. Propus não seria capaz de fazer frente ao poder do Kraken diretamente

 

Quanto ao salvamento de Henrike, ele também não gostou. Ele também queria que sua morte tivesse sido linda e um épico exemplo de coragem, bravura determinação e patriotismo. Mas Propus não deixou, por isso ele estava tão depressivo, abatido e não queria aceitar a proposta do geminiano. Fazer o quê!

 

Eu não me lembro de ter dito que ficava na Grécia. Se eu não disse, uma revelação bombástica foi dada. kkkk.

 

Essa da caixa, já temos outra teoria. O Fimbul acredita que o Mestre não queria que a caixa abrisse, enquanto tu diz que o Propus queria que Atena libertasse todo o poder.

 

È, Propus parou de chamar o Ário de senhor! Perdeu um pouco de respeito, aliás! Esqueceu-se disso, será?

 

Acham que eu estou enrolando vocês? Como pensam mal de mim buáááá!

 

 

Valeu então GF!

 

Abração

 

Mesmo mantendo-se intragável como de costume, Propus, teve seu destaque merecido nas linhas que marcaram sua passagem na tragédia do Kraken, na sobrevivência de Henrike, na perpetuação do legado do Graad Azul e seu futuro reerguer.

 

Aliás, toda interação do Cavaleiro de Ouro de Gêmeos com o Guerreiro-Azul ficou muito bem construída e a despedida entre eles me agradou bastante.

 

Falando de Henrike, agora com o encerramento deste arco, de um modo geral, percebo que o autor tentasse fazer dele, o personagem principal daqueles que compunham o núcleo do reino azulado, e em determinados momentos, bem raros esses, diga-se de passagem, o intento almejado até foi conseguido, contudo, assim como o próprio arco do Graad Azul, este na maior parte do tempo deixou a desejar, não que estivessem ruim, mas também mantiveram-se longe de serem taxados como bons.

 

A revelação por de trás do Kraken, seguindo com a razão do ‘porque’ de Poseídon permitir a subsistência dos outros povos, senão os Atlantes, em seu reinado sob a Terra, considerei um tanto ‘meia boca’. Algo do tipo que me soou pouco convincente e trabalhado, mas que acabei ‘comprando’ a ideia pela razão de que a criatura tornou as forças do Deus dos Mares ainda mais contundente, o que ajudou explicar a manutenção de seu governo ante os outros, inclusive da própria Athena.

 

Lastimável que só agora o monstro tenha tido sua existência mencionada na história (fico a pensar comigo mesmo qual seria a razão disso). O terror de sua quase onipresença nos mares poderia ter nos proporcionado passagens bem interessantes ainda na primeira saga de Atlântida.

 

Passando para Pavel, sua participação neste capítulo, assim como no anterior, foi bastante proveitosa e sua caracterização ficou excelente, só achei que este, destoou nas vezes de sua interação com Propus, onde se mostrou passivo demais e a mercê do mesmo. O que quero dizer é que o Cavaleiro de Ouro de Gêmeos todo o tempo se colocou no controle da situação e que em nenhum momento Pavel relutou contra isso. Claro que entendo que Propus, dada as circunstâncias, era quem detinha todas as respostas, e isso o deixava em vantagem, mas o Cavaleiro de Ouro de Aquário poderia ter exercido alguma pressão, exigindo desse mais detalhes ou que parasse com os rodeios.

 

Para encerrarmos...

 

A cena final com Arkab me deixou intrigado. Ao que tudo indica o Cavaleiro de Ouro de Sagitário conseguiu meios para se libertar do controle de Propus (talvez não tenha se libertado completamente) e trouxera a tona ao Grande Mestre e a Deusa Athena o ocorrido.

 

Resta esperar o próximo capítulo para saber como o filho de Alhena safará dessa.

 

 

PS: muito bom que o Resumo dessa vez tenha vindo acompanhado de um vídeo. Como já disse, eles são muito do meu gosto, já que o autor consegue, por meio dele, se expressar bem e nos passar com eficiência o balanço do que acontecera no capítulo anterior.

Olá Leandro!

 

Propus resolveu agir com a cabeça e sacrificar o heroismo de todo mundo par manter as chances de Graad Azul ficar de pé. QUe bom que gostasse da conversa entre Propus e Henrike, bem como todo o cenário.

 

Quanto ao protagonismo de Henrike, eu digo que somente no capítulo 6, praticamente ele foi o protagonista. No geral, a própria Graad Azul foi, com suas intrigas políticas essas coisas. Pena que não agradou. Acho que eu me preocupei demais com a revelação final de Yuri que poderia ter desenvolvido mais outras coisas.

 

Achasse meia-boca? Opinião tua, não tenho como mudá-la. A razão de não ter sido citado antes eu achei que era meio óbvia... o Kraken ataca sempre no litoral e destrói cidades. O refúgio está escondido e, além do mais, não fica no litoral.

 

Que bom que gostasse da caracterização de Pavel. Quanto à passividade, considere que o Pavel ainad estava abismado com tudo aquilo. Acho que o choque deixou-o sem ações, incluindo no refúgio.

