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Saint Seiya Era Mitológica - Bloody War


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Capítulo 141 – O assassino amado

 

No topo da construção do Aeropagus, o quartel-general escolhido por Ares, encontrava-se um Agoge do Pelotão Lonchi, este era um espartano chamado Alectrion que atuava como um vigilante graças à sua habilidade única e útil que servia de alerta para ameaças e também quem entraria. Carregava uma arma chamada Morningstar, uma maça redonda com espinhos afiados, a arma era nova e ainda não estava “baptizada” pelo sangue, Alectrion aguardava para ser chamado para combate, no entanto estava orgulhoso de ter uma missão que ele se considerava a única pessoa que podia desempenhar.

 

Um homem alto, bem musculado, com seus cabelos curtos castanhos que ele cortava para mostrar seu brilho e ataviamento como um militar disciplinado, sua Oplo não tinha tantas peças para cobrir o corpo, bastava somente os pontos vitais e seu elmo era semelhante ao dos Hoplitas que ele adorava este detalhe.

 

- Não te cansas desta tarefa inglória para um espartano como tu.

 

A voz vinha do Agoge Nelson, o germânico, que troçava dele.

 

- Se o teu objetivo era surpreender-me com a tua presença e essa voz tua irritante que magoa os meus ouvidos. – Pausou. - Obrimos Ares jamais devia ter permitido hilotas a falar heleno e permanecer no seu exército. – Manifestou Alectrion com o seu comentário racista.

 

- Eu sou um germano de Anglia, não conheces esta terra? Se eu falasse a minha língua maternal não entenderias, aliás a diferença é presente entre vós ou qualquer outro Agoge. – Respondeu Nelson sem perder a sua postura arrogante.

 

- Diz o que fazes aqui, hilota? – Perguntou o rígido espartano.

 

Nelson andava à volta do seu “colega” observando o seu comportamento, ele não se mexia, parecia uma estátua, as suas mãos estavam colocadas no cabo da Morningstar, prontas para atacar.

 

- Vim aqui ver se podia avistar deste monte, a luta dos teus “companheiros” do pelotão e também do Eforos Diomedes. - Confessou Nelson com uma pitada de gozo.

 

- Não me interessa aqueles hilotas e qualquer um que não seja espartano, não o reconheço. Para mim é insignificante, se morrerem só prova que eu estou certo. – Falou Alectrion orgulhoso.

 

O espartano olhava para a arma dele e achou algo estranho nela.

 

- Isso é mesmo uma espada? – Perguntou o espartano revelando algum interesse.

 

- É mais do que uma espada, posso mostrar-te se quiseres morrer. – Provocou Nelson.

 

- Um hilota com seus truques sujos, não tens o que é preciso para seres um Agoge como deve ser! – Respondeu.

 

- Então o que é um Agoge como deve ser? – Interrogou o anglo sem interesse.

 

O espartano saiu da sua posição movendo seus membros para uma postura ofensiva, as duas mãos agarravam pelo cabo, ele segurava com bastante firmeza dando a entender para Nelson que ele queria experimentar e provar que ele estava errado.

 

- Vai ser assim? Os espartanos são mesmo doidos e completamente suicidas, não vou perder esta oportunidade.

 

O Agoge da Espada Pistola recuou uns passos e apontou a lâmina na horizontal usando uma espécie de mira contra Alectrion.

 

Do outro lado, Alectrion estava confiante e pronta para desferir um simples e bruto golpe nas costeletas dele, os dois ficaram quietos, testaram a paciência e a calma, o espartano foi quem deu a iniciativa de avançar, Nelson disparou a sua munição cósmica tentando acertar na “boca do estômago”.

 

O espartano ficou congelado, a munição passou de raspão no rosto, ele suava muito friamente, sua face estava pálida, tremia sem controlo algum. Nelson estranhou esta súbita mudança dele, a maça estava muito próxima das suas costelas, o espinho tinha feito uma perfuração pequena, difícil de ver.

 

- Não sentes este cosmo… hilota…? – Perguntou Alectrion que abriu a boca como se tivesse reunido a minúscula coragem que ainda tinha.

 

Nelson não entendeu, o que podia assustar um espartano? Seria mesmo possível, ele julgava-os guerreiros sem medo ou até mesmo estúpidos para sentir isso. Pensou se podia ser um Cavaleiro imensamente poderoso ou uma ameaça desconhecida e nunca vista.

 

- Não sinto nada, do que falas?

 

- Avisa o Eforos Phobos… despacha-te e faz de útil, hilota…

 

A ordem dele parecia absurda, porém o germano obedeceu sem pensar, correu para ir de encontro com o seu Eforos, ele passou a mão pela sua Oplo antes intocável, notou a fissura, dentro dos seus pensamentos estava assustado.

 

“Aquele espartano podia ter me morto naquela hora…”

 

No corredor que passava, Nelson ouvia vozes e gritos de homens que faleceram, a maneira que morriam era diferente e parecia que se tratava de alguém que estava mais do que habituado a fazer este tipo de coisas, pois na verdade era um verdadeiro génio na arte. O germano sentia este cosmo ameaçador e as suas pernas perderam a estabilidade e caiu no chão, encostou-se à parede desesperado.

 

- Foi isso que… ele sentiu…

 

O assassino aproximava com seus passos, fazia de propósito em vez de estarem silenciosos, Nelson sentia a frieza da morte, a sua mente desistia primeiro. A sombra foi extinta por causa das chamas da tocha, era uma mulher que vestia uma Armadura.

 

- Outra guerreira de…

 

Ele não terminou de falar e foi golpeado na perna sem piedade, Nelson apontada a sua arma com o braço direito a tremer. A mulher aproximou para “sentir” a morte.

 

- Os homens de Ares são patéticos, nenhum presta…

 

A garra molhada de sangue elevou para cima para desferir um golpe fatal para matá-lo lentamente com muita dor.

 

- Pará imediatamente, Phonos!

 

A voz parou e Nelson foi salvo pela segunda vez, um dia de sorte para o germano e também um que ele jamais será a mesma pessoa.

 

- Phobos…

 

- Causaste muita agitação por aqui, é impossível controlares esta vontade? – Questionou Phobos ao aproximar-se. – Possuíste um corpo de uma mulher e também da tropa da nossa inimiga, não fazes distinção?

 

- Estou preso nesta Armadura e não sei quando posso libertar-me, esta mulher tem o Sopro de Mãe das Trevas que reduz a minha força e não sei quanto tempo posso aguentar…

 

Phobos se interessou, e num estalar dos dedos, um Hoplita apareceu.

 

- Tira as tuas proteções, Hoplita!

 

O soldado obedeceu, a energia cósmica de Phonos subjugou à do Hoplita, as peças saíram do corpo de Hodierna, a guerreira desmaiou inconsciente, enquanto o assassino se apoderou do corpo do espartano, parecia que a “roupa” lhe assentou muito bem, o seu cosmo transbordava de ansiedade para ele fazer no que era especialista: assassinar.

 

- Os corpos dos mortais não são tão bons quanto o da Era do Ouro, mas este serve muito melhor do que aquele que estive antes e vou mata-lha…

 

O Eforos da Espada Rondrakkan parou o punho ansioso do assassino, indicando a sua contestação na ação dele.

 

- Esta mulher lhe interessa, Phobos? Nunca te vi afectado num mortal, não fazias distinção antes. – Comentou Phonos surpreendido.

 

- As minhas razões não lhe dizem respeito, vamos falar antes de irmos ter com Ares. – Argumentou o deus das fobias em sua defesa.

 

Chamou outro Hoplita e ordenou que a guerreira de Atena fosse encarcerada numa masmorra longe dos outros prisioneiros, Phonos se soltou de forma violenta dele.

 

- Não tenho medo de ti, deus do medo! – Falou o assassino num tom indiferente.

 

- Mas devias e eu só posso tornar a tua estadia aqui muito agradável aqui, cumpra a minha vontade ou sofres as consequências. – Ameaçou Phobos.

 

- Tenho informações sobre Anteros e também das memórias desta guerreira da filha preferida de Zeus, eu é que sugiro ou melhor dizendo: que me tratas bem senão queres enfurecer o grande deus da guerra. – Argumentou Phonos em seu favor.

 

O Eforos não gostou nada da atitude arrogante dele, queria naquele momento, puder ter a força absoluta de ordenar um daimon como faz com mortais, Nelson estava esquecido e ouvia toda aquela conversa sem perceber nada, apenas estava ciente de uma coisa: sobreviver desesperadamente.

 

- Um simples daimon a dar-me ordens, que atrevimento para um! Esqueceste que antes eras um mortal, Phonos? – Perguntou o deus das fobias.

 

- Eu estou a falar para um deus da terceira geração dos Olímpicos, diz me dos teus feitos que não tenham sido ofuscados como acompanhante de Ares, meu caro Phobos? – Ironizou o assassino ao pisar em cima do orgulho.

 

Anteros era a razão do seu tormento, constantes humilhações e rebaixamentos e agora, alguém substituiu o deus da desunião, outro não seria tolerante que chegasse, então o filho de Afrodite elevou o seu cosmo provando que o seu estatuto divino era superior ao de um daimon. Phonos não se deixaria distrair para uma declaração de superior, ele preferia dar um fim rápido e contabilizar na sua lista de matança.

 

- Eforos Phobos!

 

Chamou um dos Hoplitas.

 

- Espero que seja importante, mortal! – Ameaçou o deus.

 

- Alala está aqui! – Anunciou o Hoplita.

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Capítulo 142 – Outro daemon

 

O Hoplita que anunciou a vinda de um outro daemon despertou uma surpresa inesperada, a primeira já tinha sido de um prepotente Phonos e agora outro. O assassino expressava de uma forma bastante atípica da sua personalidade: divertimento.

 

- A tua função em campo é fazer com que os inimigos se apavoram e fogem de medo não é? No caso de Alala é de inspirá-los com a sua presença em campo com o seu grito, estás a imaginar se este daemon estivesse do lado de Atena, perderias a tua função perante ela, meu caro Phobos! – Gozou Phonos ao aproveitar da situação para ridicularizar.

 

O deus das fobias agarrou pelo pescoço encostou-o à parede que o empurrou por uns milímetros com a sua força contida. As mãos de Phonos não se intrometeram, pois ele considerou a sua reação inútil, deixando o filho de Ares irritado, o cosmo divino crescia, Nelson sentia com medo do seu Eforos e completamente impotente, os seus cabelos mudavam de cor para grisalho, seu rosto ganhava rugas e a sua pele secava e esbranquiçava.

 

- Ganhaste coragem para falares assim contra mim, tu?! Um daemon que está abaixo de um deus?! – Perguntou o deus dos medos com o tom de voz controlada.

 

- Sabes, Phobos! Tens muita semelhança com um daemon, um deus bastante desconhecido pelos mortais que nem um templo pequenino tem! – Ironizou Phonos ao desprezá-lo.

 

- Sou cultuado em Esparta e meu irmão gémeo também, além disso, o poderoso Herácles e Agamemnon usaram a minha imagem num escudo para amedrontar seus inimigos, e tu?! Phonos é apenas um dos daemons Phonoi, uma mera fação, onde está os teus?! Selados? Espalhados ou destruídos?

 

O Eforos retirava a sua espada Rondrakkan com a esquerda, encostou na Armadura de Vulpecula manchada que a cortava ao abrir uma fenda, Phonos não sentia nada.

 

- Todo este silêncio é medo, ó assassino?!

 

- Não temo um deus tão fraco como tu, acho uma piada, sabes? – Ironizou Phonos. – Mesmo que mates este mortal, posso possuir outro e não tens sequer a força necessária para selares um daemon como eu.

 

- Há outros meios, seu daemon arrogante!

 

O deus das fobias retirou da sua cinta, um frasco de líquido escarlate quase negro. Era possível sentir de onde vinha.

 

- Isso é o Ikhor de Ares?! – Perguntou Phonos ao revelar alteração na sua voz.

 

- Sim e posso pingar a minha espada com isso, há alguma diferença em estares preso na proteção do inimigo ou na minha espada como teu aliado, escolhe bem ou podes permanecer leal a mim, Phonos? – Perguntou Phobos ao encosta-lo contra a parede numa escolha difícil.

 

Entretanto, o Hoplita continuava a assistir toda aquela discussão entre um deus e daemon.

 

- O que ainda fazes aqui, mortal? Receciona a maldita Alala até mim! – Ordenou Phobos autoritário.

 

- Não é preciso, meu caro. Aproveitei esta caminhada ao procurar pelo teu intempestivo e influenciável cosmo do medo.

 

A voz era de uma mulher, as tochas ajudavam a iluminar ao revelar uma aparência agradável de uma mortal feminina madura com grandes atributos, olhos que seduziam e um cabelo negro longo, as suas roupas possuíam pouco tecido. A presença fazia com que Nelson se sentia seguro, seu medo pelo Phobos e o desespero pela influência pelo assassino desapareciam lentamente, no entanto os estragos estavam presentes na sua pele que não foi possivelmente recuperar.

 

- Alala? O que vieste fazer a um lugar sangrento como este? – Perguntava o Eforos.

 

A daemona do grito de guerra beijou na bochecha esquerda e reconheceu quem era o outro.

 

- Phonos? Não consegues esconder este cosmo tão sangrento, podes ser facilmente descoberto, aliás sejas tu ou os teus irmãos, o teu grupo está tão disperso. – Comentou Alala num jeito simpático fazendo com que a tensão tenha desaparecido por completo.

 

Nelson aproveitou para sair do lugar, antes que ele fosse vitima de mais um ataque de medo de morrer.

 

- O que foi isso? Eu senti que ia morrer só de estar entre aqueles dois, depois aquela mulher chegou e não senti mais aquele medo, não consigo perceber nada. – Monologava Nelson para si próprio.

 

A vinda dela acalmou mesmo os ânimos, porém Phobos preferia manter um pé atrás, o assassino pensava no mesmo, arquitetando planos mentais para aniquilar, o Ikhor de Ares era a sua ameaça verdadeira.

 

- A minha pergunta, Alala? – Relembrou o Eforos.

 

- Não podia falar num ambiente tão áspero e um clima tão tenso, meu caro Phobos. Vim anunciar a vinda da mãe dos Cacodaemones. – Revelou Alala.

 

Phobos engoliu em seco, com um suores a ficar pelo rosto, o assassino parecia feliz com aquela notícia.

 

- Como sabes disso, Alala? – Questionou o Eforos. – Se a minha tia juntar a Ares, vai…

 

- Tornar o meu par imparável, a minha querida irmã, Éris!

 

A voz que anunciou a sua felicidade distorcida pertencia a Ares, veio pessoalmente que sentiu atraído pela presença do assassino e da daemona do grito da guerra.

 

- Meu senhor, Obrimos Ares. – Cumprimentou Eforos ao abaixar a sua cabeça devido à grande presença dele.

 

O deus da guerra sangrenta olhava para os dois com um humor anormalmente bem-disposto, estava apenas vestido com roupas que cobriram somente a cintura para baixo, com tronco nu.

 

- Phonos, onde está os teus irmãos? – Perguntou Ares.

 

- Acredito que estejam dispersos por aí, tenho a certeza com que a aparição de Éris, eles se revela. – Respondeu o assassino com uma grande confiança.

 

Ares olhava para Alala com o seu voraz apetite sexual para ela, a daemona correspondia através de jeitos de aceitação de uma mulher submissa.

 

- Vamos para os meus aposentos pessoais, temos muito que falar e vamos aproveitar o tempo, Alala. – Dizia o contente Ares que passava a mão nas zonas erógenas dela.

 

- Sim, vamos, meu senhor. Vontade não me falta. – Confessou ela com tamanho sem pudor.

 

Ela saltou para os braços dele, Ares a carregou como se nada fosse, caminhando para o quarto.

 

Phonos aproximou-se dele, o Eforos não se deixou abaixar a sua guarda contra um inimigo especialista e paciente em matar pela primeira oportunidade que surgisse.

 

- Aguarda a tua arma, vou te contar o que vi quando tomei o controlo. – Incentivou o assassino num acordo de paz.

 

O irmão de Deimos estranhou a súbita mudança de atitude dele, não seria uma artimanha demasiado óbvia. Manteve uma postura preparada para contra atacar.

 

- Começa a falar e se cuidadoso com as palavras. – Advertiu-o.

 

- Anteros e Diomedes foram derrotados pelos Cavaleiros de Ouro e todos os Agoges que estiveram com eles também os foram, melhor dizendo, foram mortos. – Revelou Phonos a sua informação.

 

O Eforos sorriu imediatamente, porém desfez num instante a sua efémera felicidade.

 

- O que fazia Anteros perto do Santuário se era aquele desmiolado do Diomedes quem atacou? – Questionou para si próprio.

 

- Não estás satisfeito? Com menos dois dos Eforos, tens mais para liderar, junto do teu irmão Deimos. – Comentou o assassino.

 

A menção do nome do seu fraterno gémeo despertou raiva nele.

 

- Quantos Cavaleiros de Ouro é que Atena ainda possui?! – Questionou o colérico deus do medo.

 

O assassino pensou antes de responder, ao vasculhar as memórias da guerreira ateniense.

 

- Creio que são uns oito que restam e quanto aos outros, há ainda uma Valquíria…

 

- É irrelevante se tem outro aliado, vou destruir a todos, começando por os torturar com os seus medos, não me interessa os outros que estão abaixo dos Cavaleiros de Ouro! – Prometeu Phobos.

 

- Não sou de dar conselhos, Phobos. Deves estar ciente que eles são portadores dos milagres, Anteros foi vencido justamente por….

 

- Anteros sobrestima qualquer mortal, foi vencido pelo seu descuidado. Não sou ele!

 

Phobos exibia o seu cosmo mostrando a diferença entre um macrocosmo e um microcosmo, embora um cosmo de daemon fosse superior a de um mortal comum.

