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Mitologia de Saint Seiya


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E senti falta de uma situação aquela figura mitológica que comparavam ao Seiya. Não lembro o nome, mas alguém postou o mito dele na antiga versão do fórum.

Geralmente vejo a comparação entre Seiya e Diomedes, um herói protegido por Atena que lutou durante a Guerra de Tróia e feriu Afrodite e Ares.

 

 

 

Legal saber que a cobra que as vezes aparece atrás do escudo de Atena é um simbolismo referente a Erictônio. Quando aparece em ND, tem sempre alguém que pensa que é uma referência a Ofiúco /evil

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ÁGUIA http://snk-seiya.net/guiasaintseiya/Jaxom-Aguila.JPG Na mitologia grega a águia era o atributo do rei dos deuses, Zeus, talvez porque voa muito alto nos céus, lugar de onde Zeus observa

POSEIDON

http://snk-seiya.net/guiasaintseiya/Profile-Poseidon4.jpg

Na mitologia grega, Poseidon foi um dos doze deuses do Olimpo, deus do mar, água, rios, enchentes e secas, terremotos, carruagens e cavalos. Ele era filhos dos Titãs Cronos e Réia, e sua esposa era a nereida Anfitrite. Foi descrito como um homem maduro, de construção robusta, com uma barba escura e segurando um tridente. Seus animais e plantas sagradas eram os cavalos, os hipocampos, os golfinhos, os pinheiros e o aipo aquático.

 

O palácio de Poseidon ficava no fundo do mar perto da Acáia, em Eubéia, onde guardava seus cavalos com cascos de bronze e jubas douradas. Com estes cavalos ele montava em uma carruagem sobre as ondas do mar, que se tornavam suaves quando ele se aproximava. Nas representações visuais, ele geralmente aparece com uma carruagem puxada por hipocampos, os cavalos marinhos gregos. Apesar de geralmente habitar o mar, ele também aparece no Olimpo, na assembleia dos deuses.

 

http://www.theoi.com/image/Z2.1Poseidon.jpg

Sobre seu nascimento, conta-se que Cronos, o rei dos titãs, tinha recebido uma profecia de que um dos seus filhos ia destrona-lo. Para evitar isso, ele devorava cada um dos seus filhos que nasciam, e assim ele devorou seus cinco primeiros filhos: Héstia, Deméter, Hera, Hades e Poseidon. Quando o sexto filho, Zeus, nasceu, Réia o enganou, dando a ele uma pedra para engolir em seu lugar. Porém, segundo outra versão, quando Poseidon nasceu, sua mãe declarou a seu marido Cronos que ela havia dado à luz a um cavalo, e assim ela o deu um potro para engolir no lugar da criança, assim como depois ela ofereceu-lhe uma pedra embrulhada no lugar de Zeus. Réia então deu o filho, Poseidon, para Caphira (uma dos Oceânides) e aos Telquines (uma espécie de demônio marinho), para que eles pudessem cuidar dele.

 

Mais tarde, com a ajuda de Métis, Zeus fez Cronos vomitar os cinco filhos que havia engolido e, com a ajuda deles, declarou guerra aos titãs. Após dez anos de guerra, Gaia (A Terra), disse que Zeus venceria se fosse ao Tártaro e libertasse os Hecatônquiros (gigantes de cem mãos e cinquenta cabeças) e os Ciclopes ancestrais. Zeus e seus irmãos desceram ao Tártaro e mataram o monstro Campe, que guardava os prisioneiros, e os libertaram. Como agradecimento, os ciclopes deram aos deuses grandes armas: raios e trovões pra Zeus, um tridente pra Poseidon, e um o elmo das trevas para Hades. Com suas armas e a ajuda dos Hecatônquiros, eles venceram a guerra. Após a vitória, Zeus, Poseidon e Hades tiraram a sorte para dividir o universo entre si: a Zeus coube o céu, a Poseidon o Mar, e a Hades o Mundo Inferior, o reino dos mortos.

 

Mais tarde, indignada com o destino de seus filhos, os titãs, Gaia seu uniu a Tártaro (deus primordial do Abismo do Mundo Inferior) e deu a luz a uma raça de Gigantes, e os incitou a guerrear contra os deuses. Durante a Guerra dos Gigantes, Poseidon lutou contra o gigante Políbotes.

 

http://www.theoi.com/image/T1.1Gaia.jpg

Gaia, Poseidon e Políbotes

 

Durante a batalha, Poseidon perseguiu o gigante através do mar e para derrota-lo, arrancou um pedaço da ilha de Cós e enterrou o gigante sobre ele, formando uma nova ilha, a Ilha de Nísiros.

 

GR_Kos.PNG

Ilha de Cós, Grécia

GR_Nisyros.PNG

Ilha de Nísiros, Grécia

Mais tarde, os deuses começaram a se interessar pelos humanos, até começarem a tomar para si a proteção de cidades humanas. Poseidon competiu com alguns deuses para ser padroeiro de cidades gregas:

 

*ATENAS: na mitologia grega, Cércope, um filho da terra, com o corpo metade homem metade serpente, foi o primeiro rei da Ática. Em seu tempo, os deuses resolveram tornar-se padroeiros das cidades, e cada uma delas devia ter o seu culto próprio. Poseidon, o deus do mar, foi o primeiro que veio à Ática, e com um golpe de seu tridente no meio da acrópole, ele produziu uma fonte de água salgada. Segundo outra versão, ele teria criado os cavalos da crista das ondas e os dado aos atenienses. Depois dele chegou Atena, e, depois de ter chamado Cércope para testemunhar seu ato de tomar posse, ela plantou uma oliveira. Poseidon e Atena discutiram pra ver quem seria o padroeiro da cidade. Zeus, então, nomeou como árbitros os doze deuses do Olimpo para decidir a disputa. Atena venceu a disputa, pois Cércope deu testemunho de que ela tinha sido a primeira a plantar a oliveira, e seu presente havia sido melhor que o de Poseidon. Atena chamou cidade de Atenas, em homenagem a si mesma. Furioso, Poseidon inundou a planície Triasiana e colocou Ática sob o mar. Ele só acalmou-se após os Atenienses construírem um templo em sua honra. A marca do tridente de Poseidon ainda pode ser vista na Acrópole, e Atenas.

 

http://people.hsc.edu/drjclassics/sites/acropolis/athens34BIG.jpg

Acópole em Atenas, Grécia. Segundo a crença, esse foi o local onde Poseidon atingiu a terra com seu tridente, fazendo brotar a fonte de água salgada.

 

*CORÍNTO: Poseidon competiu com Hélios, deus do sol, pela pra ser o padroeiro de Corínto. Briareu, um dos Hecatônquiros (gigantes de cem mãos de cinquenta cabeças) foi designado como juiz. Briareu deu a Hélios o domínio da cidade propriamente dita e Poseidon ficou com seu istmo, uma faixa de terram circundada pelo mar, que liga Corínto a península do Peloponeso.

 

*ARGOS: Poseidon competiu com Hera, a rainha dos deuses, pela cidade de Argos. Um tribunal de três deuses do rio, Inacos, Céfiso, e Asterion, decidiu que Argolis pertenceria a Hera e não a Poseidon. Desapontado com a decisão, o deus fez as águas da cidade secarem, e é por isso que seus rios nunca fornecer muita água, exceto depois da chuva, e suas correntes secam durante o verão. Lerna é, no entanto, uma exceção, pois foi aqui que Amymone cedeu à Poseidon com a condição de que ela pudesse ter água, e o deus, estando apaixonado por ela, revelou-lhe as nascentes da região de Lerna.

 

Outro mito conta que, certa vez, Atena, Hera e Poseidon se rebelaram contra Zeus. Eles o enganaram e o acorrentaram. Zeus foi ajudado pela nereida Tétis que, ao vê-lo acorrentado, chamou o hecatônquiros Briareu, que soltou Zeus e afugentou os outros deuses. Como punição, Hera foi pendurada nos abismos do Caos (o deus primordial do escuro Ar Inferior), abaixo do tártaro, sendo mais tarde salva por Hefesto. Por terem ajudado a rebelião, Poseidon e Apolo foram desprovidos de seus poderes imortais e forçados a servir Laomedon, rei de Tróia. Laomedon os fez construir um enorme muro ao redor de Tróia, prometendo recompensá-los bem após o termino. Outra versão diz que Poseidon e Apolo se disfarçaram de humanos e construíram o muro para por o rei troiano a prova. Quando o muro ficou pronto, Laomedon se recusou a pagar a recompensa prometida. Sendo feito deus novamente, e não podendo destruir Tróia, por ordem de Zeus, Poseidon enviou um enorme monstro marinho, o Cetus troiano, para assolar a terra de Tróia. O monstro foi, mais tarde, morto por Héracles. Durante a Guerra de Tróia, como vingança, Poseidon ficou contra Tróia.

 

Em outra ocasião, Poseidon apaixonou-se por Anfitrite, uma das nereidas. Quando Poseidon a cortejou, ela fugiu para o local onde Atlas segurava o céu, querendo manter sua virgindade. Poseidon enviou muitos para procura-la, entre eles Delfim, um golfinho. Delfim, em sua perambulação pelas ilhas, a encontrou e a convenceu a se casar com Poseidon, e ele mesmo se encarregou do casamento. Como recompensa, Poseidon colocou a imagem no golfinho nos céus, formando a constelação de golfinho. Com Anfitrite, Poseidon foi pai de Tritão, o arauto de Poseidon, deus dos abismos oceânicos; de Rode, deusa da ilha de Rode e esposa de Hélios; de Cimopoleia, deusa das ondas das tempestades violentas; e de Bentesikyme, uma ninfa da Etiópia.

 

http://www.theoi.com/image/Z2.7Poseidon.jpg

Poseidon e Anfitrite

 

Além de Anfitrite, o deus teve casos com várias imortais e mortais. De sua cópula com Deméter (deusa da agricultura), os dois sob a forma de cavalo, foi pai de Arion, o mais rápido dos cavalos; e de Despina, uma deusa da fertilidade (na agricultura). Por Teófane, foi pai de Crisomalus, o carneiro dourado, de cuja pele foi feito o Velocino de Ouro. Por Pero ou Celusa, foi pai do deus do rio Asopos. Com Halia, foi pai dos Proseus daimons, seis espíritos que assombravam as cavernas marinhas da ilha de Rodes. Por Gaia, a Terra, foi pai do gigante Anteu. Por Medusa, foi pai do cavalo alado Pégasus e do garoto dourado, Crisaor.

 

Entre seus filhos mortais mais conhecidos estão Teseu, o semideus que matou o Minotauro; Belerofonte, o herói que domou Pégaso e matou a Quimera; e Órion, um gigante nascido de um couro de boi, onde Poseidon, Hermes e Zeus urinaram e ao qual Poseidon abençoou com a habilidade de andar sobre a água. Segundo outros autores, Órion era filho de Poseidon com a princesa cretense Euríale. Entre monstros, Poseidon foi pai de Lamia, dos Lestrigões (gigantes canibais) e do ciclope Polifemo.

 

Uma das suas amantes mais famosa foi Medusa, que tinha uma grande beleza e vários pretendentes viviam ao seu redor. Certa vez, ela estava com Poseidon, o rei dos mares, que a levou a um templo de Atena, onde teve relações sexuais com ela. Atena, como punição, transformou medusa e suas duas irmãs em monstros Mais tarde, quando Perseu corta seu pescoço, dele nascem o gigante Crisaor e o cavalo alado Pégaso, filhos da relação dela com Poseidon.

