Ir para conteúdo

Saint Seiya: Teomaquia


Posts Recomendados

Olá a todos, sou novo usuário do Fórum. Juntamente com o interesse em discutir sobre a série e expor meus pontos de vista, tenho a vontade de materializar um projeto que já venho trabalhando há pelo menos dez anos - trata-se da minha Fanfiction (na verdade, uma "Saga" completa). Aqui segue uma apresentação do que proponho (em fonte diferente, para separar da sinopse):


Nesse tempo todo, já fiz várias modificações no enredo e no papel de alguns personagens; isso graças aos vários fatores e detalhes que foram encaixados dentro do Universo de Saint Seiya/CDZ, mas a proposta original ainda é a mesma: trazer à vida a polêmica Saga do Olimpo. OK, sei que muitos fãs já fizeram isso, mas desejo criar o meu próprio universo, minha história, e sem nenhum tipo de pretensão, diferenciar-se de outros autores e suas obras.

Desejo expandir a relação de CDZ com a Mitologia, trazendo elementos tirados dos grandes épicos, como a Ilíada de Homero (que li e reli), as passagens sobre a Guerra de Troia, os Heróis e seus feitos, além de Relatos Históricos da Antiguidade...tudo isso remetendo às "origens" do Mito dos Cavaleiros. Pretendo dar uma identidade única aos Deuses, uma "essência" própria que não soe genérica ou tirada do nada...também quero explorar o lado dos humanos comuns e sua reação ao que ocorre ao redor.

Com isso, desejo que a comunidade veja meu trabalho; podendo opinar sobre ou criticar meus métodos. O simples fato de analisarem meu enredo já me alegraria muito.

 

 

SINOPSE

Desde os tempos mais remotos, quatro Deuses zelam pelo Equilíbrio Cósmico: Zeus nos Céus, Atena na Terra, Poseidon nos Mares e Hades no Submundo. Suas diferentes visões sobre a paz e justiça (e sobre os homens) resultaram em tantos conflitos quanto as estrelas no céu. Mas eis que aquela que sempre observou de longe as rusgas e ressentimentos entre os Olimpianos decide agir e pôr um fim em tudo isso.


A Revolução nos céus e na terra vem como uma tempestade, e todos hão de presencia-la. A última de todas as “Guerras Santas” está para começar!!!

  • Like 1
Link para o post
Compartilhar em outros sites
  • Respostas 56
  • Criado
  • Última resposta

Mais Ativos no Tópico

Mais Ativos no Tópico

Postagens Populares

Olá a todos, sou novo usuário do Fórum. Juntamente com o interesse em discutir sobre a série e expor meus pontos de vista, tenho a vontade de materializar um projeto que já venho trabalhando há pelo m

Olá. Por acaso, arrumei alguns minutos para vir aqui, e vou responder seus questionamentos:   *Embora Atena já esteja quatro anos mais amadurecida e completamente "desperta" como Deusa, ela agora está

Oi pessoal. Vim informar que o projeto está se encaminhando perfeitamente. A única dificuldade está na parte de "hardware" - estou sendo obrigado a escrever pelo celular, o que torna o trabalho muito

Capítulo 1:

Ressurreição: Uma nova Batalha se aproxima!!!!

Numa região desconhecida do mundo, de onde os homens apenas conhecem por mitos e lendas, Zeus, Deus do Trovão, da Lei e Ordem e Senhor Supremo do Olimpo, construiu uma épica Fortaleza...

Com o simples estender de seus braços, um enorme raio cortou os céus, forjando o Complexo Templário onde desde as Eras Mitológicas, quatro guerreiros regem a direção das forças da natureza.

Neste mesmo local, as grandes bestas e fúrias devoradoras de homens, vencidas pelos valorosos heróis do passado, tiveram suas almas lançadas no esquecimento, numa dimensão sem tempo ou espaço, onde ficariam eternamente errantes em torno do cosmos. Este era o Mávrou Trýpa, o Abismo da Escuridão, onde não se ouve, fala ou sente...

Os quatro guerreiros, escolhidos pelos Deuses por sua coragem e senso de justiça, abdicaram de sua vida mundana para servir o propósito divino, recebendo dos Mestres do Olimpo a imortalidade parcial, a qual apenas os próprios Deuses ou o Destino poderiam ferir.

 

 

Uma noite fria e silenciosa, assim como todas as outras. A Sul, Norte, Leste e Oeste, os guardiões do tempo observavam as estrelas... Mas eis que de repente, de uma maneira inexplicável, uma aparição misteriosa surge em suas frentes, e num instante, todos a veem, como se as grandes distâncias entre suas posições deixasse de existir...

 

Era um ser de baixa estatura, vestindo um manto de cor negra, que lhe cobria a cabeça e escondia o rosto. O misterioso indivíduo andava silenciosamente em direção à escadaria principal do templo, quase que ignorando a presença dos jovens guerreiros, que olhavam pasmos.

O pacífico Nanuq, que protegia o Templo do Norte, logo perguntou:

 

Quem és tu?

 

O ser misterioso apenas sorri e continua seu trajeto. A serenidade de Nanuq desaparece, dando lugar à uma inquietude ao perceber que a pessoa a sua frente se trata de uma garotinha.

 

Roald, representante do Templo do Sul, atônito, parecia não acreditar no que via:

 

Como chegaste até aqui? É impossível para um humano, senão nós, vir a este lugar!!!

 

Então a criança, exibindo seus belíssimos olhos verdes, quase que hipnotizantes, retruca com uma voz infantil e meiga, mas que ao mesmo tempo soa arrogante e maligna:

 

Têm a audácia de me comparar a vocês, criaturas insignificantes?

 

E George, orgulhoso guerreiro do Ocidente, intimida a pequenina com sua voz forte e imponente:

 

Zombas de nós, criança? Quem pensa que és?

 

Aslan, o maior defensor do Oriente, reage quase que de imediato às declarações de George, dando um ultimato:

 

Seja quem fores, é melhor sair, antes que tenhamos que usar a força!!!

 

A jovem, ridicularizando a investida de seus oponentes, apenas com uma mirada ameaçadora, transporta uma cosmo-energia tão reluzente e multicolor, que literalmente envolve e cega os olhos dos patronos dos quatro ventos. O sangue que sai de suas vistas se transforma em sua própria prisão, os privando de seus movimentos.

 

Hi Hi Hi, pobres homenzinhos tolos... - zomba a menina ao caminhar sem obstáculos.

 

Ela sobe degrau por degrau, num ritmo lento e desesperador, finalmente parando na frente do Portão do Abismo da Escuridão, que mais se parecia com um Arco feito de rocha. Na parte mais alta, em Grego Antigo, está escrito:

 

"Aquele que entrar aqui, perderá para sempre seus caminhos."

 

Nanuq: Ei!!! O que fazes aí? Não podes adentrar no portão!!!

 

???: Como disse? EU não posso?

 

George: Tu... Tu não entendes o que estás prestes a fazer?

 

E então, como se estivesse abrindo uma porta, a garota faz um único movimento que revela o gigantesco buraco negro no Espaço-Tempo...

Um barulho ensurdecedor toma conta do ambiente, e várias partículas voam como meteoros em direção às estruturas do Templo, como se fossem um enorme “braço” de uma galáxia instável. A destruição é incontrolável, e mesmo usando poderosas e brilhantes armaduras, os guardiões estelares são repelidos como folhas ao vento, batendo violentamente contra os pilares da magnífica obra criada por Zeus. Incrivelmente, nada afeta a pequena invasora, que se diverte com a calamidade criada por ela própria.

 

Que brisa deliciosa!!! Faz até cócegas no meu rosto, hahaha...

Tchau, Tchau, bobões... - acena a estranha menina enquanto desaparece no horizonte, num ar perturbadoramente inocente.

 

Em um segundo, tudo se acaba, e Nanuq, Roald, George e Aslan caem no chão, derrotados.

Ao se recuperarem, preveem o pior:

 

Roald: Não posso crer... Como um ser tão pequenino foi capaz de um feito tão extraordinário?

 

Aslan: Nunca vi um cosmo como aquele, é algo fora do comum... Quando tentei me defender, já estava preso à luz daqueles olhos; era como se tivesse invadido minha cabeça e roubado minha consciência...

 

Nanuq: Irmãos... Podemos estar lidando com uma criatura terrivelmente poderosa... no nível de um...

 

George: Não pode ser... Se esta criança estiver planejando fazer livres as almas vingativas presas no "Mávrou Trýpa", o Equilíbrio Cósmico será quebrado, e o Universo entrará em colapso... Teremos falhado em nossa missão de proteger o Cronos Mítico da Ordem!!!

 

Por um momento, os quatro mais valorosos entre os homens sentiam um pavor tão grande quanto a desgraça que lhes assolava. Mas este pavor logo se transformaria em coragem...

 

Já dentro do abismo, a menina é capaz de controlar todo o caos da ultra-dimensão apenas com um levantar de suas mãos. Toda a distorção do Espaço-Tempo se transforma num corredor extenso iluminado por tochas e enfeitado por estátuas e objetos peculiares, como vasos e copos, posicionados em altares específicos. As estátuas remetiam a Deuses e Deusas, e os objetos continham escrituras e pinturas relacionadas a monstros mitológicos.

Em sua caminhada, a jovem para na penúltima estátua e diz com um profundo rancor:

 

É assim que ele me vê? Maldito seja você e seus bastardos!!!

 

Ela retoma sua serenidade, e então continua a andar. Neste momento, retira o capuz que lhe cobre a cabeça, revelando sedosas e brilhantes madeixas de cor rósea.

 

Ah! Enfim vou poder tirar esse véu, ele estava bagunçando meus cabelos...

 

Seu rosto é doce e terno, como o de qualquer criança, mas seu olhar é profundo... impactante... insano. É como se guardasse algo de sinistro dentro daquele corpo frágil e inofensivo.

 

Ela então se aproxima de um local privilegiado entre os vários altares. Lá se encontra um cálice de ouro, e nele está descrito um enigma:

 

“Não bebais deste cálice, mas faça-o beber de ti mesmo.”

Como num passe de mágica, a criança faz surgir uma adaga cerimonial em sua minúscula mãozinha, e num corte rápido, fere seu pulso esquerdo sem pestanejar.

Ao ritmo que cai seu sangue cor de escarlate dentro do cálice dourado, a pequenina entoa uma canção triste e melancólica, que se ouve de todas as direções; e eis que abruptamente, a hemorragia e a canção cessam, dando lugar a uma única frase em alto e bom tom:

 

Seres amaldiçoados pelos Deuses, eu agora vos invoco!!!

E cada gota de sangue converte-se em cosmo puro, cruzando todo o salão desde o chão até a boca de seis vasos maiores; e destes, seis almas vingativas escapam. Gritos e múrmuras de dor e ódio podiam ser ouvidos:

 

Malditos Deuses!!! Vocês são os verdadeiros monstros!!!

 

Atena... Devolva minha beleza!!!

 

Eu sou aquele que vos eliminará!!! Seus poderes não podem vencer o destino...

 

Vingarei a desgraça que me causaram!!!

 

E então, clama a menina:

 

Geryon, o Exército de um só homem!!!

Cérbero, o fiel Guardião do Tártaro!!!

Quimera, a majestosa Fera Híbrida!!!

Anteu, o filho da Mãe-Terra!!!

Medusa, a mais temível das Górgonas!!!

Lâmia, a Serpente das cavernas escuras!!!

Venham até mim, e eu vos libertarei!!!

Isso chama a atenção dos espíritos inquietos, que pairam ao redor da jovem.

 

Acalmem seus corações aflitos, eu vim lhes tirar daqui!!!

 

Estarrecidas, as almas questionam a garota:

 

Como? O que quer dizer com isso?

 

Por acaso estás louca?

 

Esse cosmo resplandecente... Eu já o senti uma vez...

 

A criança confirma a impressão do espírito ao fazer uma grande revelação:

 

Sim, pobre criatura infeliz, contemple sua senhora!!!

Eu sou Hera, a grande Rainha do Olimpo, soberana de todos os Deuses!!!

 

Isso agita as almas das bestas-feras, que se enfurecem ao ver que aquela à sua frente era uma Olimpiana; e o espírito que havia reconhecido seu cosmo se irrita ainda mais.

 

VOCÊ!!! Maldita seja você, Hera, que me causou tanto mal!!! – E os gritos da Lâmia, outrora um bela monarca das terras líbias, transformada em um monstro rancoroso graças aos ciúmes de Hera, ensurdeciam a todos.

 

Hera: E quanto ao mal que TU me causaste ao ser amada por Zeus? E teus filhos concedidos pelo adúltero, que de tão belos, me trouxeram dor e inveja? Deveria agradecer-me por minha piedade!!!

 

A raiva entre os espíritos aumenta, até que a pequena Hera se cansa e os conforta instantaneamente com a sua mirada hipnotizante.

Um silêncio toma conta do salão, e a Deusa inicia sua argumentação:

 

Todo o sofrimento a qual vocês foram submetidos são culpa de Zeus e de sua injustiça!!! Ele e sua promiscuidade geraram filhos e filhas prepotentes; e o que ele me deu? Personificações de sua brutalidade e estupidez!!! Todas as decisões tomadas por ele são profanas e ridículas!!! Não passa de um idiota imaturo escondido atrás de um valentão rodeado por relâmpagos e trovões!!! Até mesmo nosso pai Cronos não foi tão fraco e impotente!!!