 

Adhara ouvia a conversa escondido, ele estava com medo de ser descoberto e temia que a sua segurança fosse posta em risco.

 

- Não tenho sorte nenhuma! – Comentou Adhara.

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Capítulo 143 Novos aliados e amigos

 

Dos limites fora do Santuário aconteceram duas batalhas em locais diferentes com resultados indesejados, surpresas e consequências. Embora que num conflito o efeito jamais será alcançado de acordo com que ambas as partem idealizadas como glória, perfeição, objectivo ou mesmo a morte do seu adversário.

 

No “Jardim das Hespérides” congelada e destruída, jazia o defunto Vougan que estava encostado num tronco de árvore, Egle que estava desmaiado com a vida por um fio que tinha seu corpo molhadas pelas lágrimas frustradas da Amazona de Equuleus, Philipa. A Valquíria Brunilde conversava com Skalos, o Cavaleiro de Prata da Corona Borealis, por causa do ocorrido, enquanto dois dos Eforos estavam imobilizados pelo selo do cosmo divino de Atena.

 

- Os teus braços não conseguem realizar a tarefa prioritária, midgardiano. O que podes fazer é pedir ajuda aos teus companheiros e sê rápido, não queiras ser responsável pela tua lentidão. – Advertia a voz grossa de Brunilde pensando no bem-estar de todos.

 

De perto, três cosmos puros surgiram com difícil de adivinhar quem seria, eram Avalon e os seus subordinados com Vercingetourix que chegaram tarde.

 

- Quem são vós, midgardianos? – Perguntou a Valquíria ao brandir a sua lança na ofensiva.

 

- Minha Senhora, eu vos rogo que abaixa delicadamente este vil instrumento que tens nas suas delicadas mãos, uma pessoa tão linda e pura como uma donzela não devia ter escolhido este ofício tão trágico, pois o destino de um guerreiro é a morte e porque vós…

 

Brunilde socou no estomago de Ariosto por ter sentido ofendida ao ser chamada de frágil e sobrestimada por ser uma mulher, nunca um homem a tinha cortejado e sendo romântico para ela, porém a sua personalidade levava-lha a melhor.

 

- Meça bem as palavras que saíam desta tua bajulador boca, midgardiano desconhecido! O meu soco foi “delicado”? – Aconselhou incomodada. – Eu sou uma Valquíria e vós os quatro, tenham cuidado com as vossas respostas.

 

- Eu, chamo-me Avalon, sou responsável pela conduta do meu homem, eu veio aqui ao Santuário da deusa Atena para pagar uma dívida de gratidão, antes eu era um Agoge…

 

- Um Agoge? Eu ouvi falar de ti, Avalon. Tenho outro que está vivo. E aquele mascarado, não tem coragem de mostrar a sua cara porque está escondendo algo. – Apontava Brunilde para o Teuta.

 

- Ele…

 

- O meu nome é Vercingetourix, sou um dos Teuta do meu povo arverno e estou ao serviço de Toutatis. – Apresentou-se ao interromper o Rei dos Paladinos.

 

- Ainda não explicaste porque tens a tua cara escondida. Tens vergonha? – Continuou a Valquíria desconfiada.

 

- Ele tem horríveis cicatrizes na sua cara, a sua pele foi queimada e eu, Ariosto, que arrependo de ter injuriado uma filha de Woten. Ajudei a cicatrizar com a minha técnica, a Force Sacrée (Força Sagrada) … - Respondeu Ariosto ao proteger seu amigo.

 

- Tens uma técnica curativa, midgardiano Ariosto. Que curioso! Ajuda-o este homem, o Cavaleiro de Prata. – Ordenou Brunilde com prioridade.

 

- A sua ordem é bem-vinda. – Respondeu o galante Ariosto.

 

O gaulês Ariosto olhava com bastante atenção para os braços de Skalos, o Cavaleiro olhava de forma indiferente e fria, porém colaborou e o Paladino da Durindart retirou as manoplas dos braços, notou que ele tinha feito uma improvisação dos primeiros socorros o que ajudou imenso na facilitação da cura dos braços fraturados.

 

- Obrigado estranho. – Agradeceu Skalos que ao tocar em seus braços, sentiu curados e mais fortes do que antes.

 

- De nada. Há mais alguém ferido, bela Valquíria? – Perguntou o preocupado Ariosto.

 

- Estou mesmo impressionado, Ariosto. Eu vou perdoar esta tua insistência irritante tua de elogiar-me, achas que estás à altura desta próximo desafio? – Questionou Brunilde.

 

O terceiro Paladino, Seljuk, observava à sua volta, avistou um cadáver de longe e recolheu enquanto desconhecia o outro próximo.

 

- Meu Rei Avalon, aquele não era o irascível Vougan que está tombado? – Perguntou ao verificar.

 

O Rei Paladino certificou das palavras dele e viu que ele tinha razão, para seu espanto ele não esperava que ele estivesse morto, mas o seu maior espanto era a pessoa que ele esperava jamais voltar a ver, era Anteros que estava estendido no chão.

 

- Lembro da primeira vez que eu te vi, a primeira impressão que tive de ti que eras um guerreiro impetuoso e arrogante, mas agora tenho outra ideia de ti. Se tivesses vivo como desejava agora, certamente dirias algo tão duro e prepotente, este sorriso que tens neste rosto frio. Encontraste a tua liberdade, como celta que és. Sou dar-te um funeral que mereces.

 

Avalon monologava para Vougan como estivesse à espera da resposta dele. Pegou nele ao colo com respeito, Skalos estava um pouco curioso pela maneira como ele mostrou respeito por ele.

 

- Conhecia-o? – Perguntou o Cavaleiro de Prata.

 

- Sim. O teu cosmo frio é muito parecido ao do representante da deusa Atena, creio que é conhecido como Grande Mestre. É um aluno dele? – Observou Avalon com base em seu conhecimento.

 

- Não sou, mas sei de quem fala. Vougan salvou a mim e aos outros que aqui estão, o seu cosmo está cheio de bondade, Rei dos Paladinos. É a primeira vez que senti algo assim em toda a minha vida. É algum aliado da deusa Atena?

 

- Apenas sou um homem que quero ajudar-lha como fui ajudado, sabes o que faz aqui um homem como este aqui? – Apontava Avalon para o deus da desunião estendido no chão.

 

- Eu combati com ele e perdi, se estou vivo e digo novamente é por causa de Vougan. E tem outro, aquele gigante que chama de Diomedes. - Disse Skalos ao acrescentar uma informação vital.

 

Avalon não contou com isso, na sua mente perguntava o que dois Eforos faziam perto do Santuário, Skalos elevava seu cosmo ao energizar uma quantidade ao criar dois caixões de gelo para os Eforos pela precaução de eles não fugiram de forma sorrateira.

 

- Assim será fácil de os transportar. Eu ouvi que eras um Agoge como aquele se chama Axel.

 

- Axel? Lembras a quele Pelotão que ele pertence. Antes disso, como se chama, Cavaleiro?

 

- O meu nome é Skalos, acho que ele estava com este gigante e ele não usava nenhuma arma, somente os punhos, espero que tenha ajudado.

 

- Obrigado Skalos, ajudou sim.

 

O Paladino Ariosto conseguiu convencer a chorona Phillipa a afastar para efetuar a cura, porém ele não conseguir o efeito desejado.

 

- Eu não percebo, a minha técnica devia ser eficaz. O que é esta cor verde que saí ele, parece como as flores e plantas, o que ele é? – Questionava Ariosto.

 

- Eu sabia!! Eu sabia!! Somente a magia é que capaz de o curar… - Gritava a descontente Amazona de Equuleus.

 

- A magia? Qual divindade é capaz disso? – Perguntava Ariosto.

 

- A deusa Epona, claro! – Respondeu Philipa prontamente ao gritar o óbvio para ela.

 

- O que vais fazer, menina? Levá-lo até à deusa Epona, a senhora dos cavalos? Ele não aguentaria tal viagem, o melhor a fazer seria trata-lo o quanto e recorrer aos…

 

- Não quero a tua ajuda ou de ninguém…

 

- Não sejas teimosa, midgardiana criança! – Chamou Brunilde a atenção dele.

 

A Valquíria agarrou o braço dela para a impedir que ela cometesse um ato impensável.

 

- Não me trates como uma criança, porque não me ajudas em vez de estares a mandar como uma pessoa insensível, não és como uma deusa, Brunilde!

 

A filha de Odin contestou com uma bofetada em cada face da cara da Amazona de Bronze dando o tratamento merecido como uma criança em vez de uma guerreira, a dor que ela sentiu não tinha nada de físico, apenas emocional e psicológica que foram abaladas.

 

Seljuk pretendia interferir, porém foi barrado por Vercingetourix.

 

- Porque fazes isso? Isso é um abuso, ela está a…

 

- Este assunto não nos dizes respeito, Paladino. Estás a deixar-te levar por um juízo precipitado, a Valquíria sabe o que faz. Olha melhor com os olhos que tens. – Aconselhou o Teuta com a sua experiência como guerreiro maduro.

 

O Paladino de Kilij agia de acordo com que ele próprio sentia, porém ele ouviu atentamente e o comportamento dele e as suas palavras foram o suficiente para o persuadir.

 

Philipa respondia com socos e pontapés que falharam em acertar contra Brunilde, enquanto a filha de Odin contra atacava com bofetadas, o rosto dela avermelhava e inchava aos poucos das duras chapadas, as lágrimas continuavam e quando ela tropeçou, agarrou-a pela cintura estando de costas pela Valquíria, ela não perdoou e começou a dar palmadas duras, rápidas e valentes em cada nádega da Philipa punindo-a, a situação foi muito humilhante para ele, gritava, injuriava e chorava como uma criança, ela sentia o seu traseiro dolorido e quente das constantes e consecutivas palmadas.

 

Os restantes viraram a sua cara evitando o cenário, por fim Brunilde terminou e a deixou encolhida pela dor que ela sentida, passava a sua mão ao sentir o calor severo. Ariosto correu disparado para ajudar a Amazona, a Valquíria o apanhou pelo braço direito do Paladino.

 

- Deu um castigo muito cruel para uma guerreira.

 

- Apropriado para uma criança, se ela fosse uma guerreira não precisava de ter recorrido a este método, midgardiano Ariosto, podes curar o seu rosto, deixa que ela recorda a dor que sentiu ao ser espancada como uma! – Corrigiu Brunilde.

 

- Não quero lutar contra si, não posso aceitar que fez isso desta forma, há outras maneiras, senhora Valquíria! – Contestou Ariosto.

 

- Há sim, porém esta é a mais eficaz de todas, ela não foi a única que perdeu. Eu que estou habituada a ver mortes constantes e perdas devia ser normal para mim, porém eu aprendi que não assim que os midgardianos vêm como eu! Ela precisa de crescer e amadurecer, o mais provável é que morra sem puder se defender como deve ser.

 

Ela desgarrou-o e deixou Ariosto tratar dela.

 

Brunilde sorriu, lembrou de uma pessoa em particular, brandiu a sua lança e uma ponte de arco iris deixou dos céus.

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Capítulo 144 - Novos aliados e amigos II

 

Perto da entrada do Santuário, quatro luzes materializaram no meio do final da batalha, as silhuetas revelaram quem eram: Abubakar de Aries; Amarantos de Libra, Diana de Sagittarius e Wurdi de Rosa. Os membros mais antigos não quiseram acreditar no que se tinha passado, o cenário estava caótico e com seus companheiros caídos.

 

Diana estava pasmada, viu Lagash de Aquila caída com as mãos colocadas no seu abdómen, rapidamente percebeu que estava apenas desmaiada.

 

- O que aconteceu enquanto estivemos fora do Santuário? – Perguntou Diana.

 

- Tenho a certeza que obra dos Agoges, ainda sinto uma réstia do cosmo deles e de um que está vivo. – Apontei Abubakar.

 

Os dois recém-consagrados Cavaleiros estavam confusos e perdidos no meio desta agitação.

 

(- Este é o local certo, Diana? Abubakar?) – Perguntava Wurdi receoso.

 

(- Viemos mesmo para o fim de uma batalha. Vamos interrogar aquele Agoge que falaste, Abubakar.) – Prontificou Amarantos para fazer a primeira coisa.

 

O Cavaleiro de Aries o impediu de ele continuar.

 

(- Não conheces nada sobre este lugar e nem sabemos o que se passou, não ajas de uma maneira tão descuidada.) – Advertiu Aries.

 

(- Ficar quieto é uma opção? Eu sou um Cavaleiro de Pallas, agora! E antes, era um Pugnator, um guerreiro que tu nunca foste ao vergares uma Armadura, Abubakar! Queres ensinar-me um ofício que nunca tiveste?) – Perguntava o cabeça quente Amarantos.

 

(- Espera Amarantos, não foi isso que ele quis mencionar! A verdade é que não sabemos mesmo nada deste lugar, devias analisar a situação com mais atenção sem agires de cabeça quente.) – Acalmou Wurdi.

 

(- Agora estás do lado dele, Wurdi? Escolhes ele em vez de mim!?) – Questionou seu amigo incomodado.

 

Com o grito, Lagash acordou que estava apoiada por Diana, sua visão inicialmente desfocada recuperava aos poucos.

 

- Senhora Diana? – Chamou a Amazona para confirmar.

 

- O que aconteceu aqui? Que confusão foi esta? – Começou Sagittarius com o seu interrogatório em vez do bem-estar dela.

 

- A Phonessa onde ela está? Quem são estes dois? Aquela é uma Armadura de Ouro e um Cavaleiro de Prata?

 

Lagash estava mais confusa e apanhada de surpresa do que a própria Diana, por um outro lado, Abubakar olhava para a Amazona de Columba que tinha a sua Armadura destruída e sem vestígios dela.

 

Abubakar tocou na testa dela, viu todo através dos seus olhos como se fosse as suas próprias memórias.

 

- Que terrível! – Comentou o assustado Abubakar que suava imenso. – Temos de o levar, aquele Agoge que está caído.

 

Wurdi e Amarantos não percebia nada do que eles diziam, tentaram ao máximo compreender ao decifrar as expressões faciais de Abubakar, uma vez que a da Diana e Lagash estavam tapadas dificultando a tarefa.

 

(- Além de não termos conhecimento de nada nesta situação ou mesmo do exército da deusa Pallas se encontra, o pior é que não falámos a língua deles, Amarantos!) – Comentou o preocupado Wurdi.

 

O novo Cavaleiro de Libra observava o cenário todo, uma atitude rara dele e até nova. Viu chamas que pareciam queimar e crispavam infinitamente, apanhou uma pedra do tamanho da sua mão e atirou contra o fogo, concluiu que não era nada normal, uma pedra que servia de um material de combustível.

 

(- Não precisas de entender a língua, basta entenderes o que se passa à tua volta. Na guerra, só conhecemos uma: lutar.) – Respondeu Amarantos ao mostrar a sua experiência como um Pugnator.

 

Diana ouvia a explicação de Lagash atentamente contando tudo sobre o que tinha acontecido.

 

- Onde tiveste enquanto tudo isso aconteceu? – Questionou Lagash na ausência da sua superior.

 

A muviana dourada tentava manter a serenidade, queria contar, porém a exigência da sua responsabilidade não podia compartilhar tal assunto com alguém de uma posição hierárquica inferior.

 

- Numa missão…

 

- Não podes contar? Um novo Cavaleiro de Ouro e um de Prata, qual é a constelação de cada um? – Insistiu Lagash em crer saber.

 

- Com o tempo, vais saber. Neste momento, temos outros assuntos mais prioritários…

 

- Eles são muvianos como tu, não é, Diana? – Interrompeu a Amazona de Prata persistindo.

 

A Amazona de Sagittarius ignorou-a por completo, ajudou-a a levantar.

 

Abubakar carregava Phach de Columba ao colo com muito cuidado.

 

(- Um de vós podia ajudar este homem a levantar-se?) – Pedia o Cavaleiro de Aries aos dois muvianos.

 

(- Agora, falas a nossa língua? Para pedires um favor!) – Resmungava Amarantos incomodado.

 

(- Confias mesmo neste homem que está caído? Eles não ataquem pelas costas?) – Perguntava o receoso Wurdi.

 

(- Então, peço–te que levas esta jovem aos cuidados. Enquanto, eu irei cuidar deste homem caído.) – Solicitou Abubakar ao trocar o seu pedido.

 

Aries entregou gentilmente o corpo dela aos braços de Wurdi, o novo Cavaleiro de Prata, se sentia um pouco embaraçado ao carregar uma jovem delicado, não deixava de olhar para as horríveis cicatrizes dela, perguntando para si próprio: quem lhe fez isso?

 

Amarantos encarou nos olhos dele, desafiando a contrariá-lo.

 

(- Há garantias que este homem não te pode atacar quando estiveres de guarda baixa, Abubakar?) – Questionou Amarantos de forma retórica.

 

(- Não sentes nada pelo seu cosmo? Ele é diferente dos outros Agoges, eu compreendo que a tua primeira impressão e experiência com um tenha sido aterradora, este não merece o benefício da dúvida?) – Argumentava Aries ao tentar persuadir o seu novo companheiro.

 

(- A tua ingenuidade é uma fraqueza das grandes, Abubakar! A segurança vem sempre em primeiro lugar, volto a dizer e direi o quanto for preciso, não és um guerreiro!) – Recordou Amarantos ao dar um aviso importante.

 

O maasai nem se importou, ajudou o Axel, outrora o Agoge da Gauntlet, a levantar-se pelo ombro direito, do fundo avistou outras pessoas.

 

- Cavaleiros da deusa Atena, precisámos da vossa ajuda! – Gritou uma vez do fundo.

