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Mitologia de Saint Seiya


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Sem falar que não precisaria ser no Lost Canvas. O juiz de Wyvern ainda não deu as caras no Next Dimension.

Seria bom demais pra ser verdade caso o Kurumada fizesse algo assim, né? Pena que ele não vai fazer.

 

O Wyvern dele vai ser o clássico personagem Kurumadiano: u_u

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Não é sobre a mitologia, mas tenho uma contribuição, amigos   Etimologia dos golpes de IkkiAve FênixNome original em japonês: 鳳翼天翔 (Houyoku Tenshō) Tradução dos kanjis: 鳳 hou = fênix 翼 yoku = a

Faltou dizer que o Haruto vem de Naruto

ÁGUIA http://snk-seiya.net/guiasaintseiya/Jaxom-Aguila.JPG Na mitologia grega a águia era o atributo do rei dos deuses, Zeus, talvez porque voa muito alto nos céus, lugar de onde Zeus observa

Hui de Raposa-de-Nove-Caudas

http://www.cavzodiaco.com.br/images12/lostcanvas/dohko/capitulo22.jpg

O nome Hui () do chinês e japonês significa “cinzas”. É um nome adequado para um personagem que usa técnicas de fogo.

 

Tatuagem de Raposa-de-Nove-Caudas

http://img3.wikia.nocookie.net/__cb20121208024432/ssu/images/4/42/KyuubiTattooScheme.PNG

Raposas (kitsune) são um assunto comum no Folclore Japonês. As histórias as descrevem como seres inteligentes e com capacidades mágicas que aumentam com a sua idade e sabedoria. Entre estes poderes mágicos, está a habilidade de assumir a forma humana — normalmente aparecem na forma de uma mulher bonita, uma jovem ou uma velha. Enquanto algumas histórias falam que as kitsunes usam essa habilidade apenas para enganar as pessoas — como muitas vezes fazem em folclores — outras histórias as retratam como guardiãs fiéis, amigas, amantes e esposas. Além da habilidade de assumir a forma humana – que aprendem após completar 100 anos –, elas possuem os poderes de possessão, de gerar fogo das suas caudas e da sua boca, o poder de aparecer nos sonhos e o de criar ilusões.

A_man_confronted_with_an_apparition_of_t

Raposas e seres humanos têm vivido próximos desde o Japão antigo; esta convivência deu origem a lendas sobre essas criaturas. Kitsunes são associadas com a figura do deus/deusa Xintoísta Inari — deus do arroz, da fertilidade, da agricultura, das raposas e da indústria — , servindo como suas mensageiras. Esta função reforçou o significado sobrenatural da raposa. Originalmente, as kitsunes eram mensageiras de Inari, mas a linha entre os dois é agora desfocada, de modo que o próprio Inari é as vezes representada como uma raposa. Da mesma forma, santuários inteiros são dedicados as kitsune, onde os devotos podem deixar oferendas. As kitsune de Inari são brancas, uma cor de bons presságios. Eles possuem o poder de afastar o mal, e as vezes servem como espíritos guardiões. Devido a seu poder e influência, pessoas fazem oferendas para elas como se fossem divindades.

 

http://www.saintseiyapedia.com/ssp_media/images/c/c3/Gucang_Huoyan.jpg

Hui com a imagem do deus Inari aparecendo atrás de si

A qualidade física mais notável da Kitsune são suas caudas, podendo chegar a nove. Quanto mais caudas uma kitsune tiver, mais velha, sábia e poderosa ela é. Histórias dizem que leva 100 anos para uma cauda aparecer. Quando uma kitsune recebe sua nona cauda (ao completar 1000 anos), sua pele torna-se prateada ou dourada. Estas Kyūbi no Kitsune (Raposa de nove caudas) ganham a capacidade de ver e ouvir qualquer coisa em qualquer lugar no mundo e também adquirem sabedoria infinita, ou seja, tornam-se oniscientes.

 

Kitsunes são frequentemente apresentados como trapaçeiras. Histórias falam de kitsunes pregando peças em samurais excessivamente orgulhosos, comerciantes gananciosos, e plebeus presunçosos, enquanto os mais cruéis abusam comerciantes e agricultores pobres ou monges budistas devotos. Suas vítimas são geralmente homens; mulheres, por sua vez, costumam ser possuídas por raposas. Outros objetivos comuns da kitsune trapaçeira incluem sedução, roubo de comida, humilhação da orgulhosos, ou vingança por um mal entendido.

 

Inuyama_inari_1.jpg

Fonte: Wikipedia e Wiktionary

P.S.: chegando com o primeiro dos Taonias. Na minha opinião, Hui e a Tatuagem de Raposa-de-Nove-Caudas (tanto do object quanto vestida) são uns dos melhores personagens e armadura desenhados (visualmente falando) por Shiori nesse Gaiden; essa object é muito linda! Já a personalidade do personagem não me agradou muito. O nome escolhido pra ele foi bom, apesar de simples. Quanto a sua armadura, eu achei uma ótima escolha. Kitsunes são uns dos mitos mais legais da cultura japonesa (e tem imagens realmente belas delas pela internet), com todo esse ar de poder e sabedoria que rivaliza com o mito dos dragões ocidentais. Essa "evolução" dela também é bem legal, com o nascimento de uma cauda a cada 100 anos, representando seu aumento de poder e sabedoria. Espero que gostem. Próximo: Mudan de Pardal.

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Gosto bastante dos Taonias em geral principalmente pela abordagem incrível da Shiori com elementos importantes da mitologia oriental. Muitos criticaram-na pelo fato de usar uma criatura tão primordial no anime/mangá Naruto, mas não percebem que tal fera possui um embasamento mitológico genial e que combina perfeitamente com o universo da franquia.

