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Mitologia de Saint Seiya


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Gostei muito de conhecer com detalhes toda a história de Lancelot dos mitos Arturianos. Não sabia que a Espada Sagrada do Lancelot do Okada era em referência à descrição desta na mitologia, achei bem genial então a abordagem do mangaká. E também entendi o motivo do personagem se referir a sua lâmina como amaldiçoada quando enfrenta o Shura, é por causa da sua relação com as pessoas que matou no passado. E como ele aparentemente trilhou o mesmo caminho que o mesmo Lancelot dos mitos em SS, então faz todo sentido.

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ROLAND DE DURANDAL

http://www.saintseiyapedia.com/ssp_media/images/c/c9/Curse_Sword_Activate_Roland.jpg

Roland (falecido em 15 de agosto 778) foi um franco líder militar sob o comando de Carlos Magno, que se tornou uma das principais figuras do ciclo literário conhecido como a Matéria da França. O Roland histórico era governador militar da Breton March, responsável pela defesa da fronteira francesa contra os bretões, e morreu numa batalha contra os bascos em 778.

 

A morte de Roland foi metamorfoseada mais tarde na literatura renascentista. Nessa, ele se tornou o sobrinho e principal paladino do imperador Carlos Magno e uma figura central no material lendário em torno dele, conhecidos coletivamente como o Matéria da França. O primeiro e mais famoso destas obras épicas foi A Canção de Roland, escrita no século XI. Outras obras vieram depois, como Innamorato Roland (Roland Apaixonado) e Roland Furioso.

 

A Canção de Roland conta a história da batalha de Roncevaux, onde as forças de Carlos Magno foram emboscadas pelos bascos na passagem de Roncevaux.

 

Já em Innamorato Roland, Angélica, filha do rei Cataio, monta um torneio no tribunal de Carlos Magno, e oferece a si mesmo como prêmio a quem derrotar o seu irmão Argalia. O segundo competidor mata Argalia, mas Angélica foge, e é perseguida pelos principais paladinos do reino, entre eles Roland e Renauld. Vagando pela floresta, Angélica bebe da fonte do amor, fazendo-a se apaixonar por Renauld; esse, por sua vez, bebe da fonte do ódio, fazendo-o odiar a moça. Angélica pede então ao mago Malagigi que rapte Renauld; o mago captura-o e o leva a uma ilha encantada. Angélica retorna a Catai, onde é cercada pelo rei Agricane, outro dos seus admiradores, na fortaleza de Albraccà. Roland chega a Catai e consegue matar o rei atacante e libera Angélica. Renauld, liberado da ilha onde esteve preso, tenta convencer Roland a voltar à Europa, e os dois lutam ferozmente. Renauld retorna à França perseguido por Angélica, ainda sob o encanto da fonte do amor; Angélica, por sua vez, é seguida pelo enamorado Roland. De volta à floresta de Ardenne, Renauld e Angélica bebem das fontes contrárias, de maneira que Renauld apaixona-se pela princesa novamente; Roland e Renauld duelam por Angélica. Na França, Carlos Magno decide entregar a princesa ao duque Namo, oferecendo-a ao guerreiro que lutar mais valorosamente contra os atacantes infiéis. Enquanto isso, o rei sarraceno Agramante cerca Paris à cabeça de um enorme exército, que inclui os guerreiros Ferrabrás, Rodomonte, Gradasso e outros. O objetivo do rei sarraceno é vingar a morte de seu pai Troiano, morto por Roland. A narrativa é abruptamente interrompida nesse ponto.

 

Roland Furioso continua de onde Innamorato Roland parou. No início do poema, Angélica escapa do castelo da Baviera, pertencente ao Duque Namo e Roland sai em sua perseguição. Os dois se encontram com várias aventuras até Angelica ser salva por um cavaleiro sarraceno ferido, Medoro, pelo qual se apaixona e foge com ele para Catai. Quando Roland descobre a verdade, ele enlouquece com desespero e assola a Europa e África destruindo tudo em seu caminho. O cavaleiro inglês Astolfo viaja para a Etiópia para encontrar uma cura para a loucura de Roland. Ele voa na carruagem flamejante de Elias até a lua, onde tudo perdido na terra pode ser encontrado, incluindo a sanidade de Roland. Ele a traz de volta em uma garrafa e faz Roland cheirá-la, restaurando assim à sanidade e ao mesmo tempo esquecendo o amor por Angélica (o autor explica que o amor é em si uma forma de insanidade). Roland finalmente decide voltar a seu dever de cavaleiro e vai para a batalha, onde derrota o rei Agramante.

 

Bremen_Roland.jpgBremen_Roland.jpg

Estátua de Roland

Roland é poeticamente associado com um olifante (um chifre de sinalização), sua espada Durandal e seu cavalo Vigilante. Roland é citado na Divina Comédia, onde Dante vê seu espírito no Céu de Marte junto com os outros que lutaram pela fé.

 

ESPADA SAGRADA - DURANDAL

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Durandal ou Durendal (provavelmente do francês "durer", que significa "durar, suportar"), é uma espada mágica pertencente a Roland, um paladino de Carlos Magno, na série literária conhecida como a Matéria da França.

 

A origem da espada diverge em algumas obras, porém a maioria das histórias concorda que ela foi forjada por Wayland, um lendário ferreiro da mitologia nórdica, que também forjou a espada Gram. Também há divergência de quem a deu a Roland: de acordo com o poema Orlando Furioso de Ludovico Ariosto, ela pertencera outrora a Heitor de Troia, e tinha sido dada a Rolando por Maugris; já de acordo com A Canção de Roland, a espada é dada por um anjo a Carlos Magno, que a dá a Roland.

 

Rolandfealty.jpg

Carlos Magno dando a espada a Roland

Em A Canção de Roland, afirma-se que a espada contém, em seu punho de ouro, um dente de São Pedro, sangue de São Basílio, um fio de cabelo de São Denis e um fio da capa da Virgem Maria, fazendo dela a espada mais afiada de todas. No poema, ao perder o seu cavalo, Vigilante, e perceber que está ferido de morte numa emboscada dos sarracenos, Roland tenta destruir a espada para impedir que ela seja capturada. Como a espada prova-se indestrutível, Roland esconde-a então sob seu corpo, junto com o olifante, o chifre usado para alertar Carlos Magno.

 

Mort_de_Roland.jpg

A morte de Roland, como descrita em "A Canção de Roland"

 

O folclore local sustenta que Durandal ainda existe, preservada em Rocamadour, na França, embutido na parede do penhasco. No século XII, os monges de Rocamadour alegaram que Roland jogou a espada lá, em vez de o esconder embaixo de si mesmo.

 

Rocam_durandal_082005.jpg

Espada fincada no penhasco de Rocamadour, que segundo a crença local é a "Durandal", que pertenceu a Roland

Fontes: Wikipedia, Rocamadour

P.S.: trazendo mais um gladiador. Acho bem interessante a forma como o Okada pega personagens mitológicos, históricos e até literários pra criar os gladiadores. Sobre Roland, apesar de ser um personagem histórico, foi bastante romantizado pela literatura. Suas histórias literárias são ótimas, e gosto principalmente de Roland Enamorado e Roland Furioso, apesar de A Canção de Roland ser mais clássica. Roland, assim como Lancelot, é considerado um traidor, pois abandonou o serviço do rei Carlos Magno devido a seu amor por Angélica, mas acaba por se redimir depois. Já sobre a sua espada, mais uma vez Okada parece ter seguido sua descrição, fazendo-a com um "punho de ouro" (que é bem interessante, pois o "punho da espada" é o que cobre o punho de Roland, fazendo com que o "punho de ouro" se mantenha nas duas formas), apesar de que as relíquias que ela contem ficam dentro do punho, então não sabemos se o Okada as reproduziu também, mas é bem capaz que sim. Espero que gostem. Próximo: Alice de Espada Vorpal.

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Gostei bastante da história referente ao Roland mitológico e fiquei ainda mais feliz de ver que muito do personagem é incorporado pelo Okada para compô-lo. Achei interessante entender que o epíteto de Roland Furioso existe originalmente e é o nome de uma das tramas literárias do personagem em questão e foi bem legal do Megumu adaptar isso como uma nuance do Gladiador, um estado de espírito dele baseado no decorrer dos confrontos que trava.

 

Outra coisa que achei interessante foram os ingredientes que tornam a Durandal uma lâmina digna da reputação que a precede. E todos foram mencionados como partes integrantes da composição da Espada, sugerindo que Okada seguiu mesmo a risca todo o conto literário.

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Viu pq, sem sombra de dúvidas, Okada é o melhor roteirista de SAINT SEIYA? Não são apenas referências sutis, são verdadeiras pesquisas minuciosas sobre detalhes obscuros e pouco conhecidos que, em tempos, vão sendo divulgados. Isso aconteceu com a Titanomaquia da estória original, agora aparece em G.A

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Não sabia que havia uma base mitológica/literária que o Okada tinha usado na estética da espada arco-íris de Lancelot.