 

Aproximou-se um grupo de guerreiros, dois caixões de gelo estavam a ser carregados por Skalos, Seljuk e Vercingetourix, enquanto Avalon carregava o corpo arrefecido de Vougan, Ariosto transportava com muito cuidado o corpo do ferido Egle, Philipa andava atrás dele completamente calado e silenciosamente.

 

- Quem são eles? – Perguntava Lagash.

 

Quatro cosmos eram desconhecidos, porém amigáveis. Aos poucos aproximavam, Abubakar reconheceu Skalos.

 

- Skalos, és um Cavaleiro de Prata? E quem são estes dois no caixão? – Perguntava Aries intrigado.

 

- É bom voltar a vê-lo, Lorde Aries. Esses dois são os inimigos, Anteros e Diomedes, os Eforos do exército de Ares. – Respondeu Skalos ao revelar uma grande notícia.

 

Diana que estava longe, deixou Lagash em pé, olhava para os braços de Avalon que levava Vougan, ela chegou perto dele, notou uma expressão no rosto dela que jamais pensou em ver, a felicidade.

 

- Avalon? – Perguntou Diana para confirmar a identidade dele.

 

- Sim, sou eu. É a Amazona Diana, não é? Aquela que cuidou da criança que fugiu, como está e a senhora também? – Perguntou o educado e preocupado Avalon.

 

- Bem, obrigada e o Scribe está bem, embora tenha ausentado. Vougan está…?

 

- Está morto, faleceu como um celta que é. – Confirmou Avalon o óbito dele sem meias palavras ou até receio. – Temos dois Eforos que os teus companheiros lutaram tão corajosamente e um com sangue muito estranho, não me lembro dele.

 

A Amazona de Sagittarius olhou para o lado, viu o corpo maltratado do Cavaleiro de Peixes com uma expressão de sofrimento, Diana correu para o seu companheiro e jamais o tinha visto em semelhante estado, chamou pelo nome algumas vezes, Philipa se intrometeu ao colocar em frente dele.

 

- Ele está muito… mal… somente a magia… da minha deusa… Epona… é que o pode curá-lo… - Falava devagar Philipa que controlava as suas emoções evitando uma outra represália, uma vez que a anterior foi muito convincente e humilhada.

 

O rosto dela estava lavado em lágrimas e uma dor que ela notou no rosto dela, estava sem máscara o que poderia revelar que ela estava apaixonada pelo Cavaleiro de Pisces.

 

- A deusa Atena tem muitas guerreiras em seu exército? – Perguntava Ariosto.

 

- Algumas, quem és tu? Estás com Avalon? – Perguntou Diana ao crer descobrir a identidade dele.

 

- O meu nome é Ariosto, sou um dos seus súbitos e o outro é Seljuk, o meu amigo e companheiro nesta cruzada nossa, porque usa uma máscara, minha senhora, está ferida no rosto? – Apresentou o Paladino com uma atitude educada e de respeito.

 

Avalon se juntou aos dois com ar de alguém que queria cortar o ambiente e a conversa no momento certo.

 

- Diana, há feridos que precisam de assistência de cura neste momento? Ariosto possui uma habilidade de cura que poderá ajudar. – Perguntou o Rei dos Paladinos.

 

- Sim há, Ariosto a sua habilidade será muito útil. – Comentou Diana mantendo a sua frieza como guerreira.

 

A Amazona encaminhou para os que estavam feridos e cansados, enquanto o corpo de Egle permanecia com Philipa que o cuidava com muito carinho e amor, Avalon observava a Amazona de Equuleus, ele procurava entender como funcionava o Santuário da deusa Atena.

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  • 2 semanas depois...

Capítulo 145 Ragna

 

Ariosto começou por Axel, ele acordou e sentia seus músculos um pouco pesados e cansados, o homem que viu diante de si provocava algumas dúvidas na identidade e até do cosmo que ele emanava.

 

- Axel? És um dos Agoges do Miaiphonos de Ares? – Perguntava Avalon.

 

- A sua cara… não me é desconhecida… este manto que usa… esta cor tão branca… - Respondia Axel um pouco confuso.

 

- O nome é Avalon, também fui um Agoge, pertencia ao Pelotão Mythikos de Anteros. – Apresentou ao confirmar a sua identidade.

 

- Avalon? Aquele que nunca matava os seus oponentes?! A última vez que soube de ti, foi quando foste invadir o Santuário da deusa… um momento! Ele está morto?! – Comprovava Axel surpreendido.

 

- O que sabe de Vougan? – Continuou Avalon.

 

- Apenas que ele me ajudou ao enfrentar outros Agoges, que manto é esse que tens trajado?

 

- É a minha Imperial de Caliburn, a tua Oplo está destruída e livraste do Juramento de Sangue, o que vais fazer agora que estás livre?

 

Ele se levantou e encarou nos olhos dele com seriedade.

 

- Derrubar Ares e libertar o máximo dos outros Agoges que estão presos, vou juntar à tua causa ou mesmo da deusa Atena. – Respondeu o convicto Axel.

 

- Vais fazê-lo sem uma proteção sequer? – Perguntou o Paladino.

 

- Só o único que não usava uma arma, senão os meus punhos, eu tenho orgulho neles! – Respondeu Axel convicto.

 

Ariosto foi ter com Lagash que estava um pouco tonta, o gaulês da Imperial da Durindart, estava inquieto e mostrava a sua atitude através da cura, completamente indignado.

 

- O que olhas com tanta aflição, guerreiro? – Perguntava Lagash.

 

- Estou muito curioso por saber porque usas esta máscara, a nossa deusa vos obriga a esconder? E além disso, escolheram este destino tão sangrento, não deviam…

 

- Alto aí! Não vou permitir que falas sem saberes, esta ignorância tua! Qualquer uma de nós, optámos este “destino” como dizes! Para proteger as nossas irmãs comuns para que possam ter uma vida tranquila, lutámos e sacrificámos no lugar, achas que por sermos mulheres somos incapazes de fazer o que um homem faz, não queres experimentar o meu punho, guerreiro! – Explicou Lagash muito incomodada pelo machismo dele, a sua herança como Amazona da Ilha de Themiscyra falava como uma tal.

 

Lagash agarrou pelo espaço da proteção do peitoral da Imperial chegando perto dele ao olhar nos olhos dele, Ariosto não mudava a sua preocupação que o consumia.

 

- Não vou levantar a minha espada contra uma mulher seja ela qual for, quer ouvir a minha razão, guerreira de nome que ainda não me disse? – Comentou Ariosto.

 

- Vou dar-te esta oportunidade, guerreiro! Espero que valha a pena ouvir, senão… - Ameaçou-o. – O meu nome é Lagash, lembra-te bem ou o meu punho fará a questão.

 

- Eu era uma criança fraca que nasceu numa tribo de orgulhosos e fortes guerreiros, uma na qual que tínhamos de ter sucesso não importa como, ser fraco era como a pior das ofensas e também um pecado segundo as crenças de onde vim, a minha mãe… - Pausou Ariosto ao mostrar a lágrima sincera. - …também era uma guerreira e tão forte quanto um homem, desafiou as crenças e foi exilado comigo, ela jamais se importou, desafiou o meu pai e o venceu numa luta que o matou, o meu amor que tinha por mim, foi o mais puro e forte do que qualquer crença. Prometi a mim mesmo que iria ser um guerreiro, somente me dizia: “Não quero que sejas igual àqueles homens, seja apenas tu mesmo.”, num dia, eu vi a minha mãe no chão deitada no chão morta com várias feridas e uma grande poça de sangue, o dia mais triste da minha vida e também a minha maior imponência, estava fria… não se mexia… foi neste mesmo dia que fiz a minha promessa… que iria proteger qualquer mulher até ao fim dos meus dias…

 

Lagash ouvia cada palavra atentamente, as lágrimas dele eram sinceras e puras.

 

- Honras a tua mãe assim, não levantando a mão para um mulher, e se uma tentar te matar não vais fazer nada, nem defender? – Perguntava Lagash um pouco surpreendida.

 

- Foi o meu juramento, a Imperial surge sempre que há um juramento e aprendi habilidades de cura.

 

A própria Amazona de Aquila percebeu que existia uma certa semelhança entre ele e ela, porém o juramento parecia absurdo e completamente sem sentido. Exilados e sozinhos contra o mundo. Ela sentia o cosmo dele com nobreza e sinceridade e estava em sintonia com a habilidade da Phach de Columba, o Sopro de Mãe da Luz, os outros dois também recebiam, Seljuk e Avalon sentiam o calor que vinha da Amazona caída.

 

- O que é está luz quente? – Comentava Ariosto incrédulo.

 

- É o Sopro da Mãe da Luz que ela tem e eu este!

 

Mostrou Lagash, uma imensa quantidade de eletricidade que estava continha no seu braço direito, criando as asas da águia majestosas e prontas para voar, a própria Amazona de Prata não estava convencida e deu as suas costas ao fazer desaparecer o seu Sopro de Mãe de Trovão, deixou o local indo ao encontro da pessoa que estava na sua mente que queria falar.

 

Por um lado, Wurdi estava muito inquieto e completamente confuso acerca da constituição do Cavaleiro de Pisces, Egle, embora que ele não entendesse devido à barreira linguística, parecia que ele compreendia algo que ele dedicava em seu tempo livre.

 

(- Amarantos, o sangue deles não é parecido com o nosso? Aquele me intriga e muito, parece com as minhas rosas.) – Comentava Wurdi.

 

(- Não há muito para perceber. Ele podia ser um completamente distinto, como uma criatura com forma semelhante ao homem comum, o que fazes?) – Perguntava Amarantos para o seu amigo.

 

(-Acho que posso ajudar, vou pedir ajuda a Diana ou Abubakar para traduzir.) – Avançava o Cavaleiro de Prata de Rosa com a sua iniciativa.

 

O muviano, antes Pugnator, dirigiu para Diana e pediu a ela para ajudar a comunicar com eles, uma vez que ele não era entendido na língua dos helenos.

 

(- Achas que consegues ajudar o meu amigo Egle? Ele não é um homem igual aos outros, ele é…)

 

(- Uma planta.) – Entendeu Wurdi ao interromper a sua amiga. (- Creio que tenho o que preciso para o curar devagar, porém vou pedir a ajuda dele com habilidades de cura, aquele que tem uma proteção branca.)

 

A Amazona de Sagittarius chamou a atenção do Ariosto e conseguiu convencer, Wurdi tinha uma bolsa que continha um remédio caseiro que ele desenvolveu por si mesmo, uma vez que ele tinha trazido sem se aperceber, ele aplicou pelas fissuras da ferida com muito cuidado e bastante atenção, o remédio fazia efeito devido à reação do corpo e dos gestos que Egle fazia, Ariosto ajudou com a sua técnica, desta vez que teve seu efeito desejado.

 

A mudança na face de Egle era notável, ele estava em absoluto repouso.

 

(- Onde aprendeste isso, Wurdi?) – Perguntou Diana.

 

(- Cuido das minhas rosas lá em casa quando não estou na função de Pugnator, achei estranho, mas familiar. Todos são assim?) – Perguntou curioso e completamente inocente.

 

O seu amigo puxou-o pelo “colarinho” da Armadura evitando que aquela frase fosse traduzida.

 

(- Ainda bem que eles não falam naacal, se fosse. Tu ficarias bastante envergonhado, Diana, não traduzas pelo bem dele e de nós todos, eu não vou pagar pela ignorância dele!) – Pediu Amarantos um pouco preocupado.

 

Ponte Bifrost do Yggdrasil

 

Brunilde viajava com o auxílio das suas asas acopladas na Runa da Batalha Correspondente seguindo o trajecto da ponte do arco iris, esta que ligava e guiava as Valquírias quando transportava os valorosos guerreiros nórdicos mortos em combate que era a maior das honras e mais tarde eram consagrados como Einherjar de Odin. Atingiu o meio do trajeto que ficava perto de uma espécie de guarita.

 

- Há muito tempo que não via tamanha sua presença, confesso que não esperava ver sua beleza corrompida pelo tempo que passou em Midgard, Valquíria Brunilde.

 

A voz pertencia ao guardião divino, Heimdall, um homem bastante robusto e de uma aparência intimidadora, usava um capacete que se assemelhava ao crânio de um carneiro com os chifres bastante salientes e encaracolados, usava a Runa da Vigília, uma proteção nórdica que protegia o corpo todo de cor escarlate e dourada com alguns detalhes inscritos como o nome das nove mães dele, junto dele estava o seu cavalo dourado, Gulltop.

 

- Seu mentiroso, a tua visão alcança todos os reinos de Yggdrasil e também a sua audição maldita, darias um belo notificador de mexericos senão pela tua virtude como guardião, Heimdall. – Sorria Brunilde ao conversar com ele.

 

- Não é toda a verdade, o Santuário da Xenia Atena está protegida e nem mesmo os meus olhos divinos possam vasculhar o que tem dentro do seu território, já encontraste o escolhido, não foi? – Perguntava Heimdall sabendo da verdade sem estragar a surpresa.

 

- Surpreender-te é difícil, nada te escapa. Nunca tenho uma conversa como deve ser contigo! – Comentou Brunilde aborrecida.

 

- Não leio pensamentos, mas vejo que estás a envelhecer depressa. Vai ter com a Idun, encontra-se no seu lugar de costume e autorizo a tua passagem.

 

O deus guardião retirou uma espada das suas costas que servia como uma chave ao abrindo os enormes e pesados portões construídos com o auxílio dos maiores e mais engenhosos anões do mundo de Svartalfheim, ao fundo avistava o imenso reino de Asgard.

 

- Podes levar o meu cavalo, Gulltop, meu fiel companheiro, pode não ter as asas como aquele cavalo dos helenos, porém é tão veloz que parece que voa. – Aconselhou Heimdall.

 

Ela agradeceu com um sorriso, montou o cavalo e num ápice, Gulltop cavalgou velozmente ao encontro, Idun, estava detrás do imenso castelo onde residia Odin, os Aesir e mesmo os Einherjar juntos, a deusa era guardiã de uma árvore, somente uma, que cuidava dos frutos que davam a eterna juventude aos deuses Aesir, mas também ajudava a recuperar a força que perdiam com a “perda da juventude”.

 

- Finalmente, Brunilde. Minha querida, esse rosto.

 

Idun, a deusa responsável, era um pouco mais baixa que a Valquíria, seus cabelos loiros eram dourados entrançados, uma cor quase idêntica ao sol, uma pele alva como um elfo de Alfheim, não trajava nenhuma Runa, somente um vestido branco, deu uma maça vermelha, a Valquíria deu a primeira mordida e rapidamente recuperava suas forças, porém foi tinha efeito se toda a maçã fosse comida e assim o fez.

 

- Obrigada Idun, foste a minha salvação. Porém, ainda tenho algo a fazer. Podes dar outra maçã, em Midgard, o tempo não flui como o nosso. – Solicitava Brunilde com humilde respeito para com a guardiã.

 

Antes de entregar a maçã, a corneta de Gjallarhorn de Heimdall foi ouvida por todo o reino, a maça caiu pelo chão rolando, o inevitável aconteceu e nada ela podia fazer, Brunilde já não podia sair do seu lugar e ir para o Santuário de Atena.

 

Ragnarok começou.

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Capítulo 146 – Planeamento

 

Próximo da entrada do Santuário estavam presentes mais pessoas, um morto dado como confirmação que era Vougan, três Paladinos, um Teuta, dois inimigos capturados e sete Cavaleiros.

 

- Grande Mestre! – Confirmou Abubakar na presença da pessoa.

 

Os Cavaleiros mais antigos como Abubakar e Diana se ajoelharam prestando reverência, respeito e obediência ao segundo em comando, aquele confiável e sábio, Eklegetai.

 

Avalon ajoelhou mesmo estando a carregar Vougan em seus braços, os seus seguidores fizeram o mesmo.

 

Eklegetai observava a todos à sua volta, certificando do relatório da Lagash que orou estava correto e tal aprovou, os dois muvianos olhando para o antigo e envelhecido guerreiro com estranheza, Wurdi estava nervoso e preocupado, enquanto Amarantos permanecia indiferente.

 

(- Amarantos! Não devíamos ajoelhar como eles?!)

 

(- Eu não o conheço para fazer tal coisa, devíamos fazer isso é para quando virmos Pallas!) – Respondeu Libra atendendo como algo em respeito à hierarquia.

 

O Grande Mestre ouviu e olhou para ele, Wurdi sentiu um frio anormal que tremeu de forma ilógica.

 

(- Acho que ele ouviu a nossa conversa!) – Comentou o preocupado Cavaleiro de Rosa.

 

(- É impressão tua, deve é estar curioso porque nunca nos vi antes…)

 

(- Não é a primeira vez que vejo muvianos, estive na sua terra há mais de duzentos e nenhum dos dois sequer havia nascido. Além disso como Cavaleiros que são pelos mantos que cobrem vossos corpos, é do vosso dever apresentar a mim antes de verem a Promarkos Atena ou como dizem: a deusa Pallas. Como é a vossa primeira vez, estão perdoados e que isso não se repita, eu sou o Grande Mestre, Eklegetai, o antigo Cavaleiro de Aquarius e vocês quem são?) – Explicou num tom de sermão com uma voz fria e autoritária.

 

Os dois estavam surpreendidos, Amarantos é que ficou ainda mais por ter ouvido o nome dele que era mencionado quando estava na função de Pugnator, Wurdi ficava cada vez mais nervoso.

 

( - Per…per…ppper… perdão…. Grande Mestre… pela minha falta de respeito… senhor… Wurdi de Rosa… é um prazer… conhecer a lenda…)

 

(- Cavaleiro de Prata da Constelação de Rosa, huh? A primeira vez que vi dessa constelação era uma Armadura de Cobre e agora é uma de Prata, o Mesja Donatelo fez um excelente trabalho e vós, Cavaleiro de Ouro?)

