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Saint Seiya Belle Époque


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http://img844.imageshack.us/img844/4672/saintseiyabelleepoque.jpg

 

Sinopse: O ano é 1913, ao final da Bela Época, e o palco é a Europa Ocidental. Ações misteriosas têm despertado a atenção do Santuário, que se vê de face com um antigo inimigo que voltou para se vingar. Um conflito que culminará com a Primeira Guerra Mundial.

 

Notas Importantes:

► Esta fanfic não se passará no universo cronológico oficial da série, logo, não haverá nenhum personagem reaproveitado e muitos conceitos e dogmas serão revistos

► A fanfic será composta de Cenas, capítulos comuns que contam o enredo em si, e Interlúdios, apêndices que complementam o universo da história

► Haverá trilha sonora original, composta em suma maioria por música erudita dos séculos XVIII, XIX e XX. O link para a faixa será colocado no momento em que for necessário ouvi-la.

 

 

Enfim, espero que gostem e sempre ao terminarem de ler um capítulo por favor comentem, isso é muito importante. Obrigado e ótima leitura!

 

 

 

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LISTA DE CAPÍTULOS

 

 

(Será editada a medida que novos capítulos forem postados)

 

 

PRÓLOGO

 

ATO I: CONEXÃO LONDRES-SANTUÁRIO

Cena I: Surge um mistério

Editado por Pimp
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PRÓLOGO

 

 

Trilha Sonora

Helena de Cassiopéia corria a passos largos. Após as recentes descobertas suas suspeitas aumentavam cada vez mais.

Mas afinal, quem era a tal Helena? Vamos explicar tudo com os pormenores necessários e ao que convém relatar agora.
De etnia sérvia, dotada de um curto cabelo castanho e olhos de mesma cor, tinha um físico bem trabalhado para os padrões femininos da época. Seu rosto estava coberto para uma misteriosa máscara. Essa era Helena, amazona de bronze de Cassiopéia, membro da Ordem dos Sagrados Santos de Atena.

Sua armadura azul-cobalto apesar de ser do menor ranking, possuía uma grande área de proteção. Protegia as pernas quase que por inteiras, cobria totalmente os ombros, os braços até os cotovelos. Também aplicava uma defesa reforçada no busto, e possuía um elmo tipo máscara e um tapa-sexo.

Os eventos aqui relatados ocorreram na cidade de Praga, uma das maiores metrópoles do Império Austro-Húngaro em uma noite de lua cheia naquele ano de 1913. Apesar de já ser tarde da madrugada, a situação era, na opinião da jovem guerreira, de extrema urgência, pois ela pressentia que havia algo podre acontecendo.

Por ordem do Santuário Helena atuava como sentinela em Praga e seus arredores. O mesmo foi feito em todas as capitais da Europa. E durante os três meses em que ela esteve de vigília pode perceber que muitos bandidos, mendigos e crianças de rua desapareciam misteriosamente. Nenhuma investigação fora feita pelas autoridades locais, afinal quem se importaria com um bando de vagabundos e miseráveis?
Ou então ninguém queria que isso fosse investigado. Era o que ela suspeitava, por isso dirigia-se a praça da cidade velha, onde se localizava a prefeitura. Planejava invadir o local cautelosamente e procurar nos arquivos algo que solucionasse o mistério. Algo maior ocorria, disto ela tinha certeza.

Chegou ao local destinado. Saltou pela janela e adentrou na sala do prefeito, não perdeu tempo e já começou a remexer as gavetas e a folhear os documentos que encontrava, mas neles não existia nada comprometedor.

Porém, ela percebeu, que de algum lugar pouco mais distante, existia um cosmo desconhecido. Sim, um cosmo! A energia mística que permitia aos santos realizar grandes feitos sobre-humanos. Havia mais alguém por perto que controla esse poder.

Deslizou para fora da prefeitura e pôs-se a encontrar o detentor daquele cosmo. Não tardou para que, estando próxima de um beco, pôde ouvir vozes. Vozes de homens.

Encostou-se a uma parede, em um ângulo que ela podia ver tudo sem ser vista. E eis que ao por os olhos para fora e ver o que se passava, viu três homens vendados serem fuzilados por outros. Foi tudo tão rápido que ela não teve como ir salvá-los.

Em frente aos três cadáveres havia outros cinco homens. Três deles, os carrascos, estavam armados de carabinas e trajando uniformes militares completamente brancos e uma máscara respiratória que lhes cobria totalmente o rosto. Um quarto homem também usava o uniforme branco, mas o dele era de melhor qualidade, feito de couro branco, indicando ser de uma patente superior, e curiosamente uma faixa com um grande “Nº 20” estava estampada em seu braço esquerdo. Ele não usava máscara e era possível ver que era careca, mesmo usando uma boina militar igualmente branca. Aliás, também usava óculos.

O quinto homem era um típico burguês, ninguém menos que o próprio prefeito de Praga. As suspeitas de Helena tinham fundamento.

- Muito obrigado senhor – disse o prefeito – fizeram um ótimo trabalho.

- Nossa parte do acordo está feita – disse o oficial – O Imperador conta com sua colaboração.