 

Teve também um homem como amante, chamado Nerites, um deus menor do mar. Nerites guiava a carruagem de Poseidon, e aparentemente vangloriou-se que ela era mais rápida que a carruagem solar de Hélios, o deus do sol. Como punição, Hélios o transformou em um pequeno molusco; foi também pai Pelops, um rei de Pisa.

 

http://snk-seiya.net/guiasaintseiya/ArmanVirgo-Poseidon.jpg

 

Ele ajudou ou amaldiçoou diversas pessoas: ajudou os gregos na Guerra de Tróia; durante a volta de Odisseu para casa, ele o atrapalhou por ter cegado seu filho, o ciclope Polífemo; puniu Pasífae, esposa de Minos, por ele ter se recusado a sacrificar o touro branco que Poseidon lhe enviou, fazendo-a se apaixonar pelo touro e dar a luz ao Minotauro; enviou um monstro marinho para assolar a Etiópia, por Cassiopéia ter dito que sua filha Andrômeda era mais bela que as nereidas; Periclímeno, seu neto e um dos argonautas, recebeu de Poseidon a capacidade de se transformar em animais; Eufêmo, um dos argonautas filho de Poseidon, ao qual ele concedeu o dom de andar sobre a água; Caenis, que foi uma mulher estuprada por Poseidon, que depois lhe prometeu dar-lhe qualquer coisa e ela lhe pediu para transformá-la em homem, o que Poseidon fez e ainda o deu uma pele invulnerável; deu a Pelops, um rei de Pisa que havia sido seu amante, uma carruagem puxada por cavalos alados.

 

Poseidon foi cultuado em várias cidades gregas. Em Atenas ele tinha um templo, que segundo a mitologia, foi criado para apaziguar sua fúria após os atenienses terem escolhido Atena como padroeira. Em Corínto tinha um templo e lá eram realizados em sua honra os Jogos Ístmicos, uma das quatro grandes competições gregas. Tinha santuários em várias outras cidades, como Argos, Troizenos, Esparta, Micenas e Olímpia.

 

 

http://snk-seiya.net/guiasaintseiya/Kyo-Poseidon.JPG

 

ENCARNAÇÕES

JULIAN SOLO

http://www.saintseiyapedia.com/ssp_media/images/2/2b/Julian_solo_design_a.jpg

 

O nome Julian vem do latim, e é uma forma alternativa do nome Iulius que é derivado de jovilios e significa “Filho de Jove”. Jove era um dos nomes romanos de Zeus, o rei dos deuses, portanto o nome Julian significa “filho de Zeus”, um pouco estranho pra um receptáculo de Poseidon.

 

No entanto, é provável que seu nome seja uma referência à família Julius, a qual pertencia Gaius Iulius Caesar Octavianus Augustus, o fundador do Império Romano e primeiro imperador de Roma. Se esse for o caso, provavelmente Kurumada quis aludir que a família Solo é descendente dos imperadores romanos.

 

O sobrenome “Solo” pode vir do latim, significando “solo”, podendo ter sido escolhido para contrariar o fato de Julian ser a encarnação do deus do mar. Do italiano, “solo” significa “sozinho, único”, podendo ser uma referência ao fato de Julian aparentemente ser o último descendente dos Solo. Pode ainda ser uma alusão para o nome do personagem de Han Solo da saga Star Wars.

 

SERAFINA

http://www.saintseiyapedia.com/ssp_media/images/8/8b/Seraphina_03.jpg

Do latim, o nome Serafina significa “ardente”. Um bom contraponto para uma moradora das terras congeladas de Blue Graad.

Fonte: Theoi Project

P.S.: trazendo mais um. Dos deuses que enfrentaram Atena em CDZ, Poseidon é o que tem o melhor objetivo, que é purificar a humanidade, diferente de Hades, que só quer tornar a Terra num puxadinho do Mundo Inferior. Por isso ele é o deus que mais gosto em CDZ (sim, mais até do que Atena), e gostaria muito de ver contada a história de primeira guerra santa contra ele. Mitologicamente ele também é um dos deuses que mais gosto, pois apesar de ser um pouco vingativo (todos os deuses são), ele é bem mais generoso e ajuda bem mais os mortais que a maioria dos deuses, apesar de ser engraçado o fato dele nunca ter ganhado uma batalha pra ser padroeiro de uma cidade mortal. Já sobre seus receptáculos, sempre quis que Julian e Serafina fossem melhor explorados, e só tivemos um pouco mais de Serafina no Gaiden do Degél. Já Julian, fico muito curioso para ver sua vida após a batalha, e o que o levou a sair pelo mundo em peregrinação para ajudar as vítimas de enchente de Poseidon. Espero que ele volte a aparecer em ND. Enfim, espero que gostem. Próximo: Hades.

Editado por §agitariu§
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Então... A rixa do poseidon com a atena foi porque o cara era um mal perdedor? Parece legítimo.

 

Interessante essa relação do poseidon mitológico com o Pégaso. Uma pena que a série nunca tocou nesse ponto.

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  • 2 semanas depois...

Legal ele ter "jogos olímpicos" destinados a eles, os Jogos Ístmicos. Quais eram os outros 3 (considerando que os jogos olímpicos são o 4º e o Ístmicos o 5º?

 

Primeiro, foi erro meu dizer que eram 5. São 4 grandes jogos.

 

Eles eram são conhecidos atualmente como "Jogos Pan-helênicos", que eram as 4 maiores competições da Grécia antiga. Os dois principais eram os Jogos Olímpicos e os Jogos Píticos. Os Jogos Olímpico ocorriam na cidade de Olympia a cada 4 anos, e eram feitos em honra a Zeus. Já os Jogos Píticos ocorriam em Delfos, também a cada 4 anos (2 anos depois dos jogos olímpicos), e eram em honra a Apolo, que matou a serpente Píton (da qual veio o nome dos jogos). Além desses, tinha os Jogos Ístimicos, que ocorriam a cada 2 anos nos Istmo de Corinto, em honra a Poseidon. Por último temos os Jogos Nemeus, que ocorriam a cada 2 anos na cidade de Neméia (um ano antes e um ano após as Olimpíadas), em honra a Zeus e Hércules; segundo a lenda, eles foram fundados por Hércules após ter matado o leão de Neméia.

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Geralmente vejo a comparação entre Seiya e Diomedes, um herói protegido por Atena que lutou durante a Guerra de Tróia e feriu Afrodite e Ares.

Acho que era esse o nome mesmo.

 

Eu lembro de uma usuária trazer essa informação a alguns anos atrás, mas depois do relaunch do fórum não consegui mais achar.

 

Valeu!

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HADES

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Hades (do grego “o invisível”, chamado pelos romanos de Plutão) era o rei do submundo e deus dos mortos. Hades também era o deus da riqueza oculta da terra, do solo fértil nutrido com a semente do grão, e da riqueza extraída do ouro, prata e outros metais. Ele presidiu os ritos funerários e defendeu o direito dos mortos ao devido sepultamento. Era filho de Cronos e Réia e sua esposa era Perséfone, a deusa da primavera. Foi descrito como um deus régio com barba escura, sentado em seu trono no submundo, segurando um cetro com a ponta de pássaro, ou derramando a fertilidade de uma cornucópia.

 

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Hades habita um palácio de ouro no Mundo Inferior e, apesar de ser um dos filhos de Cronos e Réia, ele não era um dos 12 deuses Olimpianos. Seu principal pertence era seu elmo, que o permitia se cobrir com a escuridão da noite, tornando-se invisível. Seu cetro tinha o poder de abrir caminho na terra até o Mundo Inferior. Tinha ainda as chaves do Mundo Inferior, que podiam abrir o fechar seu reino. Suas plantas sagradas eram o cipreste, o choupo branco e a menta, e seu animal sagrado era o mocho (um tipo de coruja).

 

Hades foi homenageado em serviços funerários gregos e ritos necromânticos (convocação dos fantasmas dos mortos). Tinha imagens e altares em várias cidades gregas, com Atenas, Corinto, Micenas e Olímpia. Houve um oráculo necromântico de Hades, conhecido como Nekyomanteion (Oráculo da Morte) no rio Aqueronte, na região grega de Thesprotia. Lá os vivos iam encontrar os espíritos dos mortos, os quais lhe faziam revelações.

 

Do seu nascimento, conta-se que Cronos, o rei dos titãs, tinha recebido uma profecia de que um dos seus filhos ia destrona-lo. Para evitar isso, ele devorava cada um dos seus filhos que nasciam, e assim ele devorou seus cinco primeiros filhos: Héstia, Deméter, Hera, Hades e Poseidon. Quando o sexto filho, Zeus, nasceu, Réia o enganou, dando a ele uma pedra para engolir em seu lugar. Mais tarde, com a ajuda de Métis, Zeus fez Cronos vomitar seus filhos e, com a ajuda deles, declarou guerra aos titãs. Após dez anos de guerra, Gaia (A Terra), disse que Zeus venceria se fosse ao Tártaro e libertasse os Hecatônquiros (gigantes de cem mãos e cinquenta cabeças) e os Ciclopes ancestrais. Zeus e seus irmãos desceram ao Tártaro e mataram o monstro Campe, que guardava os prisioneiros e os libertaram. Como agradecimento, os ciclopes deram aos deuses grandes armas: raios e trovões pra Zeus, um tridente pra Poseidon, e um o elmo das trevas para Hades. Com suas armas e a ajuda dos Hecatônquiros, eles venceram a guerra. Após a vitória, Zeus, Poseidon e Hades tiraram a sorte para dividir o universo entre si: a Zeus coube o céu, a Poseidon o Mar, e a Hades o Mundo Inferior, o reino dos mortos.

 

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Quando Hades chegou no Mundo Inferior, ele estava sem regras. Na época do governo de Cronos, este decretou que as almas dos bons deviam ir para os Elísios e a dos maus para o Tártaro, e instituiu juízes para julgá-las. Porém, na época, as almas chegavam com aquilo que haviam tido em vida: os pobres sem nada e os ricos cobertos de ouro e roupas finas. Além disso, era permitido que parentes dessem testemunha sobre o morto, influenciando as decisões dos juízes. Hades foi até Zeus e lhe contou sobre o que ocorria e Zeus decretou mudanças: a partir de agora, os mortos chegariam sem pertence algum da terra para o julgamento e seria julgado apenas pelo que fez, não sendo mais permitido testemunhos. Ele nomeou seus filhos Radamanto, Minos e Éaco como juízes dos mortos. Radamanto julgava as almas da Ásia, Éaco, as da Europa e Minos tinha o voto final. E a partir daí os julgamentos dos mortos passaram a ser justos.

 

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Algum tempo mais tarde, Hades apaixonou-se por Perséfone, a deusa da primavera, filha de Zeus e Deméter (deusa da agricultura). Deméter amava muito sua filha e a mantinha vigiada o tempo todo. Hades foi até Zeus e contou que desejava casar-se com Perséfone, mas que Deméter não aceitaria, então Zeus decidiu ajuda-lo a raptá-la. Perséfone passeava por uma colina com algumas ninfas e enquanto colhia flores viu uma maravilhosa flor diante de si, da qual brotaram várias outras flores. A flor era uma armadilha criada por Zeus, e diz-se que cheirava tão docemente que mortais e imortais a desejariam, e fez com que o Uranos (o céu), Gaia (a Terra) e Thalassa (O Mar) rissem de alegria. Perséfone, encantada, estendeu a mão para colher a flor, mas então a terra se abriu e dala saiu Hades em sua carruagem. Ele a pegou relutantemente e a levou na sua carruagem, lamentando a maneira brusca que fora necessária. Apenas Hécate, a deus da magia, ouviu os gritos de Perséfone e só Hélios, o deus do sol, a viu de sua carruagem celestial.

