Ir para conteúdo

Mitologia de Saint Seiya


Posts Recomendados

Já tinha feito essa associação, Spider.

 

Éaco, Radamanto e Minos eram muito imponentes na mitologia, deveriam ser personagens mais importantes na série. Eu creio que Kurumada faria mais com eles, não fosse a pressa dada pra terminar o mangá.

Concordo, acho q o Minos se demonstrou muito poderoso ja que destruiu a muralha indestrutível de gelo que nem mesmo os cavaleiros de ouro conseguiriam destruir bla bla, fora que tambem sobreviveu à explosão da Giudeca. Gostei do final dele foi muito digno não ser morto por um bronzeado.

 

Acredito que o golpe ilusão galática do Aaikos seja uma referencia ao terceiro olho da tradição oriental, deve ser por isso que aparecem aqueles olhos durante o golpe. A referencia do golpe conquistador de Indra tambem é muito interessante.

 

Achou uma pena nao trabalharem melhor a personalidade deles, o Minos deveria ser sábio e Ayakos piedoso (conta-se que os deuses acabaram com uma peste na Grecia por causa das orações dele), algo que não foi passado.

Link para o post
Compartilhar em outros sites
  • Respostas 1,9k
  • Criado
  • Última resposta

Mais Ativos no Tópico

Mais Ativos no Tópico

Postagens Populares

Não é sobre a mitologia, mas tenho uma contribuição, amigos   Etimologia dos golpes de IkkiAve FênixNome original em japonês: 鳳翼天翔 (Houyoku Tenshō) Tradução dos kanjis: 鳳 hou = fênix 翼 yoku = a

Faltou dizer que o Haruto vem de Naruto

ÁGUIA http://snk-seiya.net/guiasaintseiya/Jaxom-Aguila.JPG Na mitologia grega a águia era o atributo do rei dos deuses, Zeus, talvez porque voa muito alto nos céus, lugar de onde Zeus observa

Eu sempre pensei que Minos fosse meio que o líder ou o juiz mais importante da trindade, mas parece que Aiacos seria mais importante.

 

Uma coisa interessante que percebi ao ler o mito de Garuda é a referência a isso em ND. Suykio se transformou no espectro de Garuda pra tentar levar uma mensagem desconhecida mas importante a Athena que possivelmente está relacionado a Serpentário... as serpentes.

Link para o post
Compartilhar em outros sites

Eu sempre pensei que Minos fosse meio que o líder ou o juiz mais importante da trindade, mas parece que Aiacos seria mais importante.

 

Uma coisa interessante que percebi ao ler o mito de Garuda é a referência a isso em ND. Suykio se transformou no espectro de Garuda pra tentar levar uma mensagem desconhecida mas importante a Athena que possivelmente está relacionado a Serpentário... as serpentes.

Mitologicamente era o Minos pq ele dava o voto final tanto nos julgamentos dos ocidentais feitos por Ayakos quanto dos orientais feito por Radamanthys, inclusive na Divina Comédia só ele aparece como juiz como o Kurumada fez.

Link para o post
Compartilhar em outros sites

Reparem essa formação :

 

http://cache-assets.flogao.com.br/s25/04/02/06/115/44406171.jpg

 

http://4.bp.blogspot.com/--wJj9lYhIOs/ThDnFIqNpsI/AAAAAAAAAOs/GR9S_eeYXm0/s1600/cdz-abertura-japonesa-hades-inferno.jpg

 

http://www.cavzodiaco.com.br/images06/historias/inferno13.jpg

 

 

http://snk-seiya.net/guiasaintseiya/108-3jueces.jpg

 

 

Ela não se repete sempre, as vezes a ordem dos 3 é trocada, oque me faz pensar que não é intencional, mas é interessante por que Aiacos a esquerda (Europa), Radamanthys a direita (Ásia), e Minos no centro ( o voto central).

 

Esses 3 são muito fodas, a entra deles no mangá juntos é tensa de mais, Orpheu quase chora.

Link para o post
Compartilhar em outros sites

http://snk-seiya.net/guiasaintseiya/Pharaon-Label-Griffon.jpg

GRIFFON - ESTRELA CELESTE DA NOBREZA

http://www.saintseiyapedia.com/ssp_media/images/b/b8/Surplis_du_Griffon_design_b.jpg

Na mitologia grega o Grifo é uma criatura lendária, representada com cabeça e asas de águia e corpo de leão. É visto frequentemente perto da imagem do deus Apolo ou atrelado ao seu carro; sendo por vezes também associados a Nêmesis, deusa da vingança.

A figura do grifo aparentemente surgiu no Oriente Médio onde babilônios, assírios e persas representaram a criatura em pinturas e esculturas.

 

http://hypescience.com/wp-content/uploads/2010/11/hipogrifo.jpg

 

Na mitologia grega, os grifos eram tratados como guardiães, e acreditava-se que guardavam um grande tesouro em ouro, às vezes dito pertencer ao deus Apolo. Esse tesouro ficava situado no norte da Europa, próximo país dos Hiperbóreos, na Cítia, e era objetivo das constantes investidas dos Arimaspes, uma tribo de homens de um olho só, que sempre queriam roubar o tesouro dos grifos e eram seus principais inimigos. OS Arimaspes sempre montavam em cavalos ao atacar os grifos, por isso essas criaturas tinham uma grande rivalidade com os cavalos. Mitos mais tardios dizem que os grifos também tinham um ninho na Índia, onde também guardavam uma grande quantidade de ouro que, segundo algumas versões, pertencia ao deus Dionísio.

 

O trono do Minos (termo genérico para os soberanos da ilha de Creta) nas ruínas do palácio de Cnossos (em Creta) é ladeado pela imagem pintada de dois grifos na parede em que o trono está cravado. Diferentemente da maioria das versões para a representação de grifos, porém, é que estes de Creta não são alados. Têm apenas corpos de leão e cabeças de águia, sem as asas.

 

http://fc03.deviantart.net/fs70/f/2010/078/e/2/Armadura_de_Griffon_by_Tomas_Jefferson.jpg

MINOS

http://fanart.files.wordpress.com/2007/12/minos.jpg

 

 

Na mitologia grega, Minos (em grego: Μίνως) foi um rei da ilha de Creta, filho de Zeus e de Europa. Do nome Minos – palavra cretense que significa “rei” – origina-se o nome da civilização minóica.