- Mas é claro! Farei tudo o que fora combinado previamente!

- Ótimo, mas antes de tudo, precisamos nos eliminar de um pequeno rato que andou vendo o que não devia.

Um frio na espinha percorreu Helena, ela havia sido descoberta. Mesmo não podendo ser vista, o oficial careca sentiu sua presença. Ele esperou os outros três carrascos irem embora carregando os defuntos para se pronunciar:

- Santo de Atena, apareça! Não existe mais motivo para esconder-se!

Helena surgiu diante deles, já preparada para o combate.

- Quem diria! Uma mulher! Diga-me garota, qual é seu nome?

- Sou Helena de Cassiopéia. E agora responda, quem são vocês e o que anda tramando?

O prefeito permanecia calado, apenas observava. O oficial deu uma leve risada.

- Até parece que vou dizer. Se você respondeu minha pergunta é porque é burra! Melhor seria arrancar a verdade de mim.

- Seu diabo! – gritou ela perdendo a calma e partindo para cima dele

O inimigo anônimo sacou uma pistola e atirou uma rajada de luz na mulher, isolando o ataque dela. Aquele tiro fora muito forte, tendo rachado o chão ao seu redor. Sua armadura de Cassiopeia estava toda rachada e seu elmo já não mais existia.

- Vejamos como é o rosto da donzela.

Ele tirou de sua cintura um sabre, e com ele cortou a máscara da amazona ao meio.

- Que belo semblante! Não sabia que as amazonas eram assim tão belas!

Ela cuspiu no chão em desprezo a ele, tentou se levantar, mas ainda estava muito fraca, aquele tiro fora muito forte.

- Quantos anos tem garota?

- 18 - respondeu ela sem se importar

- 18 anos! Muito jovem! Você não deveria estar levando essa infeliz vida de guerreira garota, deveria estar aproveitando a vida! Estudando, se apaixonando, se divertindo. Eu tenho pena dos jovens, jamais mataria um inocente da sua idade... mas a ordem do Imperador foi clara: “não deixem nenhum cavaleiro de Atena vivo”

Ele apontou a arma para o rosto dela e deu um último tiro. Foi o bastante.

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Prólogo lido.

 

Adorei! Gostei bastante mesmo. Já me simpatizei com a Helena, da mesma forma que estou gostando da "armação" do prefeito e de seus subalternos.

 

Sua trama já me deixou ansioso pelo proximo capítulo. Pretende postar semanalmente, mensalmente?

 

Enfim, sobre a trilha sonora, é que eu terminei de ler e ela ainda não havia acabado de tocar. Mas nada que tire o brilho da história.

 

Continue assim!

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Prólogo lido.

 

Adorei! Gostei bastante mesmo. Já me simpatizei com a Helena, da mesma forma que estou gostando da "armação" do prefeito e de seus subalternos.

 

Sua trama já me deixou ansioso pelo proximo capítulo. Pretende postar semanalmente, mensalmente?

 

Enfim, sobre a trilha sonora, é que eu terminei de ler e ela ainda não havia acabado de tocar. Mas nada que tire o brilho da história.

 

Continue assim!

 

Obrigado por ter gostado :)

Pretendo postar semanalmente, mas ainda esses dias postarei o capítulo 1 para abordar o enredo de forma mais clara.

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Humm, gostei desse prólogo sim. A ideia da Amazona ter sido literalmente "executada" ficou interessante. Na verdade, esse foi um ponto que me chamou atenção, o oficial aparentemente usa o cosmo em conjunto com armas da época, correto?

 

No mais, foi um bom começo. A música serviu como uma adição interessante, ficou bem adequada ao enredo.

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Como tinha falado na shoutbox a imagem inicial é fantástica, já aguçou minha curiosidade com a correlação ao texto. Amadeus é um dos meus filmes favoritos, quem ainda não viu, VEJA é excelente!

 

Sobre a trilha sonora, muito interessante. Ela remete a algumas obras cheias de inspirações e relações interessantíssimas que você poderia/pode estar usando. Vou preferir aguardar antes de me aprofundar em algo que talvez não use. Musica clássica é sempre bom, isso é um serviço que você faz a todos que se propuserem a ler sua história, parabéns pela iniciativa e incentivo as artes dessa natureza mais erudita!

 

Inimigo que voltou pra se vingar, Imperador, assassinatos e relações com uma guerra mundial onde tantas mortes acontecerão... Existem dois candidatos óbvios que se encaixam nessa lista de interesses. Ficarei contente sendo qualquer um dos dois e ainda mais se me surpreender com a escolha e desenvolvimento de motivações.

 

A Europa Ocidental é um lugar fascinante, Praga é uma das cidades que tenho mais curiosidade em visitar. (adoro aquele relógio astronômico que tem lá) A data também é uma escolha legal, um ano antes da primeira guerra. Ótimo tema cheio de referências históricas que podem tornar seu texto muito coerente e verossímil, eu gosto bastante de estórias que remetem a acontecimentos reais que são usadas como plano de fundo dos acontecimentos.