Está na hora de Zeus e seus filhos e irmãos deploráveis serem eliminados, e uma nova era de Justiça e Ordem ser iniciada sob meu comando!!!

 

E um calmo e sereno espírito questiona:

 

E onde nós entramos nessa história? Porque deveríamos confiar em uma garotinha se passando por Hera?

 

Hera: Diferentemente “dele”, eu cumpro minhas promessas... E se juntarem-se a mim em minha luta legítima, lhes darei a recompensa merecida.

 

???: Qual recompensa?

 

Hera: Como ousa me questionar? Digo que lhes darei um poder nunca antes visto, e lhes tornarei Deuses!!!

 

E como fará isso? - indaga outra alma.

 

AAAAAH!!! Calem-se todos!!! Por acaso duvidam da grande Hera? – responde Hera, desconfortável, como uma criança ao ser desafiada.

 

E eis que usando sua adaga, corta alguns fios de cabelo e os lança contra seus opositores.

 

Tomem isto e vejam a prova do meu poder!!!

 

Neste momento, os seres, antes nuvens disformes de energia cósmica negativa, ganham corpos perfeitos e uma forma real e vívida graças aos cabelos de uma Deusa...

Impressionados e realizados por agora possuírem uma forma humana, os seis monstros se ajoelham diante de Hera e juram fidelidade:

 

Tu és nossa senhora, e lhe devemos obediência, ó bondosa Hera!!!

E Hera abre um sorriso de felicidade e euforia, agindo como se ganhasse um presente.

 

Isso é tão bom, hahahahaha!!!!

 

Agora, que mostraram sua gratidão e obediência, lhes darei o poder das Armaduras Divinas, e o conhecimento secreto dos Deuses!!!

 

Ao dizer isso, a gratificada miniatura de Deusa evoca uma cosmo-energia iluminada e bela, e plumas de um Pavão majestoso rodeiam suas costas - uma aura de poder infinito.

Então surgem seis Armaduras Divinas; tão brilhantes como a luz solar; cada uma correspondente à criatura que a trajara.

Esta grande força envolve os seis seres mitológicos, que agora se tornam Semideuses, com o poder e perfeição de um Olimpiano.

 

Hera: Agora partilham do meu sangue e poder. Tornar-se-ão meus guerreiros e defensores do meu ideal. Mostremos nossa força a Zeus e sua escória; façamo-lo tremer mais do que tremeu perante o grande Tífon!!!

Editado por Killuminati
Link para o post
Compartilhar em outros sites

*Decidi dar um tom "arcaico" para alguns personagens (em destaque, os Guardiões dos Ventos) para fortalecer a parte "épica" do conto, e também definir o tempo em que estão ali. Os vejo como homens que perderam o contato com a Civilização há muitos anos, e por isso se utilizam de um palavreado antigo e "pesado". Seus nomes e trajes têm relação direta com a região que representam; pretendo detalhar isso nos próximos capítulos, e ainda realizar trabalhos de arte para ilustrar a concepção deles e de outros personagens.

*A razão para a Deusa Hera surgir, e de certa forma, "agir" como uma criança mimada também tem motivos inspirados na Mitologia Grega, que irei esclarecer em breve.

*Nomes e expressões em negrito terão grande importância no decorrer da História.

Editado por Killuminati
Link para o post
Compartilhar em outros sites

Nooooooooooooooooooooooooooooooossaaaaaaaaaaa cara, que foda, sério *-* /rock

 

Cê me deixou bastante empolgado com a historia, principalmente por já ter um início bem diferente do que eu esperava. Na minha visão eu achava que já ia ter uns cavaleiros de bronze se recuperando da batalha contra Hades (o que muito provavelmente vai ter, afinal é sempre muito bom ter uns cavaleiros de bronze :smile3: ) mas ai cê já mostra todas essas coisas... muito bom cara, parabéns!

 

Ah, e muito boa a ideia da prisão. Cê descreveu ela muito bem e os protetores também... Parabéns... de novo :a: .

 

Já sobre os personagens, gostei bastante da Hera ser a arquiteta dessa guerra, como tu mesmo disse, essa Saga do Olimpo é bem diferente da maioria. To bem empolgado pra vê mais dos guardiões.

 

Os demônios ganharam o poder de um Deus... bem interessante, mas confesso que achei meio estranho eles terem se curvado tão rápido assim pra Hera, tudo bem que ela deu um corpo humano e umas armaduras bem da hora pra eles, mas sei lá, será que não sobrou nenhum sentimento negativo não? /olhos /luanegra

 

Enfim, muito bom o capítulo, mas posso da umas dicas? posso né, obrigado /evil

 

Reparei que você utiliza de dois métodos pra apresentar as falas, aquele que é usado nos livros e aquele das peças de teatro, apesar de ser uma questão de escolha tenho total certeza que o material ficaria muito mais atraente e melhor se fosse usado o modo dos livros, como cê colocou nesse trecho:

 

Que brisa deliciosa!!! Faz até cócegas no meu rosto, hahaha...

Tchau, Tchau, bobões... - acena a estranha menina enquanto desaparece no horizonte, num ar perturbadoramente inocente.

Tendeu? enfim, só foi esse o ponto ruim na narração, de resto tá muito bom.

Tchau, e quando sai o próximo?

Link para o post
Compartilhar em outros sites

Desculpe eu ter feito isso sem explicar, mas parte da história tem que ser analisada nas entrelinhas...eu quero fazer o leitor fazer esse tipo de questionamento; por essa razão, encaixo elementos que se repetem, e que após uma análise detalhada, são revelados como essenciais. Os Olhos e o Sangue foram os dois elementos principais deste capítulo; eles são representações do poder de Hera. Com seus olhos, Hera manipula, hipnotiza e engana. Desde o momento em que ela deu um "sossega-leão" nas Criaturas Mitológicas com seu olhar penetrante, secretamente injetou em suas consciências um novo comportamento (o que se referiu posteriormente como o Conhecimento Secreto dos Deuses)...ela retirou deles a Animalidade e Ressentimento, e os transformou em seres inteligentes. Seu sangue (que usou para libertar suas almas e despertar a Força Interior) pôs neles, mesmo que parcialmente, seus próprios ideais...sua essência. Eles compartilham o Cosmo de Hera...são quase "Clones" dela mesma, mas Clones Imperfeitos - SEMIDeuses. E suas Armaduras Divinas também não vêm do nada - vou explicar tudo em breve...e também tem a ver com os Olhos.

 

 

Outro detalhe que coloco é a narrativa de observação...como se estivéssemos "vendo" o que acontece, por isso faço descrições diretas dos acontecimentos.

Hera, como verá nos próximos capítulos, já tem tudo planejado desde o início...sabe exatamente o que está fazendo, e quais resultados terá. Enxergue tudo o que ela diz como possível mentira ou fingimento...inclusive seu repentino "amor" pelos novos servos.

Sobre as falas, escolhi faze-las dessa maneira em razão da importância da criação de uma identidade para os personagens. Às vezes, esse método ("Roteiro") é um pouco complicado, pois a obra pode perder o seguimento, mas é ainda mais difícil encaixar certas frases em uma narrativa de 3ª pessoa, por isso tento alternar entre os dois estilos da maneira mais fluida possível, sem produzir exatamente uma "conversação". Mas obrigado pela dica, vou tentar diminuir essas coisas nos próximos capítulos.

Provavelmente postarei o próximo no meio desta semana.

Editado por Killuminati
Link para o post
Compartilhar em outros sites

Opa Kiluminati!! Bem vindo!

Muito bom esse teu início de fic!

Começa de forma padrão como muitas de Saint Seiya, com um Deus libertando alguma coisa e estando pronto para combater. Contudo, se modificou de várias mandeiras poqrue parece que o advesrário agora não é Atena e sim Zeus e todos os Deuses do Olimpo.

Hera foi uma personalidade muito marcante nesse teu pequeno trecho e não imaginava que seria ela nem um pouco. Achava que seria Pallas, Éris, um Titã, ou qualquer outra. Mas era não, me surpeendeu, principalmente por esse desejo de eliminar os outros deuses. Será que está sendo manipulada ou então tem outros planos? Eu realmente não acredito que ela tenha essa vontade do nada! Não to acreditando muito kkk.

Os guardiões foram bem apresentados e mostraram uma certa imponência, apesar de terem sido derrotados de maneira rápida. Isso já me fez acreditar que seria uma deusa ou um titã enfrentando-os. Aliás, a contextualização envolvendo eles foi bem interessante, bem como a divisão deles pela região.

O diálogo de Hera com as bestas foi muito bom. O engraçado é que ela está recheada de mágoas eternas devido ao adulteério. Por isso talvez não acredito tanto que ela cumprirá a sua proemssa. Acho que ela quer acabar com os filhos ilegítimos ou algo do gênero.

Não dá para conjecturar muitas coisas, afinal está bem no início. Gostei das referências as armaduas divinas e a forma como ela convenceu as bestas facilmente, utiliznado o poder do cabelo, enfim, foi um bom início!

A escrita foi boa, só cuida na hora dos diálogos que vez ou outra me confundiram sobre quem estava falando. A tensão passada foi bem marcante, o que denota uma boa condução.

No mais é isso, bem vindo à aba das fics e sugiro que acompanhe alguns trabalhos. A fic do Meikai acho que é a que está mais no começo e a que menos te custará ficar em dia.


Valeu e abraços

Link para o post
Compartilhar em outros sites

Opa Kiluminati!! Bem vindo!

 

Muito bom esse teu início de fic!

 

Começa de forma padrão como muitas de Saint Seiya, com um Deus libertando alguma coisa e estando pronto para combater. Contudo, se modificou de várias mandeiras poqrue parece que o advesrário agora não é Atena e sim Zeus e todos os Deuses do Olimpo.

 

Hera foi uma personalidade muito marcante nesse teu pequeno trecho e não imaginava que seria ela nem um pouco. Achava que seria Pallas, Éris, um Titã, ou qualquer outra. Mas era não, me surpeendeu, principalmente por esse desejo de eliminar os outros deuses. Será que está sendo manipulada ou então tem outros planos? Eu realmente não acredito que ela tenha essa vontade do nada! Não to acreditando muito kkk.

 

Os guardiões foram bem apresentados e mostraram uma certa imponência, apesar de terem sido derrotados de maneira rápida. Isso já me fez acreditar que seria uma deusa ou um titã enfrentando-os. Aliás, a contextualização envolvendo eles foi bem interessante, bem como a divisão deles pela região.

 

O diálogo de Hera com as bestas foi muito bom. O engraçado é que ela está recheada de mágoas eternas devido ao adulteério. Por isso talvez não acredito tanto que ela cumprirá a sua proemssa. Acho que ela quer acabar com os filhos ilegítimos ou algo do gênero.

 

Não dá para conjecturar muitas coisas, afinal está bem no início. Gostei das referências as armaduas divinas e a forma como ela convenceu as bestas facilmente, utiliznado o poder do cabelo, enfim, foi um bom início!

 

A escrita foi boa, só cuida na hora dos diálogos que vez ou outra me confundiram sobre quem estava falando. A tensão passada foi bem marcante, o que denota uma boa condução.

 

No mais é isso, bem vindo à aba das fics e sugiro que acompanhe alguns trabalhos. A fic do Meikai acho que é a que está mais no começo e a que menos te custará ficar em dia.

 

 

Valeu e abraços

 

A minha concepção de Hera vem muito da "Teogonia" de Hesíodo e alguns textos posteriores, que a mostravam como um Deusa sábia e poderosa, mas que tinha duas grandes fraquezas: seus ciúmes (que a levaram a fazer coisas absurdas e destruir a vida de vários de seus desafetos com requintes de crueldade) e sua inconsequência, gerada pelo orgulho e desejo de vingança. Também não era uma mãe exemplar; tinha vergonha dos filhos que teve com Zeus (principalmente Hefesto, Ares e Éris, na Ilíada), e a única destes que não trazia destruição (Hebe, Deusa da Juventude), era tratada por Hera e outros Deuses como uma serva.

 

O que posso dizer agora é que tudo que Hera quer é atingir Zeus, os irmãos e sua árvore genealógica, apagando seu legado da História (sim, é a "Fúria da Mulher Traída"), além de restaurar a antiga ordem natural das coisas (onde os mortais serviam aos Deuses sem pestanejar), que acredita ter sido enfraquecida por seu Ex-Marido...e isso a fará tomar uma atitude irresponsável, que sairá totalmente de seu controle e causará uma desgraça inimaginável.

 

De qualquer maneira, não quero fazer com que o leitor a "odeie"...quero replicar sua identidade na Mitologia, que era o equilíbrio entre a Justa e a Louca.

 

P.S. - Já estou acompanhando Fanfics de outros autores há alguns meses (antes mesmo de me registrar no fórum), mas infelizmente, não consigo achar tempo para escrever nada. Hoje, mais tarde, postarei o Capítulo 2 e tentarei opinar nas Fanfics que estou lendo. Obrigado...

