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Mu de Áries

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Mu de Áries's Achievements

Cavaleiro do Zodíaco

Cavaleiro do Zodíaco (4/6)

  • Interpreta com Frequência Rare
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Reputação

  1. To querendo voltar as origens. Traga meu Lemuriano de volta! peço o Mu de Ares kkk
  2. Mu de Aries, PLAYER ANNE FIDELIDADE AO PERSONAGEM: Sobre a fidelidade do personagem, creio que houveram oscilações, acredito que parte disso se de, devido ao enredo inicial proposto, para que o confronto ocorresse, mas o lemuriano como o primeiro guardião da casa de Áries, não creio que sairia de seu posto facilmente, mesmo que fosse para resgatar crianças, Mu se mostra sempre muito calmo é pesa na balança o panorama geral, é possível ver isso quando seu próprio mestre invade o santuário, mesmo sendo seu mestre ele luta como pode, pois seu dever como cavaleiro é ainda maior, e o mesmo acontece quando Shaka morre, e Aioria se descontrola e tenta acalmar o companheiro. Outro momento é quando o próprio cavaleiro de leão deseja ir ao reino de Poseidon ajudar os cavaleiros de bronze e Mu diz que o mataria se ele fosse. O ponto que cito e o descontrole, e ações que talvez não iria fazer sem uma boa razão. NARRAÇÃO: A narração ocorre bem com as aplicações dos golpes e desenvolvimento, usando com coerência em seus momentos mais cabíveis para que o empate ocorra. FALAS/PENSAMENTOS: Algumas falas achei que poderiam ter sido expressas de forma diferente, para ser mais fiel ao personagem, já os pensamentos estavam alinhados com as falas é ações, apesar que o uso de trechos do oponente não se fazia necessário, podendo seguir aceitando ou não parte dos ataques e ações. ATITUDES: Anne deu seu melhor como Mu de Áries, e fez um ótimo trabalho, porém existem nuances demais no personagem para se aprendido ou expressado em um confronto rápido, as batalhas e aparições e recheada de pensamentos, diálogos e até parte filosófica, mas não tira o brilho e o poder do dourado para lutar. Se continuasse com o personagem creio que se refinaria ainda mais.
  3. Narração/Pensamento/ Falas Não demorou para que uma estranha figura surgisse diante seus olhos, um sorriso apareceu nos lábios do jovem cavaleiro, seus sentidos aguçados nunca o traia, aquela estranha sensação que estava sentindo vinha daquele encapuzado que surgiu diante seus olhos. Mas o mesmo tinha tanto seu corpo quanto seu rosto encoberto por um manto negro, mas pode ver um leve movimento de seus lábios, o cavaleiro de ouro sabia que aquele a sua frente possuía uma poderosa cosmo energia, mas não era comum... Era uma força fantasmagórica e sombria, apenas uma coisa Regulus poderia dizer se ele fosse um inimigo não seria fácil lidar com ele. Quando a voz daquele diante seus olhos reverberou aos seus ouvidos com uma estranha pergunta, não pode deixar de sorrir revelando seus dentes. — Se trago comigo a urna da armadura dourada de leão, existe apenas uma resposta para sua pergunta não acha! Mas irei responder a você, sou o cavaleiro de ouro de Leão Regulus e você quem é? Como ousa entrar nas proximidades do santuário sorrateiramente como um bandido? Apesar de não entender toda aquela estranha situação, ou se realmente estava no santuário, sabia que aquele a sua frente não era um soldado do exército de Atena, a única resposta que conseguia encontrar era que aquele homem era um intruso e um possível inimigo. Sendo assim era sua tarefa se encarregar dele. Mesmo com suas palavras confiantes, ainda carregava uma estranha sensação em seu interior que o deixava inquieto, mesmo que aquela energia que sentira não estivesse mais próxima, tudo era muito estranho e confuso, como se tudo aquilo fosse parte de um plano maior e muito mais perigoso, apenas não sabia dizer o que poderia ser tal propósito encontrar com aquele encapuzado. — Agora é sua vez de me responder, você quem é? Seria um amigo ou inimigo?— A pergunta poderia soar inocente, mas não era vazia, o intuito era tentar recolher alguma informação útil daquela situação. Com este propósito manteve armadura em sua urna, segurando a alça da mesma como firmeza, caso precisasse usaria sua indumentária para por fim aquele que se prostrava diante seus olhos.
