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On The Edge of Breaking Down


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As imagens estão lindas, Renato. Principalmente o Templo da Água, onde a paisagem que encontrou combinou perfeitamente. Por dentro da estrutura, eu imaginei que fosse um salão com iluminação natural azulada proveniente das paredes de água que envolvem o local. Deve ser lindo um local daquele hahaha.

 

Capítulo 19

 

Gostei bastante do capítulo, embora mais uma vez tenha ficado chateado com Hanzo, Emma e Baltoro não terem aparecido. Acho que desde o capítulo 13 não os vemos e como eles são os personagens principais da história, acabo ficando um pouco desapontado em não vê-los por tanto tempo. Mas me surpreendi com o capítulo atual porque ele tocou em um ponto que eu particularmente tinha me esquecido - Que era o de Elize usando sua técnica contra Yaeger e com o final, principalmente.

 

Falando de Yaeger, acho que você construiu uma boa cena nessa parte, porque como eu citei, tinha esquecido de que Elize tinha atacado-o, então fiquei durante esse trecho todo tentando identificar se era um sonho, ou se Yaeger estava mesmo absorto em seus pensamentos, ou se as alucinações estavam tomando forma... As descrições não eram tão precisas para me ajudar a identificar e isso criou uma mística muito boa, porque causa a mesma sensação de confusão e incredulidade que o personagem está passando. Acho que foi o trecho onde eu mais pude me sentir imerso na cabeça de um determinado personagem até o momento na fic e já te dou os parabéns por isso.

 

Vemos que Yaeger sofre constantemente com o fato de ter assassinado seus pais, mesmo que acidentalmente e que o ato dele ter matado Sotyr também o atormenta, de certa forma, afinal de contas isso foi o estopim para que queimasse Nia Khera. Fico imaginando a mescla de sentimentos que o preenche e como ele não deixa que isso interfira em suas missões ou em momentos mais calmos. De certa forma (E não me crucifique por isso) eu o assemelhei ao Saga (/evil) só que claro, só na questão de perturbação mental, pois aqui eu considero Yaeger muito mais bem construído e desenvolvido.

 

Luke ironizando o estado de Yaeger quando o encontrou me rendeu boas risadas.

 

Aliás, falando nisso, eu não sei se chego a estar certo, mas com a descrição do final do capítulo - Envolvendo Maya - eu tive a impressão de que o que os Paradigmas controlam (Vazio, Sombras...) faz parte intrinsicamente ou da personalidade desses personagens, ou de como seus sentimentos se manifestam. No caso do Yaeger, sua técnica materializa seres amorfos e disformes feitos de sombras que ele mesmo disse que existiam dentro dele. Claro, pode ter sido apenas uma metáfora, mas parando pra pensar um pouquinho, essa relação entre o Vazio que Yaeger controla + sua técnica nos dão uma boa noção de como sua consciência age e se manifesta dentro dele. Não sei se me fiz entender. No caso da Elize, vemos que ela é completamente insensível com todos ao redor (Talvez não seja esse bem o termo, substitua por indiferente /lua), menos com aquele garoto que lhe deu a flor, cujo qual aparentemente deve ter morrido em algum momento e a deixou imersa em sombras por dentro.

 

Me surpreendi com Maya se alistando no exército, me trouxe a tona sensações desagradáveis /lua e seu entusiasmo também /lua mas ela pelo menos queria fazê-lo. Enfim, ela se encontrou com Luke - Aliás, que encontro predestinado. Ela está de frente com o homem que causou todo aquele caos que acarretou na morte de Hubbard. Aliás, fico pensando que ela vai acabar se afeiçoando ao Paradigma e talvez até se apaixone por ele, gerando uma circunstância dura para ambos, pois caso seja recíproco, Luke acabaria tendo que falar em algum momento e isso causaria um tremendo desconforto. Mas o cliffhanger com Maya possivelmente sendo uma Paradigma me agradou demais pela imprevisibilidade, pois jamais esperaria isso. É algo que pode render excelentes possibilidades no futuro, inclusive, mostra o quanto uma personagem até então civil, está crescendo substancialmente na trama. Parabéns Renato e abraços!

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Kagaho! Bom "vê-lo" por aqui novamente!   Pois é, mistérios. Início de fic, né? É um bom combustível para prender o leitor, e porque não me manter empolgado para continuar escrevendo   Bom saber que

Bom pessoal, não tenho intenção de postar fichas dos personagens, embora isso possa vir a acontecer futuramente. Postarei apenas imagens de alguns personagens. Alguns serão criados, e outros são visua

Bem, cá estamos nós com mais um post de imagens. Como de costume, posts assim antecedem em poucos dias o próximo capítulo! Então vamos lá, desta vez com muitas imagens! De personagens inéditos teremos

Ninos

 

O capítulo foi mesmo uma sequência dos eventos entre Yaeger e Elize. Quando Elize executa o Noir Daydream, ficamos sabendo que Yaeger é completamente atingido. Luke, neste capítulo atual, revela tê-lo encontrado desacordado do lado de fora do Palácio (aonde o "confronto" aconteceu). Daí podemos subentender que Yaeger apagou após aquele único golpe e ficou ali, até ser encontrado por Luke e ser levado aos seus aposentos. Este evento também se entrelaça com o retorno de Luke após os eventos no Templo da Água (lembre-se que Yaeger diz a Elize que Luke estava ausente).

 

A ideia com o devaneio do Yaeger sendo lançado de cara assim neste capítulo foi causar um momento de "pera, já vi isso antes" nos leitores, até que chegasse o momento de ter certeza do que se tratava.

 

Como havia esclarecido pelo chat, os acontecimentos começam a se distorcer quando Sotyr vai ao chão. No capítulo 1 ele tomba, usa suas últimas forças para conseguir olhar para sua família, e então morre. Nos delírios de Yaeger, o então Vestígio da Terra cai de joelhos, e daí para frente tudo muda. Ah, e só para que fique claro: como o próprio Paradigma do Vazio conta a Luke mais a frente no capítulo, tudo isso foi causado pelo golpe da Elize.

 

Durante os devaneios, temos uma pequena desconstrução de tudo que provoca o vazio dentro do Paradigma. Inicialmente temos uma família amorosa e unida, algo que ele jamais teve e que lhe atormenta desde a infância (tendo sido o estopim para vários de seus atos). O que ele faz? Destrói a família. Temos Sotyr, um valoroso e admirado guerreiro pertencente a uma classe entoada em lendas e canções de tons heróicos em todo o continente, algo que ele jamais foi e/ou será. Ainda por cima, este guerreiro mesmo tendo tudo que Yaeger não pode ter acesso, abriu mão de tudo isso para se dedicar a uma... família, conceito que Yaeger não consegue tolerar. O que ele faz? Toma a vida de Sotyr (descobrimos por Luke que o plano não era bem assim). Temos o vazio que ele sentiu por não receber amor de seus pais (ao menos ele pensava isso). O que acontece? Seus pais aparecem, e ele os mata impulsivamente antes que tivessem chance de lhe dizer a verdade. E por fim temos o homem que mais lhe desperta inveja, Yan, seu irmão gêmeo, que mais uma vez demonstra ser superior e o "mata", tanto com palavras como com sua espada.

 

Quanto à gradação da loucura, foi por dois motivos: primeiro por várias situações que o incomodavam apresentarem-se em sequência, e segundo porque nenhuma saiu do jeito que ele esperava. Mesmo que tenha matado Sotyr e sua família, teve que ouvi-los humilhando-o e rindo incessantemente na sua cara, como se todas suas motivações e atos fossem uma piada.

 

Digamos que o golpe de Elize tem um quê de Golpe Fantasma de Fênix, porém a Paradigma tem o dom de perceber as emoções e sentimentos dos outros (mas ela NÃO lê pensamentos, lembre-se). Ela apenas percebe culpa, remorso, angústia, felicidade, ansiedade, essas coisas. Seus golpes respondem à percepção que ela tem das emoções do adversário, e o atingem diretamente aonde são vulneráveis. Por ai. XD

 

Não curto tanto mastigar muito essas coisas aos leitores, mas acho legal que isso tudo fique mais claro.

 

Você esqueceu o nome do coitado do Seth. /lua Comece a comentar os capítulos quando não estiver morrendo de sono. /evil huahuahua zuando.

 

Legal que tenha considerado este capítulo um dos melhores nos quesitos de narração e descrições! Fazer esta cena toda do devaneio do Yaeger, e ainda interligá-la ao despertar dele, ao diálogo com Luke, à transição para a cena do exército e tudo o mais foi bem desafiador. Fico feliz que tenha gostado do resultado! ^^

 

Sim, Nia Khera foi destruída há dois anos na cronologia da fic.

 

Pelo que Gurad revelou ao Rein, o "rapaz de cabelos brancos" que o procurou buscava pela localização de Vestígios. Não houve menção específica a um ou a outro. E ainda segundo Gurad várias cidades/vilarejos vinham sendo atacadas (provavelmeeeeente pela busca dos Paradigmas aos Vestígios), e este foi o motivo principal dele ter feito uma opção tão ingrata por resguardar seu discípulo em troca da vida de Sotyr.

 

Detalhes se perdem mesmo, não tem jeito. Culpa do autor aqui, neste caso haha. Mas fico feliz de saber que você vai reler a fic após ela acabar. Só que quando eu terminar farei uns pequenos ajustes, claro. Principalmente nos primeiros 3 ou 4 capítulos.

 

Sim, Yaeger só descobriu que acabou matando seus pais naquele encontro com Yan. Você sabe disso, mas mais uma vez quis te confirmar haha.

 

Olha, Luke fica intrigado sim pelas habilidades da Elize, como fica claro mais à frente no diálogo. Mas quando ele disse "tampouco quero saber seus motivos", era mais porque as picuinhas entre Yaeger e Elize não o importam. Ele é uma pessoa muito focada, e acha aquilo tudo uma perda de tempo - ou pior, algo que pode atrapalhá-lo. Por isso não quis nem saber a origem daquele incidente, e apenas fez o alerta para que não se repetisse.

 

Será que a chave que foi liberada é a pedra? /pensa

 

Bom, ele encaminhou Seth ao Desígnio da Terra. Por que faria algo assim?

 

Sim, o "grandão" era o Weiss, que havia acompanhado Luke, mas permanecido do lado de fora do quarto de Yaeger.

 

Foi confirmado mesmo que Yaeger causou tudo aquilo em Sharilton. Na verdade era bem óbvio, porque tudo aconteceu em seguida à batalha entre ele e Yan. Vendo que o próprio lugar aonde Yan permanecia se encontrava destruído quando Maya chegou lá, era bem fácil ligar os pontos. Ainda mais porque Yaeger havia surtado após Yan revelar o que houve com seus pais.

Sobre o lance das armas, bem... Primeiro que este é um mundo fictício. Segundo que minha fic pega bastante inspiração de RPGs, principalmente os japoneses, aonde é comum vermos atmosferas totalmente medievais mescladas com tecnologias avançadas como naves, computadores, etc. No caso da minha fic, isso se apresentará de forma bem mais sutil. A atmosfera medieval sempre prevalecerá, mas já existem alguns tipos de armas de fogo. É apenas um detalhe, mas eu não pretendo fazer aqui uma representação 100% fidedigna a como foi a idade média em nossa história. Apenas me aproveito de sua atmosfera, de seu ar mais rústico, de muitas de suas limitações - o que não impede, porém, de haver uma cidade bem mais avançada (Fenmont).

 

O vazio pode significar a morte. Mas pode significar também o nada que resta quando o resto se "quebra", segundo o raciocínio do Yaeger (que por sinal é o Paradigma do Vazio). Enfim, apenas dando margem para teorias ai. Talvez as linhas de pensamento dele ao final do trecho do exército tenham algum significado, além de meramente dar um desfecho "poético" à participação do Paradigma neste capítulo. Talvez.

 

Meus milhões de tios precisam sumir ahhaha. Estão ali só para cumprir o propósito de separar os trechos mesmo, mas arranjarei algo melhor.

 

Sobre os papéis que foram usados para os alistamentos, concordo que pergaminhos teriam caído melhor. Foi algo tão sutil que não dei a devida atenção. Alterarei isso para a versão final da história (a que você irá reler no futuro hahah).

 

Maya de repente ser uma das Paradigmas é algo que abre muitas possibilidades, realmente, como você mesmo conjecturou. Luke provavelmente se manterá atento a isso. Hum... Teria ela sido atraída pelo Luke, ou se perdido no palácio? Curioso isso.