 

(- Amarantos de Libra.) – Apresentou-se sem falar palavras desnecessárias.

 

(- Cavaleiro de Rosa e Amarantos de Libra, sejam bem vindos ao Santuário da Promarkos Atena, quando estivermos em presença da nossa deusa irão relatar o que se passou.) – Dizia Eklegetai ao dar as boas vindas.

 

O novo Cavaleiro de Libra estranhou ele ter sido chamado pelo nome e não o seu amigo, ele começava a notar a forma como ele tratava seus subordinados, o primeiro contato com um exército fora do seu.

 

O Grande Mestre notava as grandiosas e majestosas asas da Armadura de Diana, observando que desde a última não tinha esse detalhe tão chamativo, além de ter visto o manto de ouro de Libra de aparência distinta e usada por Amarantos, o novo dono. Percebeu pelo formato da caixa envolvida em panos que tinha feito uma solicitação especial há muitos anos.

 

- O meu pai entrega-lhe esta Caixa de Pandora, Grande Mestre. – Dizia Diana enquanto carregava o objeto nas mãos dela.

 

- Obrigada Diana de Sagittarius, estas asas foram um presente do teu pai, fizeste as pazes com ele? – Perguntou o preocupado Grande Mestre revelando uma face pouco habitual.

 

A muviana não se pronunciou deixando seu silêncio falar no lugar dela, sem levantar a cabeça, embora ela estivesse feliz, preferiu omitir tal felicidade uma vez que jurou deixar seus sentimentos pessoais de lado e concentrar como guerreira.

 

- Percebi. – Concluiu Eklegetai ao entender.

 

Avalon incentivou-se ao entregar o corpo arrefecido de Vougan para o representante da deusa, Eklegetai não demonstrou tal sentimento diante da morte do seu pupilo, mesmo que ele não sentisse tal afinidade, uma vez que a relação entre aluno e mestre era considerada anormal com vários desentendimentos pela questão do orgulho cultural e de uma barreira auto imposta por Vougan.

 

“- Este sorriso, nunca te vi nesta expressão de felicidade tua. Morreste como querias fazendo jus ao guerreiro celta que sempre defendeste, foi impensável ver que irias defender o Santuário de uma deusa que não a vias como uma guerreira… despediste e ouso dizer que estou orgulho de ti, parabéns Vougan…”

 

O próprio Grande Mestre fazia um monólogo interior mostrando seus sentimentos e emoções, no fundo, ele via Vougan como um espelho: ambos perderam os pais, foram Cavaleiros sobre a constelação guardiã de Aquarius e completamente teimosos e convictos das suas vontades, carregou a Caixa de Pandora nas costas envelhecidas e em seguida transportou o corpo do celta ao criar uma fina camada de gelo para preservar até à altura do ritual funerário dele.

 

A pessoa que conhecia o Grande Mestre há mais tempo, pensou que a morte de Vougan não o afectaria, porém o instinto e perspicácia dela não concordava com o comportamento, atitude e ações do antigo guerreiro.

 

- Avalon, quem são os outros dois que usam um manto parecido com o teu? – Perguntou o Grande Mestre sem esquecer da presença deles.

 

- Seljuk de Kilij.

 

- E Ariosto de Durindart, vossa sapiência.

 

Apresentaram os dois com o máximo respeito e cuidado.

 

- Vim ajudar juntamente com eles, o senhor é aquele que o chamam de Grande Mestre, meu nome é Vercingetourix, um Teuta dos Arvernos e antes, um Agoge.

 

- Axel, igualmente era um Agoge.

 

Seguiram o exemplo, mas Eklegetai não estava convicto das intenções dele, preferindo manter uma atitude defensiva.

 

- Quais são as vossas intenções? Vercingetourix e Axel, vingança contra o Brotoloigos Ares? – Questionou o Grande Mestre mantendo uma atitude fria e imparcial.

 

- Libertar os outros os outros e acabar de uma vez com esta carnificina inútil! – Respondeu Axel.

 

O Grande Mestre observava-o atentamente a qualquer movimento dele.

 

- Sobreviveste a tudo isso? – Perguntou Eklegetai desconfiando mais uma vez. – Porque não fugiste daqui para procurares a tua própria liberdade, mataste tantos para chegares até aqui, não foi Axel?

 

O anglo-saxão não esperava tamanha desconfiança por parte do homem que representava a deusa contra o seu impingido “deus”, Ares, fosse tão duro e direito em expor a ação dele como um Agoge que fora tempos atrás tão recente.

 

- É necessário condená-lo tão duramente, o senhor não tem pena dele? – Perguntava Seljuk que decidiu agir no lugar dele como porta-voz.

 

Axel gestiu com o braço de mão fechada como um ato de aceitação por parte da pergunta dele.

 

- Sim, matei… - Falou. – Não sei quantos matei, mas o fiz! Para viver mais um dia, usando estas minhas mãos ao contrário de muitos que usavam armas, para divertir uma divindade sedenta e insaciável por sangue, vi os meus a morrerem por serem “fracos”! Eu prometi que ia os vingar, eu quero a sua ajuda, a deusa Atena que ouvi que foi imposta como minha inimiga, pode…

 

- Então, tiveste a tua escolha. – Interrompeu Eklegetai.

 

- Fomos apenas ferramentas nas mãos de Ares, trazidos contra a nossa vontade, tivemos de deixar a nossa cultura, história, identidade e até nosso orgulho, de sermos os cãos obedientes dele. Qual escolha teve? – Perguntou o incomodado Vercingetourix.

 

- A morte é uma escolha e seja qual for o vosso deus que habita a casa dos mortos, os dois podiam hospedar na casa dele. – Respondeu o ancião sem alterar a sua opinião.

 

Os dois antigos Agoges não acreditaram na tamanha frieza que o Grande Mestre mostrava, parecia que ele era pior que Ares que os torturava, até mesmo Avalon compartilhava do mesmo, porém optou por não manifestar.

 

- Eu percebo onde quer chegar, nada pode mudar o que eu fiz e tudo vai seguir até eu morrer e levarei comigo, se eu estou vivo é porque tenho um motivo e nem acredito que meu destino tenha de acabar aqui, senão quer me ajudar eu o farei por mim mesmo, afinal o meu é morrer em campo de batalha! – Expressou Axel não se deixar levar pelas circunstâncias das adversidades.

 

Uma Caixa de Pandora de Prata com relevos de um leão em forma de paladino surgiu pela sua vontade mesmo em frente do anglo-saxão. Abriu e cada peça cobriu o corpo de Axel.

 

Um novo Cavaleiro foi aprovado, Axel converteu-se em um guerreiro de Atena, usando a Armadura de Leo Paladinus, o manto prateado parecia uma versão mais completa e melhorada da Bronze de Leo Minor, o próprio elmo assemelhava ao crânio de um leão e toda a aura que ele emanava antes que era escarlate mudava a sua cor para uma cor de prata dando uma presença benigna e completamente paladínica.

 

- Majestade Avalon, aquele manto que ele usa parece muito com o nosso. A deusa Atena tem Paladinos como nós? – Interrogava o surpreendido Seljuk.

 

- Este cosmo… não sinto nenhuma vontade de matar, apenas um desejo dentro de mim para proteger, que força benevolente… nunca senti assim…

 

- Promakos Atena aprovou, agora és um de nós, Cavaleiro de Leo Paladinus. – Apresentou o Grande Mestre ao revelar a constelação.

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  • 3 semanas depois...

Capítulo 147 Visita

 

Blake, antes o antigo Cavaleiro de Prata de Cerberus, agora um homem sobrevivente com a falta de braço, perna e olho que perdeu em combate perante o megalomaníaco, Charlemagne de Joyeuse, o Agoge que atacou as proximidades do Santuário e também o responsável pelo despertar do sétimo sentido dele, jazia numa cama dentro da sua casa que situava interiormente da morada de Atena.

 

- O que se passa fora desta parede? – Perguntava o aborrecido Blake que olhava para a janela.

 

- Eu não sei de nenhum detalhe, apenas que as coisas não estão nada bem para a nossa Partenon Atena. – Respondia a serva pessoal, Elaine, da divindade que cuidava dele.

 

- A menina? – Perguntou Blake preocupado. – Onde está ela?

 

- Pareces um pai para ela, Blake. Ela está a dormir de tanto cansaço, ela tem sido muito prestável e quer ver te ao pé de mim. – Dizia a alegre Elaine com esperança.

 

O guerreiro olhava para a janela persistente em crer saber mais acerca dos acontecimentos, ter ficado inativo parecia o pior dos castigos para ele.

 

A sua casa foi visitada pela presença de uma mulher com uma máscara, era alguém que Blake conheceu muito bem.

 

- Aquila? O que fazes aqui perto do recinto masculino, não devias estar…

 

- Um recinto vazio. – Corrigiu ela. – Não quero esta formalidade, Blake. Não és um Cavaleiro e não precisas de falar assim comigo, afinal eu te devo muito. – Confessou Lagash.

 

O homem esforçava para levantar com o seu único braço que restava, Lagash fez questão de o fazer ao apoiar no corpo dele com carinho e gentilidade, Elaine sentiu que estava a mais e fosse embora.

 

- Irmã, pode ficar. – Pediu Lagash com respeito.

 

- Ele está melhor e certamente que tem outros assuntos para falar com ele que não me dizem respeito algum, retiro-me por agora.

 

- Leva a criança, Elaine, por favor. – Pedia Blake.

 

A serva obedeceu ao acenar com a cabeça, levando-a ao colo carinhosamente.

 

A Amazona aproximou-se mais dele, mostrando um comportamento de uma mulher apaixonada que o antigo Cerberus desconhecia.

 

Ele se sentiu envergonhado e completamente surpreendido pelo cenário que se passou, não entendia mesmo nada, Lagash retirava a sua máscara revelando a cara que ele tinha esquecido, a última vez que ele a viu, era de uma mera criança.

 

- Coloca a tua máscara…

 

Ela selou os lábios furiosos dele com dedos delicados.

 

- Não és um Cavaleiro, Blake. Até posso dizer o teu nome finalmente e que me olhas no meu rosto, é agora que tenho esta oportunidade e sinto que o trovão de uma tempestade se possa manifestar a qualquer momento. – Expressou ela num sentimento tão forte e caloroso.

 

A Amazona de Prata retirava cada peça da sua Armadura para o lado da cama dele e depois as suas roupas, Blake estava tímido e nem se atrevia olhar para ela.

 

- Não gostas do meu corpo? Blake, olha para mim… - Pedia Lagash tentando-o seduzir.

 

- Foste influenciada pela Epistrophia Afrodite, Aquila, eu…

 

Ela o calou com o seu beijo que ele não resistiu e fechou seus olhos, foi este momento que Blake teve o seu melhor momento da sua vida ao lado de uma mulher que transgrediu as regras da deusa Atena.

 

- As Amazonas da tua terra somente escolhem uma tribo, não é verdade? Porque eu? – Perguntou o antigo Cavaleiro.

 

- A minha mãe foi exilada e eu não preciso de seguir a tradição e o culto delas, muito menos essas regras que faz a deusa Atena, a criança que nascer dentro do meu ventre. – Ela tocava no seu útero com grande orgulho. – Seja menino ou menina, não importa, eu quero que continua a linhagem da minha e a tua também, farei daquela criança, a minha também, eu quero contigo, quando esta guerra acabar e desistir de ser uma Amazona de uma vez por todas. – Confessou Lagash.

 

- Quando esta guerra acabar? – Repetiu as palavras dela.

 

- Queres estragar este momento com as preocupações lá fora? – Perguntou ela sem perder o momento feliz estando completamente a leste.

 

- Mesmo não seja um Cavaleiro, eu preocupo muito e Saphire é a minha razão. – Respondeu Blake.

 

- E eu? Onde fico nas tuas prioridades ou não sou? – Interrogou Lagash.

 

- Aquila…

 

- Eu tenho um nome, Lagash…

 

- O que se passa realmente, não tenho tido notícias e nem mesmo dos meus antigos companheiros, por favor me diz, Lagash…

 

Ela levantou-se da cama envolvida nos lenções cobrindo o seu corpo despido olhando muito sério para ele.

 

- Estás a estragar tudo por causa desta guerra entre dois deuses que não se entendem e somos metidos neste barulho todo, vim aqui confessando e entregando a minha pureza que jamais seria perdoada pela Partenon Artemis e a Partenon Atena, Blake…

 

-Não escolheste este tempo mais acertado, a guerra ainda não acabou…

 

- E quando ia ser?! – Perguntou ela furiosa. – Podias estar morto e ter encontrado na casa da Prostasia Perséfone, mas estás vivo e eu também, momentos atrás eu podia estar morta e quis estar contigo!

 

Lagash mostrava seu descontentamento através do seu Sopro de Mãe com algumas descargas elétricas inofensivas, a sua fúria estava controlada pelo respeito que ela sentia por ele.

 

- Se não querias estar comigo, porque continuaste?

 

- Agora vais ser tratada da mesma maneira que a Elen de Cancer!

 

- Estás mais preocupado com a minha situação como guerreira do que os meus sentimentos, Blake?!

 

Ela descarregou um raio elétrico que atingiu o corpo de Blake, embora tenha sido apenas fraco, ela se manteve firma na sua fúria.

 

- Lagash… por favor, entende…

 

- Já entendi, poupa a tua explicação, homem imprestável… que desilusão foste, eu espero que esta criança nasça dentro de mim, não seja igual a ti, vou criá-la sozinha sobre a minha asa, nunca mais me verás, Blake! – Despedia dela.

 

Vestiu rapidamente que não suportava ficar um segundo sequer a mais na casa dele, ela tinha esquecido da máscara que ele olhava triste para o objeto facial.

 

- Lagash…

 

“Preocupes muito com ela, Blake?”

 

A voz que falou era da sua constelação guardiã na sua mente.

 

- Não sei o que pensar agora, estou muito confuso… - Respondeu ele continuando a olhar para a máscara muito triste.

 

“A tua grande responsabilidade não é a Saphire? Não consegues ver o futuro como eu vejo, mas eu sei do teu passado com ela.”

 

Dentro da mente dele, o antigo Cavaleiro de Prata revivia a memória de quando perseguia como um candidato à Armadura de Leo para o conquistar, porém ele para muito cansado situado nas ruínas da antiga Mesopotâmia.

 

- A Armadura, perdia-a de vista… eu não vou desistir…

 

Antes de ele iniciar a sua perseguição, ele olhou para uma mulher fraca e quase esquelética que estava agarrada à sua filha desmaiada de fome, mesmo que ela estivesse tão frágil e mal nutrida, ela a protegia fervorosamente estando encostada sobre uma parede destruída.

 

- Homem… - Falou a mulher com uma voz fraca. -…por favor, leva a minha filha daqui…

 

Blake relembrava da sua missão e o quanto era prioritária, porém o seu coração amoleceu pela força da vontade da mulher que conquistou e o convenceu pelo desespero, ela esticava seus braços a tremer, porém ele sentia um cosmo eletrizante e poderoso, muito mais do que o dele, agora envolvido pela sua filha que passava para ele.

 

- Obrigado, homem…

 

Ela agradeceu ao ter morrido em seguida com um sorriso no seu rosto, parecia que ela esperou todo este tempo necessário aguentando tão corajosamente.

 

“A tua memória, Blake. É o teu passado.”

 

- Mostras isso a mim para me sentir pior?!

 

“É para não esqueceres e nem tudo está perdido.”

 

Blake não estava convencido, mas ele não quis saber e observou os lenções sujos do sangue dela.

 

- Lagash…

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  • 2 semanas depois...

Capítulo 148 O inimigo do meu inimigo é o meu aliado

 

Uma surpresa completamente inesperada surgiu fora do recinto do Santuário, um outro Cavaleiro de Prata de constelação extinta, um antigo Agoge com sentido de compaixão e senso de justiça nomeado como um guerreiro de Atena, ele era Axel de Leo Paladinus.

 

Mais afastado do acontecimento, a dupla dos Pugnators observavam os eventos, Wurdi mostrava mais curiosidade e entusiasmo por parte de um novo exército que pertencia.

 

(- Amarantos! Aquele homem tem o mesmo brilho da minha Armadura, mas é diferente da minha! Eu acho a minha mais bonita!)

 

(- Gostava de perceber o que eles falam, os gestos não me ajudam em nada! Diana, podes traduzir-me?) – Pedia o incomodado Cavaleiro de Libra pela barreira linguística.

 

A Amazona de Sagittarius aproximou-se do seu amigo e explicou tudo o que se tinha acontecido.

 

(- Diana, eu estou curioso numa coisa: como funciona aqui a hierarquia no exército da deusa Pallas?)

 

(- O exército é divido em três patentes que se distinguem pelo brilho da sua Armadura: começando pelos Cavaleiro de Bronze, seguindo dos Prata e Ouro, no caso de Abubakar, eu e Amarantos, somos a elite e existe somente doze Armaduras de Ouro.) – Explicou Diana.

 

(- Não deixar de notar que somente que os Cavaleiro de Ouro é que usam seu nome, enquanto os abaixo são chamado somente pela sua constelação, que explicação há para isso? Aquele novo Cavaleiro também vai ser assim?) – Questionou Libra ao crer saber.

 

A Amazona de Ouro não sabia como podia dar a resposta de um modo tão simples, uma vez que o muviano tinha uma certa razão na sua observação, ela optou pelo silêncio, tal atitude aborreceu-o.

 

(- Porque fui escolhido por esta Armadura e por Pallas?) – Perguntou Amarantos para si próprio.

 

(- Amarantos! Sempre quiseste ser um Cavaleiro e sempre falaste disso quando estavas no teu primeiro ano como um Pugnator!) – Relembrou Wurdi do sonho dele.

 

(- Não imaginava nada disso, a realidade é que não correspondeu às minhas expectativas e estou desiludido com que estou vendo e sabendo!)