  4. Narração/Pensamento/ Falas O sol começava a desaparecer no horizonte se escondendo por entre as arvores, não tardaria para a noite lançar seu véu sobre aquela região, estrelas iriam se destacar no céu escuro com seus mais diversos brilhos e formas, para muito a escuridão poderia ser um aviso silencioso para permanecerem em suas casas em segurança. Porém um jovem de olhos brilhantes seguia seu caminho. O mesmo havia terminado uma missão como legitimo cavaleiro de Atena, um feito que o orgulhava, pois não era apenas um cavaleiro, mas um guerreiro da mais alta patente entre aqueles que serviam a deusa da justiça. Um dos maiores feitos do jovem foi receber a indumentária dourada, um dos doze cavaleiros mais poderosos. Seus passos eram firmes, à medida que caminhava carregando em suas costas uma urna, camuflada para não chamar atenção, ergueu seus olhos para o céu se perguntando se seu pai estaria o vendo. Afinal havia conquistado a armadura de ouro que pertencia ao seu pai, à vestimenta de leão. A leveza de seus pensamentos foi preenchida por uma estranha energia que atraiu sua atenção fazendo seu sorriso desaparecer, apertou a alça de sua urna, seus planos era encontrar uma pousada que pudesse descansar para seguir seu destino logo que o sol nascesse até o santuário, mas o destino parecia ter escrito outro roteiro para o cavaleiro de Atena. Uma sensação sinistra parecia emanar daquela estranha energia, uma intensidade quase palpável que atiçava todos os instintos do jovem cavaleiro conhecido como Regulus! Sem perceber seus passos o levaram até uma caverna onde uma luz roxa e fria jorrava por aquela abertura, o vento sibilou cortando a noite junto com o piar de uma coruja que parecia tentar avisar do perigo que o aguardava. A luz ficava mais intensa à medida que o jovem se aproximava, era como se aquela energia se transformasse e fios como se fossem teias de aranha... O guerreiro dourado aguçou seus sentidos, sabia que tudo aquilo poderia ser uma armadilha, mas não poderia seguir caminho sem confirmar, pois não muito longe dali havia uma cidade, caso houvesse um perigo real seriam os primeiros a sofrerem as consequências. Fechando o punho e rangendo os dentes o cavaleiro de Atena adentrou a caverna, sua missão era proteger os inocentes e lutar pela justiça não poderia dar as costas a aquela possibilidade. A cada passo que dava sentia uma estranha energia o envolver, antes que pudesse chegar ao fundo da caverna um clarão cegou seus olhos por alguns instantes e quando conseguiu focar sua visão percebeu que não estava mais na caverna. A noite havia se tornado dia, observando a sua volta percebeu que estava na parte de trás do santuário, nas redondezas do Cabo Sounion, mas alguma coisa naquela paisagem não parecida certo. O cavaleiro de leão se perguntava o que tudo aquilo significava, mas não poderia ficar ali parado esperando, se fosse uma ilusão ou não teria que descobrir... Se colocou a caminhar, sentindo tudo a sua volta, a estranha energia que sentiu desapareceu completamente, sabia que precisava confirmar se aquele era o santuário é como havia ido parar ali. — Não sei o que está acontecendo, mas sinto que estou sendo observado. — Disse para si mesmo.
  5. Magnus havia se separado de Eiri, mesmo a contra gosto precisava cumprir seus deveres, os visitantes ainda estavam no palácio, enquanto toda aquela situação não se normalizasse as coisas não seriam calmas. O ferimento de Eiri havia sido grave mais não fatal... O medicamento que o guerreiro Viking usou era diferente da medicina comum de Asgard, não iria demorar para estar totalmente estabelecida, porém as marcas daquele confronto iria manchar a pele da bela ruiva. O tempo havia se acalmado para um ambiente mais rotineiro para os asgardianos, mas não para os visitantes, o branco dominava as terras até onde os olhos podiam ver Magnus não havia tido tempo de voltar aos seus aposentos para se trocar, ainda estava com as mesmas vestimentas da noite anterior. Sabia que aquilo iria levantar perguntas, mas não estava se importando com aquilo naquele momento. Fazendo uma ronda pelo castelo cumprimentava a todos com um gesto de cabeça, estava na ala norte, uma área mais afastada do palácio, onde a movimentação era mais baixa, por esta razão fazia uma verificação ainda mais minuciosa, mesmo que os visitantes estivessem sido colocado em quartos naquela mesma área. Escutou seu nome, reconhecia aquela voz pertencia a Hans, alguns serviçais olharam para eles à medida que o pai de Eiri se aproximava do guerreiro. Sem explicar o motivo de tudo aquilo, Magnus imaginou que Hans havia descoberto que Eiri e ele haviam dormido fora do castelo, sendo levado para uma área mais afastada, seguindo para um dos corredores do castelo, Magnus iria esperar pelas palavras de Hans para não meter os pés pelas mãos. ― O que gostaria de falar Hans? ― a pergunta de Magnus continha uma curiosidade controlada. Mas os olhos de Hans não parecia trazer boas noticias.