 

Sobre Luke ter tido a mesma sensação em Kanbalar, natural que você não se lembrasse. Afinal, foi no longínquo capítulo 2, e ainda por cima resumiu-se a duas linhas. Para sua comodidade, aqui vai:


"Foi neste momento que avistou à distância Hubbard e Maya em sua tentativa de libertar alguém que havia sido soterrado pelos escombros do que havia sido sua casa.

- Eu posso jurar que…senti algo vindo dali. Mas por que são os únicos que não estão se distanciando? Será que…?"

E em seguida Emma surge à sua frente, interrompendo seu raciocínio.

 

Vestígio do Ar. /evil hauahuahauahuah

 

Coloco o glossário e comentários em spoiler para não poluir a página. Puramente estético mesmo.

 

Enfim, desculpa a demora em te responder, mas gostei bastante dos comentários. Fico feliz que esteja curtindo e se envolvendo com a trama. Sempre bacana quando vocês teorizam, ligam os pontos, começam a imaginar como os personagens devem agir de acordo com o que foi apresentado até aqui de suas personalidades, etc e etc. Isso que serve de motivação para continuar escrevendo. /love

É isso. Até a próxima, e um abraço. ^^

Editado por Bizzy
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  • 3 semanas depois...

Capítulo 03 da OTEB lido.

 

Gostei imenso deste capítulo com as suas personagens com várias situações, emoções, frentes, pensamentos e motivações ao longo da sua história e acontecimentos passados.

 

A história ainda continua muito nebulada e cheia de mistérios com estes seres desconhecidos e juntado aos Vestígios de Maxia.

 

No entanto, não acho isso mau. Apenas é um comentário meu e espero saber mais daqui para a frente, conhecendo aos poucos a forma definida na cabeça do seu autor, o ficwriter Bizzy.

 

Abraços e parabéns.

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Kanbalar, região norte de Maxia

 

http://i1374.photobucket.com/albums/ag409/renatomunhozz/Kanbalar_zps1020c46a.jpg

 

 

 

- “Já se passaram dois dias desde que ele partiu rumo à Fenmont.”


Caminhando calmamente pelas estreitas ruas que se emaranhavam nos subúrbios da capital do Norte, seus olhos pareciam atentos a tudo o que ocorria ao redor.


- "Quem diria… Trevor, um General do Império.” - O sujeito leva uma das mãos à nuca e emite um suspiro. - “E eu, um Conselheiro oficial. Heh. Isso é ainda mais estranho.”


Acenava para vários cidadãos que encontrava, sempre exibindo um sorriso cordial. Todos estavam trabalhando muito, como havia se tornado rotina desde os ataques que destruíram grande parte da cidade.

Quadras se passavam enquanto o rapaz de figura magra e cabelos curtos e negros seguia por caminhos impossíveis a qualquer um que não conhecesse a fundo aquela região. Após algum tempo, ele interrompe seus passos diante de uma das muitas residências que jaziam arruinadas.


- “Lynn... Erik… Me desculpem. Não é justo que vocês tenham partido desta forma, enquanto eu continuo vivo por um mero acaso. Moramos juntos nesta casa, afinal.” - Os olhos de Tiz pairavam firmes e sérios sobre os destroços à sua frente. - "Fosse um outro dia qualquer, eu estaria junto com vocês quando tudo aconteceu."


Despertando-o de seus pensamentos, uma movimentação próxima dali lhe atrai a atenção.

Um grupo de trabalhadores era abordado por duas figuras vestidas em vastas batas brancas com adornos rubros. Em suas cabeças, vistosas mitras completavam os trajes.


- “Mas… O que eles estão fazendo aqui?” - Tiz observa com discrição. - “Estes homens sem dúvida pertencem à Igreja de Maxia. Faz muito tempo desde que algum deles apareceu por aqui.”


Se esforçava para conseguir ouvir algo da conversa entre os cidadãos e os enviados da Igreja, em vão. Havia muito barulho por conta da reconstrução da cidade.


- “Mesmo nos registros mais antigos de nosso mundo, a Igreja de Maxia sempre esteve presente, sendo mencionada como a responsável por manter a fé da humanidade na Justiça de Maxia e em seus Vestígios. Mas a instituição se tornou pouco ativa nos últimos tempos, provavelmente por conta dos ataques em várias cidades que vêm sendo atribuídos a ações dos Vestígios. As pessoas simplesmente perderam sua fé."


Percebendo que a conversa estava se encerrando, Tiz começa a se aproximar dos trabalhadores assim que os enviados se retiraram.


- "O que estes emissários poderiam querer aqui, afinal? Estariam tentando reerguer a Igreja?”


Um dos homens percebe a chegada de Tiz, e imediatamente lhe faz um aceno. O Conselheiro de Trevor respira fundo e coloca seu melhor sorriso no rosto.

- Olá, pessoal! Há quanto tempo! - Diz o rapaz magro tentando transmitir um tom de entusiasmo.

- Ora, ora! Vejam se não é o bom e velho Tiz! - Um dos homens lhe recebe com alguns tapas cordiais no ombro, enquanto os outros sorriem com simpatia. - Já faz bastante tempo desde que não nos reunimos para nos afogarmos em um barril de vinho!

- Bem, estamos todos trabalhando pesado ultimamente, não é? - Responde Tiz com um riso desconcertado.

- Tsc… Me responda quantas paredes você ergueu nesta semana? - Um outro intervém na conversa. - Todos estão comentando que você tem perambulado muito pela cidade, mas ninguém tem te visto realmente trabalhar!


- "Realmente, a decisão de Trevor por não me apresentar oficialmente como seu Conselheiro foi a mais sensata.” - Tiz pensava enquanto acompanhava os risos de seus colegas. - "Desta forma, consigo transitar pela cidade sem causar alvoroços nem ser tratado de maneira diferente”.


- Me desculpem por isso. - O Conselheiro volta a se pronunciar. - É verdade que tive alguns contratempos nos últimos dias, mas voltarei a ser mais útil! Mudando um pouco de assunto… Quando estava chegando, tive a impressão de que conversavam com emissários da Igreja.

- Sim. Admito que também estranhei quando os vi, já que fazia tempo desde que não davam as caras por aqui. - O primeiro a ter cumprimentado Tiz responde, com uma expressão desconfiada.

- É verdade. E o que estão querendo, afinal? Estariam tentando esclarecer a desconfiança da população em relação aos Vestígios de alguma forma? - Tiz aproveita a abertura para tentar descobrir tudo o que pode.

- Heh. Como se fossem conseguir chegar aqui com seus discursos vazios e mudar nossas opiniões. - O trabalhador volta a responder. - Mas não, foi mais simples do que isso. Apenas disseram que estão em busca de novos fiéis que estejam dispostos a propagar sua doutrina.

- E nós negamos prontamente, é claro. - Outro dos presentes se manifesta, completando o que dizia seu companheiro. - Mas o olhar que nos lançaram… Bem, posso dizer que não ficaram nada felizes com a nossa recusa.

- Igreja, Império, Vestígios… Nenhum deles reparará o que aconteceu aqui, e nem trará de volta as pessoas que perdemos. - O primeiro trabalhador diz com pesar. - Só queremos que nos deixem em paz.

A Igreja e seus enviados não voltariam a ser mencionados na conversa que se seguiu por mais algum tempo. Os sorrisos voltaram aos poucos após o encerramento daquele assunto desagradável, e entre algumas piadas e mais tapas nas costas de Tiz, ficou a promessa de se encontrarem em breve para uma conversa regada a cerveja e vinho.

A noite já chegava quando o amigo de Trevor se despediu de todos e tomou seu caminho de volta para casa.

 

 

- “Então só estavam em busca de novos fiéis? Mas nunca soube de qualquer movimentação deste tipo vinda da Igreja. De qualquer forma, o meu papel é conseguir informações. Repassarei tudo ao Trevor assim que voltar da reunião em Fenmont. Enquanto isso, me manterei atento ao que acontece na cidade.”

 

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Leronde, extremo Leste de Maxia

 

 

http://i1374.photobucket.com/albums/ag409/renatomunhozz/Leronde_zpszwc2xga8.png

 

 

- Não faça tanto barulho! Assim você vai acabar dando um susto nela!

 

- Eu sei, eu sei! Desculpa!

 

Duas vozes infantis sussurravam. As crianças passam com cuidado pela porta, abrindo-a devagar para que o rangido não fosse muito abrupto.

 

Adentram o cômodo e, nas pontas dos pés, dirigem-se para perto da única cama que lá havia.

 

- Vai! - Um deles, de cabelos loiros, cochicha enquanto puxa o colega pela camisa.

 

- Eu não! Vai você! - O outro, moreno, retruca.

 

Deitada sobre a cama, uma bela garota de pele alva repousava profundamente.

 

- N-nós combinamos que seria você a acordá-la! Está com medo? - Diz o loiro.

 

- Eu, com medo?! Você está até gaguejando!

 

O nervosismo acaba por fazê-los não conter mais suas vozes, que iam ficando mais sonoras com o passar da discussão.

 

- O que estão fazendo?

 

A voz feminina interrompe imediatamente as ações dos dois meninos, que percebem o que haviam causado.

 

- Senhorita Emma! Nos desculpe por te acordar desse jeito! - Ambos disseram simultaneamente.

 

- Ah… Tudo bem, tudo bem… - Reconhecendo-os como o filho de Angela e um de seus amigos, Emma retira delicadamente algumas das mechas de cabelos que cobriam seu rosto, jogando-as para trás de suas orelhas. Lentamente se põe sentada, para então emitir um longo bocejo. - Então já amanheceu. Mas ainda estou exausta…

 

Os dois garotos trocam alguns olhares acusadores, e então o loiro respira fundo e dá um passo a frente.

 

- Senhorita… Eu… Digo, nós pensamos que você talvez fosse gostar de saber que… - Parecia hesitar devido à timidez quando seu amigo lhe deu um leve empurrão no ombros para incentivá-lo. - O senhor Hanzo está de saída…

 

- O que? - Emma pareceu ficar mais desperta no mesmo instante. - Bem, ao menos ele teve a consideração de enviá-los aqui para me avisar, ao invés de simplesmente desaparecer como de costume.

 

- Er… Não é bem isso. - Desta vez o moreno se manifesta. - Nós o vimos já vestido e praticamente pronto para sair, então apenas achamos que…

 

- Achamos que você ia gostar de ter notícias dele! - O garoto loiro completa a frase do amigo, e imediatamente ambos se põe para fora do quarto apressadamente, rindo da situação.

 

Emma, com os olhos ainda cansados, permanece observando a porta entreaberta conforme os risos se distanciam.

 

- “Acharam que eu gostaria de ter notícias dele?” - Entendendo a brincadeira dos garotos, sorri. - “Crianças…"

 

 

Se colocando em pé, olha rapidamente pela janela.

 

 

- “Ainda está tão cedo, mas já há muito movimento na cidade. Realmente as pessoas daqui estão trabalhando duro para construir suas vidas.”

 

 

Subitamente, ao refletir sobre os trabalhadores de Leronde, a imagem do retrato de Angela com seu marido lhe vem à mente.

 

 

- “Então aqueles que nos atacaram eram, na verdade, homens como estes que estão aqui.” - Seu olhar se perde, distante, enquanto suas mãos se forçavam contra o batente da janela. - “Hanzo não pode saber disso. Jamais.”

 

O pensamento no Vestígio a faz lembrar do recado que os garotos haviam lhe dado. Prende rapidamente seus longos cabelos negros, e se dirige para o corredor.

 

A casa de Angela era bastante modesta, tal qual o padrão da região. Leronde, que até cinco anos atrás havia sido uma grande capital com bastante importância na economia de Maxia, fora completamente dizimada. Os moradores das áreas próximas, que sempre se beneficiaram muito do intenso comércio realizado na cidade litorânea, encontraram apenas uma grande área devastada.

 

Não havia nenhuma estrutura em ruínas. Os corpos de seus habitantes jamais haviam sido encontrados.

Dizer que a então capital do Leste havia sido destruída não transmitia a realidade situação.

 

A própria existência de Leronde havia sido eliminada.

 

Mas não para aqueles que deviam tudo o que tinham à cidade. Para eles, um novo começo seria necessário. Muitos migraram de vilarejos menores para se estabelecer e reconstruir Leronde.