 

Deméter vagou pela terra em busca de sua filha, sem comer nem descansar. Foi ajudada por Hécate, que lhe deu suas tochas para iluminar os caminhos. Mais tarde, ela descobriu que Hélios viu o rapto e foi até ele, que lhe contou que sua filha havia sido levada por Hades com a ajuda de Zeus. Deméter convocou o conselho do Olimpo e disse não poria mais os pés no Olimpo, nem deixaria nenhuma planta dar frutos na terra até que sua filha lhe fosse devolvida. Ouvindo isso, Zeus enviou Hermes, o mensageiro dos deuses ao mundo inferior. Hades deixou-a ir, mas antes disso lhe deu uma semente de romã para provar. As Parcas, deusas do destino, tinham dito que Pérsefone só poderia voltar ao Olimpo se no Mundo Inferior não tivesse provado comida alguma. Ao voltar a superfície, Deméter ficou radiante por sua filha, e todas as plantas na terra voltaram a crescer. Mas, por ter comido um alimento do Mundo Inferior, Pérsefone não tinha recusado Hades totalmente e por isso devia passar a viver um terço do ano com Hades, no Mundo Inferior, e dois terços com Deméter, na superfície. Segundo outra versão, quando Hermes veio busca-la, Ascálafo, um espírito do Mundo Inferior que cuidava dos jardins de Hades, contou aos deuses que Pérsefone havia comido algumas sementes de romã (três ou sete, dependendo da versão). Como punição a Ascálafo, Deméter o enterrou sobre uma rocha grande rocha. Mais tarde ele foi solto por Héracles, mas foi transformado em um mocho, uma espécie de coruja.

 

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Hades levando Deméter de volta para o Olimpo, acompanhado de Hermes e Hécate

 

Após casar com Perséfone, Hades teve dois casos com ninfas.

 

*O primeiro foi com Leuce, uma filha de Oceano. Leuce foi sequestrada por Hades e levada ao Mundo Inferior. Ao morrer, ela foi transformada em um choupo branco, que se espalhou e passou a crescer na margem do rio Aqueronte.

 

*O segundo foi com Minta, filha do deus do rio Cócito, o rio das lamentações, um dos cinco rios do Mundo Inferior. Minta vangloriou-se dizendo ser bonita que Perséfone, e que Hades voltaria para ela e a faria sua rainha, expulsando Perséfone do Mundo Inferior. Perséfone a ouviu, e como punição, a pisoteou. No lugar onde ela estava, nasceu uma pequena planta, que ficou conhecida como menta.

 

Outros mitos de Hades contam como ele ajudou ou puniu heróis e mortais. Ele ajudou Orfeu, deixando-o levar a alma da sua esposa, Eurídice, de volta a superfície. Também permitiu que Héracles levasse o cão Cérbero, desde que o dominasse só com as mãos e jurasse trazê-lo de volta. Ele deixou Sísifo voltar ao mundo dos vivos para punir sua mulher por não cumprir os ritos funerários, mas percebendo ter sido enganado por ele, enviou Hermes para busca-lo e o deu a punição de carregar uma rocha até o topo de um morro para sempre, pois sempre que chegava perto do cume, ela voltava à base e ele tinha que recomeçar. Pediu ainda a Zeus para punir Asclépio por ele ser um médico tão bom que conseguia ressuscitar os mortos.

 

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Perséfone, Sísifo e Hades

 

Hades puniu Piritos e Teseu, que foram ao Mundo Inferior querendo raptar Perséfone. Ele os enganou para sentar em tronos, que começaram a ficar cada vez menores e a esmaga-los. Teseu foi solto pela intercessão de Héracles, mas Piritos ficou preso eternamente em seu trono.

 

Hades era considerado em alguns mitos como um deus infértil, pois por sua natureza de deus dos mortos, ele não poderia gerar filhos. Outros autores, porém, lhe dão alguns filhos. É dito que, por Perséfone, foi pai das Erínias ou Fúrias, três deusas do Mundo Inferior que puniam crimes contra a ordem natural. Outros autores o dão com pai de Macária, a deusa da boa morte, e de Zagreu, o deus dos mistérios órficos. Com Zeus, disfarçado como Hades, Pérsefone teve como filha Melinoe, a deusa dos fantasmas.

 

RECEPTÁCULOS

ALONE

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Do inglês, o nome Alone significa “sozinho, solitário”.

http://i.imgur.com/GBgsQfM.jpg

SHUN

http://www.saintseiyapedia.com/ssp_media/images/8/87/Hades_02.jpg

 

O nome Shun () pode ter vários significados, entre eles: "cintilar", "piscar" e "num piscar de olhos". O nome de Shun veio da imagem do piscar das estrelas, pelas palavras do próprio Masami Kurumada, pois quer dizer “cintilar de uma estrela”. Certamente, apenas uma associação com a personalidade delicada do Santo de Andrômeda e ao fato dele ser o humano mais puro da terra.

 

Fonte: Theoi Project

P.S.: trazendo o senhor do mundo dos mortos. Em CDZ Hades é o mais assutador dos deuses inimigos, mas o fato de ser o típico vilão que só quer destruir o mundo, sem nenhum objetivo a mais, o faz perder um pouco do impacto. Mas ainda assim gosto bastante dele na série, principalmente por toda a história de seu receptáculo ser sempre o humano mais puro da terra. Já mitologicamente, Hades é um dos deuses mais legais, contrariando sua má fama por ser um deus dos mortos. Diferente do que e representado em muitas mídias, na mitologia Hades é um deus justo, que julga os mortos imparcialmente, e é até um dos que menos faz mal aos humanos, sendo que Atena, Poseidon e Zeus causaram bem mais desgraça aos humanos que ele. Ele sabe que não adianta fazer mal aos humanos, pois no fim, todos estarão com eles. Suas outras faces como deus das riquezas da terra e da fertilidade do solo são bem interessantes também. Já seus receptáculos, como já disse, acho bem legal essa história dele possuir o humano mais puro da terra. Bom, espero que gostem. Próximo: Ares.

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E ele era até comportado. Galera do olimpo pegava geral e o hades parece ter se fixado com a persefone, ainda que tenha tido algumas "aventuras".

 

Os gregos deviam vê-lo da mesma forma que a gente vê aqueles caras caladões, encalhados e virjões.

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Poseidon, como diria o TV Tropes, é um extremista bem-intencionado. O ideal pode até ser bonito, mas os meios são bem questionáveis. Não sei se ele é ingênuo demais para acreditar nessa utopia ou se ele é bem ganancioso como boa parte dos deuses de CDZ e camufla essa ambição por meio de um ideal. Porém é o que diferencia ele das demais divindades e não deixa o combate entre os deuses em SS tão maniqueísta.

 

 

 

Possivelmente a má fama de Hades, tenha mais a ver com a visão que os vivos tem do lugar que ele preside e, posteriormente a associação com o Diabo pela cultura cristã ocidental. Só observar as adaptações dele em filmes, seriados e livros. Aliás, a surplice dele é baseada em Lúcifer, que em algumas versões é um serafim.

 

Gosto da complexidade de Hades, ao mesmo que está relacionado com a morte e punição, também está relacionado com a riqueza e fertilidade do solo.

 

É incrível como nem Anfitrite e nem Perséfone aparecem em um mangá ou anime de CDZ. Só a última que apareceu no SS Online. Kurumada poderia ter colocado Perséfone no lugar de Pandora.

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ARES

http://www.saintseiyapedia.com/ssp_media/images/c/cf/Ares_army_00.jpg

Na mitologia grega, Ares (em grego: Ἄρης; Marte para os romanos) era o deus da guerra, desejo de batalhas, coragem, da virilidade, da rebelião e da ordem civil. Era filho mais velho de Zeus, o rei dos deuses, com sua esposa Hera. Entre seus irmãos estavam Ilítia (deusa do parto), Hebe (deusa da juventude) e Hefesto (deus dos ferreiros e do fogo).

 

Na arte grega antiga, Ares foi descrito como um guerreiro maduro, barbudo e armado para a batalha; ou ainda como um jovem imberbe, nu, com um elmo e uma lança. Era descrito como tendo olhos brilhantes como fogo, Embora muitas vezes tratado como o deus olímpico da guerra, ele é mais exatamente o deus da guerra selvagem, ou sede de sangue, ou ainda a matança personificada. Atena, que também é uma deusa da guerra, é a deusa da guerra estratégica e justa. Por seu caráter sanguinário, Ares era odiado pelos outros deuses e até por seus pais.

 

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Os animais sagrados de Ares são os abutres e os cães, animais que se alimentam dos cadáveres nos campos de batalha. Os seus pássaros sagrados eram a coruja de celeiro e a coruja-águia, que se acreditavam ser animais de mal agouro, que anunciavam batalhas; e o pica-pau, que era um pássaro que trazia sorte e era consagrado a Ares. Outros animais sagrados do deus eram a serpente venenosa, que muitas vezes apareciam em suas representações e, nos mitos, guardavam os bosques sagrados de Ares; e o javali, forma que o deus assumiu certa vez para vingar-se de Adônis.

 

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Ares tinha vários atributos, entre eles estavam sua lança com a ponta de bronze e uma armadura dourada. Tinha uma carruagem com arreios de ouro puxada pelos Areioi Hippoi (cavalos de Ares), quatro cavalos imortais cuspidores de fogo, chamados Aithon, Phlogios, Konabos, Phobos. Seu palácio ficava no Monte Olimpo (ou na Trácia, em outra versão) e era feito de ferro e adornado com saques de guerra. Também era sagrados a ele os Spartoi, os guerreiros esqueleto, nascidos da terra quando os dentes do Drakon sagrado de Ares foram plantados. Seu séquito, que sempre o acompanhava em batalha, era formado por seus filhos Phobo (deus do medo) e Deimos (deus do pânico), que dirigiam sua carruagem; por Éris (deusa da discórdia) e Enyo (deusa menor da guerra), que as vezes tidas como a mesma pessoa; por Kydoimos (deus do barulho da guerra); e por vários daimons que representavam violência, morte, raiva, coragem. A deusa Nike (deusa da vitória), foi por raras vezes descrita como parte da comitiva de Ares, mas mais comumente ela servia a o rei dos deuses, Zeus.

 

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Ares, Afrodite e Eros

 

Durante a Gigantomaquia, a guerra contra os gigantes, Ares lutou ao lado dos olimpianos e junto com Hefesto matou o gigante Mimas ou Mimon. Mais tarde, quando o Olimpo foi atacado por Tifão, Ares e os outros deuses, exceto Atena e Zeus, fugiram para o Egito se transformando em animais; Ares assumiu a forma de um peixe Lepidotes, sendo por isso identificado como deus egípico Onúris, um deus da guerra que tinha o Lepidotes como animal sagrado. Mais tarde, quando os gigantes aloídas Otos e Elfiate decidiram invadir o Monte Olimpo, eles aprisionaram Ares, prendendo-o com correntes e o trancando em um jarro. Ele foi solto treze meses mais tarde por Hermes, o deus do mensageiros, que o encontrou fraco.

 

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Ares e o gigante Mímon

 

Na Guerra de Tróia, os deuses começaram a tomar partido entre os gregos e os troianos. Inicialmente, Ares era indiferente, pois pra ele só importava que houvesse guerra, mas acabou prometendo a sua mãe, Hera, e sua irmã, Atena, que apoiaria os gregos. Porém acabou traindo sua mãe e irmã, sendo convencido por Afrodite (deusa da beleza), da qual era amante, a lutar ao lado dos troianos. Quando os gregos chegaram a Tróia, os deuses desceram do Olimpo disfarçados de mortais e se puseram ao lado de seus favoritos. Ares, por sua vez, conduziu o exército de Tróia, trazendo consigo seus filhos Phobos (deus do medo) e Deimos (deus do pânico) e a deusa Éris (deusa da discórdia). Ares deu força a Heitor, um príncipe troiano, durante a Guerra de Troia.