 

Também vi com bons olhos a escolha de uma Amazona de Cassiopéia pra o prólogo. Uma escolha não óbvia talvez por um motivo óbvio, a morte/execução como o 108 falou.

 

Mesmo assim essa me parece uma atitude de quem quer explorar bem o exército de Atena. Essa sensação também veio com a primária descrição de um plano de ação do santuário, ótima forma de abordar a função primordial dessa “instituição” salvar o mundo.

 

O texto também apresenta uma ótima descrição, passou exatamente tudo que queria com facilidade sem ficar uma leitura muito extensa e enfadonha (apesar de me divertir demais com descrições detalhadas e emocionais), talvez apenas a execução tenha ficado sem muita carga emocional e por isso não tenha tido um impacto grande referente à morte e sim na rapidez e surpresa da abordagem de uma morte tão prematura como aconteceu.

 

Trabalhar o uso dos crápulas da humanidade usando da ambição, mostrando que existe um plano também é muito válido, ainda mais usando elementos daqueles que ocasionaram a primeira guerra mundial. O antagonista da cena é muito peculiar e isso é bastante positivo, ele mostrou algum sentimento. Não me pareceu que quisesse ser sarcástico, pois não há havia muita platéia para piadas na situação e pela forma sucinta que executou Helena parecia não se importar muito com o as informações que ela tinha ou em aterrorizá-la a fim de desestabilizar sua psique.

 

O uniforme, a pistola capaz de canalizar o Cosmo e as mascaras são detalhes que compõem muito bem a ambientação que você escolheu.

 

Gostei bastante, parabéns pelo belo começo e ótimas escolhas.

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Demorei mas li, antes da tarde do que nunca, hehehe

 

Realmente foi um ótimo prólogo, sensacional. A música de fundo foi uma escolha perfeita e combina demais com a trama.

O estilo da estória me surpreendeu muito, repito, me animei demais com esse prólogo.

Parabéns, continue assim!!!

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Ótimo prólogo! Muito bem escrito, com informações essenciais que não tiraram o ritmo de ação da história e da leitura!

 

A trilha deu um tom a parte...casou perfeitamente com o enredo, me deixou bem imerso na leitura.

 

Basicamente gostei de tudo que li. Da época escolhida, local e da amazona Helena de Cassiopéia ... tem tudo pra ser uma ótima fanfic, parabéns! Com certeza acompanharei a história.

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Obrigado pelos comentários! Estou muito feliz por terem gostado!

 

Kraken, o seu comentário foi tão excelente que me deu brilho nos olhos, haha

 

Capitulo 1 sai daqui a uma hora no maximo

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Li o primeiro capítulo que saiu, confesso que tem um bom cheiro de intriga recheado de bom suspense para um grande segredo que avizinha.

 

Apesar do cap ter sido pequeno não perdeu em nada, impacto e uma outra perspectiva de olhar usando CDZ como base.

 

Excelente que venha o outro.

 

Convido-te a leres a minha fic Saint Seiya Era Mitológica - Bloody War

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ATO I: CONEXÃO LONDRES-SANTUÁRIO

 

 

Cena I: Surge um mistério

 

 

 

 

 

Ah, Londres! Durante a Era Vitoriana a capital do Império Britânico tornara-se o centro do mundo, e na Bela Época esse título ainda era digno. Londres estava cada vez mais bela, monumental e requintada. Lá era possível encontrar pessoas dos quatro cantos do mundo, todas as nacionalidades se faziam ali presentes, era um lugar multicultural. As damas desfilavam pelas ruas ostentando as novas tendências da moda do início da década, os lordes ingleses e seus bigodes cada vez mais faustosos as acompanhavam. No ramo das artes os estilos de vanguarda se tornaram majoritários, influenciando todas as manifestações artísticas do período.

Era uma manhã de sábado, no St. James Park, próximo ao Palácio de Buckingham, um casal passeava. Não se tratava de um casal de amantes, muito menos de dois irmãos, e também não seria correto dizer que eram amigos. Tratava-se somente de um casal. O moço de 19 anos era do mesmo tamanho da garota, que era mais nova e deveria ter entre 14 e 15 anos. Ele usava roupas simples, uma calça e um moletom preto e uma camiseta cinza por baixo, seu maior luxo eram as botas de montaria. Ele era musculoso, e sua pele era pálida e seus olhos azuis o que contrastava com seus selvagens cabelos negros. A menina era dotada de extrema beleza, sua pele era rosadinha e seus longos cabelos completamente negros como o mais puro ébano. Seus olhos também azuis eram como duas pérolas, tinha um sorriso lindo. Ela se vestia com toda a pompa da época, um vestido de cambraia cor-de-rosa muito pesado, porém muito belo e recheado de babados. Um espartilho afinava sua cintura dando enfoque ao decote. Carregava um guarda-sol colorido.

- A Inglaterra é um país tão bonito, não acha Alexander? – perguntou a bela garota

- Com certeza Lady Sofia – respondeu – mas nenhum lugar do mundo se compara à Alemanha, o meu país de origem é o mais belo do mundo!

- Não me precisa me chamar de lady, temos intimidade o suficiente para evitar esse tipo de coisa. – disse Sofia enfezada

- Se assim deseja, tudo bem. – disse Alexander um pouco corado

- Eu ainda não conheço a Alemanha, espero poder ir lá um dia. Promete me levar?