 

Enquanto a conversa entre três muvianos ocorria, Axel permanecia surpreendido pela Armadura que vestia, sendo tão diferente radicalmente.

 

- As tuas preces foram atendidas pela Promarkos Atena, Leo Paladinus. – Pronunciou Eklegetai.

 

- Leo Paladinus? É o nome deste manto que uso?

 

- Sim, és um Cavaleiro de Prata e foste escolhido pela deusa. Estás sobre a proteção e ao serviço dela, terás a tua oportunidade de cumprir o que falaste. – Falou Eklegetai num tom de aceitação. – Além disso, poderás ajudar-nos no que significa esta missão do Neas Genias.

 

- Eu não sei de nada sobre isso, é a primeira vez que a ouço. – Respondeu Axel.

 

O Teuta de Averno avançou tomando a iniciativa para com o representante da deusa.

 

- Eu estava encarregado sobre esta missão do Neas Genias como o responsável no Pelotão Xiphos do Eforos Phobos, eu sou a pessoa mais indicada para isso.

 

- Muito bem, Vercingetourix. Podes começar por falar aqui. – Disse o Grande Mestre com toda a sua autoridade.

 

- Diante da deusa Atena e não aqui, Grande Mestre. – Exigiu o Teuta.

 

Esta atitude dele tornou o ambiente um pouco pesado, porém Eklegetai sabia muito bem que podia deitar tudo a perder por uma reação.

 

- Muito bem, advirto qualquer passo em falso, tratarei pessoalmente disso. – Prometei sem dar hipótese de aceitação com os braços abaixo.

 

Abubakar sentia um estranho cosmo dele, algo que o perturba e ele se aproximou-se do Teuta, tropeçou de propósito e tocou na Rouelle dele com a mão direita para amparar a sua queda.

 

- Tem cuidado, Cavaleiro. – Advertiu Vercingetourix.

 

O toque no manto gaulês despertou uma sensação sombria e muito preocupante, porém ele manteve discreto.

 

O trio dos Paladinos juntava-se e conversavam entre si.

 

- Vamos juntar à causa da deusa Atena, ajudando os seus Cavaleiros. – Iniciou Avalon com seu pedido perante os seus leais seguidores.

 

- Não era necessário pedir tal coisa, Vossa Majestade. – Concordou Ariosto entusiasmado.

 

O membro mais recente Seljuk mantinha os seus pensamentos para si próprio tendo visto o exército de Atena como funcionava e olhava o quanto parecia. Ele afastou do grupo e dirigiu para Axel.

 

- Cavaleiro de Leo Paladinus, posso falar consigo? – Perguntava para o novo guerreiro de Atena.

 

- Axel, aliado de Avalon. Não é preciso tanta formalidade para comigo. – Falou num tom tranquilo.

 

- Conheces o Saif? Ele sobreviveu matando os outros? – Interrogava Seljuk preocupado.

 

O anglo-saxão pensou um pouco e o nome não lhe trouxe nada mesmo.

 

- Não sei, se ele for forte é porque sobreviveu e matou tantos como eu. Ele é da tua tribo, um amigo?

 

- O meu irmão e era para ele ser um Paladino e eu não. – Respondeu Seljuk desiludido com a resposta.

 

Axel por um momento se calou, colocou a mão no ombro dele como um apoio.

 

- Estás disposto a dar a tua vida por uma dúvida que nem sabes que ele está vivo? – Interrogou Axel ao tentar dar uma prova do valor dele.

 

- Eu sei que ele está vivo, o meu irmão está vivo! – Repetiu Seljuk convicto.

 

Avalon aproximou dos dois.

 

- Axel, vamos ser companheiros nesta causa para derrubar o Brotoloigos Ares. Este manto que usas é muito parecido com o nosso, o Leo Palatinus, tens uma aura de um Paladino. – Apoiou o representante da classe dos virtuosos.

 

Do outro lado, Eklegetai chamou Abubakar para falar com ele a sós.

 

- Temos muito que falar acerca da tua visão e ainda tenho outra coisa a solicitar, a Armadura de Aquarius está um pouco danificada, gostaria que a fortalecesses para esta guerra.

- Sim, eu farei de bom grado, Grande Mestre. Mas eu gostaria de falar com o senhor sobre um assunto que me incomoda muito.

 

- Diga. – Prosseguiu Eklegetai.

 

- Aquele guerreiro com máscara não me inspira confiança alguma, aquele manto que ele usa dá-me uma sensação que estou lado da morte, o seu toque é morto, mas emana um cosmo carregado de um lugar sombrio e sem nada viva. – Explicou Abubakar.

 

O Grande Mestre pensou por uns momentos acerca da sua decisão de deixar entrar alguém como Vercingetourix.

 

- Achas que ele possa ser um espião infiltrado de um deus de um mundo inferior, Abubakar?

 

- Eu não tenho a certeza, apenas confio na sensação do toque do seu manto e nem as minhas visões me ajudem a confirmar isso, eu não a controlo com a minha vontade, surgem quando menos espero.

 

- Isso não ajuda muito, Abubakar. Embora, eu também sinto e partilho da mesma desconfiança, não só pena sua máscara como também pela sua atitude. – Expressou o Grande Mestre na sua opinião.

 

Após o termino da última conversa, Eklegetai fez o sinal para entrarem no Santuário de Atena, ficando na frente, enquanto o Vercingetourix ia no meio, os Paladinos no final e os Cavaleiros espalhados por entre eles carregando os seus inimigos.

 

Do monte que construiu os Doze Templo do Zodíaco, um Cavaleiro de Ouro observava da sua residência o que passava para além, a sua visão não alcançava nada mesmo.

 

- O que se passa fora? Eu não posso sair deste lugar, de que serve guardar aqui se todos podem morrer?

 

A voz que questionava era de Elpizo, o sucessor do seu irmão, Anankasei.

 

- Pensas como uma criança que és em vez de seres um guerreiro ao usares este manto de nub, meu colega.

 

- Quem é o senhor? – Perguntou Elpizo.

 

- Khereq Selkis é apenas o meu título como o emissário direito da minha deusa que está fora desta terra, eu ouvi que sucedeste o teu irmão quando morreu. – Apresentou Scorpio com um ar arrogante e nada amigável.

 

- O que faz no meu templo e porque não diz o seu nome? Chamo Elpizo e o seu?

 

Scorpio se afastou dele com desprezo e nem olhou sequer para ele.

 

- Eu não compreendo nada a tua deusa, ela que é suposto ser a governante do vosso povo, parece que também acolhe outras tribos e clãs que não sejam iguais a vós.

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Capítulo 149 Vantagens e benefícios

 

Elpizo olhava para aquele que o chamou de “colega” inicialmente ao observar o seu comportamento e atitude que o fazia duvidar da Armadura de Ouro que usava como a dele, ele pensava se podia ser confiável.

 

- Porque falas assim da minha deusa?! Ela não existe para governar, apenas para manter a paz neste mundo. – Falou Elpizo tentando convencê-lo.

 

- Guerra também não é o seu ofício? Ou achas que ela apenas atua como uma conselheira de guerra pela sua sabedoria? Mas eu compreendo a tua ignorância, a juventude. – Interrogou Scorpio ciente das suas convicções.

 

- O que vieste fazer até ao meu templo, sem nome? – Perguntou o jovem incomodado.

 

- Observar, uma vez que o teu templo é mais perto e também o menos aborrecido, aquele homem com leões selvagens e aquele irritante novo Cavaleiro de Cancer, não suportava a sua presença! – Explicou Khereq Selkis.

 

- Vens de uma terra diferente, não é, sem nome? – Perguntou Elpizo ao questionar a origem dele.

 

O sacerdote virou a sua atenção para ele um pouco chateado.

 

- O teu irmão não te ensinou o que é o respeito, fedelho?

 

- Achas que eu lhe devo respeito porque é mais velho e além disso entrou aqui sem o meu consentimento. – Respondeu Elpizo.

 

O egípcio não gostou do tom dele, levantou o braço direito mostrando uma unha do dedo indicador que crescia ao formar um ferrão de escorpião emanando uma cor brilhante.

 

- Eu vou educar-te de uma maneira bastante dolorosa, fedelho! Tesheret Stinger (Ferrão Escarlate)

 

Khereq Selkis lançou seu dedo contra uma fissura que encontrou na Armadura de Gemini, porém Elpizo abriu instintivamente um Worm Hole (Buraco de Verme) e ele foi atingido pela sua própria técnica.

 

O seu grito soou por todo a casa zodiacal, Khereq Selkis não acreditou que ele fosse tão ardiloso, ele sentiu na sua pele, literalmente, o significado sobre o ferrão de um escorpião.

 

- Por favor, não insiste, sem nome. Não quero continuar nisso! – Implorou Elpizo.

 

Scorpio se encontrava de joelhos no solo, com a mão direita tocando na ferida, com o dedo indicador esquerdo, usando a sua técnica curativa, a Hedji Stinger (Ferrão Branco), acertando na veia do pescoço que fez com que a circulação inchasse por uns momentos, o salvou de um momento doloroso, ele se levantou e toda a sua expressão foi alterada.

 

- Além de ignorante, és muito arrogante, criança! Descobrirás porque me tenho o título de Khereq Selkis.

 

O sacerdote vira as palmas das mãos para o solo, aparecendo um símbolo de lacre egípcio da sua deusa escorpião, citando um encantamento:

أيها الأوصياء السابقون للعالم السفلي ، أحتجكم بقوتي لحماية سيدتي الإلهية ، سيلكيس ، الذين يساعدونني في انتصار رجال العقرب.

('ayuha al'awsia' alsaabiqun lilealam alsuflii , 'ahtajkum biquti lihimayat sayidati al'iilhiat , sialkis , aladhin yusaeidunani fi aintisar rijal aleaqarb - Antigos guardiões do mundo inferior, os invoco pelo meu poder pela proteção da minha senhora divina, Selkis, que auxiliam na minha vitória, homens escorpiões)

 

- Aqrabuamelu (Homem-Escorpião)

 

Do símbolo emergiram duas criaturas antropomórficas acorrentadas exibindo uma aura muito hostil, a primeira possuía cabeça, braços e torso de um homem, debaixo da cintura tinha a cauda e as patas de um escorpião armado com uma alva, arco e flechas, enquanto o segundo, só tinha o torso de um homem, a cabeça humanoide de um escorpião e o resto de um, as correntes caíram e o peito deles exibia o nome dela, , estavam quietos como estátuas.

 

- O que essas criaturas, se parecem muito com centauros?! – Perguntou Elpizo abismado com tal visão. – Vais continuar com isso, os Cavaleiros estão proibidos de lutar entre si!

 

- É tarde demais! Ataquem-no!

 

Após o comando dele, os homens-escorpiões mexeram e partiram para cima dele, o arqueiro armou e disparou suas setas, enquanto o outro atacava com as suas pinças, Elpizo desviava, porém ele não conseguia combater tão facilmente contra dois ao mesmo, utilizava dos Worm Hole (Buraco de Verme) para contra-atacar, a pele era muito dura e não penetrava na carapaça dele.

 

Gemini tomava distância ao entrar para um dos buracos como um túnel de escape, estava bem longe do alcance dele, enquanto preparava a sua técnica destrutiva, a Galaxian Explosion (Explosão Galáctica), porém um brilho amarelo surgiu detrás das costas dele.

 

- Ainda não tens experiência nenhuma criança, Khesbed Stinger (Ferrão Azul)

 

Após o imediato contato com o dedo anelar direito, Elpizo sofria vários sintomas tais como: descoordenação de músculos, dores de cabeça, náuseas, confusão e vómitos, caindo de barriga para baixo e ainda completamente em desvantagem contra um ferrão e flecha apontado, preparados para as ordens dele. Ele não conseguia falar devido ao inchaço da sua língua quase cortando a sua respiração.

 

- Esta é a diferença entre nós em vários aspectos, criança! Saiba que o teu povo é muito jovem em comparação ao meu, mas agora vou dar-te o meu golpe de misericórdia, Hedji Stinger (Ferrão Branco).

 

Perfurou a veia do pescoço do Elpizo fazendo com que ele curasse dos sintomas da técnica dele.

 

- Porque me salvaste, sem nome? – Perguntou Elpizo já recuperado.

 

- Para teres uma dívida para comigo, aconselho que estejas deitado neste chão que mereces, senão este dois vão encher a tua linda Nub de buracos. – Convenceu o egípcio.

 

- Eu podia ajudar-te, bastava pedires! – Respondeu Elpizo incomodado pela humilhação.

 

- És muito ingénuo, criança! O mundo não funciona assim. – Explicou.

 

- Não percebo porque usas a Armadura que tens que a deusa Atena criou.

 

- A tua ignorância é absurda, vou explicar-te algo, as constelações já existiam mesmo antes do meu reino por um povo ainda mais antigo, a Xenia Atena apenas a copiou e existe sim, uma ordem chamada de Mazzaroth pela deusa Sotis que tem a sua. – Respondeu Khereq Selkis com base no seu conhecimento.

 

- O que dizes? Então, a deusa Atena copiou simplesmente?

 

- Talvez tenha inspirado, existe um templo chamado de Tentyra que no seu teto uma magnífica ilustração do seu zodíaco pessoal, há inclusive uma diferença entre o Cancer, que é um escaravelho que representa o deus Khepri e mesmo a tua, Gemini, é uma representação do deus falcão, Hórus, na forma jovem e anciã. – Continuou o egípcio.

 

O jovem Elpizo estava surpreendido pelo seu desconhecimento, ainda assim não deixava de acreditar na deusa Atena que seu irmão, Anankasei tanto falou.

 

- Para que entendas de uma forma mais simples, a espada existe para qualquer povo, a minha é chamada de Khopesh e a tua de Harpe, embora tenha outros nomes, a sua função é sempre a mesma, tal como as constelações, criança!

 

- E estas criaturas vêm da tua terra? – Perguntou Elpizo curioso.

 

- Na verdade, foram vencidas e estão sobre o poder da minha deusa, a Selkis. O meu título na tua língua significa “aquele que tem o poder sobre a deusa escorpião” e agora fazem parte do seu exército, são os Aqrabuamelu. – Revelou Khereq Selkis a origem do seu título.

 

- Pretende destruir o exército da Atena por dentro? – Perguntou Elpizo confuso.

 

Com um simples estalar dos dedos, os homens-escorpiões foram acorrentados sem resistir e através de um portal foram levados para a sua prisão dimensional, Elpizo pude levantar e olhava para ele seriamente.

 

- Eu acho se quisesse podia ter feito, porém esta vantagem irá me levar ao que eu quero e me vais ajudar, porque tens a tua dívida para comigo.

 

- E se eu recusar? – Perguntou Elpizo com coragem.

 

- Vais experimentar o pior dos meus ferrões, a Kemi Stinger (Ferrão Negro) – Prometeu ao mostrar seu dedo médio direito. - Acredita que será bem pior que aquele que, vais desejar a morte tão depressa.

 

- Entendi… - Acenou Elpizo com a cabeça.

 

- Antes que eu esqueça, vais me tratar por agora em diante de Senhor Faraj, percebes?

 

Elpizo acenou pela segunda vez em concordância com ele, Faraj saiu do templo dele voltando ao seu, minutos depois surge o Grande Mestre, ele ajoelhou-se diante o representante da deusa.

 

- Grande Mestre, é uma honra voltar a ver o senhor. – Elogiou Elpizo.

 

- O que passou aqui, senti um cosmo hostil e parecia que dois Cavaleiros estavam a lutar um contra o outro, quem estava aqui contigo, Cavaleiro Elpizo? – Perguntou o Grande Mestre.

 

Por um momento, Elpizo fez um silêncio que não aprovou em absoluto contra a pergunta de Eklegetai.

 

- Cavaleiro Elpizo, estou à espera da tua resposta. – Insistiu Eklegetai autoritário.

 

- Era eu senhor contra mim mesmo… estava a praticar a minha tática tentando criar uma pessoa igual a mim… - Explicou Elpizo.

 

- Mas o cosmo era de outra pessoa, era dois diferentes ou seja duas pessoas, quem estás a tentar esconder, Elpizo? – Continuou Eklegetai não satisfeito.

 

- Grande Mestre, representante da Xenia Atena, eu, Khereq Selkis, o Cavaleiro de Scorpio era a segunda pessoa que se encontrava aqui neste templo, talvez não seja do seu conhecimento, mas devido ao nosso costume de onde eu venho, ajudámos a preparar os mais novos para que tenham uma melhor experiencia para uma eventual guerra.

 

A voz se ouvia melhor quando o egípcio se aproximou e ajoelhou diante do antigo Aquarius ao prestar respeito para ele.

 

- Não sei os costumes que fazes fora daqui, porém neste lugar e dentro da regra absoluta, os Cavaleiros estão proibidos de lutar entre si, como o momento é emergencial e estamos em estado de guerra, sairão os dois perdoados, não haverá um segundo aviso ou perdão. – Pronunciou Eklegetai com dureza na sua voz e sendo o mais justo possível.

 

- Eu agradeço pela sua sapiência para com um estrangeiro como eu.

 

Elpizo não acreditou no que viu, agora ele estava endividado pela segunda vez.

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Capítulo 150 Dilemas

 

O representante da deusa Atena estava junto do dono da terceira casa do zodíaco olhava para o ajoelhado Elpizo, atrás dele estava três Cavaleiros de Ouro, dois de Prata, os três Paladinos, um Teuta e dois inimigos capturados, enquanto o ferido Egle estava a ser carregado pela Amazona de Sagittarius.

 

O corpo de Vougan foi deixado no Cemitério, um lugar reservado para aqueles que combatiam ao lado de Atena, as mãos de Eklegetai estavam sujas de terra, ele abriu uma cova para o próprio aluno e o fez sozinho, a Amazona de Equuleus, Philipa, foi quem preparou o funeral no estilo celta, uma vez que ela tinha conhecimento que Vougan era um.