 

Uma curiosidade interessante também e que falo de forma generalizada é que, caso as obras da franquia fossem alinhadas, Shiryu e Ryuho seriam descendentes de Taonias /evil

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Muito boa essa pesquisa. Eu conhecia muito pouco da lenda das kitsunes, e me surpreendeu que as de 9 caudas são tão velhas e sábias, chegando a se tornar divindades oniscientes dado o seu imenso poder e sabedoria infinita.

 

Adorei a gravura da mulher-raposa aparentemente enfrentando o samurai!

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Foi muito bom esse gaiden para explicar a origem das tatuagens de Dohko, Shiryu e Ryuho. Muito melhor do que ser uma simples tatuagem de treino, e faz sentido com o fato dela aparecer em momentos de elevação cósmica máxima.

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Mudan de Pardal

http://www.saintseiyapedia.com/ssp_media/images/7/76/Mudan_bird_02.jpg

Os ideogramas do nome Mudan (牡丹) significam "Peônia" e é pronunciado "botan" em japonês.

 

A peônia é uma planta do género Paeonia, o único gênero da família Paeoniaceae. Elas são nativas da Ásia, Sul da Europa e América do Norte ocidental. Limites entre espécies não são claros, e as estimativas do número de espécies variam de 25 para 40. A maioria são plantas herbáceas que medem entre 0,5-1,5 metros de altura, mas alguns se assemelham a árvores, com 1,5-3 metros de altura. Eles têm flores, que vão do vermelho ao branco ou amarelo, no final da primavera e início do verão.

 

Paeonia_suffruticosa01_2048.jpg

A peônia é nomeado devido a Paeon, um estudante de Asclépio, o deus grego da medicina. Asclépio desenvolveu ciúme de seu talentoso aluno, mas Zeus salvo Paeon da ira de Asclépio, transformando-o na peônia.

 

A peônia foi muito utilizado pela arte asiática, e também se tornou um tema frequente de tatuagem sob a influência de pinturas do artista Utagawa Kuniyoshi, que ilustra a história "Jornada ao Oeste". A flor é visto como um símbolo masculino associado com uma atitude impensada e destemida.

 

Talvez Teshirogi escolheu o peônia para Mudan para destacar o lado imprudente e pouco infantil desta personagem; ou ainda devido a associação entre os pardais e a peônia, que costumam aparecer juntos em pinturas

http://www.saintseiyapedia.com/ssp_media/images/a/a5/Mudan_myth_02.jpg

Pintura representando um pardal sobre um arbusto de peônias

A peônia, com sua exuberância, incorporam romance e prosperidade, além de serem consideradas como presságio de boa sorte e união feliz no casamento. São também símbolos da sinceridade. Na china foi considerada como símbolo de riqueza, de boa fortuna e de prosperidade. Na cultura japonesa, simboliza sorte e atitude masculina.

 

Tatuagem de Pardal

http://2.bp.blogspot.com/-1Hcpy6KrKIE/UNP4ucLc1BI/AAAAAAAAJGg/ln9qyka-f6c/s640/tome-6-dispo_3955694-XL.jpg

Passer é um gênero da família Passeridae, também conhecido como pardal. O gênero inclui o P. domesticus e o P. montanus, algumas das aves mais comuns no mundo. São pequenos pássaros com bicos grossos para comer sementes, e são na sua maioria de cor cinza ou marrom.

 

O mais comum membro do gênero é pardal-doméstico (Passer domesticus). A sua distribuição geográfica compreendia, originalmente, a maior parte da Europa e da Ásia, tendo sido introduzido acidental ou propositadamente na maioria da América, África subsariana, Austrália e Nova Zelândia. É atualmente a espécie de ave com maior distribuição geográfica no mundo.

 

As espécies do gênero Passer constroem um ninho desordenado, que, dependendo da espécie e da disponibilidade no local do ninho, pode ser em um arbusto ou árvore, em um orifício natural numa árvore, em um edifício, ou mesmo um ninho de outras espécies, tais como a cegonha-branca. Bota até oito ovos e é incubado por ambos os pais, normalmente por 12 a 14 dias, mas pode chegar de 14 a 24 dias. Se alimentam principalmente de sementes, embora também consumam pequenos insetos, especialmente no período de reprodução. Algumas espécies, como o P. griseus procuram comida em torno das cidades e são quase onívoros. A maioria das espécies costumam formam bandos substanciais.

 

Tree_Sparrow_August_2007_Osaka_Japan.jpg

Entre 1958 e 1960 aconteceu na China “O Grande Salto Adiante”, uma campanha lançada por Mao Tsé-Tung, que pretendia tornar a República Popular da China uma nação desenvolvida e socialmente igualitária em tempo recorde, acelerando a coletivização do campo e a industrialização urbana. Uma das primeiras ações tomadas foi a “Campanha das Quatro Pragas”, iniciada em 1958 como uma campanha de higiene por Mao Tsé Tung, que identificava a necessidade de exterminar os mosquitos, moscas, ratos e pardais.

 

Os pardais foram incluídos na lista porque comiam sementes de grãos, roubando do povo os frutos do seu trabalho. As massas da China foram mobilizadas para erradicar os pássaros, e os cidadãos tiveram que bater panelas e frigideiras ou bater tambores para assustar as aves de pousar, forçando-as a voar até que caíam do céu em exaustão. Os ninhos dos pardais eram derrubados, os ovos foram quebrados, e filhotes foram mortos. Os pardais e outros pássaros foram abatidos dos céus, resultando na quase extinção das aves na China. Recompensas e reconhecimentos não materiais foram oferecidos às escolas, unidades de trabalho e órgãos do governo, de acordo com o volume de pragas que tinham matado.

 

Em abril de 1960, os líderes chineses perceberam que, além dos grãos, os pardais comiam também uma grande quantidade de insetos. Ao invés do esperado, a produção de arroz após a campanha declinou substancialmente. Mao ordenou o final da campanha contra pardais, substituindo-os por percevejos na campanha em curso contra as Quatro Pragas. Por esta altura, no entanto, já era tarde demais. Sem pardais para comê-los, as populações de gafanhotos dispararam, e agravou-se os problemas ecológicos já causados ​​pelo Grande Salto Adiante, incluindo o desmatamento generalizado e o mau uso de venenos e pesticidas. O desequilíbrio ecológico conduz a exacerbação da Grande Fome Chinesa, na qual mais de 30 milhões de pessoas morreram de fome.