 

Diomedes, um dos heróis gregos, era um dos favoritos de Atena, e ela lhe deu a habilidade de ver os deuses no campo de batalha, mesmo que estivessem disfarçados. Com isso, ele consegui ferir Afrodite e a impediu de resgatar seu filho Eneias. Apolo, deus da arquearia, consegue salvar Eneias e convence Ares a enfrentar Diomedes. Com a ajuda de Atena, Diomedes fere gravemente Ares, forçando-o a se retirar da batalha. Mais tarde, Zeus ordena aos deuses a se retirarem da batalha, mas Ares volta ao campo de batalha após a morte de seu filho Ascáfalo para vinga-lo. Ele é convencido por Atena a voltar ao Olimpo, para não desperta a ira de Zeus.

 

Mais tarde, quando Aquiles foi convencido a se unir aos gregos, Zeus permitiu que os deuses voltassem a Tróia. Durante a batalha que se seguiu, Ares foi derrotado por Atena após uma luta intensa entre os dois. Após isso, mais uma vez ele se retirou da batalha. Voltou mais tarde após a morte de Aquiles para incentivar os troianos a enfrentarem Neoptolemos, filho de Aquiles, que substituiu o pai como o maior guerreiro grego. Ajudou ainda os troianos a repelirem os gregos quando esses alcançaram os portões de Tróia. No fim da guerra, descobrindo o ardil do cavalo de Tróia, tentou destruí-lo, mas Atena apareceu para defende-lo e os dois batalharam até que Zeus ordenou que os deuses se retirassem definitivamente da batalha.

 

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Ares batalhando com Atena

 

Ares participa de vários outros mitos. Quando Sísifo aprisionou Tânatos, o deus da morte, Ares foi resgatá-lo, pois sem a morte não podia consumar suas batalhas. Desafiou Apolo nos jogos olímpicos, e perdeu pra ele nas lutas. Durante a guerra de Dionísio, o deus do vinho, contra os indianos, Ares lutou ao lado dos indianos por ordem de Hera, que não gostava de Dionísio por ele ser filho de uma amante de seu marido.

 

Mesmo não tendo se casado, Ares teve várias amantes entre mortais e imortais, e com elas teve vários filhos. Sua principal amante era Afrodite, deusa do amor e beleza. Segundo a mitologia, certa vez Hefesto, o deus dos ferreiros e do fogo, aprisionou sua mãe, Hera, em um trono de ouro, como vingança por tê-lo jogado do Olimpo ao nascer. Zeus ofereceu a mão de Afrodite a qualquer deus que conseguisse convencer Hefesto a soltar Hera, e a deusa do amor aceitou, achando que seu amado Ares iria prevalecer. Ele tentou, mas foi enxotado por Hefesto sob uma chuva de metal fervente. Mais tarde, convencido por Dionísio, Hefesto voltou ao Olimpo e libertou Hera por si próprio e reivindicou a mão da deusa para si, para o desgosto da deusa do amor, já que Hefesto era manco e feio desde o nascimento. Eles se casaram, mas desde o inicio do relacionamento Afrodite traia Hefesto com Ares. Os dois sempre se encontravam a noite, para fugir do olhar de Hélios, o deus do sol, que via tudo durante o dia. Ares sempre deixava como vigia Alectrion, um jovem de sua confiança, eu devia lhe alerta antes que o sol nascesse ou caso Hefesto voltasse pra casa. Certa vez Alectrion dormiu e não avisou Ares do nascer do sol. Hélios viu Afrodite traindo Hefesto com Ares e contou ao deus ferreiro. Como vingança, o deus forjou correntes mágicas que nem mesmo deuses poderiam quebrar. Ele armou uma rede dessas correntes em seu próprio quarto e saiu se casa. Vendo Hefesto sair, Ares foi ao encontrou de Afrodite. Ao se deitarem na cama, as correntes os envolveram e os prenderam. Hefesto voltou, e em seu ódio pela traição, chamou todos os deuses para rirem de Ares e Afrodite. Ares só foi solto mais tarde, após Poseidon prometer a Hefesto que ele pagaria pelo crime de adultério. Após ser solto, Ares transformou Alectrion em um galo, e agora ele iria cantar sempre, a cada manhã, antes do nascimento do sol. Com Afrodite, Ares foi pai de Phobos, o deus do medo; Deimos, o deus do pânico; Harmonia, deusa da harmonia; Eros, deus do amor; e Anteros, deus do amor correspondido e vingador do não-correspondido.

 

Ares teve ainda outras amantes, entre as quais estavam: Eos, a deusa do amanhecer; a ninfa Harmonia, com a qual foi pai das Amazonas; com sua filha Otrera, a primeira rainha das amazonas, com a qual foi pai de Hipólita, a mais famosa das rainhas das Amazonas; Réia Silvia, com a qual foi pai dos gêmeos Rômulo e Remo, fundadores de Roma. Teve várias outras amantes mortais, com as quais teve vários outros filhos, como o rei Flégias e os herói Ascáfalo e Cicno. Com uma das Fúrias, foi pai do Drakon Ismeniano, um terrível dragão que protegia a fonte sagrada de Ares em Tebas.

 

Ares lutou contra vários mortais durante as guerras, mas fora delas, ele raramente punia algum mortal por algo, diferente de outros deuses que eram mais vingativos e intolerantes com blasfêmias; mas ainda assim há alguns relatos de mortais que sofreram sua ira. O mais famoso deles é o de Adônis, um príncipe de Cipros. Após Adônis nascer, a deusa Afrodite apaixonou-se pela beleza do bebê e o tomou para si. Deu o bebê aos cuidados de Perséfone, a deusa da primavera. Pérsefone também se apaixonou por Adônis, e as duas deusas disputaram pra saber quem ficaria com ele. Zeus mediou a disputa, e decidiu que Adônis passaria um terço do ano com cada uma e o outro onde quisesse, ao que ele escolheu passar dois terços do ano com Afrodite. Com ciúme da relação entre os dois, Ares transformou-se em um javali e matou Adônis com suas presas. Ares também matou Halirrotios, um filho de Poseidon, após esse tentar estuprar sua filha Alkippe.

 

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Adônis e Ares, em forma de javali

Outra história famosa sobre punições de Ares é a história e Cadmo, o fundador e primeiro rei da cidade de Tebas. Um oráculo enviou Cadmo dizendo-o para soltar uma vaca e fundar uma cidade onde ela caísse de cansaço. A vaca parou na Beócia, onde Cadmo decidiu fundar a cidade de Tebas. Ele enviou seus homens em busca de água para o ritual e eles encontram um rio na floresta sagrada de Ares, que ficava próximo dali. Ao tentarem pegar água, foram mortos pelo Drakon Ismeniano, um dragão filho de Ares, guardião da floresta. Cadmo foi por si mesmo buscar água e conseguiu matar o dragão. Seguindo as instruções de Atena, ele semeou os dentes do dragão e deles nasceram os Spartoi, os guerreiros esqueletos. Como punição por matar o dragão, ele foi obrigado a servir Ares por um “ano eterno”, uma ano cuja duração era a mesma que oito anos para o sentenciado. Depois de seu período de trabalho, Atena lhe deu a soberania sobre Tebas e Zeus lhe deu a deusa Harmonia, filha de Ares, como esposa. Mais tarde, após perderem seus filhos, Cadmo é transformado em uma cobra por Ares, semelhante a que ele matou, e depois sua esposa também é transformada em cobra para se unir ao marido.

 

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Cadmo enfrentando o Drakon

Mesmo sendo o grande deus grego da guerra, Ares possuiu poucos templos e estátuas no mundo antigo, mas aparentemente lhe eram feitos rituais em tempos de guerra. Seu culto foi mais centrado no norte da Grécia, na Trácia, Tessália e Thesprotia. Em Atenas, Ares tinha um templo, assim como a maioria dos deuses. Na cidade de Argos existiam duas estátuas de madeira, de Ares e Afrodite. Em Olímpia existia um altar para Ares. Em Geronthrae, na Laconia, ele tinha um templo com um bosque, onde um festival anual era celebrado, durante o qual nenhuma mulher era autorizada a aproximar-se do templo. Na Arcádia, existiam varias imagens e esculturas do deus, assim como um templo. Em Tebas, a fonte onde Cadmo matou o dragão continuou como um local de culto a Ares. Um dos mais antigos templo de Ares ficava em Esparta, no qual havia uma antiga estátua, representando o deus acorrentado, para indicar que o espírito marcial e a vitória nunca podiam deixar a cidade de Esparta. Em tempos de guerra, eram sacrificados animais em honra a Ares, mas em Esparta as vezes sacrifícios humanos eram oferecidos ao deus, especialmente de escravos de guerra.

 


Fonte: Theoi Project e SaintSeiyapedia

P.S.: trazendo o deus da guerra. Ares é um personagem mitológico muito interessante. Apesar de ser um dos mais importantes deuses gregos, ele era um dos mais desprezado pelo seu comportamento sanguinário, até mesmo por seus prórprios pais e pelo povo, que não o adorava muito. Mas, em tempos de guerra, todos recorriam a ele. Mitologicamente falando, ele é um personagem bem complexo, ainda mais levando em conta sua relação com Afrodite, e sua rivalidade eterna com Atena, maior até que da deusa com Poseidon. O modo como os romanos o veem é extremamente deferente, sendo Marte, sua contraparte romana, um dos mais importantes deuses do panteão romano, pois Roma era uma nação bem mais bélica que a Grécia. Em CDZ, Ares é o deus que eu mais quero ver, pois adoraria ver a história da guerra santa dele contra Atena, que segundo o hipermito foi a mais sanguinária de todas, e a única onde Atena autorizou diretamente o uso das armas de Libra. Enfim, espero que gostem. Próximo: Apolo.

 

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  • 4 semanas depois...

ARTÊMIS

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Na mitologia grega, Artêmis era a deusa olímpica da caça, da natureza selvagem e dos animais selvagens. Ela também era uma deusa do parto, e a protetora das meninas até a idade de casamento - seu irmão gêmeo, Apolo, era igualmente o protetor dos meninos. Juntos, os dois deuses também eram portadores da morte súbita e doenças - Artêmis alvejava mulheres e meninas, e Apolo homens e meninos. Artêmis era cultuada em todo o mundo grego, sendo uma das deusas com maior número de templos e estátuas da Grécia. Seu culto chegou até mesmo a algumas regiões da Ásia Menor. Muitas vezes era cultuada junto com seus irmão Apolo.

 

Na arte antiga Artêmis era geralmente retratada como uma menina ou jovem donzela com um arco de caça e uma aljava de flechas. Era a mais alta das deusas, e vestia uma túnica de virgem que ia até os joelhos, um presente de seu pai, Zeus, e ocasionalmente a pele de um cervo cobria seus ombros. Os atributos mais distintivos de Artêmis eram seu arco e flechas, mas ela também estava às vezes equipada com uma aljava, um par de lanças de caça, tochas, uma lira ou jarro de água. Seu principal animal sagrado era o cervo. O urso era também sagrado para Artêmis, bem como uma variedade de aves aquáticas e terrestres, como perdizes, codornizes, garças. Suas plantas sagradas eram o cipreste e a palmeira.