 

Há diversas similaridades entre a Matéria da França e o Ciclo Arturiano: um traidor (Ganelon/Mordred), um rei semi-lendário (Carlos Magno/Arthur), o principal cavaleiro a serviço do rei que se apaixona perdidamente por uma donzela e enlouquece por causa disso (Lancelot/Roland), espadas lendárias com elementos mitológicos/religiosos (Joyeuse, Excalibur, Durandal etc), influências cristãs etc.

 

Sempre conheci o portador da Durandal pelo nome "Orlando" devido as obras literárias dos escritores italianos, por isso estranhei um pouco quando Okada o nomeou como Roland (que é mais comum, mas eu não sabia do uso desse nome)

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Sempre conheci o portador da Durandal pelo nome "Orlando" devido as obras literárias dos escritores italianos, por isso estranhei um pouco quando Okada o nomeou como Roland (que é mais comum, mas eu não sabia do uso desse nome)

 

Também estranhei no início, pois conhecia as obras italianas como "Orlando Furioso" e "Orlando Enamorado". Só depois que o Okada usou o epíteto de "Roland Furioso" foi que entendi a referência literária, pois achei que ele tinha simplesmente mudado o nome do dono da Durandal.

 

"Roland" ou "Rolando" é o nome original do cavaleiro histórico francês que inspirou essas obras, tanto que a obra original francesa se chama "La Chanson de Roland". Quando escreveram suas obras, os escritores italianos traduziram seu nome pra "Orlando", que foi como ficou conhecido no Brasil e como eu mesmo conhecia. Só depois do Okada foi que descobri que seu nome original era Roland.

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ALICE DE ESPADA VORPAL

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O nome dessa gladiadora é baseado em Alice, personagem principal dos livros “As Aventuras de Alice no País das Maravilhas” e “Alice Através do Espelho e o Que Ela Encontrou por Lá”, escritos por Lewis Caroll.

 

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Alice, por John Tenniel, ilustrador original dos livros

No primeiro livro, Alice, uma garota londrina, está passando o tempo com sua irmã quando vê um Coelho Branco de colete, carregando um relógio de bolso. Surpreendida, segue-o até à toca do coelho e cai nela, indo parar em um mundo mágico, o País das Maravilhas, onde interage com seus vários habitantes, como a Lagarta Azul, o Chapeleiro Maluco, a Lebre de Março, o Gato Chesire e A Rainha de Copas.

 

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No segundo livro, Alice atravessa um espelho e vai parar no mundo que há atrás dele. Nesse livro, Alice tem que atravessar vários obstáculos, estruturados como peças de xadrez, e interage com vários personagens daquele mundo, como os gêmeos Tweedledum e Tweedledee, a Rainha Branca, a Rainha Vermelha, e encontra alguns personagens do País das Maravilhas, como o Chapeleiro Maluco e a Lebre de Março.

 

A produtora de filme Disney lançou duas adaptações da história história do livro "Alice no País das Maravilhas", sendo um deles uma animação lançada em 1951, e o outro um live-action, dirigido por Tim Burton, lançado em 2010. A gladiadora Alice parece inspirações também nesses filmes, principalmente com o live-action de 2010, o que podemos ver por sua relação com a Espada Vorpal, a semelhança da versão de Alice por Tim Burton. Já sua aparência , parece ser uma mistura do visual da personagem no animação da Disney de 1951 com as ilustrações originais do livro, feitas pelo desenhista John Tenniel.

 

ESPADA SAGRADA - VORPAL

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A espada vorpal é uma espada citada num poema do livro fictício Jabberwocky, encontrado pela personagem Alice no livro “Alice Através do Espelho e o Que Ela Encontrou por Lá”.

 

Na história, Alice encontra um livro escrito em uma linguagem aparentemente ininteligível. Percebendo que está viajando através de um mundo invertido, ela reconhece que os versos das páginas estão escritos em escrita espelhada. Ela segura um espelho em frente a um dos poemas, e lê refletido no espelho o título "Jabberwocky". "Jabberwocky" é considerado um dos poemas mais absurdos escritos em inglês, pois é cheio de neologismos e palavras inventadas pelo autor baseadas em palavras reais, mas ele nunca contou o significado completo do poema a ninguém.

 

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O Jabberwocky, ilustração de John Tenniel para a edição original de “Alice Através do Espelho e o Que Ela Encontrou por Lá”.

Devido às várias palavras inventadas, pouco se entende do conteúdo de Jabberwocky. O poema parece ser narrado por alguém dizendo ao seu filho para ter cuidado com um monstro, o Jabberwocky, pois suas garras arranham, suas maxilas mordem e ele tem olhos de fogo. O garoto, porém, está com sua espada vorpal na mão, e com ela mata o Jabberwocky. Após isso, o garoto e seu pai/mãe se abraçam e riem de alegria.

 

A escolha de Alice como uma gladiadora e usuária da Espada Vorpal provavelmente tem uma grande influência da adaptação disneyana de "Alice nos País das Maravilhas, dirigida por Tim Burton e lançada em 2010. Nela, Alice volta ao País das Maravilhas depois de anos, pensando que o lugar é apenas um sonho da sua cabeça. Lá, ela descobre que o país está em guerra da bondosa Rainha Branca contra a tirana Rainha Vermelha, e que esta última tem a vantagem pois controla o poderoso Jabberwocky, mas segundo uma profecia, Alice poderia vencê-lo com a espada Vorpal, a única lâmina que pode ferir o Jabberwocky, e acabar com a guerra.

 

Diferente das espadas de Lancelot e Roland, a espada Vorpal não tem uma descrição nos livros. Okada parece tê-la criado misturando símbolos das histórias de Alice. Por exemplo, os vários corações ao longo do cabo da espada são uma clara referência a "Rainha do Copas", personagem do livro de Alice que tinha por habito decapitar os que não lhe agradassem. Na lâmina, temos ainda o desenho em um azul mais claro, dos símbolos dos 4 naipes do baralho, mais uma referência aos livros de Alice. Já sobre a cor da lâmina, se não foi algo aleatório, pode ter sido feito pra lembrar um espelho, que é o objeto pelo qual Alice atravessa no segundo livro para chegar ao mundo invertido.

 

Apesar de Lewis Caroll nunca ter explicado o significado da palavra "Vorpal", a maioria dos que estudam sua obra acreditam que seja uma palavra formada pela alternância de letras das palavras "verbal" e "gospel" (do inglês, "evangelho"), dando ao seu nome o significado aproximado de "Verbo Divino" ou "Palavra de Deus".

 

Fontes: Wikipedia, Alice no País das Maravilhas, e Alice Através do Espelho e o que ela Encontrou por lá

P.S.: trazendo mais um. Eu adoro os livros de Alice, por isso esse foi um dos posts que mais gostei de fazer. Sobre a gladiadora, até agora não sabemos muito, então não posso dizer se gosto dela ou não. Já da sua espada eu gostei bastante, especialmente pelo visual original que o Okada a deu. Já sobre a escolha da personagem Alice pra representar uma gladiadora, como disse acima, tem uma influência muito grande do filme do Tim Burton de 2010, sendo que acho que o Okada quis criar uma mulher para os gladiadores e simplesmente pegou a referência mais atual e conhecida a uma espada famosa e a usou. Sem falar que adoro o filme do Tim Burton, pois ele aproveitou diversos mínimos detalhes dos livros, o que me deixou feliz. Enfim, espero mais destaque para a personagem no futuro. Espero que gostem. Próximo: Sigurd de Gram.

Editado por §agitariu§
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Até agora todos os gladiadores apresentados, com exceção da Alice, empunharam suas espadas na mitologia/literatura. A Vorpal apesar de fazer parte do universo literário de Alice, nunca foi usada por ela nos livros. O filme do Tim Burton deve ser a única obra em que Alice empunha a Vorpal.

 

Também acho que Okada optou pela Alice para inserir uma gladiadora, se não só teríamos homens como gladiadores. Há várias mulheres guerreiras como Atalanta, Boudica, Bradamante, Scathach, Joana d'Arc, Hipólita e Hervor, mas é muito difícil encontrar uma que empunhou uma espada famosa que tenha nome. Talvez o jeito de termos mais gladiadoras é o Okada sendo mais "flexível" nas referências como foi com Alice e Paracelso ou fazendo pesquisas bem aprofundadas.

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Totalmente fanficado mas ele podia fazer uma chamada Hipólita e chamar a espada de "Themyscira". É o nome do lar das amazonas em uma literatura (que não me recordo qual é) e que ficou conhecida por causa das histórias da Mulher Maravilha.