 

Fontes: Wikipedia e SaintSeiyaPedia

P.S.: como o Libra disse, foi uma ótima explicação a que esse gaiden nos forneceu pras tatuagens de Dohko, Shiryu e Ryuho; me pergunto se a Shiori teve a ideia baseando-se no nagual dos guerreiros astecas. E esse gaiden me deu muita vontade de ver a "tatuagem de Tigre" do Dohko manifestada. Quanto a Mudan, foi uma das personagens que menos gostei no gaiden de Dohko, achei bem chata. O nome escolhido foi bom e tem um referência legal por trás; sua tatuagem também foi legal. Me parece que, com ela, a Shiori quis criar um personagem representativo da China, pois a peônia é um das flores mais famosas da China, tida por muitos como a flor oficial do país; e o pardal é o pássaro mais comum do país. Bom, espero que gostem. Próximo e último dos Taonias (o post dele deve sair só na próxima quarta): Feiyan de Hakutaku (Bai Ze).

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Que HORROR fizeram com os pardais na China!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! (e às outras "pragas" também, coitadas...)

 

Eu juro que tento encontrar razões para acreditar na humanidade, mas tá difícil!!!!!!!!

 

Apesar do horror, os chineses aprenderam pagando com a própria vida a falta de respeito pela Vida e pela Natureza.

 

 

É a primeira vez que vejo a tatuagem de Pardal na forma objeto!!! Muito linda!

 

A pesquisa foi riquíssima. Infelizmente, referências maravilhosas para uma personagem que, se não existisse, não faria falta.

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Feiyan de Hakutaku (Bai Ze)

http://www.kazeo.com/sites/fr/photos/383/dohko-gaiden-01-terre-hantee_3832336-L.jpg

Fei-yan (飛眼) significa “olho alto” ou “olho voador”, podendo ter o significado de “ver tudo”, assim como o Bai Ze, sua tatuagem, que conhece todos os segredos do mundo.

 

Tatuagem de Hakutaku (Bai Ze)

http://2.bp.blogspot.com/-kCKQb7DVQnU/UNP4vS3nwyI/AAAAAAAAJGo/2VvyArOy6jU/s1600/tome-6-dispo_3955695-XL.jpg

Bai Ze (do chinês) ou Hakutaku (em japonês) é um animal fantástico da mitologia chinesa. Seu nome significa literalmente "pântano branco".

SekienHakutaku.jpg

O Bai Ze foi encontrado pelo Imperador Amarelo ou Huáng Dì enquanto ele estava em patrulha no leste. A criatura tinha amor por todas as coisas, e conhecia a essência de todas elas desde os tempos antigos, podendo colocar cada essência em uma palavra. A criatura ditou a Huáng Dì, um guia para as essências, formas e hábitos de todos os 11.520 tipos de criaturas sobrenaturais do mundo, e como superar suas assombrações e ataques. O imperador tinha essa informação por escrito em um livro chamado o Bái Zé Tú (泽图/白澤圖). Este livro não existe mais, mas muitos fragmentos dele sobreviveram em outros textos.

 

Originalmente, o Bai Ze é representado como uma espécie de bovino branco, com uma barba de cabra do maxilar inferior (ou uma juba branca em volta do pescoço, segundo outras versões) e um terceiro olho na testa. A imagem japonesa geralmente representa o hakutaku como um bovino ou felino monstruoso com rosto de homem e com nove olhos e seis chifres, dispostos em conjuntos de três e dois em ambos os flancos. Ele é considerado como "inteligente e com a capacidade de entender a fala humana”.

 

http://www.saintseiyapedia.com/ssp_media/images/d/db/Hakutaku_myth_01.jpg

Fonte: Wikipedia e Wiktionary

P.S.: trazendo o último dos Taonias. Feiyan foi um personagem que gostei, diferente da sua irmã. O nome foi bem legal pela referência a sua tatuagem. E achei a tatuagem foi uma ótima escolha, pois a lenda do Bai Ze é muito legal. Esse é outro personagem que gostei bastante do design, e sua tatuagem ficou muito boa também, especialmente em object. Espero que gostem. Próximo (só na próxima segunda): Druídas.

Editado por §agitariu§
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O personagem mais o seu nome e a criatura de sua tatuagem têm tudo a ver uns com os outros. Isso sim que é aproveitar as referências!

 

Esse Bai Ze/Hakutaku é um ser realmente fascinante!

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Druídas

http://www.saintseiyapedia.com/ssp_media/images/0/0e/Druides_groupe.jpg

Um druida (no feminino druidesas ou druidisas) foi um membro educado, da classe profissional entre os povos celtas da Gália, Grã-Bretanha , Irlanda, e possivelmente em outros lugares durante a Idade do Ferro . A classe druida incluía homens da lei, poetas e médicos, entre outras profissões liberais, embora os mais conhecidos entre os druidas fossem os líderes religiosos. Nos mitos celtas, os druidas aparecem às vezes como feiticeiros, especialmente as mulheres.

 

Muito pouco se sabe sobre os druidas antigos. As poucas evidência vêm de algumas descrições deixadas pelos gregos, romanos, e vários autores e artistas dispersos, bem como histórias criadas por escritores irlandeses medievais posteriores. A mais antiga referência conhecida aos druídas data de 200 a.C., embora a descrição mais antiga deles venha do general romano Júlio César em seus “De Bello Gallico” (50 a.C.). Mais tarde, escritores greco-romanos também descreveram os druidas, incluindo Cícero, Tácito e Plínio, o Velho.

