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Aiakkos

[Oz - SoM] A despedida de um colosso.

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Hektor estava em transe quando o alto som da corneta o despertou lentamente, apesar da tristeza que o momento simbolizava não podia negar a beleza da estridente melodia que invadia sua mente e o trazia de volta a realidade, perderá a noção do quanto tempo estivera meditando em frente aquela fogueira.

A bela floresta a suas costas havia lhe proporcionado variadas ervas, plantas, cogumelos e cascas de arvores para seu estoque pessoal, o chá medicinal que ferverá anteriormente teria envenenado a maioria que o tivesse bebido, mas lhe serviu apenas para um breve momento de letargia e alivio de suas dores. O vento frio mais uma vez o castigava, suas juntas acostumadas a bater em troncos durante anos de treinamento agora cobravam seu justo preço, já não sentia seus dedos dos pés e mal conseguia cerrar os inchados punhos... precisava de mais bandagens, mas não havia tempo. 

Levantou-se calmamente, colocou seu chapéu e se alongou um pouco, era hora de apagar a fogueira e voltar para a cidade. O palácio imponente surgia em meio as arvores a sua esquerda para onde caminhou, no trajeto lembrou de ter visto Pégasos ancorado em sua chegada e imaginou se conseguiria uma carona junto a comitiva da Rainha Athenas, mas não conhecia nenhum nobre e se questionou se teria alguma serventia para eles.

A cerimônia 
fúnebre do Rei Ragnar estava começando, e apesar de não gostar de multidões não perderia a oportunidade de prestar suas homenagens junto aqueles que já se acumulavam próximos ao palácio para sua ultima despedida.

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Sobre uma mesa seu corpo descansava, sentia aos poucos a perda de seus sentidos, como também a frequência cardíaca diminuía compassadamente. Um calafrio lhe toma, seguido por uma abrupta convulsão. As moças tentam lhe segurar, preocupadas tornam a toca-lhe o pulso e já não percebem batimentos.
O sono profundo finalmente o alcança. Wulfgar forjado no calor das batalhas parece finalmente sucumbi aos braços da morte. Então repentinamente uma corneta toca e aquele som perfurante parece motivar seu cérebro ao imaginário...
Tudo que lhe resta agora em conjunto a aquele tímido batimento cardíaco sãos as memórias, alucinações e lembranças de um passado nunca vivido.

Como em um sonho, algumas imagens turvas surgem. Ele não estava lá, mas de camarote assistia homens se digladiarem, ouvia plenamente o tilintar dos metais, os gritos brandos e o sangue espirrar por todos os lados. Via homens com roupas de couros, outros de armaduras... todos era irreconhecíveis.

 
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Logo eis que em flash surge a imagem de um trono com duas piras acesas, e de longe um rei lutando contra um guerreiro. O rei estranhamente foi reconhecido... seu rosto se revelava como o rei falecido – Rei Ragnar!
Inúmeros corpos empilhados, bandeiras de Valhalla rasgadas e no meio destas uma bandeira com a estampa de um dragão.

 
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O flash do trono torna a surgir. Logo após o sonho retorna ao campo de batalha... aos corpos empilhados... a um rugido ensurdecedor e logo retornar ao Rei que finalmente parecia vencer o seu oponente.
Coberto de sangue, Ragnar ergue sua espada e grita com voracidade a vitória obtida. Aos prantos uma jovem mulher aparece como se inconformada você lamentar a morte daquele. Um espirro de sangue se espalha por uma parede... um grito desesperado ecoa pelos confins do palácio. Todas as cenas estranhamente se misturam como se todo o “sonho” se repetisse até que ao som de um grito de mulher a alucinação se fragmenta e a última imagem que se encrava naquela confusa mente surge para fortalecer o enigma.

 

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O Ritual

 

 


Estava ficando cada vez mais intrigante a situação. A presença de Nicholas e os demais Fidalgos lhe causam um desconforto, sentia um receio em seu peito sendo emanado de cada um ali postado. Poderia também ser apenas impressão, mas a louco para tudo, afinal o Duque de Leão creu piamente que as aves falaram. Algo deveria estar pairando no ar.

Rainha e arquiduques trocavam alfinetadas, ironias e olhares. Porém o assunto e olhos pousavam sempre em Eiri que se mantinha convicta de sua posição dentro do palácio. Mantinha o semblante sério e quando iria achar uma calunia a posição de Liceus, fora interrompida por cornetas a soar para prontificar a todos que breve o cortejo estaria pronto a sair. Em questão de segundos uma sacerdotisa acompanhada de 15 asgardianos adentra o salão comunal a convocar-la para finalização do corpo de vossa majestade.

- Senhores, Rainha Pallas, peço a licença em me retirar. Fiquem à vontade!

Para aqueles que não vivem nas terras gélidas e até mesmo afastados dela por algum tempo de sua terra natal, sentem uma nostalgia e emoção no chamado melódico. Seriam como anjos a cantar divinamente abrindo passagem ao reinos dos céus para mais uma alma que deixava o plano terrestre. Eiri virou as costas e logo em seguida a escolta e sacerdotisa atrás de si. Passa por Magnus segura sua mão segurando até passar ao seu lado as costas e o solta lentamente dando menção caso este quisesse segui-la.

Havendo visitas, Hans e 3 soldados de sua tropa ficaram no salão próximos à  porta de saída para caso os Duques necessitassem de algo. Além do que, o pedido do líder do esquadrão tivera feito minutos atrás chegou: um aperitivo as visitas. Os Asgardianos são um povo hospitaleiro e sereno, mesmo em um momento de muita tristeza, o castelo não podia parar. Jarros de Hidromel e bandejas de frutas, foram postos sobre um aparador a vontade para os visitantes. E assim estes serviçais ficaram à volta caso estes necessitassem de algo.

Em um longo passadiço com janelas e pilares de sustentação à cada ante-sala que passava, o sol da tarde ainda aquecia as paredes e coração do palácio por entre as vidraças em mosaico. Na frente do dormitório do rei, os dois soldados que antes Eiri teria confrontado dias atrás, abriram caminho para ela e a serviçal finalizassem o trajeto.

Lorde Ragnar já estava quase pronto. Faltava apenas os pertences do rei. Estava muito bem trajado com as vestes da realeza. Seu corpo foi alocado em um tampo côncavo longo de seu tamanho de madeira, forrado com um tecido branco de cetim aconchegado com feltro para dar mais profundidade ao seu redor. Nas bordas deste leito estavam sendo ajeitada flores que nasciam apenas nas terras gélidas em decoração.

- Srta Eiri, está quase finalizado. Falta os objetos da realeza para ornar o traje.

Eiri pousou seu olhar sobre seu falecido rei, pálido, porém bem conservado perante a temperatura fria da cidade, mantendo seu corpo íntegro. Dera um sorriso de satisfação em vê-lo vem apanhado. Escutou a senhora que o preparou, e ao lado do corpo sem vida, afagou a face descorada de Phecda e seguiu a uma ante-sala para pegar os ornamentos reais no qual somente ela tinha acesso. Tirou a chave que estava presa em seu pulso como pingente em sua pulseira e abriu a pequena sala. Lá estava a coroa cravejada em pedras azuladas, o cetro imperial de quando ele foi coroado e sua arma de luta: o machado. Entregou o machado a moça que na porta ficou, e foi pegar a coroa. Olhou para aquela linda jóia e a apanhou, em seu toque, virou-se e obteve um lapso de memória no qual ficou anestesiada com os olhos marejados em meio a saleta.

 

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O convidado que havia chegado parecia querer causar confusão, não se portava como se devia em um momento de despedida de um grande rei. Aquele que veio do reino de Hades conhecia o nome de Magnus, como se o conhecesse aquilo, parecia estranho. Não se recortava dele, apesar de não se lembrar de nada antes dos seus oito anos de idade.

Magnus não gostava nada do jeito como aquele homem falava, mas decidiu ignorá-lo. Tinha coisas muito mais importantes para fazer, pois logo os ritos do rei seriam finalizados e está seria a última chance de se despedir daquele grande homem. Os olhos do guerreiro avaliou cada indivíduo presente naquele lugar e com muita atenção foi verificando quem poderia ser o maior  causador de confusão. Além do que tentou entender como todos pareciam conhecer Eiri. Aquilo despertou mais uma inquietação em seu interior.

Quando as cornetas de alerta soaram, significava que estavam se encaminhando para o momento final. Então uma jovem se aproximou discretamente Eiri; esta que parecia tão forte diante de tantos nobres; não passou despercebido os 15 asgardianos que estavam enfileirados em posição. Eles seriam os encarregados de levar o corpo do rei até a embarcação que o guiaria para um reino maior, além é claro de ser uma segurança a mais contra os convidados caso tentassem alguma coisa, todos eram guerreiros valorosos.

Eiri se despediu de todos de forma contida e segura. Quando as trombetas cessaram, ela se afastou sendo seguida pela jovem clériga, mas não antes de passar pelo guerreiro loiro, segurando sua mão em um gesto delicado e de cumplicidade que não precisava de palavras para expressar a ele o que era preciso fazer. Assim que saiu do salão Magnus fez o mesmo, enquanto Hans servia de anfitrião para os convidados juntamente com alguns soldados. Caminhando pelo corredor viu as servas trazendo os aperitivos e bebidas, isso iria acalmá-los por um tempo, pelo menos era que o guerreiro esperava.

A elegância que aquele castelo transmitia parecia ser algo divino, era o tipo de lugar que deixava Magnus desconfortável. Mas não podia negar a beleza que havia ali, o sol da tarde trazia um contraste de frio e calor que o agradava. Ao chegar ao quarto do rei’ no qual Eiri se encontrava, dispensou os dois soldados que guardavam o lugar. Entrou no cômodo viu o imenso corpo do rei ornado com flores em um tampo, com aquelas flores que eram as preferidas dele, assim como sua esposa; que morreu no parto tentando dar a luz ao seu filho que também não resistiu.

Magnus parou por um instante olhando para a face pálida daquele que agiu como um pai quando perdera o seu próprio, fechou os olhos em respeito o agradecendo em sua mente. Avistou a serva segurando um poderoso machado saindo da ante-sala enquanto Eiri retornou para a mesma. Pediu para a jovem criada sair por um instante pois necessitava conversar com Eiri. Esperou a jovem ruiva sair da sala trazendo consigo a coroa que ao invés de ser de ouro, era feita de um mineral especial coberto por joias conhecidas como safiras de Odin.

Percebendo a demora, acabou entrando na ante-sala, e a encontrou distante como se estivesse em outro lugar. Aproximou-se com delicadeza dela, apesar do seu enorme tamanho, Magnus sabia ser gentil, tocou suavemente em seu ombro a virando para si.

― Eiri você esta bem? ― Olhou nos olhos dela, incerto do que dizer para tentar aliviar toda aquela situação. ― Posso imaginar como está se sentindo, mas não esta sozinha. Pense que Ragnar esta finalmente se juntando aos grandes heróis, ele teve uma vida boa, cabe a nós manter a chama que ele protegeu acesa.