  6. Magnus notou a aproximação de Eiri, usando nada mais que o casaco de pele dele, tocou as costas dele o fazendo se virar para ela, o guerreiro notou a timidez nos gestos dela, algo que não era comum nela. Assim como ela o viking não queria voltar para a realidade, mas precisavam, tinha deveres a cumprir, o reino de Asgard irá ter que se organizar. Magnus não deixou de apreciar o corpo da moça, tão delicado e forte ao mesmo tempo, o cabelo vermelho, se fundindo ao brilho laranja da caverna, o cheiro dela era uma sensação que o guerreiro sempre saboreava com deleite. Em seguida ajudou Eiri se vestir, a ferida estava se fechando, as propriedades daquelas ervas eram quase milagrosas. O vento ainda soprava, mas a tempestade havia diminuído apenas alguns flocos ainda caiam no solo branco, Magnus sabia que os convidados já estariam levantando, precisava se apressar, mas não queria apressar Eiri o ferimento ainda deveria estar doendo, após fecharem precisariam entrar separados, não era o momento de os verem juntos ainda. O viking iria direto a Hans, para ajudá-lo a escoltar os convidados, depois iria falar com ele, sobre Eiri, o guerreiro esperava que o Hans visse isso com bons olhos , mas Magnus não sabia o que ele diria, é isso de certa forma o deixava desgostoso com a situação.
  7. Magnus se sentia bem como a muito tempo não se sentia, finalmente havia se permitido sentir aquele sentimento que se manteve aprisionado, sempre fora louco por Eiri, mas por diversos motivos se impedia de seguir adiante, mais vê-la quase morrer o fez sentir um medo terrível quase excruciante, uma sensação mais terrível que o frio de congelar os ossos, perdê-la o faria tombar, sem ela teria se jogado em uma missão suicida após a morte de seu pai. Foi ela que o salvou, mesmo sem saber disso. Agora ali enquanto seus corpos se uniam em apenas um, como se fossem parte de um todo, o grande e o pequeno, o fraco e o forte, o frio e o calor, sempre duas metades que se convergiam em apenas um, Magnus se esqueceu de tudo, se entregou de corpo e alma, enquanto matava sua sede e fome que não era nem de comida ou bebida, mas de ter consigo aquela que o fazia melhor é mais forte. Não soube dizer quanto tempo se passou, mas se viu apagar com a ruiva em seus braços enquanto o calor de seus corpos e o magma da caverna aquecia o ambiente, os fazendo esquecer que do lado de fora uma tempestade caia, quando o dia amanheceu Magnus acordou vendo Eiri ao seu lado, sorriu se dando conta que aquilo não havia sido um sonho, afagou o rosto dela, afastando alguns fios de cabelos de seu rosto, com cuidado a tirou de seu braço, enquanto se levantava completamente nu. As luzes na caverna continuavam sombria e misteriosa com seus tons de laranja e vermelho, Magnus poderia ser considerado quase uma estátua de bronze, se não fosse as varias cicatrizes de seu corpo, seus olhos verdes pareciam brilhar em vermelho, amarrando o cabelo pegou sua calça, queria deixar Eiri dormir um pouco mais ela precisava recuperar suas forças, eles ainda tinham um longo caminho pela frente. ― Acho que terei que me explicar para Hans... ― Falou quase como um sussurro enquanto sorria, um gesto que a muito não sentia ser tão verdadeiro.
  8. Magnus observava a pele de Eiri ser iluminada pela lava da caverna, ela se moveu fazendo o guerreiro se afastar, ela se mexia como se tivesse tendo sonhos, falava algumas coisas sem sentido, o viking estava sentado ao lado da ruiva quando a ouviu pedir para que ele não a deixasse, lagrimas escorreram dos olhos ainda fechados da ruiva. Magnus segurou a mão dela, acariciando a face da donzela, enquanto colocava alguns fios vermelhos de cabelo úmidos atrás da orelha, ela continuava a murmurar enquanto alucinava, mas não pode deixar de ouvi-la dizer que o amava, aquelas palavras alegraram o interior do guerreiro, permitiu que um sorriso surgisse em seus lábios que foram escondido pela barba loira. O guerreiro sabia que a situação dos dois era sempre muito complicada, eram visto quase como irmãos, e por mais que tentasse ver Eiri daquele jeito Magnus queria muito mais do que aquilo, sempre a desejou mais sempre teve medo de dizer e perdê-la para sempre, por esta razão sempre acabou se envolvendo com varias mulheres, não importava onde fosse sempre teria um rabo de saia para aquecer sua cama, mas nunca seu coração. Enquanto o tempo passava, Magnus verificava os ferimentos, tirando a mistura e colocando uma nova, a cada trinta minutos, a febre que apresentou começava a ceder, é isso acalmou o Viking, ele sabia que era errado mais não conseguia se conter em observar as curvas da ruiva, havia se tornado uma bela mulher, e Eiri sabia muito bem disso, quantas vezes não o venceu com seu charme? Quantas vezes não fora enganado? Fechou os olhos sorrindo ao se lembrar. Pegou o pedaço do tecido que havia rasgado do vestido de Eiri e começou a limpar o suor que parecia escorrer do corpo dela, Magnus era minucioso em seu