 

A maioria das fontes está de acordo que eles desempenhavam um papel importante na religião celta. Em sua descrição, Júlio César afirmou que eles foram um dos dois grupos sociais mais importantes na região (ao lado dos nobres) e foram responsáveis ​​pela organização de adorações e sacrifícios, adivinhação, e procedimento judicial nas sociedades gaulesa, britânica e irlandesa. Ele também alegou que eles eram isentos do serviço militar e do pagamento de impostos, e que tinha o poder de excomungar pessoas de festas religiosas, tornando-os párias sociais. Dois outros escritores clássicos, Diodoro da Sicília e Estrabão, também escreveram sobre o papel dos druidas na sociedade gaulesa, alegando que os druidas eram tão importantes, que se ficassem entre dois exércitos, poderiam parar uma batalha.

Two_Druids.PNG

Segundo Pomponius Mela, a instrução dos druidas era segredo, e era realizado em grutas e florestas, e César comentou que ele poderia levar até 20 anos para concluir o curso de estudo; toda a instrução era comunicada oralmente, sem registros escritos.

Escritores gregos e romanos frequentemente fazem referência aos druidas como praticantes de sacrifício humano; César afirmou que o sacrifício era principalmente de criminosos, mas às vezes também seriam usados inocentes, e que eles seriam queimados vivos em uma grande efígie de madeira, agora muitas vezes conhecido como um homem de vime. Diodoro da Sicília afirma que um sacrifício aceitável para os deuses celtas devia ser feito por um druida, pois eles eram os intermediários entre o povo e as divindades. Ele comentou também que eles eram adivinhos, capazes de ler o futuro ao observar o voo e o canto das aves, pelo sacrifícios de animais sagrados ou pelo sangue que jorrava ao fincar um punhal no coração dos humanos sacrificados.

 

Alexander Cornelius Polyhistor referiu os druidas como filósofos e acreditavam na doutrina da imortalidade da alma e da reencarnação. César comenta: "O principal ponto de sua doutrina é a crença que a alma não morre, e que depois da morte ela passa de um corpo para outro". Eles também estudavam sobre astronomia, sobre a extensão e distribuição geográfica do globo, sobre os diferentes ramos da filosofia natural, e muitos problemas relacionados com a religião.

 

Quase nada se sabe ao certo sobre a sua prática cultual, exceto o “Ritual do Carvalho e Visco”, descrito por Plínio, o Velho. Nesse ritual, os druidas, vestidos de branco, escalavam um carvalho sagrado, colhem o visco que cresce nele com uma foice de ouro, sacrificaram dois touros brancos em honra aos deuses e usam o visco para fazer um elixir para curar a infertilidade e o envenenamento.

 

Após a invasão romana da Gália, o druidismo foi reprimido pelo governo romano sob os imperadores do primeiro século a.C. Tibério e Claudius, e tinha desaparecido dos registros escritos por volta do século. Na idade média, o druidismo aparece em algumas obras como uma prática satânica, devido a influência católica da época. Na esteira do renascimento celta durante os séculos 18 e 19, grupos fraternais e neopagãos foram fundados com base em ideias sobre os druidas antigos, um movimento conhecido como neodruidismo.

 

Embora não haja consenso entre os estudiosos sobre a origem etimológica da palavra, druida parece provir do vocábulo dru-wid-s, formado pela junção de deru (carvalho) e wid (raiz indo-europeia que significa “saber”). Assim, druida significaria “aquele que tem o conhecimento do carvalho”. O carvalho, nesta acepção, por ser uma das mais antigas e destacadas árvores de uma floresta, representa simbolicamente todas as demais. Ou seja, quem tem o conhecimento do carvalho possui o saber de todas as árvores.

 

http://www.saintseiyapedia.com/ssp_media/images/e/ee/Druides_oeil.jpg

Fonte: Wikipedia e SaintSeiyapedia

P.S: tinha dito que hoje seria o post de Sherry de Banshee, mas esqueci que tinha a introdução dos guerreiros antes. Druídas são personagens relativamente comuns na fantasia, e é estranho ver o quanto sabemos de verdade sobre eles. No gaiden de Leão, Shiori os representou como eles aparecem nas maioria das narrativas, ou seja, como um tipo de magos ou feiticeiros. Só gostaria que ela tivesse explorado melhor a classe. Espero que gostem. Próximo: Shelly de Banshee.

Editado por §agitariu§
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Ficou bacana.

 

Geralmente eu evito ler sobre druidas porque quase sempre (ainda mais em português) só encontramos coisas incorretas, quando não muito fantasiosas.

 

A etimologia da palavra também é bem interessante, o que a liga também às dríades gregas, que têm a mesma origem etimológica.

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Shelly, a Banshee

http://www.saintseiyapedia.com/ssp_media/images/3/31/Lamentation_Rain.jpg

Shelly é um nome inglês antigo usado para homens, mas assim como vários outros nomes ingleses (Ashley, Courtney, etc.), tornaram-se de uso para mulheres durante os anos. Pode significar "limpeza na margem" ou ainda “limpeza ao longo da praia”.

 

Não consegui relacionar o nome com a personagem, o que me leva a pensar que ele foi dado por causa de uma personalidade específica que possuía esse nome, mas não consegui achar nada concreto.

 

Banshee

Banshee.jpg

A banshee, do irlandês bean sí (bean “mulher, esposa” e “ela”), é um espírito feminino da mitologia irlandesa, geralmente visto como um presságio de morte e um mensageiro do submundo.

 

Na lenda, a banshee é uma mulher fada que começa a chorar se alguém está prestes a morrer. Na mitologia escocesa, ela é conhecida como a Bean sith ou Bean Nighe ("mulher lavadeira") e é vista lavando as roupas manchadas de sangue ou armadura daqueles que estão prestes a morrer. Há famílias irlandesas que acreditam terem banshees que lhes são inerentes, e cujo choro só indica a morte de um membro dessa família.