Parecia ate ridículo falar de chama e calor em uma terra, onde o sol não conseguia trazer de fato calor, apenas uma sensação amena, mais o rei conseguia fazer isso apenas com sua presença, força e sabedoria. Sem dizer mais nada Magnus a abraçou mesmo ela segurando ainda a coroa em suas mãos. O abraço durou alguns minutos antes dele se afastar da Eiri, sentiu o aroma que emanava dos cabelos dela, sempre gostara daquele cheiro.

― Sei que esta sobrecarregada, mas não precisa passar por isso sozinha. Eu estou aqui para te ajudar, e sempre o farei, não por achar que seja fraca ou indefesa, mas para dividir o fardo com você. Sei que desapareço por um tempo nas missões, mas tudo que me faz querer voltar... é você!

Aquelas palavras eram surpresas até mesmo para Magnus, mas não podia esconder aquilo para sempre, se perguntava se existia nela aquela mesma fagulha que havia nele.

― Sei que não é o melhor momento, mas tudo isso me fez pensar, o que realmente é importante pra mim, e descobri com muita facilidade que isso era você! ― Com estas palavras os olhos de ambos se conectaram, Magnus foi se curvando para ficar na mesma altura que Eiri, quando uma batida na porta quebra aquele encanto.

Era a jovem que acompanhava Eiri nos ritos do rei. Os dois saíram da ante-sala a encontrando no quarto. Tentando disfarçar Magnus se virou para a jovem de cabelos vermelhos

― Deixarei que terminem os ritos. Vou organizar os soldados que irão levar o rei e irei acompanhar o trajeto juntamente com o seu pai Hans para que não haja nenhuma confusão durante o caminho. Nos vemos depois? ― Pergunto para ela que apenas balançou com a cabeça afirmativamente.

 

 
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Amor ou Compaixão?

 

 Em um breve lampejo de inconsciência mostrou muita destruição, pessoas feridas e apelos de ajuda. Havia sangue, clamores, gritos e um ardor que poderia se sentir na pele: fogo! Muito fogo. Com o ábaco em mãos, Eiri sentiu os músculos travados entorno do ornado real que somente teve seu sincronismo com o objeto interrompido com a chegada de Magnus ao notar seu estado de choque segurando firmemente a coroa.

Ficou assustada e seria chamada de louca ou insana se contasse sobre a quimera que vivenciará por segundos. Sem voz e reação, as lágrimas rolaram e mais uma vez o jovem guerreiro amparou Eiri no momento de tristeza. Chorou de medo pelo que poderia ser uma profecia ou até mesmo loucura de sua cabeça. Mas... porque consigo? Confusa desabou nos braços de Magnus que a acalmava com palavras.

O loiro nunca foi de expressar palavras belas, e também tão pouco a vira chorar como atualmente. Mas era notável que sua dor/medo o deixava sem chão de como agir e reagir com ela naquele estado. Aqueles olhos verdes escuros, sérios e sinceros voltados aos seus, confessou um sentimento já percebido antes pela jovem ruiva. Revelou através de rápidas sentenças e sem muito jeito o tamanho do desejo que escondera em seu coração por tanto tempo.

Não pestanejou e for fim ele resolveu investir. Magnus acarinhou a face branca e rosada de sua pequena, sentiu o delinear de seus dedos enxugando as lágrimas abaixo do olhos também verdes. Ela corou, atraída pelo gesto singular, se postou ereta, ouvindo sua respiração por mais um vez, porém agora ofegante. No olhar uma compenetração aos dela, estudando o desenho de seus lábios vermelhos no quase ao toque para um desfecho, novamente foram interrompidos.

- Ahn... Claro.... - uma pausa fechando os olhos e limpou a garganta delicadamente, sem movimentos bruscos - ... Certamente Kirstin!

Passou pela porta enxugando o rosto molhado e logo atrás Magnus disfarçando questionando se Eiri ficaria bem. A moça acenou positivamente com a cabeça e ele deu a deixa de onde estaria se caso necessitasse de algo. Com a coroa em mãos, caminhou até o tablado do moribundo rei e pediu que levantassem a cabeça do mesmo e ajeitou o adorno arrumando suas madeixas brancas. Outra criada entra ao dormitório do rei com o vestido que foi separado para da dama de cia do rei Phecda acompanhar o cortejo até o deck fúnebre.

 

 

 

A Procissão

 

Com a ajuda das servas, deixou os cabelos soltos sobre os ombros, com pequenas tranças laterais presa com uma fivela cravejada branca em formato de asas atrás de sua cabeça. O vestido não era preto, mas sim tom de vermelho: um bordo. Era como um longo sobretudo com capuz que fechava a frente do busto com tiras bordo e um tecido de cor creme ao fundo recobrindo o peito. E por cima uma capa de pele clara e nas mãos luvas brancas.

As cornetas soaram novamente e desta vez anunciando que a marcha estava já se posicionando no corredor de saída do Palácio.  Eiri saiu apressada do dormitório ajeitando a gola do casaco e as servas logo atrás de si puxando um aglomerado de soldados ate conselheiros para o cerimonial.

- Aos seus postos! - arrumando os dedos dentro luvas - no próximo sinal os portões serão abertos!

Sem delongas, nove Vikings formaram fila tripla em comissão de frente, ruídos e trepidação viriam em direção a comitiva. O chão vibrava e a figura de quinze Vikings, seu pai e Magnus era nítida guiando um quadripé com rodas e sobre este o corpo do rei sendo encaminhado até a demarcação para o início do evento. Hans parou ao lado da filha ajeitando o cinto e com parte de sua capa solta, no qual, Eiri o prende rápido. Magnus logo após deixando a escolta passar dando orientações e voltando-se a moça e seu pai. Terminou de ajeitar seu genitor, e olhou seu bem-amado delineando rapidamente se seu traje estava adequado. Passou os dedos por entre os fios loiros dos cabelos dele e acarinhou sua face com um sorriso tímido e desceu ao seu ombro ajeitando o tecido da vestimenta.

- Com licença milady e senhores... Está na hora!

Hans posicionou-se ao lado da filha no final da marcha, ao centro o corpo do rei e mais quinze soldados mais Magnus prontos para a última passeata do lorde. As cornetas ressoam mais fortes e vibrantes anunciando a chegada do rei. Ao topo das escadas os portões de madeira maciça entalhada de Valhalla se abrem lentamente, e a comissão de nove soldados descem as escadarias se posicionando à frente do corredor formado por soldados Vikings que se estende até o monumento sepulcral. Logo atrás sobre os ombros de dezesseis homens; sendo o primeiro da fila ao lado direito Magnus; estacionando sobre as escadas declinando um pouco o tablado decorado com o falecido rei de Asgard e por fim a dama de cia do Imperador Phecda, Eiri e seu pai a fechar o bloco do cortejo fúnebre.

Com a movimentação dos soldados reais o povo foi se aproximando do cordão vivo de soldados que abririam caminho para a comissão desfilar. Outros iriam se alocando em locais mais próximos do palanque, ou até mesmo em janelas, varandas próximas da estrutura para poder se despedir do rei que subiu como um mau-feitor e parte sendo um dos poucos bons governantes que uniu política, bem estar e humildade ao povo de Asgard.

 

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O caos começava a crescer na cidade, uma multidão se espremendo e se empurrando para conseguir um lugar próximo a procissão. O barulho tomava a mente do monge que não conseguia mais encontrar a paz naquele ambiente tomado pela comoção da população, e o que deveria ser uma homenagem se tornou um castigo pra quem imaginou um cenário de união emocionante... doce ilusão! 

Aos poucos foi sentindo falta de ar, se sentindo sufocado no meio daquelas pessoas como se fosse um tigre em uma jaula! Tentou se afastar mas o fluxo de pessoas no sentido contrario tornava praticamente impossível qualquer movimentação civilizada... "HEY IDIOTA! Cuidado por onde anda.. aqui não é o buraco de onde você veio!"  

Hektor ignorou o comentário do homem ao qual esbarrará e continuou de cabeça baixa tentando desviar do pequeno asgardiano que bloqueava sua passagem:"O que você quer aqui ? Não deveria nem estar aqui.. é um momento do nosso povo, vá embora seu macaco imundo!"  O homem tentou empurra-lo para trás, mas a Besta sequer se mexeu, levantou os olhos e encarou melhor o homem que o barrava propositalmente com ar arrogante. Tentou dar mais um passo para o lado, mas o homem continuava a importuna-lo mesmo não tendo tamanho para tal. * BARULHO! *CAOS! *AR... PRECISO DE AR! AR!  AAAAH*  Empurrou de volta o homem prostrado em sua frente que caiu sentado com cara de espanto mas não demorou a esbravejar em alto e bom tom enquanto levantava rapidamente: "Quem você pensa que é para vir aqui desrespeitar nosso Rei?" 

Tentou se apressar e se desvencilhar daquela situação mas pessoas ao redor pararam por um segundo, aquele silencio e espaço que tanto desejava agora era sinal do pior. Aos poucos foram se afastando, ficando ao ser redor apenas alguns homens asgardianos o encarando incessantemente. Estes verdadeiros vikings em tamanho começaram a demonstrar a coragem e orgulho característicos de seu povo e dignos de seu amado e falecido líder! Em meio a ofensas e provocações tentou mais uma vez sair do meio daquela confusão que já se formava... mas foi barrado novamente por outros dois homens colocam suas mãos no peito do monge: "Agora está com pressa estrangeiro maldito?"  Sentiu um vulto em suas costas e num lampejo de reflexo abaixou-se quando o pequeno que empurrará tentava ataca-lo com um tronco de madeira, em um rápido chute rasteiro circular conseguiu desequilibrar os três homens que estavam mais próximos, mas agora outros dois ou três vinham em sua direção desembainhando suas temíveis espadas e sacando suas machadinhas. 

Desviou do primeiro golpe de machado descendente e utilizou a força que seu adversário para arremessa-lo sobre seus companheiros que o cercavam!

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Se esquivava andando pra trás dos golpes das laminas que continuavam em sua direção e contra golpeava com poderosos socos e chutes que desestabilizavam seus adversários. Uma das espadas afiadas acertou seu antebraço frente ao rosto, e em um movimento circular conseguiu aparar o golpe sofrendo apenas um corte sobre suas duras ataduras e devolvendo a agressão com uma forte cabeçada no rosto do grande guerreiro que empunhava a arma. Mais chutes e socos e suas técnicas desconhecidas se mostravam efetivas contra os bravos guerreiros armados. Um a um os temíveis asgardianos iam caindo desacordados, a multidão ao redor desacreditada gritava e arremessava objetos no monge que tentava se concentrar no últimos dois... mais uma esquiva e mais um adversário arremessado duramente ao chão caia desacordado, o ultimo já desarmado tentou se projetar sobre as pernas do monge para derruba-lo mas acabou caindo em mais uma das artimanhas do monge...


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Quando os guardas asgardianos foram atraídos pela confusão encontraram seus conterrâneos caídos, desnorteados, sangrando muitos ainda desmaiados. O monge no chão ainda com seu ultimo adversário desfalecido entre as pernas, um braço do homem quebrado com fratura exposta e ainda assim a BESTA enfurecida socava o rosto do pobre homem com as mãos todas exarcadas com o sangue!