Link para o post
Compartilhar em outros sites

Massa killuminati. Continue aqui e espero que faça muitas amizades. Não desanima com o baixo movimento aqui da aba. Fazer o quê? Quem sabe se mais pessoas como tu começarem a participar, o movimento aumente!

E sugiro que poste uma vez por semana (ou duas no máximo). O movimento aqui é baixo e o pessoal não vai conseguir acompanhar.

Link para o post
Compartilhar em outros sites

Capitulo 2:

Fuga: As Sete Estrelas da Morte preparam-se para a Guerra!!!

E então voltamos à entrada do Mávrou Trýpa. Lá, os quatro guardiões esperam pelo inevitável combate:

 

Nanuq: Meus irmãos, o inimigo é muito mais poderoso do que nós; sabemos que não somos capazes de vencê-lo...

...Mas há centenas de anos, Zeus nos confiou esta missão, que desde então cumprimos com coragem e fé. Presenteou-nos com sua própria essência, a vida eterna, para que guardássemos o mundo dos Homens e dos Deuses das investidas do Mal...

Prometemo-lo que nunca voltaríamos atrás com nossa promessa, mesmo que para isso, tivéssemos que entregar o Fio de nossas vidas nas mãos das três Moiras do Destino, que regem até os Senhores do Olimpo.

 

As palavras de Nanuq caem como chamas nos corações de seus companheiros – chamas de determinação, que queimam qualquer vestígio de medo ou dúvida que pudesse contaminar as suas almas.

 

Já entendemos o que quis dizer!!! - bradam os escolhidos de Zeus

 

Nanuq: SIM!!! É chegada a hora de usarmos a técnica recebida diretamente do Deus dos Deuses!!! Deveremos sacrificar nossa imortalidade para impedir esse plano e salvar esta existência!!!

 

A técnica que Nanuq mencionara era o Keravnós, o Raio - uma habilidade que dá o usuário o poder de viajar entre as galáxias, como um grande meteoro; capaz até de competir com a velocidade do Deus Hermes, o Mensageiro.

Os quatro homens tinham o objetivo de chegar a o Monte Olimpo e dar a terrível notícia aos Deuses, preparando-os para a grande ameaça que se sucedia.

Para isso, queimaram seus cosmos até o infinito, despertando o poder adormecido em seus espíritos por centenas de anos, que de tão grande, é capaz de quebrar o Selo Divino dos Imortais, dádiva única dos serventes dos Deuses.

 

Ó pai Zeus, Protetor dos Fracos, ajuda-me a enfrentar meus medos...

Ó Zeus, cujos punhos cortam ao meio as Nuvens da Escuridão!!!

Mestre de todo o Olimpo, Comandante de Mortais e Imortais...

Nós o clamamos!!!

Faça cair de tua mão direita a Luz da Verdade...

E de tua mão esquerda, o Trovão da Justiça...

Ó Zeus, sou teu servo e guerreiro fiel!!!

Com esta oração, os Sábios do Tempo quebram o Selo que guardava seu verdadeiro poder, em troca de mantê-los vivos para sempre vigiando o Cosmos.

...E uma gama de energia os toma completamente. Suas vestes brilham como o Pó das Estrelas do céu.

O portão interdimensional se abre novamente, e desta vez, George, Nanuq, Aslan e Roald suportam a agressiva massa cósmica negativa como muralhas de coragem e força indestrutíveis.

 

*CLAP, CLAP, CLAP* Que cântico mais bonitinho!!! – aplaudiu a pequena Hera ao encarar os devotos soldados de Zeus.

Adivinhem quem sou?

 

Os guardiões, tensos, nada respondem.

 

Não vão honrar a mais poderosa entre os Olimpianos? Hahahahaha!!! - debocha a Deusa ao revelar sua bela e temível Aura.

 

Aslan: as plumas do Pavão que cobrem os céus... os olhos que transcendem a Alma...

 

Nanuq: Não há dúvidas... Esta é Hera, a vingativa Senhora do Olimpo...

 

Roald: Está acompanhada de seis seguidores. Seus cosmos se misturam com o dela... são frios e cheios de ódio...

 

George do Ocidente fica em silêncio, com seus olhos focados no inimigo.

 

Hera: O que eu faço com vocês? Hmmmm...

 

Minha Deusa... Deixe-me acabar com eles. Quero muito testar os poderes dados por ti, bondosa senhora... - Quem fala é Cérbero, o Cão que no passado, protegia a Entrada do Submundo; fiel a quem o dignifica, cruel com os covardes e traidores.

 

Hera: Que fofinho!!! Pode fazer o que quiser, vou ficar aqui assistindo...

 

Hera senta-se num pilar desmoronado, e com as mãos no rosto, sorridente, assiste ao combate que se sucede.

Cérbero dá um sorriso sádico, exibindo suas presas afiadíssimas e olhar penetrante e reluzentemente vermelho, como o de um demônio predador.

O silêncio paira no ar, até que os quatro guerreiros tomam a iniciativa:

 

George parte em direção ao inimigo, e Aslan faz um movimento rápido pela retaguarda; Roald e Nanuq vêm por cima.

 

Num milésimo de segundo, Cérbero some, e quatro versões de si mesmo surgem na frente de cada um de seus rivais, que antes mesmo de reagirem, tomam um golpe terrível, vindo de uma força misteriosa.

 

Os gritos de dor e agonia dos heróis eram aterrorizantes, assim como a visão que compartilhavam – a de enormes caninos devorando sua carne.

Não percebiam os mesmos que tudo não passava de uma ilusão criada pelos olhos atormentadores de Cérbero, quem durante todo o tempo, estava parado no mesmo lugar, divertindo-se com o sofrimento de suas vítimas.

 

Chega!!! Eu não posso mais ouvir isso!!! – diz Hera, que detesta qualquer tipo de tortura.

 

E tão rápido quanto prendeu os guardiões dos ventos em seu truque, Cérbero os libertou.

 

...Como?

 

Era só uma ilusão!!!

 

Como pudemos cair nesse truque!!! - envergonhavam-se os homens.

 

Chega de jogos!!! - dizendo isso, Nanuq lança uma poderosa massa de ar frio contra seu oponente ao mover seu braço direito. Era como o corte de um Machado Afiado, que reluzia como as Noites do Ártico (*), e feria como as garras de um Urso das Neves.

Cérbero recebe o ataque sem se mover, e uma grossa montanha de Gelo cobre todo o seu corpo... Mas rapidamente, ele a derrete com seu Cosmo, que parecia ser feito de sangue fervente.

Nanuq volta a atacar, e dessa vez de perto; ao momento que ele se aproxima, Cérbero faz tremer o chão apenas apontando seu dedo. Isso faz paralisar o guerreiro, que não consegue mais avançar diante da pressão imposta pelo Demônio do Tártaro. Cérbero o libera lançando-o para longe.

 

Cérbero: Huh... Os que tinham o desejo de escapar do Submundo já me deram mais trabalho do que isso. Vamos lá!!! Mostrem-me o que têm!!!

 

Cão Maldito!!! Calarei esta boca para sempre!!! – Aslan, rugindo como o Leão Alado do Oriente, se lança contra Cérbero. Seus punhos rasgam a terra, e dela sai Lava Quente e Raios. A grande tempestade de Areia, Fogo e Relâmpagos cruza todo o ambiente, e Aslan voa com ela.

 

Junto dele, vem George, o Matador de Dragões do Ocidente (*). Ele vem montado em seu Cavalo Cósmico, feito de aço puro, e carregando sua Lança, que guarda o Espírito do próprio Dragão. Ao cavalgar, deixa um rastro de Estrelas, e chamas azuis cobrem seu corpo e o do animal.

 

Os dois atacam de uma vez só, um de cada lado, e destroem por completo o corpo de Cérbero, que após uma explosão que remetia às magníficas Supernovas, se transforma em Pó cintilante...

Aslan e George surgem em direções opostas, ambos virados de costas para o inimigo derrotado. Hera fica maravilhada com o que vê...

Mas do nada, uma gargalhada maligna é ouvida de todos os cantos... e a imagem do Cão de Três Cabeças novamente atormenta os patronos das ventos, que não compreendiam a misteriosa façanha de seu adversário.

 

George: Isso é impossível!!! Por um momento, senti sua presença esvanecendo totalmente; era como se ele estivesse morto... Mas em um instante...

 

Aslan: Seria este este homem-besta... um imortal?

 

Cérbero, de um lugar desconhecido, faz surgir dezenas de correntes gigantescas envoltas em chamas e sangue do chão da terra, que perseguem seus adversários como serpentes atrás de uma presa.

Nesta hora, Roald, o Imperador do Sul (*), passa a correr sobre os elos das correntes, fazendo-as desgastarem-se por dentro, e esfacelarem-se pelo ar.

Cérbero ressurge, e novamente usa sua técnica paralisante, desta vez contra Roald, que devolve com uma frequência sonora saída de sua testa, neutralizando o ataque do Cão das Trevas e o materializando-o em finas camadas de Gelo, que caem no chão e se quebram, deixando a Fera sem resposta.

 

O corpo de Roald absorve as partículas cósmicas congeladas, e é iluminado por uma energia incandescente, mais brilhante que as Auroras da Antártida (*). As cores, que formam um Caleidoscópio gigantesco, hipnotizam Cérbero, e ao mesmo tempo se transformam em inúmeras lâminas que contêm o próprio poder do fiel seguidor de Hera, atingindo-o em cheio. Uma Flor de Gelo – belíssima e mortal.

 

Hera bate palmas, como uma boa expectadora...

 

Cérbero, cravado numa parede e jorrando sangue, começa a sorrir, como se nada tivesse o atingido. Abre os olhos, e numa reação furiosa, destrói todas as lâminas que o perfuravam. O sangue que sai de seu corpo se aquece e começa a reluzir... Gritos sufocados de dor são ouvidos de todas as direções. A pressão do ar torna-se insuportável.

 

Então querem parar de brincar? Pois também já estou farto de vocês!!!

Conheçam o tormento do Inferno, o sofrimento de dez mil almas condenadas!!!

Rios de Sangue!!!

Ao pronunciar do nome do golpe, uma enorme enxurrada de cosmo maligno é despejada sobre Roald, Aslan e George, que sentem cada um de seus ossos sendo triturados pelo ódio de milhares e milhares de espíritos de assassinos condenados a nadar nos rios de sangue fervente pela eternidade.

Seus corpos estão atrofiados, seus olhos esbugalhados, suas mentes apavoradas... é como se estivessem passando pela mesma coisa. Os três caem no chão, tremendo...

 

Hera: Por favor, acabe com o sofrimento destes homens... Isso é muito triste de assistir.

 

Sim, senhora - Cérbero então prepara o último ataque.

 

...Mas então, de maneira heroica, surge Nanuq. Com um Arco e Flecha de energia cósmica, ele aponta para Cérbero enquanto liberta os agonizantes George, Aslan e Roald:

 

Isso é um pesadelo!!! Mais uma ilusão do inimigo!!! Não temam meus irmãos!!! - Isso faz os companheiros do Sábio do Norte despertarem, e retornarem à posição de ataque.

 

O que pensa que fará com isso? - diz o Cão, duvidando da determinação de Nanuq.

 

Tu verás monstro!!! - Nanuq atira sua Flecha de Gelo, sendo esta despedaçada ao entrar em contato com o cosmo de Cérbero, que ri incessantemente.

 

Os quatro mudam de estratégia ao meditar e acalmar seus espíritos, fazendo surgir uma visão magnífica de várias galáxias conjuradas. Hera novamente se impressiona diante de tanta beleza.

Cérbero decide atacar, pensando em pegar seus adversários desprevenidos, mas é repelido por uma barreira feita de puro cosmo.

Huaaaaah!!! Não consigo avançar!!! Que tipo de poder é esse? – pergunta Cérbero à sua mestra.

 

Hera: É o Makrá Teíchi, a Grande Muralha, outra técnica divina. Por muito tempo foi usada para afastar invasores do Monte Olimpo, e selar o Santuário de Atena, obrigando aqueles que entrassem a passar pelas 12 Casas.

 

Cérbero: Mas eles não são Deuses!!!

 

Hera: Zeus e seus filhos ensinaram a técnica a seus guardiões e a alguns homens grandiosos do passado, mas um mortal não é capaz de conjurar a forma perfeita...

 

Cérbero: O que isso significa?

 

Hera: Não aguentarão por muito tempo...

 

Cérbero: Ha...hahaha...então os grandes “guardiões” não passam de covardes se escondendo atrás de uma parede falsa? Terei prazer em arrancar suas peles!!!

 

Hera: Uuuurgh... Você não tem o mínimo de classe!!!

 

 

Dentro da barreira, os guardiões lutam para manter as forças:

 

Não há como suportarmos a potência do “Makrá Teíchi”, vamos ter que desfazê-lo!!! - diz o desacreditado Roald.

 

Aslan: Se liberarmos a barreira...o mostro certamente nos matará!!!

 

Nanuq: Não podemos morrer antes de entregar a mensagem a Zeus – não importa quão poderoso seja o inimigo... Não podemos cair... É nosso dever... manter o equilíbrio..

