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Saint Seiya - Pégaso Shinwa: Fuin no Chi-Hen


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Capítulo 24: Um Querubim

 

- Cheguei... – Kerubi flexionou os joelhos para que seus olhos ficassem na altura do rosto do Grande Mestre. Ele sorri, sua língua corre da direita para a esquerda pelo lábio inferior e a mão direita repousa na própria cintura. – Só acho muita falta de educação... Uma pessoa como o senhor não mostrar o rosto para me cumprimentar...

 

O punho do Arcanjo se deslocou da cintura direto para o rosto do Grande Mestre. O elmo dourado do mesmo voou a metros de distância enquanto seu tronco fora minimamente projetado para trás.

 

O objeto metálico cai em meio à escuridão e é absorvido pelo chão.

 

- Como pude me esquecer disso... – Seus olhos extremamente azuis encaravam os do Arcanjo com certa cautela. O rosto do Grande Mestre era bem mais jovem do que o que muitas pessoas no santuário especulariam. Traços leves, um cabelo loiro e agitado para cima como uma onda inversa. Havia uma pequena cicatriz milímetros abaixo do olho esquerdo. – O meu nome é Dabih.

 

Um brilho dourado percorre a parte central do elmo da Surplice de Kerubi de cima a baixo e a peça se divide em dois, caído aos pés do próprio.

“Quando ele fez isso?” – Kerubi olha para baixo e fita a proteção partida ao meio intrigado e depois nota o sorriso no rosto do oponente. – Inacreditável...

 

- Dabih... – A mão direita do representante de Athena repousa em seu peito, agarra o tecido da túnica e a puxa, revelando uma proteção brilhante como a Linteun. Ele se apruma ainda sorrindo. – De Capricórnio...

 

- Isso sim é interessante... – Kerubi afunda em meio às trevas e reaparece planando bem mais ao fundo. Ele aponta com o indicador para o Cavaleiro de Ouro. – Quem diria que você ainda verga uma armadura!

 

- Preste atenção, Kerubi... – O Grande Mestre ergue o braço direito até a altura dos olhos, seu corpo é totalmente envolvido por uma áurea dourada de cosmo e ele assume uma postura ofensiva. Sua voz perdera a calma de antes. – Eu posso até perdoar o soco que me deu há pouco... Mas jamais perdoarei o que fez ao Linteun!

 

- Então o honre e venha até mim... – O Arcanjo ergue as duas mãos, o chão inteiro treme e a dimensão negra parece ficar ainda maior. Claramente eles não estavam mais no castelo do rei Cadmo. Mãos Espectrais agarram mais uma vez o representante de Athena. Kerubi ainda sorria de forma sádica. – Quero ver do que é capaz!

 

- Vai conhecer o brilho da Espada fiel de Athena... – Dabih se agacha por um instante e em seguida dispara como um raio cortando o céu em direção ao oponente. O raio dourado, quase sempre imperceptível.

 

Um brilho um pouco acima do Arcanjo. Uma lâmina é disparada.

 

[sala de Reunião]

 

O lugar inteiro estremeceu por um segundo. Alguns chegaram a perder o equilíbrio. Metade da sala estava coberta de negro, divida por uma grande e

instransponível parede. Era impossível chegar onde antes estava o trono onde estavam o Rei, o Grande Mestre e o cavaleiro de ouro.

 

Algumas vezes a parede produzia ondas espectrais, mais parecendo um rio na vertical.

 

- Sentiu isso? – Um homem recém-chegado estava parado um pouco atrás do Rei. Traja uma armadura prateada com um grande escudo preso ao braço esquerdo. Cabelos castanhos e longos, olhos verdes penetrantes. – Senhor...

 

- Sim... Veio de lá de dentro... – A voz de Cadmo soou instável pela primeira vez. Ele não conseguia desgrudar os olhos da parede, estava quase em êxtase. Seus punhos fechados se apertavam se que ele mesmo percebesse. A boca curvada na expressão incrédula de sue rosto. – Alguém pode me explicar como este homem conseguiu entrar aqui assim?

 

- Senhor... Creio que agora consiga entender do que estive falando... – O homem que questionara o Grande Mestre antes se adianta e caminha até o lado de Cadmo. A voz baixa e ele parcialmente encolhido. – Se até o Grande Mestre e um Cavaleiro de Ouro foram... “Sequestrados” dessa forma por um único homem... O que será dos outros? Dos cidadãos de Tebas e de toda a Grécia? Estamos em perigo.

 

Fez-se silêncio, o homem pareceu se sentir confortável o suficiente para tocar no ombro da Majestade.

 

- Não acha que seria mais apropriado oferecer o nosso apoio ao Imperador Hades?

 

- Hílas... – Cadmo finalmente se move para encará-lo com um olhar tão revoltado quanto frio. Os dentes à mostra. – Mande um dos soldados levar este senhor para longe das minhas vistas. Não quero detratores manchando a nossa honra.

 

- Agora mesmo senhor. – O Cavaleiro de Prata agarra o homem pelo braço e começa a caminha para fora do salão.

 

- É loucura! O que pensa que está fazendo? SOLTE-ME! – Ele se debate, chega a cair sentado e tenta correr para o canto da sala, quando é agarrado pelo pescoço e erguido. Suas mãos desesperadas vão até as do agressor na esperança de afrouxar o aperto, mas é inútil. – Eu só quero a nossa segurança! Atena claramente vai perder esta guerra... E nós vamos... Sofrer... As Consequências...

 

- Leve-o... – Cadmo volta a encarar a parede, desta vez tocando-a com as duas mãos e tentando afundá-las, mas era impossível. Seus olhos se estreitam e ele desiste de tentar algo por hora, voltando-se para os outros presentes. – Gostaria de pedir que voltem para a vila agora. Quero cavaleiros e soldados em cada rua e esquina de lá.

 

Os homens assentiram positivamente com as cabeças, murmuraram algumas coisas e em seguida deixaram o local, deixando-o sozinho, até o momento em que Hílas retorna.

 

- Eles o levaram às masmorras, senhor.

 

- Muito bem. – Cadmo fecha os olhos e respira fundo. Sua mão esquerda percorre seus longos cabelos vermelhos e o ar sério volta à sua face. – Estou com um mau pressentimento. Quero uma formação Alpha em torno do castelo. Quanto a mim... Vou tentar chegar até o Grande Mestre...

 

[Dimensão de Ébano]

 

Um turbilhão vermelho, violento e luminoso se formara no centro da escuridão e girava em sentido anti-horário. De sua borda superior línguas de chamas voavam em todas as direções. Dabih estava em uma extremidade do campo apontando as duas mãos em direção do oponente.

Tratava-se da colisão de seus cosmos.

 

“Eu preciso nos tirar daqui...” – O Grande Mestre olha na direção em que Linteun estava afundado no chão completamente desacordado, posteriormente seu foco muda para o Arcanjo que levitava um pouco mais acima, mantendo a mesma postura. Uma gosta de suor escorre pelo lado direito de sua têmpora. Seus cabelos balançavam violentamente. – “É muito perigoso ficar aqui...”.

 

- Está se segurando?! – Kerubi sorri e contrai os dedos como se o gesto fizesse aumentar a quantidade de energia que emanava em direção ao representante de Athena. Seus olhos turquesa respondiam ao brilho da colisão com uma cor mais intensa. Ele não se abalara por um único milésimo. – Não gosto de brincar... Especialmente com pessoas como você... Mas talvez eu tenha que tornar as coisas um pouco mais interessantes...

 

Toda a escuridão da dimensão reage e a paisagem começa a ser modificada. Imperfeições no solo, crateras, blocos cúbicos, estalagmites, pequenos montes que muito lembravam areia e nuvens rochas foram surgindo gradualmente. Era um lugar totalmente abstrato. A mudança fez ambos perderem o a concentração e o turbilhão sumiu.

 

- Ele pode fazer as dimensões mudarem com tanta facilidade assim? – Dabih se agachou e enterrou firme os dedos no chão, mas seus olhos continuavam grudados em todo e qualquer movimento do soldado de Hades. O Patriarca contrai as narinas ao sentir um irritante cheiro doce que não parecia com nada que sentira antes. – Do que mais ele é capaz?

 

- Muito bem... Que comece o espetáculo... – Estala os dedos das mãos e desaparece.

 

O ar fica tenso, o grande mestre olha em todas as direções, mas não havia nenhum sinal dele.

 

- Hunf... – Ele se vira para trás e parte ao meio uma lança que vinha em sua direção, em seguida salta flexionando as duas pernas, desviando de uma certeira rasteira do arcanjo. Ainda no ar ele tentar acertar um chute na face de leão no centro do Tórax, que é defendida com braço direito. – Se é assim...

 

Dabih brilha e some como um raio. Kerubi entra em postura de defesa e espera pelo primeiro ataque. Um som elétrico ecoa de cima e logo é captado pela audição aguçada do mesmo. O cavaleiro estava descendo como um feixe luminoso formando vários “z” no céu. Quando finalmente seu corpo recupera a forma é possível ver seu punho direito envolto por uma grande quantidade de cosmo.