Quando finalmente voltou a si estava cercado por afiadas lanças em seu pescoço, apenas respirou fundo e aceitou seu destino! Os guardas rapidamente amarram seus braços, cobriram sua cabeça com um saco e o levavam por entre becos estreitos para o palácio para ser julgados por seus crimes, tentavam desviar das multidões que tomavam as ruas principais por onde passava o corpo do Rei. Hektor ainda respirando fundo agora sentia uma forte dor no corte de seu antebraço direito. Um dos guardas vasculhava sua pequena bolsa e ao encontrar a adaga que havia guardado indagou os outros: "Esta adaga não é igual aquelas utilizadas para matar aquele homem!?! O que essas pessoas querem aqui? Este merece um "tratamento especial" por desrespeitar nosso Rei em seu próprio funeral!" 

Hektor mais uma vez se lamentava por ter aceitado a sugestão de ter embarcado naquele navio, sua amiga Alzira não previu que seu destino seria a morte nas masmorras? Amaldiçoou a velha cigana mais uma vez...

Um barulho de laminas cintilando as suas costas, algo estava acontecendo e ouvia os guardas lutando com alguém. Tentou se desvincilhar das cordas que o prendiam, mas o guarda que ainda o segurava lhe deu uma forte pancada na nuca e o monge caiu desnorteado... ainda se recorda de alguém lhe tirar o capuz e ouvir uma doce voz conhecida, depois tudo escureceu novamente! 

Quando acordou sentiu o leve balanço do mar e percebeu estar dentro de um imponente navio de Poseidon!

 

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Nicholas era um daqueles seres que tinham muitas qualidades e conhecimento, mas que para Eva, só uma palavra expressava sua personalidade: fanfarrão. Não que isso fosse algo ruim, muito pelo contrário. Ela achava fantástico conseguir ser tão sério em alguns momentos, tão sábio em outros e tão debochado na maioria deles.

- Ha... haha... - Riu completamente sem graça ao ser puxada para frente para ser apresentada à rainha Pallas. Inclinou a cabeça com respeito e rezou para que a loira não prestasse muita atenção no que o Arquiduque de Garuda falava. 

Quando Eva pensou em erguer sua cabeça para avaliar se seria julgada ou não pela rainha, Aiakos já chamava por outra pessoa. Com a mesma maestria e discrição usada para chegar até sua comitiva, a "princesa" desvinculou-se do braço do tio e deu alguns passos para trás, evitando ser apresentada para mais alguma autoridade que a deixava desconfortável.

Seus grandes olhos de tom tão raro corriam todo o local, procurando alguma forma de sair daquela situação onde importantes se reencontravam, faziam de conta que se respeitavam e ainda por cima apresentavam os seus, num ritual que parecia uma competição de orgulho. Infelizmente, dessa vez, ela não tinha para onde correr. 

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Foi então que o som de uma trombeta imponente soou em todo local. Evaline assustou-se levemente, percebendo então que todos se acomodavam para o que parecia ser o início do  ritual de despedida do rei de Asgard. Ela obviamente fez o mesmo, colocando-se junto com a comitiva do Elísios, tentando ao máximo ser discreta e esconder sua excitação em presenciar um ritual tão importante.

 

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ASGARD

PARTE EXTERNA DO PALÁCIO

 

Camille caminhava a passos lentos por entre os locais e extrangeiros que lotavam a cidade gélida. Devido à ocasião especial e consequentemente um grande número de visitantes vindos de outras terras, a cigana andava com seu chapéu cobrindo parte de seu rosto já que o perigo de encontrar vítimas de seus atos de pirataria era real. Houve um tempo em que Freyrd, O Kraken, liderava a maior parte das investidas piratas, mas depois que lhe foi dado o título de Grão-Duque quem comadava a tripulação na maioria dos saques era sua conselheira, Camille. Uma das únicas mulheres que foi aceita por uma tripulação de bandeira negra até então, mas com certeza a primeira a ostentar o título de Capitã Suplente e conselheira de uma nau daquele porte. Uns dizem que conseguiu chegar onde está pelo sangue que já derramou em vida, outros espalham que ela usou da sedução para convencer o Kraken (apesar de ter idade para ser sua filha), mas a maioria diz que a tripulação temeu que caísse sobre eles alguma maldição cigana caso votassem contra. Tire suas próprias conclusões... Seus passos eram firmes, se recusava a falhar na tarefa que fora dada por Freyrd. Porém, ao notar uma confusão quase que generalizada, parou e se escorou em uma barraca qualquer afim de observar discretamente a briga que envolvia asgardianos e um monge, chegou àquela conclusão ao observar como o estrageiro lutava, depois percebeu que reconhecia aquele rosto de algum lugar.

 

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Foi se esgueirando pela multidão para não perder aquele sujeito de vista na medida em que o arrastavam para becos mais afastados. Por um instânte repousou sua mão esquerda na adaga com empunhadura de escamas em sua cintura, mas imaginou que não seria uma boa ideia pois os guadas estavam em um bom número apontando lanças para monge imbolizado e coberto com sangue asgardiano. - Merda! - Cuspiu no chão antes de caminhar em direção ao beco. Não demorou até que pediram para a cigana não dar um passo se quer, com o chapéu cobrindo os olhos ela os ignorou, se aproximando ainda mais. Um dos guardas andou alguns metros se posicionando entre Camille e o prisioneiro. Lentamente, com o dedo indicador ela levanta o chapéu deixando o pouco de claridade que chegava até o local apertado iluminar um de seus olhos.

 

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- Seremos diretos, senhores... - Retirou uma moeda de bronze surrada de dentro de uma bolsa de couro igualmente velha, e a segurou frente aos guardas. 

Sou uma pessoa que gosta de apostas, elas nos dão uma sensação de prazer por causa da adrenalina e expectativa de que fizemos a escolha certa. Mas o que gosto ainda mais é que o destino faça essa escolha por nós. Vou jogar essa moeda para cima, se cair do lado da figura que têm um cavalo, vocês deixam o prisioneiro ir embora comigo, se cair do lado da face, haverá sangue...  - Todos riram, debocharam dela pois obviamente em hipótese alguma ela sairia dali com o monge. Até que eles começaram a se entreolhar como se quisessem ver se ela realmente ousaria, ou melhor, conseguiria derramar o sangue deles. Bastava um deles aceitar a aposta do destino, e assim um infeliz guarda o fez... Esqueci de um detalhe importante! Sou uma cigana... Quando um cigano aposta na moeda, há de se cumprir. Como eu disse antes, coisa do destino e o caralho... - Lançou o destino dos guardas e do prisioneiro naquela moeda velha, abriu a palma de sua mão e a deixou cair sobre ela. - Olha só! Teremos sangue afinal... - O ar pesou. Apesar do deboche de outrora, o clima tinha ficado muito estranho entre os que ali estavam e junto deles o silêncio reinava. Começaram a posicionar as armas em sua direção, até que com uma graça e delicadeza que antes não existiam, ela levantou as mãos, rodou os pulsos e reclinou seu tronco como um artista agradece o público após o espetáculo. Mal sabiam que o espetáculo não havia começado, até aquele momento... Seus cabelos se elevaram levemente como se o ar se deslocasse a sua volta. - Pois então... Briguem! - As lanças que antes ameaçavam o monge, agora cortava gargantas e perfuravam os corpos dos companheiros que as portavam, em segundos todos os asgardianos estavam ensanguetados no chão. Aquele feitiço não funcionava com tamanha efetividade, pois a mente e alma das vítimas deveria estar em um grau de sensitividade muito elevado, o funeral de seu Rei era uma ocasião e tanto, Camille contava nos dedos as vezes que o fez com êxito.

 

- Você vem comigo monge... - Jogou o sobretudo sobre o corpo daquele homem e caminhou em direção ao Drak'Thar como se conversasse com um compadre bêbado.

 

 

ASGARD

PALÁCIO DE VALHALA

 

Todo o protocolo oficial já havia acontecido. Kraken que antes ficou alheio a qualquer interação direta com os outro nobres se manteve afastado. Não gostava daquilo, não gostava de formalidades, de intrigas e tudo o que envolve um funeral daquele tamanho, mas nutria respeito por uma alma que merecia o descanso dos justos. Ao sair do Palácio em meio a prossição, se aproximou daquele que porta a alcunha de Garuda, um ser deveras repugnante, pode-se dizer. Ofereceu o rum que segurava em sua mão para o nobre, sustentava um sorriso simpático como se aquela pessoa fosse quem ele realmente gostaria de presentear com a garrafa, mas antes deu mais um gole. 

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- Aceita? Peguei essa garrafa do mesmo navio que aquele artefato que você tanto queria...

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A trombeta soou, como um chamado de anjos para o preludio de um fim ou como um anuncio para o Ragnarok, seja qual seja os motivos por de traz de cada intenção naquele palácio, seja qual seja as vontade que permeiam o coração de um nobre ou não tão nobre líder de um Reino, chegou a hora de saudar um que ali, não estava mais.

Era de fato, a trombeta de um ser divino, que anunciava um fim. O fim de uma vida que para, aquele povo, era a maior vida de todas. Era a vida de um coletor de sonhos, de um herói que para sempre ficara guardado no coração das pessoas. Para o bom homem, sera uma alma corajosa, que o ajudara a seguir em frente em maio as dificuldades; para o bom guerreiro, sera o espelho a se seguir e para os bons Reis, uma figura a se consagrar. Para o homem ruim, seja ele guerreiro, monarca ou um indigente, Ragnar sempre sera a sombra que a justiça representa para seres desse tipo. E há quem diga que esses homens, hoje comemoram a morte desse Gigante, mas sempre temeram o segue, que dele surgir. 

E como dizem os bardos que cantam os contos lendários de heróis insuperáveis;  "Uma estrela, jamais deixara de brilhar, sem que outra tão grande quanto alcance seu brilho." E Asgard sim, possuía homens e mulheres dignos de alcançar tal brilho. 

- Vamos. - Não houve comprimento, sequer um olhar que pudesse significar algo, Pallas, sucinta, virou-se para traz, deixando a jovem Eiri sair junto ao seu acompanhante. Para a recém chegada, no qual fora apresentada, sorriu, em retribuição tardia ao feito, como se pedisse desculpas pela falta de decoro e assim saiu do salão, sem se despedir de ninguém. 

AO LADO DE FORA. 

 

- Taurus, Leo. - Chamou a atenção de seus soldados, que em alerta devido ao fatídico encontro com os habitante de Hades, se encontravam sérios e pronto para pular no pescoço do primeiro a avançar. - Voltem para o Barco, caso aconteças algo, zarpem. 

- Desculpe, minha Rainha, mas pede que a deixamos sozinha. - Entre rosnados, o Duque de Leo, respondera quase que em um tom de afronta. - Não posso deixar que fique sozinha. 