 

Minos e os seus irmãos Radamanto e Sarpédon foram criados pelo rei Asterion, de Creta. Quando Asterion morreu, Radamanto se tornou rei de Creta, mas foi destronado, algum tempo depois, por seu irmão Minos, Conta-se que os três irmãos apaixonaram-se pelo jovem Mileto, filho de Apolo. Mileto, no entanto, preferiu a Sarpédon e os dois fugiram para a Cária após Minos ataca-los. Minos baniu seu irmão Sarpédon, para que não mais voltasse a Creta e, segundo algumas versões, baniu também Radamanto (em outras ele saiu de Creta por vontade própria após ser destronado).

 

Minos ditou leis justas infundidas por Zeus, instituiu a constituição cretense, e levou o reino a uma larga prosperidade. De sua esposa Pasífae, Minos foi pai de Ariadne, Androgeu, Deucalião, Fedra, Glauco, Catreu e muitos outros.

 

Segundo um dos mitos, Minos quando desejou tomar o trono de Creta de seu irmão, afirmou que havia recebido a soberania dos deuses e, para provar isso, ele disse que tudo que rezasse aos deuses seria atendido. Ele então orou a Poseidon, deus dos mares, que enviasse um touro das profundezas do mar, para que ele o sacrificasse em honra do deus. Poseidon enviou um magnífico touro para Minos, mas este ficou maravilhado com a beleza do animal, recusando-se a sacrificá-lo. Ele envia então o touro a seus rebanhos e sacrifica outro no lugar, deixando-o Poseidon furioso por ver a promessa dele quebrada. Como punição, Poseidon faz o touro ficar selvagem e faz a mulher de Minos, Pasífae, cair em paixão e luxúria pelo touro. Pasífae vai então a Dédalo, que era um grande inventor e arquiteto, a construir um traje de vaca sobre rodas para ela. Pasífae entrou no traje e o touro possuiu Pasífae em seu disfarce e dessa união nasceu Asterius (do grego antigo “o estrelado”), um ser com corpo e homem e cabeça de touro, que ficou conhecido como Minotauro (do grego “touro de Minos”).

Era uma criatura selvagem, e o rei Minos mandou Dédalo construir um labirinto gigante para conter o Minotauro. Supostamente, este foi localizado sob o palácio de Minos em Cnossos. Porém, ocorreu que Androgeus, filho de Minos e Pasífae, foi morto pelos atenienses, que invejaram suas vitórias nos jogos panatenaicos (outra versão diz que o Aegeus, o rei de Atena , enviou-o contra o Touro Marathoniano, resultando em sua morte). Minos liderou uma guerra contra Atenas para vingar a morte de seu filho, mas não conseguiu saquear a cidade e orou a Zeus para que os atenienses fossem punidos. A cidade foi atingida por fome e pestilência. Os atenienses consultaram um oráculo sobre como evitar a calamidade, e foram instruídos para dar a Minos o que ele pudesse pedir em retribuição. Minos pediu a Atenas um tributo: a cada sete ou nove anos, dependendo da versão, Atena deveria enviar sete rapazes e sete moças para Creta, os quais seriam jogados no labirinto e serviriam de alimento para o Minotauro. Quando o terceiro sacrifício veio, um jovem ateniense chamado Teseu, conseguiu atravessar o labirinto com a ajuda de Ariadne, filha de Minos, e matou o Minotauro.

 

Minos trancou também Dédalo e seu filho Ícaro no labirinto pra que não pudessem divulgar o mínimo segredo de como se guiar no labirinto. Os dois logo escaparam com asas confeccionadas por Dédalo, mas Ícaro morreu por aproximar-se demais do sol, cujo calor derreteu a cera de suas asas. Minos então procurou incessantemente por Dédalo e descobriu que ele estava junto do rei Cócalo, da Sicília. Desembarcando com uma grande força na ilha, demandou de Cócalo que entregasse Dédalo para ele ser punido, porém, o rei, trouxe Minos como convidado ao seu palácio. As filhas de Cócalo então mataram Minos durante um banho, derramando sobre ele água em ebulição.

 

http://fc07.deviantart.net/fs71/f/2010/079/e/5/UPDATE_Minos_de_Griffon_by_Tomas_Jefferson.jpg

 

Quando Zeus, Poseidon e Hades venceram seu pai, Cronos, e dividiram o mundo entre si, coube a Hades o Mundo Inferior, mas quando Hades chegou lá, o Mundo Inferior estava sem regras. Na época do governo de Cronos, este decretou que as almas dos bons deviam ir para os Elísios e a dos maus para o Tártaro, e instituiu juízes para julgá-las. Porém, na época, as almas chegavam com aquilo que haviam tido em vida: os pobres sem nada e os ricos cobertos de ouro e roupas finas. Além disso, era permitido que parentes dessem testemunha sobre o morto, influenciando as decisões dos juízes. Hades foi até Zeus e lhe contou sobre o que ocorria e Zeus decretou mudanças: a partir de agora, os mortos chegariam sem pertence algum da terra para o julgamento e seria julgado apenas pelo que fez, não sendo mais permitido testemunhos; e os juízes, por sua vez, jugariam as almas sem saber quem elas foram em vida. Ele nomeou seus filhos Radamanto, Minos e Éaco como juízes dos mortos. Radamanto julgava as almas da Ásia; Éaco, as da Europa; e Minos tinha o voto final, caso os dois ficassem em dúvida. E a partir daí os julgamentos dos mortos passaram a ser justos. Radamanto e Éaco levavam um cajado de madeira nas mãos, já Minos levava um cetro de ouro, pra representar seu poder de decisão final.

 

http://3.bp.blogspot.com/_ayEp7by945s/TMID9UqdxsI/AAAAAAAAAXc/DSaSFfRZeh0/s1600/%C3%89ACO,+MINOS+E+RADAMANTO.jpg

Éaco, Minos e Radamanto

 

Devido a ter sido um homem bruto, selvagem e cruel em vida, muitos autores gregos contestam a escolha de Minos como o mais importante dos juízes dos mortos, mas outros afirmam que sua escolha ocorreu porque, apesar de seu caráter duvidoso, ele sempre governou o povo observando as leis e a justiça.

 

 

VEERMER

http://snk-seiya.net/guiasaintseiya/ND-Minos.jpg

 

Johannes Vermeer (Delft, 31 de Outubro de 1632 - Delft, 15 de Dezembro de 1675) foi um pintor holandês, que também é conhecido como Vermeer de Delft ou Johannes van der Meer. Vermeer viveu toda a sua vida na sua terra natal, onde está sepultado na Igreja Velha (Oude Kerk) de Delft.

