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Saint Seiya - Insurrection


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SAINT SEIYA – INSURRECTION

Capítulo 12 – season finale

O oculto

 

 

Campos e Fazendas da Quinta Vila, ao Leste da Província de Voreios

 

 

Havia passado mais de três dias desde que ele havia sido mandado em missão. Estava em busca de um Santo de Atena. Apesar de não ser chamado assim oficialmente, o procurado era considerado um rebelde pela maioria dos Santos da Confraria ateniense. Na verdade ninguém sabia as circunstâncias da sua fuga do Santuário. Teria apenas partido, sem dar satisfações.

 

Depois de alguns meses sem notícias surgiram boatos sobre sua localização. O Sumo Pontífice, Grande Mestre do Santuário, pessoalmente assumiu as diretrizes sobre as buscas e incumbiu o Cavaleiro de Prata de Lagarto, Serge, da missão de encontrá-lo. E este convocou alguns Cavaleiros de Bronze para auxiliá-lo.

 

Franz de Urso era um destes.

 

Após dias sem qualquer pista, o Cavaleiro de Bronze encontrara algo no mínimo inusitado. Inicialmente sentiu uma manifestação de energia cósmica diferente de tudo o que havia sentido. Mas isso logo desapareceu.

 

E em seu lugar havia um grupo de jovens camponeses e comerciantes. Talvez também atraídos pelo mesmo cosmo? Ou seriam eles, por mais absurdo que parecesse, os responsáveis por tal manifestação?

 

“Ao menos um deles detém o domínio do cosmo.” Era o que o Urso pensava. Não, ele não tinha total certeza, mas não pouparia meios para saber a verdade.

 

Estava preparado para sacrifícios.

 

Afinal quem se importaria com inferiores?

 

 

 

- Cinco... – Ele iniciou a contagem.

 

Ninguém se moveu. Apenas o farfalhar das árvores ao longe cortava o silêncio entre as falas do Urso.

 

- Quatro.

 

Nada.

 

- Três.

 

Nesse instante ele notou um leve tremor no punho de uma das garotas... O que o fez quase sorrir.

 

- Dois!

 

A distância entre ele e Aeryn e Iselin foi cruzada em uma fração de segundos. As garotas correram velozmente em sua direção, saltaram a direita e a esquerda do Santo, giraram no ar e golpearam com chutes na altura do rosto, em ataques espelhados.

 

O Urso surpreendeu-se.

 

Mais que isso, as garotas se surpreenderam.

 

O ataque foi um fracasso.

 

E ele esperava muito mais. Eram golpes muito lentos e fracos. Sem dificuldade, ele segurou as pernas das jovens bloqueando os ataques, erguendo os braços aos lados da cabeça.

 

Zach aproveitando-se do momento em que o Santo de Bronze estava de guarda aberta, projetou-se a frente buscando golpeá-lo com um soco.

 

Mas Franz sequer piscou... Ainda com uma garota presa em cada mão, pairando no ar, jogou uma contra a outra e depois as arremessou contra Zach...

 

- ARRGGHHH...

 

- AAAAAHHHH...

 

Os três se chocaram e caíram ao solo desfalecidos.

 

Sean, que estava logo atrás, saltou sobre os companheiros, sem hesitar... Se aproximou em corrida e se lançou ao ar tencionando chutar o rosto do Ateniense.

 

- Só pode ser brincadeira. – Disse Franz.

 

O Cavaleiro esquivou curvando o tronco para trás e acertou Sean com um chute giratório que o fez voar algumas dezenas de metros até atingir o solo com violência arrancando grandes pedaços de terra e grama.

 

- Era só isso?! – Perguntou decepcionado o Santo.

 

Ele se sentia ainda maior. Imerso em orgulho.

 

De todos os jovens restava apenas um de pé.

 

Este estava imóvel. Cabelos curtos e dourados que mal se moviam com a brisa. Seus olhos castanhos fitavam-o com de modo austero.

 

Era Saul.

 

– Está claro que vocês são traidores, mas devo confessar... Eu esperava muito mais. Pensei que estava diante de algo importante, mas não... – Ele riu-se. – É uma piada. De qualquer forma vou levar todos a julgamento. – Ele encarava Saul com satisfação.

 

Saul continuava imóvel.

 

- Vocês são tão ridículos que... – O Urso de Bronze realmente pensou em simplesmente deixá-los ali. Afinal, não representavam qualquer ameaça válida.

 

Contudo, foi apenas um pensamento passageiro.

 

- Enfim, mas não posso faltar com a minha promessa: Tenho que explodir a sua cabeça moleque. – Disse ele, olhando e forçando vagarosamente o pé sobre o crânio de Glenn que sequer tentava reagir.

 

Foi então que forçou o pé direito para baixo e algo se quebrou.

 

 

 

 

Santuário – Escadarias do Salão do Sumo Pontífice.

 

 

Serge de Lagarto acabara de dar seus primeiros passos fora do Salão do Sumo Pontífice quando tem sua trajetória detida por alguém.

 

- O Velho Dragão foi encontrado? – Perguntava seriamente um jovem de cabelos curtos espetados, e dono de uma grossa sobrancelha.

 

- Boa tarde para você também, Hydra – Disse o Argento, com um surpreendente tom não irônico. - Ele está morto.

 

- Então você o matou? – Inquiriu o jovem.

 

- Não que eu te deva explicações, Cavaleiro de Bronze, mas ele já estava morto quando eu o encontrei.

 

- Já estava!?

 

- Sim, ele não havia fugido, de fato. – Respondeu Serge - Estava em estágio terminal de uma doença fatal e não quis morrer aqui no meio dos jovens e fazê-los sentir pena ou sofrer.

 

- Seria uma história bonita se ela não fosse mentira. – Disse o jovem que circulava o Cavaleiro de Prata, de braços cruzados. Ele vestia apenas roupas de treinamento e uma armadura de couro. – O Velho Petros já dava sinais de sua insatisfação há tempos... Imagino que ele não tenha conseguido esquecer aquele dia.