trabalho, apesar de tudo o corpo de Eiri ainda pertencia a uma guerreira, mesmo não tendo marcas visíveis aos olhos de todos havia muitas cicatrizes escondia é mais uma iria entrar para o seu hall de medalhas. Magnus estava preocupado com o tempo que havia piorado novamente, sabia que não tinha como voltar ao castelo, se não tivesse aquela gruta com toda certeza não iriam resistir. O vento do lado de fora ainda soprava violentamente, a neve havia apagado todas as pegadas dos dois, Eiri iria precisar de algumas horas de repouso, para melhorar pelo menos o suficiente para voltarem, com as feridas tratadas não iria infeccionar, as ervas agiam como antibióticos, ao mesmo tempo em que estimulava e acelerava as células para se curaram, mesmo com a temperatura controlada, mesmo com a lava aquecendo o interior da gruta Magnus percebeu Eiri bater o queixo, ainda estava com frio, colocando as armas de lado, o viking se deitou ao lado da Jovem, a abraçando na tentativa que o calor de seu corpo pudesse ajudá-la. O guerreiro não saberia dizer quanto tempo ficou daquele jeito, mas acabou pegando no sono, Magnus estava cansado, os dias não haviam sido fácil, mal tinha acabado de retornar da missão dada pelo rei Ragnar, e ao chegar descobriu a morte do rei, teve que ajudar Hans e Eiri com tudo, sem contar os visitantes inesperados, não houve tempo para entender tudo aquilo que viu em sua jornada. Enquanto seus pensamentos mergulhavam em batalhas, mortes e sangue, viu o rosto de seu pai, na visão o grande homem sorria para ele, enquanto apontava em alguma direção, Magnus se virava para enxergar o que estava sendo mostrado mais nada via. Despertou sentindo uma maciez em seus lábios, seus olhos abriram vendo Eiri. O guerreiro não se moveu, se entregou aquele momento enquanto seus lábios se tocaram, sua mão se moveu de forma inconsciente, subindo pela lateral do corpo da ruiva, sua mão mergulhou nos cabelos de Eiri, enquanto o beijo se aprofundava a língua de Magnus parecia se entrelaçar com a dela, com delicadeza ergueu seu corpo, enquanto sua outra mão a segurava pela cintura. O viking a muito tempo queria fazer aquilo, mas muitas coisas passou pela sua cabeça, mas quando viu os lábios dela tocarem o seu não se importou se aquilo era um sonho ou realidade, resolveu aproveitar o máximo que pudesse daquele pequeno e único momento. A deitando sobre seu casaco a viu ser iluminada pelas cores quentes que provinham da lava quente do interior da gruta. Magnus se podia ver nos olhos verdes da ruiva, afagando o rosto dela, com as marcas da garra do lobo, deixou seus lábios tocarem a ferida ainda fresca, atento ao mínimo sinal de rejeição, não queria falar naquele momento tinha medo que as palavras o traíssem, ficando por cima de Eiri, permitiu-se, se entregar levando seus lábios mais uma vez sobre os dela.
  9. Magnus estava ciente da condição de Eiri, desejava acabar com aquilo o quanto antes para poder ajudá-la, os ferimentos dela o preocupava, não se perdoaria se algo acontecesse a ela, assim que rachou o crânio do lobo, deixou o corpo sem vida do animal caído na neve branca que fora manchada com o sangue da criatura, correndo em direção da ruiva. Se abaixou ao lado dela, percebendo que ela estava desacordada, a colocou em seu colo, enquanto a neve continuava a cair, os flocos que tocavam o rosto dela se desmanchavam em água, os olhos de Magnus eram frios, ao perceber os ferimentos dela, sabia que não conseguiria voltar ao castelo, o frio já estava algo, com a neve que caia seria uma questão de tempo até virar uma tempestade. Guardando suas armas, pegou as adagas ele as reconheceu de imediato, a pegando no colo resolveu leva - lá para a gruta, o calor do interior dela iria impedir uma hipotermia, enquanto poderia tratar os ferimentos dela, estava preocupado mais sabia que aquilo não iria matá-la, Eiri era uma guerreira, apesar da respiração fraca o coração ainda batia forte. Magnus apressou o passo o máximo que conseguiu para não fazer movimentos bruscos enquanto seus pés afundavam na neve. Uma vez dentro da gruta, descansou Eiri sobre seu casaco com delicadeza, rasgou o vestido da jovem nos lugares que fora ferida, tirando um pedaço do tecido, foi até a entrada e pegou um pouco de neve, e com suavidade foi passando o pano com gelo sobre ferida, para aliviar e ao mesmo tempo limpar o lugar, em seu rosto tinha marcas de garras, além do ombro que tinha marca dos dentes do lobo, o ferimento não era fatal, mais a perda de sangue, o frio e todo desgaste poderia tornar aquele estado ainda pior... Após limpar os ferimentos, tendo cuidado para não descobrir o corpo de Eiri que tinha sangue por todo lado, mas graças a Odin muito não era dela mais sim dos lobos, Magnus sabia que precisava tratar os ferimentos para não infeccionar, medindo a temperatura dela percebeu que estava com febre, tirou de uma bolsa de couro de pele de animal da cintura atrás das costas, dentro havia varias ervas, plantas e raízes, pegando