 

Quanto a Arkab... bem, veremos!

 

Obrigado pelos elogios ao vídeo Leandro e em breve terá desse capítulo!

 

Valeu pela presença e até a próxima.

 

 

Abraços

 

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Nino, olar. Como sabe, vim deixar o comentário a respeito do arco de abertura da Parte 2 da fanfic, ou seja, considerando até o final do capítulo 7.

 

Já lancei algumas ideias para vc no whatsapp: o arco pareceu uma história totalmente a parte, e o único elemento que mantinha uma ligação com a fanfic que conhecia foi o fato de Propus estar por lá. Pareceu tipo um Gaiden do Propus, ou um spin-off da sua fanfic, como preferir.

 

Porém, como também havia dito mesmo antes de concluir o arco, sabia que tudo se resolveria de forma a ligar as pontas com a trama central, e isso foi entregue de forma bem convincente, fazendo toda a construção prévia "se pagar" com seu desfecho. Uma sensação que tive desde o início do arco, quando Propus foi resgatado e acolhido, se comprovou: todos aqueles novos personagens morreria, e a cidade seria destruída de alguma forma trágica. Quando Kraken começou a ser mencionado então... Foi a deixa. E tudo realmente aconteceu, sem ninguém para contar história. Se não me engano, apenas Leif não teve sua morte diretamente mencionada, porém visto que era (aparentemente) um homem comum e frágil, e que a cidade foi completamente pulverizada... Ele só teria se salvado caso a) ele tivesse algum poder ainda não revelado, ou b) Propus o tivesse salvo.

De forma geral, toda a ambientação não só de Graad como de todo aquele contexto foi muito bem apresentada. Pude criar uma imagem perfeita daquele local em minha mente. Só senti falta de alguns eventos se passando nas áreas civis da cidade mesmo, e não sempre ou no castelo ou nas muralhas e arredores da cidade. Mas não tinha nada a ser situado nas áreas comuns, então a saída teria sido vc colocar alguns trechos fillers e tal. É tipo o Santuário de LoS: a ambientação do local me desperta demais a curiosidade por conhecê-lo melhor, mas não há história a ser abordada ali.

 

Os personagens foram ótimos. Todos muito carismáticos. Mesmo Leif, o "sem carisma", recebeu uma exposição muito boa que o humanizou na medida certa. Erik e "Harald", apesar de eu ter certeza que morreriam, me agradaram demais, e eu me pegava torcendo por minhas premonições do apocalipse se provarem erradas. -_- Harald foi um caso a parte, pois quando descobri que aquele personagem que havia me cativado seria apenas uma máscara usada por Yuri foi bem decepcionante. Mas no bom sentido, pois isso foi mérito seu em atingir exatamente o efeito que queria causar.

 

Propus... Bem, o Propus é o Propus. Eventos padrão de Propus:

 

"Personagem B olha para Propus. O cavaleiro de Gêmeos então, com grande perspicácia, olha com desdém para Personagem B, e como se pudesse ler sua alma diz:

 

- Hum... Então quer dizer que quando você era um bebê você gostava de leite morno. Entendo. Se eu tivesse sido criado em terras gélidas também preferiria assim. Porém sua mãe não gostava de você, e se recusava a esquentá-lo. A região aonde vc nasceu tinha pouca lenha para ser recolhida, e dava muito trabalho ir atrás delas, então ela passou a te odiar por exigir o maldito leite morno. "

 

- Nossa! Você parece não apenas ler minha mente, como minha alma e meu coração! - Diz Personagem B, tendo convulsões de prazer com a fodacidade de Propus. - Você é maravilhoso, e eu te amo! Alguém já te falou que você é foda? Cara, que demais ter vc por perto! Tipo, sério! Me abraça!"

 

Obs: A resposta do Personagem B pode variar caso, diante de tamanha fodacidade Propusiônica, ele ao invés de admirá-lo fica furioso por ver o cavaleiro sempre anos-luz à sua frente, seja em poder ou em termos de conhecimento.

 

A intenção aqui não é criticar por criticar, e espero que compreenda isso e não ache ofensivo. É que... Não sei... me parece meio forçado isso dos personagens pagando pau para o Propus toda hora. Parece que é algo que vc quer que os leitores também façam, de qualquer maneira, e ao menos para mim acaba tendo o efeito reverso, porque acaba sendo algo irreal, mesmo dentro dos conceitos de uma fanfic. Ai isso prejudica um pouco a imersão.