- Concordo com o pequeno. - 

- Ambos sequer eram nascido quando enfrentei hordas que soldados Atlantes, eram pequeno quando, coloquei de joelhos, aquele que hoje é chamado de Deus da Guerra. - A palavras saim conforme os passos a avançavam par ao local marco para a cerimonia. - E todas essas vitorias foram alcançadas com a sabedoria que vem com a experiencia e quando eu digo vós, que partam sem sua Rainha é que em tempos futuros, Athenas não precisara de uma Rainha que exista para manter um equilibro, mas sim de uma que faça tudo ao seu alcance para que seu Reino continue a existir. 

Os pelos de seus Duques se eriçaram, as palavras de sua senhora, conhecida por sempre se antever aos eventos críticos que podem acontecer, fizeram seus coração baterem mais rápido; afinal, esta para existir um cavaleiro que não temem pelo bem estar de sua monarca. 

- Seja qual for o resultado desta cerimonia, Athenas existe para que o mundo seja um lugar melhor. - 

- E se o resultado for a sua...

- Então, Alexander sera aquele que guiara o nosso Reino e seja qualquer sua decisão, ele precisara do apoio de vocês dois e dele. 

- Saggitarius?

- Sim...

 

Nada mais fora dito, ambos continuaram seguindo até o local da cerimonia. Com seus coração em peso, temendo o possível futuro sombrio que iriam enfrentar. Para Leo, esse peso era maior, afinal, Saggitarius não era apenas, um Duque que vivia e comandava Olympia; Era também seu Pai, e o pequeno Leão sabia que o lar dos heróis de Athenas, o lar dos Elfos de Oz, só se envolvia em assuntos humanos, quando a Guerra estava para estourar. 

- Senhora, acha que Alexander rumaria até aqui...

-Sim...

Com essas palavras, os três se separaram. Pallas, fora deixada com uma escolta de treze soldados e seus Duques, seguiram para o Barco, olhando para traz, querendo voltar para ao lado de sua Rainha.

 

De longe, observando a irmã se separar de seus Duques, o jovem com traços fortes, aguem com sua idade de quinze anos, olhos  castanhos e cabelos com tons mais claros que suas iris, estava o jovem Hércules, posto sobre as ordens da própria Rainha. 

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Magnus não conseguia lembrar quanto tudo aquilo começou, quando a amizade se tornou algo mais, porém sempre teve medo de estar confundido as coisas,e perder aquela amizade, por isso tentou guardar aquilo só para si, mas com a morte do rei todos estes pensamentos ficaram para trás, enquanto caminhava para organizar as coisas para o trajeto que guiaria o corpo do rei até o barco, onde seria o ultimo adeus daquele plano ficou pensativo.

Falou com os soldados, e confirmou se estava tudo correndo bem com os convidados, afinal tudo aquilo ainda poderia ser apenas uma grande armadilha, após confirmar tudo se dirigiu aos seus aposentos, onde tomou um banho e vestiu uma roupa limpa para cerimônia, como iria guiar o trajeto, vestiu uma armadura discreta, como se estivesse indo para um campo de batalha.

Quando a corneta tocou todos estavam ás seus postos, Magnus viu Eiri estava bela com seus cabelos soltos, com leves tranças laterais, o vestido vermelho se destaca diante aos demais, mesmo que tivesse uma capa de pele por sobre ele. Magnus a viu Hans se direcionar ate sua filha, o guerreiro a seguia com os olhos. Assim que ela terminou com o seu pai, Magnus s aproximou dela, enquanto ela ajeitava os retoques em sua vestimenta, passou os dedos por entre os cabelos dele, o fazendo sentir o calor de seu toque, o seu aroma enchia seus pulmões, o sorriso tímido dela dizia que os dois estavam em sintonia, foi quando ele falou apenas para ela escutar.

― Quero falar com você mais a noite, me encontre naquele nosso lugar. ― Foi tudo que isso antes de ser interrompido pela serva que a chamou sem confirmar se estaria lá.

Se lembrando do que tinha que fazer Magnus se colocou a frente, ficando do lado direito,  seguido pelos demais guerreiros que carregavam o rei, a multidão do lado de fora estava em peso observando aquele cortejo, as portas de madeira ornadas com belos arabescos, e pinturas se abriram com um chiado pesado, Eiri estava no final da comitiva com seu pai lhe apoiando, enquanto, o corpo era erguido pelos soldados, o caminho era aberto pela multidão, era uma mistura completa de sentimentos dos mais diversos, alguns choravam, outros sorriam, alguns gritavam e outros cantavam, os dois lados estavam repleto de pessoas, o chão de concreto, parecia brilhar com aquela luz do entardecer.

Os olhos de Magnus estavam perdidos, se recordando quando fora apresentado ao rei, de como ele o observava nos treinos com Hans, como às vezes falava de sua esposa, e de seu filho, foi um rei que passou por muitas coisas, a beleza daquele lugar nunca esteve tão melancólica, o ar gélido parecia mais intenso mesmo com tantas pessoas, olhando para frente viu alguns dos convidados de outros reinos, observando o cortejo sem de fato qualquer consideração, talvez aquilo fosse apenas uma diplomacia, mas não se importavam de fato com o rei, alguma coisa em tudo aquilo não agradava Magnus.

Da parte superior, viu o convidado do reino de Hades que entrou no salão despreocupado falando com a rainha Pallas, a mesma estava sozinha por assim dizer, sem seus dois guardas de primeira linha, mas resolveu não dar atenção aquilo, era um momento apenas do povo das terras gélidas, a cidade parecia uma pintura feita a mão com varias pinceladas, apesar de o branco predominar, a cidade possuía sua beleza exótica, com construções gigantescas como o palácio real, à medida que iam caminhando o cenário mudava, pouco a pouco, não demoraria muito para chegar ao seu destino final.

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“A jornada final de um guerreiro viking, um rei forjado em batalha, para grande Hall da Sagrada Valhalla”

A frase estava na maioria dos corações daquele povo guerreiro, que luta desde o nascimento para sobreviver ao clima rigoroso desta terra gélida. O Grande Ragnar havia conseguido um feito inédito na história de Asgard: manter o reino centralizado e promover avanços diplomáticos. Apesar dos grandes feitos, essa conquista tem suas manchas de sangue e muitas vezes de crueldade.

Alguns membros da cupula foram motivados por um impeto pessoal de conquista e expansão de dominio. Está na natureza desse povo lutar, é quase como uma necessidade básica como respirar, se alimentar etc. Porém, Ragnar sempre conteve esses insuflos dos Jarls por além das fronteiras.

O maior desejo do Rei era uma Asgard unida e forte, capaz de conter qualquer ataque ou influência exterior. Prova que essa política vinha tendo sucesso quando a insurgencia do Ducado de Aquarius as ordens da Rainha atacou nas fronteiras com Asgard e teve todo seu território dizimado a ponto de quase extingui-lo. Na ocasião, a Rainha Pallas sábiamente aceitou a derrota e firmou um pacto de paz com Asgard transformando Aquarius em uma zona neutra pertencente a Athenas mas administrado por Asgard.

Outrora, na ultima grande guerra, o Reino de Poseidon em uma investida pelos Mares de Asgard sofreu uma derrota tão violenta que pos fim a guerra isolando ainda mais o Império de Poseidon. Nessa ocasião, o Arquiduque de Wyvern foi um grande aliado na resistência Asgardiana se tornando futaramente um irmão de guerra do Rei Ragnar.

Esse breve histórico do rei permeava a mente daqueles presentes das memórias dos feitos que aquele homem havia escrito na história. De tamanha grandeza e gratidão, os habitantes se mobilizavam para dar a ele seu agradecimento final. A jovem Eiri, tida como uma filha pelo velho, se encarregou de conduzir todos os preparativos com muito esmero, em cada detalhe. Mesmo com um turbilhão de sentimentos que a própria cerimônia já trazia, outras ainda a consumiam mais. Mas mesmo assim, ela conseguiu conduzir tudo com muito pulso, como uma rainha deveria ser.

O cortejo enfim se iniciava e mais uma vez a corneta soava, dessa vez um silencio sepulcral se espalhou pelo reino, a multidão silenciou-se. Era possível ouvir os lobos uivando nas florestas distantes. Uma nova corneta soou, dessa vez diferente, o ritual se iniciará. A marcha funebre seguia para se destino pelo caminho formado por um cordão de isolamento feito por guardas reais.  Homens em coral com uma melodia bonita e profunda se misturava ao relinchar dos cavalos e seus galopes. Os corvos sobrevoavam o cortejo grasnando como que avissassem algo.

O cortejo teve se fim no grande deque montado e ornado para o evento. O barco já estava pronto para receber o corpo de o Rei. As piras já iluminavam o fim da tarde à espera de levarem as cinzas do grande rei. Os convidados mais próximos se acomodavam no deque que cercava o barco fúnebre. Além disso, o deque foi cuidadosamente planejado para que todos, mesmo que mais distantes pudessem ter plena visão do evento. A jovem Eiri se posicionou de maneira centralizada ao deque, pois caberia a ela dizer finalizar a cerimonia com o apoio de Magnus que acenderá as chamas que elevarão as cinzas de Ragnar para o Valhalla. Devido a uma abrupta mudança climática, a cerimônia precisa se apressar, pois as aguas já tremulam mais agitadas...

 

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Contemplação e Lealdade

 

A mente de Eiri vaga entre muito dos acontecimentos ao lado do rei. As passeatas sempre foram um dos hobbies preferidos do Imperador Ragnar, andar por entre os vilarejos e verificar por si se todos os seus projetos caminhavam conforme suas ordens. Porém tais caminhadas duravam muitas horas e para Eiri se tornava monótono quando não lhe convinha. O lorde era muito espirituoso e tinha conhecimento de seus trejeitos e fazia algo fora de sua rotina para anima-lá. Com a perda da rainha e seu futuro sucessor, lorde Ragnar teve para si durante seu reinado um grande apreço pela jovem ruiva que iniciou muito nova sua jornada pelos passadiços do castelo. Tinha mais admiração em saber que além de usufruir de sua beleza exuberante e de um raciocínio muito rapido, em seu interior há uma brava lutadora muito bem treinada por Hans e seu falecido amigo Rurik. Tão maleficente era que, em seus olhos verdes vivaz, com feição de pouco riso, mas sabia ser graciosa nas horas certas, corpo esguio e ereto deixava qualquer homem sem reação caso o não cortejo não tivesse sucesso. O que na maioria das vezes não obtinha mesmo, pois era indiferente ou fria e se sobressaia em palavras inteligentes dando o corte nos gracejos. Quando não aceitos, alguns dos pretendentes insistiam ou usavam de força. O rei se divertia com a lição de bravura em enfrentar qualquer porte que fosse, até mesmo  para com os candidatos os deixando muito bem abatidos.