 

É o segundo pintor holandês mais famoso e importante do século XVII (um período que é conhecido por Idade de Ouro Holandesa, devido às espantosas conquistas culturais e artísticas do país nessa época), depois de Rembrandt. Os seus quadros são admirados pelas suas cores transparentes, composições inteligentes e brilhante com o uso da luz.

 

Era filho de Reynier Jansz e Dingenum Baltens. Casou-se em 1653 com Catharina Bolenes e teve 15 filhos, dos quais morreram quatro em tenra idade. No mesmo ano juntou-se à guilda de pintores de Saint Lucas. Mais tarde, em 1662 e 1669, foi escolhido para presidir à guilda. Sabe-se que vivia com magros rendimentos como comerciante de arte, e não pela venda dos seus quadros. Por vezes até foi obrigado a pagar com quadros dívidas contraídas nas lojas de comida locais. Morreu muito pobre em 1675. A sua viúva teve de vender todos os quadros que ainda estavam na sua posse ao conselho municipal em troca de uma pequena pensão. Depois da sua morte, Vermeer foi esquecido. Por vezes, os seus quadros foram vendidos com a assinatura de outro pintor para lhe aumentar o valor. Foi só muito recentemente que a grandeza de Vermeer foi reconhecida: em 1866, o historiador de arte Théophile Thoré (pseudónimo de W. Bürger) fez uma declaração nesse sentido, atribuindo 76 pinturas a Vermeer, número esse que foi em breve reduzido por outros estudiosos. No princípio do século XX havia muitos rumores de que ainda existiriam quadros de Vermeer por descobrir.

Conhecem-se hoje muito poucos quadros de Vermeer. Só sobrevivem 35 a 40 trabalhos atribuídos ao pintor holandês. Há opiniões contraditórias quanto à autenticidade de alguns quadros.

 

Fontes: O Reino de Atena, Wikipedia

P.S.: chegando com o último dos três juízes. Não gostei muito da inspiração usada no nome de Veermer. Quanto a sua surplice, até que gosto da escolha do grifo, devido a sua simbologia de "grande rei". E não gosto do Minos mitológico. Diferente de Radamanto e Éaco, que são descritos como reis extremamente justos e bondosos na maioria do tempo, Minos é um cara bem mau (apesar de também ser justo e bondoso em certos casos. Minos sacrifica jovens, prende Dédalo e Ícaro, insulta Poseidon e ainda assim é chamado para ser um juiz do inferno? Hades devia estar de muito bom humor nesse dia. Espero que gostem. Próximo: Pandora.

Editado por §agitariu§
Link para o post
Compartilhar em outros sites
P.S.: chegando com o último dos três juízes. Não gostei muito da inspiração usada no nome de Veermer. Quanto a sua surplice, até que gosto da escolha do grifo, devido a sua simbologia de "grande rei". E não gosto do Minos mitológico. Diferente de Minos e Éaco, que são descritos como reis extremamente justos e bondosos na maioria do tempo, Minos é um cara bem mau (apesar de também ser justo e bondoso em certos casos. Minos sacrifica jovens, prende Dédalo e Ícaro, insulta Poseidon e ainda assim é chamado para ser um juiz do inferno? Hades devia estar de muito bom humor nesse dia. Espero que gostem. Próximo: Pandora.

 

Errou ai rs

 

//

 

Gosto do Minos tanto no clássico e em LC, mas em LC que ele mostrou ser um puta personagem. Interessante é que dos 3 é o único de fato mal, assim não ficou diferente do Minos CDZ com o Minos mitológico.

 

Outra coisa que estranhei foi o fato de Minos e Radamanthys terem mais um irmão que no final não virou juíz. É estranho pois num grupo de 3, 2 virarem juís e o outro não, com Aiacos assumindo. Qual o motivo desse irmão deles não ser nada, sabe ?

Link para o post
Compartilhar em outros sites

Errou ai rs

 

//

 

Gosto do Minos tanto no clássico e em LC, mas em LC que ele mostrou ser um puta personagem. Interessante é que dos 3 é o único de fato mal, assim não ficou diferente do Minos CDZ com o Minos mitológico.

 

Outra coisa que estranhei foi o fato de Minos e Radamanthys terem mais um irmão que no final não virou juiz. É estranho pois num grupo de 3, 2 virarem juiz e o outro não, com Aiacos assumindo. Qual o motivo desse irmão deles não ser nada, sabe ?

 

Ops...já consertei.

 

Também acho Minos (o espectro) fantástico e adorei como Shiori o usou em Lost Canvas.

 

E quanto aos irmãos, também acho muito estranho Sarpédon não ter sido juiz...

 

Pelo que achei, Sarpédon refugiou-se junto a seu tio, o rei Cilix e mais tarde conquistou os Mílios, e se tornou seu soberano. Seu reino ficou conhecido como Lício, em homenagem a seu sucessor, Licos, filho de Pandião II de Atenas.

 

Ou seja, assim como os irmãos, ela foi rei. Talvez ele tenha sido mau, por isso não foi juiz, mas não achei nada sobre isso.

Editado por §agitariu§
Link para o post
Compartilhar em outros sites

O post sobre Minos e Vermeer de Grifo ficou bem completo, cheio de detalhes.

 

Não me lembro se Sarpédon foi descrito como mau na mitologia, mas, mesmo se tivesse sido mau, isso não seria um impeditivo para se tornar um juiz dos mortos (vejam o caso de Minos, rsrs).

 

A questão é que os 3 juízes dos mortos não se tornaram juízes juntos. Por muito tempo, desde o tempo de Homero (século VIII AEC), ou mesmo antes, apenas Radamantes era o juiz, devido a tudo o que ele fez pela legislação de Creta quando foi rei até ser deposto e expulso do país pelo irmão Minos. Minos só é mencionado pela primeira vez como juiz dos mortos por Platão no século IV AEC (ou seja, pelo menos 400 anos depois de Radamantes). Já Éaco nem era juiz dos mortos na mitologia grega, pois apenas na época romana é que ele foi mencionado como tal, a partir dos poetas Ovídio e Horácio (no século I AEC; ou seja, mais 300 anos depois da primeira menção de Minos como juiz dos mortos).

 

De certo os romanos escolheram Éaco em vez de Sarpédon devido ao seu grande governo em vida, aplicando a justiça sem olhar a quem, mesmo sobre os próprios filhos, como nós já vimos no post acerca de Aiakos de Garuda, enquanto Sarpédon deve ter-lhes inspirado pouca coisa ou nenhuma, tendo alcançado pouco interesse na época romana, sendo uma figura obscura para eles.