- Mas é claro! Vamos esperar você entrar de férias e então iremos. Combinado?

- Combinado!

Sofia era uma menina muito amável, seu jeito brincalhão e por vezes infantil de forma alguma indicava que ela fosse uma menina mimada e imatura, muito pelo contrário. Ela era muito humilde, inteligente e responsável, estava sempre ajudando os necessitados e dando esmola aos pobres. Seu único defeito era querer estar sempre apresentável, e por isso se vestia com luxo, mas tal é característica geral da maioria das mulheres. Ela estudava na Academia Real de Londres, na Cromwell Road, um internato famoso por sua didática caprichosa e sua mensalidade cara. Alexander estava na Inglaterra para tomar conta de Sofia e atender todos os desejos dela. Ele morava no alojamento masculino da Academia, mesmo não sendo aluno, digamos que ele tinha amigos poderosos que o colocaram lá dentro sem alardes.

Após a caminhada costumeira e o almoço eles voltaram para o que poderia ser chamado de casa. Alexander deixou Sofia no alojamento feminino e foi para o seu quarto. Lugar bem simples, com duas camas e alguns móveis de acaju. Pegou o jornal do dia e o tratou de ler. Após dar uma olhada na primeira página começou a resmungar.

- Esses dois se tornaram os queridinhos do Reino Unido. Estão sempre por ai resolvendo mistérios e recebendo bajulações dos aristocratas. E cumprir as obrigações com a ordem, nada!

Reproduziremos aqui o que estava escrito no primeiro parágrafo da matéria:

 

Eles fizeram de novo. A dupla de detetives Arthur & John consegue mais um sucesso triunfal sobre o mundo do crime. Após uma minuciosa investigação eles conseguiram deflagrar o esquema de lavagem de dinheiro de Lord Montphyton, que estava a roubar milhões do Banco da Inglaterra. O acusado já foi preso e aguarda julgamento.

 

Enquanto isso, um carro modelo Rolls Royce Silver Ghost percorria a Westminster Bridge, uma das mais famosas de Londres, devido ao fato do Big Ben junto das Casas do Parlamento estar bem em frente à ponte. Dois homens de boa aparência estavam conversando no veículo.

- Arthur, eu não estou entendendo bulhufas. – reclamou o que dirigia - Você sempre começa a falar rápido quando está animado, não dá para entender nada! Fale devagar pelo amor!

- Se você parasse esse maldito carro e olhasse para as fotos que estou segurando seria de grande ajuda. – resmungou o segundo

Os ditos cujos citados no jornal e comentados por Alexander eram os mesmos que no momento dialogavam. O no banco direito era Sir Arthur, que era apelido de “O Maior Detetive do Mundo” e o que estava no banco do motorista era seu ajudante, Dr. John. Arthur era alto, forte e bonito, seus cabelos eram volumosos e despenteados, sua barba era mal feita o que gerava certo charme. Trajava um blusão abotoado, calça de casimira, um lenço no pescoço, um grande casaco cobrindo todo o resto, e um chapéu arredondado. Já John era bem mais jovem, mas também era bonito, só que de uma maneira diferente, seu cabelo castanho era curtinho e penteado para trás, seus olhos verdes realçavam sua beleza jovial, um grande bigode, as roupas sociais que usava e uma cartola denotavam sua característica como membro da alta sociedade.

Após dirigir por mais alguns minutos, John estacionou o carro na primeira vaga que encontrou.

- Feliz agora?

- Sinceramente, eu acho que você precisa ser mais respeitoso com seu mestre e...

- Não começa com melodrama, fala de uma vez!

- Tá bom. Indo direto ao ponto, quando capturamos Montphyton eu encontrei nas roupas dele uma pasta que continha algumas fotos e um texto em russo. Eis aqui.

Ele jogou várias fotografias no colo do outro. Elas mostravam um enorme arsenal repleto de várias armas, tanques e veículos blindados.

- Montphyton aparentemente possuía uma indústria militar fora do país – continuou Arthur - e vendera tais armas para o estado alemão. Já a carta em si foi enviada por a terceira pessoa não titulada, parabenizando a boa transação e confirmando a parte dela no trato para data que se refere ao dia de hoje.

- Então existe uma trama maior por trás das ações de Montphyton. – filosofou John – Mas afinal qual era a outra parte do trato citado na carta?

O detetive guardou os documentos e respondeu com seriedade.

- A vida do Rei corre perigo.

 

No crepúsculo daquele mesmo dia estava ocorrendo no Santuário as finais do torneio para seleção de novos cavaleiros. O coliseu estava lotado de espectadores, e o próprio Patriarca acompanhava o andamento das lutas, tendo à sua direita Byron de Sagitário.

Um rapaz de aproximadamente 16 anos era um dos que batalhava na arena. Apesar da pouca idade possuía um corpo bem definido, frutos do treinamento, seu cabelo castanho escuro se prolongava até tampar o pescoço. Ele estava descalço e usando somente uma calça, o resto do corpo descoberto estava completamente envolvido em suor.