 

Tradicionalmente, quando uma pessoa morria, uma mulher iria cantar um lamento no funeral. Estas mulheres eram referidas como "keeners" (derivado do irlandês “caoin”, que significa “chorar”). Diz a lenda que para grandes famílias gaélicas, o lamento seria cantado por uma mulher fada; sendo clarividente, ela iria cantá-la quando um membro da família morria, mesmo se a pessoa tinha morrido longe e a notícia de sua morte ainda não havia chegado, de modo que o lamento da banshee era o primeiro aviso que a casa teve uma morte. Acredita-se que o pranto de várias banshees significa a morte de uma grande pessoa.

 

Em versões posteriores do mito, a banshee podia aparecer antes da morte e avisar a família, lamentando. Os contos, por vezes contam que a mulher, embora chamada de fada, era um fantasma, muitas vezes de uma mulher assassinada específica, ou uma mãe que morreu no parto.

 

A banshee pode aparecer em uma variedade de formas. Na maioria das vezes, ela aparece como uma bruxa assustadora e feia, mas ela também pode aparecer como uma belíssima mulher de qualquer idade. Banshees são frequentemente descritas como vestidas de branco ou cinza, muitas vezes tendo o cabelo longo, que escovam com um pente de prata (o que, segundo alguns estudiosos, é uma mescla com o mito das sereias). Outras histórias retratam banshees como vestidas de verde, vermelho ou preto e com um casaco cinza.

 

Uma explicação para a origem do mito da banshee é o grito da Tyto furcata (antigamente Tyto alba), a coruja-branca ou coruja-da-igreja. Caçadora noturna, é conhecida por seu grito arrepiante e tem sido associadas com atividades agrícolas na Irlanda, atraídos pelos roedores que se acumulam em torno de depósitos de grãos e celeiros.

 

Tyto_alba_close_up.jpg

Fontes: Wikipedia e SaintSeiyapedia

P.S.: trazendo mais um do Gaiden de Leão. Gostei muito da concepção de Shelley com um espírito invocado por Cruach, mas a personagem em si não me conquistou muito, pois Shiori começou usando as características da banshee (uma mulher que lamenta pelas mortes) e depois a transformou em uma psicopata que gosta de matar. Bom, seu nome foi uma escolha estranha, pois na época em que se passa a história, ele ainda era usado para homens. Mas, como disse acima, Shiori provavelmente se baseou em alguém específico para dar-lhe o nome, e não achei ninguém que consegui relacionar com a personagem. Já o mito da banshee é muito legal, muito diferente da cultura popular que as trata como espectros que matam pessoas com seus gritos. Espero que gostem. Próximo e último do Gaiden de leão: Crom Cruach de Balor (deve sair lá pra quarta-feira).

 

P.S.²: Cardian, o nome, como pode ver, é Shelly. Geralmente coloco nos meus "próximo" o nome mais comum pelo qual o personagem é conhecido e depois o corrijo no post, caso esteja errado. No caso, usei Sherry porque é como foi traduzido pela JBC por aqui.

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O mito das banshees é mesmo fascinante. Creio que a confusão moderna sobre o seu suposto grito mortal seja pode causa do super-herói Banshee dos X-Men, mas pode ser que venha de uma fonte talvez mais antiga.

 

Elas me lembram também as carpideiras daqui do Brasil, mulheres cuja função específica é chorar nos velórios e funerais, mesmo sem conhecer a pessoa morta.

 

Infelizmente eu também não achei nada de concreto entre os nomes 'Shelley' e 'banshee'.

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Valeu Sagitarius pela explicação!

 

Talvez o nome dela seja referência ao fato das banshees, na mitologia escocesa, serem vistas lavando roupas manchadas de sangue. Mas não descarto a possibilidade de ser o nome de uma pessoa célebre.

A Shiori também poderia ter nomeado a personagem como Clíodhna, que é a rainha das banshees na mitologia celta.

 

Essa história de famílias irlandesas que possuem suas próprias banshees é bem legal.

 

Pelo visto a relação entre o canto da coruja e o prenúncio de morte é algo mundial.

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Valeu Sagitarius pela explicação!

 

Talvez o nome dela seja referência ao fato das banshees, na mitologia escocesa, serem vistas lavando roupas manchadas de sangue. Mas não descarto a possibilidade de ser o nome de uma pessoa célebre.

A Shiori também poderia ter nomeado a personagem como Clíodhna, que é a rainha das banshees na mitologia celta.

 

Essa história de famílias irlandesas que possuem suas próprias banshees é bem legal.

 

Pelo visto a relação entre o canto da coruja e o prenúncio de morte é algo mundial.

Não tinha pensado nisso, mas pode mesmo ser uma referência as Bean Nighe escocesas, que lavam a roupa dos mortos.

 

E sim, ela podia mesmo ter dado o nome das rainhas das banshees ou até mesmo de uma banshee conhecida, pois melhoraria o efeito da personagem ser uma banshee invocada por Balor para matar Regulus.

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Cruach de Balor

http://www.saintseiyapedia.com/ssp_media/images/6/60/Crom_face.jpg

Crom Cruach ou Cenn Cruach era um deus da Irlanda pré-cristã. De acordo com escritores cristãos, ele era adorado com sacrifício humano e seu culto foi encerrado por São Patrício. Crom Cruach também é conhecido como Crom Dubh, ou Cenn Cruach, entre outros nomes. O significado é discutível; Crom significa “dobrado, curvado, ou encurvado”, enquanto Cenn refere-se à “cabeça” mas também significa “o chefe, líder”. Cruach poderia significar “sangrento, cruento, abate” e também “pilha de milho”.

 

As referências constantes em poemas do século 12 que falam de sacrifícios em troca de leite e grãos, sugerem que Crom teve uma função como deus da fertilidade. Ele era descrito como uma figura dourada cercada por doze pedras ou figuras de bronze, o que tem sido interpretado por alguns estudiosos como uma representação o sol cercado pelos signos do zodíaco, o que sugere uma função como divindade solar.