 

 

- “Por quê aquele homem teria enviado Hanzo para um local assim?” - Emma pondera. - “Teria ele algo a ver com o que aconteceu aqui há cinco anos?"

 

 

Como que tendo suas pernas guiadas instintivamente através daqueles pensamentos, ela se apressa em direção à entrada da residência.

 

Vizinho ao seu quarto, com a porta fechada, estava o cômodo aonde Baltoro dormia. A jovem vinda de Kanbalar então segue em frente, mas interrompe seus passos imediatamente após alcançar o cômodo central da casa.

 

- Hanzo…

 

À sua frente, o Vestígio terminava de calçar suas botas, amarrando-as já na metade das canelas. Trajava calças negras e largas, uma camiseta também negra que se ajustava perfeitamente às linhas de seu corpo, e um colete branco com detalhes em dourado. Seus braços ficavam completamente expostos, exceto pelo esquerdo, que era envolvido por faixas que iam de sua mão até o cotovelo.

 

- Ah… Olá, Emma. - Hanzo percebe a presença da garota às suas costas e a cumprimenta, levemente desconcertado. - O que está fazendo acordada a esta hora?

 

Neste momento ele percebe os dois garotos escondidos atrás de uma das portas, imediatamente compreendendo a situação. Então, prossegue.

 

- Você deveria seguir o exemplo de seu irmão e descansar um pouco mais. A viagem que fizemos até aqui deve ter sido muito exaustiva para vocês.

 

- E quem é você para dizer algo assim? - Emma rebate com sua usual firmeza na voz. - Posso ver claramente que você não dormiu nada esta noite.

 

O rosto do guerreiro estava abatido, e seus olhos fundos denunciavam seu cansaço.

 

- Heh… Está tão na cara assim? - Hanzo relaxa os ombros, como que dando-se por vencido. - Bem, não é para menos. O local para onde estou indo hoje pode guardar respostas que irão alterar completamente a minha vida. Eu bem que queria ter descansado, mas como pode ver… Foi impossível.

 

- É aquele homem de novo, não é? Hotomaru. Ele lhe orientou a vir para Leronde, e agora mais uma vez diz para onde deve ir. - Emma questiona em tom intimidador. - Como desconfiei, sua saída ontem à noite realmente foi para encontrá-lo.

 

- É… Não dá mesmo para esconder nada de você, Emma. - O guardião de Maxia que controla o Fogo sorria suavemente. - Como eu lhe disse ontem na praia, Hotomaru parece mesmo me conhecer.

 

- Mas como pode ter certeza?

 

- Ele me disse… - Pela primeira vez naquela conversa, o Vestígio demonstra algum desconforto. - Ele me disse que…

 

- Diga de uma vez! - Emma se exalta.

 

Hanzo se põe em pé, ergue seus olhos na direção dos da garota e, esboçando um sorriso quase melancólico na face, conclui.

 

- … Que eu ter perdido minhas memórias foi um grande acidente.

 

Sem encontrar qualquer resposta ao que tinha acabado de ouvir, Emma não consegue sustentar seu olhar na direção de Hanzo.

 

- Mas escute… - Hanzo prossegue, com um tom mais animado em sua voz. - Está tudo bem. Eu já lhe disse que não faço questão destas memórias. Só preciso entender o porque isso aconteceu e… Emma?

 

O Vestígio interrompe suas palavras ao notar que Emma cerrava seus punhos com força enquanto seus olhos pareciam extremamente incomodados com algo.

 

- Emma, o que houve? - Ele insiste, sem obter resposta.

 

 

- “Pare de falar. Se não estiver disposto a ser sincero nem consigo mesmo, apenas fique quieto." - As palavras que seriam ditas aos brados ficam presas na garganta da jovem de cabelos negros, que mantém tudo para si. - “E além de tudo, como pode dizer estas coisas com esse sorriso idiota no rosto?"

 

 

- Bem… Se o que aconteceu com você foi um acidente como o seu amigo invisível disse, acho que não temos muita opção a não ser descobrir por nós mesmos. - Uma segunda voz masculina surge além do corredor. - Vamos, Hanzo. Nos diga de uma vez para onde estamos partindo.

 

- Baltoro! - Hanzo recepciona o rapaz, tentando disfarçar o desconforto com Emma. A garota permanece em silêncio. - Me desculpe, mas hoje vocês devem ficar por aqui.

 

- O quê?! - O jovem de cabelos castanhos escuros se surpreende.

 

- Já basta de colocá-los em situações de risco. - Hanzo se recorda do aparecimento das Manifestações do Fogo quando atravessavam os Bosques de Zhaira. - Não posso seguir sendo tão irresponsável.

 

- Tsc… Como sempre atraindo a responsabilidade de tudo para si. - Baltoro responde em meio a um bocejo. - Escute, você nos ofereceu a possibilidade de viajar com você para que não ficássemos reféns de um novo ataque em Kanbalar. Mas você não decidiu nada por nós.

Emma observa o irmão, atenta a cada uma de suas palavras como se fossem também as suas.

 

- Além do mais, Leronde poderia sofrer um ataque da mesma forma, não é? - Baltoro completa.

 

Hanzo se mantém em silêncio por um instante.

 

- Heh. Não tenho escolha, pelo visto. - O Vestígio passa a mão no rosto enquanto emite um suspiro. - Tudo bem, tudo bem. Neste caso, aprontem-se rápido. O nosso barco sairá em alguns minutos.

 

Sem nada dizer, Emma se dirige ao quarto aonde estavam seus pertences. Baltoro se vira em direção ao corredor mas, antes que se retirasse, ouviu Hanzo chamá-lo.

 

- Baltoro. Sobre a sua irmã…

 

- Ela estava incomodada com algo que você disse? - Notando a dificuldade do Vestígio em concluir seu raciocínio, o rapaz se antecipa, sorrindo. - Não se preocupe tanto em entender suas razões. Ela se importar com alguém a ponto de se alterar desta forma já significa o bastante.

 

Não demoraria muito para que todos estivessem de partida da humilde residência de Angela.

A praia de Leronde era próxima à região do vilarejo, de forma que em apenas alguns minutos puderam alcançá-la.

Ainda que o dia estivesse apenas começando, muitos pescadores já se encontravam por ali. O trabalho começava cedo para eles, então era necessário que preparassem suas canoas, redes e arpões devidamente.

 

Ao se aproximarem do litoral, o Vestígio e os dois irmãos que o acompanhavam escutam um dos pescadores gritando enquanto acenava em sua direção.

 

- Ei! Você, de cabelos vermelhos esquisitos! Já não basta ter me acordado no meio da noite para reservar esta viagem, e ainda me faz ficar aqui esperando? Vamos de uma vez, porque depois de deixá-los na ilha ainda terei um dia todo de trabalho pela frente!

 

- Eu sei, eu sei. Me desculpe por atrasá-lo em seus afazeres. - Hanzo se aproxima, se dirigindo ao pescador. - Como forma de compensá-lo por não ter chegado na hora combinada, gostaria de comprar esta canoa. Assim você lucra mais, e não precisa perder seu tempo com os trajetos. O que me diz?

 

- Heh. Para quem mal teve dinheiro para pagar esta viagem, como pretende pagar pela minha embarcação? - O homem questiona com um sorriso irônico.

 

- Embarcação? - Após ver o aspecto lastimável da canoa em que viajariam, Baltoro não se contém. - Como pode chamar isso de… ?

 

Emma esbarra com o cotovelo em suas costas para que se calasse. Baltoro olha para a garota incomodado por ter sido censurado.

 

- Bem, eu tenho uma proposta. - Hanzo retoma a negociação, ignorando o comentário inconveniente de Baltoro.

 

Passando uma das mãos por dentro da gola de sua camiseta, o guerreiro retira um colar que normalmente não ficava exposto. Preso a ele, um pequeno pingente esculpido na forma de um peixe reluzia em tons de bronze, o que conquistou de imediato o interesse do proprietário das barcas.

 

- Ei, Hanzo! Mas este não é o único pertence que você carrega desde que recobrou a consciência? - Baltoro tenta intervir, mas Emma mais uma vez o repreende.

 

- Hum… Vejo que você realmente possui algo que pode servir como moeda de troca. - A expressão na face do pescador havia se alterado completamente, agora não apenas se dispondo a aceitar a troca, como também ansiando por ela.

 

- Já que gostou tanto… - Com um movimento curto e firme, Hanzo puxa o pingente, arrebentando o colar que o prendia ao seu pescoço. Repousando o artefato na palma de sua mão, estende o braço na direção do homem. - … por que não olha mais de perto?

 

Não levou muito tempo até que já estivessem no mar, a bordo da canoa recém adquirida.

 

Apesar da disposição de Baltoro em ajudar, Hanzo insistiu em ser o único a remar, visto que para ele o esforço seria bem menor.

 

Emma observava atentamente todos os detalhes do cenário à sua frente. O céu já estava completamente azul, e a luz do Sol provocava infinitos reflexos no mar. Já não muito distante, a ilha se erguia no horizonte, como que aguardando por seus próximos visitantes.

 

De repente, um barulho rompe aquele momento de paz. Instintivamente Emma se vira.

 

- NÃO! - Hanzo levava as mãos à cabeça.

 

- O que houve?! - Questiona Emma, preocupada.

 

- Eu acabei me distraindo com a vista e… deixei um dos remos cair no mar. - A voz do Vestígio quase sumia.

 

- Tsc… Francamente… - Baltoro ironizava, enquanto sua irmã movia a cabeça em negação. - Bem, tenho certeza que o poderoso Vestígio do Fogo vai dar alguma utilidade para sua força e nos fará chegar até a ilha.

 

- Sim, sim… Darei um jeito! - Hanzo confirma, constrangido.

 

Posicionando o remo restante na extremidade traseira da embarcação e deixando-o completamente submerso, o Vestígio passa a movê-lo de um lado para o outro repetidamente. Empregando um pouco mais de sua força, pôde manter um ritmo parelho ao de quando manuseava os dois remos.

 

- Mas… O que te distraiu tanto, afinal? - O jovem irmão de Emma volta a se pronunciar.

 

- Estas águas… Me fizeram lembrar de um amigo que não vejo há muito tempo. - Responde em tom saudoso o guerreiro.

 

- Um… amigo? - O jovem de cabelos castanho-escuros mostrava-se curioso. Por conta da perda de memória de Hanzo, eram raras as situações em que ele teria alguma história a contar.

 

- Sim. - Prossegue o guerreiro de Maxia. - Seu nome é Rein, e ele é o Vestígio que controla a Água.

 

- Outro Vestígio? E aonde ele estaria? - Baltoro parecia se empolgar com a existência de outro guerreiro daquele patamar.

 

- Eu não teria como saber. Nos distanciamos muito, afinal. É curioso, pois as poucas lembranças que tenho de quando estávamos juntos não são das melhores, mas… - Hanzo se volta aos movimentos que fazia com o remo, dando as costas para seus dois companheiros. - … Ao mesmo tempo, ainda que não possa me lembrar de muito mais além disso, algo me dá a certeza de que passamos por muitos momentos bons, também.

 

Enquanto Baltoro seguia se mostrando animado com a novidade, Emma mantinha-se observando o Vestígio com o olhar firme por sobre um de seus ombros.

 

 

- “E ainda pôde me dizer que não se importa em recuperar suas memórias." - Lembranças da conversa que haviam tido na residência de Angela lhe vinham à mente. - “Até quando vai suportar tudo isso? Como pode sequer continuar seguindo em frente, negando seus próprios sentimentos desta forma?”

 

 

- Emma, há algo errado? - Hanzo se dava conta da expressão da garota.

 

- Não é nada. - Despista a jovem. - Estava apenas pensando que seria realmente vantajoso caso todos os Vestígios pudessem batalhar juntos.

 

- Além de você e de Rein, há outros que também herdaram os poderes da deusa Maxia? - Baltoro aproveitava a iniciativa da irmã para tentar descobrir ainda mais sobre os lendários guerreiros.

 

- Não se animem tanto. - Hanzo mantinha-se dedicado a remar, exibindo um semblante calmo. - Sei que Rein está vivo, pois posso sentir sua influência através das águas, mesmo que de forma sutil. Mas o Vestígio da Terra retornou ao fluxo do planeta há dois anos. Ele foi um grande homem, que sempre nos orientava como se fosse um irmão mais velho. Seu nome era Sotyr.