 

O ataque seria certeiro se Kerubi não pulasse para trás e do ponto de onde ele antes estava e onde exatamente O cavaleiro de capricórnio iria cair, não surgisse uma pilastras roxa. Ela é destroçada pelo punho do cavaleiro.

 

Ao tocar o chão, ele flexiona as pernas e gera impulso para partir em direção ao oponente mais uma vez. O primeiro ataque fora mais uma vez concentrado na face de leão, mas os braços do arcando o bloquearam. Dabih salta por cima dele e dispara uma lâmina dourada que atinge o ombro esquerdo da Surplice e destrói o chifre do touro.

 

- Maldito! – Kerubi dobra os dois braços para cima, grita, libera uma grande quantidade de energia, une os dois braços no alto e dispara uma esfera azul escura. – Vai pagar!

 

Seria possível desviar, mas o corpo do defensor de Athena fora agarrado por uma gigantesca mão negra e impedido de se mover. A esfera o atingiu em cheio.

A explosão é violenta e arrasta tudo que estava pelo caminho, afundando o solo e revelando uma camada vermelha abaixo da negra.

 

- O que foi isso? – Os olhos de Linteun se arregalam num despertar subido. Ele ainda estava preso, mas depois de um breve instante sentiu que agora era possível se mover. Ele olha para a lateral e vê a silhueta de Kerubi indo em direção ao lugar onde Dabih fora atingido. Sua vista estava um pouco turva, mas ainda assim era possível perceber o quão estranho era o lugar. Seu cosmo se ascende, ele ofega, força os músculos e por fim consegue se libertar. – Não posso ficar parado aqui...

 

O cavaleiro de ouro fica de pé e limpa o sangue que escorria pelo nariz quebrado. O corpo com certeza estaria bastante danificado se não fosse a proteção da armadura de ouro. E pelo visto, O oponente não havia lhe notado.

 

- É a minha chance... – Em sua mão esquerda surge uma rosa negra. Ele aponta para Kerubi e dispara. – Estou aqui!

 

- O que? – Kerubi ainda não havia chegado até o lugar onde estava o grande mestre, se é que ele estava lá, mas foi capaz de sentir a rosa se aproxima e interceptá-la com uma parede negra que surge em sua frente. Ele aperta os olhos e vê Linteun de pé há vários metros, é quando a raiva toma seu rosto. – Você ainda se levanta? O que há de errado com esses malditos cavaleiros?!

 

- Não passou por cima do meu cadáver! – Linteun grita o mais alto que pode e assume uma posição reta, sem postura de ataque, porém, aos seus pés era possível ver rosas azuis brotando aos montes. – Venha até aqui e acabe de uma vez comigo, se é isso que quer mesmo...

 

- Vai ser... – Uma lança negra surge na mão direita do arcanjo e ele sorri, em seguida dispara contra Linteun. Iria perfurá-lo. – Um prazer!

 

O braço direito do arcanjo se prepara para perfurar o coração do cavaleiro. Ele calculara que seria sim possível atravessar a armadura. O vento fazia seus longos cabelos brancos serem projetados para trás, seus olhos brilhavam com o instinto assassino e por fim ele faz o movimento do golpe de misericórdia.

 

- Azure Rose... – Linteun estava com os braços abertos e os olhos fechados. Sentiu a vida por um fio, mas nada aconteceu. Quando por fim os abriu, viu a lança negra parada a centímetros do seu peito esquerdo. – Finalizado...

 

Ficou tudo muito quieto e ele próprio não acredita no que tinha acabado de acontecer. De fato o prendera no efeito da técnica secreta. No momento ele não pensou em fazer mais nada. Só disparou correndo para onde o Grande Mestre fora atingido.

 

- Grande Mestre! – Linteun se aproximou do lugar e viu o homem preso à gigantesca mão negra. Ele a tateia. Era bem sólida, tinha a consistência de uma rocha. Seu punho esquerdo brilha com cosmo e ele acerta a mão, desprendendo o corpo de Dabih e aparando=o nos braços.

 

Ele estava acordado e respirando, mas tinha os olhos vidrados e estava pálido. Sua mão esquerda estava negra e magra, deixando os ossos à mostra. Dabih contrai os olhos e por fim desperta.

 

- Linteun... – O Capricórnio da a entender que pode ficar de pé e o faz. Não sentia qualquer tipo de dor, mas uma sensação de enjoo o incomodava. Sentia uma estranha vontade de vomitar. – Você está bem?

 

- Sim... Eu consegui pará-lo com as rosas azuis, mas ainda sinto seu cosmo muito forte.

 

- Ele É muito forte. Na verdade, o tempo todo eu só tive a impressão de que estava brincando.

 

[Campos Elíseos]

 

- Muito bem... Eles estão lutando... – Seus olhos prateados fitavam o conteúdo da taça de cristal que tinha na mão direita. Estava deitado em um divã com acolchoamento branco. Sua voz soou calculista e concentrada. – Consegue sentir, Hypnos?

 

- Sim... O Imperador Hades mandou mesmo soltar ele? – Hypnos repousa a harpa que tinha nas mãos em uma mesinha ao lado do banco em que estava sentado. O deus cruza os braços e as pernas.

 

Eles estavam em um pequeno púlpito às margens do Rio Lete. Algumas ninfas caminhavam por entre as flores. O céu estava, como sempre, extremamente azul e límpido.

 

- Serafim o tirou do Tártaro. Até confio nas decisões do imperador Hades... – Talvez ele tenha segurando o objeto com força além do necessário, pois o mesmo trinca se fragmenta, espalhando o liquido roxo pelo piso de mármore. Ele se põe de pé e caminha até a escada do púlpito. – Mas aquele homem...

 

- Está tudo sob controle, Thanatos. Por mais que o tal Kerubi seja perigoso... Eu já tomei as devidas precauções. – Hypnos caminha até o irmão. A túnica branca arrastando no chão, o pentagrama na testa brilhando de forma espectral. – Se qualquer um dos três pensar em faz com o Imperador Hades o mesmo que fizeram

com Zeus... Serão aniquilados sem ver o que os atingiu...

 

[Dimensão abstrata]

 

- Muito bem... Agora que ele está paralisado... Precisamos achar uma forma de sair daqui... – Dabih para pela primeira vez para observar o ambiente com mais atenção. Era realmente muito diferente de tudo que já vira. Não era possível sentir o cosmo de ninguém que não estivesse ali. A chuva vermelha continuava intensa, o que era ainda mais intrigante. – O mais estranho... É que isso já deveria ter cessado...

 

- As rosas azuis prendem a consciência do oponente, mas não o matam... É uma forma de ganhar mais tempo. – O cavaleiro de Peixes é o primeiro a perceber algo aterrorizante, dentro daquela situação. – Senhor...

 

Se dedo indicador aponta na direção onde Kerubi deveria estar, mas não havia nenhum sinal de sua presença.

 

- Esse... É o cheio do medo? – Seus olhos turquesa surgiram como faróis em meio à escuridão às costas do Cavaleiro de Ouro. A voz ecoou sinistra e congelou até o espírito dos defensores de Atena. Soldado de Hades estava com os braços abertos como se fosse uma cruz. Um brilho surge do centro da Surplice e dispara uma onda violeta contra o cavaleiro.

 

- Linteun! – O Grande Mestre saltou para tentar agarra-lo. Seus dedos tateando desesperados para conseguirem segurar o companheiro antes de ele ser totalmente envolvido e sumir sem deixar o mínimo rastro de sua existência. Dabih cai de joelhos frente o oponente e vê sua sombra se projetando sobre ele.

- Vocês... Não passam de um bando de desorientados...

 

- Acabou... – Os punhos do cavaleiro ficam cerrados. Sua boca torta de fúria, a garganta travada de tal forma que não conseguia ao menos falar direito.

O corpo do Patriarca liberou um brilho de inicio e depois, acompanhado de um potente grito acompanhado de uma violenta explosão.

 

Violenta o suficiente para deixar tudo branco, e absorver a dimensão que outrora fora criada pelo oponente.

 

As paredes do tempo e do espaço racharam como se fossem peças de cerâmica e foram se soltando, revelando aos poucos a realidade. Estavam de volta à torre do palácio de Tebas.

 

- Vou acabar com você! – O Cavaleiro de Capricórnio tinha os olhos desfocados e os cabelos projetados para cima como se um duto de ar tivesse surgido aos seus pés. O corpo rígido e envolvido por uma poderosa áurea cósmica. – Não há mais porque hesitar!

 

[Continua]

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Então Everton, prazer, sou o Nikos, já deves ter visto o meu avatar por aí no fórum, comentando as fics dos demais colegas. Como agora estou em dia com a maioria, resolvi começar uma nova, e como, ao meu ver, tu estás mostrando uma regularidade, resolvi optar por ela.

Li apenas o capítulo 1 e, conforme fores me respondendo, eu vou lendo mais capítulos. Agora que estou de férias, é possível que eu leia mais de um por vez para agilizar as coisas. Tem 22 capítulos, então não deve demorar muito.

Falando agora sobre o capítulo em si, como eu citei ali na minha primeira frase, o fim fez eu dar uma respirada. Diferentemente da maioria aqui, conseguiste já emergir-nos numa ação muito grande, apresentando quatro cavaleiros quase que de uma só vez, seguindo uma luta atrás da outra. E fizeste isso de uma maneira muito agradável, pois gostei da maneira como a tua escrita flui. Teu texto está bem redigido diga-se por si só.