 

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Artêmis era filha de Zeus, o rei dos deuses, e Leto, a titã/deusa do anoitecer e da maternidade. Sobre seu nascimento, conta-se que Leto foi uma das amantes de Zeus e ficou grávida do rei dos deuses. Ao descobrir isso Hera, esposa de Zeus, ficou furiosa e passou a perseguir Leto por toda a sua gravidez, ameaçando todas as terras que ela entrava para que não a recebessem para que ela desse a luz. Outra versão diz que Hera proibiu Leto de dar a luz em qualquer terra firme, continente ou ilha do mar sobre a qual o sol brilhasse. Leto vagou por toda a Terra, sem achar um lugar onde ter seus filhos. Píton, a monstruosa serpente/dragão que guardava o Oráculo de Delfos, sabendo que Leto estava grávida de Zeus, passou a perseguí-la. Zeus enviou então Bóreas, o vento norte, para levar Leto até o mar, onde ela chegou a ilha flutuante de Ortygia. Segundo o mito, esse nome se deve ao fato de que a titânide Astéria, irmã de Leto, tomou a forma de uma codorna (ortyx) para fugir de Zeus e voou para o mar onde, perseguida por Poseidon, se transformou-se em uma ilha flutuante. Quando Leto, perseguida por Hera, apareceu na região, Poseidon fez a ilha se fixar no mar e Leto pediu a ela que deixasse Apolo nascer ali. Como a ilha de Ortygia não era de fato um ilha ou um continente, não estava sujeita a ordem de Hera. Além disso, ela era uma ilha estéril, e Leto lhe prometeu fertilidade caso seu filho nascesse lá, e a ilha concordou em acolhê-la. Leto primeiramente deu a luz a Artêmis, sem sentir nenhuma dor em seu parto. Nesse tempo, várias deusas apareceram para assistir o parto de Apolo, como Dione, Réia, Ichnaea, Themis e Amphitrite. Eileitia, a deusa das dores do parto, não estava lá, pois Hera a manteve perto de si, para evitar o parto se realizar. Artêmis então ajudou sua mãe o trabalho de parto do irmão, Apolo, o qual já durava nove dias e nove noites, nos quais Leto sentiu muita dor. Íris, a deusa do arco-íris, foi então enviada para buscar Eileitia sem que Hera soubesse. Ela lhe prometeu um colar de ouro de 9 covâdos (cerca de 4m) de comprimento para que fosse com ela, e Eileitia a seguiu. Assim que Eileitia pôs os pés na ilha de Ortygia, Leto teve uma forte dor e Apolo nasceu, e as deusas se alegraram. Com o nascimento do deus, a ilha de Ortygia criou raízes e se fixou o mar, não voltado a ser uma ilha flutuante. O nascimento dos gêmeos a iluminou e lhe trouxe riqueza, e a ilha passou a se chamar Delos, que significa algo como "luminosa". Outra versão conta que Ortygia e Delos eram ilhas diferentes, sendo que Artêmis nasceu primeiramente na ilha de Ortygia e depois ajudou sua mãe a chegar na ilha flutuante de Delos, onde Apolo nasceu.

 

Após nascer, Artêmis foi até seu pai, Zeus, e sentada em seu colo, disse-lhe:

“Deixa-me manter minha virgindade, pai, para sempre: e dá-me de muitos nomes, para que Apolo não possa ser mais que eu. E dá-me as setas e um arco... – não, fique pai, não peço-te aljava ou arco poderoso: para mim os Ciclopes logo moldarão flechas e um arco bem curvo. Mas dá-me a ser Phaesphoria (portadora de luz) e dá-me para cingir-me uma túnica com borda bordada, atingindo até o joelho, e que eu posso matar bestas selvagens. E me dê sessenta filhas de Oceano para meu coro - todas com nove anos de idade, todas donzelas ainda virgens; e dá-me para serventes vinte ninfas Amnisides [do Rio de Amnisos, em Creta], quem devem cuidar de minhas vestes e, quando eu tirar mais dos linces ou veados, elas guiarão meus cães rápidos. E dá-me as montanhas. Quanto as cidades, atribuí-me qualquer uma que quiseres, pois raramente descerei as cidades. Sobre as montanhas eu vou morar e as cidades dos homens eu vou visitar apenas quando as mulheres irritadas com a aguda agonia do parto me chamarem em sua ajuda - pois na hora em que eu nasci as Moirai ordenaram que eu deveria cuidar delas, porque minha mãe não sofreu nenhuma dor, nem quando ela me deu à luz, nem quando me levou no ventre, mas sem trabalho me tirou de seu corpo.”

 

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Zeus concordou e lhe deu tudo o que ela pediu. E disse que lhe daria não uma, mais várias cidades para glorifica-la (Artêmis, como dito, era uma das deusas mais cultuadas na Grécia), e que ela seria a guardiã de portos e ruas. Após isso, Artêmis foi até os ciclopes ancestrais - os mesmos que fizeram os raios de Zeus, o Tridente de Poseidon e o elmo das trevas de Hades – e lhe pediu um arco, flechas e uma aljava, os quais eles lhe deram. Em seguida foi até Pã, o deus da natureza, e pediu que lhe desse cães de caça. Pã lhe deus dois cães preto e branco, dois avermelhados e um malhado e lhe deu sete cadelas kinousarianas, mais rápidas que o vento. Foi em seguida ao monte Parhasia, na Acádia, onde existiam cinco cervos prateados com chifres de ouro. Artêmis os caçou e capturou 4 deles, que passaram a puxar sua carruagem. Por ter lhe escapado, Artêmis declarou que o quinto cervo seria sagrado para ela e que qualquer um que o matasse seria punido. Mais tarde, Artêmis e Apolo ascenderam ao Olimpo

 

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Artêmis em sua carruagem

Na guerra dos gigantes, Artêmis matou o gigante Aigaion. Quanto Tifão, o gigante das tempestades atacou, todos os deuses fugiram para o Egito, transformando-se em animais, com exceção de Zeus e Atena. Artêmis fugiu sob a forma de um gato, por isso foi identificada com a deusa egípcia Bastet. Mais tarde, na Guerra de Tróia, Artêmis lutou ao lado dos troianos, fazendo muito por eles: quando Agamenon juntou sua frota, ela acalmou o mar, impedindo os gregos de chegarem a Tróia, dizendo que só os libertaria se esses sacrificassem uma jovem virgem para ela. Agamenon não hesitou em oferecer sua filha Ifigênia, que foi salva da guerra pela deusa, que se apiedou dela e a transformou em uma de suas seguidoras. Artêmis ainda cuidou dos ferimentos de Enéias, após este ser ferido por Diomedes; quando Zeus permitiu que os deuses voltassem a guerra, o conflito entre eles explodiu, e Artêmis lutou contra Hera, mas acabou espancada pela deusa.

 

Apolo e Artêmis eram bons filhos, sempre atacando aqueles que ofendiam sua mãe. Eles puniram Niobe, uma rainha de Tebas, por ela ter dito ser superior a Leto, que só tinha dois filhos, enquanto ela tinha 14; os gêmeos mataram seus 14 filhos com suas flechas. Mataram a serpente Píton com flechas por ela ter perseguido sua mãe durante a gravidez (a maioria das versões, no entanto, diz que só Apolo a matou). Mataram Leimon, um arcadiano que induziu o povo da sua cidade a expulsar Leto quando ela procurou abrigo lá. Os deuses gêmeos mataram ainda Tityos, um gigante de Fócis (na Grécia Central), que tentou estuprar Leto quando ela passou por sua cidade.

 

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Assim como vários deuses, Artêmis puniu vários mortais e imortais em várias ocasiões. Ela puniu Actaeon, um jovem príncipe caçador de Tebas, que a espionou nua, transformando-o em um cervo e mandando seus cães ataca-lo. Quando os Aloidas, os gigantes gêmeos, tentaram invadir o Olimpo e quiseram tomar Artêmis e Hera como esposas, a deusa da caça se transformou em um cervo os esganou com seus chifres. Sirpiotes foi um menino que viu a deusa nua por acidente, como era um homem, Artêmis pensou em mata-lo, mas como era uma criança ela o poupou, mas o transformou em mulher, pois nenhum homem podia vê-la nua, e a tornou uma de suas seguidoras imortais. Ela puniu vários mortais por eles terem se dito melhores caçadores que ela, entre eles Adonis, que foi morto pelas presas de um javali enviado pela deusa, e Agamenon, que teve suas frotas detidas durante a Guerra de Troia pela ofensa a deusa.

 

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Artêmis mata Actaeon

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Artêmis e os gigantes Aloidas

Porém, as mais famosas punições de Artêmis foram em Calisto e Oineus. Calisto era uma das donzelas que seguiam Artêmis. Sentindo-se atraído por Calisto, numa tarde em que esta dormia na floresta, Zeus toma a aparência de Ártemis e aparece junto a ela. Antes que pudesse reagir, o líder dos deuses viola Calisto, engravidando-a. Sabendo que seria repudiada pela deusa assim que esta descobrisse que perdera a virgindade, tenta manter-se afastada de Ártemis e suas companheiras. Certa vez, porém, quando Artêmis estava em uma clareira com um lago, decide-se banhar-se junto com suas companheiras. Quando Calisto se despe, a gravidez acaba por ser revelada ao verem seu ventre crescido. Artêmis, não quis culpa-la, já que Zeus a atacou disfarçado dela, mas como não era mais virgem, Artêmis a expulsa da sua presença e, segundo uma versão, a transforma em ursa.

 

Já Oineus era um rei de Calidão, na Atolia (Grécia Central), que negligenciou a oferta dos primeiros frutos da estação aos deuses. Como punição, Artêmis enviou um javali gigante para assolar a cidade, destruindo colheitas e matando camponeses. Mais tarde, um grupo de caça liderado pelo príncipe Melagros conseguiu matar o Javali Calidão, mas vendo isso Artêmis incitou o ódio entre os caçadores, causando uma guerra entre Calidão e os Couretes, uma tribo vizinha.

 

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Artêmis era acompanhada por uma comitiva de donzelas, humanas e ninfas, que, assim como Artêmis, eram virgens. Muitas das donzelas que acompanhavam a deusa foram salvas por ela de deuses que queriam possuí-las, ou de casamentos com mortais. A todas as suas companheiras, Artêmis concedia a imortalidade enquanto a acompanhassem. Porém, apesar de ser sempre acompanhada por donzelas, Artêmis teve dois companheiros homens.

 

O primeiro deles foi Órion, um formoso gigante e poderoso caçador, que Zeus, Poseidon e Hermes fizeram nascer enterrando por nove meses uma pele de boi sobre a qual haviam urinado. Órion foi um gigante de grande beleza que se converteu rapidamente em um grande caçador. Quando cresceu era muito belo e Poseidon o concedeu o dom de andar sobre as águas. Ainda cresceu muito até atingir proporções gigantescas e se dedicou a caça na companhia de seu fiel cão Sírio (ou Sirius). Após tentar se apossar a força de Mérope, uma princesa de Quíos, ele foi cegado como punição. Após recuperar sua visão, ele viveu em Creta como companheiro de caça da deusa Ártemis. Existem várias versões para sua morte. Uma delas conta que Apolo tinha ciúme da relação entre Ártemis e Órion. Então Apolo desafiou Ártemis a acertar uma flecha (ou um disco segundo algumas versões) em um alvo distante no mar. Ártemis então atirou uma flecha, porém o obstáculo era a cabeça de Órion que estava no mar, e a flecha de Ártemis acabou matando-o. Outra versão diz que Órion tentou violentar Ártemis e esta enviou um escorpião para matá-lo. Outra versão ainda conta que Órion enlouqueceu e decidiu matar todos os animais da Terra, até que Gaia enviou um escorpião gigante para mata-lo.