 

- Um Vestígio morreu? - Aquilo parecia ter podado toda a exaltação de Baltoro instantaneamente.

 

- Vocês presenciaram a capacidade destrutiva de um Paradigma. E a realidade é que não possuímos poder suficiente para combatê-los em igualdade. É por isso que decidi vir para esta ilha: se o que Hotomaru disse for verdade, passarei por um julgamento para que meu verdadeiro potencial como Vestígio seja liberado. Mas… Algo parece errado.

 

- E o que seria? - Questiona Emma prontamente.

 

- Esta ilha deveria conter uma grande concentração da essência vital do Fogo, caso esta teoria estivesse correta. Mas não consigo perceber nada que passe dos níveis normais do elemento.

 

- Bem, você só vai saber quando chegar lá. - Baltoro intervém. - Mas isso só vai acontecer se você se concentrar mais em remar, porque neste ritmo ainda estaremos aqui quando anoitecer!

 

- Ora… Desde quando você passou a me dar ordens? - O rapaz de cabelos ruivos sorri enquanto faz a embarcação avançar com mais velocidade.

 

Não levaria mais do que uma hora até que finalmente alcançassem a pequena ilha.

 

Desde os limites da praia estendia-se uma floresta que ocupava praticamente toda a extensão da ilha. No centro do local, porém, era possível identificar à distância uma elevação no terreno.

 

- Não há dúvidas. É para lá que devemos ir. - Hanzo tomava a frente do grupo, avançando sem hesitar.

 

Emma e Baltoro se entreolham rapidamente antes de segui-lo.

 

A mata virgem do local não lhes fornecia nenhuma rota, de forma que foi necessário abrir caminho por entre as árvores.

 

 

- “Esta sensação… Há algo errado neste local.” - Os passos do Vestígio seguiam firmes, ainda que o incômodo em sua mente tentasse lhe tirar o foco. - “De fato há uma grande concentração de essência vital nesta área. Mas por que a presença do elemento fogo aqui é tão escassa?"

 

 

Continuaram em frente sem que nenhuma palavra fosse dita. Os três eram tomados por pensamentos, expectativas e temores, cada um à sua maneira. Mas em momento algum vacilaram.

 

- Finalmente parece que estamos nos aproximando. - Baltoro quebra o silêncio ao notar que a região central da ilha já se encontrava bastante próxima. - Mas que tipo de lugar seria esse, afinal? Não parece haver nada de anormal por aqui.

 

- Não, vejam. O que é aquilo? - Emma aponta à frente. - Seria uma… passagem?

 

Intrigado, Baltoro tenta se aproximar, mas Hanzo se interpõe em seu caminho.

 

- Irei até lá verificar. Mas não se descuidem. Mantenham-se sempre próximos a mim, entenderam? - Ordena o Vestígio com firmeza.

 

A passos cautelosos, ele se aproxima de onde Emma havia indicado.

 

Ao chegar mais perto, se depara com uma abertura na própria estrutura rochosa do local. Nada era visível em seu interior, completamente tomado pela escuridão.

 

- Esta é a nossa entrada. - Hanzo inclina seu corpo na direção de Baltoro e Emma. - Venham. Iluminarei nosso caminho.

 

O guerreiro de cabelos ruivos adentra minimamente por aquele acesso e, com um estalar de dedos, faz sua mão esquerda envolver-se em chamas.

 

A iluminação revela um túnel estreito e cuja extensão não podia ser determinada. Mas, bem mais adiante, aonde as luzes já mal eram capazes de alcançar, algo chama a atenção de Hanzo.

 

 

- “Não… não é possível! Como poderia, em um lugar como este, haver…” - Seus olhos denunciam sua surpresa. - "… Gelo?!"

 

 

Imediatamente ele avança. A um gesto seu, Emma e Baltoro adentram a caverna, mantendo-se sempre alguns passos atrás do guardião de Maxia.

 

Alguns obstáculos dificultavam o avanço, como pilares rochosos formados pela união entre estalactites a estalagmites. Tornando o espaço ainda mais limitado, forçavam o trio a se esgueirar, o que provocou diversos rasgos em seus trajes e chegou a esfolar suas peles em alguns pontos.

 

- Que espécie de lugar seria este, afinal? - Baltoro tinha cautela a cada passo, sempre analisando as condições do terreno antes de qualquer avanço.

 

- O que quer que seja, o que nos aguarda ao final deste caminho não estaria aqui por um mero acaso. - Emma se esforça para passar por cima de uma elevação no solo. - Algo está sendo guardado de forma tão inacessível assim por um propósito.

 

Atento ao que havia lhe intrigado, Hanzo seguia tentando direcionar suas chamas aonde pensou ter avistado formações congeladas.

 

Um enorme pilar rochoso se ergue à sua frente, de forma que o espaço que restava parecia quase impossível de se passar. Após fitar o obstáculo por alguns instantes, o Vestígio estende sua mão para trás, detendo os passos dos dois irmãos que o seguiam.

 

- Esperem aqui. - O guerreiro já cerrava seu punho, olhando à frente.

 

- Espere, Hanzo! Você não está pensando em… ?!

 

Antes que Baltoro concluísse sua frase, a estrutura já havia sido praticamente pulverizada e seus destroços eram lançados no ar em todas as direções.

O portador da essência do Fogo mantém-se imóvel, aguardando a poeira gerada com a destruição baixar.

 

Após alguns segundos, a parte superior da passagem se torna visível, revelando a confirmação buscada por Hanzo.

 

- Então não havia sido mera impressão. As profundezas deste local estão realmente tomadas pelo gelo. - O pó seguia baixando, agora próximo a altura de seu rosto. - Venham, vamos em fren… !

 

Um par de olhos mórbidos lhe encarava fixamente a dois passos de distância.

 

- Mas o que… ?! - Por reflexo, o Vestígio dá um passo para trás, desequilibrando-se.

 

Com um sorriso doentio em sua face, o que parecia com a figura de um homem desprovido de qualquer racionalidade já havia se lançado contra o seu corpo antes que pudesse recobrar sua postura, conseguindo levá-lo ao chão.

 

- Hanzo! - Baltoro manifesta-se ao ver a criatura levando suas mãos ao pescoço do Vestígio.

 

 

- “Este homem… Não pode ser!” - Emma arregala seus olhos conforme compreende o que vê. - “Então aqui também… ?!“

 

 

- Fiquem onde estão! - Hanzo se pronuncia com esforço. - Este ser é uma Manifestação!

 

A expressão de Baltoro é tomada pela apreensão enquanto Emma, sabedora que era da natureza daquela entidade, permanecia perplexa.

 

Intensificando as chamas em seu braço esquerdo, o manipulador do Fogo segura seu oponente pelo pulso, fazendo com que a dor lhe arrancasse um grunhido quase selvagem. O Vestígio se aproveita do momento e consegue aplicar um chute que lança aquele ser contra o teto do local.

 

Hanzo já se reerguia no momento em que o corpo da Manifestação tombava violentamente contra o solo.

 

Emma e Baltoro se aproximam cautelosamente conforme o Vestígio parecia preparar o golpe final.

 

- Hanzo… ! - A jovem nascida no Norte dá um passo a frente no momento em que o guerreiro erguia seu punho contra a criatura indefesa. A continuidade da frase fica presa em sua garganta.

 

O Vestígio contém o ataque e inclina seus olhos esverdeados na direção da garota, incomodado com a situação.

 

- Irmã, o que houve? - Baltoro intervém.

 

 

- “Não. Eu não posso revelar a verdade.” - Emma retrai seu avanço. - “Sabendo da forma como Hanzo se culpa pelas vidas que não conseguiu proteger, não há como saber a forma como reagiria ao descobrir que os seres que tem eliminado até agora são, na verdade, pessoas comuns.”

 

 

- Emma. - Hanzo fitava com desprezo a Manifestação que se debatia aos seus pés. Sua aura rubra se expande por todo seu corpo. - Se tem algo a me dizer, faça isso agora.

 

Não se permitindo expor o que sabia, a garota cerra seus punhos e dá um passo para trás.

 

Entendendo que não seria respondido, Hanzo prossegue. Sem hesitar, pisa na cabeça da criatura, que grita de forma ensurdecedora conforme seu crânio recebia uma pressão insuportável.

 

Baltoro apenas fechava os olhos, esperando que tudo aquilo acabasse de uma vez. Emma, por sua vez, não se permitia desviar o olhar.

 

 

- “Hanzo… Não faça isso!” - Seu incômodo crescia conforme a Manifestação se aproximava de sua morte. O Vestígio parecia não esboçar qualquer sentimento. - “O quanto você não irá sofrer caso um dia descubra… Por favor, pare!"

 

 

Não havia o que ser feito. A jovem de longos cabelos negros sabia que não poderia contar a verdade ao guerreiro, então apenas torceria para que, por algum motivo, aquilo acabasse sendo interrompido.

 

A próxima coisa que perceberia seria o som da cabeça da Manifestação sendo partida contra o solo.

 

Baltoro tensionou todo seu corpo, ainda recusando-se a testemunhar a cena à sua frente.

 

Emma permanecia completamente estática. Por um breve momento, seus olhos pareceram marejar.

 

 

- “O destino destas pobres pessoas já foi selado, e não há nada que possa ser feito para mudar este fato.” - Uma voz feminina ecoa subitamente na mente de Emma.

 

 

- “O quê… ?! Quem disse isso?” - A garota busca a origem daquelas palavras, sem entender. Hanzo e Baltoro não pareciam ter notado qualquer coisa.

 

 

- Emma. Baltoro. Afastem-se. - As palavras firmes de Hanzo recobram a garota de seus devaneios. - Temos mais companhia.

 

Surgindo das profundezas do túnel, inúmeros pares de olhos se iluminavam com os reflexos das chamas de Hanzo.

 

 

- “Não há nada que possa ser feito?” - Emma pondera sobre as palavras que acabara de ouvir, ainda que não compreendesse quem as teria dito. Seu olhar parecia esvaziar-se.

 

 

- Não lhes darei a chance de atacar. - O Vestígio ergue seu braço esquerdo à frente. - Pyro Storm.

 

O comando proferido de forma impassível provoca um turbilhão incandescente à sua frente, incinerando tudo o que se encontrava em seu caminho.

 

- Vamos. - Hanzo ordena aos seus companheiros, imediatamente retomando a caminhada rumo aos limites daquele trajeto.

 

Emma ainda refletia sobre o que acontecia quando sente Baltoro tocar seu ombro suavemente.

 

- Venha, Emma. - Seu semblante era sereno, apesar de tudo que havia ocorrido. - Nós viemos até aqui cientes de que algo assim poderia acontecer. Não podemos hesitar agora.

 

Ela observa enquanto seu irmão toma o mesmo rumo de Hanzo. Reúne então o que restava de sua convicção, ergue o rosto e segue os passos de Baltoro.

 

Eles prosseguem sem que mais nada inesperado se colocasse em seu curso. Quanto mais avançavam, mais o interior daquele acesso subterrâneo era revestido com camadas de gelo.

 

Após algum tempo, aonde o percurso parecia finalmente se encerrar, uma fenda estreita surge.

 

- Finalmente chegamos. - O Vestígio toma a iniciativa, ainda que não fosse possível ter uma ampla visão do que haveria além daquele ponto.

 

Um a um, eles atravessam a abertura. A visão que se revela os deixa perplexos: cristais imensos pareciam emitir uma luminosidade própria. Seus reflexos azulados e púrpuras espelhavam-se uns nos outros e reluziam com um certo movimento por todo o ambiente, que mostrava-se amplo e revestido pela mais pura neve.

 

No centro, em um patamar mais elevado, algo lhes atraiu ainda mais a atenção: um grande bloco retangular de gelo, desprovido de quaisquer imperfeições, estava fincado no solo.

 

Lentamente se aproximam para checar a estrutura.

 

- Aquilo é uma… - Baltoro se antecipa em dizer o que todos percebiam. - … Lápide?

 

- Que perspicaz da sua parte, humano.

 

A voz de timbre infantil e repleto de sarcasmo ressoa por todo o ambiente, de forma que identificar sua origem se tornava impossível.

 

Emma e Baltoro olhavam em todas as direções, mas Hanzo manteve seu olhar fixo em direção à lápide.