Mas desta vez, o passeio era para o seu último momento por tudo que fizera por aquele reino. A ruiva volta à realidade, e recordará que momentos antes da saída do cortejo, Magnus solicitou-a para um particular em um local reservado que somente eles conheciam. Mas antes tinha que cumprir esta tarefa, talvez até a última como o um dos braços direito do rei. Atentou seus olhos as faces das pessoas que faziam suas orações, agradecimentos e acompanham a comitiva a percorrer vagarosamente o trajeto. Um silêncio ensurdecedor tomou a nação que presenciava a procissão passar por um cordão humano feito por soldados Vikings com armas postas em continência, no qual, o rei Phecda é encaminhado para o monumento sepulcral. Os noves guardas da comissão de frente ao chegar na estrutura, seguraram um bote de madeira pelas extremidades, no qual continha detalhes em fractal nas bordas, nas pontas altas se afunilava a uma cabeça de uma serpente assim como representação a sua casa e a outra ponta a cauda. Os dezesseis Vikings e Magnus posicionam o tablado trabalho contido com o corpo do rei sob o pequeno barco. Eiri e seu pai ao subir no palanque, se dispuseram abaixo das flâmulas de Asgard e ficaram a monitorar a adequação do rito: o retorno dos quinze soldados da água e em seguida Magnus tomar seu lugar ao seu lado e de seu pai até a finalização do cortejo. Os benditos corvos seguiram o trajeto do corpo até o local quebrando o silêncio. Os crocitar eram irritantes para Eiri, que olhou para o hasteamento das bandeiras no qual pousaram. Indignada a ruiva os olhou secamente e ambos se calaram.

A taciturnidade era fúnebre. Para que a passagem ao plano celeste fosse de muita luz e paz, era necessário expor tudo o que Ragnar representou durante os seus anos de reinado. O conselho preferiu se manter em silêncio, pois mesmo estes sendo os que faziam as coisas acontecerem, nem sempre estavam de acordo com as idealizações do rei. Hans o poderia fazer, mas não cabia a ele o líder das tropas. Magnus tinha seu papel final para a passagem ao Valhalla. Então seria Eiri que; esteve presente ou escondida na surdina em muitas situações a pedido do rei; em assuntos relacionados ao posicionamento dos conselheiros, passeios e breves embates. Esteve sempre próxima e faria um breve discurso ao nobre líder e guerreiro. Olhou para a banda que acompanhou todo o cortejo e fez menção com a mão direita para que cessassem e retornou os olhos ao publico que acompanhava todo o evento.

- Lorde Ragnar foi um homem que superou as expectativas de muitos de nós! Para muitos era apenas mais um ambicioso por poder. Mas... Não foi bem assim! Ele estruturou Asgard. Elevou o reino economicamente e nos fez conhecidos para outros continentes e moveu a renda através de nosso pequeno Porto. Ragnar era um homem comum, assim como todos nós. - fez uma pausa e respirou - Se preocupava com o próximo, perdeu pessoas queridas, mas nunca esteve sozinho, pois pode contar sempre conosco. - a voz estremeceu e cruzou os dedos à frente do corpo para conter o abalo. - Fomos todos conquistados aos poucos e aprendemos a respeita-lo a partir de suas boas condutas. Sendo assim, nosso Imperador Phecda deixa este plano com grandes feitos. - as lágrimas caem, mas seus olhos continuam fixos e sérios ao povoado - Era uma pessoa muito amável, carinhoso e querido, além de um exibido líder e guerreiro. Que Odin o guie em sua cessão!

Olhou uma última vez ao rei, aproximou-se da embarcação e ordenou que os guardas soltassem o ornamento a favor da maré. Retornou ao lado dos seus, passando as mãos e os dedos levemente abaixo dos olhos, ergueu a face ao horizonte no qual aparentava formar uma tormenta e no azul do mar a canoa tomar velocidade. Virou-se a Magnus sem nada a dizer, seus os olhos marejados reprimindo as lágrimas, espreitou seus olhos assim verdes como os seus e apenas acenou positivamente com a cabeça que seria sua vez. Assim que o fogo inflamasse com a matéria do rei, Eiri iniciaria a oração que fora ensinada pelos antigos para a elevação da alma. Observou a fase do ritual feita por Magnus com as mãos unidas à frente do peito, para logo após orar junto à multidão.

 

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Magnus seguia na frente, levando o corpo do poderoso rei, uma brisa sobrava fazendo seus cabelos tremularem, enquanto seguia com a marcha, conseguia ver no rosto das pessoas o sentimento de pesar é perder, mas ao mesmo tempo uma espécie de orgulho, pois os verdadeiros guerreiros não desapareciam, apenas seguiam para novas batalhas.

Os soldados seguravam a multidão, enquanto passava as pessoas começavam a cantar, uma musica poderosa, que ia formando um coral, partindo do começo da marcha, seguindo até o seu destino final, era como se todos se unissem em um só sentimento, apenas uma voz, para que o rei Ragnar, pudesse ouvir onde quer que estivesse, um sutil sorriso surgiu nos lábios de Magnus, ignorando os corvos que pareciam inquietos.

O frio acariciava o rosto de Magnus, o fez recordar da morte de seu pai e de como o rei colocou a mão em seu ombro, aquele pequeno gesto não era para fazer com que o jovem segurasse suas lágrimas, mas para que tivesse orgulho do homem que fora, agora um homem Magnus fazia o mesmo pelo rei. Após vários minutos chegaram ao seu destino final, as pessoas se juntavam para observar o adeus final.

Com cuidado os carregadores depositaram o grande corpo do rei no barco com o símbolo da casa Phecda, Magnus olhou o semblante do rei, fechou os olhos mais uma vez e fechou o punho no peito, aquele gesto era feito apenas por poucas pessoas entre elas estavam, Rurik Hans e Magnus, aquele gesto representava fidelidade e um coração inabalável, as águas começavam a se agitar, era como se sentissem a partida de um grande homem, Eiri subiu em um palanque acompanhada de seu pai. O silêncio foi quebrado pelo grasnar nos corvos, Eiri olhou para o alto é os dois se silenciaram, a melodia havia parado com o gesto da jovem, dando lugar a um silêncio mortal, Magnus se colocou do lado de Hans, para apoiá-la.

Cada palavras proferida pela Eiri parecia tocar os corações dos habitantes daquela terra gélida, onde sobreviver era difícil, muitos balançavam a cabeça em confirmação, enquanto alguns tentavam conter as lágrimas, nem mesmo a jovem de cabelos vermelhos conseguiu conter a emoção, enquanto lágrimas escoriam de seu rosto, mas continuava suas palavras para o povo.

Terminou dizendo: “Que Odin o guie em sua cessão!”

E todos disseram juntos. ― Que Odin o guie em sua cessão!

Em seguida se aproximou da embarcação, ordenando que o soltasse a favor da maré, ao mesmo tempo, um soldado trazia um poderoso arco, ornado com detalhes talhados em toda sua base, aquele era o arco do rei, alguns diziam que ele era feito de um ramo da árvore da vida, ninguém nunca soube dizer se aquela lenda era verdadeira, ou não, mas o rei nunca havia errado sequer um alvo com ele, um detalhe que poucos sabiam era que poucos possuíam a força para envergar e esticar a corda do arco, com maestria Magnus o fez, tomando total atenção para si, o vento soprava mais agitado, o tempo estava mudando...

Eiri retornou ao lado dos seus secando as lágrimas enquanto observa Magnus, a embarcação tomava velocidade, o homem loiro não se importou, mesmo com o vento que soprava, Olhou para Eiri capturando os olhos verdes dela, com um aceno ele se virou para o barco, pegou uma flecha é acendeu a sua ponta, medindo o vento, esticou o arco, fazendo um chiado baixo ser ouvido pela tensão, mirou com cuidado e lançou a flecha para o alto, todos olharam a direção que seguia, parecia que não iria acertar, mas uma brisa soprou, fazendo a seta mudar de direção acertando em cheio a embarcação que pouco a pouco começou a se iluminar, enquanto a chama ia dominando tudo... Abaixando o arco, uniu as mãos frente ao peito, aguardando a ultima oração.

 

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Todos se dirigiam ao momento final daquela despedida tão importante, e, como esperado Eva seguiu juntamente com os seus para prestar uma última homenagem ao famoso rei daquelas terras.

Enquanto caminhavam, Eva prestava atenção ao seu redor: não havia um silêncio, mas, entre os cantos e as conversas, notava-se um profundo respeito àquele momento. O ambiente estava tão cheio de sentimentos sérios que não havia espaço para comentários engraçados, mudanças de assunto ou tentativas de não ser carregada por aquela aura solene.

Os olhos únicos da mestiça acompanhavam atentos o ritual e o discurso de uma moça ruiva de beleza ímpar, a qual Eva deduziu ser alguém importante, porém não ousou perguntar quem era. 

"Como pode um lugar tão frio, tão sem cor, dar vida a pessoas tão lindas e diferentes!... ", pensava, enquanto desviava a atenção para os lados, discretamente observando os demais nobres daquelas terras, os soldados, as damas de honra e quem mais estivesse por lá. Todos lindos, todos de uma beleza única, a qual Eva poderia perder horas e horas de sua vida apenas admirando.

Mas foi então que sua atenção voltou ao ritual de despedida daquele grande rei: Uma flecha de fogo solitária cortou o céu em um movimento tão limpo e belo, que foi impossível para Eva não emocionar-se com aquela cena.

- Oh!... Tão... tão... - Murmurou para si mesmo, pousando o dorso de seu dedo indicador direito embaixo de um de seus olhos, deixando sua luva absorver uma pequena lágrima que se formava enquanto a embarcação com o finado rei era consumida por chamas. - ... que momento lindo!... - vocalizou seu sentimento, colocando uma de suas mãos em seu peito e abaixando a cabeça em forma de respeito.

Eva não demorou em voltar sua postura normal, erguendo sua cabeça e abrindo seus olhos curiosos. Deu um longo e profundo suspiro e então virou para seu querido tio Nicholas:

ADdrio.png

- E agora? Tudo muito lindo e emocionante, mas preciso saber se teremos alguma festa de coroação do novo rei ou rainha, ou se preciso arranjar outra forma de conhecer os influentes presentes nesse evento tão... peculiar.

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PALACIO VALHALA – MOMENTOS ANTES DO CORTEJO

 

Após chamar a atenção do Capitão do Mar, um velho conhecido de Nicholas, este veio até sua direção com o que seria uma garrafa e com um senso de humor impar capaz de mesclar assuntos de negócios, sarcasmo e descontração na mesma frase. Garuda, que há muito já está acostumado com essa terra, aceita sem pestanejar a oferta do marujo. Pegando para sim a pequena garrafa com o ébrio liquido erguendo a garrafa ao alto em sinal de um brinde ao velho Rei e as palavras do homem. Desceu então em direção ao rosto, mexeu levemente o frasco para que o aroma pudesse ser sentido, inspirou brevemente e com um sorriso e um gesto facial de aprovação, provou um pouco daquele liquido.

- Aaahh! Dá melhor qualidade, como todos os seus produtos e serviços!

Estendendo a mão para um aperto com o Kraken, o Duque complementou o diálogo questionando-o sobre os negócios recentes que o fizeram a ir como Kraken ao evento fúnebre.

- Espero que tenha, alem de mais desse rum, aquilo que ficou de trazer... Mantenha-o sob seus cuidados... talvez seja muito necessário em nossa estadia!

Sorriu de maneira meio psicopata, arregalando os olhos e sorrido para o homem, enquanto apertava sua mão, selando aquilo para qual foi contratado.