 

George: Nem que nossos corpos sejam despedaçados, iremos passar!!!

 

Assim, aqueles que dariam a vida pelo bem do universo fizeram explodir o poderoso Escudo de Zeus, emitindo uma luz tão forte capaz de ofuscar a visão aguçada do Cão Cérbero.

 

Pegue-os!!! Eles estão escapando!!! – gritava a pequena Hera ao ver os guardiões passando por seu enorme seguidor, mais velozes que a luz.

 

Eu não consigo vê-los!!! Não vejo nada!!! Aaaargh!!! O que há com o meu corpo!!! - Cérbero não imaginava, mas sofria o efeito da Flecha de Nanuq, que com o poder de minúsculos estilhaços formados por Cristais de Gelo, congela os músculos de sua vítima.

 

Hera: Droga!!! Seu incompetente!!! Como pôde ser atingido por um golpe tão ridículo como esse?

 

Numa medida desesperada, Hera faz surgir uma elaborada lança feita de bronze, e a arremessa contra os quatro fugitivos, mas sua velocidade é tão grande que a arma não os alcança antes de converterem-se em uma Estrela-Cadente cortando os céus.

 

Maldição!!! Não acredito que Zeus também deu a esses mortais o Keravnós, uma técnica única dos Olimpianos!!! O que aquele idiota tem na cabeça? GRRRRR!!! - A Deusa Divorciada sente-se ofendida por Zeus ter dividido com seres considerados inferiores uma característica dos Imortais.

 

Ugh... O que faremos agora? – pergunta Cérbero enquanto Hera descongela seus órgãos internos.

 

Hera: Huh... Não temos mais o elemento surpresa, então terei que atraí-los até nós.

 

Anteu, Filho da mãe-Terra!!!

 

E Anteu nada responde.

 

Hera: Vá até o mundo dos homens e faça-os saber da minha existência!!! Tem permissão para destruir qualquer um que entrar no seu caminho!!!

 

Sem dar uma palavra, o misterioso Anteu obedece às ordens de sua Senhora, descendo ao lar dos mortais na forma de um feixe de energia cósmica.

 

Porque o enviou à Terra? Isso não poderia alarmar nossa localização? – diz uma voz feminina ao fundo.

 

Hera: Se não me engano, Atena ainda conta com alguns de seus Cavaleiros defendendo aquele lugar... e há um certo homem que Anteu deseja muito enfrentar. Tal homem é uma ameaça direta aos meus objetivos, e precisa ser eliminado. Fora isso, essa luta me garantirá um tempo para preparar a parte final do meu plano. Cairá como uma luva...

 

Será que um homem como ele é confiável? - desconfia Cérbero.

 

Anteu não serve a ninguém, só está atrás de um bom combate... e de vingança. Fará tudo que eu pedir se lhe der isso, mas é bom eu não subestima-lo. Costuma ser imprevisível... assim como seu rival. - A resposta insegura de Hera demonstrava que sabia que seu controle sobre Anteu era fraco.

 

E quanto a nós? – pergunta outra voz

 

Vocês vêm comigo. Há algo que preciso lhes mostrar... Hahahahahaha!!!! - Com um sorriso no rosto, a pequena Deusa faz ruir completamente a Fortaleza-Prisão de Zeus num estalar de dedos, enquanto desaparece com seus novos seguidores.

Editado por Killuminati
Link para o post
Compartilhar em outros sites
*Nanuq é nomeado a partir do Urso Mitológico do povo Inuíte/Eskimo (sua Armadura tem o formato de um Urso Polar). O Brilho das "Noites do Ártico" se refere à Aurora Boreal Ártica. Suas armas (o Machado e o Arco e Flecha) são tradicionais entre os Esquimós;


*O traje de Aslan é baseado no clássico Leão Alado da Pérsia (Shedu). "Aslan", em Persa-Arábico, significa "Leão";


*George é claramente inspirado na figura de São Jorge. Seu traje é a figura de um Cavaleiro Medieval com temas Draconianos. O Cavalo é simplesmente uma aparição, um componente da Armadura, como as Asas de Pégaso;


*Roald é nomeado a partir do Norueguês Roald Amundsen, o maior "Conquistador" da Antártida. Eu o chamei de "Imperador do Sul" porque vejo sua Armadura como a figura de um Pinguim Imperador (animal símbolo do Pólo Sul). As "Auroras da Antártida" são as Auroras Boreais do Pólo Sul;


*O "Cântico a Zeus" é uma versão modificada de uma oração de proteção usada pelos Antigos Gregos.


P.S. Tentei remover o máximo possível da narração em "Roteiro/Conversação", mas alguns diálogos ficariam simplesmente ininteligíveis ou repetitivos sem essa formatação. Foi mal...


No próximo capítulo, 4 dos 5 Cavaleiros de Bronze farão sua primeira aparição.

Editado por Killuminati
Link para o post
Compartilhar em outros sites

Hoje mais tarde estarei postando o Capítulo 3. Meus planos eram pra Sábado, mas alguns imprevistos acabaram atrasando tudo. Novamente, foi mal...

 

Esse será um pouco diferente dos dois primeiros. Não terá muita ação, mas sim "tensão", e será como uma "apresentação definitiva" da Saga (agora a coisa começa pra valer); também será muito levado para o lado "emocional", que é um dos elementos principais de CDZ. Espero que gostem.

 

*Aliás, um dos 5 Cavaleiros de Bronze NÃO aparecerá neste capítulo.

Editado por Killuminati
Link para o post
Compartilhar em outros sites

Capitulo 3:

Irmãos - O Laço Escrito pelas Estrelas

Na Terra, quatro anos haviam se passado desde a batalha contra Hades, o Senhor do Inframundo, e os humanos viviam em relativa paz e desconhecimento total dos acontecimentos da última Guerra Santa; tudo graças a um árduo trabalho da Fundação GRAAD, que junto a várias entidades governamentais, impediu que tais informações chegassem aos ouvidos dos cidadãos comuns, prevenindo assim uma histeria em massa.

Noticiário:

A Agência Espacial Internacional acaba de relatar um fenômeno de proporções inimagináveis. Os medidores de Ondas-Eletromagnéticas registraram uma inquietação incomum ao redor do Sistema Alfa Centauri, que pode se tratar da hipotética abertura de um gigantesco Buraco-Negro no Espaço. Pela magnitude do evento e distância do local em Anos-Luz, ainda não foi possível calcular a data do fenômeno. Curiosamente, alguns minutos após o registro, foi observada a movimentação totalmente inesperada de sete ou oito corpos celestes com uma estrutura similar a de meteoritos, sendo que um deles poderia estar vindo em direção à Terra. O sinal dos objetos foi totalmente perdido em questão de segundos. Especialistas descartam qualquer relação entre os eventos.

No momento em que circulava a notícia por praticamente todos os veículos de comunicação, inclusive as movimentadas ruas de Tóquio, o Cavaleiro da Constelação de Fênix, o solitário Ikki, caminhava como um cidadão ordinário. O comunicado lhe chama a atenção, mas ele logo volta a andar...

Ainda no Japão, no Orfanato Filho das Estrelas, a jovem Miho, responsável por cuidar das crianças enviadas para lá, prepara o almoço enquanto vê a notícia pela TV.

 

O que será isso? - pensa Miho, preocupada.

Ah!!! Tenho que me concentrar na receita, hoje o Seiya vem nos visitar...

 

Lá fora, os Cavaleiros Ichi, Nachi, Jabu, Ban e Geki jogam futebol com as crianças.

A bola chutada pelo hiperativo Makoto (agora um garoto de doze anos, mas ainda com espírito de oito) cai direto nas mãos do recém-chegado Shun, o Cavaleiro de Andrômeda, que é recebido com entusiasmo tanto pelos garotos quanto seus velhos amigos.

 

Juro que te vi tomando uma bolada e indo correndo contar para o seu irmão... - brinca Nachi de Lobo ao relembrar momentos da infância, o que diverte o pacífico Shun.

 

Ei Shun, você sabe a que horas o Seiya vai chegar? - pergunta Makoto ao lado de seus amigos Akira e Tatsuya, fãs número um do Cavaleiro de Pégaso.

 

Sinto muito crianças, mas também não sei. Vim pra cá só para vê-lo... - a resposta de Shun frustra os órfãos, que resolvem ir para a cozinha ver o que Miho estava preparando.

 

Qual será a reação deles ao ver o Seiya? - indaga Jabu, o Unicórnio.

 

É isso que me preocupa. Aqueles garotos sempre o tiveram como um herói... Será um choque muito grande para eles... - responde Shun, com um aperto no coração.

 

Ainda é muito difícil para a Miho aceitar o que aconteceu. Hoje cedo a vi em prantos... - O Cavaleiro de Urso, Geki, demonstrava uma enorme tristeza ao proferir tais palavras.

 

E Ban de Leão-Menor também expressa seus sentimentos a respeito de Seiya:

 

E pensar que há tão pouco tempo, o vimos chegar à Arena da Guerra Galáctica... tão poderoso... tão decidido, fazendo tudo em nome do amor por sua irmã; e agora, que finalmente encontrou a Seika...

 

Parem com esse papo-furado!!! - corta Ichi, nascido sob a Constelação de Hidra.

 

...O Seiya nunca se dará por vencido!!! Aquele desgraçado já esteve perto da morte pelo menos umas cem vezes, e sempre... Sempre se levantou... Há algo que o faz continuar lutando... e vencendo...

 

Eu o odeio por isso... Mas também o admiro, admiro os vencedores. Logo, logo, o infeliz já vai estar voando com suas Asas de Pégaso por aí...

 

E chega com esse chororô!!! São Cavaleiros de Atena ou o quê? - Sem querer, as palavras de Ichi encheram de esperança o coração de seus companheiros... E quem diria? Enquanto saía, o homem tão frio quanto uma geleira deixava escapar de seus olhos uma lágrima de sentimento...

 

 

No Porto de Tóquio, desembarca Hyoga, o Cavaleiro da Constelação de Cisne e discípulo de Camus de Aquário, o mago da Água e do Gelo.

 

Me esqueço quão calor faz por aqui... - diz Hyoga, acostumado com o frio da Sibéria.

 

Em seu caminho até o Orfanato, o Cavaleiro de Cisne relembra as tantas batalhas onde esteve ao lado de seu amigo Seiya – desde o confronto com Ikki até a derradeira luta contra Hades. Isso lhe causa nostalgia, mas também o entristece, tirando-lhe o foco da estrada, o que o faz quase ser atropelado.

Ao chegar, outros flashes vêm a sua memória, particularmente o tempo em que era apenas uma criança abandonada, mas ainda feliz.

 

Lá dentro, Miho, com a ajuda dos garotos, já tem o almoço quase pronto. Mas eis que não consegue disfarçar a angústia, pedindo para sair um pouco ao deixar Makoto no comando.

 

Novamente chorando, a primeira amiga de Seiya é encontrada por Hyoga, que sem ouvir nada, já imaginava as razões.

 

...É o Seiya, não é?

 

Miho: Eu não suporto mais isso... A cada minuto que passa, a vontade de reencontra-lo fica maior, mas ao mesmo tempo, não quero vê-lo daquele jeito de novo... E as crianças? Eu nem sequer tive a coragem de contar pra eles... O que eles vão sentir quando virem o Seiya naquele estado?

 

Hyoga: Eu entendo... É o mesmo que sentia sobre minha mãe...

Tinha saudades dela, e por isso a visitava sempre... Mas também me doía não poder ouvir sua voz, ver a cor de seus olhos... Eu lutava por ela, mas na verdade, estava cheio de dúvidas quanto a ser um Cavaleiro. Não sabia se era digno de ser um Defensor de Atena, pois meu lado humano se sobressaía...

Isso até meu mestre Camus me mostrar a verdade do jeito mais difícil...

Afundando para sempre o barco onde a mamãe estava sepultada, ele me libertou dos vínculos com este mundo, ajudando-me a alcançar o Sétimo-Sentido, a forma mais pura do Cosmo.

 

Mas o que significa isso? O que quer dizer? - pergunta a garota, ainda mais aflita.

 

Seiya agora está em uma jornada dentro de si mesmo.

A escuridão da morte já cobre todo o seu corpo, mas a chama de seu Cosmo ainda está acesa... Ele ainda está lutando para sobreviver, e tem motivos de sobra para isso, como você, nós, sua irmã Seika, Atena e toda a humanidade...

Eu achava que minha vida de nada importava, e num ato egoísta, tentei dar um fim à ela apenas para reencontrar minha mãe. Mas ela mesma disse-me para voltar, pois o mundo precisava de mim...

Ainda não era minha hora, e tenho certeza que tampouco esta seja a hora de Seiya...

O que devemos fazer é permitir que Seiya, como um verdadeiro Cavaleiro, vença suas próprias batalhas. Devemos acreditar em sua vitória sobre o Deus da Morte...

 

 

Hyoga alivia o sofrimento de Miho, que seca suas lágrimas; mas sabe que também não está pronto para aceitar a situação de seu amigo, que sempre viu na linha de frente dos mais terríveis combates.