 

- Vejo que não há como omitir minha presença com você por perto. - A voz aguda é ouvida mais uma vez. - Não é mesmo, Vestígio do Fogo?

 

- Revele-se de uma vez. Quem é você?! - O guerreiro imediatamente adota sua postura de combate. Emma e Baltoro mantinham-se próximos a ele.

 

Passos são ouvidos, e por alguns segundos nada foi dito.

 

Por trás da formação congelada posicionada no coração daquele local, uma criança surge, caminhando calmamente. Seus cabelos possuíam uma tonalidade lilás, e suas pontas encaracolavam-se na altura de seus ombros. Trajava um delicado vestido de tons azuis claros, cor semelhante a da aura que emanava ao redor de seu pequeno corpo.

 

- Este local foi erguido a partir do poder da essência vital que aqui repousa. Devo lhes dizer que esta é a primeira vez que recebemos visitas neste túmulo. - A jovem garota, com um sorriso no rosto, aponta de forma desafiadora em direção aos seus hóspedes.

 

Às suas costas, incontáveis Manifestações saíam das sombras.

 

 

- Sendo assim, preciso recepcioná-los devidamente. - Completa. - Sejam bem vindos ao Templo do Gelo.

 

 

 

Mapa de Maxia atualizado

 

http://i1374.photobucket.com/albums/ag409/renatomunhozz/Mapa%20Completo_zps9om1kjvg.jpg

Editado por Bizzy
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Magnífico! (somente dessa forma, na minha concepção, se faz possível iniciar-se o comentário deste Capítulo Vinte.)

Olá, Bizzy...

 

Rapaz, que coisa esse Capítulo Vinte.

 

Embora o capítulo tenha ficado extenso, para os padrões convencionais dos demais que o antecedem, a dinâmica e a imersão obliteraram isso de tal forma que quando ele se deu por encerrado acabei desapontado porque queria ler mais. Aliás, só fui me dar conta do tamanho do capítulo depois que fui voltando no texto à procura de algumas partes que desejava reler.

 

Devo parabenizá-lo pela manutenção do ótimo desenvolvimento da trama. Mais e mais a história vai ganhando seus contornos e as coisas se encaixando.

 

Senão bastasse o êxito do que foi descrito acima, o autor ainda consegue manter as ‘partes cotidianas’ de que tanto gosta (leia-se a passagem com Tiz), manter as ‘partes humanas’ (leia-se Emma sendo acordada pelas duas crianças e a mesma ocultando de Hanzo a identidade das Manifestações que esse eliminava sem qualquer hesitação, pois os mesmos eram pessoas comuns, como a própria Emma constatara antes na residência da senhora que os receberam, e como Hanzo sofreria com essa verdade, sendo tomado pelo remorso), trabalhar a interação/relação dos personagens (leia-se Emma e Hanzo onde considerei magistral a forma como o autor intercalou os pensamentos da personagem com suas falas em momentos onde esses discordavam), agregar novos elementos (aqui se leia a Igreja de Maxia e sobre esse ponto queria perguntar ao autor se a ideia ao culto de Maxia já havia desde quando pensava no universo da ‘história’ ou se a mesma só lhe recorreu de pouco e por isso, só agora, vinte capítulos depois, foi mencionada) e por fim, a inclusão de elementos surpreendentes que culminou de ao invés termos um Templo do Fogo, como seria o de se esperar, termos o Templo do Gelo.

 

Sinceramente estou muito ansioso pelo próximo e posso dizer que valeu toda a espera para ver Hanzo, Emma e Baltoro novamente.

 

Para encerrarmos, caso me permita uma sugestão o autor, creio que seria interessante, e passaria uma sensação de detalhamento e realidade, descrever a distância precisa entre os locais do Continente de Maxia.

 

Bom... sugestão dada. Abraços, Bizzy e mais uma vez deixo a cá os meus parabéns pelo trabalho mais que bem feito.

 

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Magnífico! (somente dessa forma, na minha concepção, se faz possível iniciar-se o comentário deste Capítulo Vinte.)

 

Olá, Bizzy...

 

Rapaz, que coisa esse Capítulo Vinte.

 

Embora o capítulo tenha ficado extenso, para os padrões convencionais dos demais que o antecedem, a dinâmica e a imersão obliteraram isso de tal forma que quando ele se deu por encerrado acabei desapontado porque queria ler mais. Aliás, só fui me dar conta do tamanho do capítulo depois que fui voltando no texto à procura de algumas partes que desejava reler.

 

Devo parabenizá-lo pela manutenção do ótimo desenvolvimento da trama. Mais e mais a história vai ganhando seus contornos e as coisas se encaixando.

 

 

Fala, Leandro! Tudo certo?

 

Cara, fico bem feliz com tua reação ao capítulo. Sabia da tua espera pela reaparição de Hanzo, Emma e Baltoro, e claro que isso me deixou na expectativa por saber o que você acharia.

 

Sobre o extensão do capítulo, havia até comentado com o Nikos que este seria o maior da fic até então, mas que tentaria compensar o tamanho com uma dinâmica entre os eventos e tudo o mais. Saber que este fator, aliado à imersão, te fizeram perceber que o capítulo era grande somente após terminá-lo me deixa bem satisfeito. Como comentei com ele, até poderia ter encerrado o capítulo antes, mas achei fundamental que os personagens alcançassem o Templo do Gelo no final. Encerrar com eles no meio do caminho deixaria tudo meio "sem sal", e não proporcionaria uma recompensa ao leitor.

 

 

Senão bastasse o êxito do que foi descrito acima, o autor ainda consegue manter as ‘partes cotidianas’ de que tanto gosta (leia-se a passagem com Tiz), manter as ‘partes humanas’ (leia-se Emma sendo acordada pelas duas crianças e a mesma ocultando de Hanzo a identidade das Manifestações que esse eliminava sem qualquer hesitação, pois os mesmos eram pessoas comuns, como a própria Emma constatara antes na residência da senhora que os receberam, e como Hanzo sofreria com essa verdade, sendo tomado pelo remorso), trabalhar a interação/relação dos personagens (leia-se Emma e Hanzo onde considerei magistral a forma como o autor intercalou os pensamentos da personagem com suas falas em momentos onde esses discordavam), agregar novos elementos (aqui se leia a Igreja de Maxia e sobre esse ponto queria perguntar ao autor se a ideia ao culto de Maxia já havia desde quando pensava no universo da ‘história’ ou se a mesma só lhe recorreu de pouco e por isso, só agora, vinte capítulos depois, foi mencionada) e por fim, a inclusão de elementos surpreendentes que culminou de ao invés termos um Templo do Fogo, como seria o de se esperar, termos o Templo do Gelo.

 

Sinceramente estou muito ansioso pelo próximo e posso dizer que valeu toda a espera para ver Hanzo, Emma e Baltoro novamente.

 

Pois é, as partes cotidianas sempre irão permear a fic. Afinal, nem só de batalhas e drama se vive um Vestígio, um Paradigma ou um General. Sem estes trechos acho que se perderia muito da alma dos personagens.

 

Sobre as partes humanas, bem, é como sempre digo: esta fic é essencialmente sobre as jornadas dos personagens. Digamos que a trama central é importante, mas está lá para provocar tal jornada mais do que para ser o foco central da fic. Por isso, como o Mark disse uma vez, meus personagens "são muito pensativos". Eu poderia explicar as percepções da Emma através de trechos narrativos, mas prefiro que o leitor sinta as coisas junto à personagem ao invés de simplesmente ler uma descrição fria e imparcial do que ela sentiu. Ou ao menos é o que tento fazer, sempre que possível.

 

O aspecto de interação entre os personagens vai ao encontro de tudo isso. Gosto muito de escrever trechos que, mesmo simples, foquem nisso. Exemplo: quando Trevor e Tiz foram tomar cerveja no bar. Curti demais escrever aquele trecho, mesmo que bem pacato e sem grandes acontecimentos. Por mim a fic teria bem mais destes trechos, mas tento achar um ponto de equilíbrio para que as coisas não fiquem enfadonhas aos leitores.

 

Por fim, novos elementos também precisam ser introduzidos na trama. Sobre o que você questionou da Igreja de Maxia, eu não tive a ideia assim que iniciei a fic, mas também não foi muito tempo depois. Diria que foi lá pelos capítulos 5, 6, quando eu realmente parei para construir e expandir todo o universo da fic, pegando todas as ideias soltas que eu tinha e deixando-as organizadas. E é como o Tiz disse: fazia tempo que os emissários não apareciam, visto que o Império está empenhado em difamar os Vestígios e a fé que as pessoas tinham neles está ruindo rapidamente.

 

Hanzo já vinha achando estranho que os níveis da essência do Fogo daquela região eram baixos, ou no máximo estavam dentro da normalidade. Estava bem ansioso para revelar a natureza daquele lugar como sendo do Gelo, por isso insisti em fazer um capítulo maior para que pudesse alcançar o momento da revelação.

 

 

 

Para encerrarmos, caso me permita uma sugestão o autor, creio que seria interessante, e passaria uma sensação de detalhamento e realidade, descrever a distância precisa entre os locais do Continente de Maxia.

 

Bom... sugestão dada. Abraços, Bizzy e mais uma vez deixo a cá os meus parabéns pelo trabalho mais que bem feito.

 

 

Então, a minha ideia ao incluir o mapa na fic era justamente dar essas noções de posicionamento geográfico e distância entre os locais para vocês.

 

Mas vou dar uma pensada na sua sugestão sim, Leandro. Por enquanto não direi que sim nem que não, mas de fato é uma ideia interessante e que daria mais realismo mesmo.

 

 

Bem, é isso. Valeu mais uma vez pela presença por aqui, Leandro!

 

Grande abraço e até a próxima! ^^

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  • 2 semanas depois...
  • 4 semanas depois...

Ninos

 

Nossa cara, postei o capítulo no final de novembro, vc comentou vinte dias depois, e eu estou respondendo quase um mês depois disso. Meu final de ano foi bem louco no sentido de ficar sem rotina, coisas malucas acontecendo a todo tempo, viajei, comprei um cachorro, trabalhei para c@#$%@, problemas diversos, etc e etc.. Enfim, isso sou eu tentando justificar o injustificável. XD

 

Mas vamos lá às (tardias) respostas!

 

Vídeo 1

 

Sim, mudamos para outro "arco" agora, embora estejamos ainda dentro do "Arco dos Templos" ou algo assim. Não curto segmentar tanto a história com rótulos, porque no fim das contas temos vários eventos com fins diferentes acontecendo simultaneamente, mas se fosse para dar um nome ao arco, seria este.

 

Que bom que achou o trecho do Tiz interessante e bem desenvolvido. Foi curto porque enfim, o personagem não é, pelo menos neste ponto da trama, tão relevante, e segundo que as informações que precisavam ser transmitidas eram breves mesmo. Esticar o trecho seria desnecessário e talvez o tornasse enfadonho.

 

Tiz se tornou os olhos e ouvidos de Trevor em Kanbalar, então precisa mesmo estar sempre atento a tudo, e fazendo contato com os habitantes.

 

A Igreja de Maxia não havia sido mencionada nenhuma vez ainda. Eles estavam bastante quietos após a difamação aos Vestígios propagada por Nero e seus Generais por toda Maxia. Sobre você ter sentido falta dos "discursos", a quais você se refere exatamente? Se tiver se referido ao que os emissários falaram aos cidadãos, apesar do teor da conversa não ter sido exposto, um deles explica ao Tiz que foi tudo bem simples e objetivo: os enviados estavam "em busca de novos fiéis dispostos a propagar a doutrina". E foi informado também que eles não pareceram muito contentes com a negativa recebida. Não havia mais o que revelar sobre a conversa, pois se tratou apenas disso. Já as motivações da Igreja não ficaram claras neste momento mesmo. Aqui eles apenas tiveram sua introdução na trama, e quis mostrar que estão ativos e com algum objetivo que ainda não temos informações suficientes para compreender.

 

As pessoas perderam a fé, mas as de Kanbalar estão com um sentimento mais característico, que foi exposto tanto neste trecho quanto no que Trevor fez seu pronunciamento, alguns capítulos atrás: elas só querem ficar em paz. Não estão comprando o ódio contra os Vestígios, sendo cegos pelos discursos do Império, e tampouco mantém qualquer fé nos guerreiros de Maxia. Só querem reconstruir suas vidas e nunca mais passar por nada daquilo. Apenas um detalhe, mas vale ressaltar já que isso dá uma certa identidade aos habitantes do Norte. Você até comentou isso mais a frente no vídeo (voltei neste ponto para citar isso). E que bom que curte ver esse tipo de coisa por conta da maior sensação de realidade.