Já com relação ao conteúdo, vemos uma ação rápida dos cavaleiros lutando, quando de repente surge outra luta e culmina numa missão de buscar a urna para a recuperação das armaduras que Hades parecia estar atrás. As coisas vão se desenrolando muito depressa, criando uma leitura de tirar o fôlego. Parabéns, conseguiu me prender bastante.

Porém, espero que todos os capítulos não sejam assim tão velozes e com muitas informações, porque se não várias vão ficar pelo caminho. O bom é saber dosar, fazendo um bom equilíbrio.


É isso então Everton, valeu e abração

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Opa. Já estava com saudades dessa fic. Muito bom revê-la novamente.

 

Bom. A primeira parte dispensa comentários. Os cumprimentos nada amistosos de Kerubi e Dabih foram a parte que mais me agradou no capítulo. Na verdade, deu uma introdução já pesada do que viria a seguir.

 

O Cavaleiro de Prata de Escudo provavelmente terá algum destaque na trama futuramente? Estranhamente eu gostei dele logo de cara. Quanto ao Rei Cadmo, estou curioso quanto a ele. Não sei dizer se ele é ou não um Cavaleiro, mas parece ser alguém importante e de certa forma, formidável.

 

Não esperava que Dabih fosse de Capricórnio. Gostei de como o combate se delineou. Curti o fato de Linteun ainda estar vivo e de principalmente ajudar com suas rosas azuis. Mas, certamente o Arcanjo está vivo. E ainda desapareceu com o Cavaleiro de Peixes. Nossa. Não faço a menor ideia de onde ele possa estar. Espero que não esteja morto.

 

Thanatos e Hypnos finalmente deram as caras! Já estava com saudades deles. Parece que eles estão com tudo sobre controle com o que diz respeito ao Serafim e ao Kerubi. Interessante...

 

Agora temos um Grande Mestre que promete dar o máximo de si no confronto contra Kerubi. Estou ansioso para o desfecho! Parabéns e abraços!

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Eita! Ganhei até leitor novo hoje!

 

Seja bem vindo, @Nikos.

 

Então. Apesar de eu adorar escrever combates (Que é muito difícil, e as vezes fico travado) Também adoro fazer capítulos de transição. A trama não vai se resumir só a socos e golpes especiais não... Pode ficar tranquilo. De todo modo, No capítulo 26 a segunda temporada chega ao fim, mas desta vez não pretendo dar uma pausa, pois entramos num arco que requer uma continuidade acelerada.

 

Obrigado por ler. ;)

 

_____________________________

 

Guuuuuuu! Prometo muita coisa boa pro Cadmo no próximo capítulo. O próximo é o penúltimo da temporada, e espero manter o nível que o 12 (Penúltimo da primeira) teve. Já estou inclusive escrevendo-o, pesquisando e assistindo umas coisas para ter uma base bem sólida e fazer algo alá Umakoshi.

 

Thanatos e Hypnos sempre estiveram com tudo sob controle... Eles são muito desconfiados de todos que envolvem Hades. É uma relação de adoração incondicional.

 

Espero continuar acertando nos próximos dois. =)

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Li o Capítulo 2

Então, nos é apresentado mais uma gama de personagens. Espero não me esquecer deles conforme a fic for passando.

Vamos para a história, que já começa com a consturção de alguma coisa que, pela descrição, parece ser o castelo de Hades. Como estamos na Era mitológica, é bem plausível isso e se eu eestiver certo (não precisa responder para não dar spoiller), foi uma ótima referÊncia, porque algum dia ele teria que estar pronto.

Em seguida, a aparição de um homem (julgo ser hades, um juiz ou um dos deuses gêmeos) e de um espectro, pronto para realizar uma missão.

Mudando de foco, temos a aparição de mais dois personagens, discutindo sobre... o amor! Isso é um assunto polêmico e cada um tem sua visão. No entanto, em nenhum momento da série o amor foi condenado. Teve até um relacionamento "Orfeu e Euridice". Aliás, Atena não cansa de defender o amor entre os homens!

Engraçado que eles discutem exatamente isso, sobre o perigo de se ter um amor, apesar de eles terem confiança de protegê-las. Dando o meu pitaco, eu acho que ela morrerá porque isso parece que ficou subentendido.


Eis que surge Auriga e o prenúncio de uma batalha...

Se dirigindo ao Santuário, temos foco no Tohma e Tomey e um flashback mostrando bem o terror e a promessa de vingança do Imperador Hades. Gostei dessa parte, inclusive sua promessa de vingança. Muito bom memso.

E, no presente, não entendi por que "não podem prender Hades simplesmente num ânfora", ele tem poder igual a POseidon segundo a série. Só essa constatação.

E para finalizar, o momento de ação, com Peixes impossibilitado de fazer o veneno penetrar no espectro, mas que isso parece não ser problema para ele, pois tem as rosas negras. Só achei que ele declarou o que ia fazer cedo de mais, o que permitiu a fuga do adversário par aum local mais equilibrado. Além disso temos Escorpião e a aparição do espectro inicial. Boa deixa!!


É isso então, quando possível leio o 3. Abração

Editado por Nikos
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Everton... Everton...

 

Assim ficarei mal acostumado...

 

Depois, quando postar capítulos que não sejam maravilhosos como esses dois últimos o foram, não me culpe pelas queixas.

 

Brincadeiras a parte...

 

Como o anterior, este foi um Capítulo que beirou a perfeição, e o que faltou naquele (um combate), tivemos neste, o que tornou-o virtualmente perfeito para mim.

 

Visto de todos os prismas possíveis, achei a interação e o embate de Kerubi com o Grande Mestre e Linteun, magistrais:

 

A maneira como o Cavaleiro de Ouro de Peixes foi trazido de volta à ação...

 

Dabih tendo sua figura revelada em meio ao seu poder e porte da vestimenta dourada de Capricórnio...

 

O arcanjo com sua selvageria que beira a prepotência cega...

 

E a margem deles o rei Cadmo e tudo mais que o cerca.

 

Enfim...

 

Realmente tudo muito bem feito e digno de nota...

 

Parabéns!

 

Para encerrarmos não poderia deixar de elogiar a participação dos gêmeos Hypnos e Thanatos. Além é claro, da menção por parte deles da traição dos três arcanjos para com o todo poderoso do Olimpo (Zeus).

 

Perguntas como quem seria o terceiro arcanjo traidor (em vista das mais altas classes angelicais que praticamente nomeiam os outros dois poderia ser Trono... ou então possuir o mesmo nome de grandes anjos tais como Metraton, Raziel e Auriel que seriam os líderes respectivamente dos Serafins, Querubins e Tronos)...

 

E, como Hades teria conseguido a lealdade deles para que esses passassem a servi-lo...

 

Ou mesmo suas origens e como teria se sucedido essa rebeldia por partes deles contra Zeus.

 

Espero ansioso pelo momento em que a história nos revelará tudo isso e muito mais.

 

Penso ser isso...

 

Abraços e espero que algum dia você me dê à honra, e o privilégio, de vê-lo na minha fic (CRÔNICAS DE ATHENA).

 

Deixo a cá para você este convite!

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Capítulo lido.

 

Eis uma apresentação hostil entre um Dourado como braço direito de Atena e um Espectro traidor, gostei daquele pormenor da espada ter cortado um pouco da Surplice.

 

O Rei Cadmo preocupava com o seu estado de segurança e seu reino, porém se entrega-se sua lealdade para Hades, seria muito mal para o pacto que tem com a deusa Atena.

 

As descrições, cenários e ambientes estão impecáveis no seu estilo próprio, abraços e parabéns pelo teu capítulo.

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Li o Capítulo 2

 

Então, nos é apresentado mais uma gama de personagens. Espero não me esquecer deles conforme a fic for passando.

 

Vamos para a história, que já começa com a consturção de alguma coisa que, pela descrição, parece ser o castelo de Hades. Como estamos na Era mitológica, é bem plausível isso e se eu eestiver certo (não precisa responder para não dar spoiller), foi uma ótima referÊncia, porque algum dia ele teria que estar pronto.

 

Em seguida, a aparição de um homem (julgo ser hades, um juiz ou um dos deuses gêmeos) e de um espectro, pronto para realizar uma missão.

 

Mudando de foco, temos a aparição de mais dois personagens, discutindo sobre... o amor! Isso é um assunto polêmico e cada um tem sua visão. No entanto, em nenhum momento da série o amor foi condenado. Teve até um relacionamento "Orfeu e Euridice". Aliás, Atena não cansa de defender o amor entre os homens!

 

Engraçado que eles discutem exatamente isso, sobre o perigo de se ter um amor, apesar de eles terem confiança de protegê-las. Dando o meu pitaco, eu acho que ela morrerá porque isso parece que ficou subentendido.

 

 

Eis que surge Auriga e o prenúncio de uma batalha...

 

Se dirigindo ao Santuário, temos foco no Tohma e Tomey e um flashback mostrando bem o terror e a promessa de vingança do Imperador Hades. Gostei dessa parte, inclusive sua promessa de vingança. Muito bom memso.