Ao reencontrar seu companheiro, Shun o questiona sobre o paradeiro de Shiryu, que desde a vitória sobre Hades, havia desaparecido completamente.

O Cisne, preocupado, revela também há muito não ter notícias sobre o Cavaleiro de Dragão, e retruca, perguntando a Shun sobre Ikki.

 

...O meu irmão, como sempre, está por aí... Às vezes surgindo do nada... E sumindo novamente. - Shun ainda tentava entender o porquê de seu irmão mais velho sempre optar pela solidão.

 

Hyoga: Você acha que eles vêem?

 

Shun: Espero que sim... E não só pelo Seiya. Já há um certo tempo, venho sentindo uma inquietação no Cosmos, e por alguma razão, esse mal-estar aumentou muito no dia de hoje.

 

Hyoga: Tem razão... Há uma estranha “paz” nos últimos dias. Isso vem me incomodando bastante... parece que algo está prestes a explodir.

 

Naquele exato momento, um luxuoso carro preto estacionava em frente ao Orfanato. O som da buzina alegra os dois Cavaleiros, assim como todos na cozinha. Mas com a empolgação, também vem a tensão, principalmente em Miho ao ver os meninos correrem em direção ao portão.

 

Makoto vem na frente, passando como um vendaval por Shun e Hyoga, que já sabiam o que estava por vir.

 

O garoto, seguido por seus colegas, vem gritando o nome de Seiya como se esse fosse um irmão que há anos não via, mas logo sua velocidade diminui, até que ele para no meio do caminho. Sua expressão muda totalmente, e o sorriso que estampava no rosto é substituído pela face do choque e desolação. A visão que contemplava era inimaginável – Um Seiya frágil e inexpressivo, sendo trazido de Cadeira de Rodas por uma mulher de cabelos ruivos.

Um silêncio cruel toma conta do ambiente, e só o que se ouvia era o som das rodas do aparelho que levava o Pégaso a seu destino.

 

Lentamente, Miho sai das imediações do Orfanato, ao lado dos cinco Cavaleiros de Bronze secundários. Embora já soubessem da triste realidade de Seiya, a reação de seus amigos não é tão diferente da das crianças. Todos estavam Sem-Chão...

 

O empregado que abriu a porta para Seiya e a mulher jovem que o conduzia saíssem do veículo faz o mesmo por Saori Kido, a reencarnação da Deusa Atena no Século XX, e Tokumaru Tatsumi, o fiel Guarda-Costas da Família Kido. Os convidados se vestiam elegantemente, talvez para disfarçar o clima pesado, quase fúnebre daquela cena.

 

Miho... O... O que é isso? O que há com o Seiya? - perguntou Makoto à sua responsável, gaguejando, ainda sem compreender o que acabara de presenciar.

 

Miho, engasgada, não consegue dizer uma palavra, o que leva Makoto a correr em direção ao moribundo Seiya, balançando-o como uma marionete sem que este reagisse.

 

A mulher contém o garoto, que para de se debater apenas com o toque de suas delicadas mãos. Mesmo tímida, ela neutraliza os impulsos de Makoto, que então passa a chorar amargamente, ainda perguntando o que acontecia com seu herói. As outras crianças o acompanham, o que só aumenta a dor de Miho, que culpa a si mesma por toda aquela tragédia.

 

E Atena, espalhando sua Cosmo-Energia repleta de amor, decide interceder.

 

Segurando as mãos do garoto, a Deusa lhe traz um sentimento de paz e segurança tão precioso quanto o de uma mãe, o que deixa o jovem com o rosto corado.

 

Escute... O Seiya está um pouco doente, entendeu? Em uma de suas batalhas para salvar a todos nós, ele se machucou bastante, e precisou ser posto nessa cadeira. Agora, ele está apenas descansando, mas logo estará de volta para brincar com todos vocês. Por isso, a Saori só pede para que você seja forte igual a um Cavaleiro e confie no Seiya, tudo bem? Ele não pode falar, mas pode ouvir a todos nós, e gostaria muito de saber que você e seus amigos estão o encorajando.

 

Makoto sabia que a intenção de Saori era fazê-lo parar de chorar, mas por algum motivo, ainda acreditava em tudo o que ela dizia, assim como o resto dos que a ouviram. A Aura de Atena tinha esse poder... (*)

 

 

Longe dali, perto da Praia, Ikki observava o Pôr do Sol; sua mente estava ao lado de seu irmão Shun e de seus amigos. O Guerreiro Imortal, de certa forma, via como “irônica” a situação de Seiya. Ele ainda não conseguia conceber a ideia de que o mais impulsivo dos Cavaleiros de Bronze estava paraplégico. Não queria ter tal imagem posta em sua cabeça, o que o fazia evitar o contato com seus companheiros.

 

A calmaria de Ikki é quebrada por uma presença espiritual diferente de tudo o que ele já havia sentido – dois Cosmos de uma magnitude imprescindível passavam por ele como relâmpagos. Mas mesmo tamanha velocidade não o impediu de ouvir as gargalhadas de uma dupla de seres bizarros.

 

 

No Orfanato, todos rodeavam a bela acompanhante de Seiya, que ainda acanhada, apenas sorria.

 

E logo Tatsumi fez as honras da jovem às crianças:

 

Esta é Seika, a irmã mais velha de Seiya. Como já devem saber, os dois foram separados ainda muito pequenos, quando Seiya foi levado para a Grécia. Ela o seguiu até lá, e acabou sofrendo um acidente que afetou suas lembranças. Por um acaso, foi encontrada na Vila ao redor do Santuário, e graças ao esforço de nossa fundação, conseguimos recuperar parte de sua memória. Hoje, é ela quem cuida do irmão...

 

Seika parecia atrair a atenção das crianças, que a faziam várias perguntas, principalmente a pequena Mimiko (*), que ficou encantada. De um canto, com os braços cruzados, Makoto só a observava...

Quando os outros já haviam se afastado, e Seika tratava de alimentar seu irmão, Makoto se aproximou decidido a interroga-la.

 

Então... Você é a irmã do Seiya?

 

E Seika confirma com um gesto.

 

O maior admirador de Seiya então faz uma pergunta inesperada, que deixa a Irmã perdida do Pégaso sem reação.

 

E porque então você não esperou ele voltar? Porque foi atrás dele? - ao perceber que não teve uma resposta, Makoto continuou.

 

...Você como irmã dele, deveria saber que ele nunca desiste!!! Ele não ia morrer antes de te reencontrar!!! - e Seika tentou dizer algo, mas foi interrompida com palavras ainda mais duras.

 

Você é uma tola!!! Fez o Seiya sofrer todos esses anos... E se não fosse pela Fundação da Senhorita Saori, nunca se lembraria dele!!!

 

Me desculpe!!! - E com lágrimas nos olhos, Seika cala o irado Makoto dando-lhe um forte abraço, e pedindo perdão pelo que na visão de ambos, foi um erro.

 

Toda a raiva do garoto some num piscar de olhos, e olhando para Seiya em sua Cadeira de Rodas, faz uma última pergunta.

 

...Você promete que vai cuidar bem dele?

 

Seika: Eu juro que dessa vez eu vou ficar ao lado dele... E vou acreditar nele... como você acredita.

Você o considera como seu “Irmãozão”, não é? Então se é irmão do Seiya, também é meu irmãozinho...

 

M... Moça... Eu... - e o chorão Makoto cai aos prantos novamente, só que de felicidade. De dentro do Orfanato, sem serem vistos, todos observavam aquela bela imagem. E Miho finalmente se sentia com o coração aliviado...

 

Esse moleque... é manhoso igualzinho ao Seiya, Hahahahaha!!! - comparava Jabu, fazendo os ali presentes rirem como nunca.

 

Shun: Sinto como se o Cosmo de Seiya ganhasse mais uma razão para lutar contra a maldição de Hades.

 

Hyoga: Sim... Agora ele luta por seus dois irmãos...

Sua Irmã de sangue que um capricho do destino trouxe de volta, e seu irmão de coração...

 

Saori: Não há diferença... Este é o amor cujo as estrelas escreveram nos céus, e que ninguém há de apagar...

 

 

Passava das Seis da Tarde quando os visitantes se despediam de Miho e seus órfãos e dos Cavaleiros de Bronze, que resolveram ficar mais um pouco para ajudar a arrumar a bagunça. Pela primeira vez em sua vida, a Cuidadora do Orfanato sentia-se segura ao dizer adeus a Seiya, pois sabia que ele estava em boas mãos. A mesma sensação era compartilhada por Makoto e seus amigos. Era o anoitecer perfeito...

 

Não tão rápido!!! - Um brado cheio de sarcasmo, vindo de uma voz rouca chama a atenção de todos.

 

Num segundo, o clima de felicidade é destruído completamente pela presença ameaçadora de dois misteriosos indivíduos. Seus cosmos ascendiam como uma Pira de Fogo Perpétuo; extremamente agressivos.

Era o mesmo Cosmo que o Fênix acabara de ser alvejado.

Editado por Killuminati
Link para o post
Compartilhar em outros sites

*Como já disse na apresentação, a perspectiva dos humanos comuns não vai passar despercebida na minha Fanfic. Nos próximos capítulos, estarei aprofundando mais o seu ponto de vista;

 

*A razão do personagem Makoto ter importância significativa nesse capítulo é pura escolha minha. Eu sempre achei que sua incrível admiração por Seiya nunca foi explorada corretamente no Anime, e então, quando estava produzindo os rascunhos do meu enredo, lembrei-me disso e decidi usar;

 

*Pra esclarecer antecipadamente qualquer tipo de confusão que possa surgir, adianto que NÃO, não fiz o Makoto como "outro irmão de Seiya"...isso é apenas uma relação fraternal que o garoto tem pelo Cavaleiro. Na minha estória ele o considera como seu irmão, preocupando-se muito com sua vida (peguei isso emprestado de um dos primeiros episódios da série, onde Makoto começa a chorar apenas por uma brincadeira feita por Seiya, onde ele se finge de morto);

 

*A Aura de Atena, diferentemente da de Hera, traz paz e segurança, e induz ao bem-estar;

 

*Mimiko é uma menininha (personagem secundária) que aparece no Filme O Santo Guerreiro, de 1987 (Filme da Éris);

 

*O elemento de destaque desse Capítulo foram as Lágrimas. Terá muita importância no desfecho da estória...

 

*A formatação desse capítulo foi literalmente um "pé no saco"; se acharem que precisa de algumas modificações, é só me avisarem.

Editado por Killuminati
Link para o post
Compartilhar em outros sites

Bem vindo a aba das fic's é sempre bom ver alguém novo.

 

gostei da maneira que abordasse o primeiro capitulo. bem elaborada.

 

Gosto sempre de ver os valentões se ferrando kkkkkkkk Hera me deixou muito intrigado. Me passou muitas coisas pela cabeça. queria mesmo saber quem ela era. Acho que sem duvida foi o ponto alto do capitulo. Agora fico curioso por saber o motivo da traição dela. Quase que me deu vontade de dar uma pesquisada a mais, mas dai ia acabar com o suspense XD

 

Ela prometeu fazer deles deuses, mas fico com um pé atrás, tudo bem que não sei como vais fazer Hera na tua fanfic, mas vejamos. Um único fio de cabelo foi o suficiente para ela dar corpos para suas novos servos.

 

Teres tirado o foco dos cavaleiros de Atena foi muito bom. Deixar eles para la por um pouco de tempo não atrapalha em nada. com eles por perto é sempre mais atenção a eles XD

 

Mas nem tudo é maravilha XD

 

Uma coisa me atrapalhou e me fez não querer ler outro capitulo na sequência. Tinha muitas duvidas em saber quando narravas ou descrevias, pensamentos e diálogos. Teve parte que tive que ler umas vezes para perceber. Mas sem isso se duvidas a fic e muito atrativa e ganhasse um leitor =D

 

Forte abraço

Link para o post
Compartilhar em outros sites

Bem vindo a aba das fic's é sempre bom ver alguém novo.

 

gostei da maneira que abordasse o primeiro capitulo. bem elaborada.

 

Gosto sempre de ver os valentões se ferrando kkkkkkkk Hera me deixou muito intrigado. Me passou muitas coisas pela cabeça. queria mesmo saber quem ela era. Acho que sem duvida foi o ponto alto do capitulo. Agora fico curioso por saber o motivo da traição dela. Quase que me deu vontade de dar uma pesquisada a mais, mas dai ia acabar com o suspense XD

 

Ela prometeu fazer deles deuses, mas fico com um pé atrás, tudo bem que não sei como vais fazer Hera na tua fanfic, mas vejamos. Um único fio de cabelo foi o suficiente para ela dar corpos para suas novos servos.

 

Teres tirado o foco dos cavaleiros de Atena foi muito bom. Deixar eles para la por um pouco de tempo não atrapalha em nada. com eles por perto é sempre mais atenção a eles XD

 

Mas nem tudo é maravilha XD

 

Uma coisa me atrapalhou e me fez não querer ler outro capitulo na sequência. Tinha muitas duvidas em saber quando narravas ou descrevias, pensamentos e diálogos. Teve parte que tive que ler umas vezes para perceber. Mas sem isso se duvidas a fic e muito atrativa e ganhasse um leitor =D

 

Forte abraço

 

Obrigado por ler e comentar minha Fanfic, isso ainda me dá mais inspiração para produzir um bom enredo.