 

Os textos antigos dos Dindshenchas Metrical afirmam que o povo da Irlanda adorou ao deus oferecendo seu filho primogênito em sacrifício, em troca de uma abundante colheita no ano seguinte. As crianças eram mortas por esmagamento de suas cabeças no ídolo de pedra representando Crom Cruach, e seu sangue era aspergindo em torno da base. Este ídolo de pedra tem sido identificado como a Pedra Killycluggin, uma pedra entalhada, encontrada em Magh Slecht (na Irlanda), descoberta enterrado no chão, em pedaços, em 1921. O manuscrito descreve ainda que existiam doze companheiros de pedra que cercavam o ídolo Crom Cruach, feito de ouro. Outros documentos, tais como os Anais dos Quatro Mestres e o Lebor Gebala Érenn, confirmam isso, embora nenhum deles pode ser tomado como um registro historicamente preciso. Eles também descrevem como São Patrício pôr fim a esta prática.

http://media.irishcentral.com/images/MIi+Saint+Patrick+Stained+window+Wikimedia.jpg

Segundo esses documentos, o culto foi introduzido pelo rei Tigernmas. Certo dia, ele e toda a sua comitiva, três quartos dos homens da Irlanda, passou em Magh Slecht para adorar o ídolo. Lá, São Patrício teria visto como eles se ajoelharam em torno do ídolo com seus narizes e testas pressionadas até o chão, em devoção. Eles nunca se levantaram, pois, quando se prostraram assim, eles foram, de acordo com observadores cristãos, mortos por seu próprio deus. Então Magh Slecht ganhou seu nome, que significa "Planície das Prostrações”. São Patrício então destruiu o ídolo de pedra, batendo-o com seu báculo. Ele se dividiu, e o demônio que o habitava surgiu, e São Patrício imediatamente o baniu para o inferno. São Patrício levou os sobreviventes para um poço próximo e batizou-os todos na fé cristã. Em seguida, ele fundou sua igreja próxima a esse local. A igreja de São Patrício está de pé nos dias atuais.

 

http://media.irishcentral.com/images/St-Patricks-Church-at-Kilnavert.jpg

 

A Pedra Killycluggin contém provas de repetidos golpes com um pesado instrumento, e foi deliberadamente removida de sua posição central dentro do círculo e enterrada. Um sinal marca o lugar de seu longo repouso.

 

Os documentos que contam essa história, no entanto, tem alguns conflitos com a realidade. Tigernmas, por exemplo, está listado nos Anais como tendo reinado por 77 anos a partir de 1620 a.C. Se isto é assim, ele não poderia ter estado em Magh Slecht ao mesmo tempo como São Patrício, que veio para a Irlanda no século 5 d.C.

 

Além disso, há algum debate sobre a identificação desta divindade cruel com o caráter de Crom Cruach. Em algumas histórias, ele é representado como um chefe pagão que, eventualmente, foi convertido à nova fé, e como tal era bem conhecido de São Patrício, e até mesmo considerado como seu amigo.

 

Crom Cruach/Dubh tem um dia de festival no último domingo de julho chamado Domhnach Chrom Dubh, onde vigílias são realizadas em poços sagrados em todo o país em sua memória, nascido provavelmente da versão da história em que ele era um líder religioso convertido à nova fé.

Balor

http://img1.wikia.nocookie.net/__cb20121101023635/villains/images/5/53/Balor.jpg

Na mitologia irlandesa, Balor era rei dos Fomorianos, um grupo de seres sobrenaturais. Ele é frequentemente descrito como um gigante com um grande olho em sua testa que semeia destruição quando aberto. Ele tem sido interpretado como um deus ou como a personificação da seca e praga. Ele também é referido como Balor Birugderc (Balor do olho penetrante), o que mais tarde levou ao nome inglês “Balor do olho maligno”.

 

Na mitologia irlandesa, Balor é dito ser o filho de Buarainech e marido de Cethlenn. Balor é descrito como um gigante com um olho no meio da testa. Este olho provoca destruição quando aberto. O Cath Maige Tuired (parte do chamado “Ciclo Mitológico” da mitologia irlandesa) chama o olho de Balor de "destrutivo" e "venenoso", ao qual nenhum exército pode resistir, e diz que é preciso quatro homens para levantar sua pálpebra. No folclore mais tardio é descrito assim:

"Ele sempre era coberto com sete mantos para mantê-lo fresco. Ele começou a tirar os mantos um por um. No primeiro, as samambaias começaram a murchar. No segundo, a grama começou a avermelhar... No terceiro, madeira e árvores começaram a aquecer. No quarto, fumaça saiu da madeira e das árvores. No quinto, tudo ficou vermelho de tão quente. No sexto......No sétimo, toda a terra foi capturada pelo fogo".

 

Certa vez, Balor ouve uma profecia de que ele seria morto por seu neto. Para evitar seu destino, ele tranca a sua única filha, Ethniu, em uma torre na Ilha Tory para impedi-la de ficar grávida. Um dia, Balor roubou a vaca mágica da abundância, a Glas Gaibhnenn, de Goibniu o ferreiro. Ele levou-a para sua fortaleza na Ilha Tory. Cian, um membro do Tuatha de Danann (o povo da deusa Danu) que estava guardando a vaca para Goibniu, planejou uma forma para recuperá-la. Com a ajuda do druida Biróg e o deus do mar Manannán, Cian entra na fortaleza de Balor para recuperar a vaca, mas lá encontra Ethniu e se une com ela. Ethniu dá a luz a três filhos. Balor tenta afogar os meninos no mar, mas um é salvo e é criado como um filho adotivo por Manannán. Ele cresce para se tornar Lugh.

 

Lugh, eventualmente, torna-se rei do Tuatha de Danann. Ele lidera o Tuath de Danann na segunda batalha de Mag Tuired contra os Fomorianos, que são liderados por Balor. Ogma desarma Balor durante esta batalha, mas Balor mata Nuada com seu olho. Lugh mata Balor lançando uma pedra (ou uma lança trabalhada por Gobniu, em outra versão), diretamente no olho mágico do gigante. O olho de Balor libera seu poder e destrói o exército Fomoriano. Lugh então decapita Balor.