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SIGURD DE GRAM

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Sigurd ou Sigurdr é um herói lendário da mitologia nórdica e personagem central da Saga dos Volsungos. Esse herói é mais conhecido pelo nome de Siegfried, que é o nome lhe dado na Canção dos Nibelungos escrita no século XIII. Na Edda, escrita por volta do século V, era chamado originalmente de “Sigurdr”, que significa “o favorecido pela vitória” ou ainda “aquele que serve de estímulo para vencer”.

 

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Na Edda, Sigurdr é filho de Sigmund e Sieglind. Sigmund morre quando Sieglind ainda estava grávida, deixando apenas a sua espada, Balmung, quebrada durante uma batalha. Sieglind é acolhida pelo anão nibelungo Regin, que cuida dela até que ela dê a luz. Sieglind dá a luz a um menino, ao qual chama de Sigurdr. Regin, que ambicionava pegar o tesouro do nibelungos que era guardado pelo dragão Fafnir, treina Sigurdr para ser um guerreiro. Ao crescer, Sigurdr usa a espada reforjada de seu pai para matar o dragão Fafnir. Ao se banhar no seu sangue, Sigurdr torna-se imortal e ganha a habilidade de falar com as aves. Essas lhe avisam Regin planejava matá-lo para roubar o tesouro dos nibelungos que Sigurdr havia pegado do dragão Fafnir. Sigurdr então mata Regin. Os pássaros também contam a Sigurdr que no topo de uma montanha está uma Valkíria adormecida por Odin e posta em volta de um círculo de fogo criado por Loki. Está Valkíria era Brünhild, filha de Odin. Sigurdr a resgata disfarçado como o rei Gunther, mas depois de um tempo a deixa e casa-se com Kriemhild, esposa do rei Gunther, que enfeitiça Sigurdr para que esse esqueça Brünhild. Alguém tempo depois, Brünhild casa-se com Gunther, por achar que esse a libertou. Ao descobrir a farsa, Brünhild incita Gunther e seu conselheiro Hagen a matarem Sigurdr. Após a morte do herói, Brünhild se mata e é queimada na mesma pira junto com Sigurdr.

 

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Na Saga dos Volsungos, é uma saga lendária islandesa do século XIII em forma de prosa, sobre a origem, auge e declínio do clã dos Volsungos (descendentes do rei Volsung), incluindo a história de Sigurd e de Brunilda e a destruição dos Burgúndios.

Nessa Saga, Siegfried é o filho póstumo de Sigmund com sua segunda esposa, Hiordis. Sigmund morre em batalha quando ataca Odin (sob disfarce), e Odin destrói sua espada, chamada de Gram. Ao morrer, Sigmund anuncia à Hiordis sua gravidez e a deixa os fragmentos de sua espada para o filho ainda não nascido. Hiordis se casa com o rei Alf, que resolve enviar Siegfried ao anão Regin. Regin tenta Siegfried em ganância e violência: ele começa perguntando ao jovem se ele possui controle ao ouro do pai. Ao ser respondido que Alf e sua família controlam o ouro e que ele daria o que Regin desejasse, Regin questiona o motivo de ele ter uma posição modesta na corte. Siegfried replica que era tratado como igual pelos reis, mas Regin pergunta o motivo do jovem não ter um cavalo próprio. O jovem então obtém Grani para si, um cavalo descendente de Sleipnir, do próprio Odin. Por fim, Regin o conta à história do ouro de seu pai.

 

O pai de Regin era Hreidmar, cujos dois irmãos eram Ótr e Fafnir. Certo dia, os Æsir (o clã de deuses superiores, residentes de Asgard) veem Ótr com um peixe e Loki o mata. Levam o corpo para perto da casa de Hreidmar para exibir a captura. Hreidmar, Fafnir e Regin percebem a morte, e exigem que os Æsir encham o cadáver com ouro e encubram a pele com tesouro fino como compensação da morte. Loki havia capturado Alberich, o rei dos nibelungos, e exigido todo o ouro do anão. Ele recebe o tesouro, exceto por um anel. Entretanto, Loki também obtém o anel, mas carregado com uma maldição de morte a quem o usasse. Os Æsir usam esse ouro para preencher o cadáver, cobrem a pele também com ouro e finalizam com o anel. Por fim, Fafnir mata Hreidmar e toma o ouro.

 

Siegfried aceita matar Fafnir, que se transforma em dragão para poder proteger melhor seu ouro. Hábil como ferreiro, Regin constrói uma espada para Siegfried a partir dos fragmentos da espada deixada por Sigmund. O resultado é a Gram (Balmung), com a qual Siegfried mata o dragão Fafnir, e se banha com o sangue do inimigo para ter invulnerabilidade, exceto por um dos ombros, coberto por uma folha. Regin então pede a Siegfried o coração de Fafnir, e Siegfried também bebe um pouco do sangue do dragão, ganhando a habilidade de entender a língua dos pássaros. Os pássaros o alertam para matar Regin, que tramava a morte do jovem. Siegfried cumpre o pedido, mata Regin e consome o coração de Fafnir, recebendo o dom da sabedoria.

 

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Siegfried então encontra a valkyria Brynhildr, e os dois se apaixonam. Ele encontra Gjúki, que tinha três filhos e uma filha de sua esposa, Grimhild. Os filhos eram Gunnar, Hogni e Guttorm, e a filha era Gudrun. Grimhild fez uma poção mágica para forçar Siegfried a esquecer de Brynhild, para que ele pudesse se casar com Gudrun. Posteriormente, Gunnar queria casar com Brynhild. Entretanto, ela havia sido cercada com fogo, e prometeu a si mesma se casar somente com quem pudesse passar o bloqueio. Somente Grani, o cavalo de Siegfried, poderia realizar tal feito. Siegfried transforma-se em Gunnar, passa as chamas e ganha Brynhild para Gunnar. Posteriormente, Brynhild questiona Gudrun por ter um marido melhor, e Gudrun a explica tudo que aconteceu. Por ter sido enganada, Brynhild planeja vingança.

 

Primeiramente, ela se recusa a falar com os outros. Siegfried é enviado por Gunnar para averiguar o que estava errado, e Brynhild o acusa de tomar liberdades com ela. Por essa acusação, Gunnar e Hogni planejam a morte de Siegfried e encantam seu irmão Guttorm para realizar o feito. Guttorm mata Siegfried na cama, com uma lança diretamente no seu ponto fraco, que havia sido coberto pela folha ao se banhar com o sangue do dragão. Brynhild mata o filho do herói, Sigmund, que tinha três anos. Sabendo que o amado havia sido enfeitiçado para esquecê-la, ela trama sua própria morte, e constrói uma pira funerária para Siegfried, Sigmund, Guttorm e para a si mesma.

 

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ESPADA SAGRADA - GRAM

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Na mitologia nórdica, Gram (do nórdico antigo Gramr, que significa “raiva, ira”) ou Balmung, é uma espada mágica forjada pelo lendário ferreiro Volund.

 

Na saga Volsunga, Signy se casa com Siggeir, o rei de Gautland. Volsungo e Sigmund estão participando da festa de casamento (que durou por algum tempo antes e depois do casamento), quando Odin , disfarçado de mendigo, mergulha a espada Gram, na árvore viva Barnstokk ("tronco da prole") em torno do qual salão de Volsungo é construído. Odin, disfarçado, anuncia que o homem que conseguir remover a espada vai tê-la como um presente. Apenas Sigmund é capaz de libertar a espada da árvore.

 

Sigmund mantêm a espada durante toda a sua vida, até que um dia as terras de Sigmund são atacadas pelo rei Lyngi. Na batalha, Sigmund batalha contra um homem velho que é Odin disfarçado. Odin destrói a espada de Sigmund, e Sigmund cai nas mãos de outros. Morrendo, ele diz que Hjørdis está grávida e que o filho dela, um dia, irá fazer uma grande arma dos fragmentos de sua espada. O filho de Sigmund nasce e recebe o nome de Sigurd (ou Siegfried, segundo outras versões), e passa a ser criado pelo anão Regin, que incita o garoto a matar o dragão Fafnir, que na verdade era seu irmão que se transformou em dragão após matar seu pai para roubar seu tesouro.

 

Sigurd aceita matar Fafnir. Hábil como ferreiro, Regin constrói uma espada para Sigurd, que a testa numa bigorna. Por ter sido quebrada, Regin o faz outra espada, que também quebra. Por fim, Regin constrói uma espada para Sigurd a partir dos fragmentos da espada deixada por Sigmund. O resultado é a Gram, que consegue destruir a bigorna. Com ela, Sigurd mata o dragão Fafnir.

 

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Assim como a Espada Vorpal, a Gram não tem uma descrição física na mitologia, sendo que o Okada a fez do zero. O tecido que envolve a espada, e que se torna a capa de Sigurd ao vesti-la, é verde e tem um padrão de escamas reptilianas, o que é uma clara referência a pele do dragão Fafnir, morto pela espada na mitologia. A própria espada tem desenhos em padrões de chamas e escamas, mais uma vez fazendo referência ao dragão. Seu punho trás ainda proeminências brilhantes que lembram joias, o que pode ser uma referência ao tesouro guardado por Fafnir. Já sua cor azul, talvez seja simplesmente uma referência a "Espada Balmung" (Balmung é outro nome para a Gram), que aparece na Saga de Asgard do anime original, e que também tem uma coloração azul.