 

EDIT

 

Desculpem, acabei de descobrir que Platão também mencionou Éaco como juiz dos mortos, assim como Isócrates na mesma época que ele. rsrs Bem, então, até onde eu pude descobrir, tanto Minos quanto Éaco só vieram a ser mencionados como juízes dos mortos no século IV AEC. De qualquer modo, imagino que os gregos clássicos (os gregos da época de Platão) deveriam ter mais interesse na figura de Éaco que na de Sarpédon, até porque Éaco viveu e governou na região da Ática, na ilha de Egina, e os atenienses (como Platão) claramente devem tê-lo escolhido por ter sido o rei mítico mais justo e benevolente que havia na mitologia da região. Ah, o rei Éaco ainda tinha um festival em sua honra, tanto em Egina como em Atenas, chamado Eácea (Aeacea).

 

Nessa época, Atenas era a cidade-estado mais poderosa do mundo grego (talvez de todo o mundo conhecido por eles), e tornar um mito local num importante mito "internacional" deve ter sido uma atitude política bem pensada, atestando que até nos mitos e nos cultos Atenas podia mandar no mundo grego.

Editado por Fabinho
Link para o post
Compartilhar em outros sites

Porra, esperava algo bem mais nobre do Minos mitológico depois dos dois primeiros. Realmente, uma vergonha.

 

Quanto ao personagem, um dos mais marcantes na série mesmo sequer tendo sido "completamente" aproveitado. A morte dele foi bem digna para um juiz, pois não foi derrotado por ninguém. Minos me passou a impressão de que os juizes eram mais fortes que os cavaleiros de ouro. Não que eles não pudessem ser derrotados em combate, mas que tivessem um poder "bruto" maior que um de um cavaleiro de ouro. Radamanthys, embora tenha sido subjugado por Kanon, me passou ser muito estupido porque lutou a saga toda, levou diversos golpes, dentre eles uma EG a queima roupa, e se levantou em todas as vezes. Se considerar que foi o único personagem que levou o golpe mais poderoso de gêmeos na integra, e saiu relativamente bem ( os golpes de Orpheu o afetavam no momento, e não conseguia se levantar após o golpe). Aiacos que não passou tão imponência, pois mesmo que tenha perdido para um protagonista, este último não demonstrou ter sido uma luta tão sofrida ( se considerar que ele não foi capaz de vencer Saga, Shaka e Kanon).

Link para o post
Compartilhar em outros sites

O post sobre Minos e Vermeer de Grifo ficou bem completo, cheio de detalhes.

 

Não me lembro se Sarpédon foi descrito como mau na mitologia, mas, mesmo se tivesse sido mau, isso não seria um impeditivo para se tornar um juiz dos mortos (vejam o caso de Minos, rsrs).

 

A questão é que os 3 juízes dos mortos não se tornaram juízes juntos. Por muito tempo, desde o tempo de Homero (século VIII AEC), ou mesmo antes, apenas Radamantes era o juiz, devido a tudo o que ele fez pela legislação de Creta quando foi rei até ser deposto e expulso do país pelo irmão Minos. Minos só é mencionado pela primeira vez como juiz dos mortos por Platão no século IV AEC (ou seja, pelo menos 400 anos depois de Radamantes). Já Éaco nem era juiz dos mortos na mitologia grega, pois apenas na época romana é que ele foi mencionado como tal, a partir dos poetas Ovídio e Horácio (no século I AEC; ou seja, mais 300 anos depois da primeira menção de Minos como juiz dos mortos).

 

De certo os romanos escolheram Éaco em vez de Sarpédon devido ao seu grande governo em vida, aplicando a justiça sem olhar a quem, mesmo sobre os próprios filhos, como nós já vimos no post acerca de Aiakos de Garuda, enquanto Sarpédon deve ter-lhes inspirado pouca coisa ou nenhuma, tendo alcançado pouco interesse na época romana, sendo uma figura obscura para eles.

 

EDIT

 

Desculpem, acabei de descobrir que Platão também mencionou Éaco como juiz dos mortos, assim como Isócrates na mesma época que ele. rsrs Bem, então, até onde eu pude descobrir, tanto Minos quanto Éaco só vieram a ser mencionados como juízes dos mortos no século IV AEC. De qualquer modo, imagino que os gregos clássicos (os gregos da época de Platão) deveriam ter mais interesse na figura de Éaco que na de Sarpédon, até porque Éaco viveu e governou na região da Ática, na ilha de Egina, e os atenienses (como Platão) claramente devem tê-lo escolhido por ter sido o rei mítico mais justo e benevolente que havia na mitologia da região. Ah, o rei Éaco ainda tinha um festival em sua honra, tanto em Egina como em Atenas, chamado Eácea (Aeacea).

 

Nessa época, Atenas era a cidade-estado mais poderosa do mundo grego (talvez de todo o mundo conhecido por eles), e tornar um mito local num importante mito "internacional" deve ter sido uma atitude política bem pensada, atestando que até nos mitos e nos cultos Atenas podia mandar no mundo grego.

Na verdade na Odisseia Minos é mencionado como um juiz dos Mortos, alias somente ele é mencionado realmente como um juiz na obra, Radamanthys é dito apenas como vivendo nos Campos Eliseos . Ulisses fala que no mundo dos mortos viu Minos com um cetro de ouro julgando os mortais, algo que Sócrates lembra em um de seus diálogos como mencionado por Platão. Inclusive ele descreve que Minos foi alguem sábio e justo por ter sido educado por Zeus e que foi ele quem educou Radamanthys.

 

Quanto a malvadeza dele, os próprios gregos antigos ja questionavam isso, contudo, a visão que parece ter prevalecido é de que havia dois Minos, sendo que o mal na verdade era o neto do Minos filho de Zeus. Outra contribuição pra essa questão é de Plutarco que em Vida de Teseu fala que foram os poetas trágicos os responsaveis por pintar Minos com alguem maligno.Por fim, algusn historiadores defendem que o nome Minos era visto como um título tipo Faraó.

 

Essa versão dos dois Minos é exemplificada em CDZ onde temos o Minos bom como o lider dos tres juizes e o Minos ruim como aquele que aparece no Episodio G.