 

http://orig01.deviantart.net/1b8e/f/2013/141/5/0/lugh_vs_balor_by_wiggagram-d6619tc.png

 

Uma lenda diz que, quando Balor foi morto por Lugh, o olho de Balor ainda estava aberto quando sua cabeça caiu no chão. Assim, seu olho mortal queimou um buraco na terra. Muito tempo depois, o buraco encheu de água e se tornou um lago que é agora conhecido como Loch na suil, ou "Lago do Olho", no Condado de Sligo. Nos últimos anos, o lago vem secando sem nenhum motivo aparente, o que deixa os moradores da região intrigados.

 

http://www.arrowrocklodge.com/assets/images/Lough_Nasool_-_Small.jpg

Fonte: Wikipedia, Encyclopedia Mystica, IrishCentral

P.S.: trazendo o último do Gaiden de Leão. Gostei do mito de Crom Cruach, apesar de todas as inconsistências da história (é impressionante como esses documentos cristãos antigos nunca são muito precisos); e acho que foi o mito mais sinistro que vi em muito tempo. E gostei do mito de Balor, que é bem mais maligno na mitologia do que Shiori nos faz crer em seu Gaiden. Esse personagem é um pouco estranho, já que ele como parecendo ser um homem que invocou o poder de Balor, pra terminar o gaiden agindo como se fosse o próprio Balor. Shiori tentou fazer algo como se o poder dominasse o homem, mas achei que não ficou tão bem feito, sendo que simplesmente parece que de uma hora pra outra o cara se tornou Balor. Só pra avisar, o post de Lugh entrará em deuses. Já postei os espectros do gaiden de Virgem, e não tem o que postar no de touro (vou só colocar uma imagem de Encélado no post do gigante, pois ele aparece nesse Gaiden), então vamos continuar com o gaiden de sagitário, que só tem um post. Espero que gostem. Próximo (acho que só na próxima quarta): Oráculo de Delfos.

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Não sabia que tinha um deus celta chamado Crom Cruach. Os cultos em homenagem a ele foram bem macabros, me lembrou os sacrifícios astecas.

 

Essa batalha dos Tuatha de Danann contra os Fomorianos me lembra outras guerras mitológicas como a Titanomaquia e as batalhas dos deuses nórdicos contra os Jotuns. Uma geração de deuses mais novos destrona a geração antiga. É o simbolismo da vitória da civilização contra a barbárie, do ser humano contra as forças destrutivas da natureza ou de um povo sobre outro mais antigo.

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Se eu fosse celta e tivesse nascido na Irlanda nos tempos do culto de Cruach, eu teria tido minha cabeça esmagada na pedra ainda recém-nascido. rsrrs

 

Mas eu sempre fico com os DOIS pés atrás nesses "registros" cristãos sobre cultos antigos, onde os deuses são sempre malignos, exigem sacrifícios humanos dos mais horrendos e tudo mais. Fico imaginando o quanto de difamação proposital não existia na confecção desses registros, principalmente para enaltecer os "santos" envolvidos na luta para erradicar as religiões antigas e fazer o povo se afastar delas causando-lhe terror.

 

Quanto ao mito do nascimento de Lugh e da prisão de sua mãe pelo seu avô para que ela não engravidasse e desse à luz o seu executor é praticamente idêntico ao mito de Perseu.

 

Adorei esse post. Foi um dos mais surpreendentes pra mim.

Editado por Fabinho
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Shun de Virgem e Hyoga de Aquário



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Só passando pra avisar que adicionei o nome de Shun no post de Virgem e o de Hyoga no de Aquário, já que em Episódio G: Assassin eles aparecem como santos dessas constelações. O de Shiryu já estava no post de Libra por causa do Ômega. Pode conferir clicando nos nomes: Shun de Virgem e Hyoga de Aquário.


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Valeuz! E agradeço por postar as imagens coloridas. Se não fosse por isso, eu não conseguiria enxergá-los nos desenhos. kkkkk

 

Quanto ao nome de Hyoga, eu não sei se você verificou isso, mas os kanjis dele, se lidos juntos, querem dizer "geleira" ( https://en.wiktionary.org/wiki/%E6%B0%B7%E6%B2%B3 ), enquanto que, se lidos separados, é como você mencionou: "rio de gelo".

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Oráculo de Delfos

http://img4.hostingpics.net/pics/9263259577sI1570.jpg

Delfos, uma cidade nas encostas do Monte Parnaso, na Grécia, foi o local do principal Templo de Apolo e lar do Oráculo de Delfos, o oráculo mais famoso dos tempos antigos. Dentro do Templo de Apolo viviam as pitonisas ou pítias, as sacerdotisas que eram verdadeiramente o Oráculo de Delfos. A pitonisa era amplamente creditada por suas profecias inspiradas por Apolo. Antes de tomar decisões importantes, gregos e outros povos viajaram a este lugar sagrado para consultar o oráculo e aprender a vontade dos deuses.

 

O Oráculo de Delfos foi estabelecido no século 8 a.C., embora algumas poucas fontes surgiram uma origem mais antiga ou recente. A última resposta dele foi dada, segundo registros, em cerca de 395 d.C. ao imperador Teodósio I , após ele haver ordenado aos templos pagãos para cessar a operação. Durante este período, o Oráculo de Delfos foi o oráculo de maior prestígio e autoridade entre os gregos. O oráculo é uma das instituições religiosas mais bem documentados dos gregos clássicos.