 

Eu já mais ou menos descrevi as pretensões da Deusa Hera em algumas "notas" que deixei por aqui (dê uma conferida), mas ainda não revelei os pontos importantes. Quero surpreender os leitores...

 

Como já disse numa dessas "notas", Hera tem um poder de persuasão incrível ("poder", no sentido literal - ela manipula mentes), e não se preocupa em mentir um pouquinho para convencer a quem interessa. No meu ver, a essência das Armaduras Divinas pode ser relacionada com o dos Semideuses Mitológicos, como Perseu, Aquiles, etc; então, quem as traja, se torna similar a um Deus (mas não é um). As Armaduras Divinas de Hera são especiais, e nos próximos capítulos, vou explicar o porquê.

 

Na Mitologia, os Deuses eram quase que onipotentes...eles literalmente "brincavam" com os mortais. Podiam transformar um homem em um animal qualquer num piscar de olhos, por exemplo. Em "Next Dimension", os cabelos de Atena foram capazes de rejuvenescer a Bruxa Hecate em centenas de anos, transformando-a em uma criança; usei isso como base para conceituar as habilidades de Hera.

 

Sobre a formatação dos textos: isso está me dando uma grande dor de cabeça. Ainda estou tentando encontrar a melhor forma de escrita, mas em algumas situações, é simplesmente impossível utilizar uma só em todo o capítulo, pois o sentido das descrições ou diálogos poderia ser completamente modificado (o que não está nos meus planos).

Link para o post
Compartilhar em outros sites

Capitulo 2 lido.

 

O combate foi alucinante. Intenso. Pensei que eles iriam morrer por tantas dificuldades que estavam enfrentando.

Cerberus devia ter acabado mais cedo com a luta.

 

Eu pensava que 3 deles iriam morrer e apenas um chegar até Zeus, principalmente quando ela lancou a lança.

 

Agora uma luta na terra ira começar. Ancioso XD

 

Sobre a formatação do Texto acho que seria interessante dares uma olhada nas outras Fic's. Acho que só falta isso mesmo. Em alguns pontos a fic fica confusa XD

 

Acho que é isso.

 

Forte abraço

Link para o post
Compartilhar em outros sites

A luta deles ainda não acabou. A "surpresa " que terão quando chegarem ao Olimpo promete outro grande combate.



Cérbero fez questão de humilhar os Guardiões, e com isso, acabou os subestimando, mas claro que não usou todo o seu poder...



E já estou fazendo isso (quando tenho tempo); espero que as coisas melhorem com a experiência e a leitura de outras Fanfics. Creio que o próximo capítulo (#4), que pretendo postar ainda neste fim de semana, já vira com uma textualização superior aos anteriores.

Editado por Killuminati
Link para o post
Compartilhar em outros sites

Capítulo 4:

Terror: A Ameaça Oculta

Como duas torres, a dupla barrava a passagem para fora dos portões do Orfanato apenas com a força intimidadora de seus Cosmos, causando um grande incômodo nos ali trancados.

Ambos trajavam mantos de cor púrpura, com detalhes lembrando chamas de fogo; capuzes lhe cobriam a cabeça. (*)

Só o que se ouvia eram suas sínicas gargalhadas, até que um deles, o da esquerda, finalmente fala.

 

Então está aqui, senhora... – olhando para a reencarnação de Atena, o homem parecia já a conhecer.

 

 

Quem são vocês? O que fazem aqui? – manifesta-se Hyoga, fechando os punhos. Assim como ele próprio, Shun e os outros Cavaleiros abismavam-se com a particularidade daqueles dois seres; pareciam ser feitos unicamente de Energia Cósmica. (*)

 

 

E o outro encapuzado, dono de uma voz mais aguda, também se dirige à Atena.

 

Minha Deusa, porque ainda zela por estes mortais?Atena se mantém em silêncio.

 

 

Jabu, muito fiel à sua senhora, reage imediatamente:

 

Como se atreve a questionar a justiça de Atena?

 

 

Huh... E ainda por cima são insolentes... – o homem da esquerda parecia ridicularizar a Ordem dos Cavaleiros, o que deixa os sete de Bronze irritados.

 

 

Neste momento, os dois decidem revelar o motivo de sua visita. Prostrados diante da Deusa, um completava a frase do outro, como uma dupla de Trovadores:

 

 

Viemos aqui lhe buscar, ó divinissima Atena; Deusa da Sabedoria, da Estratégia (*), das Artes e da Civilização!!!

Teu irmão Hefesto deseja lhe ver, e também lhe preparar para o porvir...

Há uma Grande Guerra prestes a acontecer, e só os Deuses do Olimpo podem impedi-la!!!

Tua astúcia será nossa melhor arma, ó Filha de Zeus...

Todos menos Atena, estavam estarrecidos com a cena que presenciavam – uma mistura de assustador e ridículo. E o Cavaleiro de Andrômeda, tenso, questiona os dois homens, que rapidamente se põem de pé.

 

Do que estão falando? Guerra? Hades está morto, a Guerra Santa teve seu fim!!! – o estado de Shun faz novamente a dupla cair no riso, logo depois respondendo com uma ofensa:

 

 

Nosso assunto não é com vocês, vermes!!!

 

Os Cavaleiros se cansam do espetáculo barato, e juntos, elevam sua Cosmo-Energia, envolvendo a Deusa Atena como um escudo. Isso manda um recado aos bizarros mensageiros, que sabem que não levarão Atena antes de passar por seus defensores. O de voz mais rouca olha para o paraplégico Seiya, e lembra-se do que ouviu sobre ele.

 

 

Oh... Então este é Pégaso, o “Matador de Deuses”? Esperava por algo mais imponente, Hahahaha!!!

 

 

Seu companheiro o alerta sobre a pequena chama de vida que ainda se encontrava no coração de Seiya.

 

Mesmo com a Espada Amaldiçoada de Hades cravada em seu peito, este homem ainda luta por sua vida... Ainda consigo sentir um Cosmo fraco emanando de dentro dele... É como se ainda quisesse proteger Atena junto a seus amigos...

Esses mortais são mesmo curiosos...

De qualquer maneira, não será capaz de fazer nada com uma Cosmo-Energia tão pífia...

 

 

Furiosos, os Cavaleiros partem para a ofensiva mesmo sem estar usando as Armaduras Sagradas, o que facilita o serviço de seus oponentes. Em perfeita harmonia, a dupla repele os sete guerreiros apenas com um rápido movimento com os braços. Suas mãos abertas despejam uma rajada de ar quente que nocauteia os poderosos sobreviventes da última Guerra Santa como se fossem insetos.

 

Ao levantar, Geki se espanta com a força do ataque, que fora capaz de lança-lo para longe, algo que nem os mais ferozes Ursos podiam fazer.

 

E Ichi de Hidra também é pego de surpresa:

 

 

F... Fui jogado como uma folha de papel ao vento... Malditos!!! Vão pagar caro por isso!!!

 

 

Se não saírem do caminho, seremos obrigados a matá-los. Realmente não tenho a vontade de fazer isso na frente de um monte de crianças... E principalmente na frente de Atena. – o Mensageiro da Esquerda dava seu aviso final.

 

 

Você acredita ter poder sobre nós? Só devemos obediência à Deusa Atena!!! Jamais permitiremos que a levem!!!

Não temos medo da morte!!!Hyoga de Cisne parecia decidido a proteger Atena, assim como seus companheiros.

 

 

A coragem dos Cavaleiros tocou o coração da irmã de Seiya, que somente havia presenciado algo similar quando Jabu, Ichi, Ban, Nachi e Geki a protegeram do poder assassino de Thanatos. Olhando para seu irmão mais novo, a doce Seika era capaz de sentir a força de vontade do Pégaso – ele também estava ali.

 

 

Por favor, voltem para dentro... – o altruísta Cavaleiro de Andrômeda, sério, pedia para aqueles incapazes de lutar que fossem para um local seguro.

 

Mas deixem o Seiya aí... – a última frase de Shun desespera Miho, que temia pela vida da pessoa que mais amava. Deixá-lo ali, naquele estado, era uma loucura.

 

 

Hyoga: Miho... Lembre-se do que eu lhe disse. Seiya precisa estar aqui, conosco, defendendo Atena... O seu Cosmo ainda está a protegendo, mesmo não tendo forças para lutar... Não podemos privá-lo disso...

 

 

Nachi: Sim... Ele ainda é um Cavaleiro como nós. É sua missão proteger Atena, mesmo nas situações mais difíceis. Esse é nosso Código de Honra!!!

 

 

M... Mas e se... – enquanto tentava reagir às declarações dos Cavaleiros de Bronze, Miho é interrompida por Makoto, que lhe dá uma cotovelada e a repreende.

 

Miho, sua idiota!!! Eles não vão perder!!! – em silêncio, Miho apenas admira a confiança do garoto nos leais Soldados de Atena. Pondo a mão em seus ombros, Seika a chama para dentro junto com as crianças; ela sabe que pode confiar naqueles jovens.

 

 

Hahaha... Mesmo após tantas eras, ainda acho vocês mortais um mistério... Como é possível terem tanta fé, mesmo sabendo que podem morrer agora mesmo? – o homem da direita não tinha consciência do que era a palavra “Amor”, e Shun tratou de explicar:

 

 

Alguns de nós, por nossa própria limitação, a Morte, aprendemos a valorizar a Vida; não só a nossa, mas também a de nossos companheiros, dos inocentes, dos que precisam... Daqueles que devemos proteger. A Vida, como um fio que pode ser cortado em um segundo, é uma dádiva que simplesmente não podemos permitir que seja cessada injustamente... nem que nós tenhamos que dar as nossas para salvar a dos que guardamos. Os que não precisam se preocupar com a dor de perder um ente querido nunca entenderão esse valor... e por isso, saem destruindo e matando sem piedade... sem honra. É irônico que reles “mortais” como nós, conheçamos algo que os que se dizem “superiores” não façam a mínima ideia do que seja – o Amor ao próximo!!!

Atena, orgulhosa, sorria ao ouvir as palavras de seu mais sensível protetor.

 

Não posso negar... são belas palavras... Mas ainda não as entendo. É uma pena que tenhamos que destruí-los antes disso, Cavaleiros. – o enviado de Hefesto, junto de seu parceiro, decide levar a luta a sério. Novamente, seus Cosmos superaquecidos ascendem, e os Sete de Bronze, ao lado de Seiya, respondem com uma energia que parecia fundir-se em uma só.

 

 

Esses homens... É como se sua força viesse de uma mesma fonte... Um laço que os une – um laço de sangue!!! – O Mensageiro à esquerda descobria a verdade sobre os escolhidos pelas estrelas. (*)

 

 

Os sete partem em direção ao inimigo, deixando Seiya ao lado de Atena. Ban e Geki atacam furiosamente pela dianteira, mas são contidos pelos fortes braços dos enviados de Hefesto, que deixavam exibir as brilhantes manoplas de suas Armaduras cobertas pelas capas – ambas em tons flamejantes de Vermelho.

A força que os dois de Bronze empregam é retornada contra eles, lançando-os para fora. Em sincronia, Ichi e Nachi atacam com seus rápidos punhos, sendo facilmente neutralizados pelos misteriosos guerreiros, que mesmo vestindo roupas longas e pesadas, demonstravam ter muita agilidade.

Jabu vem com um chute certeiro pelo ar, mas sua perna é segurada por um inimigo, enquanto o outro agarra-lhe pelo pescoço com muita violência, derrubando-o no chão. Nesse momento, surgem novamente Ban e Geki lançando-se contra os dois homens, que estavam despreparados. Tentam prendê-los, mas sua força não é nada comparada a de seus oponentes, que os empurram pela segunda vez.

De repente, pequenos Cristais de Neve começam a cair do céu. Os que vinham para sequestrar Atena espantavam-se, pois era Primavera.

...Entre o Mar do Norte e o Ártico, onde me tornei um Cavaleiro, a Neve cai em Cristais Cintilantes.

Se parecem joias brilhando no ar... Mas essa beleza também representa a morte.

Com uma mistura de orgulho e terror, o povo do Ártico chama o Fenômeno de...

Pó de Diamante!!!

Ao proferir estas palavras, Hyoga de Cisne dispara uma rajada de vento congelante que pega em cheio os seus adversários, transformando-os em estátuas inertes de Gelo. A batalha havia terminado...

 

Mas eis que o Cosmo Flamejante dos subordinados de Hefesto derrete o Gelo de Hyoga, os revelando tão vivos como nunca, debochando do ataque do Cavaleiro.

Os dois vão em direção a Hyoga, que salta e tenta se defender, mas acaba tomando um soco fortíssimo no estômago; um golpe que não apenas doía, mas também queimava...

 

Aquele que não compreendia o Amor se prepara para novamente acertar Hyoga, com suas mãos em brasa.

 

 

Tempestade Nebulosa!!!