Fonte: Edda em prosa e Edda Poética, Wikipedia, Norse-Mythology

P.S.: trazendo o quarto dos gladiadores. Nada muito novo aqui, pois já tinha postado sobre Sigurd em "Sigfried de Duhbe" e sobre a Gram em "Sigmund de Grani". A história de Siegfried só não é minha preferida da mitologia nórdica porque gosto muito das histórias de Loki e suas trapaças. Mas a história do matador de dragões, apesar de clichê, é sempre bem legal de se ver. Já sobre a Gram, eu acho uma história muito interessante, especialmente pelo modo como Odin participa ao dar a espada e depois destruí-la, só para vê-la renascida de novo. Outra coisa interessante é que alguns estudiosos acham que a Gram, a "espada na árvore", foi a inspiração original para a Excalibur, a "espada na pedra" (se bem que, quem viu meu post sobre Excalibur no post de Capricórnio, sabe que a Excalibur verdadeira não é a espada da pedra). Bom, espero que gostem. Próximo: Paracelse de Azoth.

 

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Estou adorando ver que há uma explicação para o visual das Espadas Sagradas. Pensei que era apenas por questão estética do Okada, mas ele deu embasamento aos visuais e às referências que compõem a estrutura da lâmina, tanto em object, quanto utilizada pelo usuário.

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PARACELSE DE AZOTH

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Paracelso, pseudônimo de Philippus Aureolus Theophrastus Bombastus von Hohenheim (Einsiedeln, 17 de dezembro de 1493 — Salzburgo, 24 de setembro de 1541), foi um médico, alquimista, físico, astrólogo e ocultista suíço-alemão. Seu pseudônimo significa "superior a Celso" (escritor e médico romano).

 

Paracelso foi educado por seu pai em botânica, medicina, mineralogia, mineração e filosofia natural. Ele também recebeu uma educação humanista e teológica profunda dos clérigos locais e da escola do convento de St. Abadia de Paulo, em Lavanttal. Com 16 anos, ele começou a estudar medicina na Universidade de Basel, depois de se mudar para Viena. Ele ganhou seu doutorado de grau da Universidade de Ferrara em 1515.

 

Paracelso era conhecido como um homem difícil e irritou muitos dos seus colegas médicos. Ele abominou a teoria não comprovada, e ridicularizou qualquer pessoa que colocou mais importância em títulos do que na prática ("se a doença nos colocar à prova, todo o nosso esplendor, título, anel, e nome será de tanta ajuda como um rabo de cavalo"). Durante seu tempo como um professor da Universidade de Basel, ele convidou cirurgiões-barbeiros, alquimistas, boticários, e outros que não tinham formação acadêmica para servir como exemplos de sua crença de que somente aqueles que praticavam uma arte sabia que: “Os pacientes são seu livro, o leito do doente é o seu estudo". Ele irritou seus colegas com palestras em alemão em vez do latim, a fim de tornar o conhecimento médico mais acessível para as pessoas comuns. Ele é creditado como o primeiro a fazê-lo. Depois de difamar seus oponentes devido a uma disputa sobre as taxas médicas, Paracelso teve que deixar Basel secretamente, temendo punição pelo tribunal.

 

Paracelsus.jpg

 

Ele passou a vagar por várias cidades, e foi aparentemente durante esse período, em 1529, que adotou o nome de Paracelso. Durante esse tempo, algumas universidades proibiram a circulação e impressão de seus livros e Paracelso passou por várias dificuldades. Apenas em 1536 ele voltou a ser publicado, o que lhe ajudou a recuperar a fama. Ele morreu 5 anos depois, em 1541.

Seu estilo de medicina baseado na prática e não nos escritos antigos, como era costume na época, escandalizou a comunidade médica e seus livros foram chamados de “heréticos e escandalosos”. Após sua morte, alguns médicos que seguiam seus ensinamentos criaram o movimento “paracelcismo”, que perdurou por muito tempo.

 

Ele é creditado como o fundador da toxicologia (ramo da medicina que estuda como lidar com subtâncias potencialmente venenosas). Também é creditado por dar o nome ao elemento zinco, chamando-o Zincum. A psicologia moderna muitas vezes também credita-o por ser o primeiro a notar que algumas doenças estão enraizadas em condições psicológicas.

 

ESPADA SAGRADA - AZOTH

Diferente das Espadas dos outros gladiadores, Azoth não é exatamente uma espada mítica.

 

Azoth era um dos objetivos dos alquimistas, assim como a Pedra Filosofal e o Elixir da Vida. Azoth era considerado um remédio universal ou solvente universal. Seu símbolo era o Caduceu e assim o termo, que sendo originalmente um termo para uma fórmula oculta procuradA pelos alquimistas, tornou-se uma palavra poética para o elemento mercúrio (o Caduceu era o símbolo do deus romano Mercúrio).

 

Conhecido como o solvente universal, medicamento universal, e também por vezes relacionado ao Elixir da Vida (elixir vitae), o Azoth encarnaria todos os medicamentos, bem como os primeiros princípios de todas as outras substâncias.

Diz-se que o alquimista do século 16, Paracelso, conseguiu criar o Azoth. Em antigos retratos dele carregando sua espada, a inscrição "Azoth" pode ser visto no punho da espada. Diz-se que ele mantinha o remédio infalível em um compartimento escondido no punho da espada, para ocaso de uma emergência. Ele disse que era o "anti-veneno" a qualquer ameaça física, mental ou espiritual.

 

Como a Força de Vida Universal, o Azoth não apenas devolve a energia ao corpo, mas também a inspiração e entusiasmo que move a mente. No cosmos e dentro de cada um de nós, o Azoth seria a força evolucionária misteriosa, responsável pela unidade implacável que nos move para a perfeição física e espiritual. Assim, o conceito de Azoth é análoga à luz da natureza ou da mente de Deus. Em algumas fórmulas, Azoth é um dos ingredientes para criar a pedra filosofal.

 

Apesar de, segundo os relatos, a inscrição “Azoth” no punho da espada do Paracelso histórico era para designar um compartimento secreto onde era guardado o medicamento, muitos passaram a Azoth como o nome da própria espada. Assim, vários jogos atuais, especialmente os de fantasia medieval, tem entre suas armas uma espada chamada Azoth. Okada parece ter partido do mesmo princípio, dando a espada do gladiador o “nome” da espada do Paracelso histórico.

 

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Fontes: Wikipedia, Azoth Gallery

P.S.: trazendo mais um Gladiador. Pelo personagem que representa, acho que esse gladiador foi o mais fiel, pois também é um "médico". Acho isso ótimo, especialmente se mais tarde o Okada revelar que os Gladiadores são mesmo os personagens míticos com o seu nome. Paracelse não apareceu como gladiador ainda, então estou bem ansioso para vê-lo em ação, até porque ele tem o estilo mais legal dos gladiadores, então espero vê-lo vestido com sua espada em breve. Como mostrei, essa é a primeira das espadas dos gladiadores que não é verdadeiramente uma espada mítica, era só uma espada comum, cuja única coisa especial era o Azoth carregado em seu punho. Posso dizer que não gostei muito disso, pois pra mim ele podia se prender as espadas verdadeiramente míticas/literárias, já que tem tantas ainda não abordadas. Enfim, espero que gostem. Próximo: Chakravartin de Aparajita.

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Eu gostei do Paracelse. Como personagem histórico, ele sempre me chamou muita atenção pelos estudos de ocultismo dele, embora desconhecia o fato dele ser alquimista. Gostei também da referência da espada. Aliás, estou gostando dessa variedade de referências do Okada na nomeação das vestes e até no visual das espadas/vestes dos gladiadores. Pena q o Paracelse ainda não trajou a sua :/

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Eu gostei da referência ao nome da Espada do Paracelse, mas não entendi exatamente o motivo pelo qual ele foi designado como Gladiador. Seria apenas pelo fato de usar uma Espada? Eu preferia que os Gladiadores fossem figuras literárias e/ou mitológicas de importância ímpar.

 

Sagitarius, no capítulo 55 de GA, foi dito que Chakravartin é um epíteto que o Gladiador da Aparajita usa em substituição do seu próprio nome. Ou seja, uma auto-nomeação de acordo com o significado que a nomenclatura possui. O verdadeiro nome dele é Trivikrama Sena, do clã de Vidyadhara.

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TRIVIKRAMASENA / CHAKRAVARTIN DE APARAJITA

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TRIVIKRAMASENA DO CLÃ VIDYADHARA

Trivikramasena (do sânscrito त्रिविक्रमसेन), mais conhecido como Vikramaditya (do sânscrito significa “Sol de valor”), é o nome de um lendário imperador da índia antiga. Ele é caracterizado como o rei ideal, conhecido por sua generosidade, coragem e patrocínio de estudiosos. Há centenas de lendas sobre Vikramaditya, e a maioria das lendas o apresentam como um governante universal (por definição, um chakravartin, apesar de nenhum mito o chamar assim).