 

E, no presente, não entendi por que "não podem prender Hades simplesmente num ânfora", ele tem poder igual a POseidon segundo a série. Só essa constatação.

 

E para finalizar, o momento de ação, com Peixes impossibilitado de fazer o veneno penetrar no espectro, mas que isso parece não ser problema para ele, pois tem as rosas negras. Só achei que ele declarou o que ia fazer cedo de mais, o que permitiu a fuga do adversário par aum local mais equilibrado. Além disso temos Escorpião e a aparição do espectro inicial. Boa deixa!!

 

 

É isso então, quando possível leio o 3. Abração

 

 

O que é mais dificil, e talvez mais libertador, é que aqui nós estamos na primeira guerra santa contra Hades. Então eu não preciso ficar me atentando a coisa que aconteceram, por exemplo, nas guerras futuras... Só o que tem ligação com elas, claro. Gosta de explicar as coisas, e no decorrer desta temporada ainda algumas vão começar a ganhar seus contornos. Então fico ansioso para saber o que vai achar do que vem pela frente.

 

_____________________________________________________

 

Para o LMB, o terceiro Arcanjo é uma mulher. Ophani.

 

Costumo me inspirar nas coisas que assisti enquanto era criança. Esses três personagens saíram direto de Digimon 4 (Sim). Quando os vi nos episódios finais da temporada, senti um estalo que me disse (Ei... Eles ficariam legais no exército de Hades.) E ai eu comecei a trabalhar com o plot. Bom... Vamos ver no que vai dar. =)

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Li o capítulo 3.

Tivemos três pedaços nessa fic e o que mais me agradou foi o primeiro, mostrando o descanso de Hades e a exigência dele de chamar Perséfone, que tem tudo para ser uma grande personagem, se trabalhares bem com toda a mitologia que a compõe. Nesse pedaço também dá uma ideia do homem quem comandou os espectros que tinha ficado meio nebuloso no capítulo anterior.

 

Em seguida as lutas ao estilo dos primeiros espectros da série, dando um certo trabalho para os cavaleiros de ouro, mas eles o derrotando pela superioridade natural. O que ficou um pouco vazio é que não conhecíamos os personagens no total, por isso essas lutas não tiveram tanto o impacto e o receio de eles morrerem.

Outra coisa que não me agradou é que a passagem de uma luta para a outra foi brusca, sem nenhum aviso, o que destoa do resto do capítulo que está bem escrito e tudo bem detalhado.

No mais é isso, bom capítulo, boa deixa final para combates com mulhres (isso já chama a minha atenção de cara)

Abração

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Everton...

 

Interessante saber que o terceiro arcanjo é uma mulher (mal posso esperar para vê-la em ação e seu surgimento na história)...

 

Outra coisa bem legal foi você compartilhar conosco, seus leitores, a inspiração e fonte do surgimento dos três arcanjos que servem agora a Hades...

 

Abraços e obrigado por responder!

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  • 2 meses depois...

Nos últimos capítulos de Saint Seiya Pégaso Shinwa:

Tohma e Linteun são enviados a uma missão após o santuário receber um pedido de ajuda do rei Cádmo. Seu território estava sendo atacado por um misterioso Espectro, que eliminava os aspirantes a cavaleiro e até mesmo alguns de bronze e de prata.

Ao chegarem a Tebas, os defensores de Athena entram em combate com o soldado de Hades, e o Pégaso acaba sendo transportado à Colina dos Anjos por Serafim. A batalha é equilibrada, e ambos discutem suas convicções. O Testrálio Dogma afirma captar a dor que os humanos sentem sofrendo nas mãos dos deuses, e insiste em liberta-los de tal sofrimento. Tohma decide entender esta dor também.

Distante dali, Perséfone tenta se camuflar como uma pessoa normal diante da Anciã Inay, porém é surpreendida pela chegada do impiedoso Queen de Alraune, uma das cento e oito estrelas malignas, que busca a parceira do Santuário. Após reconhecê-la, o Espectro tenta forçar sua volta ao mundo dos mortos, mas acaba arrebatado pelo despertar do grande poder da deusa. Ela parte mais uma vez em busca de paz interior. Em uma cidade estranha, seu cosmo é reconhecido por uma mulher igualmente misteriosa.

Kerubi investe contra o Grande Mestre e Linteun de Peixes no palácio de Tebas. O Arcanjo usa ser poder negro para causar terror nos oponentes e instiga a ira de Dabih ao debochar da fraqueza humana. O Rei Cadmo está impaciente!

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  • 5 meses depois...

Capítulo 25: O Relâmpago e Zanouki

O céu estava escuro, as pessoas ao redor ficavam acuadas próximo aos muros do castelo ou à orla da floresta. O chão do hall de entrada estava devastado. Pedras soltas, crateras fumegantes e neste circulo que mais lembrava um coliseu só era possível ver dois corpos em movimento.

 

Um ao menos tinha forma. Era revestido de negro e girava de um lado para o outro de forma desorientada. O outro não passava de um flash dourado. Um relâmpago.

 

Um chute no rosto, o Arcanjo cai mais uma vez de joelhos. Um soco no queixo, ele levanta como se algo o puxasse para cima. Era visível sua humilhação. A eminente derrota que estava sofrendo, porém, o mais estranho disso tudo, era o sorriso sínico em seu rosto.

Provavelmente a investida fatal que dera minutos atrás contra o Linteun, O Cavaleiro de ouro de Peixes, tivesse desencadeado a mais perigosa ira do todo poderoso Grande Mestre do Santuário.

 

Dabih tornara-se um feixe de luz assassino que não deixava que os olhos Turquesa de Kerubi o acompanhassem.

 

- Esse homem não cai? Do que ele é feito? – Hilas, o cavaleiro de prata de Escudo, estava parado ao lado do Rei Cadmo e mais alguns soldados. Eles permaneceram na parte de cima da torre do Castelo onde antes foram surpreendidos pela chegada do servo de Hades. Ele olha para o Rei e percebe que provavelmente ele não estava prestando atenção. – Senhor?

 

- Desculpe-me, Hilas... É que... É muito estranho. – Em sua cabeça ele lembra o momento em que O Capricórnio fora consumido por uma intensa luz dourada e deixara de ter um corpo humano. Seus olhos negros fitando o corpo quase destroçado de Kerubi. – Isso não é normal.

 

Um poderoso estrondo parece finalizar a situação. O raio sobe ao céu e atinge o oponente com tanta força que dessa vez ele cai inconsciente. Os olhos abertos, porém brancos, a boca do mesmo jeito e soltado fumaça. Queimaduras, sangue escorrendo pelo nariz. Provavelmente o fim.

 

Ele para. O cavaleiro para diante do corpo imóvel e aos poucos vai recuperando sua forma original. A armadura fica evidente, seus cabelos assentam de forma alinhada e os olhos recuperam o azul-céu que possuíam antes.

 

Ele voltou à postura ereta e olhou para as próprias mãos, em seguida para o cadáver.

 

- Está acabado... – Ele se vira para caminhar em direção à entrada interior do castelo e da o primeiro passo.

 

Aquela mão negra perfurou seu peito como se fosse só uma folha de papel, atravessou a armadura e agarrou com força seu coração. Um golpe pelas costas. Os olhos sinistros vidrados, um sorriso maníaco, cabelos desgrenhados, e para espanto, ou desespero de todos ali presentes, um corpo intacto.

 

- Vocês pecam pela ingenuidade, Cavaleiros de Atena... – Kerubi passa o braço direito por debaixo da mesma axila do cavaleiro de ouro e o segura com força, para que se mantenha de pé, enquanto a outra mão continua revirando o coração dele entre os dedos.

 

- DABIH! – Cadmo não pensa duas vezes e salta do alto da torre. Ele cai de frente para os dois combatentes, usara o punho direito e as pernas flexionadas para amortecer a queda.

 

Dabih estava com a boca aberta, seu cosmo parecia simplesmente extinto. As mãos desarmaram e ficaram penduradas como se estivessem mortas. Obviamente o golpe também o fizera perder a força nas pernas.

 

- Diga-me, Rei Cadmo. Eu devo esmagar o coração? Ou devo guardar de presente? – O Arcanjo corre a língua pelo lábio inferior da esquerda para a direita e seus olhos se arregalam. – RESPONDA! Diga o que devo fazer com o seu amigo!

 

- Como fez isso? Como foi capaz de espaçar da fúria desse homem? – Cadmo estava tão perplexo que sua voz saiu quase como um sussurro. Ele se põe de pé e desprende a capa das costa, revelando a armadura real. – Independente de como tenha sobrevivido... Espero que entenda a gravidade do que acabou de fazer... E as conseqüências disso.

 

- É? Então talvez o coração deste homem não seja a questão neste momento. – Ele retira a mão do buraco que havia feito e deixa o órgão lá dentro, jogando o corpo do cavaleiro para o lado. – Eu quero saber quais vão ser as conseqüências, Realeza. – O enviado de Hades abre os braços como forma de desafio e em seguida faz uma reverência. – Mostre-me.

 

- Se a Excalibur é a espada que destrói tudo de fora para dentro... – O Rei entra em posição de ataque, seu braço direito é rodeado por uma espiral vermelha e ao fim do processo uma espada robusta surge de relance. – Zanouki destrói de dentro pra fora! VOU DILACERAR A SUA ALMA!