Shun, num ato heroico, salva seu companheiro na última hora. A infinita energia da Nebulosa de Andrômeda empurra os Mestres do Fogo para trás, e Nachi e Jabu os acertam com um chute; finalmente tirando-os de seu equilíbrio e os lançando ao chão.

 

 

Huh... Não deveríamos ter subestimado os Cavaleiros de Atena... – O homem que sentiu a ligação entre os Garotos de Bronze ergue-se novamente.

 

...Mas prometo-lhes que essa técnica dará um fim a tudo isso!!! – Juntamente com seu companheiro, ele estende seus braços.

 

 

Com os punhos fechados, unem toda a Cosmo-Energia que possuem de uma só vez, os fazendo soltar fumaça pelas narinas. O Ar torna-se rarefeito e superquente, e a imagem de dois gigantescos cavalos em chamas surgem em suas costas...

 

 

Conheçam a força dos mais poderosos Autômatons de Hefesto!!!

Carruagem de Fogo!!!

Pronunciando o nome da técnica, abrem as mãos emitindo cada um, enormes Vórtice de Fogo, que combinados, racham o solo com seu intenso calor, perseguindo apenas os Cavaleiros de Atena. Os sete imediatamente se esquivam, deixando escapar a poderosa massa de chamas, que “some” como se tivesse passado por um portal.

 

Como se pilotassem uma Carruagem de Guerra, os Autômatons de Hefesto fazem ressurgir os Vórtices apenas com um movimento de braços, surpreendendo os Cavaleiros e até mesmo Atena. As duas massas de Fogo são divididas em oito menores e mais rápidas, atingindo um por um dos corajosos guerreiros, que caíam como moscas enquanto seus algozes riam sadicamente.

 

Sem nenhuma reação por parte de Atena, que apenas mirava à sua esquerda, a oitava massa vai direto ao encontro de Seiya, que nada podia fazer para escapar. A morte era certa...

 

Mas do nada, uma parede também feita de fogo absorve o ataque. Um homem caminhava entre as chamas...

 

Atacar adversários sem nenhuma proteção e matar alguém que não pode se defender? Vocês são um belo exemplo de covardia!!! - Era Ikki, o Cavaleiro de Fênix, trajando sua Armadura Imortal.

 

Parece que cheguei na hora exata, não? – Ikki direcionava-se a Atena, que responde com um sorriso de alívio.

 

 

I... Ikki!!! – Mesmo nocauteado, Shun felicitava-se ao ver o irmão mais velho, assim como também faziam Hyoga e os outros Cavaleiros.

 

 

Sim, sou eu, a Ave Fênix!!! Respondi ao chamado de Atena!!! (*) – o orgulho e determinação de Ikki estavam mais fortes do que nunca.

 

 

Então este é o Fênix dessa Era? Hahaha... Lembro-me de ter visto um guerreiro muito parecido com você no passado... – Um dos Autômatons relembrava as antigas Guerras Santas, onde participou como Mensageiro dos Deuses, substituindo o Olimpiano Hermes.

 

 

Isso não me importa nenhum pouco!!! A única coisa que me importa é derrotá-los!!! – O Cavaleiro estava pronto para a batalha, e dessa forma viram seus inimigos.

 

 

Sem rodeios, os enviados do Deus do Olimpo pressionam Ikki com toda sua força, logo de cara usando seus Vórtices ardentes. O Fênix se esquiva com facilidade dos ataques de fogo, e como também usuário deste elemento, tinha a capacidade de manipular as chamas e lança-las de volta contra seus oponentes.

Fracassando à longa distância, os dois Soldados partem para o combate corpo-a-corpo. Utilizando-se de seus punhos superaquecidos, tentam atingir Ikki mortalmente, mas o Cavaleiro não se deixa levar um único golpe, obrigando-os a retornarem à sua posição original.

O mais forte entre os Cavaleiros de Bronze tinha a vitória em suas mãos.

Se cruzarem este espaço, acabarei com vocês dois num instante!!! – a ameaça de Ikki, um simples ser humano, deixa seus adversários indignados, forçando-os a passar de qualquer maneira.

 

 

Quando seus dois rivais cruzam a linha imaginária, Ikki cumpre o que prometeu, erguendo as mãos para cima, e com o bater de suas asas, os Mensageiros são lançados para o alto por uma força descomunal. De lá de baixo, o Cavaleiro arqueia seus braços, e a visão da majestosa Fênix aterroriza suas vítimas.

 

 

Pereçam sob as Asas do Pássaro de Fogo!!!

Ave Fênix!!!

As ondas flamejantes de Ikki, vindas de baixo pra cima, massacram os corpos dos Autômatons, transformando-os em cinzas que flutuavam pelo céu enquanto o Cavaleiro de Atena retomava a serenidade.

 

Mas de repente, os dois homens surgem logo acima da Torre Principal do Orfanato, atrás de Ikki (que se vê enrascado). O que havia queimado eram apenas suas capas; revelando agora as belíssimas Armaduras que trajavam. Remetendo a temas incendiários, pouco diferenciavam entre si – de tão magníficas, pareciam ter sido forjadas por um Deus. (*)

A face dos Guerreiros de Hefesto não se via, exceto por seus longos e lisos cabelos. Os do da esquerda, Vermelhos, os do da direita, Ruivos...

 

Naquele momento, o Cosmo dos dois crescia assustadoramente, tornando-se cada vez mais violento. Sua faceta “cordial” convertia-se em assassina e impiedosa – cada vez mais deixavam de ser homens, para virarem apenas Energia Negativa. (*)

 

 

Esse Cavaleiro... é diferente dos outros... – dizia o de cabelos Ruivos.

 

 

Não se engane... Se aqueles outros estivessem usando seu Manto Sagrado, teriam causado tantos problemas quanto esse aí... – responde seu companheiro.

 

 

Novamente falando em estrofes, decidem finalizar o combate.

 

 

Conseguiu um feito inacreditável, Cavaleiro. Com certeza nos lembraremos de você...

...Mas sua provocação e a de seus amigos lhes custarão a vida!!!

Vamos destruir esse lugar, e todos que nele habitam!!!

Conheçam nossa técnica aniquiladora!!!

 

 

A fúria dos dois Autômatons é materializada em outra concentração de força física e espiritual, que faz levitar as pedras do chão, provocando descargas elétricas e tremores sísmicos; sentidos até mesmo de dentro do Orfanato.

 

 

Balius!!! Xanthos!!! Já chega!!!

 

 

O Cosmo de Atena se manifesta de maneira espetacular, sobrepujando totalmente o dos Servos de seu irmão Hefesto, que finalmente tinham seus nomes revelados (*). Nunca a Deusa da Sabedoria havia invocado um poder tão ameaçador; nem mesmo na batalha contra Hades. Sua paciência havia se esgotado...

 

 

Até agora, não havia agido por respeito a meu irmão...

...Mas não ousem ameaçar este lugar ou qualquer um que vive sob minha proteção, ou terei que matá-los agora mesmo!!!

 

 

Imediatamente, Balius e Xanthos cessam sua investida, amedrontados pela imensa Cosmo-Energia de Atena. Nem mesmo seus Cavaleiros já haviam presenciado tamanha agressividade e determinação por parte de sua Senhora. Era uma Atena que eles ainda não conheciam. (*)

 

Os Sete de Bronze recuperam-se de suas feridas; ainda assustados, juntam-se a Ikki e Seiya.

 

 

Já me cansei... Digam exatamente o que querem, antes que eu os expulse daqui à força!!! – Atena dava um ultimato aos dois, que não viam outra alternativa senão contar tudo diante dos mortais. A grande Conspiração estava para ser revelada...

 

 

Muito longe dali, no Templo da Lua, situado nas Bordas do Monte Olimpo (*), quatro Cometas desabam na terra com violência, causando uma enorme explosão...

Editado por Killuminati
Link para o post
Compartilhar em outros sites

Antes de tudo, queria pedir desculpas aos que começaram a acompanhar a minha Fanfic pelo atraso de uma Semana. Tive muitos afazeres, e pouco tempo. ^_^

Por favor, ao terminar, leiam esta nota. Me perdoem se for muita coisa, mas vai ajudar no entendimento:

 

*Pela segunda vez, o "invasor misterioso" cobre a cabeça com um capuz. Pode parecer algo repetitivo, mas minha intenção é replicar a forma com que seres imortais apareciam diante dos humanos, segundo a Mitologia Grega. Sempre vinham disfarçados ou com o rosto coberto;

 

*Os Autômatons/Autômatos eram "invenções" do Deus Hefesto - seres inanimados que ganhavam vida própria, e serviam a diversos propósitos (eram como os "Robôs" ou "Androides" Mitológicos). Demarquei os pontos que referem Balius e Xanthos como "feitos de puro cosmo" para reforçar minha adaptação dessa característica;

 

*Aqui, a palavra "Estratégia" tem seu significado original em Grego (Strátegos), que é algo como "Tática Militar". Atena era a Deusa da Guerra Organizada; patrona do Strátegos; e protegia os Oficiais do Exército em Batalha, que também eram chamados de Strátegos;

 

*Sim, estou usando a Narrativa Original do Mangá, onde os Cavaleiros de Bronze são todos filhos de Mitsumasa Kido, de mães diferentes; o que os torna meio-irmãos. Isso não será usado agora - só terá certa importância no meio-para-o-final da Estória;

 

*Num acontecimento "fora do script", Saori/Atena chama Ikki por Telepatia; e é isso que o trás ao campo de batalha, além de sua própria intuição. A razão dele ser o único a trajar uma Armadura, e o porquê detalhado de Atena não fazer absolutamente nada antes dele chegar serão explicados depois (talvez no próximo capítulo);

 

*As Armaduras forjadas por Hefesto são superiores à qualquer outra. Logo explicarei o motivo;

 

Dois dos "Autômatos" do Deus da Metalurgia tinham formas de Cavalos. Estes, ao percorrerem grandes distâncias, deixavam um rastro de chamas e destruição; até que se transformavam eles mesmo em Fogo. Como não tinham identidade própria, resolvi dar ao guerreiros inspirados nestes seres o nome de Balius e Xanthos, a dupla de Cavalos Imortais do Herói Aquiles;

 

*Atena era uma Deusa de vários "Epítetos" (Atributos/Adjetivos/Personificações); um deles era extremamente agressivo; defendendo a Acrópole da Polis Atenas. Este só se manifestava em situações incontornáveis, onde ela não mais podia resolver com Diplomacia, e tinha que atacar. Na minha estória, Saori adquire e passa a controlar essa Identidade logo após a Batalha contra Hades.

 

Em todas as instâncias, nesse momento ela já está totalmente "Desperta" como Deusa, e muito mais amadurecida que antes. Seu conhecimento sobre o Universo e os outros Deuses já é muito superior, e seu pensamento é mais estratégico e determinado. Uma Atena um pouco "diferente" do habitual (mais relacionada à Mitológica) é algo que eu também queria explorar;

 

*O Templo da Lua se entende como o lar da Deusa Ártemis. Assim como ocorreu em Next Dimension, queria começar a "Marcha para o Olimpo" por aí, mas claro, com uma abordagem diferente; a principal sendo a "estrada" que os quatro Guardiões percorreram para chegar até lá, que é fora do plano terrestre.

 

P.S. - Como podem ter percebido, os Cavaleiros de Bronze secundários não tiveram um papel crucial neste Capítulo. Quero manter a lógica de que os cinco principais estão em um nível superior, mas isso não significa deixar os outros "de lado". O momento de Jabu e seus companheiros vai chegar.

Editado por Killuminati
Link para o post
Compartilhar em outros sites

Para encerrar a leitura das Fanfics recentemente postadas aqui no Fórum...

 

Chegou à vez da Teomaquia!

 

O autor já começa satisfatoriamente sua história com uma apresentação sucinta que a antecede.

 

Seu cuidado e carinho para com sua obra tornam-se vivido em cada detalhe da mesma e em suas notas.

 

E como é ímpar a sensação de se deparar com um trabalho feito dessa forma.

 

Mais que meramente diversão, chega a ser um privilégio a constatação de cada minúcia mediante o prosseguimento da leitura.

 

Entre tantos pontos de vistas expostos pelo autor temos sua ambição de reproduzir, a sua maneira, uma ‘Saga do Olimpo’.

 

O pontapé inicial da trama se inicia onde o clássico de Saint Seiya encerra-se, ou seja, com a morte de Seiya e as tantas possibilidades do que poderia ter sido de Athena e dos outros Cavaleiros de Bronze (Shiryu, Hyoga, Shun e Ikki) e aqui o mais lógico, pegando a deixa da própria obra, nas páginas derradeiras do mangá, deduziu-se que os mesmos também pereceram junto do desmoronamento do Elíseos.

 

Contudo, Teomaquia não parte dessas premissas, mesmo servindo-se deste mesmo ponto cronológico. Assim como foi com o Prólogo do Céu e Next Dimension, mostra um Seiya catatônico numa cadeira de rodas sendo amparado por Saori. Também temos Hyoga, Shun e Ikki. A única ausência do quinteto de bronze vem por parte de Shiryu, que curiosamente em Teomaquia, não é mostrado e sequer acaba mencionado pelos outros. Algo, que particularmente, mesmo havendo uma nota do autor apontando tal fato, julguei estranhíssimo, pois era cabível uma menção ao menos de Shiryu, seja para justificar sua ausência, como foi com Ikki, ou sobre seu paradeiro.