algumas desconhecida até mesmo pelos asgardianos, misturou tudo fazendo uma massa pastosa, colocando sobre o ombro e o rosto dela. ― Eiri... Como foi terminar assim? Como deixei isso acontecer! ― Se culpava Magnus vendo o estado da ruiva. Após tratar as feridas se sentou ao lado dela, olhando para o magma borbulhante, se lembrou de quando Eiri cuidou de seus ferimentos, uma comitiva havia saído em uma missão secreta em nome do rei, a tarefa era coletar informações é uma possível fonte de informação de traidor que havia fugido de Asgard com um item importante é planejava oferecer para quem pagasse mais... Foi nesta missão que o pai de Magnus sucumbiu o mesmo ficou para trás para que o mesmo conseguisse escapar, mas quase não conseguiu retornar, quando chegou tanto seu corpo quando seu espirito estavam quebrados, o guerreiro queria morrer, seguir seu pai para Valhala, mas sabia que o que tinha feito não merecia ir para onde ele estava, se não fosse por Eiri, que trouxe cura não apenas para seu corpo, mais para a alma teria sucumbido a escuridão, e apenas se deixaria morrer. Agora Magnus estava ali, e Eiri estava ferido, era a vez dele fazer por ela o que tinha feito por ele quando ele mais precisou, o Viking não entendia seus próprios sentimentos, mais ali naquele momento ele começou juntas as peças do seu próprio quebra- cabeça entendendo o que sentia, porque nunca havia se prendido a ninguém, Magnus so sentia completo com uma pessoa e esta pessoa era Eiri. Se virando para ela, viu que estava com febre, seus cabelos estavam úmidos, colocou algumas mechas do cabelo atrás da orelha enquanto a fintava com ternura. ― Descanse, e se recupere eu cuidarei de seu sono e de seu corpo, serei seu guardião. ― Sem que percebesse seu rosto se aproximou do dela, conseguia sentir a respiração quente dela, seus lábios estavam perto, mas perto do que nunca estiveram.
  10. Apesar das palavras, Magnus estava preocupado e quando ela falou sentiu que a ruiva estava cansada é ferida, o guerreiro observava as criaturas esperando uma abertura, neste momento Eiri cai de joelhos, e tenta sorrir ao dizer que deveria ter um sabor sem igual, e que o alfa ainda não desistiu. Magnus encara o lobo, seus olho vermelhos, seu rosnado era feroz enquanto saliva escorria por entre seus dentes, o cheiro de sangue estava mais forte, mesmo com o vento, aquilo poderia atrair ainda mais animais, o viking queria abaixar para ver como estava a garota, mais sabia se o fizesse seria o fim dos dois, então tinha que acabar com eles. Viu seu machado próximo de onde estavam, mas não podia simplesmente se abaixar e pegar... Seus cabelos se moviam com o vento, mesmo amarrado e com algumas tranças, a barba grossa escondia seus lábios, em sua mão segurava o punhal de lâmina dupla, a empunhadura era de couro que deixava seu punho confortável no cabo, quando o lobo ferido atacou, Magnus girou no chão sendo evolvido pela neve pegando seu machado, o alfa estava de olho em Eiri, se aproximava dela, mesmo que ela segurasse sua lâmina não conseguiria abatê-lo. Neve começou a cair naquele instante, o lobo ferido avançou contra Magnus que com um movimento rápido se desviou para o lado acertando o machado na barriga do lobo de baixo para cima o fazendo se partir em dois, sangue jorrou para todo lado respigando no rosto e na lâmina do machado, o alfa saltou contra Eiri, mas Magnus lançou o machado outra vez com uma força e precisão que só era alcançada com muito treino e batalhas mortais, o lobo parecia ter olhos nas costas, com um movimento lateral saltou para o lado desviando do machado. ― Droga! ― Resmungou Magnus, correndo para o lado dela. Viu o sangue que escorria do ferimento dela, se continuasse daquele jeito perderia a consciência. Magnus não iria permitir perdê-la! Furioso avançou contra o lobo com seu punhal, apesar do tamanho o guerreiro era ágil, cada golpe parecia cortar o ar como manteiga, mas o lobo era acostumado à luta em tais condições, o corte em seu olho esquerdo mostrava que já tinha chegado perto da morte diversas vezes. O guerreiro não podia culpá-lo por querer se alimentar, mas jamais o perdoaria por atacar Eiri não importava qual fosse o motivo, a fera pulou para rasgar a garganta de Magnus, e com um soco acertou a boca do lobo, o fazendo chiar com o impacto, o guerreiro sabia que precisava acabar logo com aquilo para ajudar à ruiva. ― Venha! ― Provocou Magnus, o lobo pareceu entender o que ele dizia e avançou com velocidade mesmo sobre a neve, a que estava no chão quanto a que caia, a temperatura caia rapidamente, fumaça saia da respiração do guerreiro. Quando o lobo avançou Magnus esperou pelo o momento certo, aquele que todos seus instintos diziam para atacar, desviou de três investidas, tendo sua coxa e seu braço esquerdo feridos pelas garras da criatura, no terceiro salto, Magnus deu um passo para trás usando o punhal como um martelo, desceu com toda a força que possuía, partindo o crânio do lobo.