 

Acho a escolha dos três personagens bem plausíveis por aquilo que representam: Radamanthys representa o heroismo e as leis, Ayakos a bondade e piedade e Minos a Sabedoria. Acredito que lei, bondade e sabedoria são um bom equilíbrio em um julgamento, equilíbrio esse que é representado pelo proprio Minos cuja sabedoria equilibraria a severidade de Radamanthys e a bondade de Aiakos. Nota-se que os Misterios de Eleusis acrescentavam um quarto juiz que seria Triptolemos , o responsável por julgar os iniciados.

Link para o post
Compartilhar em outros sites

Na verdade na Odisseia Minos é mencionado como um juiz dos Mortos, alias somente ele é mencionado realmente como um juiz na obra, Radamanthys é dito apenas como vivendo nos Campos Eliseos . Ulisses fala que no mundo dos mortos viu Minos com um cetro de ouro julgando os mortais, algo que Sócrates lembra em um de seus diálogos como mencionado por Platão. Inclusive ele descreve que Minos foi alguem sábio e justo por ter sido educado por Zeus e que foi ele quem educou Radamanthys.

Eita, é mesmo. Tenho a Odisseia, já a li 2 vezes, mas tinha me esquecido de Minos nela. rsrs Valeu pela lembrança.

  • Like 1
Link para o post
Compartilhar em outros sites

Os Três Juízes na minha opinião são os seres mais imponentes que eu já vi do grupo dos antagonistas que já passaram pela franquia. Gosto bastante deles e detestei quando Kurumada modificou os nomes deles em ND.

 

Em LC, Shiori fez um digníssimo trabalho com eles, engrandecendo mais ainda esses personagens. Passei a gostar muito mais de Aiacos e Radamanthys após a obra da gordinha.

Link para o post
Compartilhar em outros sites

Na verdade na Odisseia Minos é mencionado como um juiz dos Mortos, alias somente ele é mencionado realmente como um juiz na obra, Radamanthys é dito apenas como vivendo nos Campos Eliseos . Ulisses fala que no mundo dos mortos viu Minos com um cetro de ouro julgando os mortais, algo que Sócrates lembra em um de seus diálogos como mencionado por Platão. Inclusive ele descreve que Minos foi alguem sábio e justo por ter sido educado por Zeus e que foi ele quem educou Radamanthys.

 

Quanto a malvadeza dele, os próprios gregos antigos ja questionavam isso, contudo, a visão que parece ter prevalecido é de que havia dois Minos, sendo que o mal na verdade era o neto do Minos filho de Zeus. Outra contribuição pra essa questão é de Plutarco que em Vida de Teseu fala que foram os poetas trágicos os responsaveis por pintar Minos com alguem maligno.Por fim, algusn historiadores defendem que o nome Minos era visto como um título tipo Faraó.

 

Essa versão dos dois Minos é exemplificada em CDZ onde temos o Minos bom como o lider dos tres juizes e o Minos ruim como aquele que aparece no Episodio G.

 

Acho a escolha dos três personagens bem plausíveis por aquilo que representam: Radamanthys representa o heroismo e as leis, Ayakos a bondade e piedade e Minos a Sabedoria. Acredito que lei, bondade e sabedoria são um bom equilíbrio em um julgamento, equilíbrio esse que é representado pelo proprio Minos cuja sabedoria equilibraria a severidade de Radamanthys e a bondade de Aiakos. Nota-se que os Misterios de Eleusis acrescentavam um quarto juiz que seria Triptolemos , o responsável por julgar os iniciados.

Já tinha visto essa versão dos dois Minos, mas sempre a achei como algo que surgiu apenas para retirar a imagem má do juiz de Hades, jogando-a para outro Minos.

 

Quanto a representação dos juízes como lei, bondade e sabedoria, acho que é realmente um bom conjunto para equilibrar um julgamento.

Link para o post
Compartilhar em outros sites

Já tinha visto essa versão dos dois Minos, mas sempre a achei como algo que surgiu apenas para retirar a imagem má do juiz de Hades, jogando-a para outro Minos.

Penso assim também. Ainda que, como os historiadores já atestaram, tenha havido diversos minos ("reis") em Creta, para os gregos antigos só havia um Minos na mitologia, e essa divisão em dois Minos (um bom, filho de Zeus, irmão de Radamantes e juiz do inferno; e outro mau, tirano contra Atenas, padrasto do Minotauro e perseguidor de Dédalo) foi uma invenção da época romana, com Diodoro Sículo e Plutarco.

 

O que não podemos deixar de vista é que o conceito de justiça no mundo grego arcaico é bem diferente do conceito de justiça do período romano e muito mais diferente ainda do conceito moderno ocidental.

 

No "período da mitologia", Minos agiu justamente, segundo os padrões legais da época e do lugar, exigindo o sacrifício dos jovens de Atenas por eles terem matado um de seus filhos numa competição atlética (seu filho morto, Androgeu, era um príncipe, tinha sangue real e também divino por ser neto de Zeus! Portanto, foi um atentado não só à vida de um jovem, mas uma afronta ao poder divino e secular ao mesmo tempo representada na morte de uma só pessoa!; os atenienses é que eram os culpados e precisavam expiar essa culpa), assim como também aceitou o castigo de Poseidon ao sua esposa dar à luz o Minotauro com o touro que ele recusou matar em sacrifício ao deus dos mares (o fato de ele não matar o monstro ao nascer, e ainda criar e usar o Minotauro como instrumento divino de "justiça" mostra que ele aceitou o castigo de Poseidon, ato que as pessoas piedosas fazem -- "piedoso" aqui no sentido mais profundo da palavra, que é "aceitar e honrar a vontade de deus ou dos deuses").

 

E, sob a óptica cretense, Minos foi um rei exemplar, seguindo as orientações de seu pai Zeus no governo da ilha, que conheceu o apogeu da sua riqueza, poderio e hegemonia por toda a região do Mar Egeu.

 

Obviamente que ele cometeu erros (todos os grandes personagens da mitologia grega cometeram, inclusive os maiores heróis nascidos de deuses, semideuses como Minos), mas era esperado pela mentalidade grega arcaica que ele os cometesse, como expulsar seus irmãos de Creta e tentar matar Dédalo (embora sentenciar Dédalo à morte por traição foi considerado justo segundo a mentalidade da época), pois, se os gregos não esperavam que nem os seus deuses fossem perfeitos, não seriam os filhos dos deuses com mortais, os semideuses, a serem.

 

Fazia parte do imaginário grego arcaico endeusar seres imperfeitos, sofridos e sofredores, nós, os seres humanos. Eles foram o primeiro povo a verem o ser humano, com suas virtudes e defeitos, como algo divino a ser adorado (até os seus deuses foram feitos à imagem e semelhança dos homens). Então, não vejo a dificuldade em entender como o filho de Zeus e rei incontestável da maior força política do período pré-arcaico do Mar Egeu se tornou um juiz dos mortos, e mais tarde imaginado como o líder desses juízes.