 

Personagens secundários (como Seika, Jabu e Cia), terciários (Miho, Makoto e Cia) e até Mimiko do OVA de Éris, fazem sua vez na trama estabelecendo não só novos núcleos, que podem e devem ser explorados, como também suporte para os personagens principais e o próprio enredo da trama.

 

Além da inserção desses personagens com pouca relevância na obra de Saint Seiya, há, inclusive, uma preocupação do autor em estabelecer uma conexão com o mundo real daquilo que acontece mediante as consequências trágicas do embate dos Deuses e dos seus respectivos exércitos.

 

E aqui, aproveito, para parabenizar o autor pela inclusão desses dois fatores.

 

Sendo que a qualidade dos mesmos se fizeram notórias.

 

Voltando para o pontapé inicial de Teomaquia...

 

A divindade olimpiana escolhida para colocar, em ‘movimento’, toda história trata-se de Hera. Mesmo com toda preocupação e trabalho do autor ao redor da personagem, inclusive, se servindo de motes mitológicos, vindos de consagradas obras literárias que tratam do assunto para o seu embasamento, confesso que até aqui, Hera não me convenceu.

 

Aproveito até para apontar uma cena contraditória com relação a ela em suas atitudes quando a personagem, em vista que poderia ter dado cabo, sozinha, de George e Cia, quando pretendia adentrar o Mávrou Trýpa, não o fizera. No momento que lia imaginava que a Deusa tinha lá suas razões para fazê-lo, como que desejasse que Zeus e seus pares soubessem do seu feito, optando por apenas tirar George, Aslan, Roald e Nanuq do caminho e forçá-los a esse propósito, contudo tudo isso fora desconstruído mais a frente quando Hera voltara do Abismo da Escuridão com seus novos servos. Aqui, a Deusa não só permitira que Cérbero fizesse com eles o que quisesse, como repreendeu o mesmo por este tê-los deixado fugir, já que os Guardiões dos Ventos fatidicamente iriam avisar o Olimpo do ocorrido, fazendo com Hera perdesse o elemento surpresa. Oras, cá entre nós, se a Deusa não queria que isso ocorresse que tivesse eliminado-os quando tivera a chance. Bem lógico não acha?! A única explicação que vejo para essa contradição, sem recorrer para algo desconexo na personalidade de Hera, seria que o autor, ao mesmo tempo que queria demonstrar a superioridade da Deusa não queria também sacrificar, por meio disso, os quatro personagens que ele mesmo criara para a história. No entanto, há meu ver, falhara na argumentação e deixara na trama esse ‘buraco’.

 

Indo adiante...

 

Teomaquia além de manter, com competência, os predicados de Saint Seiya, trouxe a franquia, como inovação, ótimas aquisições que foram desde a aparição dos Guardiões dos Ventos: George, Aslan, Roald e Nanuq, os Autômatos de Hefestos ao Mávrou Trýpa. Termos como Makrá Teíchi, além de uma abordagem singular do Keravnós, que por sua vez aparecera com Céos no Episódio G de Okada e a aparição de Ikki com seu traje divino ao invés de uma regressão por parte desse como vimos no Prólogo do Céu e Next Dimension, também não passaram despercebidos.

 

Além do que foi dito, me cabe a constatação, e o apontamento desagradável, que tanto a formatação textual como essa mescla de linguagem de roteiro com a de romance para os diálogos e interações dos personagens não vem dando certo. Em alguns pontos a leitura se mostrou impraticável e muitas vezes me peguei voltando para reler o mesmo ponto devido a não conseguir determinar quem era quem.

 

Para encerrarmos queria deixar claro meu apreço pela história, que não só conseguiu prender minha atenção como me fizera nutrir apreço por ela. Faço votos que ao autor leve adiante este projeto, Teomaquia, e quem sabe, até consiga uma ascendência da qualidade do mesmo que já se mostra bastante considerável. Aproveito também para convidá-lo a me fazer uma visita nas Crônicas de Athena, onde, tanto como a presença do autor, seus possíveis apontamentos e opiniões do que leu, me seriam valiosos.

 

Forte abraço!

Editado por Leandro Maciel Bacelar
Link para o post
Compartilhar em outros sites

Ótimo Review. Já me sinto lisonjeado apenas pelo fato de você utilizar de seu tempo para comentar detalhadamente a minha Fanfic, e ainda mais por destacar os pontos positivos e fazer os questionamentos e críticas necessárias (adoro isso). Mas vamos lá:

 

Por favor responda, se assim desejar:

 

*Eu mencionei Shiryu na metade do Capítulo 3; quando Shun perguntava a Hyoga sobre seu paradeiro. Lá, é descrito que ele "desapareceu completamente" desde a vitória sobre Hades; ou seja, não veio mais visitar seus companheiros, e também não se encontra mais nos Cinco Picos de Rozan. Meu motivo para o "mistério" em torno do Dragão é por sua importância em um "gancho" da estória que começará a ser revelado a partir do próximo capítulo;

 

*Disse que iria explicar isso mais pra frente, mas pela necessidade, decidi fazê-lo agora:

 

-Na Grécia Antiga, principalmente na região do Peloponeso, o Culto à Deusa Hera a representava como uma divindade de três faces - A Garota (Paēs), A Mulher Adulta (Teleia) e A Divorciada (Khe). Cada uma dessas "faces" expunha seus diferentes "modos de agir", que às vezes entravam em conflito, resultando na grande "confusão" que era a Esposa de Zeus:

 

-A "Garota" era inconsequente e "brincalhona", deixando-se levar pelo momento ou pelas emoções - há inclusive uma passagem da Ilíada muito curiosa, onde Hera faz a Deusa Ártemis chorar ao dar sucessivos tapas em suas orelhas. Esta é sua faceta menos "violenta", a que leva tudo como brincadeira, preferindo humilhar seus opositores ao invés de matá-los (o que fez com George e co.);

 

-A "Mulher Adulta" era estrategista, sábia e prevenida. Sabia muito bem o que queria, e calculava todas as possibilidades; vencia o adversário em seu próprio terreno. Assim fez com Zeus, quando o prendeu e castigou por seu comportamento promíscuo (passagem encontrada em várias obras). Esta é a Hera mentirosa, manipuladora... que se aproveita das fraquezas de alguém para controlá-lo;

 

-A "Divorciada" talvez seja sua pior faceta. Movida pelo ódio, sentimentos de vingança e ciúmes, cometia todo tipo de atrocidades ou injustiças; além disso, não media esforços em tentar prejudicar a vida de seus desafetos, mesmo que para isso, tivesse que desestabilizar a Ordem, algo que tanto prezava. Hércules foi o que mais sofreu em suas mãos - assassinou sua mulher e filhos graças à uma poção preparada por Hera, o que o levou a viver em penitência, pagando por seus crimes e castigando a si mesmo, cumprindo 12 árduos trabalhos, que a Deusa fazia questão de atrapalhar quando podia.

 

Como isso será tratado na Estória? Bem...Hera terá três "fases". No momento, se encontra na primeira, mas já apresenta pequenas transições, provocadas por mudanças de humor - o leitor a verá "crescer", mas obviamente muito mais rápido do que uma pessoa normal. Na minha concepção, os Olimpianos em CDZ não encarnam da mesma forma; há variações de Deus para Deus. Eu fiz Hera como a "Cauda de um Pavão", que encarna frágil e visualmente nada imponente (sem necessidade de "nascer", como Atena), mas que de uma vez, "desabrocha" e mostra sua verdadeira forma.

 

Só para esclarecer, ela não encarnou naquele exato momento. Já estava em ação há alguns dias, inclusive maquinando certas coisas;

 

*Se observar o desfecho do Capítulo 2, verá que Hera encara com surpresa e indignação o fato dos Guardiões dos Ventos possuírem o Keravnós. Essa é uma técnica divina, uma "propriedade" de Zeus. Nunca um mortal deveria receber essa dádiva, muito menos sem o consentimento dos outros Deuses;

 

Ela não estava preparada para isso, o que denota seu estado inconsequente; tinha total segurança de que Cérbero eliminaria seus adversários (algo que certamente aconteceria se eles não utilizassem a técnica secreta para escapar). Além do mais, o fato de seu subordinado a tratar com honras lhe conquistou o coração, a fazendo sentar e assistir ao espetáculo. Sua confiança era de 100%, como a de uma criança.

 

Como já falei em uma de minhas "notas", grande parte da "Revolução" liderada por Hera parte de sentimentos incertos e puro desejo de vingança. Isso, muitas vezes, induz ao erro, e é um grande "erro" por parte da "Divorciada" que levará a um cataclismo impensável - o clímax final da estória.

 

*Sobre os textos, creio que o 4º Capítulo teve uma pequena evolução em relação aos outros, mas obviamente ainda está longe do ideal. Ao decorrer das publicações, tentarei melhorar sucessivamente a formatação e organização sem comprometer o entendimento ou criar "repetecos" desnecessários (meu maior problema atualmente), e desejo que a comunidade continue apontando o que seja preciso corrigir.

 

Esta semana terei alguns dias de folga. Espero que tenha tempo suficiente para ler e comentar as Fanfics de outros autores; sei que já venho prometendo isso há um tempo, mas realmente está difícil. Quando tenho a oportunidade de vir aqui, é por alguns minutos ou de manhã, logo quando acordo.

Editado por Killuminati
Link para o post
Compartilhar em outros sites

Olá, Killuminati! Comecei sua fic hoje. Seja bem vindo a aba! Qualquer dúvida, nós da moderação estamos aqui pra ajudá-lo. Segue os comentários:

 

Capítulo 1

 

Primeiramente, que foda a expansão dada ao Mavrou Trypà. Deixou de ser simplesmente um ataque do Cavaleiro de Prata de Lagarto e passou a ser uma dimensão própria onde as bestas se encontram. Não esperava que os Guardiões dos Portais fossem vencidos tão facilmente, mas tudo ficou melhor explicado quando a invasora era ninguém menos que Hera, que aliás, mesmo como uma criança, mostrou-se incrivelmente poderosa e imponente.

 

Gostei dela e aparentemente ela será a vilã da fic. Curti também o fato dela ter desperto diversas bestas mitológicas e agraciado-os com Armaduras Divinas (Não entendi muito bem se elas são as mesmas que conhecemos na franquia, ou seja, se pertencem a mesma classe ou não) das feras que eles são. Ansioso demais pelo próximo, embora eu tenha achado que Lâmia aceitou muito facilmente se submeter a esposa de Zeus.

 

Capítulo 2

 

Gostei bastante dos Guardiões dos Portais serem subordinados diretos de Zeus e do Keraunos ser uma habilidade deles. O mais interessante é que sinto uma atmosfera bastante medieval deles, não sei explicar direito, mas é algo que foge completamente da essência de Saint Seiya e se torna algo mais maduro e mitológico. Curto também essas orações antes de executar uma técnica divina, mostra que os humanos, mesmo os abençoados, ainda possuem um certo respeito e adoração pelas divindades.

 

A luta de Cérbero e os Guardiões me agradou bastante pelo modo como foi conduzida, com estratégias e golpes em conjunto, referenciando claramente que a união faz a força. Uma crítica que eu faço é que não há descrições sobre os personagens ou as vestimentas que eles trajam, o que prejudica muito a visualização das cenas enquanto leio a fic. Uma pergunta... O Cérbero apresentado é um humano ou a própria besta mitológica? E achei muito interessante a explicação para a origem da Barreira de Atena que protege as Doze Casas.

 

Capítulo 3

 

Gostei muito da contextualização do capítulo com relação aos humanos após a batalha contra Hades. Curti demais todo mundo no orfanato e como eles reagem com relação ao estado catatônico em que Seiya de Pégaso se encontra. Foi um capítulo de transição bastante necessário pra explicar e aprofundar mais ainda as relações dos personagens e seus desdobramentos. Fiquei curioso pelo paradeiro do Shiryu, desaparecido. Geralmente Ikki é quem está nesse estado.

 

Achei muito interessante o foco nos sentimentos do Makoto com relação ao Seiya e também ao uso da Seika, me remetendo aos planos originais do filme Prólogo do Céu que não foram adiante. Enfim, achei bem interessante um capítulo mais leve e voltado aos sentimentos dos personagens clássicos. Curioso pra saber quem chegou ao orfanato pra destruir a paz lá instaurada.

 

Lerei os próximos capítulos em breve, mas deixo explícito que gostei bastante da fic. Abraço!

Link para o post
Compartilhar em outros sites

Participe da conversa

Você pode postar agora e se cadastrar mais tarde. Se você tem uma conta, faça o login para postar com sua conta.

Visitante
Responder

×   Você colou conteúdo com formatação.   Remover formatação

  Apenas 75 emojis são permitidos.

×   Seu link foi automaticamente incorporado.   Mostrar como link

×   Seu conteúdo anterior foi restaurado.   Limpar o editor

×   Não é possível colar imagens diretamente. Carregar ou inserir imagens do URL.


×
×
  • Criar Novo...