Garuda então seguiu em direção a grande mesa redonda que haviam organizado para recepcionar os convidados, sendo acompanhados por seus conterraneos.

No caminho ele entrega a garrafa para a mulher que o acompanhava desde o inicio.

- Guarde isso para mim e faça o que haviamos combinado durante o cortejo. Ela acenou positivamente pegando a garrafa e se retirou do recinto para saída do palácio. Num piscar de olhos ela desapareceu sem deixar rastros.

Em sua retirada, a mulher seguiu pelas sombras buscando uma saída pelos fundos. No caminho, deparou-se com o corpo de um homem que estava deitado sobre uma bancada de marmore. Ela se aproximou e retirou o lençol que o cobria, o rosto lhe era familiar, já havia se deparado com ele em uma de suas missões. Apesar do corpo ensaguentado, ela não enxergava feridas que justificassem tamanha quantidade de sangue. Aproximou seu rosto, sentiu o cheiro do visco rubro e algo lhe intrigava. O coração do homem não havia parado de bater, só estava batendo com um espaçamento muito longo, algo extraordinario para um pessoa comum.

Ela então provou de seu sangue e sua reação foi espontanea. Como uma reação alérgica, ela começou a tossir desesperadamente e acabando assim a chamar a atenção de uma serviçal que passava por ali.

A mulher ao tentar acudir a jovem de olhos purpura, teve sua jugular exposta por um corte rápido e logo teve seu sangue drenado.

A guardiã de Garuda, se recuperando ainda do incidente em que teve que beber o sangue da mulher, limpando a boca não teve dúvidas de que era ele de fato. Ela carrega consigo um liquido estimulante feito por mestres da herbologia. Despejou-o então na boca do homem e seguiu seu caminho...

 

O CORTEJO

 

Após a grande recepção no salão principal, os visitantes foram conduzidos para o inicio do cortejo e se posicionaram brevemente atrás de alguns membros da realeza e de algumas familias de Jarls. Nicholas seguiu com sua sobrinha e Maxime para o cortejo acompanhando até o local de destino. Nada ali era novo para ele, visto que essa ritualistica é milenar e ele já havia visto o mesmo ritual anteriormente. Chamou sua atenção a inquietação dos corvos, como se soubessem que algo estava para acontecer. Ele não acreditava em coincidencias, para ele tudo aconteciam como deveria acontecer.

Chegando no lugar de destino da cerimonia, se posiciou na lateral do deque, de onde conseguiu ver toda a dimensão do navio. Sem semblante era sério, porém escondia sua ansiedade e inquietude. Como lider do Esquadrão das Sombras, estava acostumado a ler os detalhes e algo não parecia estar certo. A época do ano não trazia mudanças bruscas de clima e o tremular agitado das agua anunciavam algo estranho. Os ventos também começaram a se inquietar  e uma neblina começou a se formar no ceu escurencendo mais cedo o dia.

O barco já em chamas alaranjava o céu agora escuro, era uma cena bonita de fato, como se um túnel se formasse e encaminhasse o barco de fato para o Sagrado Valhalla. Porém, a temperatura começou a cair bruscamente e o vento diminuira e muito a intensidade das chamas, causando um desconforto nos presentes.

Garuda é interrompido de suas observações por sua sobrinha, emocionada com a cena e perguntando quando seria a festa. Nesse aspecto, ela puxou mais o lado Garuda da familia. Ele sorriu e disse:

- Se não me falha a memória, o Rei não tinha herdeiros... Então não devem coroar ninguém agora. Mas nada impede de fazermos uma festa no navio e convidarmos alguns locais! Teremos bastante rum inclusive!

 

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O coração insistia em continuar a bater. Os cortes e ferimentos do seu corpo lentamente e de forma misteriosa iam desaparecendo deixando apenas o sangue que as denunciavam.
Mas seu corpo ainda não se mexia, não havia estímulo muscular ou qualquer outra reação que evidenciasse aos olhos que ele ainda estava vivo. Porém, seu cérebro incessantemente tornava a lhe trazer imagens confusas, como algo aprisionado e esquecido no âmago quisesse se libertar.
Após a última imagem perturbadora de um olho azul, sua mente retorna para uma outra batalha, longe de Asgard, muito sangue, neve e prantos... Logo em meio a poeira a silhueta de uma mulher surge, trazendo um manto sobre sua cabeça e este lhe cobrindo a face, era totalmente impossível o reconhecimento daquela figura. Esta possuía alguns adornos em ouro com tímidas pedras em safira e rubi. Trazia consigo algo em seus braços enrolado em um lençol.
 
— Vaaaamossss... Fuja para longe....
 
— Odinnnnn... Nos salve!!!!
 
A mulher corre desesperadamente, como se sua vida estivesse em risco. No balanço do corpo um brilho toma a cena, vinha de um pingente que ela carregava com um emblema de um dragão.
Um outro lapso, e logo a imagem da mulher se desfragmenta e surge uma poça de sangue. Alguém a observa de longe e logo se aproxima, então o seu reflexo na poça se monta e a imagem que surge é de um homem com os mesmo traços de seu rosto... era como se Wulfgar estivesse ali se vendo. Então um bebê em prantos lhe toma a atenção e ele sai correndo para buscar de quem se tratava. A mesma mulher que trazia uma criança nos braços dessa vez estava deitada no chão coberta de sangue... O pingente não estava mais em seu pescoço e sim junto ao bebê que estava enrolando no lençol que agora estava tingido de sangue de sua suposta mãe. A criança estava ao lado da mãe no chão, dai a sombra de uma outra pessoa a sobrepõe e logo lhe apanha do chão. A imagem vai ficando turva, mais ainda percebe-se que era um homem quem pegou a criança.

Nesse exato momento o corpo moribundo de Wulfgar tem um espasmo involuntário. Seu batimento cardíaco gradativamente vai aumentando sua frequência. Mais ainda sim sua consciência não pára. Ainda lhe surge outra imagem, dessa vez um homem tendo a sua cabeça decepada. A imagem era confusa, turva e tudo que se via eram sombras. A cabeça alça vôo e logo cai metros do corpo, e assim outras tantas cabeças também surgem todas sem corpos. Uma pilha de cabeças se ergue como mágica do chão e sobre elas uma chama de cor azulada. Então do nada um rugido ensurdecedor oriundo de uma grande sombra, e após esse como um choque animador, Wulfgar abre seus olhos.
Tonto e desorientado desce da mesa e se apoia com ambas as mãos sobre ela. As madeixas escorrem por sua face e uma gota de algo amargo que parecia está em sua boca goteja sobre a mármore polida.
 
“O que está acontecendo comigo?”
 
— Ma-mas que lugar é esse??? Onde estou?
 
Aos poucos sentia sua força tornando ao corpo, seus pensamentos se alinhavam e estranhamente dentro de si, passou a sentir um uma fúria descontrolável. Não sabia a razão para aquilo, mas percebia que estava em um ambiente hostil rodeado de inimigos que deveriam provar de suas lâminas.
Olhando em sua volta se deparou com uma mulher completamente dessecada, com um corte profundo em sua garganta e sem sequer uma gota de sangue.
 
— Mas quem poderia cometer tal atrocidade?
 
Ainda reconhecendo o ambiente viu sua armadura jogada sobre uma cômoda e a pegou de volta. Porém sem armas, tudo que lhe restava era a ação de seus punhos para ajuda-lhe a sair dali.

 
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"Se sente melhor?"  indagou Camille "Mandei que limpassem seus ferimentos, mas acho que esse galo na sua cabeça precisa de mais cuidados. Tivemos sorte que você conseguiu cambalear até o navio feito um marujo bêbado... e que merda era aquela que você estava fazendo?" 

"Obrigado! Eu tava... seguindo meu destino como a Alzira previu, vocês ciganos tem um jeito estranho de traçar seus caminhos. Obrigado de verdade!" 

A pirata olhou com olhar de desprezo pelo comentário, mas o monge sabia que esse sempre foi o jeito da jovem. Estava realmente grato, sabia que ela não tinha motivo algum para ajuda-lo alem do fato de terem apenas se conhecido a muito tempo atrás quando o monge viajava com uma caravana cigana a uma cidade portuária de Atlântida. Sabia que ela era de alguma forma parente da velha Alzira, mas todos sempre eram primo do primo de alguém e ele não nunca entendeu direito as relações familiares deles.. ninguém entendia na verdade e isso pouco importava, já havia passado tempo suficiente na companhia deles pra saber que eram sempre ótimos parceiros de estrada e mesmo desconfiados podia contar com eles em um momento de dificuldades. Sabia também que dividas deviam ser pagas e agora ele tinha uma divida de vida com a temível pirata de cabelos de fogo!

"Você veio para o funeral? Ouvi dizer que você havia se tornado braço direito de um "corsário", mas não pensei que te encontraria tão longe de Atlântida."

"É... eu também preferiria não estar aqui! Venha, minha boca esta seca preciso de uma bebida."

O navio era realmente poderoso, nunca havia estado em algo daquele porte com tantos canhões... Hektor já havia trabalhado um tempo em barcos orientais da grande Madame Ching, mas eram embarcações menores que atuavam contrabandeando em águas rasas e que não durariam contra o imponente Drak'Thar. Sentou-se no convés onde Camille tomava mais um trago de rum e analisava a frota ao seu redor. Pediu uma adaga emprestada e usou para acender seu cachimbo esfregando a lamina contra um pedaço de rocha que produzia faíscas. Conversaram sobre a vida no mar e o monge relembrou seu tempo embarcado nas águas esmeralda próximas ao templo onde treinou. Sua cabeça ainda latejava, com os punhos inchados pegou sua bolsa e consultou as ervas que tinha a disposição, por sorte poderia produzir algo para ajudar a cicatrizar os cortes em seus braços. 

 

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"Preciso voltar ao palácio, o estoque já está cheio e espero voltar as águas quentes o quanto antes."

"Eu vou junto.."

"Não! Num preciso de segurança e não quero ter que matar mais nenhum guarda asgardiano por  você!"

"Você sabia que eu não teria ouro pra te recompensar quando decidiu me ajudar... e não vou deixar essa dívida em aberto! Eu posso te ajudar, é só dizer me como! Ainda sei  dar alguns nós mas duvido que precisem de mim aqui embarcado. Deixe me pagar com serviços, posso produzir um estoque de remédios e ajudar na cozinha só preciso colher algumas plantas na floresta, além do mais eu preciso de uma carona pra ir embora desse lugar, talvez você possa me apresentar para o Kraken!? Sei que posso ser útil, apenas me de uma chance!"

Camille mediu o monge dos pés a cabeça e cuspiu no chão esbravejando: "Devia ter te deixado pra morrer, vamos logo antes que eu mude de ideia, não tenho tempo a perder! Pegue aquela caixa e me siga... e vê se tira esse chapéu ridículo coloque um capuz mais discreto, ultima coisa que preciso é de você me trazendo mais problemas!"

O monge colocou o capa preta que a pirata lhe jogou "Essa deve servir! Fique de cabeça baixa."  e pegou a pesada caixa de madeira ornamentada com figuras de monstros marinhos e seguiu Camille em direção ao palácio onde estaria Freyrd.  