 

- Cavaleiro Elpizo, preciso que abras o caminho direto para o meu templo e o outro para Amazona Diana no Templo de Pisces, o resto fará o caminho a pé. – Solicitou o Grande Mestre em tom autoritário.

 

- Sim, Grande Mestre.

 

Gemini abriu cosmicamente dois portais de acesso imediato com a sua técnica espacial, Worm Hole (Buraco de Verme), na esquerda era a do Eklegetai e da direita, a casa de Egle. Os portais foram fechados mal adentraram.

 

(- Amarantos! Aquele guerreiro é ainda mais novo que nós e usa uma Armadura de Ouro como tu, será que vamos conhecer os outros como ele?) – Perguntava o entusiasmado Wurdi.

 

(- Os nervos desapareceram de ti? Eu estou é mais inquieto para conhecer a deusa Pallas.) – Revelou Amarantos.

 

Abubakar aproximou de Elpizo para o cumprimentar.

 

- Jovem Elpizo, sei que a nossa primeira vez que nos vimos não foi das melhores, porém quero aproveitar para o felicitar da sua ascensão como Cavaleiro de Ouro. – Expressou Aries ao esticar a mão para o saudar.

 

- Senhor Abubakar, sim eu lembro de si. Da minha parte também não foi uma boa impressão, vejo novos guerreiros e companheiros, aqueles dois não têm sobrancelhas e vejo somente dois pontos em vez. – Apontou Elpizo com a sua observação.

 

- São muvianos como a Lady Diana. Aquele com o seu cabelo tricolor é Amarantos de Libra e o outro é Wurdi de Rosa. – Apresentou-os.

 

- Libra? O que aconteceu com o Senhor Aposafi, aquele o sucedeu? Ele tem armas consigo? – Perguntava Gemini com mais questões por saber.

 

- Desculpa jovem Elpizo, não posso dizer ainda. Esses assuntos são delicados e prometo que irei falar mais tarde.

 

- Eu entendo. Posso os cumprimentar? – Pedia Gemini.

 

Abubakar acenou com a cabeça, Gemini aproximou-se e deles para o ver mais de perto e assim esticou a mão.

 

- Olá, novos companheiros, o meu nome é Elpizo, Cavaleiro de Gemini.

 

Os dois muvianos não perceberam o que ele dizia, mas entenderam o gesto.

 

(- Isso deve ser um costume deles, apertar a mão.) – Observou Wurdi.

 

(- Uma pena que não falámos a mesma língua, isso vai ser uma grande dor de cabeça, vamos ter de aprender a deles, Abubakar!) – Chamou Amarantos.

 

O Cavaleiro de Aries ouviu seu nome.

 

(- Ensinas a falar como ele?) - Pedia o novo Cavaleiro de Libra.

 

(- Começa por dizer: ) Olá, Amarantos. – Explicou Abubakar.

 

Libra e Rosa o fizeram, porém com alguma dificuldade. Elpizo entendeu a intenção dele e ficou feliz.

 

Por um lado, Faraj de Scorpio sentiu um fascínio por estes novos guerreiros de origens desconhecidas.

 

- Bem, o Grande Mestre nos espera, podemos passar pela sua moradia, Cavaleiro Elpizo. – Pedia o educado Avalon.

 

O irmão mais novo de Anankasei concordou e assim eles foram.

 

- Eu vos acompanho até à minha humilde casa. – Ofereceu Scorpio a sua ajuda.

 

Todos concordaram com a simpatia dele, menos um que era Elpizo, embora ele já estivesse na sua moradia.

 

Templo de Pisces

 

Diana carregava o seu companheiro, Egle, para ela, Pisces era como um irmão, com quem ela brincava muito às escondidas pelo Santuário e também ele foi quem ajudou a falar em heleno, agora ela olhava para ele triste imaginando no que tinha acontecido.

 

- Egle, porque quiseste ser um Cavaleiro? – Perguntava ela.

 

Pela entrada do décimo segundo templo ela adentrou, o jardim pessoal dele estava murcho e aos poucos perdia a sua vida, por causa do seu dono, uma vez que alimentava do seu cosmo, Egle permanecia de olhos fechados que revelavam seu sofrimento. Diana pisou a relva e como tinha vontade, fez uma cama improvisada para o seu dono, Diana o posou gentilmente, no entanto continuou abraçada a ele.

 

- Arriscaste tanto e sempre que te vejo estás sempre perto de seres o próximo hospedeiro de Necrodgemon, tão frágil como uma flor…

 

Na mente da Sagittarius recordou de uma memória muito importante para ela, era o dia anterior à prova da consagração de Egle, o jovem estava sozinho admirando o coliseu e preparando a sua mente e corpo para o dia que ia definir o seu futuro.

 

- Não estás preocupado, Egle?

 

A voz que perguntava era da Diana, ela estava vestida de roupas de treino e usando uma máscara provando que ela aceitou as normas da deusa Atena imposta.

 

- Diana! Estou contente por ver-te! – Alegrou o aspirante.

 

- Nos vimos ontem, não sejas tão exagerado! – Expressou Diana.

 

Sentou-se ao lado dele, o jovem Egle parecia muito verde e completamente branco na sua pele, embora não escondesse as suas “cicatrizes” secas que tinha.

 

- Porque queres ser um Cavaleiro, Egle? – Perguntou Diana.

 

Ele levantou e apontou para a montanha que continha os templos do zodíaco e a moradia do Grande Mestre e Atena.

 

- Proteger é um simples dever básico de um Cavaleiro e além disso, eu quero estar sempre ao lado da minha mãe, a Mater Atena e também do meu pai, o Grande Mestre, embora ele tenha estado dedicado seu tempo ao keltoi. – Respondeu Egle.

 

- Se fores um guerreiro, o teu destino é morreres em combate como os outros e se tiveres uma cicatriz que seja, como vais continuar? – Perguntava a preocupada Diana.

 

- A tua fé em mim é do tamanho desta pedra, Diana?

 

O aspirante mostrava uma minúscula pedrinha e atirou contra o rosto dela, porém ela parou com a sua telecinesia.

 

- Entendeste mal, Egle. Eu não quero é que te aleijas amanhã e ainda podes morrer, nem sabes quem é o teu adversário na Prova de Pisces. – Explicou Diana.

 

Ele virou as costas para ela e olhou para o coliseu.

 

- Eu não sei, mas amanhã vou provar que consigo usar o manto de Pisces e serei o primeiro Cavaleiro a usá-lo, eu quero proteger a minha amiga que é como uma irmã para mim, eu tenho que vais mudar de ideias.

 

Mesmo que o tempo tenha passado, as preocupações dela mantiveram iguais, neste momento era o que ela mais receava.

 

- Eu espero que desta vez decidas desistir e levar uma vida fora das batalhas, meu irmão. Se não o fizeres, eu vou te proteger.

 

Prometia Diana ao sair da moradia, a sua lágrima escorria do rosto por debaixo da lágrima.

 

Dentro do templo do Grande Mestre, Eklegetai pousou a Caixa ao pé do seu trono, caminhou até à moradia de Atena que estava a descansar.

 

- Como se encontra, Promarkos Atena? – Perguntou preocupado.

 

Ela nada disse, mantendo o silêncio, os olhos dela revelam uma aflição jamais vista.

 

- Trago notícias. – Continuou Eklegetai a falar.

 

Quando Eklegetai descreveu os pormenores das novidades, ela se levantou chocada elevando seu cosmo em resposta para uma resposta.

 

- Este cosmo é de Atena? Está diferente! – Exclamou Abubakar surpreso.

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  • 2 semanas depois...

Capítulo 151 – Problemas

 

O grupo chegou à escadaria da saída do último templo do zodíaco, Wurdi e Amarantos conversavam muito entre si, trocando suas ideias e expectativas acerca do exército da deusa Atena que eles imaginavam, a ansiedade do novo dono de Libra mandava ao aproximar que queria tanto vê-la.

 

Diana estava à espera deles no piso do degrau superior.

 

- Demoraram tanto. – Comentou Sagittarius.

 

(- Diana, é mesmo necessário subir isso tudo para ir ver a deusa Pallas?) – Perguntava o queixoso Wurdi.

 

(- Deixa de ser preguiçoso! Devias era estar mais animado com isso!) – Incentivava Amarantos.

 

Para um dos membros do grupo dos Paladinos, Avalon olhava mais uma vez para a estrutura do templo admirando a arquitectura, porém ele lembrava por trauma quando era um escravo de Ares, ele não se convencia da tranquilidade do Santuário.

 

- Algo atormenta, meu rei? – Perguntava o preocupado Ariosto.

 

- Não é nada. – Respondeu Avalon em seco ao evitar suas reais intenções.

 

Seljuk tentava perceber, porém este optou por observar em silêncio.

 

As duas portas se abriram, Eklegetai gesticulava com a mão direita num sinal para avançarem rapidamente para o seu templo, eles não perderam tempo e avançara, Abubakar tinha um mal pressentimento por causa do cosmo da deusa.

 

Ao entrarem no longo corredor, ao fundo avistavam Atena sentada no trono à espera deles.

 

Abubakar e Diana ajoelhavam, Amarantos, Wurdi e Axel imitavam, e os outros fizeram o mesmo.

 

- Aos novos Cavaleiros deem um passo em frente e os outros guerreiros também, apresentam-se. – Solicitou Atena com voz firme.

 

Cumpriram o que a deusa requestou. Ela estava inquieta pelos dois Eforos capturados.

 

- Avalon, Axel e Vercingetourix. – Chamou Atena. – O que sabem sobre o exército do meu desprezível irmão, Ares?

 

Axel incentivou-se a falar primeiro ao sentir-se integrado neste exército.

 

- O deus que antes eu servia contra a minha vontade, só tem um Eforos, Phobos, em todo o seu exército e também seus números reduziram muito.

 

- Um momento, Axel. – Interrompeu o Teuta. – Mesmo que haja menos Agoge como disseste, não tens conhecimento de Nea Genia e eles estão em Esparta.

 

Atena não se surpreendeu com esta informação, claro que ela esperava algo vindo do seu irmão paterno, selecionado os guerreiros elitistas como meras armas de guerra.

 

- Grande Mestre, liberta-os da sua prisão e retira os selos com o meu nome. Esteja atento aos movimentos deles. – Pediu Atena.

 

As duas ataúdes foram colocadas de pé, o grupo se afastou, Eklegetai tocou na superfície e com um simples elevar de cosmo, ele destruiu, eles ainda estavam vivos, Diomedes tremia de frio que se encolhia, Anteros gritava de dores por causa da maldição da lança de Vougan, parecia que os selos aliavam a dor constante.

 

- Que frio… onde estou…

 

Quando o desmiolado gigante se deu conta olhando para Atena.

 

- Atena!!!!

 

Ele recuava sentada com o auxílio das mãos, porém ele encostou a um dos Cavaleiros, ele olhava muito espantado para os rostos de Amarantos e Wurdi.

 

- O que fazem estas aberrações aqui?! – Perguntava Diomedes a gritar.

 

Diana não perdoou tal ofensa, ela socou com o punho fechado, com a esquerda agarrou o colarinho da Oplo e insistiu a agredi-lo.

 

Abubakar agiu ao segurá-la pelas costas, os dois muvianos não perceberam o que gigante falou, apenas entenderam que deixou Diana irritada. O gigante desesperava ao saber que estava em desvantagem, protegia a sua cara com os braços enormes, Eklegetai o imobilizou com o Grand Kolisto (Grande Anel de Gelo).

 

- Anteros!! Ajuda-me!! – Suplicava Diomedes.

 

Nada o deus das desuniões podia fazer, ele contorcia de dores. Toda a berraria incomodava Atena, ela levantou-se do trono, encostou a palma da mão contra a Theo Oplo e fragmentou toda restando apenas as roupas e em seguida fez ao Diomedes, ambos estavam desprotegidos e colocou um selo no corpo de Anteros, as dores diminuíram.

 

- Onde estou…? – Perguntava o Eforos-mor com a sua visão desfocada. – Sinto um pouco melhor…

 

- Estás no meu domínio, Erotes.

 

Respondeu uma voz que ele reconheceu embora tenha passado tão tempo que ele não ouvira.

 

- É a minha tia paternal, Atena… há quanto tempo não a via… como tem passado o seu tempo na terra dos mortais estúpidos… - Cumprimentou Anteros num tom de língua venenosa.

 

A deusa aproximou dele com uma atitude inesperada para o deus das desuniões, virou a cabeça e viu que trás dele estava Diomedes, Cavaleiros e outros guerreiros que ele não conhecia, excepto, Avalon.

 

- Eu já percebia… ainda sinto as dores, é mesmo irónico que eu tenha sido vencido milagrosamente por um mortal baixinho e esses selos é a prova da sua clemência por mim, um inimigo seu…

 

Atena apenas o ouvia, todo aquele veneno cuspido da boca dele não servia.

 

- Onde está as tuas asas e o teu irmão, Anteros? – Perguntou a deusa preocupada com ele.

 

- Asas… irmão… - Repetiu as duas palavras que ele esqueceu. – Porque quer falar do meu passado, tia? – Perguntou Anteros com a sua cabeça baixa, uma lágrima caíra do seu olho, minúscula que escorria como um fio pela face.

 

- Foste corrompido quando estiveste dentro da Caixa de Pandora e agora em vez de promoveres o amor como foste incumbido de nascer e eras inseparável de Eros, tornaste um mero esbirro do teu pai sem valor algum…

 

- Está calada, tia… - Gritou Anteros. – Eu vi a verdade que os mortais fazem, eles não têm amor, eles têm ódio, um pelos outros! Os teus Cavaleiros são iguais, há dois deles lá que traíram-te sem pensar uma segunda vez sequer e sei que há outros com dúvidas e intenções escondidas, se destes fizeram com o Obrimos Ares, o certo é que farão o mesmo contigo…

 

Alguns sentiram ultrajados por aquelas palavras que Anteros proferiu com tamanha voracidade como uma certeza absoluta.

 

- Anteros, sabes quem feriu o Cavaleiro de Pisces e matou Aquarius? – Perguntou Atena ciente da resposta.

 

O Eforos-mor riu-se na cara dela, ele esperava uma reação muito séria e furiosa dela.

 

- Eu fui o responsável pelos dois e faria outra vez e sabes por quê, os mortais não merecem os deuses que os criaram e o seu amor…

 

O filho de Afrodite não parecia arrependido dos seus atos, aliás nenhum deus iria admitir que estava alguma vez errado, então a criança de Métis mostrou um objeto angular com uma tampa aberta, isso causou o seu pânico e todas as suas recordações mais dolorosas, enquanto os mortais temem a morte, mas um tempo indefinido preso era bem pior.

 

- Tudo começou desde que a primeira mulher abriu esta caixa com a sua curiosidade impingida pelos deuses, de uma maneira que muitos não concedem a verdade e sei que estiveste aqui contra a tua vontade com tantos daemon que influenciaram a tua visão sobre, mais uma vez entrarás aqui onde possas refletir sozinho sobre os mortais que tanto desprezas…

 

- Não faças isso, tia…

 

Anteros esticou a sua mão, a alma de um deus foi retirado do corpo do homem que usurpou sem a autorização, agora não passava de uma casca, a tampa fechou e o conteúdo estava lá.

 

O pobre gigante temia pelo seu azar.

 

- Por favor, ó bondosa Atena… - Suplicava Diomedes. -…não quero estar fechado dentro de uma caixa pequenininha…

 

Com o gigante, Atena não mostrava tal clemência como fizera com Anteros, ela estava furiosa contra ele.

 

- Não te vou fechar nesta caixa, não és um deus, mas eu tenho uma outra ideia, vou esfolar-te como fiz a um dos gigantes na Gigantomachia! – Revelou Atena a sua intenção mostrando uma adaga escondida.

 

Os seus Cavaleiros estavam atónitos com o comportamento dela.

 

- A não ser que falas de tudo o que sabes sobre Ares, seu cobarde!

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Capítulo 152 – Oportunidade

 

Os feitos da deusa Atena eram marcantes sobretudo na Titanomachia e Gigantomachia como uma guerreira estratega, para os mortais, a filha do omnipotente Zeus era a fundadora da civilização e do crescimento das cidades, invocada e lembradas pelos seus numerosos epítetos, para o medroso Diomedes, era conhecida como Gigantoletis, a Destruidora dos Gigantes e este poderia ser apenas mais um que contaria.

 

Este não era o cenário que o Eforos da Clava idealizou para si, o seu destino era claro e simples.

 

- Vais falar ou tremer como um cobarde que és! – Injuriou Atena mostrando seus olhos impiedosos.

 

- Eu não sei… muita coisa… poupa a minha… vida… não quero morrer… - Suplicava Diomedes.

 

O cosmo de Atena não incentivava o gigante em colaborar, a deusa sentia uma ligeira fraqueza, colocou-se de joelhos, os Cavaleiros estavam preocupados.

 

- É uma perda de tempo, Grande Mestre enclausura no gelo eterno. – Ordenou a deusa.

 

Eklegetai executou a ordem ao elevar seu cosmo concentrado em reunir várias partículas de gelo que cercavam o gigantesco corpo, Diomedes entrou em pânico, ele nada podia fazer, eis que ficou igual a uma estátua de gelo sem nenhum selo colocado, servindo de aviso.

 

- Promarkos Atena, está bem? Deixa-me ajudar. – Perguntou o preocupado Eklegetai que levantou-se e serviu como apoio para ela.

 

Agora sentada no trono, ela chamou o Cavaleiro de Libra.

 

(- Amarantos! Conheceste Aposafi?) – Perguntou a deusa.

(- Sim.) – Respondeu.