Ele que se chamava Phoebus, enfrentava um sujeito robusto que estava por distribuir uma pesada sequência de socos. Phoebus defendia com os braços cruzados enquanto era arrastado pela área de combate. Após a investida terminar, o garoto aproveitou a oportunidade e desferiu um forte chute na cabeça do adversário, que ficou meio desnorteado. Então, elevou seu cosmo e usou uma de suas técnicas.

- PYROMANCIA (PIROMANCIA)

Um tornado de fogo surgiu em seu braço direito e ele o atirou contra o outro, desintegrando suas roupas e queimando seu corpo. Este caiu desmaiado no chão, Phoebus esboçou um sorriso e mirou seu olhar até o Patriarca, embaixo dele existiam quatro urnas de armadura, uma delas se abriu e revelou a estatueta de uma criatura quadrúpede. A estatueta se desmontou em vários pedaços que cobriram o corpo de Phoebus. Ele agora era um cavaleiro.

Do outro lado do coliseu, outra luta havia terminado, um jovem da mesma idade de Phoebus havia ganhado. Era um rapaz africano, de pele bem negra e com um cabelo muito ralo. Era o melhor amigo de Phoebus, Hamana.

Um apertou a mão do outro.

- Parabéns parceiro! Eu sabia que conseguiríamos! – disse Hamana exaltado

- Sim! Depois de todo aquele treinamento infernal finalmente nos tornamos cavaleiros!

Encerradas todas as lutas, o Patriarca foi fazer as honras. Os quatro recém-formados estavam ajoelhados diante do pontífice. Ele pôs a mão sobre a cabeça de Hamana.

- Juras defender Atena de agora em adiante, mesmo que tenhas de sacrificar tua própria vida?

- Eu juro!

- Então, pelo poder a mim concedido, eu te consagro Hamana, santo de bronze da constelação de Girafa!

Então, colocou a mão sobre Phoebus.

- Juras defender Atena de agora em adiante, mesmo que tenhas de sacrificar tua própria vida?

- Juro!

- Então, pelo poder a mim concedido, eu te consagro Phoebus, santo de prata da constelação de Centauro!

Ambos estavam sorridentes. Era uma grande satisfação para eles.

 

 

Oito horas da noite de um sábado. Horário e dia perfeitos para os abastados irem à ópera, e assim fazia o Rei Jorge V. O monarca junto de sua família e alguns amigos estava no Her Majesty’s theatre, na sub-região do West End, onde se encenava o balé “Lago dos Cisnes” de Tchaikovsky.

A apresentação encontrava-se no segundo ato, durante a valsa dos cisnes. Nos bastidores, encima do palco, um homem de uniforme branco apontava um rifle de precisão para a plateia. Não era possível ver muita coisa naquele lugar escuro, mas sabíamos que no seu braço havia uma faixa com um “Nº 7” estampado. O homem já ia apertar o gatilho e tirar a vida do rei, quando foi puxado para trás e a arma tomada de si. Eram Arthur & John que vinham salvar a pátria.

- Muito feio tentar matar o homem mais importante do país – disse Arthur

- Infeliz, não me atrapalhe!

Ele tentou atacá-los, mas John o segurou pelos braços e, com uma velocidade fora do comum, levou-o até o teto do teatro. Arthur chegou depois.

- Aqui só há nós. – disse John – Não colocará ninguém em risco.

- Tenho uma missão a cumprir, vou me livrar de vocês dois para poder terminar o resto – o terrorista tirou de sua cintura duas esferas e as atirou.

Aquelas esferas eram bombas, que explodiram na frente dos investigadores.

- Bombas carregadas de energia cósmica! – disse Arthur animado - Que tipo de tecnologia mística é essa?

Um pouco de sangue pingou no chão. Os dois não estavam muito feridos, pois tinham sido protegidos. Suas roupas estavam rasgadas, mas por debaixo delas era possível ver duas armaduras. Arthur usava uma armadura de ouro, e John uma de prata.

- Santo de ouro? – indagou o terrorista, assustado – Guerreiros de Atena!

- Correto. Prazer, Arthur de Capricórnio.

- Sandrone, o Nº 7, A Carruagem – disse para não ser mal educado.

- Que diabos significam isso de Carruagem? – disse John, mas quando deu por si estava sendo atacado.

Sandrone os atacava fisicamente, e às vezes intercalava com uma bomba. John respondia com uma série de ataques muito ágeis, já Arthur era praticante de uma arte marcial inglesa do final do século passado denominada Bartitsu. O inimigo era bastante perspicaz, conseguindo desviar da maioria dos golpes e acertar vários.

- FOX HUNTING! (CAÇA A RAPOSA)

John estendeu os braços e invocou vários cachorros feitos de cosmo que partiram ao ataque, mordendo Sandrone e o paralisando. Arthur aproveitou a oportunidade para usar sua técnica. Fez um révolver de mão e concentrou sua energia cósmica no dedo indicador, soltando um tiro de cor azulada.