 

Serge, que parecia tranquilo e até mesmo um pouco desligado até aquele momento, levantou o olhar e encarou o Cavaleiro de Bronze. Tocou em seu ombro interrompendo seu caminhar.

 

- Você deve ter cuidado com o que diz, Bale. – Ele disfarça um sinistro sorriso no rosto e um olhar vazio e perdido. – Se Vossa Santidade souber que você espalha estas histórias e duvida dele, huummm... As coisas podem ficar muito ruins.

 

Hydra sente um embrulho no estômago e uma gota de suor frio escorrer entre seus cabelos.

 

Ele não sabia porquê, mas tinha a impressão de que Serge iria matá-lo.

 

- Quer saber? Não sei como o Grande Mestre poderia confiar uma missão dessa a você, Lagarto. – Apesar de intimidado, Bale de Hydra não seria calado facilmente. De certa forma sentia-se seguro ali, tão perto do Templo. – Infelizmente ele não te conhece... Torço pelo dia que os deuses abram os olhos dele para ver o que você realmente é.

 

O mesmo quase sorriso sinistro adornava o rosto de Serge. Nenhum músculo de seu rosto de moveu.

 

- Você é muito atrevido para um Cavaleiro de Bronze, Bale... Deveria tratar com mais cuidado um superior como eu. – O Cavaleiro de Prata retomava seu caminho e partia em direção as primeiras casas do Santuário. – Se quiser falar com ele sobre mim, fique a vontade, ele está neste Salão as suas costas, inclusive está sozinho. Boa sorte.

 

Bale de Hydra nada fez. Apenas observou o Lagarto partir. Ele não pretendia falar com o Sumo Pontífice, afinal, de que valeriam suas palavras? Ainda mais sendo um Cavaleiro de Bronze.

 

Ele apenas apertou a mão firmemente em negação.

 

- Desgraçado. – Sussurrou Bale

 

 

--- --- --- --- --- --- --- --- ---

 

 

 

Todo o solo se quebrou e uma explosão ocorreu sob o pé direito de Franz de Urso. O solo em volta, como um mar agitado sobre a tempestade, revirou-se e regurgitou seu interior em um estrondo. Uma grande explosão ocorreu, que jogou Franz ao ar. Além dele, terra, barro, grama e pedras...

 

O Santo estava atordoado, não esperava por nada parecido com aquilo... Se desequilibrou totalmente, e teve sua visão e audição prejudicadas pelos escombros e isso o fez vulnerável...

 

Prevendo um ataque tentou levantar a guarda para se defender, mas foi impedido. Alguém pelas suas costas segurou-o, travando o movimento de seus braços.

 

“Mas o que...”

 

A última coisa que viu foi o punho do garoto loiro, do único que havia permanecido sem atacá-lo anteriormente do qual ele sequer sabia o nome, rasgar a cortina de pedra e terra brilhando em um cosmo esmeralda.

 

Então tudo se tornou escuridão.

 

Quando a luz voltou aos seus olhos... De supetão ergueu o corpo do chão. Vislumbrou a frente um rastro de destruição que provavelmente seu próprio corpo havia criado, assim como uma pequena cratera sob ele. A frente via pinheiros altos e galhos quebrados.

 

- Eu não... - Constatou que, apesar de suas vestes sujas, estava intacto. Uma aguda dor o afligia no queixo e nos músculos do pescoço, contudo estava inteiro. Olhou para o céu, entre as copas das árvores e o sol quase a se pôr.

 

- DROOOOOOOOGA!!!

 

Estava enfurecido e envergonhado. “Por quanto tempo fiquei apagado?” Mesmo sabendo ser inútil correu rapidamente para o campo aberto, dirigindo sua visão para todos os cantos.

 

Mas era óbvio. Não havia mais nenhum daqueles jovens ali. Tinham escapado.

 

 

--- --- --- --- --- --- --- --- ---

 

 

O solo recoberto com um belo e uniforme tapete gramíneo se deformava ao impacto das indecisas passadas. Franz dirigia-se ao Salão do Grande Mestre. Estava aflito e enfurecido. Não se perdoava por não ter eliminado aqueles vermes quando teve oportunidade. E cada vez que se lembrava das chances que perdera, era como se uma fina agulha lhe perfurasse o coração. Meneava com a cabeça e rangia os dentes. Era notável seu extremo desapontamento só de dirigir-lhe um olhar.

 

Após cruzar uma grande extensão de terreno, a imagem do grande Templo já surgia imponente no horizonte, juntamente com os rochedos ao redor, como pequenas montanhas. O sol já se despedia e a noite se aproximava.

 

- Espere.

 

- Hein? – Franz instintivamente parou e olhou para trás.

 

Era uma jovem amazona.

 

- Você está bem? – Perguntou com uma voz abafada e trêmula. Vestia os trajes comuns de treinamento, revestida de tecido, couro e metal.

 

- Sim... E... Eu... – Franz ficou perdido por uns instantes. Não sabia o que responder.

 

- Você parece ferido. – Seus cabelos curtos e loiros eram amarrados em um pequeno coque, mas sua face era completamente oculta por uma máscara. - Aconteceu alguma coisa?

 

– Tá tudo bem! - O cavaleiro de bronze de Urso não pretendia contar nada daquilo a ninguém. Ele sentia vergonha. Fingiu o sorriso e se preparou para virar as costas e partir.

 

- Franz! – Ela rapidamente pôs-se a frente dele, usando da velocidade extranormal dos Santos atenienses. – Você realmente não parece bem... Estou vendo arranhões no seu rosto. – Ela estendeu a canhota para tocar-lhe o ferimento, mas ele se afastou num susto.

 

- Não, Lana. – Ele não entendia o porquê da insistência. Ele a conhecia, mas o contato que tinham era raro. Até por serem de sexos opostos, não compartilharam do mesmo local de treinamento.