Talvez o destino que Alzira previu estivesse finalmente abrindo os caminhos de Hektor! 



 


 

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A conversa entre Kraken e Garuda fluia de forma natural e respeitosa, o aperto de mão firme e o sorriso simpático estampado no rosto de Freyrd fazia com que olhos inocentes os julgasse velhos amigos, para a dupla soaria como um exagero pois estavam longe de nutrir uma amizade; uma amizade de negócios, talvez?!

 

- Tire aquilo do meu navio o mais rápido que puder, e depois podemos continuar essa conversa sobre ter mais rum... Imitou propositalmente a expressão grotesca do nobre arregalando os olhos, colocou as mãos para trás e seguiu para a parte externa em direção à cerimônia...

 

...Apesar de ser um nobre, manteve-se afastado dos outros "convidados de honra", observava tudo com muita clareza ao mesmo tempo em que prestava respeito ao rei falecido em pensamento. Ao sentir a mudança peculiar do clima, direcionou o olhar para o mar gélido, só então, quando percebeu a alteração das águas, se mostrou inquieto pois sabe que o mar não o engana. 

 

Camille caminhava com pressa ao lado do monge, parou quando conseguiu ver Kraken em meio a tantas outras pessoas, estavam perto, mas a superlotação que tomava conta da região os impedia de ir de encontro ao capitão, ao menos enquanto o monge carregava aquela caixa ornamentada com simbolos. Com a mão, a pirata fez um gesto para que o monge colocasse a caixa no chão. Se prestasse atenção em seu rosto, notaria também uma inquietação.

 

- Preciso esperar aqui... Se quiser pode tentar se aproximar do Kraken, mas não recomendo. - Apoiou o braço em uma das barracas vazias, colocou o pé direito em cima da caixa que o monge carregava, e fez outro sinal com as mãos, apontando para o mar. - Ele tá conversando com o mar, sabe como é... - Tentava se manter tranquila, mas a todo momento se lembrava de Freyrd alertando sobre o incomodo que a cigana sentia. Um mau presságio. Ansiosa, batendo com o calcanhar de sua bota na caixa, ela olha para o monge. Tá estranho aqui, não tá?! O ar... ta difente... - Cuspiu no chão.  - Merda!

 

 

 

 

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Hélade - Reino de Athenas - 

 

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Escuto essa musica, como há anos escutei. Quando jovem, corria pelos vastos corredores que eram as ruas da capital, observando com avida atenção, as pessoas andando distraídas, sorrindo e despreocupadas. Mesmo quando em guerra, quando o grande Ducado de Aquarius perdia sua guerra contra Asgard, o povo da capital, mesmo cientes, continuavam com suas vidas. Sorridentes, felizes mas nunca esquecendo dos homens que la morreram e, que viveram. 

Hoje, me sinto da mesma forma que naquele dia, minha Rainha fora a Asgard, desse vez como aliada e ainda assim, sinto-me apreensivo. Como aquele dia, no qual Athenas vira seu ultimo Duque de Aquarius, o homem mais inteligente do Reino, dar seu ultimo suspiro de vida. Essa derrota ainda nos dói, afinal, fora a unica derrota de Lady Pallas, e hoje, lá esta ela, junto daquele maldito povo. 

Mas essa sensação, que me tomou o amago quando jovem, toma-me o amago agora, que a idade jaz em meu corpo. Essa sensação de perda, de mais uma vez, de derrota. 

"Ela não..." 

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Do alto do Palácio, conhecido por todos por Phertenos, eu pude avistar a chegada deles; Os únicos sobreviventes dos áureos tempos desse amado Reino, os mais velhos, os mais sábios e como eu, comandavam o Reino na ausência de minha senhora . Eram três, e a cada passo que davam na direção de Phartenos, os povos os veneravam. 

Afinal...Esta para nascer um povo que não venerasse seus heróis.

Estava para nascer um povo, que não sonhasse em ser como aqueles que ali caminhavam.

Eu estive lá...Eu sonhei...e Conquistei e hoje sou Gemini

E eles eram...

a Muralha que nos protege!...

Aquela que nos Equilibra...

E aquele, que como Anjos, nos guiam. 

 

Sim, o pressentimento ruim, não não era apenas meu... 

 

ASGARD

 

De longe, o um alguém que não deveria estar ali, vigiava. De longe o um alguém, de espirito indômito, que nem mesmo onze trabalhos foram capazes de tirar-lhe a força, observava aquela que lhe é bem quiista. De longe, o jovem aguardava, afinal, aquele era o seu decimo segundo trabalho e talvez, o mais difícil deles...

Pallas, sabendo que completara o ultimo desejo de um amigo, estava em paz, sabendo que o mesmo havia partido e deixado seu Reino, se não em bom estado, nas mãos de alguém que o levaria a tal e mesmo que o destino venha pregar-lhe uma peça  jogar contra o que havia previsto, Pallas como uma boa líder, deixara tudo pronto para o "plano b"

Assim, observou, emotiva, o desfecho de uma vida que há muito observou. Que como uma estrela, vira nascer; e como uma supernova, viu morrer. E o ciclo da vida uma vez mais, deu sua volta, iniciando-se um novo ciclo, um novo destino. 

- Terra, Mãe de todos, eu a saúdo. - Proferiu os dizeres de seu povo, quando um companheiro morre. - Eu lhe rogo, cuidai desta alma, que de tu nascera e a tu, retorna. 

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Há tradições que permaneciam vivas para o povo de Asgard, dentre elas a oração que foi  ensinada como uma canção de ninar, para que fosse gravada no interior de cada asgardiano. A suplica servia para guiar espíritos em sofrimento, abrandar em um momento de angústia e almas que partem ao sono eterno. Quando recitada tinha a capacidade de unir todos os corações em uma só voz.

Escutou a corda do arco ser armada por Magnus que manteve o semblante compenetrado e a mensurar bem o disparo, já que o tempo estava por mudar. Os ventos sopravam mais frios naquele fim de tarde para o início de noite. O loiro guerreiro respirou e quando pronto disparou a flecha inflamada acertando o alvo sem grande dificuldade. No horizonte pode ver a primeira faísca tomar as vestes e logo o corpo de Ragnar. A jovem dama se virou ao público e iniciou o versículo:


"Se, jeg ser min far ... Se, jeg ser min mor, mine søstre og mine brødre ...
("Eis que vejo meu pai… Eis que vejo minha mãe, minhas irmãs e meus irmãos...)

Se, jeg ser mitt folks avstamning fra begynnelsen. Se, de tilkaller meg.
(Eis que vejo a linhagem de meu povo, desde o início. Eis que eles me convocam.)

De ber meg om å ta min plass blant dem, i Halls of Valhalla.
(Eles pedem que eu assuma meu lugar entre eles, nos Salões de Valhalla.)

Der de modige bor for!!!"
(Onde os bravos vivem para sempre!!!”)


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Com as mãos cruzadas voltou-se para o mar, com os olhos a observar o barco ser consumido por grandes labaredas e ao mesmo tempo a abóboda celeste a escurecer como se estivesse de luto junto à nação Asgardiana. O povo repetia as sentenças da prece como um hino, reverberando um eco que guiaria o rei a vida eterna. Franziu o senho entre as madeixas ruivas ao vento que ganhava força e por entre as chamas e a dissipação da fumaça aparentou gerar a silhueta de Ragnar. Eiri dera um breve sorriso e logo após fechou os olhos enquanto o salmo ainda era continuado pelo público, que repercutia de todas as direções com muita emoção e fé na sonoridade. Seu coração estava apertado como se faltasse um pedaço, mas sabia que o rei agora descansa e não sofre mais. Seria sempre lembrado não apenas pelo grande homem que fora, mais pelos ensinamentos deixados.

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Toda aquela cerimônia, trazia nostalgia é pesar para Magnus, perdeu o pai, nunca conheceu sua mãe, e aquele que o trouxe para debaixo de sua asa também partiu, tudo que restara daquilo que considerava importante era Eiri e Hans, a família que aprendeu a amar e valorizar.

Magnus sentia o clima mudar pouco a pouco, mais Eiri deu inicio a oração, que guiaria rei, por um breve momento, o guerreiro teve um deslumbre de ter visto a fumaça do barco tomar a forma de Ragnar, os versos ainda ecoavam na voz da multidão, todos vieram prestar suas homenagens.

Assim que terminou a oração, Magnus se aproximou de Eiri ainda carregando o arco do rei, aproximou seus lábios aos ouvidos da jovem de cabelos vermelho.

― Sinto que alguma coisa vai acontecer, já senti esta sensação, ela vem sempre perto de uma batalha, se algo acontecer quero que vá o mais rápido que conseguir para o castelo, informe os guardas.

 

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Durante o cortejo, abalos cismicos mais ao norte de Asgard fizeram uma grande montanha de gelo se partir revelendo uma caverna há séculos desaparecida. Somente lendas primordiais citavam tal localidade. Nesse meio tempo, o mar começou a se agitar em função disso e foi tomando grandes proporções. Estranhamente o clima se modificou brutalmente ao norte e uma nevasca tomou conta da região não permitindo que se enxergasse um palmo a frente dos olhos. Essa região era conhecida como o antigo condado de Duhbe. Atualmente habitada apenas por aldeões em um pequena vila.

O atividades climaticas começaram a se mover pelo continente chegando até Asgard. Olhares mais atentos puderam perceber a silencioso mudança das aguas e dos ventos. Algo absolutamente incomum.

O funeral ocorria como esperado, tomado de muita emoção. O ápice do evento foi a sagrada oração ancestral que sepultava finalmente o Rei Ragnar e direcionava-o ao Valhalla. Era uma oração forte, que provocava as mais diversas reações desde muita emoção até estados de transe. Alguns relatos do passado citam pessoas que puderam enxergar de fato o portão do Valhalla e ver o espirito do guerreiro se dirigindo para ele. Tudo corria bem, mas o clima continuava a mudar drasticamente. Já era inicio da noite, as ondas agora fortes, chocavam-se umas com as outras. O barco funebre estava instavel e podia ser engolido pelas aguas a qualquer instante. O céu, tomado por uma espesse neblina, agora se clareava entre um relampago e outro.

Mas o povo de Asgard estava acostumado a climas rigorosos e seguiu firme acompanhado com os olhos a trajetória do barco. Foi quando Eiri e Magnus, emocionados, viram a silhueta do Rei em meio ao fogo e fumaça. Mas essa visão logo foi bruscamente interrrompida quando inexplicavelmente as chamas se apagaram deixando o navio a deriva.

Em meio a fumaça ainda subindo leve, duas orbes azuis brilharam no horizonte logo a frente do barco durante um relampejar. Antes que a mente das pessoas pudesse traduzir o que seria aquilo, um colossal dragão branco surgiu em meio as nuvens e num rasante pegou o navio do velho Ragnar com suas patas e parou no ar imponente, como se mostrasse a todos o que iria fazer. Nesse tempo ele partiu o navio em dois e deixou que os destroços caissem no mar revolto.