 

O trabalho mais antigo a mencionar o lendário Vikramaditya foi provavelmente o Brihatkatha, um antigo épico indiano escrito por Gunadhya em algum momento entre os séculos I e III d.C. Esse trabalho, no entanto, não existe mais, e só o conhecemos por suas citações em outros textos e por suas adaptações posteriores.

 

As primeiras dessas adaptações são a Brhatkathamanjari, escrita por Ksemendra e o Kathasaritsagara, escrito por Somadeva. Cada uma delas tem várias histórias sobre Vikramaditya, destacando suas várias habilidades.

 

Uma das mais famosas dessas histórias é a Vetala Panchavimshati ou Baital Pachisi (25 contos de Baital), que está no livro 12 da Kathasaritsagara, chamado de Oceano do Fluxo da História.

 

Nesta história, o rei Vikramaditya, aqui chamado de Trivikramasena (única história em que ele recebe esse nome), recebe durante vários dias seguidos a homenagem de um mendigo chamado Ksantila, que invariavelmente lhe traz uma fruta, que logo é entregue pelo soberano a seu tesoureiro. Sucede que um dia o monarca, tendo o ofertante saído da sala, dá a fruta a um macaquinho amestrado; quando este começa a comê-la, salta da casca da fruta uma joia de grande valor. O rei indaga o tesoureiro onde guardara as frutas recebidas anteriormente; o ministro vai ao celeiro onde as depositava e constata que elas apodreceram, restando seu conteúdo: pedras preciosas esplêndidas. No dia seguinte, à chegada do mendigo, o rei lhe indaga o motivo dessas dádivas extraordinárias e Ksantila se revela um vamachari (um feiticeiro tântrico), e explica que deseja um favor do heroico soberano, coisa indispensável para a consumação de um encantamento. Para fazer-lhe o favor prometido, o rei, quatorze dias depois, vai a um cemitério onde encontra a traçar um círculo mágico. O feiticeiro lhe pede para levar-lhe aí um cadáver que se achava em um local pouco distante, pendendo de uma árvore. O rei se dispõe a fazê-lo e tanto procura que acha o cadáver. Quando corta a corda, o cadáver volta ao lugar, e ele tem de pegá-lo de novo. Trivikramasena percebe que o defunto está possuído por um vetala, um tipo de espírito que possui corpos mortos e os torna semelhante a um vampiro.

 

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O rei decide leva-lo mesmo assim e logo o vetala lhe dirige a palavra, propondo-se a contar-lhe uma história para distraí-lo no caminho. Narra-lhe então o primeiro conto, ao final do qual lhe propõe um enigma. Concluída a narrativa, exige do rei a explicação, com a ameaça de fazer-lhe explodir a cabeça em cem pedaços se, sabendo da resposta, ele não lhe der a resposta verdadeira. O rei explica o enigma e o vetala desaparece, de modo que Trivikramasena tem de ir buscá-lo de novo. Isto se repete vinte e quatro vezes. Na última, o rei interpelado fica em silêncio: não sabe dar resposta ao enigma intrincado da última história. Satisfeito, o vetala então o livra de um desastre iminente: previne-o da traição do falso mendigo — que pretendia sacrificar o generoso soberano para dominar o vetala e poder se tornar imortal — e lhe ensina como escapar da armadilha, sacrificando, em vez, o feiticeiro. O rei assim o faz, e com isso o vetala lhe concede um desejo, e o rei pede que limpe a maldade do coração e da mente do feiticeiro e lhe restaure a vida. O vetala assim o fez, e passou a servir o soberano sempre que ele precisou.

 

http://www.kidsgen.com/fables_and_fairytales/indian_mythology_stories/images/vikram_and_betal.jpg

 

Com a ajuda do vetala, mais tarde o rei consegue a soberania sobre os Vidyadharas, um grupo de seres sobrenaturais que possuem poderes mágicos, segundo a mitologia indiana. Eles são considerados, semi-deuses e também aparecem em mitos budistas. São geralmente descritos nos mitos hindus como espíritos do ar.

 

CHAKRAVARTIN

Chakravartin é um antigo termo indiano usado para se referir a um governante universal ideal, que governa com ética e benevolência sobre todo o mundo. Tal reinado de um governante é chamado sarvabhauma. É um bahuvrihi, que figurativamente significa "cujas rodas estão se movendo", no sentido de "cujo carro está rolando em todos os lugares sem obstrução". Pode ainda significar "por meio do qual a roda está em movimento" no sentido de "por quem o Dharmachakra (" Roda do Dharma”, a ordem do universo) está girando.

 

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Representação de um Chakravartin com um dharmachakra de 16 raios

As primeiras referências a um cakravartin aparecem em monumentos da época do Império Maurya (322-185 aC), dedicado a Chandragupta Maurya e seu neto Ashoka. Não tem sido geralmente utilizado para qualquer outra figura histórica. No budismo, o Chakravarti passou a ser considerada a contrapartida secular de um buda. No Majjhima Nikaya, Gautama Buda é citado como afirmando que uma mulher nunca pode ser um chakravartin.

 

Segundo o jainismo (uma antiga religião indiana que prescreve o caminho da ahimsa, a não-violência, para todos os seres vivos), durante cada movimento do meio ciclo da roda de tempo, 63 Śalākāpuruṣa ou 63 homens ilustres, que consiste em 24 Tirthankaras e seus contemporâneos, aparecem regularmente. De acordo com a cosmologia jainista, destes 63, doze são Chakravartins, que são monarcas universais ou conquistadores mundiais. A mãe de um chakravartin tem alguns sonhos no momento da concepção. De acordo com o Adipurana, a mãe do chakravartin Bharata viu o sol e a lua, o monte Meru, um lago com cisnes, a terra e do oceano. Um chakravartin é considerado um ideal de ser humano dotado de trinta e dois grandes sinais de excelência e muitos outros pequenos sinais de excelência.

 

Ainda segundo o jainismo, o chakravartin era caracterizado pela posse da saptaratna, as "sete jóias” ou “sete emblemas da realeza”. O primeiro deles era a “cakraratna”, a preciosa roda de ouro, e que segundo a lenda, era o meio de um chakravartin se comunicar com outros continentes, pois ele e sua comitiva podiam voar sobre a cakraratna. O segundo era a “maṇiratna”, a preciosa joia dos desejos, que podia realizar desejos, desde riquezas a cura de doenças. O terceiro tesouro é a “strīratna”, a preciosa rainha, a esposa do chakravartin. O quarto era o “puruṣaratna”, o precioso ministro, o ministro do chakravartin. O quinto e sexto tesouros são o “hastiratna”, o precioso elefante e “aśvaratna”, o precioso cavalo, que serviam de transporte para o monarca. O último tesouro era o “khaḍgaratna”, o precioso general, o comandante dos exércitos do soberano.

 

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O gladiador de Okada parece ainda ter uma base específica em um Chakravartin, o imperador indiano Ashoka Maurya.

 

Ashoka Maurya (do hindi, “ashoka” significa “sem dor, sem tristeza”), comumente conhecido como Ashoka, o Grande, foi um imperador indiano da dinastia Maurya que governou quase todo o subcontinente indiano de 268-232 a.C. Em seus editais , ele é referido como Devanampriya ("O Amado dos Deuses"), e Priyadarśin ("Aquele que dá respeito a todos com carinho").

 

Ashoka era filho do imperador Bindusara e de uma de suas esposas de relativamente menor classe social, chamada Dharma. Outros textos mencionam que sua mãe era a rainha Subhadrangī. É a partir de sua exclamação "Agora estou sem dor", que Ashoka recebeu seu nome. Ashoka tinha vários irmãos mais velhos, os quais eram seus meio-irmãos de outras esposas de Bindusara. Suas qualidades de combate eram evidentes desde cedo e ele recebeu um treinamento militar pesado. Ele era conhecido como um caçador temível, e de acordo com uma lenda, matou um leão com apenas uma vara de madeira e por isso teria adotado o leão como símbolo. Por causa de sua reputação como um guerreiro assustador e um general sem coração, ele foi enviado para conter os tumultos no Avanti, província do império Maurya.

 

Após a morte de seu pai, ocorreu uma guerra de sucessão pelo trono, a qual Ashoka venceu pelo apoio dos ministros do reino, mesmo não sendo o sucessor de direito. Outra lenda diz que ele matou 99 de seus irmãos, poupando apenas 1 deles. Ao subir ao trono, ele construiu o “inferno de Ashoka”, uma elaborada câmara de tortura, cujo exterior era muito bonito, em comparação com o que ocorria no interior.