 

Sobre as interjeições, já falamos bastante sobre isso e vou prestar mais atenção. Como te disse, é um problema que vem com as inúmeras revisões que faço. Às vezes reviso algum trecho mas não leio o que vem antes ou depois, gerando assim alguns "heh" consecutivos. Vou dar uma maneirada! XD

 

Finalmente abandonei os tios! XD hauahuahuha Já estava mais do que na hora. Que bom que curtiu a bússola, que inclusive faz parte da logo da fic.

 

Nossa, já escrevi pra caramba. Medo do quanto vou escrever para o trecho do Hanzo. Ah, e da próxima vez não leia um capítulo pela primeira vez quando estiver morrendo de sono... É chato ter uma primeira impressão ruim do capítulo e depois ter que "remendar" essa sensação com uma segunda leitura. Leia quando estiver realmente disposto, porque a tendência sempre será conseguir curtir mais.

 

"Eles vão lá... Vai indo, vai indo, vai indo..." Obrigado por atentar aos detalhes. /evil hahaahahah

 

Legal que curtiu o trecho da casa da Angela. Esses trechos pacatos são sempre um desafio, porque o risco deles ficarem chatinhos é bem considerável. Por isso tentei trabalhar bastante a dinâmica, conforme já tinha comentado com você também. Que bom que aparentemente deu certo.

 

Esse capítulo focou bastante em humanizar a Emma, como você mesmo apontou. O Baltoro está ficando mais saidinho, aos poucos. Não diria chatinho, necessariamente. Primeiro ele interveio num momento em que a conversa entre Hanzo e Emma (que ele provavelmente estava ouvindo ali na dele) se encontrava num momento de bastante tensão. Ele entrou aliviando o clima, mudando de assunto, e ainda terminou com um conselho a Hanzo com relação à sua irmã. Quando ele se irritou durante a negociação com o barqueiro, não foi por chatice, visto que o cara estava nitidamente dificultando a negociação por ganância, mas sim falta de habilidade em situações sociais. Ali, ele apenas pecou por excesso de espontaneidade. Lembremos que ele tinha uma vida social semi-nula em Kanbalar, sem amigos e tudo mais, então esta é uma habilidade que ele realmente precisa desenvolver com o tempo.

 

Sobre as passagens de tempo, como também já conversamos por chat, foram intervalos aonde nada aconteceria. O Hanzo mostra o pingente ao barqueiro, e na 'cena' seguinte já estava no barco. Fica subentendido que o barqueiro fechou o negócio no ato (o desejo dele pelo objeto foi explicitado na narração), e depois disso o trio apenas se dirigiria ao barco. Fosse uma mídia visual, esse corte deixaria tudo bem fácil de entender, e talvez por ter imaginado dessa forma eu tenha julgado ser a melhor opção. Se ficou meio estranho, vou analisar com mais cuidado em uma próxima situação. De qualquer forma, obrigado por sempre estar dando sugestões de melhorias! Sempre acaba ajudando.

 

Vídeo 2

 

UFA. Que bom que citou o fato da cidade ter sido atacada há cinco anos. Apenas reforçando algo que foi já dito e repetido na fic (tanto neste capítulo quando Emma está sozinha olhando pela janela, quanto nas informações de Angela na conversa com a jovem anteriormente), Leronde foi extinguida sem deixar qualquer rastro - nem ruínas, nem cadáveres, nada.

 

Legal que lembrou de quando algo que aconteceu há cinco anos também foi mencionado no diálogo entre Luke e Rein. O Vestígio da Água imaginou que o Paradigma estivesse morto, lembra? Hum... /pensa

Eu fico te relembrando desses detalhes porque sei que com minha falta de periodicidade o leitor esquece de muita coisa. Infelizmente, porque esses detalhes é que fazem diferença na condução e evolução da trama e seus mistérios. Mas ai não tem o que fazer, a culpa é minha mesmo. -_-

 

O lance do pingente do Hanzo não foi para trollar ninguém não hahahah. Não se preocupe quanto a isso. Se ele vai ter alguma importância ou não, é algo que só o tempo dirá.

 

Bom, aqui você comentou de novo sobre a mudança de cena depois da negociação. Já expliquei ai acima.

 

A cena do remo caindo foi uma trapalhada do Hanzo mesmo. Se distraiu ali enquanto olhava para o mar e lembrava do Rein e acabou derrubando.

 

Hanzo se lembrou do Rein, mas até que ponto? Ele mesmo diz que as poucas lembranças que tem do antigo companheiro não são lá muito boas. Então sabemos que ele tem memórias a partir de, ou até certo ponto. Não é como se ele só tivesse voltado a reter alguma lembrança após estar na casa de Baltoro e Emma. Mas tudo isso sobre o passado do guardião do Fogo ainda é muito nebuloso para teorizarmos.

 

"Eles chegaram até a ilha, ilha, ilha..." - NINOS em seu momento compositor de axé.

 

A caverna foi necessária para dar uma sensação que eles estavam indo rumo às entranhas do planeta. Não foi tão profundo assim, mas quis dar essa sensação de ser um lugar completamente soterrado e isolado mesmo.

 

Não confia no Hotomaru? Coitado do bom velhinho. -_-

 

Achei legal suas descrições da parte do Hanzo contra a Manifestação como "tensa, dolorida e agoniante". As sensações que eu quis passar foi justamente essa. Emma ficou num dilema absurdo quanto a isso. Na verdade, desde que encontrou o retrato de Angela com seu marido, que havia sido morto por Hanzo anteriormente.

 

Quem é a voz feminina ouvida por Emma? Descobriremos em breve. Sobre tudo ser "de Maxia", bom, foi uma forma - um pouco repetitiva, talvez - que encontrei de fazer o leitor conseguir facilmente associar os elementos e termos da trama que são provenientes da deusa e/ou das terras de Maxia. Como há muitos termos diferentes, como Vestígios, Paradigmas, essências vitais, Desígnios, e por ai vai, julguei que seria mais facil do leitor ligar uma coisa a outra fazendo desse jeito. É fácil relacionar tudo que for "de Maxia" a algo ligado a deusa ou baseado nela, e o que não for "de Maxia" a algo alheio à deusa.

 

VESTÍGIO DO AR. /arma /evil

 

"Dai eles vão continuando seguindo... aquele acesso... vai seguindo o gelo, o gelo, o gelo, o gelo..." - NINOS, o conciso. Hahahahah

 

Ahhh, locais com gelo e cristais normalmente vão ter esse tipo de coloração, vai. XD Não foi invenção do MESTRE, né? hahahah

 

UFA (de novo)... ainda bem que percebeu que o "objeto retangular" era uma lápide. Sobre a natureza disso, descobriremos no próximo capítulo. Sim, a criança é uma garota. O cabelo a la anime é porque imagino minha fic como se fosse um, mesmo hahah. Cabelos coloridos ajudam horrores na identificação estética dos personagens. Escrever uma história aonde metade dos personagens é morena e a outra é loira limita muito as descrições.

 

Cara, tenho a sensação que já expliquei que o mapa foi algo que achei buscando pelo Google. Queria algo que se adequasse minimamente ao que é descrito ao longo da história, e também que não tivesse nada escrito por cima (claro, né). Esse dai foi um ótimo achado. Sobre não haver gelo visível no mapa aonde está o Templo do Gelo, lembremos que ele é subterrâneo e tem mistérios envolvidos, como a lápide e tudo o mais.

 

Desculpa a demora absurda em responder, mas estamos de volta! :kosumo:

 

Abração, Ninos! Até breve com meus comentários na sua fic!

Editado por Bizzy
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  • 3 meses depois...

Olá a todos os que ainda passam por aqui!

Já faz um tempão, né? O capítulo mais recente, o 20, foi publicado em 23/11. Este é o maior hiato da fic até hoje.

Pois bem... A quem interessar possa, passei aqui para fazer uma atualização/desabafo/pedido de desculpas aos leitores, e ao final farei um apelo/convite, então continue conosco. XD

Bem, seguinte: quem acompanha desde o início sabe que volta e meia eu reforço que manterei meu compromisso de ir até o final com a história, e sabe também que mesmo quando eu acabo demorando um pouco acabo voltando a postar.

A fic, além de ser algo bacana de compartilhar com os que curtem ler, é algo que amo fazer. É algo que faço para mim, além de tudo, pois me orgulho muito de ver o universo de Maxia sendo construído pouco a pouco e se expandindo através dos capítulos, tendo sua história e as de seus habitantes contada. Tenho um carinho imenso por todos os personagens, mesmo os menos importantes em relação a trama, e jamais os deixaria sem concluírem suas jornadas, ou sem alcançarem seus limites.

 

Espero que isso tenha ajudado a reforçar que não, eu não desisti da história e isso nem vai acontecer.

Agora, claro: tenho plena consciência que os diversos hiatos desanimam, esfriam a história, afastam os leitores e fazem os que permaneceram esquecerem detalhes da trama, detalhes estes que são fundamentais para o desenrolar da trama. Quem acompanha aqui sabe que gosto de incluir pistas discretíssimas, as vezes palavras soltas em meio a um diálogo aparentemente descompromissado, que escondem segredos importantíssimos da trama e dos personagens.

Mas tem acontecido muita coisa na minha vida, e a previsão é que isso não se acalme no curto/médio prazo. A previsão é que eu trabalhe cada vez mais, pois além do trabalho que ocupa o expediente "normal", tenho trabalhado em algo próprio em um terceiro período, além de estudar e tudo o mais. No pouco tempo que sobra estou normalmente exausto, e acabo usando esse tempo mais para relaxar a cabeça assistindo ou jogando algo.

 

Mas como dizem, quanto menos tempo você tem sobrando, mais tempo você encontra, e essa é uma baita verdade. Estou me organizando para tudo que quero fazer, e isso inclui trabalhar na fic. Então, apesar da ocupação, devo conseguir escrever com mais frequência e manter uma maior regularidade de agora em diante, ainda que as publicações não passem a ser frequentes (leia-se: já ficaria muito satisfeito se conseguisse publicar um capítulo novo por mês).

Bem, fim do textão.

Mas agora, o....

Apelo/convite

1 - Aos que pararam de ler há tempos, fica o convite para se atualizar. Tenho dois resumos compilados (capítulos 1 ao 7, e 8 ao 16) que talvez ajudem a refrescar a memória. Claro que nos resumos muitos detalhes se perdem, mas se eles derem um impulso para você retomar a leitura, já valeria demais a pena! ^^

2 - Aos que ainda não conhecem a fic, fica o convite também. Como já falei algumas vezes, não escrever sobre Saint Seiya em um fórum dedicado a Saint Seiya foi uma decisão arriscada desde o início, mas até por ser algo que aborda um universo e conceitos diferentes e novos a fic pode vir a ser um complemento legal em suas leituras. Os capítulos são esporádicos, então não é difícil se manter em dia e não vai sobrecarregar sua carga de leitura. Te convido a ler alguns poucos capítulos. Vai que fisga seu interesse?


Um grande abraço a todos, e nos vemos em breve por aqui!

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  • 6 meses depois...

Ninos, legal que tenha se motivado a reler o capítulo anterior. Com certeza isso contribuiu muito na leitura do trecho novo.

O "paaah" do início não foi novidade - já iniciei outros capítulos com um pensamento de algum personagem, sem necessariamente revelar de cara de quem se tratava. Acho um recurso bacana haha.

 

Bem, pelo que vemos nessa prévia do capítulo, tudo leva a crer que o Hanzo não vai ser testado. O conceito dos Templos já está bem exposto, bem como o fato de outros elementos não terem poder ali. O que ele pode fazer, então? E Baltoro, Vestígio? /pensa

 

Curiosa esta sua "teoria da atração" sobre as essências vitais dos Vestígios. E será que o momento introspectivo do Baltoro foi um prenúncio de algo? Bem, não costumo colocar nada a toa.

Os Vestígios podem controlar elementos, mas não necessariamente todos os poderes serão baseados em elementos.