 

(- Esta Armadura que usas é uma confronta contra mim, como estas armas também. Portanto, esta Armadura será destruída assim como as suas armas.) – Declarou Atena.

 

O muviano não esperava por estas palavras, interpretou-as como alguém indigno de a usar, porém ele recusou ficar calado.

 

(- Porque quer fazer isso, deusa Pallas?) – Interrogou Amarantos.

 

Ela não gostou de ser questionada, no entanto alguém como o novo Cavaleiro desconhecia as regras e merecia uma oportunidade de explicar.

 

(- Compreendo que a tua integração e a mudança tenha sido uma virada brusca, mas estou certa que deves ter ouvido falar que no meu exército, qualquer guerreiro não usa armas e que apenas recorre aos punhos e pontapés.) – Respondeu Atena.

 

(- Sim, eu ouvi isso na minha terra, não explica a razão por detrás da sua proibição.) – Exigia Amarantos.

 

Aqueles que entendiam naacal estavam espantados com o tamanho atrevimento dele, Wurdi temia muito pelo seu amigo e não queria vê-lo em apuros.

 

(- Quiseste ser um Cavaleiro, não foi? E eras um Pugnator, portanto um guerreiro. Educado, treinado e doutrinado para seguir ordens e cumpri-las.) – Comentou Atena que permanecia com a sua calma que restava.

 

(- Quero saber a razão que eu possa entender, eu fui escolhido pela Armadura e sei que este manto que uso é a prova do seu consentimento e agora quer tira-mo, não tem sentido o que pede e recuso a fazê-lo.)

 

Atena ficou quieta, não mostrava sinais de irritação pela consideração que tinha pelo povo muviano, por um lado a sua autoridade divina questionada e desafiada não podia ser tolerada.

 

O Grande Mestre avançou.

 

(- Promarkos Atena, eu tenho uma solicitação a fazer, concede-me?)

 

Ela concordou, mas antes que o pedido fosse dito, a deusa ordenou que todos saíssem, assim o fizeram.

 

(- O que vai aconteceu, Diana?) – Perguntou Wurdi receoso.

 

A Sagittarius desejava ter a resposta para esclarecer o preocupado Cavaleiro de Rosa, a mesma dúvida estava com ela.

 

Mesmo aqueles que não eram seguidores de Atena tinham a curiosidade em crer saber o que se passava do outro lado da porta.

 

(- Deusa Pallas! Eu quero ouvir a sua reposta, por favor!) – Implorava Amarantos de punhos fechados.

 

Eklegetai retirava os acessórios e peças do seu vestuário mostrando a pele de um homem de mais de dois séculos de idade, suas cicatrizes eram notáveis, sobretudo pelo tronco.

 

(- Na terra de Mú, ainda fazem o Desafio da Teimosia entre os Pugnators?) – Perguntou o Grande Mestre.

 

(- Conhece os nossos costumes, Grande Mestre?)

 

Amarantos tinha esquecido que o antigo combatente tinha passado algum tempo lá.

 

(- Então isso significa que o vencedor terá de ser…)

 

(- Exato. Eu não duvido que a Armadura tenha escolhido a ti ao acaso, quero saber com os meus próprios olhos, avaliar-te como um Cavaleiro. Eu tenho um profundo respeito e consideração pelo povo muviano.) – Interrompeu o antigo Aquarius ao revelar a sua consideração.

 

(- Não vai usar uma Armadura?) – Perguntou o preocupado Libra.

 

(- Não sobrestimas este hábil homem, Amarantos. O Grande Mestre será mais do que suficiente para ti, este combate é um caso atípico, normalmente os assuntos não são resolvidos assim e abro uma excepção.) – Falou Atena com um conselho austero.

 

Libra posicionou-se de mãos abertas estando com a perna esquerda atrás com a direita em avanço, enquanto os membros superiores estavam do mesmo lado, elevava seu cosmo muito sério e determinado.

 

Eklegetai observava-o como se ele fosse um adversário, um hábito que ele adquiriu que sempre que via ou combatia pela primeira vez com um, expirou pela boca saindo um ar gélido em junção com seu cosmo revelando um estado de pureza de essência cósmica, Amarantos avançou num impulsou em linha recta com a ponta dos pés, a mão direita simulava uma lança, Eklegetai respondeu da mesma maneira.

 

(- Este golpe é igual ao meu, como aprendeu a Lança Frontal?) – Perguntava o surpreendido Amarantos.

 

Havia uma diferença substancial em termos de potência nos golpes, experiência, polidez no movimento e conhecimento.

 

(- Aprendi muito antes de teres nascido, esta arte marcial do povo muviano me salvou e ajudou-me imenso contra os Marinas, a Kukaimudo.)

Kukaimudo, esta arte marcial era tão antiga quanto a existência dos seres muvianos, criada mesmo antes da oficialização dos Mesjas e posteriormente ensinada aos Pugnators, o seu nome significado O Caminho da Palma de Mú, usando uma mão aberta e pé como forma de ataque, a arte possui vários estilos que simulam armas, um artista marcial experiente usa dois estilos, mas um grão-mestre era capaz de quatro, tal feito para uma exitosa proeza requeria um século de dedicação.

 

(- O Estilo da Lança, mas tem algo diferente…)

 

De facto, Eklegetai usava algo ligeiramente distinto, o cosmo concentrado e gelo que formou como a ponta da lança.

 

(- Este Estilo é único e conquistei, foi baptizado como o Estilo da Lança Cósmica e sabes quem foi o meu grão-mestre?) – Perguntava Eklegetai.

 

Amarantos pensou por um bocado e somente uma pessoa veio à cabeça.

 

(- O Magna Sapiens Xenócrates.) – Concluiu Libra.

 

Eklegetai respondeu com um golpe, Lança Lateral para o pescoço dele, Libra defendeu usando o ante braço, o Cavaleiro de Ouro era mais energético, enquanto Eklegetai defendia e contra atacava usando apenas movimentos precisos e certeiros, os dois eram hábeis em usar as mãos e até os pés, o combate prolongava, Eklegetai aos poucos dominava a luta.

 

(- Não vou desistir, sempre sonhei em conhecer o Santuário, os Cavaleiros e a deusa e agora, vou provar o meu valor, eu não sou como o Aposafi!) – Exclamou determinado.

 

Imitando a táctica do Grande Mestre, Amarantos concentrava o cosmo para os membros mudando para um outro estilo, um mais pesado e potencial.

 

(- O Estilo do Bastão, então eras um Pugnator excepcional, era bem provável que podias ser o próximo Mesja da Guerra.) – Elogiou Eklegetai.

 

Este estilo carecia em velocidade, mas compensa em potência em relação ao da Lança, porém Amarantos usava no lado do membro superior esquerdo e as pernas, porém Eklegetai defendia com um diferente.

 

(- Rapidez e potência, esta combinação condiz contigo, Cavaleiro de Libra. Certamente, não és Aposafi, não há comparação e igualmente entre nós.)

 

O mais antigo guerreiro revelava o porquê de ter o título do braço direito e segundo em comando no exército da deusa Atena, mostrava o Estilo do Escudo Cósmico.

 

(- A minha é uma mistura com ataque e defensa, fiquei conhecido como o Soldado e vais descobrir o porquê.)

 

O muviano estava impressionado, para ele, Eklegetai era uma verdadeira caixinha de surpresas, um estrangeiro que integrou na cultura muviana usando-a, agora eram dois estilos versus dois estilos, a dureza e a guarda fechada do Grande Mestre dificultava as investidas de Amarantos, então o muviano saltou bem alto e mergulhou usando o Estilo da Lança: Javelin Ascendente, Eklegetai usou apenas a palma da mão direita recebendo todo o impato do ataque.

 

(- Falhou!?)

 

(- Uma defesa é um excelente ataque, Amarantos.)

 

Agarrou pelos braços e o puxou contra o chão usando o Estilo do Escudo: Arremesso da Queda, a luta estava concluída, Amarantos perdeu.

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  • 2 semanas depois...

Capítulo 153 Continuação

 

As costas de Amarantos tocaram no chão do templo do representante da Atena, o impacto que ele sentiu fora mais forte psicologicamente do que físico, para ele esta derrota representava a dura realidade, sua bolha rebentou e ele jazia quieto e sem reação.

 

(- Eu… perdi...?) – Perguntou Amarantos.

 

O muviano jamais tinha perdido um Desafio da Teimosia na sua vida perante os seus colegas Pugnators, não se levantou, fixo estava e perplexo, suas lágrimas molharam o rosto.

 

(- Não pude salvar os meus amigos…não consegui falar no tribunal e…) – Desabafou o Cavaleiro de Libra. – (…agora… perdi e vou voltar para a minha terra de mãos vazias…)

 

Ele jamais pensou que teria de enfrentar esta realidade tão duro que existia fora das muralhas da sua terra, nada que ele estivesse preparado para tal fim, Eklegetai e Atena perceberam que o muviano era muito diferente do que eles imaginavam. O Grande Mestre ajudou-o a levantar, as armas foram retiradas, os seis pares entregues e selados dentro de uma caixa rectangular.

 

Ainda chocado, Amarantos preparava para retirar a primeira da Armadura de Libra, o capacete.

 

(- A Armadura ficará contigo, o teu valor como um guerreiro foi provado. No entanto, estas armas não ficarão em tua posse.) – Explicou Atena de modo que o felicitou.

 

O muviano mal acreditou, ajoelhou e colocou o elmo no chão com a sua cabeça baixa.

 

(- Um dos homens de Miaiphonos Ares atacou a terra de Mú?) – Perguntava Eklegetai ao vestir o seu traje como Grande Mestre.

 

(- Não era um homem, não tinha ninguém dentro, era como um manto de metal que mexia sozinho…) – Revelou Amarantos.

 

Tal revelação deixou Atena a pensar e percebeu algo.

 

(- A magia negra de Aphrike, como o meu bruto irmão teve acesso a isso?) – Perguntava a deusa.

 

(- Acho que Aposafi também tinha acesso a essa tal “magia”, o seu cosmo era tão poderoso quanto a um deus.) – Falou Libra numa outra revelação chocante.

 

(- Aposafi com um cosmo de deus?) – Repetiu Eklegetai as palavras com desconfiança.

 

(- Pode perguntar a Diana ou Abubakar, eles conhecem-no melhor do que eu e foram eles que tiveram presente deste o início, deusa Pallas.)

 

O Grande Mestre adiantou-se e ele pessoalmente chamou essas duas pessoas, Aries e Sagittarius colocaram-se atrás de Amarantos.

 

(- O Cavaleiro de Libra afirmou que…) – Pausou Atena, ela própria sentia um nojo ao pronunciar o nome do sujeito. – (…Aposafi tinha um cosmo como uma divindade, isso é mesmo verdade e até magia.)

 

Abubakar foi quem chegou à frente.

 

(- O que disse Amarantos é a mais pura da verdade, deusa Atena. Reconheci graças a Enkai, ele não durou muito tempo e foi destruído pelo seu próprio poder, ele possuía uma espécie de pergaminho consigo que ele lia, creio que eram técnicas de outros Cavaleiros.)

 

Quanto Eklegetai e Atena estavam chocados.

 

(- Quanto ao Agoge que ele falou, não estava trajado por nenhum homem?) – Perguntava Eklegetai testando a verdade.

 

(- Era um Wit, tinha vários símbolos dentro do manto escarlate, ele pertencia ao clã Zulu. Ele foi destruído… por…)

 

(- Abubakar, foi ele que o destruiu.) – Falou Diana ao terminar a frase dele.

 

Mesmo que tenha sido a melhor resposta no momento em que Abubakar fez, ele não se convencia para si próprio, ele ainda achava errado tirar a vida ou pior, eliminar uma alma.

 

A deusa entrou num estado de pensamento próprios com toda esta informação, para ela, sempre via o seu irmão, Ares, como um deus guerra acéfalo, impulsivo, frontal e simples. Ela questionava o quanto ele mudou e isso podia afectar o seu exército se o levasse de forma tão leviana.

 

(- Esta reunião está terminada, amanhã teremos outra no amanhecer com o Chrusos Sunagein, Assembleia Argenta e Mesa Redonda de Bronze.) - Relatou a deusa.

 

O Grande Mestre acompanhou os três na saída, mesmo longe, ele chamou o monarca dos Paladinos para ter uma conversa à parte.

 

- Nobre ancião, eu ainda não tive a oportunidade certa para o agradecer. – Dizia Avalon.

 

- Não precisa, a primeira vez que o vi estranhei como podias ser um guerreiro que não mata e que qualquer Agoge o tenha de o fazer para sobreviver e escalar para uma recompensa bélica como um espartano. – Revelou Eklegetai no que pensava.

 

- Sei que é estranho, mas foi possível para mim.

 

- Até quando será, Avalon? – Questionou o Grande Mestre ao olhar para ele seriamente.

- O que o nobre ancião quer dizer, que ele devia matar? – Respondeu o Paladino com uma pergunta.

 

Eklegetai retirou seu elmo e colocou debaixo do braço esquerdo, tocou no manto branco da Caliburn sentindo a gentileza, nobreza, pureza e inocência, todas estas virtudes não alteraram o pensamento do centenário guerreiro.

 

- Não gostas de palavra “matar”, Avalon? – Perguntou o ancião retoricamente. – Não me espanta que tenhas adquirido tal repúdio, testemunhaste imensas mortes para sobreviveres, aposto que viste o teu povo e pai serem mortos sem puderes fazer nada e levado contra a tua vontade e forçado contra um deus que não conhecias.

 

- Que idade tem o ancião? Falais com tanta certeza e não sinto nenhum sentimento vindo do ancião, parece que falo com uma…

 

Eklegetai não esboçou nenhuma reação de sinal positivo, mantendo as suas expressões faciais fechadas.

 

- Acho que a palavra que me descreve seja: gelo. Aprendi com a deusa que me ensinou a matar os meus sentimentos e emoções em nome da minha vingança contra os Marinas do Pelagaios Poseidon e isso que aconteceu foi há mais de 175 anos. – Contou Eklegetai.

 

Avalon não esperava por isso.

 

- Como sobreviveu por tanto tempo, ancião? Recebeu alguma bênção dos deuses?

 

- Sim, eu recebi, Avalon. Sou o único que sobreviveu da minha geração dos Cavaleiros de Ouro, eu como guerreiro e como mortal vivi tempos de paz, guerra, paz e agora uma outra guerra. Um ciclo e agora estou entre o que viveu e aqueles que ainda estão vivos, a tua ajuda será muito bem-vindo, mas advirto que este conflito te dará muitas consequências irreversíveis para ti, as minhas cicatrizes ainda ardem e continuo vivo.

 

O Rei dos Paladinos usou a conversa dele em sua mente para guardar como uma experiência de alguém mais sábio e experiente que vivenciou o pior.

 

- Não sentiu mesmo nada quando o seu pupilo morreu? – Perguntou Avalon tentando descobrir se ele realmente tinha sentimentos.

 

Eklegetai colocou o seu elmo escondendo melhor o seu rosto, a proteção da cabeça ajudava a disfarçar para que evitasse que a sua cara fosse lida como um livro aberto, o ancião afastou dele, caminhou alguns passos e parou.

 

- Há diferença no que sentes por aqueles que te seguem e por um pupilo que nunca tiveste? Eu não sei, talvez haja igualdade. Para ti, não posso meter as minhas palavras na tua boca. – Respondeu Eklegetai como um Grande Mestre.

 

Como se pode interpretar uma resposta destas? Para alguém como Avalon, esta pergunta carece de uma resposta inexperiente de acordo com a sua atual situação, o Paladino irá encontrar a sua.

 

A deusa estava sozinha em seu templo por sua própria decisão, junto do seu móvel de descanso, ela olhava para a caixa que selou as armas, esticou a mão direita para abrir o conteúdo, conteve por uma memória que veio para si. Tinha uma lança em sua mão direita que estava molhada de sangue de uma divindade, o corpo fazia no chão, Atena a matou por acidente.

 

- Não…. NÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOO!!!!

 

Voltou a si, lembrando de onde estava. Uma passagem da sua vida como uma guerreira com a filha de Tritão e a assassinou por acidente. Atena ganhou desprezo por armas por causa disso, do seu quarto pessoal, ela acionou um dos olhos da coruja de pedra que tinha e uma porta se fez e caminhou por um trilho de escadas subterrâneo, o fogo iluminava o caminho dela e dentro de um compartimento apenas exclusivo para a deusa se abriu, nem mesmo o seu guerreiro mais confiante como Eklegetai tinha conhecimento disso.

 

- Eu guardei… porquê? – Questionou a deusa para si própria.

 

Era uma espada que estava lacrada com o seu nome, um artefacto que fora oferecido pelo próprio deus dos ferreiros, Hefestos, que tinha apaixonado por Atena e que ela usou na Titanomaquia, desembainhou e no sulco da espada estava escrito em grego: Όμορφη θεά του πολέμου (Bela deusa da guerra) e um nome: Promarkos Xiphos.

 

A espada entrava em uníssono com a deusa como se fosse uma extensão do corpo dela, segurava o punho com a mão direita envolvendo o cosmo.

 

- O que estou fazendo?!

 

Guardou na bainha, por uns momentos ela pensou em usar.

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Capítulo 154 Mesa Redonda de Bronze

 

O globo dourado de Apolo como era conhecido nesta era mitológico nasceu e iluminou o quartel-general da deusa Atena.

 

O Santuário era grandioso tanto na sua extensão como também na riqueza dos detalhes, quantidades de construções, lugares e paisagens verdejantes, um espaço em especial foi designado exclusivamente para a classe hierárquica mais numerosa: Bronze.

 

Palaestra, uma construção arquitectada, que desempenhava várias funções como um dormitório, aperfeiçoamento das técnicas e pós treinos, local de convívio e discussões de trocas de ideias, mas no momento em específico era para uma reunião, a Mesa Redonda.