 

Foi um dos maiores imperadores da Índia e reinou sobre um reino que se estendia desde das montanhas do Afeganistão até o moderno Estado de Bangladesh, no leste. Em cerca de 260 a.C, Ashoka travou uma guerra com amargura destrutiva contra o estado de Kalinga (moderna Odisha). Ele conquistou Kalinga, o que nenhum de seus antepassados ​​tinham feito. Ashoka refletiu sobre a guerra no Kalinga, que supostamente tinha resultado em mais de 100.000 mortes e 150.000 deportações, terminando em cerca de 200.000 mortes. Triste e arrasado pelo que viu, ele abraçou o budismo depois de testemunhar as mortes em massa da guerra de Kalinga, que ele mesmo tinha travada por um desejo de conquista. Assim, de um imperador cruel e vingativo, tornou-se um homem bondoso e pacífico. Mais tarde, dedicou-se a propagação do budismo em toda a Ásia, e fez monumentos em vários locais significativos da vida de Gautama Buddha. Ashoka considerou o budismo como uma doutrina que poderia servir como uma base cultural para a unidade política. Ashoka é agora lembrado como um administrador filantrópica. Nos editais Kalinga, ele se dirige a seu povo como seus "filhos", e menciona que como um pai que ele deseja seu bem.

 

Ashoka governou por cerca de 36 anos. A lenda afirma que, durante sua cremação, o corpo queimado por sete dias e noites.

Os vários monumentos construídos por Ashoka, quase sempre tinham a figura de leões asiáticos associados ao “Ashoka Chakra”, sua própria versão do dharmachakra, a roda da ordem cósmica. O Ashoka Chakra era representado com 24 raios, que representam as 12 Leis da Origem Dependente e as 12 Leis de Terminação Dependente. O Ashoka Chakra é o símbolo presente no centro da bandeira da Índia.

Entre esses monumentos, um dos mais famosos é o “Leão Capital de Ashoka”. A escultura ossui quatro leões asiáticos voltados para direções diferentes. Eles estão montados em um ábaco com um friso onde existem esculturas em alto relevo de um elefante, um galope de cavalos, um touro e um leão, separadas por rodas raiadas, o ashoka chakra. O conjunto fica em cima de uma flor de lótus em forma de sino.

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ESPADA SAGRADA – APARAJITA

http://lermangas.com/sys_mangas/S/Saint%20Seiya%20Episode%20G:%20Assassin/cap_54/0002.jpg

Do hindu, aparajita significa “invencível”, “invicta”, “insuperável”.

 

A palavra aparajita é usada como epítetos de vários deuses, como Shiva, Vishnu e Durga; é o nome de uma classe de divindades; é o nome também de uma serpente monstruosa e de um filho do deus Krishna. As únicas referências que achei sobre uma espada chamada Aparajita foi na “Enciclopédia do Mundo Hindu”, que diz que aparajita é o nome de uma espada mitológica, mas não fala mais nada. Além disso, apenas consegui encontrar que aparajita seria uma das espadas dos Kathäs, uma espécie de espada sacrificial. Aparajita também é um dos epítetos da deusa Bhavani, a qual, segundo a mitologia, deu uma espada chamada Bhavani Talwar ao rei indiano Shivaji.

 

Porém, procurei no hindu e no japonês, e não encontrei nenhuma referência a uma espada mitológica chamada aparjita. E isso me fez chegara conclusão de que ela não existe. Mas tenho uma teoria bem plausível pra sua origem:

 

Primeiro, vemos que a espada de Chakravartin é chamada de “espada circular”, e quando ele ataca, o ataque forma várias lâminas semelhantes a Chakrams. O chakram ou chakra (Devanāgarī: चक्रं, panjabi: chakkar) é uma arma de arremesso originada na Índia. Ele tem o formato circular com uma borda exterior afiada e varia em tamanho, podendo ter entre 12-30 centímetros de diâmetro. Ele também é conhecido como chalikar que significa "círculo".

 

 

A associação do Chakravartin a um chakram vem, inicialmente, do seu nome. A palavra chakra do termo “chakravartin”, usado para nomear o monarca universal, é uma referência a grande extensão circular do mundo, ou ainda as marcas divinas do disco de Vishnu que aparecem nas palmas das mãos e plantas dos pés. Além disso, o chakra, a lâmina circular, era um dos símbolos do chakravartin, especialmente em sua forma de dharmachakra, o emblema da não-violência. A referência da "espada circular" pode ser ter sido apenas criada baseada no fato do chakra ser um símbolo do chakravartin.

 

A arma desse gladiador pode ainda ser uma referência ao “Sudarshana Chakra” uma arma em forma de disco com 108 bordas serrilhadas usada ​​pelo deus hindu Vishnu, um dos mais importantes deuses do hinduísmo. O Sudarshana Chakra foi feito pelo arquiteto dos deuses, Vishvakarma. Segundo a lenda, a filha de Vishvakarma, Sanjana, era casado com Surya, o deus do sol. Devido à luz ardente e calor do sol, ela era incapaz de chegar perto do marido. Ela se queixou a seu pai sobre isso e Vishvakarma foi ao Sol e o fez brilhar menos, para que sua filha fosse capaz de abraça-lo. O "pó" do Sol que sobrou foi recolhido por Vishvakarma, que o transformou em três objetos divinos: o veículo aéreo Pushpaka Vimana; o Trishula (Tridente) do deus Shiva; e o o Sudarshana Chakra de Vishnu. O Sudarshana Chakra é considerado uma das mais poderosas armas na mitologia Hindu.

 

 

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Vishnu portando o Sudarshana Chakra

Já sobre o nome da arma, ao que me parece, assim como fez com Lancelot, Okada se baseou a arma mitológica associada ao Chakravartin, o Chakra, e a nomeou com um nome hindu associado atualmente a uma espada em vários jogos (assim como Arondight é um nome moderno associado a espada de Lancelot em jogos). Ou ainda, caso a arma tenha como base o Sudarshana Chakra do deus Vishnu, o nome pode ter sido dado porque Aparajita é um dos epítetos do deus.

 

Nas manifestações da Aparajita que vimos até agora, podemos ver figuras de leões indianos e flores, numa clara referência as esculturas criadas durante o governo do Chakravartin Ashoka cujo símbolo é o leão. Ainda é possível ver um Ashoka Chakra no local do “punho” da espada. Sobre as flores desenhadas na espada, podem ser uma referência a Saraca indica, também chamada de Árvore de Ashoka.

 

http://www.indianaturewatch.net/images/album/photo/20424984274a3efc06a0381.jpg

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Fontes: Wikipedia; The Handbook of Tibetan Buddhist Symbols; Hindupedia; Chinese Buddhist Encyclopedia; Artigo Linguagem, Mito e Enigma; Sanskrita

 

P.S.: e eu achando que Lancelot deu trabalho. Okada anda colocando referências cada vez menos conhecidas. Sério, tive que escavar páginas e páginas da internet até encontrar uma boa referência pra Trivikramasena, pra relação dele com o chakram, e pra achar uma explicação razoável pra sua espada. A parte de Ashoka e a maioria da sobre o Chakravartin foi mais fácil. Bom, sobre seu nome, achei bem interessante ele ter o nome de um governante mitológico específico, e não ser chamado apenas de Chakravartin, apesar que bem que o Okada podia ter chamado ele de Vikramaditya, que é o nome mais conhecido do rei mitológico, em vez de chamar de Trivikramasena, que é um nome que ele só recebe em uma história (que, a propósito, foi bem difícil de achar e demorei muito até descobrir que eram o mesmo rei). Sobre seu título, é algo muito interessante e cria várias possibilidades para o Okada abordar essa característica dele de "governante universal". Outra coisa que achei interessante, foi sua base no imperador Ashoka, um rei violento que se tornou pacífico e um dos maiores propagadores do budismo e da não violência (o que é um pouco irônico pra um gladiador brutal como esse). E por último, sobre a espada, isso foi a única coisa que consegui achar e acredito que tenha sido isso mesmo que o Okada fez. Bom, espero que gostem. Como o nome do gladiador que lutou com Afrodite não foi revelado, acabamos por aqui essa classe. Seguiremos com os Sem-Rosto, pois apesar das Dríades estarem prontas, quero esperar pra ver se ocorre algo mais em Santia pra complementar a classe. Mas, antes de passarmos para os Sem-Rosto, vou trazer um que estou devendo do Lost Canvas. Próximo: Renner de Cães de Caça.

 

 

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Acho que Okada escolheu o Paracelso como gladiador para colocar um personagem desta classe com habilidades de cura ou com conhecimentos "mágicos". Inclusive quando ele se revelou sua identidade, pensei que fosse um dos responsáveis pela "dança".