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O caminho de Ragnar ao Valhalla foi interrompido e multidão entrou em desespero ao ver uma criatura daquela magnitude algumas dezenas de metros dali. A correria foi generalizada e o caos se instalou rapidamente.

A criatura então subiu ao céus  e em um mergulho deu um rasantes sobre todos que estavam ali indo em direção ao Palácio. Rapidamente os poucos que ainda que circundavam o castelo se distanciaram o mais rapido que puderam. Após sobrevoar o edificio, esta fez seu pouso logo a frente da entrada principal. Seu tamanho era assustador e seu olhar mais ainda. Eis que ela abaixa sua cabeça e um grande rugido ecoa sobre o local deslocando o vento absurdamente e deixando a temperatura absurdamente congelante.

Eis que em sua lateral, entre sua asa, um homem vem caminhando lentamente e passando uma das mãoes pelo animal como quem o acaricia-se. Mesmo distante era possível ver que os olhos desse homem eram exatamente iguais ao da fera.

Revelado, o homem se prosta logo a frente do animal, que nada faz contra ele. Para alguns, era possivel reconhece-lo, seja pela fisionomia ou pela profecia... Mas para todos a certeza era só uma: aquele olhar era de vingança!

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Aos poucos seus sentidos se restauravam, as dores sumiam juntamente com a tontura que o perturbava. Agora, praticamente restabelecido e devidamente vestido, buscou a saída daquele lugar.
Enquanto caminhava pelos vastos corredores “vazios” por incrível que pareça, sentia uma vibração refletida no solo e nas paredes do palácio. Parecia um terremoto leve, tímido, mas perceptível.
Eram inúmeros cômodos, salões e corredores, sair dali não parecia uma tarefa fácil, porém percebeu uma movimentação de alguns soldados que corriam todos em uma mesma direção como se algo tomasse suas atenções. Logo, Wulfgar seguindo seus extintos, deduziu que a saída seria justamente naquela direção. Então acelerou seus passos seguindo aqueles guardas, mas por um descuido revelou-se para mais dois guardas que seguiam a mesma direção, mas estavam mais atrás do grupo e esses perceberam que aquele se tratava de um intruso e sem demoras resolveram tentar a sorte contra o mercenário. Desarmado Wulfgar precisou usar o manejo de seus braços, esquivas e alguns socos. Nocauteou um dos guardas e sem vacilar pegou sua espada e escudo. Em pé de igualdade para com o pobre militar, sem muito esforço Wulfgar o transpassou com a espada. A deixou fincada em seu peito e logo já tomou-lhe a outra para si.
Tornando a seguir rumo a saída, começou a sentir que daquele lado o frio era mais intenso, assim convicto que estava prestes a deixar aquele lugar, vislumbrou o grandioso umbral que lhe daria acesso ao exterior do palácio. Porém antes que ali chegasse, sentiu um calafrio correr por sua espinha e repentinamente cessou seus passou como se um transe repentino lhe tomasse em possessão.
Seus olhos por um instante se fecham. Seu corpo estático deixa o escudo e espada escaparem por seus dedos entoando o tilintar do metal contra o piso polido.
Foi então que um outro tremor surgiu, no terraço a frente parece que uma enorme criatura aterrissou e dela um rugido ensurdecedor. Foi nesse momento em que Wulfgar tornou a abrir seus olhos... seu semblante era diferente de outrora, o jogo de orbes azuis de seus olhos revelava a sua sintonia com a besta que o aguardava. Foi então que aqueles poucos guardas que serviram de guia para o mercenário perceberam a sua presença. O quarteto ignorou a besta lá fora e se preocuparam com o intruso que até então estava estático. O rodearam e com lanças empunhadas partiram para o ataque. Novamente algo de estranho se revela no corpo do jovem, dessa vez sua pele endurecida, se tornava “aparentemente” impenetrável, pois as lanças que o tocaram partiram seus fios e sequer cometeram um único arranhão no loiro dragão. Wulfgar então revidou, com as mãos livres em paralelo segurou a jugular de dois dos guardas e com os polegares deslocou seus pescoços. Os dois que restaram se entreolharam e assustados correram para as entranhadas do palácio.

Wulfgar então lentamente caminhou de encontro ao dragão albino e com uma das mãos espalmadas o acariciou. Apoiando seus pés sobre as asas, o montou. Estava diferente, parecia totalmente consciente de tudo aquilo, e estava completamente conectado a fera sob seu comando.

Um outro rugido e a temperatura cai ainda mais. A tempestade de neve se torna ainda mais intensa, e então vendo todos aqueles populares ali em desespero, achou por conveniente revela seu lado obscuro que antes estava adormecido.
Em meio a tempestade sua voz serena ecoou audivelmente para todos ali...
 
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— Usurpadores!!! Trarei o temor e morte para todos... se arrependeram de suas traições para com minha família!
 
Alguns guardas com suas coragens a um fio resolveram subestimá-lo e com flechas o atacaram. O dragão então empinou sua cabeça e com a bocarra escancarada disparou uma chama azul contra estes. Imediatamente seus corpos foram congelados e fragmentados ao pó.
A fera virou para o público e correu de encontro para abocanhar conforme sua vontade e fome.
 
— Se deleite com esses pobres... sacie sua fome Viserion!!!
 
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Segundo a informação lhe dada, não teria festa nenhuma, coroação nenhuma. Fazer uma festa no navio? Não... não era isso que Eva buscava.

No momento em que virou-se para sair dali em busca de algo para fazer, sentiu que o clima piorava: o frio se intensificava, acompanhado de uma neblina que se tornava cada vez mais densa, numa velocidade fora do normal.

Parou, ainda atrás de seus dois tios e levantou apenas uma de suas sobrancelhas, ao mesmo tempo que subia o capuz do manto pesado que vestia sobre seu vestido.

- Lugarzinho medonho. – Resmungou, desconfortável com aquele clima. -  Eu não sei vocês, mas eu não vou ficar mais nem um minuto aqui. – Completou, agora com o tom um pouco mais alto, avisando os seus.

“Impressionante como esse lugar consegue me deixar cada vez mais desconfortável! Eu não deveria estar me acostumando? Por que estou a cada minuto mais irritada?” -  pensava enquanto tentava deslocar-se em direção aos navios de sua gente, onde poderia encontrar alguma bebida ou um pouco mais de calor.

Infelizmente, ao virar seus olhos para a direção do mar, percebeu que voltar ao navio poderia não ser uma boa ideia: até as águas estavam irritadas, formando ondas que não respeitavam sequer o leito do finado rei.

- Aff... – suspirou, como se estivesse cansada de algo que sequer havia começado. Parada a poucos passos de onde estava a trupe de Hades, correu sua visão sobre os que estavam por perto, procurando alguém que pudesse lhe dar o que buscava. E foi então que cruzou seus olhos bicolores com os de um jovem que aparentemente fazia a segurança daquele local.

Eva estreitou o olhar, encarando o rapaz. Pode-se notar um brilho discreto nos olhos da morena, e, sem nem uma palavra, o jovem aproximou-se dela e lhe entregou sua espada, como se estivesse hipnotizado.

- Muito obrigada, você é muito gentil. – Disse, sorrindo de forma serena para o guarda que voltava ao seu posto sem sua espada.

- Ok, pelo menos me sinto um pouco mais segura ag....

A mestiça não terminou sua frase, pois um barulho indescritível, seguido instantaneamente de um vento absurdamente gelado e do tumulto de pessoas gritando e se empurrado fez com que Eva se abaixasse e segurasse com força a espada e seu capuz sobre a cabeça.

- Mas o que será... AH?! UM DRAGÃO?!?! – Gritou, assim que levantou a cabeça para ver o que acontecia, apontando inconscientemente a espada em direção ao castelo, completamente embasbacada com o que via.

- HEY MAXIME!! – Gritou, ainda apontando a espada para o castelo, mas buscando com os olhos e sem um pingo de respeito o outro arquiduque que a adotara. – ISSO AÍ TEM A VER COM VOCÊ? – Abaixou a espada, escorando-a no chão enquanto se protegia com seu capuz do frio e da neve que se intensificavam a cada rugido da besta. -  Sinceramente, não tem graça nenhu...

Novamente a moça deixou a frase incompleta, pois percebeu que ao lado do dragão surgia um homem, que vociferava contra todos os presentes. Até então a morena não havia percebido o homem, devido ao tumulto causado pelas demais pessoas.

Incoerente e inconscientemente desviava das pessoas que fugiam, como se precisasse chegar mais perto para prestar mais atenção ao que o homem dizia. Quando finalmente ouviu o dono do dragão e viu a besta congelar os guardas que se opuseram, teve uma crise de riso:

- AAHAHAHAHAHAAHAHAHAAHAHAHA!!!! PROBLEMAS FAMILIARES!!! AHAHAHAHAHAHAHAHAA!!!

 

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Antes mesmo que pudesse dizer mais alguma coisa, uma estranha neblina cobriu o lugar como se fosse um véu, quando clarões desciam do seu através dos relâmpagos, mesmo acostumados com o rígido clima, os asgardianos sabiam que aquilo não era normal, o barco ainda queimava, quando o mesmo se acabou, aquele pequeno ato despertou um mal agouro, em todos que ali estavam é sabiam o que aquilo significava.

Em meio a fumaça do barco, e a neblina olhos azuis surgiram, tão rápido que qualquer reação era impossível de tomar, agarrando o barco, que já havia consumido o corpo do rei quase que completamente, pois aquelas não eram chamas normais, o que havia pegado o barco era um enorme dragão branco, um ser místico é raro de se encontrar por aquelas terras, mas ali estava ele segurando o barco com apenas uma de suas garras, planou diante de todos como se quisesse mostrar o que estava fazendo, com um apertar de sua pata o barco se partiu como se fosse um graveto.

Muitos levaram à mão a boca, surpresos por aquilo, antes de entenderem o que estava acontecendo é do pânico começar a aparecer, fazendo as pessoas correrem assustadas em todas as direções, Magnus protegeu Eiri quando o mar de pessoas começaram a se empurrar. O dragão alçou vôo aos céus, mergulhando de forma rápida seguindo para o castelo, Magnus se jogou sobre Eiri protegendo para que o dragão não fizesse com ela o que fez com o barco do rei, aquelas garras eram poderosas.

Ajudando a jovem se levantar, a olhou nos olhos a segurando pelos ombros.

― Lembra o que te falei?  ― Esperava por uma resposta dela. ― Aquele dragão deve voltar, precisamos proteger as pessoas, aquela criatura parecia esta procurando alguma coisa, viu como parou diante de nós?

As pessoas continuavam a correr, enquanto os soldados tentavam sem sucesso criar o mínimo de ordem, o que era impossível, o ar esfriou ainda mais alertando que tempos mais sombrios estavam por vim.

 

― Vá para o castelo, use aquela passagem abaixo do deck que vai levar a parte subterrânea do castelo. HANS! ― Gritou Magnus, vendo o pai da jovem se aproximar lutando contra o mar de pessoas. ― Vá com ela e organize as tropas, irei pegar os soldados aqui e evacuar as pessoas.

 

 

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