 

Cadmo parte para a ofensiva. Ele corre em direção ao Arcanjo e some do campo de visão dele quase tão rápido quando Dabih fizera antes.

Kerubi é envolvido por uma cúpula de lanças negras que apontam em todas as direções. Seus olhos percorrem o campo em busca da vítima, mas não consegue perceber que o ataque viria de baixo. O chão aos seus pés cede e a majestade sai de dentro dele disparando um poderoso corte negro que destroça a face do leão incrustada no tórax da Surplice.

 

O soldado de Hades agita os dedos e faz as lanças se voltarem para o corpo do oponente. Neste meio tempo ele é mais uma vez acertado por um chute no tórax que o faz perder o equilíbrio e voar para trás arrastando os pés no chão e deixando um rastro no piso.

 

Antes que pudesse se recuperar, Kerubi é acertado em cheio por um soco no rosto que faz sua cabeça girar quase em 180 graus. Cadmo salta para trás, recupera a posição de ataque e o acerta novamente com um potente soco no peito esquerdo, na altura do coração.

 

O corpo do Arcanjo é projetado para trás com tanta força que só para ao se chocar com um muro na extremidade do hall do castelo. O impacto libera muita poeira e destroços, deixando um buraco na construção.

 

- Vamos... Venha de novo! – Cadmo força o pescoço para a esquerda até ele estalar e em seguida movimenta os dedos das mãos. Estava esperando pelo retorno do oponente.

 

Não demorou. Uma explosão bem onde Kerubi fora lançado ocorre o resto do muro cai, deixando o castelo sem defesas. Ele ressurge em meio à poeira que ainda era densa.

 

Seu corpo caminhou até onde pudesse ser visto por todos. A cabeça ainda virada para trás.

 

- É essa a conseqüência? Diga-me caro Rei Cadmo... A morte do mestre do Santuário só te carrega com isso de obstinação? – A mão esquerda vai até o topo da cabeça e a gira para o lugar certo, em seguida ele também força o pescoço para a direita até estalar. – Eu sou mais que um Humano, Caso não tenha notado.

 

- Não... Você não é mesmo humano. Nunca chegaria perto disso. – O Rei recupera a postura e seus punhos brilham novamente. Um sorriso se abre em seu rosto. Sua voz altiva e seu olhar penetrante fitam a criatura com instinto assassino. – Não passa de uma besta sem rumo... Sem ter para onde voltar quando tudo isso acabar, independente de quem for vencer.

 

- Não diga besteira... Eu não precisei nem de todo poderoso Zeus, imagine de um lar. – O Arcanjo faz surgir na mão direita uma ameaçadora lança negra com espinhos em seguida da mais alguns passos para frente. – O poder é a base de tudo. Não concordo com esse pensamento medíocre que vocês nutrem... Essa veneração pelos deuses.

 

- Não perca seu tempo me explicando o que concorda ou não concorda. Já que é só uma besta... Tente despejar em mim esse seu ódio natural! Vou retribuir com uma surra da realeza!

 

Kerubi dispara e Cadmo faz o mesmo. O rei materializa em sua mão esquerda uma gigantesca espada negra, a forma física de Zanouki. Sua lamina se choca com a lança de espinhos. Faíscas voam em todas as direções após a colisão e eles são arrastados em direções diferentes, mas se recuperam para uma nova investida.

 

A espada toca o chão e o risca como se tentasse afiá-la ainda mais, em seguida ergue para disparar uma poderosa rajada cortante. O Arcanjo desvia saltando por cima dela e pousando atrás do oponente. Ele tenta perfurá-lo com a lança, mas ante a velocidade do mesmo o golpe é praticamente nulo.

 

Ambos continuam a série de golpes sucessivos incansavelmente. Tomando distância, a dita besta faz o chão se desprender e dele brotarem várias outras lanças negras que disparam e todas as direções. Estranhamente elas nem ao menos chegavam perto de atingir Cadmo. Ele estava protegido por algum tipo de barreia.

 

- Como assim?! – O Arcano cerra os punhos e dessa vez cria as mãos negras que usaram no inicio do combate contra o cavaleiro de ouro. – Maldito rato!

 

- ... – Cadmo brande a espada com as duas mãos e da ponta dela rajadas de luz vermelha disparam contra as mãos-negras-gigantes e as cortam ao meio fazendo virar fumaça, em seguida, aponta a arma para o próprio inimigo. – Vamos ver se é só uma casca vazia...

 

Ele desaparece. O ar fica pesado e tenso. A Besta com olhos vidrados que giravam nas próprias órbitas como se fossem olhos de um camaleão até que ele é mais uma vez atingido em cheio. A espada fica cravada no centro do seu coração. Ele solta o cabo e se afasta.

 

- Hehehe... – A cabeça baixa, olhos cobertos pelos cabelos brancos, mas ainda com um sorriso no rosto. Suas duas mãos tocam a lamina e puxam a arma com força, jogando-a para o lado, em seguida solta a mais sinistra gargalhada que já se ouvira. Ela durou por quase um minuto e após quase perder o ar ele finalmente para. – Isso é sério? Esse golpe era para me afetar mesmo? Só pode estar brincando...

 

Kerubi aperta os olhos para enxergar Cadmo melhor e em seguida aponta a mão esquerda na direção dele. Ela brilha e o peito do Rei explode como se uma granada estivesse armada ali e ele tomba para trás.

 

- Ser uma Besta tem muitos pontos positivos. Um deles é que o conceito de vida e morte é tão irrelevante... Que essa “Lei” torna-se nula para mim. Estou num patamar diferente do seu. – Ele caminha até o corpo caído e pisa no lugar onde o peito havia explodido. Seu rosto estava lívido. A boca curvou-se numa expressão séria. Quatro lanças negras surgiram em suas mãos e ele usou as quatro para ficar nos pulsos e nos calcanhares do rei, prendendo-o ao chão. – Quem sabe assim você não posso mais correr, não é mesmo?

 

Seus olhos se voltam para a espada caída ali perto. Ele caminha até ela e a toma em suas mãos, empunhando de forma ameaçadora. Em seguida aponta na direção da torre da qual ele viera, que agora estava deserta.

 

- Vê? Todos fugiram. Todos os seus bravos soltados não se deram ao trabalho de ficar nem ao menos para assistir sua derrota. A verdade é que eles, os humanos, vão ficar sempre do lado do mais forte, do lado mais vantajoso para eles.

 

- Eu mesmo mandei que fossem embora. De fato seria uma lástima... Se me vissem neste estado. Isso abalaria a confiança deles... – Sua voz permanecia firme apesar dos graves ferimentos que sofrera, mas a dar, os dentes à amostra, os olhos semicerrados, o suor e o

sangue. – Afinal... Eu sou um Rei...

 

“Dabih.”

 

A voz feminina ecoou na mente do Grande Mestre. Ele ainda estava caído, sem forças para levantar, provavelmente a alguns segundos de morrer, mas pode ouvir aquela voz.

 

“Athena...”

 

Ele levantou-se. Estava de pé em algum lugar branco e limpo. Não havia nada nem ninguém além dele ali. Seu corpo sem ferimentos, os olhos deslizando em todas as direções em busca de alguma outra coisa além de sua própria existência.

 

- Eu posso ouvi-la...

 

- Consegue se levantar mais uma vez?

 

- Sim... Eu consigo. Não sei se por muito tempo, mas... – Ele para por um segundo e sorri. – Hehe. É irônico, me desculpe.

- O que é irônico?

 

- Depois de todas as batalhas pelas quais passei até hoje... Essa não chega nem perto de ter sido a mais dura delas. Pergunto-me se isso seria porque sempre tive alguém do meu lado para me ajudar, se foi pura sorte... Ou se realmente estou enganando com relação à força daquele homem. – O cavaleiro leva a mão direita até o topo dos cabelos loiros e coça a cabeça. – Além disso... Sempre motivei os outros a não caírem tão facilmente.

 

- Poupe suas forças... Eu só gostaria que... Esperasse-me.

 

- Te esperar? – Ele fica com uma feição mais séria e se concentra no que viria a seguir.

 

- Só mais alguns minutos... E tudo vai ficar resolvido. Confie em mim.

 

- E ele é o Grande Mestre... – Cadmo sorriu e fechou os olhos.

 

Mais uma vez o corpo de Kerubi fora transpassado, mas dessa vez pela espada de ouro. Dabih estava parado logo atrás dele, o braço erguido de um golpe que viera de baixo para cima e cortara o Arcanjo ao meio.

 

- Espada Sagrada... Excalibur...

 

[Continua]

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Capítulo 25

 

A ação da batalha entre Kerubi e o Grande Mestre expressaram, com notoriedade, a magnitude deste confronto. As cenas com o “relâmpago” Dabih considerei as melhores, dada sua estética exuberante e dramaticidade.

 

Me surpreendi com Cadmo, e sua Zanouki. Não esperava vê-lo em ação e tão pouco que esse seria capaz de, mesmo que por certo tempo, fazer frente ao Arcanjo. Inclusive, o diálogo entre eles, em principal o que fora dito por Cadmo, considerei bastante apropriado, dada as circunstâncias.