- SPIRIT GUN! (ARMA ESPIRITUAL)

O golpe acertou em cheio Sandrone, que ficou um pouco atordoado. Porém sem que percebessem, ele havia jogado uma bomba, que explodiu no peito de John, jogando-o para fora do prédio.

- Lá se vai o meu discípulo. – disse Arthur indiferente

O cavaleiro de ouro saltou no terrorista e o imobilizou, prendendo-o no chão.

- Para quem trabalha?

- Para o Imperador.

- Imperador de que país? O bastardo sequer tem nome?

- O Imperador do mundo! Salve grande César!

Explodiu todas as bombas que ainda lhe restavam ao mesmo tempo, o Capricorniano escapou por pouco, tendo recebido parte da explosão de raspão, sangrando pela testa. Sandrone morreu e só lhe restava seu corpo estripado.

Arthur enfiou a mão dentro do casaco, já em trapos, e tirou de lá um cachimbo. Colocou um pouco de fumo no cachimbo, acendeu-o com um isqueiro e se pôs a fumar.

- Pobre John – dizia entre uma tragada e outra – Tão jovem! É uma pena, mas é de tal maneira que funciona a vida dos santos. Perde-se a vida em prol de nobres ideias!

Ele soltou um anel de fumaça da boca e continuou a monologar:

- Querido John! Jamais me esquecerei de ti e das nossas aventuras juntos. Que os bardos cantem canções em seu nome e...

- Seu idiota! Eu ainda estou vivo! – disse John que surgira de repente dando um belo tapa na cabeça do companheiro.

- Ah! Então o senhor está aqui, melhor assim.

- Por acaso acha que eu me chamaria John de Cão de Caça se fosse fraco a ponto de morrer para pobre infeliz daqueles?

- Eu estava brincando, sabia que não estava morto. Agora vamos andando.

- Por que a pressa?

- Enviaram só um cara fraco para matar o rei, acho que foi feito de propósito para roubar nossa atenção. Ele não era o verdadeiro alvo, e agora sinto uma conturbação cósmica em outro lugar. Fomos atraídos para a farsa deles, nos enganaram!

Correram até a Baker Street. Já era tarde, uma de suas construções estava pegando fogo. Vários políticos que ali se reuniram para um jantar de gala morreram no processo, o plano do Imperador ocorrera como planejado.

 

Enquanto Arthur & John salvavam o monarca na Inglaterra, na Bélgica um jovem cavaleiro fugia as pressas.

Estamos agora em Oostende, uma cidade litorânea belga da província do Flandres Ocidental. Próximo ao cais esse moço corria. Era um rapazola ruivo, de olhos verdes e rosto repleto de sardas, era bonito por assim dizer. Seu nome me falta a memória no momento, mas podemos identificá-lo por sua armadura. Era uma armadura com pouca área de proteção, de cor rubra. O peitoral era descontinuo, protegendo apenas o ombro esquerdo e os dois lados do tórax, o cinturão protegia as partes laterais e a virilha. Havia algumas joias espalhadas pelas manoplas e as grevas. O elmo da armadura era semelhante às coroas monárquicas. Pela descrição poderíamos supor que era o cavaleiro de bronze de Coroa Austral.

Pois bem, o Coroa Austral estava com partes da armadura rachada e manchada de sangue, ele tinha sido atacado à surdina, por aqueles mesmos inimigos desconhecidos. Fugia deles, pois eram muitos e se ficasse para lutar, com certeza seria morto. Estava correndo quando três soldados de uniforme branco e máscara respiratória aparecem em sua frente, apontando suas armas a ele.

- TIEFBLAU KRISTALL! (CRISTAL AZUL MARINHO)

O cavaleiro fechou seu punho e dele desferiu uma rajada de ar gélido em tons de azul que congelaram os inimigos, o que lhe poupou tempo.

Alcançou o cais, planejava se esconder em algum dos barcos lá ancorados, mas sem que percebesse, outro inimigo estava a vários metros dele, com uma arma mirando as costas do rapaz. Era o mesmo oficial que matara Helena de Cassiopéia, e que chamaremos de Nº 20

- Adeus, santo de Atena – disse atirando uma descarga de energia da sua pistola.

O ataque acertou de raspão as costas de Coroa Austral. Ele caiu ao mar sem saber o que o atingira.

Quando o Nº 20 foi averiguar a situação, viu que não havia corpo, provavelmente o cavaleiro de bronze já estava morto.

Após um tempo indefinido, o jovem acordou. Estava a bordo de um barco em alto mar, nada poderia ser visto no horizonte a não ser o oceano. Reparou que suas feridas tinham sido enfaixadas, mas não sabia o que estava acontecendo.

- Ah, você acordou! Finalmente! – dizia um velhinho simpático – Encontramos você boiando na água, cheio de feridas, mas agora está tudo bem!

- Senhor... – dizia o rapaz ainda um pouco grogue – Obrigado por me salvarem, mas para onde a embarcação se dirige?

- Agora navegamos pelo canal da mancha. Estamos indo para a maior cidade do mundo, Londres!

Editado por Pimp
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Li o capítulo um e traduzirei da seguinte maneira....: FANTÁSTICO!

 

Sério, tudo nesse capítulo me agradou! O treinamento dos Santos, o Arthur de Capricórnio, o seu discípulo, enfim...