 

- Desculpe. – Ela intimidou-se. – Apenas me preocupei com você. Você está estranho, achei que poderia ajudar.

 

O Urso sentiu um leve rubor em sua face, quando tentou falar, a voz gaguejou e ele virou-se para esconder o rosto envergonhado.

 

- Eu agradeço sua preocupação Lana... – Ele hesitava em falar, mas face a demonstração de preocupação da Amazona, resolveu contar tudo o que havia acontecido.

 

Enquanto falava, sua face se contorcia pelo remorso e vergonha.

 

- Entendi. – A jovem loira havia atentamente escutado tudo – E o que você vai fazer agora?

 

- Vou contar ao Grande Mestre.

 

- Não faça isso! – Protestou a Amazona.

 

- Por que não?! – O Urso surpreendeu-se.

 

- Franz, acho que seu bom coração lhe traiu. Você realmente se descuidou, pois você tinha absoluto controle sobre a situação e poderia ter abatido a todos com extrema facilidade.

 

- Com certeza, mas...

 

- Eles usaram de artimanhas vis para ludibriá-lo e isso só mostra o quanto eram fracos e desprezíveis.

 

- Você acha?

 

- Sim, claro. – Ela continuou empolgada. – Não teriam a menor chance se você usasse um terço do seu poder.

 

Ao contrário de instantes antes o Cavaleiro de bronze parecia estar insuflado de orgulho novamente.

 

- E é por isso que é melhor que fique quieto. – Prosseguiu a jovem. – Se o Grande Mestre souber, vai te punir.

 

- De forma alguma, Ele não irá me punir.

 

- Ele vai achar que você cometeu um erro.

 

- Não... Eu falarei com ele e dará tudo certo.

 

Quando o garoto de cabelos castanhos se virou de costas em direção ao Salão do Grande Mestre, a jovem loira cerrou fortemente o punho...

 

Ela tremia.

 

 

--- --- --- --- --- --- --- --- ---

Extremo Sul do Império – Abrigo dos Insurgentes.

 

 

Sara, o braço do direito do Mentor e uma das mais habilidosas guerreiras entre o grupo liderado por ele, acabara de saber do retorno dos jovens aspirantes de sua missão, havia organizado todas as informações coletadas e encaminhava-se ao pequeno riacho onde quase sempre o seu líder ficava a observar as caudalosas correntes.

 

O sol quase já se punha no horizonte.

 

Como esperado, a jovem de cabelos loiros e curtos encontrou o Mentor. Ele estava sozinho e sentado sobre uma pedra a beira d’agua. Estava de olhos fechados, e sobre suas costas havia como sempre o mesmo manto escarlate.

 

- Mentor, estou com o resultado da missão de hoje. – Disse Sara.

 

O Mentor, que estava de costas para a garota, virou-se, deu um bocejo e estirou a mão para pegar as anotações em um papel.

 

- Obrigado, Sara. – Respondeu o homem de cabelos grisalhos e agora uma barba mais espessa.

 

- O grupo de Saul encontrou um Cavaleiro do Mégalo.

 

- É mesmo? – Mentor arregalou os olhos, surpreso. – E o que aconteceu?

 

- Houve uma luta entre e eles... E..

 

- Eles mataram o Cavaleiro?! – Interrompeu ele.

 

- Não! Eles...

 

- Chamaram o grupo secreto de apoio? – O Mentor interrompeu de novo.

 

- Também não, na verdade...

 

- Não vai me dizer que algum deles morreu?! – Disse o homem agora levantando-se da pedra.

 

- Posso explicar até o final?! – Sara respondia irritada.

 

- Er... Continue então. - Ele sentou-se novamente na pedra, cruzou os braços e franziu o cenho.

 

- Os garotos o enfrentaram e o derrubaram, depois fugiram. – Sara percebeu a face de preocupação do seu líder, e complementou. – Não se preocupe, o grupo de apoio garantiu que eles não foram seguidos.

 

- O Santo ficou vivo, correto? – Inquiriu o líder. - Como lidaremos com isso, Sara?

 

- Lana cuidará disso, Mentor. – Respondeu, um pouco tensa, a jovem, ajeitando os cabelos loiros e olhando para baixo.

 

- Você falou com ela? – Ele perguntou.

 

- Passei uma mensagem pela Wanda. – Ela disse. – Lana vai ter que convencê-lo de não abrir o bico... E Se não conseguir, ela vai ter que matá-lo.

 

- Sim, exatamente... – Respondeu o Mentor. – Uma morte de um cavaleiro sem um culpado, geraria uma atenção e investigação que nunca seria desejada por nós. Mas se ele for morto dentro do Santuário, a história é outra.

 

- Sim. – Responde Sara com uma face preocupada. – Mas se ela tiver que fazer isso...

 

- Vai ser muito ruim para ela. Bom, e mesmo que ela consiga convencê-lo, teria que vigiá-lo de perto por um bom tempo. – Respondeu ele, num tom mais ameno. – Mas tenho certeza que, se você passou essa dura tarefa para ela, é porque confia... E sabe que ela vai conseguir.

 

- Sim, eu confio nela. – Responde ela num misto de tensão e confiança.

 

- De qualquer forma não sei mais, se correr o risco de mandar esses jovens nessa missão foi uma escolha sábia. Veja o problema que geramos! – O Mentor mais uma vez se levantava e passava a andar em ciírculos.

 

- Não foi em vão, Mentor. – Sara transmitia mais confiança. – Eles conseguiram!

 

- Eles encontraram-na? – Mentor sorriu.

 

- Sim!

 

--- --- --- --- --- --- --- --- ---

 

 

Ele sequer deu um passo. Ele não estava nenhum pouco seguro de que estava fazendo o correto mesmo antes de falar com sua companheira, Lana, Amazona de Columba.

 

Serei punido?” Ao ver o Templo tão perto, suas pernas bambearam... Ele tinha ainda menos convicção.