 

Seria melhor que o gladiador da Aparajati fosse nomeado como Ashoka Maurya ao invés do Trivikramasena. Talvez durante a batalha contra Shura, Trivikramasena invoque o vetala (da mesma forma que Lancelot invocou a Dama do Lago) ou tenha um golpe ou habilidade que faça referência a esse ser. Considerando que a maioria das referências são do Ashoka Maurya, colocar elementos da lenda do Trivikramasena seria legal já que é a verdadeira identidade do gladiador.

 

Quanto ao gladiador que enfrentou Afrodite, no capítulo 53 ele diz que sua identidade e espada são desconhecidas (ou ele não sabe muito de si mesmo ou o "desconhecido" se refere ao fato dele ter ficado à margem da História). Com base nisso, tenho quase certeza que não saberemos qual é a identidade desse gladiador.

 

Considerando os últimos gladiadores apresentados, Okada tá buscando referências em RPG's e ficando mais "flexível" na elaboração dos componentes dessa classe.

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Quanto ao gladiador que enfrentou Afrodite, no capítulo 53 ele diz que sua identidade e espada são desconhecidas (ou ele não sabe muito de si mesmo ou o "desconhecido" se refere ao fato dele ter ficado à margem da História). Com base nisso, tenho quase certeza que não saberemos qual é a identidade desse gladiador.

Na verdade ele diz que sua Espada é extinta. Mas concordo que não vamos saber quem esse Gladiador era, a não ser que o Chakravartin diga.

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RENNER DE CÃES DE CAÇA

http://i.imgur.com/JDkCjHd.png?1

As referências usadas no nome de Renner de Cães de Caça foram adicionadas ao post de Cães de Caça. Clique aqui para ser redirecionado ao post.

P.S.: o nome de Renner tem uma referência bem simples, mas o significado é bem condizente com sua participação. Na verdade, fico até surpreso com o fato da Shiori ter pensado em um nome com significado pra um personagem que mal aparece. Próxima semana começaremos os Sem-Rosto. Eu ia postar só Wadatsumi, pois é o único que tem um nome com uma referência, mas segui a recomendação do Gustavo e decidi fazer posts sobre os poderes de cada um, e até deram bons posts, com exceção do Piromaníaco e do Esqueleto. Após os sem rosto, temos as dríades, que espero que até lá tenha mais sobre elas. E, após as dríades, finalmente teremos a maior classe de CDZ: os deuses. Espero que gostem.

 

ATUALIZAÇÕES

Como o post de Renner ficou pequeno, aproveitei pra trazer junto as atualizações dos posts dos cavaleiros de bronze. Como já disse antes, aos poucos estou fazendo atualizações dos posts mais antigos, e sempre que termino de atualizar uma classe, posto aqui. Dessa vez, terminei as atualizações dos cavaleiros de bronze e dos cavaleiros da Coroa Solar

 

Os cavaleiros que sofreram alterações foram:

 

-DRAGÃO (complemento na parte do mito da constelação) - http://www.cdz.com.b...-31#entry329199
-FÊNIX (complemento na parte do mito da constelação) - http://www.cdz.com.b...-32#entry332518
-UNICÓRNIO (complemento na parte do mito da constelação) - http://www.cdz.com.b...-33#entry333032
-URSO (complemento na parte do mito da constelação) - http://www.cdz.com.b...-33#entry333989
-HYDRA/HIDRUS (complemento na parte do mito da constelação) - http://www.cdz.com.b...-34#entry335356
-LOBO (complemento na parte do mito da constelação) - http://www.cdz.com.b...-34#entry335637
-LEÃO MENOR (complemento e organização na parte do mito da constelação) - http://www.cdz.com.b...-34#entry335942
-CAMALEÃO (complemento e organização na parte do nome de June) – http://www.cdz.com.b...-34#entry336880
-BÚSSOLA (complemento e organização na parte do mito da constelação) - http://www.cdz.com.b...-39#entry342830
-ERÍDANO (complemento na parte do mito da constelação) - http://www.cdz.com.b...-38#entry341788
-ÍNDIO (complemento na parte do mito da constelação) - http://www.cdz.com.b...-38#entry342038
-PEIXE VOADOR (complemento e organização na parte do mito da constelação) - http://www.cdz.com.b...-35#entry337873
-COROA BOREAL (complemento na parte do mito da constelação) - http://www.cdz.com.b...-35#entry339110
-GOLFINHO (complemento na parte do mito da constelação) - http://www.cdz.com.b...-36#entry339883
-URSA MENOR (complemento na parte do mito da constelação) - http://www.cdz.com.b...-66#entry367243
-POMBA (reorganização na parte do mito da constelação) - http://www.cdz.com.b...-35#entry339706
-AVE-DO-PARAÍSO (complemento na parte do mito da constelação) - http://www.cdz.com.b...-37#entry341262
-PEIXE-ESPADA (complemento na parte do mito da constelação) - http://www.cdz.com.b...-37#entry341447
-CARINA (complemento na parte do mito da constelação) - http://www.cdz.com.b...-21#entry317782

 

P.S.²: também teve bastante coisa alterada, mas muito menos em comparação aos cavaleiros de prata. Além das minhas próprias mudanças, adicionei também correções e complementos que o pessoal tinha trazido nos comentários posteriores aos posts, e que ainda não tinham sido incorporados ao post em si. A maioria das alterações foi pequena, então, se puderem, dêem uma conferida. Comecei a atualizar os posts dos Espectros, mas ultimamente tenho estado sem muito tempo, então deve demorar um pouco pra terminar. Assim que eu terminar a classe, eu posto aqui o que foi atualizado.

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SEM-ROSTO PIROMANÍACO

http://i.imgur.com/0rgRbu8.png

Piromania é um transtorno de incontrole dos impulsos em que os indivíduos tem impulsos de começar deliberadamente incêndios, a fim de aliviar a tensão ou de gratificação instantânea. O termo piromania vem da palavra grega pyro, que significa fogo, e mania, que significa loucura.

 

Piromaníacos iniciam incêndios para induzir euforia, e muitas vezes se fixam em instituições de controle de incêndio, como postos de bombeiros.

 

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SEM-ROSTO ESQUELETO

http://i.imgur.com/QoBTnkt.png

Esqueleto é um nome genérico dado a estruturas de sustentação, principalmente de seres vivos.

 

Esse Sem-Rosto é formado por três almas, o que pode ser simplesmente aleatório, mas talvez tenha uma simbologia por trás. O número 3, na simbologia dos números, é o número perfeito, que representa a trindade e a complementação. É o primeiro número perfeito e completo de energia, pois soma o primitivismo do 1 ao antagonismo do 2. Em várias religiões, encontramos uma tríade como manifestações das entidades criadoras e/ou divinas: Pai, Filho e Espírito Santo para cristãos; Zeus, Poseidon e Hades nos gregos; Odin, Vili e Vê nos nórdicos; etc.

 

Três também é o número de partes em que a alma se divide, segundo Platão. As três partes seriam:

 

*Alma Racional (razão): é a alma superior, destina-se ao conhecimento das ideias. Localiza-se na cabeça, e tem uma virtude principal, a Sabedoria.

*Alma Irascível: esta alma está associada à vontade, dando ao homem o ânimo necessário para enfrentar os problemas e os conflitos. Localiza-se no peito e tem uma virtude, a Força

*Alma concupiscente: é a mais baixa de todas. É constituída pelos desejos e necessidades básicas. Está localizada no ventre, e tem como virtude a Moderação.

 

FOGO-FÁTUO

Esse Sem-Rosto tem o poder de controlar o Fogo-fátuo. O Fogo-fátuo (do latim ignis fatuus, que significa “fogo tolo”), é uma luz azulada ou esverdeada que pode ser avistada a noite, especialmente em pântanos, brejos etc.

 

No folclore europeu, acredita-se que as luzes são espíritos dos mortos, fadas, ou uma variedade de outros seres sobrenaturais que tentam levar os viajantes a morte. Às vezes acredita-se que são espíritos de crianças não batizadas, que se perdem no caminho entre céu e inferno. Nos ocultismo, acredita-se serem salamandras, uma espécie de espíritos do fogo.

 

No Japão esse fenômeno também é associado aos espíritos dos mortos, mas algumas crenças também os associam as Kitsunes, raposas místicas com poderes sobre o fogo.

 

Na ciência moderna, é geralmente aceito que a maioria dos ignis fatuus são causados pela oxidação de fosfina (PH3), difosfano (P2H4) e metano (CH4). Estes compostos, produzidos pela decomposição orgânica, podem causar emissões de fótons. Uma vez que as misturas de fosfina e difosfano e inflamam-se espontaneamente em contato com o oxigênio no ar, seriam necessárias apenas pequenas quantidades para inflamar o metano, muito mais abundante, para criar incêndios efêmeros.