 

Não consigo escrever bem o que eu senti lendo esse capítulo, mas de uma coisa esteja certo: Esse capítulo foi maravilhoso, continue assim!

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Sensacional! Quanta pesquisa você deve ter feito antes de começar essa fanfic! Tudo muito pertinente a época...muito bom os lugares citados na Inglaterra! Eu como amante desse país fiquei bem feliz ao ler os nomes das ruas, teatros, do rei, se não me engano o primeiro da casa Windsor... e até a marca de carro haha

 

Outro ponto que achei muito interessante foi o nome dos golpes, eles encaixaram como uma luva no background de cada personagem, remetendo a elementos culturais próprios! Fiquei bem curioso com a história de Hamana e Phoebus (não sei se foi falta de atenção minha, mas não identifiquei a nacionalidade dele... ou você não a definiu?)

 

Sem querer ser repetitivo, mas que bom gosto musical! Só as músicas selecionadas já dão um show... além disso a leitura continua bem fluida e apesar do capítulo ser "grande" em nenhum momento ficou cansativo, até pelos diversos contextos explorados. Parabéns!

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Nossa!!! Capítulo fantástico!!!

Que trilha sonora perfeita, que rumo de estória perfeita, que cavaleiros perfeitos!!!

 

Como o @Galaxian disse em nenhum momento o capítulo ficou cansativo, a trilha sonora deixou tudo fluir tranquilamente

quanto a leitura. Você deve ter pesquisado muito para fazer uma Fanfic tão bem trabalhada, não?

 

Parabéns @Pimp, no aguardo do próximo capítulo.

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Demorei para poder ler, mas agora consegui. Sua atenção aos detalhes da época são surpreendentes, pelo visto você vem pesquisando isso a um bom tempo. Ótimo capítulo esse. Eu tenho algumas obervações a fazer, mas se possível, eu poderia pergunta-las por MP? É que talvez se eu falar aqui, posso acabar spoilerando alguma coisa da trama...

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Obrigado por tudo galera! Sim, como vocês perceberam eu fiz uma pesquisa monstra para manter a fanfic o mais realista possível, e também para ambientar os eventos em locais reais.

 

Specter, é claro que você pode me fazer perguntas, adoraria respondê-las!

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Poxa, por isso que gosto de ler as fics aqui.

Cara, bela sacada, assim como a fic do Mdm sobre a Segunda Guerra.

Parabens pela inovação em colocar as musicas (vou ter que ler de novo em casa para ouvi-las), e parabens pela pesquisa, deve ter contido a ansiedade em iniciar a estória né? (eu sofro deste mal, rsrsrs).

Realmente como disseram os golpes então bem coniventes, e em um ponto pensamos parecidos no quesito do Hamana ser africano (assim julgo eu, rs), pois na estoria que estou desenvolvendo eu tenho uma amazona africana de Girafa (será que estereotipamos os santos predestinados a esta armadura?).

Ansioso pelos próximos capítulos.

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Nossa... tá realmente ficando bom! Eu acho interessante a riqueza de detalhes, chega a ser teatral... a trilha sonora ĩntensifica essa sensação em mim... Senti uma aproximação do "Arma Espiritual" do Arthur com o Leigan (Reigun) do Yusuke em YuYu Hakusho... adorei!

Só um apontamento... senti leves problemas com virgulação no 1º parágrafo abaixo da 1ª trilha sonora (na parte da descrição) e também abaixo da 2ª trilha ( Big Ben, .... Parlamento, )... mas pode até ser que tenha sido intencional... mas achei que ficou melhor lendo em voz alta...

Parábens!

Editado por Raibura no Genbu
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Virgulas sempre foram um problema para mim.

 

E sim, o Spirit Gun é baseado no Leigan. Toda a fanfic é recheada de referências, umas óbvias outras não. O 108Specter descobriu umas referências cabulosas.

 

Obrigado por ter gostado.

Editado por Pimp
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E sim, o Spirit Gun é baseado no Leigan. Toda a fanfic é recheada de referências, umas óbvias outras não. O 108Specter descobriu umas referências cabulosas.

Assim que eu li, eu associei a esse golpe do Yusuke.

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O título da cena I já te dirige a um olhar mais atento sobre as linhas, já te instiga a procurar, a decifrar qualquer código que possa estar sendo passado. Vamos lá!

Pimp novamente é feliz ao te situar com uma descrição, apesar de breve, muito composta remetendo ao visual mais óbvio. É como se você estivesse caminhando naquelas ruas olhando toda aquela diversidade, chamando sua atenção as roupas e acessórios, bigodes e chapéus.

 

O segundo parágrafo da primeira cena já toma contornos de história contada e nos descreve informações não mais tão visuais, o que me chamou a atenção nessa parte foi o maior luxo do Alexander (botas de montaria), bem sugestivo levando-se em conta a temática.

 

Obs.: Destaque também para a nacionalidade do rapaz.