 

– O que eu devo fazer então? – Ele perguntou a Lana, sem se virar em sua direção.

 

- Esconda e esqueça tudo... Não conte uma palavra sequer sobre isso – A garota de olhos claros sentenciou incisiva – Nunca ninguém saberá o que ocorreu.

 

- Mas e quanto àqueles sujos?

 

- Você mesmo me disse, são vermes, não oferecem qualquer perigo real, nem você, nem a ninguém e muito menos ao Mégalo. – Se Franz pudesse ver através da máscara da amazona, veria seus olhos faiscarem.

 

- Acho que você está certa... Eu poderia ter derrotado eles com facilidade, mesmo se houvessem dezenas deles.

 

- Com certeza – Ela sorriu satisfeita.

 

- Mas e você?

 

- Guardaremos este segredo. Se eles tiveram uma mínima noção da sorte que tiveram, jamais vão aparecer de novo. E mesmo que eles voltem, serão eliminados rapidamente! – A amazona dizia empolgada.

 

Franz, o Cavaleiro de Bronze da Constelação de Urso sentiu seu coração palpitar. Coçou o pequeno monte de barba sobre se queixo e deslizou seus dedos sobre suas madeixas castanhas e moderadamente longas. A garota Amazona de Columba realmente se importava com ele, conhecia seu poder, e ainda fora esperta e evitou uma punição que poderia ser severa e vexatória.

 

- Muito obrigado Lana.

 

- Não tem de quê. – Ela respondeu com contentamento e de certa forma... alívio.

 

 

 

Dois anos depois

Já não se ouvia mais gritos e gemidos. Não se sentia mais o calor do sangue a verter, nem o ardor dos arranhões e a agonia dos ossos quebrados. Também não havia o som de pedras a rachar, da terra a se revolver e do vento a zunir tempestuoso e sobrenatural.

 

A luz da lua nova era praticamente inexistente. Desta forma o que havia, naquela noite, era a quase completa escuridão. Além do silêncio sepulcral. E mesmo sem quase ser vistos, ali estavam trinta e três pessoas. Trinta e dois estavam enfileirados em quatro filas de oito, perfeitamente alinhados e de postura ereta. Miravam a frente com um olhar fixo. Enquanto uma delas que estava sobre uma pedra alta, achatada, descia para o chão e passava a andar entre eles.

 

Era um homem. Ele dava toques nos ombros dos outros e soquinhos nos braços. Seu olhar transmitia firmeza e seriedade.

 

E quando estava no centro deles, começou a falar.

 

 

 

--- --- --- --- --- --- --- --- ---

Algumas horas depois

 

 

O soldado estava caído ao chão. Com o rosto no solo respirava fundo na terra... Foi nesse instante que sentiu uma dor pungente na costela, e na cabeça. Mas apesar da careta de dor, estava em extremo alívio por estar vivo.

 

- ARGGHH...

 

Gemeu de dor ao tentar se erguer. Virou-se e ainda pode ver uma daquelas figuras... Agora viu apenas uma, mas tinha certeza de ter visto três antes de ser derrubado.

 

Como sempre, ele e outros guardas faziam a guarda da Torre Norte, que ficava na Província de Voréios, já no limite com a Capital. A única torre ainda ativa da Província.

 

Sempre fora um serviço entediante e parado.

 

Mas tudo mudaria para sempre a partir daquela noite.

 

Três seres vieram das sombras, como fantasmas vestidos com mantos negros, e em poucos segundos derrubaram todos os soldados, que sequer puderam reagir, tamanha a velocidade que tinham sido atingidos...

 

 

--- --- --- --- --- --- --- --- ---

 

 

- Vocês serão odiados! – Disse o homem no meio deles. – Tentarão denegrir suas honras! Suas dignidades!

 

Os outros apenas ouviam silenciosamente.

 

- Mas eles não sabem, não sabem o que sabemos! – Prosseguiu o homem. - Para eles seremos malditos, demônios, inimigos! Quando vocês caírem de dor, ou de fome e sede, não esperem ajuda! Pois vocês não terão ajuda, abrigo, ou comida de ninguém! – O homem parecia emocionado. - Chamarão vocês de fraude, de farsa. Mas não se deixem abater, pois é a verdade que habita seus corações! Mas também digo: Não odeiem essas pessoas comuns que vão odiar vocês. – Um vento gelado agitava o manto escarlate sobre as costas do único que falava entre eles. – Pois eles estão na ignorância, assim como você estavam.

 

Ele parou mais uma vez e sentenciou por fim..

 

- Os humanos varreram-se da face da Terra... Mas irão reconquistá-la mais uma vez. Os humanos perderam a autoridade sobre este planeta, mas vão recuperá-la! – Ele fez a última pausa, antes de encher os pulmões.

 

- E se a luz que protegia o mundo se corrompeu, então serão as trevas que irão salvá-lo!... Por que...

 

...O que nós somos?...

 

...Nós somos os...

 

 

--- --- --- --- --- --- --- --- ---

 

O soldado se levantava apesar da dor. Tudo o que via ao seu redor era seus companheiros caídos, aparentemente desacordados. Os archotes se mantinham no lugar, iluminando a parte externa da torre. Ao redor da magnífica construção havia apenas uma grande extensão de solo gramado. As casas e comércios mais próximos ficavam a mais de quatrocentos metros dali, não notaram qualquer coisa diferente.

 

- O que acontece aqui? – Ele se apoia em um galho caído no chão e avança.

 

Mancando vagarosamente ele atravessa os muros externos... O grande portão de madeira maciça havia sido arrancado... Então ao atravessá-lo seus olhos pararam na grande torre. Não parecia ter acontecido nada a ela. Embora houvesse outros soldados caídos no interior da muralha, e marcas de sangue pelo chão e paredes. A Torre parecia incólume.

 

Até aquele momento...

 

- O Cavaleiro está lá dentro e...