Cara, achei muito bacana você ter imaginado a possibilidade do Templo do Gelo ser o Templo do Fogo congelado. Sensacional! Masss nem vou fazer mistério aqui: não é o caso. Mas achei bem legal mesmo! XD

Cara, que bom que você releu o capítulo 20. Sem isso, JAMAIS você teria se lembrado da destruição da capital do Leste, muito menos que ocorreu há cinco anos. Esse é o tipo de detalhe crucial que, se o leitor esquece, perde muito das pistas que eu vou distribuindo nos capítulos. Sobre a relação deste evento com Hanzo, fica difícil imaginarmos qualquer coisa enquanto o Vestígio não recuperar sua memória. Ou fragmentos, que seja. Ou alguém chegar e contar para ele. /luanegra Por enquanto, estamos tão no escuro quanto ele.

 

Há cinco anos ele teria sido testado pelo Desígnio do Fogo? Bem, não deixa de ser uma possibilidade. Isso até poderia se encaixar com a história do Templo de Fogo congelado haha.

"O Desígnio do Gelo está reclamando disso." Hm... Por que ela reclamaria? /pensa

 

Uma correção: você mencionou que Hotomaru conversou em outro capítulo com a essência de Maxia. Não sei se você se referiu à deusa em si. O capítulo em questão é o 15 - O Arquiteto e o Caos , e nele Hotomaru dialoga com outra entidade. Deixei linkado caso tenha curiosidade e tempo para reler o trecho, que é bem curto.

 

Legal isso de, caso a Emma se torne um Vestígio, Baltoro ficar ainda mais na sombra dela. No que isso poderia acarretar? Ou seria Baltoro um Vestígio? Existe um Vestígio do Ar? Não perca, no próximo CDZ Repórter. /lua

 

"Bem nojento, tu." HAHA

 

Teu comentário não ficou confuso, não. Até achei que você espremeu bem, para um trecho tão curto. Ter relido o anterior sem dúvida ajudou muito a desenvolver as teorias.

 

Bom, desculpa ter me esquivado de responder a maioria das coisas, mas prefiro não dar ainda mais pistas do que já venho dando. A ideia é postar o capítulo em breve, lembrando que este trecho deve sofrer algumas mudanças durante as minhas mil revisões. Os eventos devem se manter praticamente intactos, até para não confundir vocês, mas algumas estruturas de frases, sequências de parágrafos, mudanças de termos e tudo o mais podem ser alterados.

 

Valeu Ninos! Abraço!

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Prometi fazer um comentário mais abrangente e menos específico já que eu reli tudo de uma vez e é diferente a experiência de se ler esperando o próximo. Isso ficou mais evidente quando na época lembro de ter demorado um tempo considerável até que Hanzo enfrentasse as Manifestações de Fogo na floresta, enquanto que lendo sequencialmente os eventos estão muito próximos, tornando a leitura e a trama mais encorpada do que parecia anteriormente com os lançamentos espaçados.

 

Um dos pontos mais positivos de sua fic e que me atrai bastante agora que adquiri uma maturidade maior são o desenvolvimento dos personagens. Alguns eu de fato não consigo gostar, como Rein e Hanzo, mas não é demérito seu necessariamente e sim porque o arquétipo deles não me desperta nada a não ser indiferença. Gosto mais de personagens como Emma, que é fria por fora mas tem um coração sentimental por dentro, ou a Maya, que precisa recomeçar sua vida depois de uma perda imensa. Só que independente de gosto pessoal, você opta por trabalhar com um número relativamente pequeno de personagens e isso te permite alcançar um desenvolvimento muito bacana de todos eles. Nesses vinte capítulos é natural você diluir foco para todos eles em determinados trechos e assim você consegue nos entregar seu background, uns mais lentamente outros mais rápidos, de forma a torná-los mais bem construídos.

 

Outra coisa da qual gosto é que as coisas não funcionam de maneira tão "certinha" na sua história. Ver uma das protagonistas como a Maya (sim, eu considero ela protagonista haha) tendo toda sua construção voltada para se tornar uma Paradigma é muito interessante porque é raro termos um foco tão grande em personagens do lado de "lá" tendo toda sua trajetória contada desde o início da história. Eu adoro isso!

 

As cenas de batalha não me chamam tanta atenção. Na maioria das vezes o que mais me desperta interesse quando ocorrem batalhas não são elas em si e sim os diálogos entre os personagens ou seus momentos de introspecção. Isso pode ser um ponto negativo porque a construção da trama até dar um significado convincente para os conflitos é muito bem elaborado, mas na hora do "vamos ver", as mesmas qualidades continuam prevalecendo. Não sei se me fiz entender. Mas tentando resumir, os sentimentos dos personagens realmente são o seu ponto forte, entretanto, quando as batalhas chegam, seria interessante intercalar bons combates aliando isso aos bons diálogos e aos bons momentos introspectivos, senão dá a impressão de que os dois últimos fatores mencionados estão acima em termos de qualidade do que a primeira. Espero que não fique chateado XD

 

Voltando, enquanto eu lia e me aprofundava nos conceitos sobre Vestígios e Paradigmas, imaginei algo como Game of Thrones. Sabe Melissandre e o Deus da Luz? Ao menos nos livros diz que esse Deus da Luz está em constante conflito com o Deus das Trevas, o "Outro", não mencionado nunca por ela. Imaginei enquanto lia que os Vestígios seriam as parcelas da essência vital da Deusa Maxia, que nesse caso em específico, seria como o "Deus da Luz", enquanto que os Paradigmas seriam as parcelas da essência vital de um outro Deus/Deusa, que é oposto à Maxia. Pensei nisso porque é curioso que os Vestígios sintam apenas as energias dos seus semelhantes, assim como os Paradigmas só conseguem sentir as energias de seus companheiros. Já que a essência dessas supostas duas divindades estariam divididas em seus guerreiros e teoricamente elas seriam uma só, então nada mais justo elas se reconhecerem.

,

Quero um Vestígio do Ar. Não faz sentido ter Vestígio da Terra, do Fogo e da Água sem ter o de Ar. Pode ser a Emma ou o Baltoro. Mas precisa existir, senão sua fic cairá em 25485748 pontos em meu conceito. /lua

 

E por fim, falando brevemente sobre o capítulo 20 e a prévia do 21, você criou um suspense muito grande e dessa forma não tem como prever o que vai acontecer. Porque assim, se existe um Templo e um Desígnio do Gelo, então haveria, por tabela, um Vestígio do Gelo. Você está trazendo muito a tona os sentimentos tanto da Emma quanto do Baltoro em fazerem alguma coisa pra ajudar, o que torna muito complicado cravar quem seria o agraciado com o poder. Eu gostaria que fosse a Emma, pois tem aquela questão do simbolismo, que aliás, você consegue sempre trazer algum com seus personagens, seja através da relação Alcunha-Personagem, ou Trajetória-Personagem, que é muito interessante de analisar profundamente e tornam os personagens mais repletos de camadas. Voltando, o simbolismo que eu identificaria com a Emma ser uma Vestígio do Gelo, seria o fato dela ter uma personalidade fria por fora, mas que quando submetida ao calor de algo/alguém (/sex) ela se derrete toda, revelando sua verdadeira faceta, a de uma moça sentimental. Entretanto, acho que seria injusto com o Baltoro, já que ele ficaria ainda mais escanteado pois está sendo sempre protegido, sempre auxiliado, sempre sendo cuidado por alguém. Seria uma reviravolta muito interessante que justo o próprio Baltoro fosse um dos Vestígios, já que tudo que o compõe dita o contrário. hahaha

 

Aguardando ansiosamente o próximo, Renato. Abraço!

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Tcharam.

 

Voltei.

 

Inicialmente li os resumos, pensei que ficaria perdido, mas de forma alguma fiquei. Consegui me encontrar na hora que os li, então acredito que o fez bem e a história parecia fresca na memória ainda, então ótimo.

 

Aí li o 16!!

Comentei com você que as partes de Seth e Rein eram onde eu mais fiquei perdido, mas consegui me encontrar lendo o próprio capítulo. E que capítulo hein.

 

Inicialmente gostei muito dos diálogos entre Seth e Alexis. Toda a visão do Alexis daquele lugar, trouxe todo um sentimento legal a Nia Khera que eu não tinha. As palavras dele sobre o herói Sotyr, de deixarem o local intocável para se lembrarem, o fato dele querer ajudar, fazer seu máximo e ainda achar pouco, tudo isso refletiu bastante sobre a história do lugar e que o que foi deixado foi algo muito forte. Muito bonita essa parte. Mas... Eu não esperava que Alexis ficaria com tanto medo a ponto de querer abandonar tudo quando a coisa apertasse. Não que ele tivesse que ser o fodão, até por que ele é um cara comum, mas esperava mais coragem da parte dele depois das palavras hehehe

 

Já o Seth foi na sede hahaha Achei meio estranho e infantil da parte dele avançar para o meio da batalha do nada. Pra mim não fez muito sentido, de verdade. hehe Ele queria o que com aquilo? Felizmente Rein deu conta fácil do recado e o deixou lá abandonado. Espero que Alexis e Seth se encontrem de novo.

 

Sobre a parte final, acreditei que Gurad estivesse mentindo, mas parece que não. Sei que ele está fazendo tudo pelo bem do Rein, para ele despertar completamente, mas não sei até que parte é mentira ou verdade do que ele disse. Gostei da parte da luta entre eles, acho que conseguiu conduzir bem a batalha até então. Gostei que o foco inteiro do capítulo foi nessa parte, de verdade. Foi ótimo para retomar a história e pegar no tranco. Voltarei a ler a história e já já acabo. s2

 

Ah, e os diálogos estão lindos, parabéns.

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Prometi fazer um comentário mais abrangente e menos específico já que eu reli tudo de uma vez e é diferente a experiência de se ler esperando o próximo. Isso ficou mais evidente quando na época lembro de ter demorado um tempo considerável até que Hanzo enfrentasse as Manifestações de Fogo na floresta, enquanto que lendo sequencialmente os eventos estão muito próximos, tornando a leitura e a trama mais encorpada do que parecia anteriormente com os lançamentos espaçados.

 

Um dos pontos mais positivos de sua fic e que me atrai bastante agora que adquiri uma maturidade maior são o desenvolvimento dos personagens. Alguns eu de fato não consigo gostar, como Rein e Hanzo, mas não é demérito seu necessariamente e sim porque o arquétipo deles não me desperta nada a não ser indiferença. Gosto mais de personagens como Emma, que é fria por fora mas tem um coração sentimental por dentro, ou a Maya, que precisa recomeçar sua vida depois de uma perda imensa. Só que independente de gosto pessoal, você opta por trabalhar com um número relativamente pequeno de personagens e isso te permite alcançar um desenvolvimento muito bacana de todos eles. Nesses vinte capítulos é natural você diluir foco para todos eles em determinados trechos e assim você consegue nos entregar seu background, uns mais lentamente outros mais rápidos, de forma a torná-los mais bem construídos.

Oier, Gusfer.

 

Então, já conversamos pelo grupo sobre alguns pontos, mas vou responder de forma abrangente independentemente disso. Primeiramente, tem a questão de ser possível ter uma experiência mais imersiva por ter lido tudo em sequência. Acho isso bem natural e que eu prefiro (isso vale para tudo, desde fics à séries ou animes). Claro, quando há espaço entre capítulos e episódios há tempo para debates e teorias, mas prefiro ter uma experiência mais imersiva do que teorizar. E claro, o tempo entre um evento da história e outro fica muito mais breve e dinâmico.

 

Fico feliz que agora, alguns anos depois do início da fic, você consiga ver mais significado no desenvolvimento dos personagens. Claro, nunca vamos conseguir gostar de todos, e não é coincidência que um dos que não te agradem seja o protagonista. Eu entendo, pois tenho muitos problemas para gostar de protagonistas. Gosto do Hanzo, porque enfim, ele é uma versão idealizada de protagonista que eu tenho, mas entendo perfeitamente que não se encaixe no gosto de todos (mas não deixo de torcer para que as opiniões mudem ao longo da trama).

 

 

 

Outra coisa da qual gosto é que as coisas não funcionam de maneira tão "certinha" na sua história. Ver uma das protagonistas como a Maya (sim, eu considero ela protagonista haha) tendo toda sua construção voltada para se tornar uma Paradigma é muito interessante porque é raro termos um foco tão grande em personagens do lado de "lá" tendo toda sua trajetória contada desde o início da história. Eu adoro isso!