 

Outra surpresa foi o corpo de Kerubi aguentar certos castigos que deveriam levá-lo logicamente a morte. Espero nos próximos mais detalhes sobre essa particularidade do Arcanjo.

 

Mais uma vez destaco as descrições e feições dos personagens que já se tornaram predicados costumeiros da Pégaso Shinwa.

 

O texto coeso, apesar de alguns errinhos gramaticais, fluiu satisfatoriamente até o término do capítulo, que cá entre nós, foi muito bem encerrado, deixando em nós leitores, aquela ansiedade pelo próximo.

 

Me despeço e fica o pedido para que os hiatos, que infelizmente tornaram-se também costumeiros por aqui, cessem ao menos por um tempo, já que a continuidade para uma história, acaba sendo tão importante como sua qualidade.

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Capítulo 25

 

A ação da batalha entre Kerubi e o Grande Mestre expressaram, com notoriedade, a magnitude deste confronto. As cenas com o “relâmpago” Dabih considerei as melhores, dada sua estética exuberante e dramaticidade.

 

Me surpreendi com Cadmo, e sua Zanouki. Não esperava vê-lo em ação e tão pouco que esse seria capaz de, mesmo que por certo tempo, fazer frente ao Arcanjo. Inclusive, o diálogo entre eles, em principal o que fora dito por Cadmo, considerei bastante apropriado, dada as circunstâncias.

 

Outra surpresa foi o corpo de Kerubi aguentar certos castigos que deveriam levá-lo logicamente a morte. Espero nos próximos mais detalhes sobre essa particularidade do Arcanjo.

 

Mais uma vez destaco as descrições e feições dos personagens que já se tornaram predicados costumeiros da Pégaso Shinwa.

 

O texto coeso, apesar de alguns errinhos gramaticais, fluiu satisfatoriamente até o término do capítulo, que cá entre nós, foi muito bem encerrado, deixando em nós leitores, aquela ansiedade pelo próximo.

 

Me despeço e fica o pedido para que os hiatos, que infelizmente tornaram-se também costumeiros por aqui, cessem ao menos por um tempo, já que a continuidade para uma história, acaba sendo tão importante como sua qualidade.

Sem hiatos dessa vez LBM! 26 está no fogo e a terceira temporada começa logo na semana seguinte. Ainda não decidi se ela será a ultima, mas é uma possibilidade. Como tive que me afastar da fic por um tempo, meio que perdi a linha de pensamento que já havia preparado, mas não que não possa se recuperar... Hehehe. Quarta-Feira tem o fim da segunda temporada!

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Capítulo 25 lido.

 

Há muito tempo que não publicavas nada da tua fic, parecia que a tinhas abandonado.

 

Sobre o capítulo em si:

 

Notei que foste buscar a referência e a ideia da Zanouki ao gaiden de El Cid e como também a sua contextualização junto da Excalibur ao Rei Cadmo foi bem impregnado contra um oponente demoníaco como o Kerubi, uma luta bem injusta e cheia de artimanhas por parte do guerreiro sombrio alado.

 

Que pena que o Cavaleiro de Prata tenha sido uma grande vítima no meio disso tudo.

 

Parabéns por este capítulo e espero que continuas a ser mais assíduo.

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Capítulo 26: Queda

 

“Instabilidade emocional... Você costumava ser mais centrado, mais calculista. Não vai poder defender Atena... Se você for a ameaça...”

 

O punho direito e nu rasgou o céu e continuou seu trajeto violento até chocar com o do Espectro. Foi uma colisão violenta.

 

O chão se desfez e afundo, um relâmpago percorreu o céu e fez o trabalho inverso. Sobrepujou a luz e a transformou em noite. Ambos foram consumidos por aquela escuridão.

 

Pingos de água ecoaram e fizeram com que ele abrisse os olhos. As ondas tinham reflexos azuis naquele ambiente escuro. Um espelho d’água negro, e seu rosto estava mergulhado pela metade, caído de costas, os cabelos flutuando.

 

Seus dedos se mexeram e ele tocou o chão. Suas pernas se retraíram e o cavaleiro se colocou sentado para observar a paisagem com mais atenção. Talvez

aquela fosse mais uma de suas experiências extracorpóreas.

 

Só uma pequena parte do piso de pedra abaixo dele era visível. Seus olhos se apertaram quando percebeu estar sem marcas de combate.

 

- Então você também veio.

 

- Essa voz... – Tohma ficou de pé e inclinou o corpo um pouco para tentar enxergar além, mas era inútil. Ele sabia que ela pertencia ao furioso Dogma. Apesar de estar diante de um inimigo ele não pensou e muito menos sentiu vontade de se por em defensiva ou ofensiva, apenas continuou observando o mesmo surgir da escuridão. – Estive esperando você.

 

- Confuso, não é? Depois de pensar um pouco... Eu deduzi que esta é a minha alma. – O Espectro parou diante do Cavaleiro, estava com um leve sorriso no rosto e também sem marcas visíveis. – Ou melhor... A nossa.

 

- Será que são tão escuras assim mesmo? Veja... Só há trevas aqui... – O Pégaso encarou os olhos azuis do Testrálio de forma penetrante. Estava tão seguro de si que seu rosto não nutria uma única marca de expressão. Eles eram realmente o espelho um do outro, as diferenças físicas estavam apenas na cor dos olhos e dos cabelos, mas talvez as internas fossem ainda maiores. – Está vendo este lugar? Quando você olha para o além... É como se não houvesse futuro.

- Eu honestamente nunca achei que fosse ter um, mas... Tenho uma dúvida. – Ele aponta para seus reflexos abaixo com o indicador esquerdo e ambos acompanham sua indicação. – Só existe um reflexo.

 

Entre os dois, visível na água transparente do espelho, era possível ver um único homem, novamente com duas diferenças. Olhos e cabelos castanhos.

 

-... – Tohma analisou a imagem por um instante e em seguida ergueu a mão direita para Dogma. O Espectro a apertou logo em seguida. A feição séria do cavaleiro logo se transformou num pequeno risco em seus lábios voltado para cima, um raro sorriso. – Então vamos ver... Se esse é o caminho do futuro...

 

[Tebas/Castelo do Rei Cadmo]

 

- A Espada sagrada... EXCALIBUR

 

Mais uma vez o corpo de Kerubi fora transpassado, mas dessa vez pela espada de ouro. Dabih estava parado logo atrás dele, o braço erguido de um golpe que viera de baixo para cima e cortara o Arcanjo ao meio.

 

- Impossível! – Os olhos do arcanjo se arregalaram e as veias tomaram todo o globo branco. Os antebraços curvaram-se para cima e os dedos moveram-se como se estivessem apertando algo. Uma rachadura dourada percorria altura da bacia na lateral direita até o trapézio na esquerda. – Você devia estar morto! EU ARRANQUEI O SEU CORAÇÃO!

 

- Um cavaleiro... Não cai antes de cumprir com sua missão... – O Capricórnio deu dois passos para trás e esforçou-se para não perder a força nos joelhos e desmoronar mais uma vez. Estava visivelmente cansado. Rastros de sangue escorrendo do nariz e pelos cantos da boca, os olhos cansados e respirando com dificuldade. – Como mestre do santuário eu...

 

A cena a seguir o calou por completo.

 

Os olhos de Kerubi ficaram brancos e ele parou de se mexer por alguns segundos, mas logo depois dez dedos brotaram da parte mais alta da rachadura em seu corpo, próximo ao pescoço e começaram a fazer força para separar o indivíduo ao meio.

 

Os dedos não pareciam exatamente físicos. Eram como fumaça, mas que de alguma forma conseguiam exercer força. Logo eles transformaram-se em braços que simplesmente terminaram de rasgar a carcaça do velho Kerubi em dois e dela fluiu uma gosma negra que caiu no terreno acidentado e aos poucos foi tomando a forma original do Arcanjo. Ele era um corpo nu.

 

- Isso é... – Cadmo já estava com o olho esquerdo fechado, mas conseguiu ver o que estava acontecendo, seu corpo ainda preso pelas lanças de Ébano. – Impossível...

 

- Esse seu tom de voz é tão agradável... – Seus pulmões se encheram de ar, ele inspirou e respirou estalando o pescoço em seguida. Sua Surplice surgiu como fumaça e protegeu seu corpo mais uma vez de forma majestosa. Os olhos turquesa do Arcanjo foram de Cadmo a Dabih e sua boca mostrou um sorriso canino. – Surpresa... Desespero... Eu gosto disso.

 

- Eu sei o que é isso... – O Cavaleiro de Ouro recua mais A expressão de terror em seu rosto infelizmente era inevitável. Em sua mente surgiu a imagem de um selo escrito “Ζεύς”. – A técnica demoníaca banida pelo próprio Zeus... Então foi por isso... - Exatamente. Ou acha que estive esse tempo inteiro no Tártaro apenas em busca de diversão?

 

- Hehehe – Kerubi deu dois passos em direção ao Grande Mestre que afundaram ainda mais o chão e o fizeram ficar negro. Seus olhos refletindo o rosto do rival e as presas à amostra. – Nekromanteía... A Técnica capaz substituir um corpo desgastado por um corpo novo usando o próprio. Zeus jamais a temeria se não fosse por um detalhe... O único que conseguiu a execução com perfeição... Fui eu...