 

Uma explosão precedida de um clarão ocorreu no alto da Torre. Era como uma bola de fogo que arrancara toda a lateral da edificação e atingia parte da muralha que a circulava.

 

Uma grande bruma de poeira e areia subia atrapalhando a visão. Mas ela baixou rapidamente. Lá estava ele... O soldado não podia acreditar...

 

O Cavaleiro havia sido lançado para fora da torre! Estava ferido!

 

- MALDIÇÃO!!! – O Cavaleiro que habitava a Torre estava coberto de poeira e sangue vertia no seu rosto, sendo absorvido pela poeira que impregnava na sua pele. – Quem são vocês???!!!

 

- Nós? – Um dos três, que estavam ainda sobre a torre parcialmente destruída, visíveis onde a parede havia sido arrancada, perguntou em tom debochado, para depois completar

 

– O que nós somos? Nós Somos os CAVALEIROS NEGROS! – Todos responderam em uníssono.

Editado por Kagaho de Benu
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Eita! Capítulo excelente!

 

Eu ainda estou em choque com a reviravolta que você deu. Foram longos 11 capítulos acreditando fielmente nos estereótipos que nos foram entregues e de repente... Tudo foi descontruído com uma frase. Não poderia haver encerramento melhor para esse arco de Insurrection. Quero a continuação PRA ONTEM.

 

Me surpreendeu, no começo, ver aquelas crianças tendo alguma noção de chutes, socos e velocidade. Eu pensei que eles ainda eram apenas aspirantes que começaram o treino recentemente mesmo. Mas Franz demonstrou muita superioridade e estava com a situação sob controle até Saul vencê-lo em um movimento. A partir dali já achei estranho o fato de um Bronzeado ser vencido com tamanha facilidade.

 

Gostei da interação entre Serge e Bale, o Cavaleiro de Hidra. Acho interessante essa forma de conversas e senti que o Lagarto possui algo de diferente nele. Hum. Agora fico confuso com quem está do lado da insurreição e quem não está. Mas a julgar pelo que foi apresentado, creio que Serge seja um aliado dos Cavaleiros Negros e o Velho Dragão era apenas um Cavaleiro honrado mesmo que percebeu o que ocorria e se exilou propositalmente.

 

Agora... Que genial. Os protagonistas então estavam o tempo todo junto dos Cavaleiros Negros? Então a história estava focada o tempo todo nos """"""vilões""""""" (Porque por mais que eles sejam os Cavaleiros Negros, eu não vou deixar de torcer pra eles agora hahaha)? Particularmente achei incrível, de verdade, todos esses capítulos focarem no grupo "inimigo" propositalmente, nos fez ver a situação do modo como eles vêem, do modo como os renegados vêem. Muito bom mesmo!

 

Agora fico muito ansioso pela continuação. Quero pra já descobrir como a trama vai se desenvolver a partir de agora. Parabéns, Kagaho. Season Finale /sex BRILHANTE!

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Hagako. Já havia lido o capítulo há uns dias, mas tinha ficado devendo o comentário. Bem, cá estamos.

 

Foi um capítulo maior do que o de costume, o que considerei algo positivo. Isso nos permitiu acompanhar mais eventos e personagens. Outro ponto que vale destacar é que você fez o capítulo ter uma dinâmica semelhante a de um filme, com eventos que se interrompiam para retornar mais a frente, como no caso do confronto dos garotos contra Franz. Tirando pela parte final, aonde na minha percepção ficou meio confuso (para outros leitores pode não ter sido assim), no restante do capítulo isso agregou bastante.

 

Outro traço deste desfecho de arco foi ter proporcionado um pouco mais da visão do "lado de lá". Gosto muito disso nas histórias que acompanho. Nos faz até empatizar com eles em alguns casos, até.

 

Indo ao capítulo em si, agora. Quem seria este Santo que Serge foi incumbido de localizar? No momento não vejo outro candidato além do Mentor do Refúgio, mas poderia muito bem ser algum personagem que até aqui foi mais discreto, ou que de repente nem tenha aparecido ainda. Franz, que auxiliava Serge na missão, "protagonizou" a batalha, o que achei uma opção de narrativa interessante da sua parte. O natural teria sido acompanharmos a visão dos garotos, mas vc jogou com isso e inverteu as coisas. Ponto para você nessa!

 

Aeryn, Zach e Iselin atacaram, tentando colocar à prova o resultado de seus treinamentos. Foi inútil. Achei bacana que não tenha sido Aeryn quem manifestava o cosmo, e sim Saul. Não a toa é meu preferido. XD Franz foi acertado em cheio, o que deu tempo para que todos escapassem. Não creio que Saul tenha um poder assim tão equivalente ao brônzeo, e sim tenha se aproveitado do fator surpresa. Nem passava pela mente do cavaleiro que alguém pudesse provocar um ataque daquele.

 

Ah, vale dizer que a quebra que você utilizou deste evento com o "forçou o pé direito e algo se quebrou" foi uma ótima forma de se valer dessa alternância de núcleos. Eu não acreditei que Glenn fosse morrer, ainda mais de uma forma tão gore, mas ainda assim causou um suspense. "Vai que..." né?

 

Conhecemos então Bale de Hydra, que desafiou Serge na cara dura, mesmo sendo de uma patente inferior. e até tendo sido intimidado pelo cavaleiro de prata em certo momento. Achei curiosa a opção de Serge em distorcer os fatos sobre a morte do velho Dragão. Seria talvez algum acordo com o Grande Mestre? Ou um plano pessoal de Serge? Hum. /pensa Algo me diz que o prateado desempenhará um papel bastante importante ao longo da trama, sendo mais do que apenas um enviado poderoso do Grande Mestre. E que eu me lembre (faz muito tempo né), ele havia relutado um pouco em tirar a vida do cavaleiro de Dragão, e não havia demonstrado sinais de crueldade nem nada assim. Mas o tempo pode estar me enganando... Até porque você ressaltou o "sorriso sinistro" que se desenhou no rosto dele enquanto intimidade Bale. No aguardo do que essa rivalidade pode causar. O cavaleiro de Hydra pode acabar armando algo para atrapalhar os planos de Serge futuramente.