Editado por Fabinho
Link para o post
Compartilhar em outros sites

Hum...não tinha visto por esse lado.

 

Se considerarmos o conceito de justiça da época, então Minos realmente foi um rei justo (na maioria das vezes). Vendo por esse lado realmente entendo o motivo dele ter sido um juiz do Hades.

Mas entre ele, Radamanto e Éaco, eu realmente não pensaria em Minos para ser o líder dos juízes.

P.S.: detesto como nas novas regras ortográficas "juiz" perdeu seu acento, mas "juízes" o manteve.

Editado por §agitariu§
Link para o post
Compartilhar em outros sites

Mas juiz (assim como raiz e outras oxítonas terminadas em 'iz' antecedidas de hiato) não tinha acento antes da reforma, apenas o seu plural mesmo (juízes, raízes. rsrsrsrsrs

Editado por Fabinho
Link para o post
Compartilhar em outros sites

A divisão em dois Minos aparece tão tardiamente quanto essas descrições malignas do Minos que vão muito além do Minotauro e de Androgeus (lembrando que a propria lenda da origem minotauro e do tributo ateniense só apareceu com autores como Apolodoro e Ovidio) .De qualquer forma essa malignidade do Minos tende a aparecer sempre relacionada a personagens atenienses o que demonstra uma certa manipulação dos mitos em favor da pólis mais poderosa da época como apontavam alguns autores . Do mesmo jeito penso que é necessário fazer uma divisão entre o Minos juiz homerico que é descrito como sábio e justo com outras apropriações que fizeram do seu mito de vida.

 

Por isso acredito que seja importante ser mencionado aqui que havia uma crença de dois minos diferentes até como formade mostrar que as lendas gregas tendem a ser irregulares em alguns aspectos cronológicos absorvendo varias tradições de epocas diferentes que não podem ser colocadas num único pacote como se os males que um certo Minos cometeu fossem simplesmente ignorados ao torná-lo um juiz do inferno.Além é claro de que nas obras de CDZ tambem temos dois Minos.

Link para o post
Compartilhar em outros sites

PANDORA

http://fanart.files.wordpress.com/2007/12/pandore.jpg

 

Na mitologia grega, Pandora (do grego: Πανδώρα, "a que tudo dá", "a que tudo possui", "a de todos os dons") foi a primeira mulher, criada sob as ordens de Zeus como punição aos homens pela ousadia do titã Prometeu em roubar dos céus o segredo do fogo.

 

Segundo Hesíodo, foi dada aos titãs Prometeu e seu irmão Epimeteu a tarefa de criar os homens e todos os animais. Epimeteu encarregou-se da obra e Prometeu encarregou-se de supervisioná-la. Na obra, Epimeteu atribuiu a cada animal os dons variados de coragem, força, rapidez, sagacidade; asas a um, garras outro, uma carapaça protegendo um terceiro, etc. Porém, quando chegou a vez do homem, formou-o do barro. Mas como Epimeteu gastara todos os recursos nos outros animais, recorreu a seu irmão Prometeu. Segundo Ésquilo, Prometeu ensinou aos homens as artes da civilização, como a escrita, a matemática, a agricultura, a medicina e a ciência. Isto assegurou a superioridade dos homens sobre os outros animais. Essa foi a terceira humanidade a habitar o mundo, aquela que viveu logo antes do grande dilúvio.

 

Para beneficiar sua criação, Prometeu engana os deuses, para que esses escolhessem que os humanos sacrificassem apenas os ossos dos animais para eles. Furioso por ter sido enganado, Zeus retira o fogo da humanidade. Prometeu então vai até o Olimpo e rouba o fogo dos deus, entregando-o a raça humana.

 

Para punir os humanos, Zeus então ordenou a seu filho Hefesto que modelasse uma mulher ideal, fascinante, semelhante às deusas imortais. Hefesto modelou a mulher do barro e após isso cada deus lhe ofereceu um dom: Atena lhe ensinou a arte da tecelagem e a vestiu com belas roupas; Afrodite lhe deu a beleza e insuflou-lhe o desejo indomável que atormenta os membros e os sentidos; Apolo lhe deu o talento musical; Hermes lhe encheu-lhe o coração de artimanhas, imprudência, astúcia, ardis, fingimento e cinismo; as Cárites (Graças) divinas embelezaram-na com lindíssimos colares de ouro e as Horas coroaram-na de flores primaveris; e por fim, Hermes concedeu-lhe o dom da palavra e chamou-a Pandora, porque são todos os habitantes do Olimpo que, com este presente, "presenteiam" os homens com a desgraça. Pandora foi então enviada a Epimeteu, irmão de Prometeu, a quem este recomendara que não recebesse nenhum presente dos deuses, se desejasse livrar os homens da desgraça. Vendo-lhe a radiante beleza, Epimeteu esqueceu quanto lhe fora dito pelo irmão e a tomou como esposa. Com Epimeteu, Pandora foi mãe de Pirra, aquela que, junto ao seu marido Deucalião, sobreviveria ao grande dilúvio.

 

http://fc02.deviantart.net/fs71/f/2010/208/1/9/Pandora_2_by_Tomas_Jefferson.jpg

 

Segundo um mito, Zeus, o rei dos deuses, tinha dois jarros de armazenagem, um no qual guardava os males do mundo (chamado de “kakoi”) e um que guardava as bênçãos (chamado de “dôroi”). Pandora trouxe consigo do Olimpo, como presente de núpcias para Epimeteu, um pithos, um jarro de armazenagem, que os deuses a proibiram de abrir (no imaginário moderno, é dito é famosa a expressão "caixa de Pandora", mas no mito ela recebeu um jarro, não uma caixa). As versões divergem aqui: segundo as mais antigas, o jarro trazido por Pandora foi o dos males; nas versões mais recentes, foi o das bênçãos.

 

Naquela época, a raça humana vivia tranquila, ao abrigo do mal, da fadiga e das doenças, até que Pandora, por curiosidade, que a havia sido dada pelos deuses, abriu o jarro que trouxera do Olimpo. Para seu horror, do jarro emanaram todas as calamidades, doenças e desgraças que até hoje atormentam os homens. Só Elpis, o espírito da esperança, permaneceu presa no jarro, porque Pandora recolocara rapidamente a tampa, por desígnio de Zeus. Na versão em que Pandora recebe o jarro das bênçãos, é dito que ao abrir o vaso todas as bênçãos fugiram, voltando ao Olimpo e abandonando a humanidade, que ficou entregue aos males. A única benção que teria permanecido com a humanidade foi Elpis, a esperança. E é assim, que, silenciosamente, as calamidades, dia e noite, visitam os mortais.