 

Tulilautta3.jpg

Fotografia de um fogo-fátuo

P.S.: trazendo o primeiro post dos Sem-Rosto. O Piromaníaco e o Esqueleto eram os menores, então decidi trazê-los juntos. Como disse antes, só pretendia postar o Wadatsumi, pois é o único dessa classe que possui um nome com referência, mas o Gustavo me sugeriu postar sobre seus poderes, então trarei todos. Sobe o piromaníaco, é o mais simples dos sem-rosto, tanto sua aparência como seu poder. Não consegui pensar em nada pra comentar a base de sua aparência, se bem que já vi algumas wikis de Saint Seiya dizendo que ele era baseado em uma múmia (eu não vejo nenhuma referência a uma múmia nele). Já o Esqueleto tem uma aparência bem interessante e diferenciada dos outros sem-rosto, sem falar da sua ideia de "união de três almas", que eu achei bem legal. Sobre isso, aposto que, caso haja um motivo, é o mais provável é o das três partes da alma de Platão. E sobre seu poder, já é algo bem manjado em mangás, mas eu gosto da referência ao fogo-fátuo, sem falara que teve uma ligação indireta com os cancerianos de The Lost Canvas. Espero que gostem. Próximo: Sem-rosto Ceifador.

Editado por §agitariu§
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Esse Sem-Rosto piromaníaco é bizarro, assim como todos os outros. O que eu acho engraçado é que são inimigos completamente genéricos, de visuais horrorosos e nada condizentes com a proposta da série, mas eu adoro eles hahahaha

 

Já quanto ao Esqueleto, não sabia que Platão enxergava a alma dividida em três partes, mas imagino que Okada não tenha pensado nisso não. Ao mesmo tempo, creio que o visual dele e suas habilidades relacionadas ao Fogo Fátuo foram apenas introduzidas para contextualizar o Máscara da Morte na trama.

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SEM-ROSTO CEIFADOR

http://i.imgur.com/NtbCPy1.png

Sobre sua aparência é difícil dizer muita coisa. A Gadanha/foice em seu braço, as asas e o manto escuros são uma clara referência a figura clássica da “Morte” ou “Ceifador”. Percebe-se também que seu manto se transforma aos poucos de tecido para penas e seu rosto também é semelhante a um bico, por isso é provável que a sua aparência tenha sido baseada em um pássaro. Ao elevar seu cosmo, seu rosto toma a forma de um crânio, o que mais uma vez é um símbolo associado a morte.

 

Pássaros costumeiramente associados a morte ou o mau agouro são corvos e urubus, por devorarem corpos em decomposição. A coruja também é associada a mau agouro, por ser um animal noturno. O mocho, um tipo de coruja, é um dos animais sagrados de Hades, forma grega de Plutão, o deus do qual os poderes desse sem-rosto derivam.

 

Seu rosto pode ainda ser uma referência a máscara usada pelos médicos que tratavam pacientes com a peste negra nos séculos 17 e 18.

 

http://www.portaltattooplace.com.br/wp-content/uploads/2015/02/doutor-peste-tatuagem-18-e1423230686737.jpg

 

O CORDÃO DE PRATA

O cordão de prata nos estudos metafísicos e na literatura, também conhecido como o sutratma ou fio da vida do antahkarana, refere-se a uma ligação que dá vida a partir do Eu Superior (atma) até o corpo físico. Ele também se refere a uma síntese prolongada deste segmento, um segundo fio (o fio da consciência, passando da alma ao corpo físico) que conecta o corpo físico ao corpo etérico, parte para o corpo astral e finalmente para o corpo mental.

 

Porém, para a maioria dos estudiosos da projeção astral ele é simplesmente um cordão elástico forte, de cor prata, que une o corpo físico de uma pessoa ao seu corpo astral. Alguns poucos falam de um segundo cordão, o Cordão de Ouro, que ligaria o corpo astral ao corpo mental, assim como o cordão de prata o liga ao corpo físico.

 

A projeção astral ou experiência extracorpórea é um suposto fenômeno paranormal onde uma pessoa consegue projetar sua consciência, na forma de um corpo astral, para fora do seu corpo, adentrando em uma dimensão extrafísica ou plano espiritual. Ao longo da história, vários projetistas astrais, adivinhos e profetas relataram ter visto um cordão ou cordões durante suas experiências de projeção astral, ligando seu corpo astral ao corpo físico.

 

http://3.bp.blogspot.com/-bgP9Qwg8PSM/T77mb6Jd5vI/AAAAAAAAAEs/pf49H5gdTK8/s400/Viagem+Astral+3.JPG

Alfred Ballabene, um projetor astral famoso, observou durante suas experiências extracorpóreas que vários cordões elásticos apareciam quando o corpo astral tenta separar-se do corpo físico. À medida que o corpo astral se move mais longe do corpo tangível, alguns dos cordões se separam e se agrupar em uma região específica e menor - de preferência a cabeça, peito, costas, no estômago, e a área abdominal - formando-se assim o cordão de prata. O cordão de prata seria ainda uma ligação que ajudaria o corpo astral a voltar ao corpo físico, de forma que seria impossível se perder.

 

Por muito tempo foi quase unanimidade que o rompimento do cordão de prata acarretaria a morte do corpo físico, pois separaria definitivamente a consciência do corpo físico, impedindo seu dono de retornar a ele. Mas atualmente alguns projetistas afirmam que não se pode cortar o cordão de prata, pois ele é uma manifestação etérea; ou ainda que mesmo que seja cortado não causaria a morte, pois o corpo físico só morreria quando sua hora chegasse.

 

O nome “cordão de prata” vem da bíblia cristã, assim como a certeza de que seu rompimento acarretaria a morte do indivíduo. O termo é encontrado em Eclesiastes, capítulo 12, versículos 6 e 7:

 

“Antes que se rompa o cordão de prata, que se despedace a taça de ouro, antes que se quebre a bilha na fonte, e que se fenda a roldana sobre a cisterna. Então o pó volta para a terra de onde veio, e o sopro vital retorna pra Deus que o concedeu”.

 

O comprimento do cordão de prata difere entre os estudos dos projetistas astrais. Enquanto uns afirmam que ele se estende infinitamente, outros afirmam que ele é um limitador, que impede que o corpo astral se afaste demais do corpo físico. Alfred Ballabene diz que ele só alcança cerca de 50-70 metros.

 

Segundo o Livro “O Cordão de Prata: Ensaio Inicial sobre a Teoria Dinâmica” do parapsicólogo Dr. Fernando Salvino:

 

“O cordão varia de pessoa a pessoa, ou seja, em espessura, diâmetros e dutos magnéticos, assim como em relação ao brilho,luminosidade, coloração prateada ou branco brilhante claro, pulsação, textura do cabo e raio de alcance de extensão quando a consciência se acha projetada

 

OLHO MALIGNO

 

Esse sem rosto tem ainda o poder do “Olho Maligno”, que o permite paralisar suas vítimas. Em várias mitologias, vários personagens tem poderes malignos derivados dos seus olhos.

 

Na mitologia grega, temos a Medusa, que petrifica suas vítimas com o olhar. Há também um tipo de monstro chamado Catopleba, cujo olhar é venenoso. O basilisco é um monstro com a forma de serpente que pode matar só com o olhar.

 

Porém, “Olho Maligno” é a designação usada geralmente para se referir a Balor, o deus irlandês da seca e das pragas. O Cath Maige Tuired (parte do chamado “Ciclo Mitológico” da mitologia irlandesa) chama o olho de Balor de "destrutivo" e "venenoso", ao qual nenhum exército pode resistir, e diz que é preciso quatro homens para levantar sua pálpebra. No folclore mais tardio é descrito assim:

"Ele sempre era coberto com sete mantos para mantê-lo fresco. Ele começou a tirar os mantos um por um. No primeiro, as samambaias começaram a murchar. No segundo, a grama começou a avermelhar... No terceiro, madeira e árvores começaram a aquecer. No quarto, fumaça saiu da madeira e das árvores. No quinto, tudo ficou vermelho de tão quente. No sexto......No sétimo, toda a terra foi capturada pelo fogo".

 

http://t14.deviantart.net/KGIWalwbP6GxA8UCaerxM-WKGnA=/fit-in/300x900/filters:no_upscale%28%29:origin%28%29/pre00/9562/th/pre/f/2013/141/5/0/lugh_vs_balor_by_wiggagram-d6619tc.png

Fontes: Wikipédia, Viagem Além, Vigência e Espiritualismo

P.S.: trazendo o terceiro sem rosto. Junto com Wadatsumi, esse é o meu sem rosto preferido. Acho suas referências e sua construção as melhores entre os sem-rosto, e é a única onde o Okada foge mais do óbvio (os outros são bem simples e clichês). Sa aparência é uma clássica referência a figura do ceifador, mas o Okada conseguiu fazê-la ficar bem legal nessa sua construção. Dos seus poderes, tem o olho maligno, que já é tão usado em várias coisas que nem tem mais graça. Mas eu gostei muito do uso do Cordão de Prata, que é algo que acho muito interessante e é bem pouco explorado (acho que a única outra obra que li que fala dele foi Sandman). Bom espero que gostem. Próximo: Sem-Rosto Dragão.

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