 

Voltamos a Saul e Franz. Me esclareça uma coisa... esse "alguém" que segurou o cavaleiro de Urso foi Glenn? Justamente pela cena ter sido trabalhada do ponto de vista do cavaleiro, não pudemos enxergar plenamente o que aconteceu. Mas como os outros estavam desacordados, entendi que seria o Glenn mesmo.

 

Franz retorna ao Santuário, e surge Lana. Apesar do que acabamos descobrindo mais a frente, a preocupação dela me pareceu genuína. Talvez haja algo a mais do que meramente as ordens recebidas de Sara. Já Franz teve um comportamento peculiar. Sua postura contra os garotos, mesmo partindo do princípio de que aos seus olhos eles fossem inimigos, foi de alguém bem impiedoso, sem coração e tudo o mais. Mas durante a conversa com Lana sua face chegou a enrubescer e tudo. Mas achei interessante. Como disse no começo, gosto de ver o lado de lá justamente por conta disso: conhecemos algumas facetas dos "antagonistas" que normalmente não nos é mostrada em Saint Seiya.

 

Temos então o diálogo de Sara com o Mentor, que foi um momento de alívio (inclusive cômico) em um capítulo repleto de tensão. Achei muito bem encaixado por conta disso. Foi a nossa pausa para respirar, digamos. Nesse diálogo descobrimos que, mesmo no refúgio, eles possuem contatos dentro do Santuário. Isso possibilita muitas coisas interessantes, já que informantes bem posicionados podem ser os fiéis da balança dentro de uma guerra. Veremos quanto isso os ajudará (ou não) futuramente.

 

E Sara finaliza dizendo que os garotos encontraram alguém, que por ser do sexo feminino, e puxando pelos eventos do capítulo anterior, é aquela garotinha que Aeryn acabou seguindo. Acabei não entendendo bem a sequência destes eventos, visto que após a cena em que Aeryn a perseguiu, já a vimos reunida com os demais garotos do refúgio.

 

Temos o desfecho do diálogo entre Lana e Franz, que foi, enfim, convencido a guardar segredo de sua falha. Achei bacana, pois caso revelasse tudo ao GM fatalmente seria castigado. Agora que pude conhecê-lo melhor, prefiro que prossiga na trama.

 

Bem, e chegamos à passagem de tempo. Aqui, devo confessar: achei tudo bastante confuso. Li, reli, e ainda sem muita certeza do que havia lido, busquei ajuda nos comentários do GG e do Ninos. Ainda assim não fiquei com muita certeza das coisas.

 

Vale dizer que, mesmo dentro da minha confusão, achei legal a alternância de tempo, indo e voltando, mais uma vez como um filme poderia fazer. Posso até imaginar a voz do cara que estava discursando de fundo enquanto os guardas e soldados iam ao chão. Isso foi bem, bem legal mesmo!

 

Muitas perguntas no ar: esses cavaleiros negros seriam mesmo o grupo doutrinado pelo Mentor nos últimos anos? O que teria acontecido nessa passagem de dois anos (muita coisa pode ter ocorrido). Quem era o cavaleiro que foi lançado do alto da torre? Qual a importância daquela torre (ela pode já ter sido mencionada, e ai seria falha minha não ter recordado)?

 

É muita coisa. Admito que estou com o Ninos nessa: os cavaleiros negros podem até ser os treinados pelo Mentor como o GF mencionou orgasmicamente, MAS o capítulo não deixa nenhuma pista clara de que sejam mesmo eles. Tipo, pode ser, e é até provável, mas não há nenhum indício concreto. Outra vez, posso estar esquecendo de algum fato devido ao grande intervalo entre os capítulos de Insurrection.

 

Independente disso, comentarei com base no que é mais provável no momento. Caso sejam mesmo os guerreiros treinados em segredo do Santuário, seria uma baita reviravolta, e algo muito, muito promissor mesmo! Se Saul, Glenn, Aeryn e os outros tiverem se tornado cavaleiros negros seria um BAITA ingrediente para a trama!

 

O discurso foi o de quem quer confrontar aquele que dita a ordem do mundo no momento, logo, será por quem iremos teoricamente torcer. Muitas informações ainda podem e devem nos ser reveladas quanto a filosofia do Santuário, fazendo-nos empatizar com algumas de suas ideias. Quando acompanho alguma história, sempre torço para que a linha entre "mocinhos" e "vilões" seja o mais tênue possível. E colocar os protagonistas como cavaleiros negros já seria um belo passo nessa direção.

 

Só fico com receio quanto ao seu nível de proteção. Afinal, as armaduras negras são bem frágeis em comparação com as verdadeiras. De que forma poderiam fazer frente aos seus oponentes?

 

Bom, tudo isso será revelado mais adiante. O importante é que neste desfecho de "temporada" você nos brindou com muitos ingredientes e caminhos para tentarmos ir teorizando o que pode acontecer daqui para frente.

 

Se cabe aqui uma pseudo-crítica, farei-a-la-a: gostaria de ver um maior espaço para o desenvolvimento do grupo de protagonistas. Eles meio que estão indo com a maré, e eu as vezes sinto falta de um foco maior na personalidade e na motivação de cada um. Bom, o "pseudo-crítica" é por não ser exatamente uma crítica, e sim algo do meu gosto pessoal e que pode nem estar mesmo nos seus planos, ou ao menos não como prioridade. Até agora sua prioridade foi conduzir o plot central, e isso você fez de forma brilhante e com muito dinamismo.

 

Que venham os próximos capítulos! Tenta focar naquele plano de escrever mais vezes, em sessões mais curtas, para tentar dar uma embalada.