 

Segundo a crença grega, o santuário de Delfos ficava no centro do mundo, e por isso era associado ao eixo terrestre. Foi lá que Zeus teria fixado a pedra que seu pai, Cronos, engoliu em seu lugar, para que fosse um dia, diante dos olhos dos mortais, um monumento que proclamasse suas maravilhas. Segundo Píndaro, Ésquilo e Higino, Delfos foi originalmente o local onde ficava o oráculo de Gaia (a Terra). Gaia designou Píton, uma serpente monstruosa (ou dragão, em outras versões), para guardar o Oráculo de Delfos e Daphnis, uma ninfa das montanhas, como sua profetisa. Segundo outra versão, o Oráculo de Delfos foi inicialmente presidido por Gaia e Poseidon (deus do mar e dos terremotos). O profeta de Poseidon seria Pyrkon.

 

oraculos-de-delfos.jpg

Ruínas do Oráculo de Delfos

 

Mais tarde, Gaia teria dado o Oráculo de Delfos a sua filha Têmis, titã da justiça e da profecia (na versão em que Gaia o dividia com Poseidon, ela dá apenas a sua parte a Têmis). Porém, segundo Estrabão, Têmis teria sido a criadora dos oráculos (inclusive o de Delfos), pois tinha vontade de ajudar os mortais. Têmis presidia ainda os oráculos de Dodona e Olympia. Segundo Pseudo-Apolorodo, Pausanias e Píndaro, Têmis teria dado o Oráculo de Delfos a Apolo. No entanto, segundo Ésquilo, a terceira a presidir o Oráculo de Delfos foi a titânide Febe, irmã de Têmis. Com seu marido Céos, Febe foi mãe de Latona, a deusa do anoitecer, que mais tarde foi mãe de Apolo e Artêmis.

 

Posteriormente, Têmis ou Febe teriam dado o Oráculo de Delfos como presente para Apolo. O deus fez seu caminho até Delfos, para tomar posse do seu oráculo, mas ao se aproximar teve seu caminho bloqueado por Píton, o guardião do oráculo. Apolo (ou Apolo e Artêmis, segundo outra versão) matou Píton cravando-lhe cem flechas no corpo. Na versão em que o Oráculo de Delfos pertencia a Gaia e Poseidon, Apolo ganhou apenas a parte que havia sido de Gaia, porém Poseidon deu-lhe sua parte do santuário em troca do templo de Kalaureia, em Troizen. Após matar Píton, a cidade de Delfos passou a ser conhecida também pelo nome da besta, que vinha do verbo, pythein (πύθειν, "apodrecer"), devido à decomposição do corpo do monstruoso Píton depois que ele foi morto por Apolo.

 

Apolo criou em sua honra os Jogos Píticos de Delfos, um dos jogos pan-helénicos da Antiga Grécia, que se realizava de quatro em quatro anos (dois anos depois dos Jogos Olímpicos) em Delfos. Foram iniciados cerca do século VI a.C. e consistiam inicialmente em cantar hinos ao deus; mais tarde foram incorporadas competições de música e poesia (pois Apolo era também o deus da música e poesia). Apenas mais tarde foram incorporadas competições esportivas.

 

John_Collier_-_Priestess_of_Delphi.jpg

 

As profetisas do Oráculo de Delfos, chamadas de pítias ou pitonisas, eram jovens virgens, que viviam na castidade e pureza, dedicando-se como esposas do deus Apolo. Mais tarde, segundo outras versões, após uma virgem de Delfos ser violada, as virgens não mais profetizaram no oráculo. Segundo a teoria aceita pela maioria dos estudiosos, a pitonisa entraria um estado de transe induzida por vapores que subiam de uma fenda na rocha do santuário, e fazia as profecias nesse estado.

 

http://img4.hostingpics.net/pics/7819449577sI1584.jpg

Fonte: Theoi Project

P.S.: trazendo o único post do gaiden de Sagitário. Só eu acho que o Oráculo de Delfos é uma das coisas mais incríveis e misteriosas da sociedade grega antiga? Sério, adoro sua história e sua mitologia. É realmente fascinante a forma como ele influenciou a sociedade grega, tendo até seus jogos próprios em honra a Apolo. Espero que gostem. Como já postei os espectros do gaiden de Gêmeos II (Aspros) e os cavaleiros do Gaiden de Shion, no próximo post começaremos com o último Gaiden (a não ser que o de Sage e Hakurei nos traga algo novo), o de Gêmeos I (Defteros), no qual temos três posts. Próximo: Berserkers.

Editado por §agitariu§
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§agitariu§, parabéns por esse excelente trabalho. Esse material rico daria um excelente livro. Sério, ainda não tinha comentado aqui, mas fico muito feliz em ver alguém tão empenhado em trazer as referências de todas as obras de Saint Seiya como vc.

 

Meu pagamento por isso é meu Muito Obrigado e divulgar o teu trabalho pra quem eu conheço.

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§agitariu§, parabéns por esse excelente trabalho. Esse material rico daria um excelente livro. Sério, ainda não tinha comentado aqui, mas fico muito feliz em ver alguém tão empenhado em trazer as referências de todas as obras de Saint Seiya como vc.

 

Meu pagamento por isso é meu Muito Obrigado e divulgar o teu trabalho pra quem eu conheço.

 

Eu que agradeço por acompanhar o trabalho e divulgá-lo pra outros.

 

Quando fiz parte do SSfórum, em comemoração aos 25 anos de Saint Seiya, começamos a elaborar uma enciclopédia da série que teria 8 volumes, sendo um deles sobre a Mitologia. Faríamos em PDF e seria disponibilizado pra quem quisesse baixar, mas o fórum morreu logo após concluirmos o volume 1 da enciclopédia. Quem sabe um dia não me anime e lance algo assim?

 

Mas, por enquanto, fico feliz só com esse tópico. Com as classes que faltam (Cavaleiros Negros, Guerreiros Deuses de Andreas, Gladiadores e Deuses), ainda temos material para ao menos 1 ano de publicações, e daqui pra lá deve surgir algo novo pra trazer, já que CDZ está sempre tendo novidades.

 

Espero vê-lo mais aqui pelo tópico.

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