 

http://snk-seiya.net/guiasaintseiya/108-Pandora.jpg

 

 

Fontes: O Reino de Atena e Theoi Project

P.S.: sem dúvida um dos mitos gregos mais legais. A Pandora mitológica é uma personagem fascinante, criada pelos deuses só para levar a desgraça a humanidade, e por isso sempre que vejo o mito fico pensando no que teria acontecido a ela após abrir o jarro. Quanto a personagem de CDZ, gostei como foi caracterizada como alguém escolhida para cumprir a vontade dos deuses, sem muita escolha sobre seu destino. Porem, quanto a personalidade, acho que Pandora de Lost Canvas é bem melhor com seu estilo femme fatale do que a da série clássica e ND (ela sai na porrada com Atena!). Bom, dos espectros só faltam Atavaka e Kageboshi, porém ainda tenho dois posts, um sobre Cérbero e outro sobre Mundo Inferior Grego. Então ainda teremos quatro posts antes de seguir para a próxima classe.

Editado por §agitariu§
Link para o post
Compartilhar em outros sites

Muito legal o post dela!

 

Já fiz uma fic (postada em outro fórum) em que a Pandora de CdZ conta como ela foi criada pelos deuses servindo de objeto para eles para punir os homens, o que a torna amarga e inimiga do Olimpo, ficando ao lado de Hades desde então).

 

Mas eu acho aquela tradução para o nome dela, "a que tudo dá", muito pornográfico. kkkkk

 

Prefiro a tradução tradicional, "a de todos os dons", já que ela recebeu dons/presentes de todos os deuses para se tornar irresistível aos homens.

 

Uma coisa que sempre me intrigou no mito da criação de Pandora é que, por ser ela a primeira mulher enviada para punir a humanidade, Prometeu só teria criado homens! rsrsrs

Link para o post
Compartilhar em outros sites

Muito legal o post dela!

 

Já fiz uma fic (postada em outro fórum) em que a Pandora de CdZ conta como ela foi criada pelos deuses servindo de objeto para eles para punir os homens, o que a torna amarga e inimiga do Olimpo, ficando ao lado de Hades desde então).

 

Mas eu acho aquela tradução para o nome dela, "a que tudo dá", muito pornográfico. kkkkk

 

Prefiro a tradução tradicional, "a de todos os dons", já que ela recebeu dons/presentes de todos os deuses para se tornar irresistível aos homens.

 

Uma coisa que sempre me intrigou no mito da criação de Pandora é que, por ser ela a primeira mulher enviada para punir a humanidade, Prometeu só teria criado homens! rsrsrs

Uma possivel explicação é que Prometeu nao criou androi (homens) mas sim antropoi (humanos), tanto é que Pandora casou com o irmão dele e não com algum homem como era de se esperar. Nas Fábulas o Titã aparece como criador tanto de homens como de mulheres.

Link para o post
Compartilhar em outros sites

A questão é que o mito diz que Pandora foi a primeira mulher humana.

 

E ela seduziu Epimeteu ("o que pensa depois" de cometida a besteira) porque seria a opção mais acertada para atingir a criação do irmão, Prometeu. Se ela fosse enviada a um homem comum, certamente o castigo dos deuses não teria sido tão efetivo. Ou quem sabe porque todos estavam sob os cuidados de seu criador, Prometeu, o que inviabilizava enviar Pandora entre eles.

Link para o post
Compartilhar em outros sites

A questão é que o mito diz que Pandora foi a primeira mulher humana.

 

E ela seduziu Epimeteu ("o que pensa depois" de cometida a besteira) porque seria a opção mais acertada para atingir a criação do irmão, Prometeu. Se ela fosse enviada a um homem comum, certamente o castigo dos deuses não teria sido tão efetivo. Ou quem sabe porque todos estavam sob os cuidados de seu criador, Prometeu, o que inviabilizava enviar Pandora entre eles.

Na verdade a parte em que Hesiodo descreve a criação dela, não declara isso explicitamente, ele diz que dela descende o gênero feminino, dando uma ampla margem de interpretação. E se quem existia na terra eram homens de alguma forma ela teria que ter tido filhos com eles não com Epimeteus.

 

A Mitologia não fala disso, mas acredito que uma possibilidade é que como aparece em Platão se não me engano, a primeira e segunda Humanidade era assexuada ou andrógina e que através de Pandora que separam os sexos. A terceira humanidade, esta sim feita de homens e mulheres seria aquela descendente de Deucalião e Pirra antes do dilúvio, não há nada que fale deles como pais dessa humanidade pre-diluvio no entanto a fala de Hesiodo sugere isso alem é claro do fato de que eles parecem ter vivido muito tempo. Isso explica inclusive como a maldição se realizou através de Epimeteu como vc disse, pq exceto por ter sido pai de Pirra ele não estava relacionado com a Humanidade diretamente, faria td sentido Pandora ser a aquela que abre o jarro e espalha o mal entre seus descendentes (através de Pirra). Como Deucalião e Pirra criaram a quarta Humanidade através de pedras acho plausivel que eles tivessem sido os pais carnais da terceira Humanidade, mas claro são só cogitações.

Editado por Leandro Morus
Link para o post
Compartilhar em outros sites

CÉRBERO

http://www.pharaonwebsite.com/users/trident/fanarts/Saint_Seiya/Objets/%5BTrident%5D-Pharao_Cerbere.jpg?ts=0