 

- Isso sim é interessante...

 

Outra voz ecoou no espaço e então tudo parou. O Espaço à frente do Arcanjo se distorceu, O chão sumiu e deu lugar a uma galáxia. Linhas prateadas que se cruzavam na horizontal e na vertical, planetas que giravam ao longe e duas luzes que se materializaram diante dos três presentes. Uma mulher e um Homem. Seus pés tocaram o chão sólido e eles finalmente mostraram seus rostos. À Esquerda, trajando a imponente armadura dourada, O cavaleiro de Ouro de Gêmeos, Calx. À Direita, com o Báculo de Nick, a vitória, Longos cabelos castanhos e olhos da mesma cor, um vestido branco que arrastava no terreno acidentado e uma expressão imponente, a deusa da Guerra Justa, Athena.

 

- Deixe-me selar essa sua técnica, senhor Arcanjo... – Calx era significativamente mais alto que Athena. Seus cabelos negros iam até a altura da parte de trás dos joelhos, uma feição série, pele clara e olhos acinzentados. Ele esbanjou um longo sorriso, ergueu a mão direita até a altura do queixo e nela surgiu uma esfera giratória com o interior em formato de espaço sideral. – Afinal... Entendo tão bem de coisas que os humanos pensam que só os deuses podem fazer quanto você...

 

- Athena... Você chegou... – O Grande Mestre se aprumou e tentou caminhar até ela, mas a mesma fez sinal com a mão esquerda para que ele ficasse onde estava. Ele a obedece e passa a observar o Arcanjo novamente. – Vocês ouviram o que ele disse...

 

- É bem oportuno que a própria deusa tenha vindo até aqui. – O Arcanjo põe a mão esquerda na cintura e às suas costas centenas de lanças negras flutuantes surgem e apontam na direção dela. – Pode até ser que não seja tão fácil... Mas para uma besta como eu... Matar um deus não deve ser tão impossível. – Ele estala os dedos da mão direita e as lanças disparam.

 

Elas disparam como raios contra a deusa, no entanto, não chegaram nem ao menos perto de tocarem-na. Foram dissipadas por um simples estalar de dedos do outro cavaleiro.

 

- Honestamente... Espera mesmo matar a deusa Athena estando diante de dois Cavaleiros de Ouro e o Rei de Tebas com tanta facilidade? Eu já estava sentindo muita vontade de rir desde antes... Não me faça ser deselegante... – O cavaleiro caminha até o Arcanjo e para há menos de dois metros dele. – Porque não usa tudo do que Nekromanteía é capaz em mim?

 

[Templos de Hades/Campos Elísios]

 

A pesada porta de madeira se abriu e o deus passou por ela calmamente. Seu corpo era coberto por um manto de seda queixava somente as ombreiras e o elmo de sua Surplice à mostra. O brilho de seus olhos dourados era quase imperceptível em meio à escuridão do cômodo. - Imperador Hades...

 

- É você, Hypnos... – Hades estava sentado na majestosa cama envolta por cortinas ao fundo do cômodo. Seus olhos sem força foram ao encontro da silhueta de Hypnos que vinha se aproximando. Os braços repousando nas pernas cobertas e o cabelo negro caindo pelos ombros. Sua voz estava um pouco mais firme dessa vez. – Consegue sentir?

 

- O que Imperador Hades? – O Deus do Sono caminhou até bem perto e sentou-se numa cadeira de ouro bem próxima à cama. – Está falando de...

 

- O Pégaso... Ele está diferente... Ele está mergulhando... – O deus sorriu pelo canto da boca. Suas mãos magras agarraram o tecido e o apertaram. – Mergulhando... Em mim... Em sua mente ele podia ver a imagem do corpo de Tohma afundando num mar de escuridão. Os olhos fechados e aparentemente desacordado. - Preciso ir ao seu encontro... – Ele puxa o lençol e o joga para o lado, se põe de pé com dificuldade. O rosto sombreado, mas os olhos extremamente verdes visíveis, iluminados pela luz fraca de um archote. Pode sentir a pulsação de seu coração com força. Uma nuvem de fumaça surge aos seus pés e some até a altura do seu rosto.

 

- O que pretende fazer Imperador Hades? – A voz calma de Hypnos ecoou pelo quarto. Ele permaneceu sentado com as pernas cruzadas enquanto o seu senhor era consumido.

 

- Eu volto em breve... Não precisa... – O corpo de Hades é completamente envolvido e ele desaparece. – Se preocupar.

 

- Não me preocuparei...

 

[Tebas/Castelo de Cadmo]

 

Sucessivas explosões acontecem tanto no céu quanto no chão. O verdadeiro combate havia se iniciado. No ar o Arcanjo e o Cavaleiro de ouro colidiam tanto golpes quanto rajadas de energia que liberavam faíscas e ondas de calor tão intensas que mesmo à certa altura elas ainda danificavam o solo.

 

As asas da Surplice de Kerubi se agitam e ele ganha altitude, em seguida gira e dispara globos negros luminosos que voam contra o cavaleiro. Calx é envolvido por uma áurea de cosmo maior e ganha impulso para voar contra os globos e desfazê-los com socos ou chutes.

 

O cavaleiro abre os braços e as pernas e começa a perder altitude caindo de costas, em seguida tem seu corpo mais uma vez envolvido por cosmo e dispara centenas de feixes de luz contra os Arcanjo. Os feixes são potentes, alguns as vezes acertam parte da Surplice as destrocam, mas outros também são desfeitos com facilidade pela Besta.

 

- Esse sangue quente... Era Isso que eu queria! – O Arcanjo sorri enquanto tem seus cabelos projetados para trás com vento gerado pelos movimentos. Uma áurea rubra o envolve e ele ergue as duas mãos ao alto parando no ar. – Vou usar em você, Calx de Gêmeos! Era isso que queria?!

 

“Ele é forte, mas é imprudente... Vai usar mesmo uma técnica secreta em mim agora...” – O cavaleiro de ouro olha para baixo e vê Athena retirando as lanças do corpo de Cadmo. “Então eu só preciso atrasá-lo mais um pouco...” – O cavaleiro também ergue os dois braços e entre as palmas das suas mãos surge uma pequena esfera brilhante.

– MUITO BEM, KERUBI! Vamos ver qual das duas técnicas é a melhor agora!

 

-... É muito oportuno que estava aqui em cima Calx... Pois se desviar dela... Tudo abaixo vai ser consumido pela luz negra do Ébano! – Os músculos do corpo do Arcanjo inflam e seu rosto ganha veias bem visíveis. – Nem você... Nem Athena... Nem o castelo... Irão sobreviver! NEKRO INFINITO!

 

Um poderoso clarão inunda as vistas de todos abaixo e eis que de mais acima surge uma gigantescas esfera negra coberta de raios. Mais que uma simples esfera de energia. Ela parecia uma esfera sólida de trevas.

 

- Um décimo... Não... Aquilo é um pouco maior que um décimo da lua... – De inicio o cavaleiro de ouro ficou assustado. Seus olhos cinzentos refletindo a cor da esfera massiva de ódio, mas pouco depois um sorriso grande formou-se em seu rosto. – Nada que eu não possa superar! – A pequena esfera entre suas mãos ficou maior e mais brilhante. Um dourado tão intenso que mais parecia um grão de areia do sol, se isso existisse. – EXPLOSÃO GALACTICA!

 

O golpe do cavaleiro também dispara. Já há alguns quilômetros dali, Hílas de Escudo, que estava levando os integrantes do conselho do reino para longe do castelo, para e observa as duas esferas de energia se aproximarem e colidirem no espaço entre os que estavam lutando.

 

- Não podem ser humanos... – Ele estava com o pé direito em uma rocha e a mão esquerda no tronco de uma árvore. Seus olhos incrédulos e a boca torta numa expressão horrorizada. – Eles definitivamente não são homens...

 

De volta ao cenário do Castelo, Athena termina de retirar as estacas do corpo de Cadmo, segura o ombro dele e Dabih fica estático observando o combate.

 

- Dabih... Venha agora para cá... – A deusa gritou para que o Dourado pudesse ouvir, mas era quase impossível. Havia muito vento e isso abafava sua voz. E aponta o báculo em sua direção e o faz brilhar, conseguindo finalmente chamar sua atenção. – Corra!

 

- Sim! – O Grande mestre corre até a deusa e ela pega em sua mão direita. Seus olhos se encontram e ele entende o que ela estava preste a fazer. – Não! Não pode deixar o Calx aqui!

 

- Ele irá voltar... Fique tranqüilo... – A deusa aperta com mais força a mão do Cavaleiro quando ele tenta se soltar, em seguida ergue Nick. – É o Calx...

 

- Senhora Athena... Se Calx não conseguir suportar aquela técnica... Toda a Tebas será destruída! – Seus olhos tremiam e algumas lágrimas começavam a brotas em seu rosto cansado, mas seu cosmo insistia em continuar aceso. – Todos os habitantes...