 

O Diálogo também me agradou, curto e suficiente pra mostrar ao menos um norte da personalidade e relação dos dois, o restante das informações vem a baixo numa boa descrição da situação. Foi impossível não tentar procurar uma correlação dos dois nas estórias dos santos que já conhecemos. Uma garota a ser protegida e um jovem protetor com “amigos poderosos e influentes”.

 

Tenho meus palpites, mas o resmungo após ler o jornal já revela muita coisa, é uma construção de texto muito boa Pimp, parabéns. Colocar respostas antes das perguntas de forma tão clara e bem feita denota muito estudo e cuidado ao escrever.

 

Elementar que entraremos de cabeça no mundo dos grandes detetives, caros leitores.

“Sir” Arthur, o maior detetive (destaco novamente outra referência, correlação que detona ao conceito de “cavaleiro”) e o Dr. John foram apresentados nos papéis de grandes personagens da literatura inglesa e isso só tem a enriquecer o texto, a sua versão desse estereótipo trazendo para o universo dos Cavaleiros, como por exemplo o Bartitsu, está ficando rica e interessante exatamente pela carga histórica e dos elementos que ela carrega.

 

Obs2.: No fim do diálogo, antes de começar a Trilha Sonora #3, Arthur já é apresentado como Cavaleiro de Capricórnio. Não sei se foi intencional, mas a revelação dele se dá mais a frente.

 

Gostei também dos elementos da trama que você está construindo, está criando uma situação pautada numa situação muito possível que poderia muito bem ter possibilitado a grande catástrofe história que conhecemos, como já comentei antes, isso é extremamente positivo e dá coerência ao caráter verosímil que você tanto pretende.

 

Santuário! Um território mais conhecido e debatido (no fórum, é claro) pelos leitores, e parece que a santidade do lugar não foi amplamente alterada, reconhecemos todo o ritual de escolha e processo com saudosismo e respeito mitológico. Aqui já conseguimos ver a lógica de como serão bem escolhidos os Grandes Cavaleiros de Atena. Byron, uma grande referência.

 

Outra interessante referência é o nome do recém-designado Cavaleiro de Centauro, Phobeus, que remete ao Sol, ao fogo. O golpe Piromancia só veio confirmar que essa referência foi pensada e estudada. Novamente parabéns.

 

Sobre o Hamana, toda essa atmosfera do Coliseu e a descrição misturada com o com o conceito de amizade e honra me fizeram-me lembrar do personagem que o Djimon Houns fez no filme “Gladiador” o Juba. Espero que o Hamana seja tão leal e bondoso quanto o Juba, já criei essa imagem dele devido a associação automática da minha cabeça.

 

Eu nem ia falar da trilha sonora novamente, já disse no primeiro post e falamos bastante na Shoutbox, mas o casamento da descrição do espetáculo com a “própria” rolandeo de fundo no momento da leitura deu um plus magnífico na cena. Já falei que você tá apelando com os clássicos e isso é magnífico, que mais e mais essa cultura se espalhe e faça parte da vida de mais e mais pessoas. Contextualizar é sempre um ótimo caminho.

 

Mais números, a estrutura do inimigo se revela cada vez mais. Aqui eu observei a primeira referência ao maravilhoso Yu Yu Hakusho, associei imediatamente o Terrorista “Nº 7” ao Karasu, aquele assassino sádico criador de bombas do time Toguro. A outra passagem que se remete ao anime é a Arma Espiritual usada por Arthur, vou aguardar mais a abordagem em relação a conotação “espirital” que o golpe teria, já que você deixou bem claro que ele se constituiu de energia cosmica.

 

Muitas revelações na apresentação do Terrorisata, a começar pelo nome que remete a Commedia dell’arte, mas o que mais gostei foi a revelação do número sete em relação à Carruagem. As cartas são jogadas na mesa e trazem a resposta abrindo as cortinas para a estrutura do exército do “Imperador”, muito interessante.

 

Deciframos algo também sobre o“Nº 20”, o Julgamento de execução dele me pareceu corroborar completamente com essa teoria, espero que assim o seja.

 

Já fiz uma profunda pesquisa sobre o assunto Pimp, devo dizer que (caracterizando-se realmente como elemento da estória) esse foi a referência que mais me atraiu até então, vou aguardar ansiosamente a forma como você abordará justamente por eu ter criado vários e vários cenários pautado exatamente nisso.

 

O Imperador começa a mostrar a sua cara, Ave César! Já imaginei milhares de possibilidades, vou preferir esperar para não começar de devagar demais.

 

Ao som da grandiosíssima 5ª Sinfonia, vamos chegando ao fim, mas não antes de apresentar outro personagem bastante interessante. Fico contente em observar que você realmente está usando de forma intensa as possibilidades que o universo das constelações lhe permite.

 

Escrevi um pouco apressado, na hora do expediente, aos que lerem desculpem eventuais erros. Mais uma vez meus parabéns e com certeza continuarei a acompanhar e comentar.

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GAH!!! O Kraken disse tudo e muito mais sobre o que eu tinha conversado com o Pimp por MP. Segundo o que confirmei com ele, a escolha da Armadura de Capricórnio para o personagem Arthur é também referência ao rei de mesmo nome, por conta da Excalibur.

 

Estou ansioso pelo próximo capítulo.

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