 

O segundo companheiro de Artêmis foi um mortal chamado Hipólito. Hipólito era um príncipe de Troizenos, em Argolis (Sul da Grécia), que foi um devoto de Artêmis e companheiro de caça da deusa. Afrodite, com ciúme da relação dos dois, fez Faedra, madrastra de Hipólito, se apaixonar por ele. Ela tentou seduzi-lo e foi rejeitada, e por isso contou a Teseu, pai de Hipólito, que ele tinha tentado estupra-la. Como vingança, Teseu invocou sobre Hipólito um dos 3 desejos que Poseidon o havia concedido. O deus do mar então enviou um monstro marinho, que assustou os cavalos de Hipólito e arrastaram o jovem até a morte. Após sua morte, Artêmis levou o jovem a Asclépio, o deus da medicina, e o pediu que lhe restituísse a vida. Após sua ressurreição, Artêmis o levou para Itália, onde ele se tornou responsável por seu templo em Aricia. Outra versão conta que ele se mudou para a Aricia, onde se tornou rei e fundou um templo para Artêmis. Mais tarde passou a ser conhecido como Virbius, um deus menor da floresta, ao qual as jovens que estavam prestes a casar ofereciam mechas de cabelo como sinal de virgindade.

Hippolytus_Sir_Lawrence_Alma_Tadema.jpg

 

Fonte: Theoi Project

P.S.: trazendo mais um post. Desculpem a demora pessoal, tive uns problemas e só pude trazer este post agora, mas a partir de agora as postagens voltarão ao normal, com uma por semana. Artêmis é uma personagem muito interessante na mitologia, graças a todo o seu misticismo em torno da virgindade e da pureza, sendo a deusa que mais representa o "feminino" nos mitos gregos. E sua dualidade com seu irmão gêmeo é igualmente interessante, especialmente quando mais tarde, no período romano, ela passa a ser associada com a lua e Apolo com o sol. E acho bem interessante que, apesar de ser tão aversa aos homens, dois dos seus mais famosos companheiros de caça foram homens. Já em CDZ, eu a acho uma personagem interessante, especialmente em ND, e espero ver mais dela daqui em diante (quem sabe até uma aparição em Saintia Shô). Bom, espero que gostem. Próximo: Apolo.

Editado por §agitariu§
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Muito mimada essa artemis "pai quero isso, isso, aquilo e um pouco disso também".

 

Pior é o zeus abrindo as pernas e fazendo os gostos da filha.

 

Depois reclamam da atena :P Essa pelo menos fez por merecer ao ficar do lado pai na guerra lá.

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Athena e Artêmis devem ser as únicas deusas "castas" da mitologia grega. Não me lembro se Héstia também é.

 

A fama de Artêmis na Grécia não é toa, umas das sete maravilhas do Mundo Antigo foi o templo dela, o maior da época e que ficava em Éfeso uma cidade greco-romana que ficava no que hoje é a Turquia.

 

Não tenho certeza, mas acho que o fato de Artêmis ter se tornado deusa da lua e seu irmão o deus do sol, tenha se dado porque o culto tenha sobreposto o culto de Hélio e Selene. Se não me engano, em Rodes o culto a Hélio ainda era bem forte (teve até um colosso dedicado a ele).

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Athena e Artêmis devem ser as únicas deusas "castas" da mitologia grega. Não me lembro se Héstia também é.

 

A fama de Artêmis na Grécia não é toa, umas das sete maravilhas do Mundo Antigo foi o templo dela, o maior da época e que ficava em Éfeso uma cidade greco-romana que ficava no que hoje é a Turquia.

 

Não tenho certeza, mas acho que o fato de Artêmis ter se tornado deusa da lua e seu irmão o deus do sol, tenha se dado porque o culto tenha sobreposto o culto de Hélio e Selene. Se não me engano, em Rodes o culto a Hélio ainda era bem forte (teve até um colosso dedicado a ele).

 

Héstia também é. Atena, Artêmis e Héstia são as 3 deusas virgens da mitologia. Segundo Homero, elas são as únicas deusas cujo coração Afrodite, a deusa do amor, não pode tocar.

 

E sim, Apolo e Artêmis se tornaram os deuses do sol e lua porque seus cultos se sobrepuseram aos de Hélio e Selene, mas isto só ocorreu no período romano, quando eles eram Apolo/Phoebus e Diana. No período grego, eles não são relacionados aos astros até onde lembro.

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Héstia também é. Atena, Artêmis e Héstia são as 3 deusas virgens da mitologia. Segundo Homero, elas são as únicas deusas cujo coração Afrodite, a deusa do amor, não pode tocar.

 

E sim, Apolo e Artêmis se tornaram os deuses do sol e lua porque seus cultos se sobrepuseram aos de Hélio e Selene, mas isto só ocorreu no período romano, quando eles eram Apolo/Phoebus e Diana. No período grego, eles não são relacionados aos astros até onde lembro.

Vlw pela informação. Não sabia que Afrodite não podia tocar o coração dessas três.

 

Roma era uma bagunça em relação a deuses, havia muito sincretismos e teve até um deus de origem persa, Mitra, que era um deus-sol assim como Apolo/Febo.

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APOLO

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Apolo, na mitologia grega, era o deus olímpico da profecia e dos oráculos, da música, da canção e da poesia, do tiro ao arco, da cura, das pragas e doenças, e da proteção dos jovens. Era irmão gêmeo de Artêmis, a deusa da caça, e muitas vezes era adorado junto a ela. Era o protetor dos meninos, assim com sua irmã era protetora das meninas e juntos, os dois deuses também eram portadores da morte súbita e doenças - Artêmis alvejava mulheres e meninas, e Apolo homens e meninos.

 

Na arte antiga, era retratado como um jovem bonito, muitas vezes nu, sem barba, com cabelos longos e no auge de seu vigor. Usava como atributos uma coroa de flores e um ramo de loureiro, arco e flechas, corvo e lira. Seus animais simbólicos eram a serpente, o corvo, o delfim ou o grifo. Sua planta sagrada era o loureiro.

 

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Apolo era filho de Zeus, o rei dos deuses, e Leto, a titã/deusa do anoitecer e da maternidade. Sobre seu nascimento, conta-se que Leto foi uma das amantes de Zeus e ficou grávida do rei dos deuses. Ao descobrir isso Hera, esposa de Zeus, ficou furiosa e passou a perseguir Leto por toda a sua gravidez, ameaçando todas as terras que ela entrava para que não a recebessem para que ela desse a luz. Outra versão diz que Hera proibiu Leto de dar a luz em qualquer terra firme, continente ou ilha do mar sobre a qual o sol brilhasse. Leto vagou por toda a Terra, sem achar um lugar onde ter seus filhos. Píton, a monstruosa serpente/dragão que guardava o Oráculo de Delfos, sabendo que Leto estava grávida de Zeus, passou a perseguí-la. Zeus enviou então Bóreas, o vento norte, para levar Leto até o mar, onde ela chegou a ilha flutuante de Ortygia. Segundo o mito, esse nome se deve ao fato de que a titânide Astéria, irmã de Leto, tomou a forma de uma codorna (ortyx) para fugir de Zeus e voou para o mar onde, perseguida por Poseidon, se transformou-se em uma ilha flutuante. Quando Leto, perseguida por Hera, apareceu na região, Poseidon fez a ilha se fixar no mar e Leto pediu a ela que deixasse Apolo nascer ali. Como a ilha de Ortygia não era de fato um ilha ou um continente, não estava sujeita a ordem de Hera. Além disso, ela era uma ilha estéril, e Leto lhe prometeu fertilidade, caso seu filho nascesse lá, e a ilha concordou em acolhê-la. Leto primeiramente deu a luz a Artêmis, sem sentir nenhuma dor em seu parto. Nesse tempo, várias deusas apareceram para assistir o parto de Apolo, como Dione, Réia, Ichnaea, Themis e Amphitrite. Eileitia, a deusa das dores do parto, não estava lá, pois Hera a manteve perto de si, para evitar o parto se realizar. Artêmis então ajudou sua mãe o trabalho de parto do irmão, Apolo, o qual já durava nove dias e nove noites, nos quais Leto sentiu muita dor. Íris, a deusa do arco-íris, foi então enviada para buscar Eileitia sem que Hera soubesse. Ela lhe prometeu um colar de ouro de 9 covâdos (cerca de 4m) de comprimento para que fosse com ela, e Eileitia a seguiu. Assim que Eileitia pôs os pés na ilha de Ortygia, Leto teve uma forte dor e Apolo nasceu, e as deusas se alegraram. Com o nascimento do deus, a ilha de Ortygia criou raízes e se fixou o mar, não voltado a ser uma ilha flutuante. O nascimento dos gêmeos a iluminou e lhe trouxe riqueza, e a ilha passou a se chamar Delos, que significa algo como "luminosa". Outra versão conta que Ortygia e Delos eram ilhas diferentes, sendo que Artêmis nasceu primeiramente na ilha de Ortygia e depois ajudou sua mãe a chegar na ilha flutuante de Delos, onde Apolo nasceu.

 

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Delfos, uma cidade nas encostas do Monte Parnaso, na Grécia, foi o local do principal Templo de Apolo e lar do Oráculo de Delfos, o oráculo mais famoso dos tempos antigos. Dentro do Templo de Apolo viviam as pitonisas ou pítias, as sacerdotisas que eram verdadeiramente o Oráculo de Delfos. A pitonisa era amplamente creditada por suas profecias inspiradas por Apolo. Antes de tomar decisões importantes, gregos e outros povos viajaram a este lugar sagrado para consultar o oráculo e aprender a vontade dos deuses. Segundo o mito, o Oráculo pertenceu inicialmente a Gaia (a Terra), que designou Píton, uma serpente monstruosa, como guardiã do Oráculo (outra versão dizia que o oráculo pertenceu a Gaia e Poseidon, sendo Píton o sacerdote de Gaia).

 

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Posteriormente, Gaia teria dado o Oráculo para sua filha Têmis, a titânide da justiça, que depois o deu a sua irmã Febe, a deusa dos oráculos terrestres. Febe era mãe de Leto e avô de Apolo, e por ocasião do seu nascimento, deu a ele o Oráculo de Delfos como presente (outra versão diz que Têmis deu o Oráculo a Apolo). O deus fez seu caminho até Delfos, para tomar posse do seu oráculo, mas ao se aproximar teve seu caminho bloqueado por Píton, o guardião do oráculo. Apolo (ou Apolo e Artêmis, segundo outra versão) matou Píton cravando-lhe cem flechas no corpo. Na versão em que o Oráculo de Delfos pertencia a Gaia e Poseidon, Apolo ganhou apenas a parte que havia sido de Gaia, porém Poseidon deu-lhe sua parte do santuário em troca do templo de Kalaureia, em Troizen. Após matar Píton, a cidade de Delfos passou a ser conhecida também pelo nome da besta, que vinha do verbo, pythein (πύθειν, "apodrecer"), devido à decomposição do corpo do monstruoso Píton depois que ele foi morto por Apolo. Outra versão diz que Apolo matou Píton como vingança por sua mãe, por a serpente tê-la perseguido durante a gravidez, e não para tomar posse do Oráculo. Após matar Píton, Apolo ficou conhecido por muitos pelo título de Pythius.

 

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Apolo e Píton

 

Apolo criou em sua honra os Jogos Píticos de Delfos, um dos 4 jogos pan-helénicos da Antiga Grécia (as maiores competições da Grécia), que se realizava de quatro em quatro anos (dois anos depois dos Jogos Olímpicos) em Delfos. Foram iniciados cerca do século VI a.C. e consistiam inicialmente em cantar hinos ao deus; mais tarde foram incorporadas competições de música e poesia (pois Apolo era também o deus da música e poesia). Apenas mais tarde foram incorporadas competições esportivas. Os Jogos Píticos eram o segundo maior da Grécia, ficando atrás apenas dos Jogos Olímpicos.