 

Bem, esta característica do Propus a parte, algo nele eu gosto mesmo: sua função como ferramenta de roteiro. A forma como ele desvendou o que acontecia em Graad foi bem satisfatória e, como em poucas outras vezes aonde Propus salvou o dia, convincente. Sendo assim, neste sentido ele me agrada. Outra coisa, ai mais ligada ao personagem que me agradou, foi o fato dele assumir ter sentido a morte de Mona. Como eu havia dito quando esta foi assassinada, ela era o único elemento na história que o tornava um pouco mais humano. E você a tirou da trama. /lua Ainda sobre este aspecto, me surpreendi demais com o fato dele cortar para os dois lados. /evil Tomei um susto na hora, e tomei outro depois quando ele disse que Henrike o ajudava a preencher o vazio deixado por Mona. Antes desta confissão eu achava que ele estaria provocando esta afeição de Henrike com algum interesse por trás... Tipo algo que ajudaria em seus planos.

 

Sempre dedico um bom pedaço dos meus comentários ao Propus porque, enfim, ele é o protagonista. Então para o bem ou para o mal eu preciso falar mais sobre ele.

 

Seguindo. Eu já sabia o quanto você curtia a mitologia nórdica em geral, seja pelos seus comentários e conjecturas para Soul of Gold, seja em sua fic do Bado no Torneio. Já sabendo que haveria elementos desta mitologia no início da Parte 2 de Atlântida, eu estava curioso para saber de que forma trabalharia tais conceitos, mas tinha certeza que seria algo bem feito.

 

Mesmo com apenas um arco para trabalhar isso (bem, vai saber o que vem pela frente) você conseguiu apresentar muito bem todos os contextos e principais lendas. Envolveu não somente Graad Azul na trama, como também todos os adoradores de outras divindades, seja apenas conceituando-os, seja incluindo-os de alguma forma na trama. Nada pareceu confuso, sobrecarregado, arrastado ou acelerado: tudo foi bem na medida, ao menos ao meu gosto pessoal.

 

Po, ia esquecendo de falar: a história de Pavel me agradou bastante também. Embora breve, apresentou tudo o que era necessário, e contextualizou muito bem o que o aquariano representou naquelas terras. A correlação de sua passagem por lá com os temores de Leif em relação a Propus, bem como à forma com que Henrike via a um e outro foram muito bem conduzidas. Pavel foi utilizado ali não somente para construção de seu personagem, mas também para criar esses paralelos com a presença de Propus no local.

 

E bem, vamos ao clímax do arco. Talvez por lerdeza da minha parte eu não tenha em momento algum cogitado que o General de Lymnades poderia estar por trás de tudo. Talvez por ter imergido demais na atmosfera nórdica e esquecido de ir correlacionando algumas coisas aos marinas, ou talvez por não ter considerado que os marinas pudessem ter técnicas iguais às do clássico. Mas talvez tenha sido melhor assim, pois fui totalmente surpreendido com a revelação.

 

Desconfiei sim que o Rei Harald tivesse algum poder. Você deu tanta ênfase ao fato dele ser fraco, indefeso, nunca ter sido treinado para combate, que indiretamente me deixou com a pulga atrás da orelha. E eis que Yuri se revela. CHOQURI

 

O combate todo foi bem conduzido. Propus é MUITO, absurdamente overpower. Ele controla dimensões, pode criar inúmeras cópias de si mesmo, tem um ataque que pulveriza dimensões, lê mentes (sim, por mais que vc chame de outra coisa) e ainda por cima conta com uma armadura de ouro para protegê-lo. Ainda assim o combate foi relativamente equilibrado, o que deu uma boa noção do patamar de poder de um General Marina. A resolução da batalha foi bem bacana também. O embate no geral também foi na dose certa, seja nas trocas de golpes, descrições e, principalmente, em sua duração (vc sabe que não curto batalhas extensas). Parabéns por tudo isso!

 

Quando tudo parecia se acalmar, e eu começaaaaava a achar que Henrike e Graad Azul contradiriam minhas premonições pessimistas, chega Kraken, também conhecida como "perdeu, preibói" /lua . Ela ainda esperou um pouquinho só para ter aquele toque de drama, matando um a um os Guerreiros Azuis, quando poderia ter pulverizado todos junto com a cidade (como fez em seguida).

 

Propus com certeza escapou, lógico heheh. E carregando o artefato sagrado que era mantido na cidade. Vejamos de que forma isso ajudará os cavaleiros (ou a ele próprio) na guerra principal. Ansioso por começar o próximo arco, aonde espero rever personagens conhecidos e voltar a ver o foco na guerra contra Poseidon.

 

Opa, ia esquecendo: legal a breve aparição de Pitia em Atlântida junto a Nereu. Fiquei curioso com o paradeiro da armadura de Áries. Teoricamente ele não poderia mantê-la, e uma grande vigilância seria feita para assegurar que ela não estivesse escondidinha ali. No mais, não sei bem o que pensar sobre suas futuras participações, mas sem dúvidas é uma frente bem interessante que você abriu (e a facilidade com que ele foi convencido a ir para o lado de Atlântida ainda não me convenceu plenamente... Ainda acho que tem algo por trás disso).

 

E é isso, Ninos. De novo, espero que não se incomode com minhas críticas, mas como bem sabe, elas são necessárias. No mais, só me resta elogiar o grande trabalho!

 

Para bains e até a próxima! Em breve parto para o arco seguinte!

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