  11. A tempestade havia parado quando Magnus saiu, aquelas mudanças de tempo eram comuns e o povo daquela terra já estava acostumado, seguindo para a caverna o viking, tentou não chamar atenção, usava um manto pesado de pele de animal, seus pés afundavam sobre a neve, na cintura levava uma espécie de machadinha, além de um punhal de cerca de cinquenta centímetros, após alguns minutos chegou a caverna, mas a mesma estava vazia, seguiu caverna a dentro, pensando que Eiri poderia estar próximo a lava para se aquecer um pouco, suas sombras eram projetada nas paredes, nenhum sinal de vida. A entrada daquele lugar não ficava aberta, a descoberta foi um grande achado, sentando em uma rocha aguardou a chegada da jovem de cabelos de fogo, tinha muita coisa que ainda não entendia, a missão dada pelo rei havia sido muito estranha, Ragnar falou ao guerreiro que aquela missão dependia a sobrevivência não apenas do seu povo mais do mundo, é que ele não teria muito tempo, na ocasião Magnus achou que estava falando da doença, mas pensando friamente parecia que sabia que seu fim estava próximo. Perdido em pensamentos nem se deu conta do tempo passar, estava preocupado que Eiri talvez não conseguisse chegar, afinal tinha muitas coisas que tinha que cuidar antes de conseguir sair sem ser notada, Magnus estava começando a pensar que ela não viria, foi para frente daquele lugar secreto onde o frio era mais dominante, havia se acostumado com o frio até preferia, aquele ar gélido que soprou em sua direção trouxe mais que uma lufada gélida. Sentiu uma vibração no chão, além de ecos que vieram até seus ouvidos, como se estivesse acontecendo uma luta, no mesmo instante Magnus, pensou em Eiri, que poderia esta em apuros, sem se preocupar com seu casaco correu na direção que escutava os barulhos, não estava muito longe da entrada, seus olhos avistaram um confronto de feras contra uma pessoa, não demorou para o guerreiro perceber que era Eiri. Ela lutava contra as feras, uma delas estava prestes atacá-la pelas costas, sem parar de correr, Magnus sacou a machadinha, e lançou contra o animal cravando a lamina na lateral do animal que caiu na neve manchando o chão branco com seu sangue rubro, instantes depois estava a poucos sentimentos da moça. ― Como você consegue se meter nestas situações?― Perguntou olhando para os outros lobos, o que havia acertado ainda estava vivo, mas bastante ferido.
  12. Magnus gostava de apreciar a companhia de Eiri, era sempre momentos de tranquilidade e calor que tinha ao lado dela, mesmo naquele momento tão triste aquele sentimento ainda o preenchia, mesmo que uma voz em seu interior, o dizia para não se distrair, era como se seus instintos o avisasse de alguma coisa, mas guardou para si mesmo. O inverno em Asgard era algo que os moradores estavam acostumados, o frio que penetrava suas peles, não incomodava tanto quando os visitantes que deveriam estar batendo queixos. O castelo mesmo com suas grossas paredes, e lareiras enormes para se aquecer não conseguia deixar todos mais aquecidos, pelo menos não com as chamas, mas com o calor humano com tantos em um só lugar geraria, do lado de dentro do castelo as mãos do guerreiro se soltou da dama de cabelos vermelhos, os dois tinham tarefas a executarem, aquele dia parecia não ter fim, enquanto Eiri fora guiada por duas servas, pedindo que Magnus e Hans ficassem juntos, mas isso era algo que não seria diferente já que tinham a difícil tarefa de controlar os convidados. Mas antes se despediu de Magnus o abraçando aquele conforto caloroso, por alguma razão o fez se lembrar de uma antiga lembrança, nela uma mulher o embalava, mas ele apenas conseguia ver o sorriso nos lábios dela, mas aquele mesmo calor do abraço de Eiri parecia presente naquele flash de memória, antes de se afastar a jovem de cabelos vermelhos pediu para o Viking a encontrar no lugar secreto que os dois gostavam de ir sempre que queriam desaparecer de todos. Magnus ficou parado vendo Eiri se afastar, Hans colocou a mão em seu ombro com um gesto de conforto, os dois seguiram para o grande salão onde os convidados estavam esperando, os olhos de guerreiro loiro, avaliou a postura de todos, uns tranquilos, outros inquietos, os olhos de Magnus observavam atentamente a rainha de Athenas e o Duque de Hades, haviam causado bastante confusão, não tardaria para outra confusão se iniciar. Os seguranças da rainha estavam ao lado de sua senhora, e os olhos de Magnus percebeu a hostilidade que vinha de um dos guardas dela, mas resolveu ignorar. Não tardou para o jantar ser servido, fora algumas faíscas nada mais serio aconteceu, isso apenas pelo cuidado de Hans, que conseguia sentir o cheiro de confusão se aproximando e evitava que isso se transformasse em um confronto que poderia causar grande confusão, por diversas vezes os olhos de Magnus avistaram Eiri cuidando das acomodações dos visitantes, esperava poder conversar com ela sem se preocupar com tempo, ou outras pessoas. O lugar que iriam se ver já havia sido palco de muitas travessuras, e escapadas dos treinos, eles gostavam de ir ali matar o tempo é conversar, além de se sentirem mais aquecido, afinal aquela lugar era um segredo apenas deles, que haviam descoberto por acaso quando caçavam na floresta, se aventurando dentro, descobriram um veio de lava incandescente com suas cores, amarelo, vermelho e laranja, era quase como ter um sol particular para eles. Quando tudo estava se encaminhando para o fim, onde os visitantes estavam sendo guiados para