 

- Não está enxergando direito Dabih... Antes de chegarmos aqui Calx já nos fez o favor de tirar a cidade inteira deste lugar usando a outra dimensão. Requer muito esforço, mas ele é capaz... – A Deusa o encarou com determinação e o isso o fez se acalmar. Sua voz doce e seus cabelos farfalhando eram uma ótima visão para aliviar a tensão. Parecia que tudo em torno da deusa era mais calmo e pacífico. – Calx é com certeza um homem superior a qualquer deus de segunda categoria. Não vai ser vencido tão facilmente... Confie em mim...

 

- Sim... – O Dourado olha mais uma vez em direção aos combatentes e deixa algumas lágrimas escaparem. – Deixo por sua conta... Calx!

 

O Báculo brilha e os três desaparecem, deixando o campo completamente deserto. - Não se preocupe... Senhor Dabih... – A pele no rosto do cavaleiro de ouro balançava com força devido à poderosa corrente de vento que se formara entre os espaço que separava os dois golpes e se espalhava em todas as direções. – É O FIM PARA VOCÊ, KERUBI!

 

- Não irá terminar assim, Gêmeos! O caminho que eu criei até aqui... Não termina dessa forma! – Kerubi estava possuído por ódio. Sua pele ganhara uma coloração vermelha e suas narinas se contraíam. Os olhos vidrados na direção do cavaleiro. – Vou destruir TUDO!

 

As técnicas se chocam.

 

Primeiro um clarão que deixou tudo branco por pelo menos dez segundos fundido ao silêncio, e depois, a devastação. A colisão das esferas fora tão violenta que o menor átomo que existisse ao seu alcance seria pulverizado. Os terrenos do castelo, os arredores de Tebas, tudo fora extinto por uma onda de plasma infernal. Um turbilhão violento que visto de longe parecia uma erupção solar.

 

[Colina dos Anjos]

 

Um breve brilho faz surgir a Deusa, o Rei Cadmo e o fragilizado Dabih. Apenas ela fica de pé após tocar no chão. Eles desmontam como bonecos de trapos. Provavelmente o cenário era diferente do que ela imaginara.

 

Um campo florido e tortuoso com um pequeno lago e uma espécie de altar mais ao fundo. Havia sinais de batalha recente e não demorou a que ela encontrasse a primeira coisa estranha ali. Um homem coberto por um manto e com o rosto à mostra. Olhos penetrantes e que a encaravam diretamente.

 

- Foi você... Quem desviou o meu caminho? – A Deusa segura o báculo com mais força e começa a caminha em direção a ele. Uma expressão séria e de olhos calculistas. Ela esperou uma resposta, mas ele não disse uma única palavra. – Responda imediatamente...

 

- É realmente uma deusa... – Serafim soltou um sorriso meio debochado e em seguida começou a caminhar em direção a ela. – Fui eu sim, deusa Athena... O Meu nome é Serafim...

 

- Um dos três Arcanjos de Hades... – Dabih estava caído e imóvel, mas reconhecera o nome do novo inimigo. Ele tentou levantar-se, mas sentiu uma pressão esmagadora prendê-lo ao chão, o mesmo provavelmente estaria acontecendo com Cadmo. – Maldito...

 

- Fique ai quieto por um instante, Grande Mestre. Eu não pretendo matar Athena... Não agora. – O Arcanjo estava sorrindo. Seu belo rosto gira pelo cenário até encontrar novamente os olhos da Deusa. – Por hoje eu quero apenas te dar uma visão bem agradável... Um Vislumbre do futuro. – Ele estende a mão esquerda e vira-se para a direita, mostrando algo que estava atrás dele.

 

Não algo... Alguém. Um corpo imóvel, mas vivo. Cabelos castanhos balançando com o vento, A vestimenta negra cobrindo seu corpo. O Ar em volta dele era simplesmente trevas. As mais frias, do tipo que fazia as flores aos seus pés morrerem. Tohma... Ou seria Dogma?

 

-... – Athena deixou o báculo cair e sua boca se abrir enquanto seus olhos arregalavam-se. Fora impactante o suficiente para fazê-la perder as forças nas pernas e cair de joelhos. Ele estava tão obscuro quanto nunca fora antes. Um homem mergulhado na escuridão. – O que eles fizeram com você, Tohma?

 

- Tohma? – Sua voz estava diferente, Parecia propriamente um Deus, ou um Demônio. Ele abre os olhos e revela uma íris castanha, porém, desfocada. Morta. Ele olha na direção dela e não esboça nenhum tipo de reação. Ele caminha até ela vagarosamente, como um bebê aprendendo a andar corretamente, Os braços balançando como dois pesos mortos. Passa por Serafim e continua seu trajeto até ficar há poucos metros dela. – Esse homem não existe mais.

 

A fumaça negra o envolveu, um braço branco envolveu sua cintura, uma mão repousou quase que em câmera lenta no topo dos seus cabelos e um lindo rosto de olhos unicamente verdes surgiu aos pés de sua orelha direita, os lábios quase tocando e curvados em um sorriso de satisfação.

 

- O único que existe aqui agora... É o meu filho... – Hades sussurrara ao tímpano do ex cavaleiro enquanto flutuava ainda envolto pela fumaça. Ele envolve aos dois e eles somem sem deixar rastros.

 

Serafim olha mais uma vez para a deusa, sorri e desaparece com um luzir.

 

- O que fizeram com você... – A deusa cola a testa na grama enquanto seus dedos tateiam em busca de algo para agarrar e puxar. O grito a seguir estava carregado de dor, pesar, ódio e tristeza. – TOHMAAAAAAAAAAAAAAAA!

 

[saint Seiya Pégaso Shinwa - Segunda Temporada - Fim]

 

[Continuar]

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Capítulo 26

 

Foi um encerramento memorável para essa Segunda Temporada de Pégaso Shinwa!

 

Muitos arcos se alternando em meio a muita ação e revelações bombásticas...

 

O que poderia soar como “correria”, e “mal acabado”, por tratar-se de tantos pontos sendo abordados em um só capítulo, não ocorreu, muito pelo contrário, já que tudo pareceu exibir-se na medida certa.

 

Brilhante, Everton...

 

Brilhante!

 

A cena com Tohma e Dogma, agora sendo “um”, ficou como uma das mais belas e dramáticas apresentadas até aqui na história, figurando como “épica” ao lado de outras como o embate de Kerubi com o Grande Mestre, Linteun e Cadmo (como me esquecer daquela parte com o anjo subindo literalmente no Cavaleiro de Ouro de Peixes até chegar no Dabih), Hades e seu “amor” mortal com Tohma sendo gerado a partir daí, a revelação de Heze em Delfos (as descrições de poder e expressões dos personagens envolvidos atingiram um alto nível de qualidade mesmo para os elevados padrões de Pégaso Shinwa)...

 

voltando ao Capítulo 26...

 

O poder necromante de Kerubi, tanto como sua descrição horripilante, me impressionou bastante, aliás, sua batalha com o Cavaleiro de Ouro de Gêmeos já esboça contornos incríveis e mal posso esperar por sua continuação.

 

A inclusão de Athena, tanto como a de Hades no final, também tiveram seu destaque e que venha logo a Terceira Temporada de Pégaso Shinwa!

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Capítulo 25

 

Praticamente todo centrado no confronto entre Kerubi e seus dois rivais. Gostei do modo como a fúria de Dabih foi conduzida e achei interessante o contraponto entre a Zanouki e a Excalibur. Não estou lembrado exatamente agora, mas Cadmo foi mostrado como algum Cavaleiro antes? Ou é apenas um Rei? De qualquer forma, ele manteve o nível do seu companheiro em batalha e só perdeu porque o Arcanjo, basicamente, parece ser imortal.

 

Kerubi é um monstro, foi literalmente espancado por duas vezes seguidas e mesmo assim ainda se manteve ileso e a ponto de quase vencer a batalha caso não fosse a chegada triunfal de Dabih com sua Excalibur. Veremos o que isso vai trazer.

 

Capítulo 26

 

Finalmente foi explicado o nome da técnica que tornava Kerubi uma besta. Nekromanteia. Inclusive gostei bastante de você ter explicado que Zeus baniu essa técnica e que apenas o Arcanjo é capaz de realizá-la. Fico curioso para saber mais a respeito desta técnica especial. Por outro lado, surgem Atena e Calx como reforço, pois Dabih e Cadmo não tinham condições de prosseguirem o confronto. O plano do Geminiano e de Atena em usar a Outra Dimensão para transportar a cidade e impedir que ela sofra as calamidades do combate foi uma sacada muito boa.

 

Tem coisas que me chocariam de verdade caso eu não tenha recebido spoilers antes /lua como a união das almas entre Tohma e Dogma. Estou bem curioso para ler como vai abordar as coisas que me contou. E, de fato, como o Leandro mencionou, esse capítulo foi realmente digno de um encerramento de uma temporada. Gostei bastante, parabéns!

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  • 2 semanas depois...

Bom... Passando para avisar que NÃO VAI HAVER um hiato entre a segunda e a terceira temporada. Estou só usando alguns dias para ajustar algumas ideias, ideias essas sem as quais não posso iniciar a temporada sem que estejam 100% definidas. No máximo em duas semanas Saint Seiya Pégaso Shinwa estará de volta, com muitas novidades. =)

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  • 1 mês depois...

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