Na mitologia grega, Cérbero ou Cerberus (em grego, Κέρβερος) era um monstruoso cão de três cabeças que guardava a entrada do Mundo Inferior, o reino dos mortos, deixando as almas entrarem, mas jamais saírem e despedaçando os mortais que por lá se aventurassem. Os únicos que conseguiram passar por Cérbero saindo vivos do submundo foram Héracles, Orfeu, Teseu, Enéias e Psiquê. Era filho de Equidna e Tifão; seus irmãos eram Ortos, o cão de duas cabeças, Quimera e a Hidra de Lerna.
Cérbero é, na maioria das vezes, descrito como tricéfalo (três cabeças) e com a cauda em forma de serpente. Às vezes, junto com sua cabeça são encontradas serpentes cuspidoras de fogo saindo de seu pescoço, e até mesmo de seu tronco.
Para acalmar a fúria de Cérbero, os mortos que residiam no submundo jogavam-lhe um bolo de farinha e mel que os seus entes queridos haviam deixado no túmulo.
Na Divina Comédia, Cérbero aparece no Inferno dos Gulosos, onde estes ficam solitários na lama. Sem poder comer e beber livremente. E ficavam sob uma chuva gelada e a presença de Cérbero que os come eternamente com seu apetite insaciável. Cérbero é a imagem do apetite descontrolado.
Cérbero aparece também nas histórias dos doze trabalhos de Hércules:
Conta-se que Euristeu, sabendo que Héracles só ficaria mais um ano sob suas ordens, estava desesperado de medo e, para seu décimo segundo trabalho, ordenou-lhe que descesse ao reino de Hades e trouxesse de volta o cão tricéfalo, Cérbero, que guardava as portas do inferno. Isto, tinha certeza, estava acima de suas forças; e o próprio Héracles duvidava que jamais conseguisse realizar essa temerária e perigosa façanha. Ofertou grandes sacrifícios aos deuses, pedindo sua proteção; suas preces foram ouvidas. A deusa Atena, e Hermes, mensageiro dos deuses, apresentaram-se a ele, acompanhando-o até à sombria caverna, pelo túnel longo e escuro que levava às portas do Mundo Subterrâneo. Ao percebê-los, as três cabeças de Cérbero puseram-se a uivar de maneira horrível, o que chamou a atenção de Hades; mas ao ver um deus e uma deusa em companhia de Héracles, perguntou-lhes o que procuravam. Hércules lhe explicou a situação e disse que, se o deixasse levar Cérbero ele o traria de volta são e salvo. Hades concordou, desde que Hércules pudesse levar o cão nas costas, sem feri-lo.
Então Héracles aproximou-se de Cérbero e, apesar de suas três enormes bocarras guarnecidas de dentes afiados e cruéis, ergueu o animal aos ombros e subiu pelo caminho que levava da caverna tenebrosa à luz do dia. Ao chegar a Micenas, Euristeu ficou tão apavorado quando soube que Héracles trazia nos ombros o terrível cão tricéfalo, que se escondeu debaixo da cuba de bronze, mandando-lhe uma mensagem na qual lhe ordenava que se afastasse de Micenas para todo o sempre. Então, de coração leve, dirigiu-se Héracles para a caverna. Desceu pelo longo túnel e depositou Cérbero às portas do Inferno.
dWNT11x.jpg
Hércules e Cérbero
O músico Orfeu também foi capaz de domar Cérbero com sua musica quando entrou e saiu do inferno para recuperar sua amada Eurídice. Psiquê, ao adentrar no inferno, ofereceu ao cão um bolo de farinha e mel para acalmá-lo.
uqmDLTm.jpg
Cérbero em The Lost Canvas

Fonte: Theoi Project

P.S.: trazendo Cérbero. O Cão de guarda do Mundo Inferior é um dos monstros mais legais dos mitos gregos. Gosto dos mitos dos heróis que vão ao Mundo Inferior e cada um acha seu jeito de passar pelo Cão (ou não passar, no cão de Héracles). Mas realmente não gosto dessa representação de Cérbero de Gustave Doré e, consequentemente, da de Kurumada. Acho muito estranho esses pescoços compridos e ele me parece mais um monstro que um cão. Gosto mais de representações como a do The Lost Canvas, que representa bem um cão. Espero que gostem. Próximo: Mundo Inferior.

Editado por §agitariu§
Link para o post
Compartilhar em outros sites

EDIT (esse post aqui é baseado no post de Leandro antes do post sobre Cérbero)

 

Aí você está misturando um monte de vertentes mitológicas de origens diferentes.

 

Como você bem citou, Hesíodo diz que as mulheres só passaram a surgir a partir de Pandora ("dela descende o gênero feminino").

 

E nada impede que ela gere seres humanos com Epimeteu (como gerou Pirra) em vez de com os homens de Prometeu. Afinal, Pandora é humana também (apenas foi criada diferente dos "filhos" de Prometeu).

 

Mas parece mesmo que Pirra (filha de Pandora e Epimeteu), que transformou pedras em mulheres após o Dilúvio enviado por Zeus, e seu marido Deucalião (filho natural de Prometeu e uma deusa menor, cujo nome varia, não tendo por isso nascido do barro), que transformou pedras em homens, devem ter vivido muito por conta de sua origem divina, pois, quando o dilúvio veio na época do governo de Licáon, claramente já havia inúmeras mulheres no mundo, como os mitos pré-diluvianos mostram. Isso quer dizer, certamente, que depois de Pandora, Prometeu deve ter modelado mulheres para servirem de companheiras aos seus homens de barro; depois a raça multiplicada por esses primeiros homens e mulheres foi destruída pelo Dilúvio de Zeus, permanecendo apenas Deucalião e Pirra (mais "puros e elevados" que os outros por conta de suas origens divinas) e gerando a nova humanidade a partir de pedras em vez de barro, talvez com o significado de serem humanos mais firmes e fortes que os anteriores, que não cedessem tão facilmente aos seus impulsos primitivos, como fizeram a raça descendente do barro, impulsos que tanto desagradaram a Zeus.

 

Sobre os andróginos (e os duplos andros e duplos ginos [origem dos homos masculinos e femininos]), citados por Platão, quem os dividiu foi Zeus com o raio, por se sentir ameaçado pela força que esses seres humanos tinham por se serem "completos" em sua dualidade fundida. Essa lenda, claro, não tem qualquer ligação com o mito da criação da humanidade por Prometeu; segundo o próprio Platão, os andróginos (homem-mulher) teriam nascido da Terra, os duplos andros (homem-homem) nascidos do Sol e os duplos ginos (mulher-mulher) nascidos da Lua.

Editado por Fabinho
Link para o post
Compartilhar em outros sites

Participe da conversa

Você pode postar agora e se cadastrar mais tarde. Se você tem uma conta, faça o login para postar com sua conta.

Visitante
Responder

×   Você colou conteúdo com formatação.   Remover formatação

  Apenas 75 emojis são permitidos.

×   Seu link foi automaticamente incorporado.   Mostrar como link

×   Seu conteúdo anterior foi restaurado.   Limpar o editor

×   Não é possível colar imagens diretamente. Carregar ou inserir imagens do URL.


×
×
  • Criar Novo...