 

Abração, e para bains pelo excelente trabalho Kagaho!

Editado por bizzyderyck
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Corrija-me, por favor, se minhas suspeitas estiverem enganadas, Kagaho (meus cumprimentos)...

 

Com o encerramento dessa temporada, nós leitores, estivemos todo o tempo, acompanhando em destaque, na história, o núcleo dos assim, ‘vilões’ (na falta de um termo mais apropriado, vou me referir assim a eles)?!

 

Se for esse mesmo o caso não tenho palavras para descrever sua genialidade e competência, tanto na concepção da ideia, seu desenvolvimento e agora revelação.

 

Todo o tempo (falo por mim), sabia, e a história me fazia crer nisso, que estávamos lidando com aqueles que se levantariam contra o Santuário. Esses, mesmos ainda não ordenados, tratar-se-iam de Cavaleiros. Um tanto bem semelhante, diga-se de passagem, com o clássico onde Seiya e Cia protagonizam algo do gênero contra Saga.

 

Até aqui tudo em ordem...

 

Mas veio este Capítulo 12 e colocou abaixo toda essa perspectiva...

 

Ao invés de Cavaleiros de Athena os revoltados são... Cavaleiros Negros!

 

Meu queixo continua despencado até agora.

 

Aqui preciso abordar sua competência (além de qualquer elogio) ao lançar mão do ocorrido com o Cavaleiro de Bronze de Dragão para ludibriar nossa atenção, nos fazendo, por nós mesmos, ater uma ligação com o núcleo do mentor que se formos analisarmos bem, não havia.

 

Meu comentário poderia parar por aqui em vista de que toda essa nova percepção, contudo, desejo seguir adiante, apontando os pormenores do capítulo...

 

O dinamismo também foi algo surpreendente (inclusive a história avançou em seu tempo dois anos), em especial, pelo autor ter mantido a altíssima qualidade do seu texto em meio a esse.

 

Cenários, personagens, impressões, até mesmo os contornos de um combate...

 

Nada disso ficou prejudicado pela maneira acelerada como os fatos iam se descortinando.

 

Minha empolgação com a história, que já era considerável, tornou-se agora insuportável.

 

Em meio a tantas perguntas sem respostas, tais como: quais Armaduras Negras Saul e Cia irão trajar? Todos eles conseguiram se sagrar Cavaleiros Negros? Seriam eles, de fato, Cavaleiros Negros? O grupo de Cavaleiros Negros que aparecem no finalmente do capítulo, executando um Cavaleiro na torre, seriam eles? Qual será a reação do Cavaleiro de Bronze de Urso quando se deparar com Saul e Cia e os ver agora como Cavaleiros Negros?

 

(rapaz, minha cabeça chega a doer ante a especulação de cada uma dessas indagativas...rsrsrs)

 

Vou ficar aguardando e torcendo para que a conclusão de Insurrection não tarde ou que o autor engaveto o projeto...

 

Se me permite a confissão para que encerremos...

 

A espera pela sua próxima temporada será como nos tempos do Episódio G, onde aguardava ávido, todo ano, pelos quatro volumes publicados.

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  • 5 semanas depois...

Eita! Capítulo excelente!

 

Eu ainda estou em choque com a reviravolta que você deu. Foram longos 11 capítulos acreditando fielmente nos estereótipos que nos foram entregues e de repente... Tudo foi desconstruído com uma frase. Não poderia haver encerramento melhor para esse arco de Insurrection. Quero a continuação PRA ONTEM.

 

E ae GF!!! ^_^

 

 

Não foram tão longos os capítulos... Ou foram? /olhos

 

Hahahaha! Cara, isso era algo que eu estava muito ansioso para mostrar desde o primeiro capítulo! Fico bem feliz pela reação causada em você! *-*

 

 

 

Me surpreendeu, no começo, ver aquelas crianças tendo alguma noção de chutes, socos e velocidade. Eu pensei que eles ainda eram apenas aspirantes que começaram o treino recentemente mesmo. Mas Franz demonstrou muita superioridade e estava com a situação sob controle até Saul vencê-lo em um movimento. A partir dali já achei estranho o fato de um Bronzeado ser vencido com tamanha facilidade.

Huuummm... Não vou entregar muitas coisas aqui nos comentários, vai ficar mais claro nos próximos capítulo, mas vou te adiantar duas coisinhas, mas que já foram ditas na história.
Aeryn, Iselin, Sean e Glenn tinham dois anos de treinamento... Estavam na metade.
Zach e Saul já tinham quatro anos de treinamento, ou seja, já tinham o treinamento completo.

Gostei da interação entre Serge e Bale, o Cavaleiro de Hidra. Acho interessante essa forma de conversas e senti que o Lagarto possui algo de diferente nele. Hum. Agora fico confuso com quem está do lado da insurreição e quem não está. Mas a julgar pelo que foi apresentado, creio que Serge seja um aliado dos Cavaleiros Negros e o Velho Dragão era apenas um Cavaleiro honrado mesmo que percebeu o que ocorria e se exilou propositalmente.

Gostei dos palpites... Bacana essa dúvida de quem está do lado de quem... Quanto as suas percepções de Serge... Ele vai voltar... XD

Agora... Que genial. Os protagonistas então estavam o tempo todo junto dos Cavaleiros Negros? Então a história estava focada o tempo todo nos """"""vilões""""""" (Porque por mais que eles sejam os Cavaleiros Negros, eu não vou deixar de torcer pra eles agora hahaha)? Particularmente achei incrível, de verdade, todos esses capítulos focarem no grupo "inimigo" propositalmente, nos fez ver a situação do modo como eles vêem, do modo como os renegados vêem. Muito bom mesmo!

 

Agora fico muito ansioso pela continuação. Quero pra já descobrir como a trama vai se desenvolver a partir de agora. Parabéns, Kagaho. Season Finale /sex BRILHANTE!

 

 

Bom, você pegou um ponto bem interessante...