 

Apolo e Artêmis eram bons filhos, sempre atacando aqueles que ofendiam sua mãe. Eles puniram Niobe, uma rainha de Tebas, por ela ter dito ser superior a Leto, que só tinha dois filhos, enquanto ela tinha 14; os gêmeos mataram seus 14 filhos com suas flechas. Mataram a serpente Píton com flechas por ela ter perseguido sua mãe durante a gravidez (a maioria das versões, no entanto, diz que só Apolo a matou). Mataram Leimon, um arcadiano que induziu o povo da sua cidade a expulsar Leto quando ela procurou abrigo lá. Os deuses gêmeos mataram ainda Tityos, um gigante de Fócis (na Grécia Central), que tentou estuprar Leto quando ela passou por sua cidade.

 

Um mito muito importante sobre Apolo fala do nascimento de Hermes. Conta-se que Hermes era filho de Zeus e Maia, uma das Plêiades. Logo ao nascer, Hermes fugiu do berço que sua mãe lhe preparou e foi até a Pieria, onde roubou o gado vermelho de Apolo. Para não ser descoberto pelas pegadas, ele colocou calçados invertido em si e no gado, para enganar quem o perseguisse, e voltou para Pylos. Ele os escondeu em uma gruta, exceto por dois que ele sacrificou, prendendo suas peles em pedras, fervendo uma parte da carne para sua refeição e queimando o resto. Fora da caverna, ele encontrou uma tartaruga se alimentando. Hermes a matou e limpou-a e esticou-se sobre seu casco cordas feitas com as tripas do gado que havia sacrificado (ou com tripas de ovelha, segundo outra versão), e assim inventou uma lira. Apolo buscou por seu gado por toda parte, encontrando apenas poucas pessoas que falaram ter visto um menino conduzindo gado, mas que não sabiam para onde ele foi, pois não havia como seguir as pegadas. Apolo então usou sua habilidade em profecia para achar Hermes. Ao encontra-lo, Apolo o levou a Zeus que conseguiu fazer o garoto confessar o roubo. Apolo queria puni-lo, mas ao ouvir a melodia da lira que Hermes inventou com o casco de tartaruga, Apolo disse que daria o gado a Hermes se ele lhe desse a lira, e Hermes concordou. Foi assim que Apolo ganhou sua lira, um dos seus mis famosos símbolos. Após isso, Hermes moldou uma flauta de pastor e começou a tocar, e Apolo mais uma vez ficou encantado com o som. Em troca da flauta, Apolo deu a Hermes um cajado de ouro (que viria a se tornar seu famoso caduceu) e ensinou-lhe a arte da adivinhação.

 

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Mais tarde, certa vez, Atena, Hera, Apolo e Poseidon se rebelaram contra Zeus, o rei dos deuses. Eles o enganaram e o acorrentaram. Zeus foi ajudado pela nereida Tétis que, ao vê-lo acorrentado, chamou o hecatônquiro Briareu, que soltou Zeus e afugentou os outros deuses. Como punição, Hera foi pendurada nos abismos do Caos (o deus primordial do escuro Ar Inferior), abaixo do tártaro, sendo mais tarde salva por Hefesto. Por terem ajudado a rebelião, Poseidon e Apolo foram desprovidos de seus poderes imortais e forçados a servir Laomedon, rei de Tróia. Laomedon os fez construir um enorme muro ao redor de Tróia, prometendo recompensá-los bem após o termino. Outra versão diz que Poseidon e Apolo se disfarçaram de humanos e construíram o muro para por o rei troiano a prova. Quando o muro ficou pronto, Laomedon se recusou a pagar a recompensa prometida. Apolo e Poseidon foram feitos deuses novamente, mas foram proibidos de destruir Tróia por vingança.

 

Apolo também era famoso por suas competições de música. Um mito conta que Atena foi inventora da flauta. Rapidamente foi ao Olimpo mostrar aos deuses sua invenção, mas mesmo achando a música bela, as outras deusas riram de Atena, pois ela inflava as bochechas e fazia caretas ao tocar a flauta. Atena viu seu reflexo na água e soube que era verdade. Ela jogou fora suas flautas e disse que aquele que os pegasse seria punido severamente. Mais tarde as flautas foram recuperadas pelo sátiro Marsias, que passou a produzir belas músicas com elas. O sátiro ficou convencido com sua música, e ousou desafiar Apolo para uma competição. Ele perdeu a primeira rodada; e na segunda rodada, Apolo propôs que tocassem seu instrumento de cabeça para baixo, algo muito difícil de se fazer com uma flauta. Assim, Apolo foi considerado o vencedor, e como punição, amarrou Marsias numa árvore e o esfolou vivo. E assim se cumpriu a maldição de Atena. Mais tarde, Apolo se apiedou e transformou Marsias em um córrego da montanha.

 

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Concurso de Apolo e Marsias

 

Apolo poucas vezes punia os mortais por capricho, pois era o deus portador de pragas e doenças, então já era seu dever levar infortúnios a humanidade. Porém, em algumas ocasiões, ele punia humanos por capricho. A mais famosa delas é um mito de outra das competições de música de Apolo. Conta-se que certa vez Apolo e Pã, o deus do mundo selvagem, fizeram uma competição de música, na qual Apolo tocou sua lira e Pã sua flauta de bambu. O rei Midas (o mesmo que tinha o toque de ouro) foi convidado por Apolo para julgar a competição, e enquanto toda a plateia adorou a música de Apolo, Midas se encantou com a música rústica de Pã, e assim declarou o deus selvagem como vencedor. Por isso, Apolo o puniu lhe dando orelhas de burro. Outra punição de Apolo foi para a Sibila (um tipo de profeta) de Cumas, que exigiu o prolongamento de sua vida em tantos anos quantos os grãos de areia que tinha na mão. Concedido o favor, ela negou seu amor, e então Apolo não revogou-lhe o dom, mas fez com que sua beleza e juventude não fossem preservadas ao longo de sua vida de milênios, envelhecendo até se tornar uma criatura horrenda, seca e encarquilhada, escondida dentro de um vaso, cujo único desejo era morrer.

 

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Midas, Pã e Apolo

Apolo teve vários amores, mas suas histórias amorosas quase nunca davam certo. Alguns mitos dizem que ele nunca se casou, pois amava as nove musas (ninfas-deusas das artes), e não podendo escolher uma delas, resolveu permanecer solteiro. Porém os seus dois romances mais famosos foram com Daphne e Jacinto.

 

Daphne era uma náiade (ninfas do rio) do rio Ladon, na Arcádia, que foi o primeiro amor de Apolo. Segundo Ovídio, certa vez Apolo encontrou Eros, o deus do amor, e zombou dele, dizendo que seu arco era sempre certeiro e mortal, e com ele havia matado bestas, como Píthon, mas que Eros jamais seria tão bom com o arco e jamais teria sua fama. Eros então respondeu a Apolo: “Seu arco, Apolo, pode vencer tudo, mas o meu pode vencer você. Como cada criatura cede ao poder divino, assim também a sua glória se renderá à minha”. Assim, Eros subiu ao topo do Monte Parnasos e da lá atirou duas flechas, uma de ouro, que causa amor, e uma de chumbo, que destrói o amor. A primeira acertou Apolo, que se apaixonou perdidamente por Daphne, mas a segunda acertou a náiade, que passou a odiar Apolo. Daphne era uma ninfa serva de Artêmis, tendo jurado nunca se casar e ser virgem para sempre. Apolo, apaixonado, perseguiu Daphne desesperadamente, e a ninfa correu para fugir do deus. A perseguição do deus e a fuga de Daphne duraram muito tempo, até que, não aguentando mais fugir, ela rezou a Gaia (a Terra) para que a transformasse em outra coisa, para que Apolo não pudesse tê-la (outra versão diz que ela rezou para seu pai, um deus do rio Ladon). Gaia atendeu Daphne, e a garota mudou até se transformar em um loureiro. Mas ainda assim Apolo a amava. Ele estendeu sua mão sob a casca da árvore e sentiu o coração da ninfa a bater, então disse-lhe: “Minha noiva...uma vez que você nunca pode ser, pelo menos, doce louro, você será minha árvore”. A partir daí a coroa de louros foi o símbolo usado por Apolo para coroar os vitoriosos nas competições, e uma lembrança de sua falha por nunca ter conseguido Daphne.

 

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Daphne e Apolo

 

Já Jacinto era um jovem mortal. Assim que o viu, Apolo se apaixonou por ele, mas Zéfiro, o deus do vento oeste, também amou o garoto. Apolo amou tão intensamente o garoto que esqueceu de si mesmo, do arco e da lira, e passava todo o seu tempo longe de Delfos entretendo-se com o jovem. Certa vez Apolo e Jacinto jogavam quoit (uma espécie de arremesso de argolas) juntos. Quando chegou a vez de Apolo arremessar, o deus lançou seu quoit mas Zéfiro, enciumado com a relação de Apolo e Jacinto, fez o vento soprar e desviar o disco, que acertou a cabeça do jovem. Apolo desesperou-se e tentou curar a ferida do jovem com seus poderes divinos, mas foi em vão, e Jacinto morreu. Sentindo-se culpado pela morte de Jacinto, Apolo o transformou em um flor, o jacinto, para que ele permanecesse sempre no mundo.

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Jacinto

Apolo amou também Ciparisso, um jovem mortal que era especialmente afeiçoado a um cervo domesticado. Acidentalmente matou-o com seu dardo, e, inconsolável, pediu para Apolo para pranteá-lo para sempre. Apolo atendeu ao seu pedido transformando-o em cipreste, que tornou-se uma árvore símbolo do luto.

 

Outro dos amores de Apolo foi Coronis, uma princesa da Tessália. Conta-se que Apolo se apaixonou por Coronis e fez sexo com ela. Apolo foi-se e deixou um corvo para vigiá-la, para que nenhum outro homem dormisse com ela. Coronis ficou grávida de Apolo, mas durante a gravidez apaixonou-se por um arcadiano chamado Iskys. Contra o conselho do seu pai, Coronis ficou com Iskys e dormiu com ele. O corvo informou isso a Apolo, que ficou furioso e amaldiçoou o corvo, fazendo suas penas, antes brancas, tornarem-se pretas. Como vingança pelo irmão, Artêmis mata Coronis. Em outra versão o próprio Apolo a mata. Iskys, por sua vez, é morto por um raio de Zeus. Coronis foi queimada em uma pira funerária, mas não suportando ver seu filho morrer junto com a mãe, Apolo abriu o ventre de Coronis e resgatou o bebê. Segundo outra versão, a criança foi resgatada por Hermes. Apolo então levou o bebê, chamado Asclépio, para ser criado pelo centauro Quíron.

 

Como curandeiro, Asclépio tornou-se tão bom que passou até mesmo a conseguir ressuscitar os mortos. Ressuscitou várias pessoas, entre eles Hipólito, o único homem a caçar junto com Artêmis. Ao ver Asclépio ressuscitando os mortos, Zeus, com medo que os homens pudessem aprender a arte da medicina de Asclépio e reviver uns aos outros, lança seu raio sobre ele, matando-o. Outra versão diz que Hades reclamou com Zeus que seu reino estava diminuindo com Asclépio ressuscitando os mortos, e por isso Zeus o matou. Apolo desesperou-se pela morte do filho e não podendo vingar-se de Zeus, Apolo matou os ciclopes que forjaram o raio de Zeus. De acordo com alguns autores, os ciclopes mortos não foram os ciclopes ancestrais Brontes, Esteropes e Arges, os que originalmente forjaram o raio de Zeus, pois eles eram imortais. Os ciclopes mortos por Apolo teriam sido Euryalos, Elatreus, Trakhios, e Halimedes, filhos dos três ciclopes ancestrais. Como punição a Apolo, Zeus quis jogá-lo no Tártaro, mas por intervenção de sua mãe Leto, Zeus mais uma vez retirou os poderes imortais de Apolo e o condenou a servir Admeto, rei da Tessália, durante um ano.