seus aposentos, Magnus se despediu de Hans, informando que ainda tinha algumas coisas para fazer, o olhar de Hans era astuto, mas nada disse apenas dando um meio sorriso é o liberando, o guerreiro loiro, seguiu com cautela por vários corredores, até chegar em um pilar com o símbolo do rei, fechou a boca da serpente, fazendo uma passagem se abrir, assim que atravessou a mesma voltou ao seu lugar. Pelo castelo havia varias passagens secretas, algumas mais antigas do que o reino de Ragnar, e outras feitas por ele, talvez como um plano B, para sair do castelo em tempos difíceis, do outro lado pegou, uma tocha que ficava preparada para estas ocasiões, a fez ganhar vida iluminando aquela passagem que mais parecia um buraco na terra. Silenciosamente caminhou atento, talvez esperando que encontrasse a ruiva, mas caso não a esperaria no lugar marcado, isso se ela já não estivesse lá, mas só iria saber quando chegasse lá.
  13. Toda aquela cerimônia, trazia nostalgia é pesar para Magnus, perdeu o pai, nunca conheceu sua mãe, e aquele que o trouxe para debaixo de suas asas também partiu, tudo que restara daquilo que considerava importante era Eiri e Hans, a família que aprendeu a amar e valorizar. Magnus sentia o clima mudar pouco a pouco, mais Eiri deu inicio a oração, que guiaria rei, por um breve momento, o guerreiro teve um deslumbre de ter visto a fumaça do barco tomar a forma de Ragnar, os versos ainda ecoavam na voz da multidão, todos vieram prestar suas homenagens. Assim que terminou a oração, Magnus se aproximou de Eiri ainda carregando o arco do rei, aproximou seus lábios aos ouvidos da jovem de cabelos vermelho. ― Sinto que alguma coisa vai acontecer, já senti esta sensação. Pode não ser nada, mas por via das dúvidas, se algo acontecer quero que vá o mais rápido que conseguir para o castelo, informe os guardas.
  14. Magnus seguia na frente, levando o corpo do poderoso rei, uma brisa sobrava fazendo seus cabelos tremularem, enquanto seguia com a marcha, conseguia ver no rosto das pessoas o sentimento de pesar é perder, mas ao mesmo tempo uma espécie de orgulho, pois os verdadeiros guerreiros não desapareciam, apenas seguiam para novas batalhas. Os soldados seguravam a multidão, enquanto passava as pessoas começavam a cantar, uma musica poderosa, que ia formando um coral, partindo do começo da marcha, seguindo até o seu destino final, era como se todos se unissem em um só sentimento, apenas uma voz, para que o rei Ragnar, pudesse ouvir onde quer que estivesse, um sutil sorriso surgiu nos lábios de Magnus, ignorando os corvos que pareciam inquietos. O frio acariciava o rosto de Magnus, o fez recordar da morte de seu pai e de como o rei colocou a mão em seu ombro, aquele pequeno gesto não era para fazer com que o jovem segurasse suas lágrimas, mas para que tivesse orgulho do homem que fora, agora um homem Magnus fazia o mesmo pelo rei. Após vários minutos chegaram ao seu destino final, as pessoas se juntavam para observar o adeus final. Com cuidado os carregadores depositaram o grande corpo do rei no barco com o símbolo da casa Phecda, Magnus olhou o semblante do rei, fechou os olhos mais uma vez e fechou o punho no peito, aquele gesto era feito apenas por poucas pessoas entre elas estavam, Rurik Hans e Magnus, aquele gesto representava fidelidade e um coração inabalável, as águas começavam a se agitar, era como se sentissem a partida de um grande homem, Eiri subiu em um palanque acompanhada de seu pai. O silêncio foi quebrado pelo grasnar nos corvos, Eiri olhou para o alto é os dois se silenciaram, a melodia havia parado com o gesto da jovem, dando lugar a um silêncio mortal, Magnus se colocou do lado de Hans, para apoiá-la. Cada palavras proferida pela Eiri parecia tocar os corações dos habitantes daquela terra gélida, onde sobreviver era difícil, muitos balançavam a cabeça em confirmação, enquanto alguns tentavam conter as lágrimas, nem mesmo a jovem de cabelos vermelhos conseguiu conter a emoção, enquanto lágrimas escoriam de seu rosto, mas continuava suas palavras para o povo. Terminou dizendo: “Que Odin o guie em sua cessão!” E todos disseram juntos. ― Que Odin o guie em sua cessão! Em seguida se aproximou da embarcação, ordenando que o soltasse a favor da maré, ao mesmo tempo, um soldado trazia um poderoso arco, ornado com detalhes talhados em toda sua base, aquele era o arco do rei, alguns diziam que ele era feito de um ramo da árvore da vida, ninguém nunca soube dizer se aquela lenda era verdadeira, ou não, mas o rei nunca havia errado sequer um alvo com ele, um detalhe que poucos sabiam era que poucos possuíam a força para envergar e esticar a corda do arco, com maestria Magnus o fez, tomando total atenção para si, o vento soprava mais agitado, o tempo estava mudando... Eiri retornou ao lado dos seus secando as lágrimas enquanto observa Magnus, a embarcação tomava velocidade, o homem loiro não se importou, mesmo com o vento que soprava, Olhou para Eiri capturando os olhos verdes dela, com um aceno ele se virou para o barco, pegou uma flecha é acendeu a sua ponta, medindo o vento, esticou o arco, fazendo um chiado baixo ser ouvido pela tensão, mirou com cuidado e lançou a flecha para o alto, todos olharam a direção que seguia, parecia que não iria acertar, mas uma brisa soprou, fazendo a seta mudar de direção acertando em cheio a embarcação que pouco a pouco começou a se iluminar, enquanto a chama ia dominando tudo... Abaixando o arco, uniu as mãos frente ao peito, aguardando a ultima oração.