 

As cenas de batalha não me chamam tanta atenção. Na maioria das vezes o que mais me desperta interesse quando ocorrem batalhas não são elas em si e sim os diálogos entre os personagens ou seus momentos de introspecção. Isso pode ser um ponto negativo porque a construção da trama até dar um significado convincente para os conflitos é muito bem elaborado, mas na hora do "vamos ver", as mesmas qualidades continuam prevalecendo. Não sei se me fiz entender. Mas tentando resumir, os sentimentos dos personagens realmente são o seu ponto forte, entretanto, quando as batalhas chegam, seria interessante intercalar bons combates aliando isso aos bons diálogos e aos bons momentos introspectivos, senão dá a impressão de que os dois últimos fatores mencionados estão acima em termos de qualidade do que a primeira. Espero que não fique chateado XD

 

 

Sobre as coisas não funcionarem de forma "certinha", é algo que curto bastante fazer. Claro, tento não deixar os acontecimentos forçados, para que quando algo aconteça, passe uma sensação de naturalidade. Maya ter chegado ao Império foi algo que aconteceu depois dela ter vagado por Maxia, tendo experiência ruim atrás de experiência ruim, até finalmente chegar até onde chegou - e claro, com uma baita dose de decisão da personagem em seguir em frente. Ela não foi simplesmente levada pela maré. E eu também a considero protagonista. Claro, o Hanzo é O protagonista da trama, masss na prática isso fica bem diluído. Tento distribuir o máximo possível o "tempo de tela leitura" de forma equilibrada, sem muito privilégio para ninguém. Isso faz todos terem um peso similar à trama principal.

 

Sobre a questão das cenas de ação serem ofuscadas pelos diálogos e momentos de introspecção, é como conversamos antes: eu entendo perfeitamente, e desde o início da fic fui bem transparente quanto a isso (até criei um ponto no FAQ falando disso, especificamente). Mas claro, eu gosto de ação, e não crio as batalhas "só pra constar". A ideia nunca foi essa. Claro que tento fazer com que sejam interessantes, mas por ser algo que não tenho tanta paciência para desenvolver, acabo dedicando menos tempo para ter ideias sobre isso, e consequentemente eles se tornam menos interessantes do que a parte que envolva os diálogos e sentimentos dos personagens. O ideal realmente seria eu atingir um equilíbrio maior quanto a isso. Vou me esforçar mais nos próximos capítulos, já que a tendência é a ação ficar mais presente conforme a trama for alcançando pontos mais decisivos. Valeu pela crítica construtiva!

 

 

 

 

Voltando, enquanto eu lia e me aprofundava nos conceitos sobre Vestígios e Paradigmas, imaginei algo como Game of Thrones. Sabe Melissandre e o Deus da Luz? Ao menos nos livros diz que esse Deus da Luz está em constante conflito com o Deus das Trevas, o "Outro", não mencionado nunca por ela. Imaginei enquanto lia que os Vestígios seriam as parcelas da essência vital da Deusa Maxia, que nesse caso em específico, seria como o "Deus da Luz", enquanto que os Paradigmas seriam as parcelas da essência vital de um outro Deus/Deusa, que é oposto à Maxia. Pensei nisso porque é curioso que os Vestígios sintam apenas as energias dos seus semelhantes, assim como os Paradigmas só conseguem sentir as energias de seus companheiros. Já que a essência dessas supostas duas divindades estariam divididas em seus guerreiros e teoricamente elas seriam uma só, então nada mais justo elas se reconhecerem.

,

Quero um Vestígio do Ar. Não faz sentido ter Vestígio da Terra, do Fogo e da Água sem ter o de Ar. Pode ser a Emma ou o Baltoro. Mas precisa existir, senão sua fic cairá em 25485748 pontos em meu conceito. /lua

 

Cara, BEM interessante sua teoria e comparação com o conceito do Deus da Luz e o "Outro", e de uma relação dos Vestígios e Paradigmas com estas entidades, respectivamente. Não posso dar indicações de que algo desta teoria esteja no caminho certo ou não. Mantenha sua teoria e vá testando-a conforme a trama avança.

 

Apenas uma correção, e isso não é spoiler porque já foi demonstrado em alguns pontos da fic: você acertou quanto aos Paradigmas sentirem as energias de seus semelhantes, porém os Vestígios não possuem esta limitação. Apenas um exemplo: Hanzo, quando ainda estava naquele "coma" na casa de Emma e Baltoro, pressentiu o ataque de Luke, poucos segundos antes que ocorresse. Por outro lado, os Vestígios possuem uma baita desvantagem, que é a de terem seus poderes limitados, com o desafio de precisarem derrotar seus respectivos Desígnios para que seus verdadeiros potenciais sejam liberados. Porém, como pudemos ver no diálogo de Luke e Emma, os Paradigmas aparentemente estão esperando que estas jornadas dos Vestígios se concluam... Caso contrário, teria sido muito fácil eliminá-los de uma vez logo no início da fic (Luke ownou Hanzo, Elize ownou Rein, Yaeger... bom, o Yaeger matou Sotyr, e tomou um esporro do Luke XD ).

 

Sobre o famigerado Vestígio do Ar, que você e o Ninos tanto mencionam hahaha... Bem, não vou dizer que sim nem que não (porque é mais legal não dizer). MAS lembre-se que outros "elementos" já demonstraram domínio sobre ações que poderiam ser do Ar. Luke, com seu controle de tempestades, pode provocar grandes ventanias e furacões, como fez em Kanbalar. Weiss, por sua vez, possui o domínio gravitacional.

 

 

 

E por fim, falando brevemente sobre o capítulo 20 e a prévia do 21, você criou um suspense muito grande e dessa forma não tem como prever o que vai acontecer. Porque assim, se existe um Templo e um Desígnio do Gelo, então haveria, por tabela, um Vestígio do Gelo. Você está trazendo muito a tona os sentimentos tanto da Emma quanto do Baltoro em fazerem alguma coisa pra ajudar, o que torna muito complicado cravar quem seria o agraciado com o poder. Eu gostaria que fosse a Emma, pois tem aquela questão do simbolismo, que aliás, você consegue sempre trazer algum com seus personagens, seja através da relação Alcunha-Personagem, ou Trajetória-Personagem, que é muito interessante de analisar profundamente e tornam os personagens mais repletos de camadas. Voltando, o simbolismo que eu identificaria com a Emma ser uma Vestígio do Gelo, seria o fato dela ter uma personalidade fria por fora, mas que quando submetida ao calor de algo/alguém ( /sex) ela se derrete toda, revelando sua verdadeira faceta, a de uma moça sentimental. Entretanto, acho que seria injusto com o Baltoro, já que ele ficaria ainda mais escanteado pois está sendo sempre protegido, sempre auxiliado, sempre sendo cuidado por alguém. Seria uma reviravolta muito interessante que justo o próprio Baltoro fosse um dos Vestígios, já que tudo que o compõe dita o contrário. hahaha

 

Aguardando ansiosamente o próximo, Renato. Abraço!

 

Bom, como vc falou, se existe um Templo e Desígnio de tal elemento, é bastante lógico pensar em um Vestígio equivalente, também. Hum.. Baltoro ou Emma? Será que um dos dois será o novo integrante dos guardiões de Maxia? /sex O rapaz realmente não foi favorecido pela trama. Será que um dia vai ser? Bom, pelo trecho do cap. 21, ele parece estar bem disposto a mudar este panorama.

 

Valeu pelo excelente comentáiro, GF! Até a próxima!

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Tcharam.

 

Voltei.

 

Inicialmente li os resumos, pensei que ficaria perdido, mas de forma alguma fiquei. Consegui me encontrar na hora que os li, então acredito que o fez bem e a história parecia fresca na memória ainda, então ótimo.

 

Aí li o 16!!

Comentei com você que as partes de Seth e Rein eram onde eu mais fiquei perdido, mas consegui me encontrar lendo o próprio capítulo. E que capítulo hein.

 

 

Tu-tu-ruuu!

Bem vindo de volta, Mark!

 

Que bom que conseguiu se achar depois de ler os resumos, e que o capítulo 16 tenha ajudado a te situar no núcleo de Rein e Seth. E fico feliz que tenha curtido o capítulo, também!

 

 

 

Inicialmente gostei muito dos diálogos entre Seth e Alexis. Toda a visão do Alexis daquele lugar, trouxe todo um sentimento legal a Nia Khera que eu não tinha. As palavras dele sobre o herói Sotyr, de deixarem o local intocável para se lembrarem, o fato dele querer ajudar, fazer seu máximo e ainda achar pouco, tudo isso refletiu bastante sobre a história do lugar e que o que foi deixado foi algo muito forte. Muito bonita essa parte. Mas... Eu não esperava que Alexis ficaria com tanto medo a ponto de querer abandonar tudo quando a coisa apertasse. Não que ele tivesse que ser o fodão, até por que ele é um cara comum, mas esperava mais coragem da parte dele depois das palavras hehehe

 

Alexis ajudou bem no sentido de contextualizar Nia Khera, e dar um panorama de como era viver na cidade que havia sido destruída há dois anos. Até então não havíamos presenciado a visão de alguém que estivesse naquele contexto, ainda (lembrando que Rein acabou embarcando em uma jornada de vingança, não participando da reconstrução da cidade). E que bom que achou bonitas as colocações e sentimentos do Alexis!

 

Sobre ele ter ficado com tanto medo, bom, acho que é só quando nos encontramos em situações de vida ou morte que alguns tipos de sensações e temores afloram. Ele realmente queria ajudar a todos, fazer o que estivesse ao seu alcance, e tudo o mais. Nada do que havia dito mais cedo para o Seth era mentira. Mas naquela situação de desespero, o temor por uma nova destruição do vilarejo, e pela morte de mais centenas de pessoas, ele 'travou'. O instinto de sobrevivência acabou falando mais alto.

 

 

 

Já o Seth foi na sede hahaha Achei meio estranho e infantil da parte dele avançar para o meio da batalha do nada. Pra mim não fez muito sentido, de verdade. hehe Ele queria o que com aquilo? Felizmente Rein deu conta fácil do recado e o deixou lá abandonado. Espero que Alexis e Seth se encontrem de novo.

 

O Seth, como ele mesmo disse: "Eu só aceitarei permanecer neste mundo se a minha vida puder fazer alguma diferença".

 

Alguns fatores influenciam para isso: primeiro, que ele já passou por uma situação terrível em Kanbalar. Segundo, como ele também contou ao Alexis, que o golpe que Elize lhe aplicou o fez perceber o quanto era fraco, e o quanto aquilo lhe incomodou. Outra citação dele: "Eu o invejo por isso, Alexis. Até agora eu não pude ajudar em nada, e este é o momento de descobrir se sou capaz disso ou não." E tem o terceiro ponto: ele é corajoso.

 

Resumindo, ele tem consciência que é fraco, mas se for para passar a vida fugindo, temendo que cidades sejam atacadas e destruídas de novo e de novo, ele prefere tentar algo diferente - mesmo que seja algo tão improvável. Talvez seja uma forma de reagir oposta à do Alexis, porém também movida por uma situação extrema, de vida ou morte, aonde agimos quase que de forma instintiva, sem tanta razão. Esta é minha forma de ver, pelo menos.

 

 

Sobre a parte final, acreditei que Gurad estivesse mentindo, mas parece que não. Sei que ele está fazendo tudo pelo bem do Rein, para ele despertar completamente, mas não sei até que parte é mentira ou verdade do que ele disse. Gostei da parte da luta entre eles, acho que conseguiu conduzir bem a batalha até então. Gostei que o foco inteiro do capítulo foi nessa parte, de verdade. Foi ótimo para retomar a história e pegar no tranco. Voltarei a ler a história e já já acabo. s2

 

Ah, e os diálogos estão lindos, parabéns.

 

Que bom que curtiu o início da luta entre Gurad e Rein, e também que o foco todo do capítulo tenha sido em um núcleo só (embora mudando o foco entre os personagens). A ideia realmente foi não 'quebrar' estes eventos, que precisariam de uma sequência para não perder o ritmo.

 

E o elogio quanto aos diálogos é o que mais me deixa feliz hahahah. É a parte que mais me divirto fazendo, e se ela está sendo agradável a vocês, fico ainda mais motivado para trabalhar nisso nos próximos capítulos (sem esquecer dos outros aspectos, claro).

 

Valeu mais uma vez, Mark. Seus comentários fazem muita falta.

 

Abração!

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