 

 

"""""Vilões"""" com muitas aspas! Hehehe!

 

É Exatamente isso, estaríamos olhando o lado dos "inimigos"?... Agora você vai ver a história com outros olhos...

 

E quando tivermos embates entre os dois lados? Talvez suas preferências mudem ou não...

 

Há muito ainda a ser desvendado! /olhos

 

 

Obrigado pelos elogios! Que bom que gostou! Em muito breve terá o próximo capítulo!!!

 

 

Abração GF!

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  • 2 meses depois...

Li dois capítulos.

Gostei da narrativa, e da forma como vc esconde os fatos deixando possíveis links para fatos futuros.

A persistência da luta, os lampejos de cosmo, fantástico.

 

São 12, e muito o que ler. Na medida que ir lendo vou comentando mais.

 

Muito bom.

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Olá Kagaho.

 

Não sou expert. Só tenho um fic, e colocarei o que senti ao ler, segundo o gosto estilo que estou construindo.

 

Li até o capítulo 06, e creio que serei um pouco menos empolgado que a maioria da galera que comentou. Vamos lá.

 

> Bom desenvolvimento. Estória empolgante com o jogo da informação que fica aguardando a hora certa de chegar, e cria ganchos e suspense.

> Personagens bem construídos, sempre com muito a revelar;

> Ambiente meio sombrio, intencional. Não sou fã, mas está bem construído;

> Boa descrição de cenários, personagens e lutas;

> Passagens de local/cenário e saltos no tempo confusos. Preciso reler o parágrafo anterior para entender. O texto na minha leitura não flui livre de cima para baixo;

> Diálogos que me confundiram um pouco, as vezes, sobre quem estava falando;

 

Mais ou menos isso. Vou ler até o fim da temporada e escrevo mais. Quem sabe não mude de opinião.

 

No mais, Parabéns. Está muito bom. Creio ser uma questão de estilo mesmo.

Editado por Phoenix no Ankaa
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  • 10 meses depois...

Um ano e alguns meses depois, cá estou eu,

 

Li o resumo e ele ajudou MUITO para me localizar na história, esses resumos mesmo que pequenos ajudam demais na hora de se encontrar, a ponto de que não fiquei perdido, mesmo mais de um ano depois.

 

Bem, é até engraçado ver a garotada toda levando um cacete do Cavaleiro de Urso, para mostrar que eles ainda não são nada realmente perto de um Cavaleiro treinado, ainda assim conseguiram vencer a ponto de fugir. Graças, é claro, ao Saul e gostei muito disso haha Por que eu realmente já imaginava que ninguém iria pará-lo e alguém apareceria para vencer o cavaleiro, mas felizmente conseguiram dar um jeito e fugir. Só acho estranho não terem matado ou capturado o Cavaleiro, talvez fosse uma boa oportunidade ao invés de deixá-lo ir, sabendo da existência deles... Hum.

 

Tanto que a Sara teve que dar um jeito pra impedir que o Franz contasse tudo ao Grande Mestre. Falando nisso muito interessante saber que eles possuem infiltrados (ou talvez seja só a Lana) no Santuário, a ponto da Lana se preparar para atacar se ele não mudasse de ideia... Felizmente ele concordou que os inimigos eram irrelevantes (apesar de achar que, lá no fundo, ele SABE que são relevantes hehe).

 

Bale e Serge não tenho muito o que falar além do que já comentaram, mas me surpreendeu o Hydra ser tão folgado XD Falar dessa forma com um Cavaleiro de Prata deveria ser inaceitável. Com certeza aí tem, a mentira do Serge e a desconfiança de Bale vai dar em algo ainda.

E claro, a parte principal do capítulo, ao menos em questão de revelação foi a parte dos Cavaleiros Negros e pensar que aparentemente são essas as vestimentas que os protagonistas da fic usarão. Isso é MUITO legal hhahaha mesmo. Não esperava. Espero que utilize bem eles, principalmente por que os Cavaleiros Negros tem uma história interessante por trás, principalmente envolvendo a Ilha da Rainha da Morte e a Mascara de Guilty. Seria legal usar também esses elementos.
Bem, Edu. Fico por aqui. O capítulo foi ótimo e espero que retome sua fic o quanto antes.
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Cavaleiros Negros!

 

Já havia lido a fic, mas não sei por que cargas d'água não comentei. Acho que fiquei meio chocado com o desfecho.

 

Que havia algo de errado com o Mentar era fato. A ligação dentro do santuário já demonstra isso.

 

Um fato que deixa uma estranheza é a postura do GM como uma pessoa "boa", pelo menos não era maligna e dominadora como se via no Saga mau.

 

Com a revelação dos Cav. Negros ficam questões agradáveis:

 

1) Seria mesmo uma traição no santuário? Não fica muito claro isso.

2) Seria "ser cav. Negro" a unica opção para se vencer um santuário contaminado?

3) Como ficam Atena e a justiça de seus cavaleiros, e a fidelidade das armaduras ao bem?

 

A estória descorre com ganchos interessantes como a Jasmini que é dourada e parece ser poderosa. Será que todos seguem a mesma lógica de MDM e Afrodite de apoiar o mais forte?

 

A sombriedade, cortes e idas e vindas confundem um pouco a compreensão, mas em linhas gerais vamos acompanhado.

 

Com esse retorno em massa na seção quem sabe as coisas andam, e as inspirações retornam.

 

Aproveitando deixo o link de minhas fics:

 

http://www.cdz.com.br/forum/topic/9921-a-ordem-de-serpentario-a-lenda-dos-guardioes-de-atena/

http://www.cdz.com.br/forum/topic/10101-a-ordem-de-serpentario-preludio-memorias-da-primeira-guerra-santa/

 

A primeira é a de sempre reformulada, e a segunda um gaiden que brotou a reestruturação. A minha fic do torneio desse ano foi o início desse gaiden que tava no formo na época com alguns poucos capítulos.

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