 

Sendo bem tratado pelo rei durante sua expiação, Apolo ajudou-o a obter Alceste e a ter uma vida mais longa que a que o destino lhe reservara. Uma versão da história a amplia, e diz que enquanto Apolo estava entre os mortais ensinou-lhes a música, a dança e todas as artes e ofícios que tornam a vida mais agradável; ensinou às pessoas também os jogos atléticos, a caça, a contemplação da natureza e a percepção de suas belezas próprias, e todo o dia parecia um dia de festa. Os deuses, vendo que a vida na Terra se tornava mais aprazível que a sua, chamaram de volta Apolo para o Olimpo.

 

Apolo teve outro amores, com os quais teve vários filhos. Com a ninfa Cirene foi pai de Aristeu, o deus da apicultura, produção de óleo de oliva, das ervas medicinais e do mel; foi pai de Cariclo, a ninfa que foi esposa do centauro Quíron; e segundo algumas versões foi pai de Cila, o monstro marinho, junto com Hécate, a deusa da magia. Entre seus descendentes mortais mais famosos estavam Idmon, um vidente de Argos que viajou como os argonautas; Cicno, um jovem que foi apaixonado por Fáeton, filho de Hélios (deus do sol), e foi transformado em um cisne após se jogar em um lago para procurar seu amado, que havia sido derrubado do céu por Zeus; e Orfeu, filho de Apolo e da musa Calíope, que era um grande bardo e que fez parte dos argonautas, acalmando animais e até as ondas do mar com sua música. Alguns personagens históricos também são citados como filhos de Apolo: a tradição sobre Pitágoras o refere ou como um filho ou como uma verdadeira encarnação de Apolo e Ácia, mãe do Imperador Augusto, poderia ter sido engravidada pelo deus em forma de serpente, quando dormiu no seu templo. Apolo teve ainda vários outros amores, entre homens e mulheres, com e teve vários filhos mortais, sendo o deus com mais filhos após Zeus e Poseidon.

 

Fonte: Theoi Project

P.S.: trazendo o último dos deuses olimpianos que apareceram em CDZ. Apolo é uma contraparte interessante de sua irmã, já que enquanto ela é uma deusa virgem que vive na natureza, Apolo vive várias paixões entre mortais e imortais e vive em meio deles (um deus mais "urbano", por assim dizer), apesar de ambos dividirem o amor pelo arco e flecha. Porém, apesar de tudo, seus amores quase sempre acabam em tragédia, seja para aqueles que ele ama ou para os filhos que tem de suas relações, sem falar que ele é o deus mais abertamente bisexual da mitologia, enquanto outros deuses/deusas tem, no máximo, um ou dois casos com homens/mulheres. Já em CDZ só tivemos uma pequena prova do deus em Prólogo do Céu, mas espero vê-lo de novo em ND. Espero que gostem. Proximo: Nike, a deusa da vitória.

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Uma coisa interessante que só percebi agora: Apolo não é o Deus do Sol.

 

Sempre imaginei que o deus grego do Sol era Apolo, o que fazia sentido pra mim já que Arthemis é a deusa da Lua e como ambos são gêmeos... Sol-Lua. Procurei aqui e quem seria o deus do Sol seria Hélios, mas que as vezes é confundido como também sendo Apolo. Você chegou a ver algo sobre essa confusão ou o motivo dela?

 

Novamente um ótimo post!!!

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Uma coisa interessante que só percebi agora: Apolo não é o Deus do Sol.

 

Sempre imaginei que o deus grego do Sol era Apolo, o que fazia sentido pra mim já que Arthemis é a deusa da Lua e como ambos são gêmeos... Sol-Lua. Procurei aqui e quem seria o deus do Sol seria Hélios, mas que as vezes é confundido como também sendo Apolo. Você chegou a ver algo sobre essa confusão ou o motivo dela?

 

Novamente um ótimo post!!!

 

Apolo e Artêmis, no mundo grego, nunca foram o deus do Sol e da Lua. O deus grego do sol era Hélios, e a deus da lua era Selene. Os deuses gêmeos só foram adorados como deuses do Sol e Lua no período Romano, como Febo (forma romana de Apolo) e Diana (forma romana de Artêmis).

 

O que ocorreu foi o seguinte: no período Romano, Roma assimilou a maioria dos deuses gregos para si, apenas mudando o seu nome. Durante essa assimilação, alguns cultos acabaram de sobrepondo, e foi o caso de Hélios com Apolo e Selene com Artêmis. Assim, além das suas esferas de influência no mundo grego, os gêmeos acabaram assimilando s esferas de influência de Hélios e Selene também, e fazendo com que esses deuses não existissem no mundo romano.

 

É basicamente isso. Essa história de transição entre os deuses gregos pra romanos é um grande confusão. Antes de postar os deuses romanos de Ômega, eu faço um post explicando tudo isso.

 

EDIT: erro meu, existem sim versões romanas de Hélios e Selene, que são chamados de Sol e Luna, respectivamente. Em Roma, mais que deuses, eles são a própria encarnação do astro. No período romano mais tardio, Sol e Luna tiveram seus cultos incorporados aos de Febo e Diana (versões romanas de Apolo e Artêmis) e perderam seu culto próprio, por isso os gêmeos passaram a ser deuses dos astros celestes.

Editado por §agitariu§
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Hélios e Selene existem mesmo na mitologia grega. As versões romanas são o Sol Invicto e Luna, respetivamente.

 

Uma correção: Sol Invictus não é a versão romana de Hélios. Sol Invicto e um título que alguns deuses como Mitras e Marte tiveram em Roma. A versão romana de Hélios é chamada simplesmente de "Sol".

Editado por §agitariu§
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  • 2 semanas depois...

NIKE - A DEUSA DA VITÓRIA

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Nike (Victoria para os romanos) era a deusa alada ou espírito (daimon) da vitória, tanto no campo de batalha, quanto na competição pacífica. Nike era filha do titã Palas (titã dos ofícios da Guerra) e Estige (oceânide do rio Estige, um dos rios do Mundo Inferior, e também a daimona do ódio). Tinha como irmãos Zelos (o daimon ou deus menor da rivalidade), Kratos (o daimon ou deus menor da Força) e Bia (a daimona ou deusa menor do poder).

 

 

http://i.imgur.com/m7A7AOz.png

 

Nike era descrita como uma mulher alada, com asas douradas, sendo às vezes chamada de “a dourada Nike”. Ela foi representada nas antigas pinturas de vasos gregos como uma mulher alada, levando em suas mãos uma variedade de atributos diferentes em cada representação. Podia aparecer levando uma grinalda ou faixa para coroar um vencedor, um oinochoe e phiale (bacia e copo) para libações (aspersão de líquido em honra aos deuses), um Thymiaterion (queimador de incenso), um altar ou uma lira para a celebração da vitória na música. Nas cenas da Gigantomachia (Guerra dos Gigantes) muitas vezes ela aparece dirigindo a carruagem de Zeus. Nas artes de mosaico e em moedas, Nike é mostrada segurando um ramo de palmeira, como um símbolo de vitória.

 

http://www.theoi.com/image/T24.1Nike.jpg

 

Nike estava estreitamente identificada com a deusa Athena, às vezes aparecendo apenas como um atributo da deusa.

Durante a Guerra dos Titãs, Zeus chamou os deuses para se aliarem a ele contra os titãs. A primeira a aparecer foi Estige, que trouxe seus quatro filhos, Nike, Zelos, Kratos e Bia, e os colocou ao serviço do deus. Nike foi nomeada sua cocheira, e todos os quatro foram nomeados como sentinelas, ficando em pé ao lado do trono do deus. Estige foi honrada por Zeus, instituindo o “Juramento pelo Rio Estige”, juramento que não poderia ser quebrado nem pelos deuses.

 

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Nike, dirigindo a carruagem de Zeus

A Dyonisiaca nos conta que Nike foi também de grande ajuda na batalha contra Tifão, o gigante das tempestades. Durante a batalha, tendo todos os outros deuses fugido, exceto Zeus, Nike veio a ele na forma de Leto (a mãe de Apolo e Artêmis) e o consolou e instigou a voltar a batalha e derrotar Tifão. Zeus foi levado de volta à batalha por Nike, e esta segurou seu escudo em uma mão, protegendo-o durante a batalha, e o cajado do seu pai em outra.

 

Nike também esteve no casamento de Cadmo (o herói fundador de Tebas) e Harmonia (a deusa da Harmonia), onde cantou e dançou com Eros (deus do amor).

 

Nike foi associada a outras deusas, especialmente a Atena, sendo por vezes tomada como um epíteto desta e chamada de Atena Nike. Na Acrópole, em Atenas, há um templo dedicado a Atenas Nike (que ainda está de pé). Segundo Pausanias, existia uma estátua de Nike dentro do templo, esculpida em madeira, que diferente das outras representações da deusa, foi esculpida sem asas, para que “a vitória nunca os deixasse”.

Temple_of_athena_nike_2010.jpg

Templo de Atena Nike, localizado em Atenas, na Grécia

 

Nike também tinha estátuas em outras cidades gregas, como Peiraios, Titane, Esparta, Olímpia e em Boiotia. Exceto Boiotia, que ficava na Grécia central, todas as outras cidades com representações de Nike ficavam no sol da Grécia, levando a supor que seu culto era mais difundido naquela região. Também tinha uma representação na cidade de Siracusa, na Sicília.

 

A mais famosa estátua de Atena, a Atena Parthenos, foi uma estátua gigante, feita de ouro e marfim, que representava Atena com um escudo na mão esquerda e Nike na mão direita (foi nela que Kurumada se baseou par criar a Estátua/Armadura de Atena.

 

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Cópia em mármore, em pequena escala, da Atena Parthenos

Fonte: Theoi Project

P.S.: trazendo mais um. Nike é a segunda deusa mais presente em CDZ, depois de Atena, apesar dela sempre existir em sua forma de báculo. E ela é uma personagem bem interessante, pois quase nunca paramos pra pensar que Hades não era o único com deuses menores a seu serviço, pois Atena sempre teve Nike. Seria bem interessante vê-la em forma humana e talvez até lutando a favor de Atena. Na mitologia, só o fato dela ser a representação da vitória já é interessante, mas também é bem legal fato de ela guiar a carruagem de Zeus. E sua relação com Atena não e tão estranha, pois era comum deuses maiores terem epítetos derivados de uma "associação" com deuses menores. Próximo: Thanatos, o deus da morte.

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Essas aventuras do Apolo só mostra como os deuses gregos eram mau perdedores e não aceitavam levar um pé na bunda /kaka

 

Com menos tempo de "tela" em relação a boa parte dos outros deuses, ele conseguiu ser o mais imponente deles em SS /rock

 

 

Quanto a Nike, seria mais legal se o báculo a simbolizasse ou tivesse a benção dela, ao invés de ser a própria (o que é bem bizarro por sinal). Pena que nenhum autor de SS a mostrou na forma humana.

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Interessante que nem mesmo material como o hipermito tentou explicar porque nike optou por ficar na forma de báculo indefinidamente.

 

Mas provavelmente, isso tenha relação com a ideia original do Kurumada de que atena não seria uma pessoa mesmo mas sim uma representação ideal pros cavaleiros.

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