  15. Magnus não conseguia lembrar quanto tudo aquilo começou, quando a amizade se tornou algo mais, porém sempre teve medo de estar confundido as coisas,e perder aquela amizade, por isso tentou guardar aquilo só para si, mas com a morte do rei todos estes pensamentos ficaram para trás, enquanto caminhava para organizar as coisas para o trajeto que guiaria o corpo do rei até o barco, onde seria o ultimo adeus daquele plano ficou pensativo. Falou com os soldados, e confirmou se estava tudo correndo bem com os convidados, afinal tudo aquilo ainda poderia ser apenas uma grande armadilha, após confirmar tudo se dirigiu aos seus aposentos, onde tomou um banho e vestiu uma roupa limpa para cerimônia, como iria guiar o trajeto, vestiu uma armadura discreta, como se estivesse indo para um campo de batalha. Quando a corneta tocou todos estavam ás seus postos, Magnus viu Eiri estava bela com seus cabelos soltos, com leves tranças laterais, o vestido vermelho se destaca diante aos demais, mesmo que tivesse uma capa de pele por sobre ele. Magnus a viu Hans se direcionar ate sua filha, o guerreiro a seguia com os olhos. Assim que ela terminou com o seu pai, Magnus s aproximou dela, enquanto ela ajeitava os retoques em sua vestimenta, passou os dedos por entre os cabelos dele, o fazendo sentir o calor de seu toque, o seu aroma enchia seus pulmões, o sorriso tímido dela dizia que os dois estavam em sintonia, foi quando ele falou apenas para ela escutar. ― Quero falar com você mais a noite, me encontre naquele nosso lugar. ― Foi tudo que isso antes de ser interrompido pela serva que a chamou sem confirmar se estaria lá. Se lembrando do que tinha que fazer Magnus se colocou a frente, ficando do lado direito, seguido pelos demais guerreiros que carregavam o rei, a multidão do lado de fora estava em peso observando aquele cortejo, as portas de madeira ornadas com belos arabescos, e pinturas se abriram com um chiado pesado, Eiri estava no final da comitiva com seu pai lhe apoiando, enquanto, o corpo era erguido pelos soldados, o caminho era aberto pela multidão, era uma mistura completa de sentimentos dos mais diversos, alguns choravam, outros sorriam, alguns gritavam e outros cantavam, os dois lados estavam repleto de pessoas, o chão de concreto, parecia brilhar com aquela luz do entardecer. Os olhos de Magnus estavam perdidos, se recordando quando fora apresentado ao rei, de como ele o observava nos treinos com Hans, como às vezes falava de sua esposa, e de seu filho, foi um rei que passou por muitas coisas, a beleza daquele lugar nunca esteve tão melancólica, o ar gélido parecia mais intenso mesmo com tantas pessoas, olhando para frente viu alguns dos convidados de outros reinos, observando o cortejo sem de fato qualquer consideração, talvez aquilo fosse apenas uma diplomacia, mas não se importavam de fato com o rei, alguma coisa em tudo aquilo não agradava Magnus. Da parte superior, viu o convidado do reino de Hades que entrou no salão despreocupado falando com a rainha Pallas, a mesma estava sozinha por assim dizer, sem seus dois guardas de primeira linha, mas resolveu não dar atenção aquilo, era um momento apenas do povo das terras gélidas, a cidade parecia uma pintura feita a mão com varias pinceladas, apesar de o branco predominar, a cidade possuía sua beleza exótica, com construções gigantescas como o palácio real, à medida que iam caminhando o cenário mudava, pouco a pouco, não demoraria muito para chegar ao seu destino final.
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