 

Dentro desta habitação, como seu nome designada, uma enorme mesa oval situava no centro, o teto estava pintado das constelações que denominavam a classe, no fundo da sala, uma miniatura da estátua da deusa e algumas janelas.

 

Uma assembleia de presença obrigatório onde os seus membros eram tratados por iguais, porém um Cavaleiro não achava isso muito útil para a sua idealização como guerreiro.

 

- Esta reunião é uma perca de tempo, estou a perder o tempo com isso?

 

A voz pertencia a um celta galaico, Sabugal de Lynx, o Cavaleiro de Bronze mais selvagem em combate, ágil e mais poderoso da sua classe que estava encostado numa parede com seus membros superiores cruzados, exibia seu cosmo de descontentamento mostrando seu olhar de cor de mel com seus cabelos negros despenteados.

 

- Porque treinas tanto? Não te basta ser um de Bronze?

 

Perguntava um outro presente, porém mais afastado do celta porque não confiava nele, este “seu colega” era oriundo de Cumas, uma colónia grega da Península Itálica, Keyser da constelação de Hydrus, mais baixo e menos musculado do que ele, com seus cabelos negros longos e olhos castanhos.

 

- Sou um guerreiro, mesmo em paz não devemos deixar de treinar e além disso, quero vergar um manto de ouro como a elite. – Confessou Sabugal.

 

Apesar de qualquer tribo celta ser rival dos outros, Sabugal admirava secretamente Vougan por ele ter sido um Cavaleiro de Ouro e ele treinava como um louco para atingir tal lugar cobiçado.

 

- Um keltoi obcecado por lutas, nada como ser um heleno erudita. Lutas e só lutas, é só que sabes fazer?

 

Um terceiro criticava as escolhas de alguém diferente dele e este era Tycho de Dorado, nascido de na Iolcos, uma cidade de Aeolus, cabelos castanhos que estavam trançados por fitas com olhos verdes pálidos.

 

- Eu faltei ao meu treino pessoal, vou descarregar a minha frustração em ti!

 

- Força não é tudo, meu caro “colega” keltoi. – Ironizava Tycho.

 

Dois cosmos se aprontavam, cada um assumindo a sua postura personalizada de ataque, os punhos iam chocando, até um apareceu em interferir no meio deles.

 

- Essa postura é tão feia, não sabem que é proibido lutar uns contra os outros!

 

- Monoceros?! Estás a usar uma máscara como uma Amazona? – Perguntava Hydrus surpreendido.

 

O celta incomodado pontapeou Cerastes no rosto e teve sucesso, a máscara caiu.

 

- É para aprenderes, intrometido! – Expressou Sabugal irritado.

 

O Cavaleiro da constelação do equestre chifrudo escondeu a sua cara de vergonha, tateou o chão com seus dedos finos e delicados.

 

- Que vergonha meus dedos delicados estarem a tocar o chão pisado…

 

Uma mão ajudou-o a recuperar a máscara, esta pessoa era de Cineta e seu nome era Fornalhaut de Pisces Austrinus, ele podia ser mais feio que o Monoceros como ele considerava, porém ele era o único amigo dele.

 

- Estas mãos ásperas…

 

Monoceros retirou um dos dedos e viu quem era.

 

- Meu amigo, Monoceros. – Cumprimentou Pisces Austrinus.

 

Cinco Cavaleiros já estavam presentes, o resto chegava devagar. O celta afastava da presença que ele próprio odiava, helenos.

 

Finalmente, chegou Gomeisa de Canis Minor que trazia consigo um pergaminho fechado que continha o selo de Atena, dentro da sala estavam presentes acerca de doze santos de bronze.

 

- Meus colegas Cavaleiros de Bronze, trago notícias da nossa deusa. – Começou Gomeisa a falar.

 

- Um momento, ainda faltam duas para esta reunião prosseguir.

 

A voz que corrigia era de Adelfos, o Cavaleiro de Leo Minor.

 

- Porque Atena escolheu mulheres para este ofício?

 

O autor da pergunta machista era Plancius de Pisces Volans, natural de Amprácia, este era o mais alto, com seus cabelos curtos castanhos com mistura preto e seus olhos castanhos-escuros.

 

- Porque estás a denegrir elas como semelhantes a nós com este insulto? Devem ser tratadas com iguais, esqueceste que elas lutaram contras as Amazonas? – Questionava Sabugal irritado.

 

- Um bárbaro como tu que defende, que raro ver alguém tão sensível. – Debochava Plancius.

 

Era bem fácil irritar o celta devido ao seu temperamento de pavio curto, as diferenças culturais eram bem acentuadas, porém Sabugal sabia que num momento como este era preferível, mas de contra sua vontade, deixar que o heleno ganhasse desta vez.

 

- Pessoal, por favor, atenção! Vamos deixar as brigas pessoais de lado, esta reunião é muito importante e ditará o futuro desta guerra sangrenta! – Implorava Gomeisa.

 

- Bem, Pisces Volans. Pode ser desta vez que voas como um peixe que és!

 

Sabugal aproveitou para pôr Plancius em seu lugar mostrando a superioridade como guerreiro, Pisces Volans rangeu os dentes silenciosamente de raiva.

 

- As nossas colegas não são as únicas que faltam. – Corrigiu Keyser.

 

- Se estás a pensar no Koutavi, ele é a novidade entre nós!

 

A pessoa que falou era Bayer de Apus, vindo de Búlis, uma antiga cidade de Albânia. Visto como o mais ágil na língua e também o mais veloz da sua classe, porém baixinho de olhos verdes misturados com castanho, tendo o seu cabelo quase negro.

 

- Meus caros, o nosso mensageiro quer falar. Não vamos dispersar com estes mexericos, deixámos para o segundo plano. – Defendia Monoceros exibindo a sua excentricidade.

 

Um pouco envergonhado por ter sido defendido por ele, Canis Minor partiu o lacre e leu as notícias que estavam escritas pela letra da deusa, após um bom tempo. As notícias serviram de surpresas, desgraças, esperança e alívio.

 

Para uma pessoa em especial, Sabugal sorriu para por dois motivos: a morte de Vougan e a ascendência à elite de Koutavi. Monoceros lembrava da esconder a sua outrora face masculina mais belo dos homens, para os gémeos Dubhe e Kochab da morte do seu irmão mais gémeo.

 

O silêncio permaneceu por um longo tempo, até que um teve a iniciativa de bater com as duas mãos na mesa despertando do transe da tristeza.

 

- O que interessa se somos Cavaleiros de Bronze, somos Cavaleiros da Partenon Atena!

 

Exclamava Alphard de Hydra, o homem de Argólida, o lugar onde Hércules concretizou seu segundo trabalho contra a Hidra de Lerna, onde residia a besta de várias cabeças.

 

Gomeisa abaixava sua cabeça com um semblante muito negativo, derrotado e triste.

 

- O nosso poder só pode ser comparado a um dos Hoplitas do Miaiphonos Ares. – Afirmou Canis Minor consciente.

 

Todos os presentes consentiram em concordância.

 

- A minha opinião sobre vós está a tornar a verdade que vejo, um bando de cobardes que falam mais do que lutam.

 

Excepto um que vociferou palavras duras.

 

- Lynx, alguns de nós tiveram a infelicidade de encontrar com um deles, como os gémeos que perderam seu irmão mais velho, Monoceros que…

 

- É verdade, meu caro companheiro, agora estou mais horrendo que meu amigo, Pisces Austrinus e nem mesmo posso ser abençoado pela deusa da beleza. – Falava Cerastes em tom de melancolia exagerada.

 

O celta galaico incomodado saiu, porém o Canis Minor puxou-a pela ombreira direita.

 

- A tua força pode ser maior do que um Hoplita e de qualquer um de nós aqui presente, porém se enfrentares um Agoge, não viverás para contares a tua vitória…

 

Sabugal não gostou e o esmurrou no estômago com força.

 

- Nenhum celta vai concordar contigo, ao contrário de vós, vivemos para morrer em batalha e não temos medo! – Expressou Sabugal a sua convicção.

 

Duas pessoas ajudaram Gomeisa a levantar do chão.

 

- O que vais fazer, Lynx? – Perguntou Adelfos.

 

- Caçar Agoges.

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Capítulo 155 Assembleia Argenta

 

A reunião dos Cavaleiros que situavam em termos da hierarquia mediana, conhecidos como infiltradores, executantes, eficientes, instrutores e combatentes, os Prateados reuniram num único local, esta classe tinha baixas sofridas nas mãos dos Agoges.

 

Em total dos membros restantes no ativo exista somente seis.

 

Agrupados na sala exclusiva, Fakhir de Perseus trazia consigo um pergaminho.

 

(“Todos os que estão aqui são da mesma classe que eu? Tão poucos, o que faço aqui? Não vou perceber nada do que ele irá dizer, se Diana ou Abubakar estivesse aqui.”) – Monologava Wurdi em seus pensamentos.

 

Por um lado, Axel não sentia integrado devido à sua apresentação inicialmente como u inimigo dos Cavaleiros, mas ele não revelava tal comportamento, preocupava era na sua mente, chegou perto do Wurdi.

 

- Estás nervoso? – Perguntou Axel para ele. – Eu posso não estar nervoso, mas estou ansioso por conhecer esta hierarquia.

 

- Olá, Wurdi. – Apresentou o Cavaleiro de Rosa ao lembrar da palavra que Abubakar ensinou.

 

- Axel.

 

O Leo Palatinus esticou a mão para o cumprimentar, uma outra pessoa aproximou-se.

 

- Dois novos Cavaleiros, um vem da mesma terra que a Lady Diana e o outro é um antigo Agoge.

 

A voz que vinha, pertencia a uma pessoa que era desprezada e ignorada pelos seus próprios colegas da mesma hierarquia, era Chara de Canes Venatici.

 

O Axel se surpreendeu, ele pensou que a sua fama já se tinha escapado facilmente por isso, ele sabia que não era possível escapar disso, apenas preferiu se manter calmo e quieto.

 

- Fica descansado, Axel. Eu não importo de onde vens, as tuas intenções são boas, não sei o que vai acontecer com a reação dos outros.

 

- Um momento, Cavaleiro! O que queres dizer com isso? – Perguntou Axel sem perceber nada.

 

Chara fixou a sua atenção para Wurdi, ele invadia os pensamentos dele, lendo cada “página” da vida dele como uma biografia. Ele transmitia imagens como uma linguagem, Wurdi se impressionou com a habilidade, o muviano procurava os dois pontos característicos do seu povo.

 

(- Como ele consegue fazer isso?) – Perguntava para si próprio.

 

A estranha conversa terminou com a chegada de um habitante de Micenas que trazia um pergaminho consigo, subiu para o degrau mais alto e desenrolou o papel.

 

- Silêncio a todos os presentes.

 

Quem ordenou foi Fakhir de Perseus, o orgulhoso e prepotente guerreiro de Atena. Ele contava os presentes e eram acerca de oito. Leu o conteúdo e apontou para os três novos integrantes da ordem de prata.

 

- A vossa constelação, Cavaleiro!

 

- Corona Borealis. – Revelou Skalos.

 

- Axel de Leo Palatinus.

 

- Olá, Wurdi. – Repetiu a palavra que aprendeu.

 

Perseus saltou para perto deles estando mais próximo dos dois que não o fizeram a apresentação corretamente.

 

- É Leo Palatinus, Cavaleiros como nós, embora eu esteja mais classificado que tu em experiência e poder, não têm os seus nomes ditos, somente os Cavaleiros de Ouro e tu! – Corrigiu o arrogante Fakhir e apontou o dedo para o nervoso muviano que não percebeu nada. – Qual é a tua constelação ou não entendes o que digo.

 

Axel odiou o jeito dele e o empurrou de leve pela ombreira.

 

- Tem calma com ele, quem és tu para falares assim desta maneira tão superior? – Perguntou Axel que defendeu-o.

 

Perseus aproximou ao encurtar a distância e olhou confiante nos olhos dele.

 

- O líder desta hierarquia e tu? O que aspiras ser? – Questionou Fakhir de peito cheio.

 

Outra pessoa se meteu no meio da confusão.

 

- O líder? Um Cavaleiro que depende de um escudo.

 

Era Lagash que tinha a sua máscara posta, porém retira no momento em que confronta e a destruía por meio do seu Sopro de Trovão reduzindo a pó, Hayk de Grus e Vasilissa de Cassiopea preocupavam com ela por causa da ação dela.

 

- A Lady Elen começou e não foi a primeira, vais seguir o mesmo destino dela, Aquila? – Perguntava o debochado Perseus.

 

A themysciana de Prata desenhava a sua mão em forma das garras da ave de rapina pronta para arranhá-lo. Porém uma parede de gelo foi criada para diminuir os atritos entre ambos.

 

- Estavas quase a cometer uma transgressão, líder. – Ironizou Skalos que agiu friamente.

 

As duas Amazonas seguraram Lagash e a imploraram para ela ceder.

 

- Não sei porque a Mater Atena precisa de uma forasteira, se sobreviveste na Amazonomachia foi por…

 

- Atreve-te e um raio vai te fazer calar para sempre, homem! – Ameaçou Lagash.

 

Fakhir riu e colocou a sua atenção para Axel.

 

- Como foste escolhido como um Cavaleiro, Wurdi? – Perguntou Perseus.

 

O muviano não percebeu nada do que ele falava, então o Cavaleiro de Perseus tocou na Armadura de Rosa dando a entender para Wurdi como ele tinha adquirido o manto prateado.

 

- Não insistes, líder. – Ironizou Axel ao carregar na palavra “líder” como um sarcasmo. – Ele não fala a tua língua e se quiseres eu te digo como consegui a minha, mas primeiro, um detalhe importante, eu era um Agoge, um dos vossos inimigos.

 

Uma reação foi desencadeada para aqueles que foram apanhados de surpresa, em especial, Tácito de Hércules que parece que acordou do seu estado de pensamentos melancólicos.

 

- O que faz aqui alguém como tu? – Perguntou Tácito.

 

- Eu digo o que ele faz aqui. – Falou Fakhir. – Ele não era qualificado para ser um e então ele a fugir para aqui.

 

Perseus gostava muito de por achas para uma fogueira, porém Axel sabia muito deste tipo de tratamento, virou para a parede de gelo.

 

- Os Agoges não são para serem subestimados.

 

Ele advertiu enquanto concentrava um cosmo no braço esquerdo, um simples murro e ele destruiu a parede de gelo, Skalos se surpreendeu pois a sua parede tinha sido feito do zero absoluto, algo que somente um Cavaleiro de Ouro podia ser capaz de tal feito.

 

- Eu era o único que não usava armas, todos aqui presentes não irão viver um outro amanhã caso o enfrentam. – Revelou Leo Palatinus a chocante verdade.

 

- Falaste a verdade e o mesmo vai acontecer contigo. – Acrescentou Canes Venatici com a sua previsão.

 

Perseus não perdera a sua postura ou confiança, ele retirava das suas costas, um escudo que exibia para o alto.

 

- Poder bruto e cru não chega para vencer, estratégia e inteligente cultivam os vencedores, Leo Palatinus. - Argumentava Fakhir.

 

O Cavaleiro Axel não se convencia das palavras dele, pois achava muito prepotente e ignorantes face ao poder dos Agoges.

 

- Não estás convencido, testemunha então.

 

O Cavaleiro de Perseus apontou o escudo para o braço esquerdo, estranhamente Axel sentia o seu membro superior pesado e caiu devido ao peso.

 

- O que é isto? O meu braço o transformou em pedra? – Perguntava Axel preocupado.

 

Um som demoníaco vinha do escudo, porém ecoava na mente dele.

 

“Mortais são sempre estúpidos, não importa de onde vêm.”

 

- Quem falou?!

 

- Estou impressionado que ainda mantenham a tua sanidade, muitos entrariam em pânico, apresento o meu Escudo da Médusa.

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  • 1 mês depois...

Bem Mystic eu ia continuar a ler de onde tinha parado, mas minhas lembranças são meio escuras. Mas aqui vou eu.

Capitulo 0

 

Vemos aqui uma leve apresentação dos inimigos de Atena, apesar de breve da para ter noção do que eles são capaz. Ok eles não são dos mais poderosos, mas vimos o que os Berserkes podem fazer. O como eles são maus.


Diana sempre ele… Uma das musas da tua Fanfic. Eu lembro um pouco dela.

Estou novamente ancioso para ver como Atena e seu Exercito se preparam para essa guerra.

Pelas minhas lembranças sei que sera uma guerra sangrenta.

 

Capitulo 1

 

Ahahaha ceberus bem durão, mas a criancinha domou o coração do prateado. Não lembro se senti isso da primeira vez, mas dessa vez senti como se ele escondesse todo o seu medo ou sentimentos atrás da armadura, talvez o sentimento dele fosse diferente do que ele dizia.


Já não me lembrava da Saphira, mas quando eu li, fiquei com vontade de ver como ela vai ser quando for uma amazona. Possivelmente ela não vai lutar nessa guerra santa, mas queria ver ela como uma futura amazona, quem sabe como uma amazona de Cerberus. Só achei ela mais adulta do que se esperaria de uma criança, mas tendo em conta tudo o que ela passou considerei normal.

Como ela é uma criança e normal não sentir desejo de vingança, mas no futuro isso pode vir a ser um combustível para ela se torna uma grande amazona.

 

Capitulo 2

 

Aqui conhecemos nossos inimigos… É sem duvidas uma tropa sem união.
Gostei de todos, mas o que mais me chamou a Atenção foi a Hipólita. Tudo bem que eu já sei de muitas coisas que vão acontecer. Afinal temos a batalha na ilha das amazonas.

Ela é muito decidida, não amolece com ninguém.

Capitulo 3

 

Hipolita roubando mais uma vês a cena. Ela é a que tem mais atitude entre todos os servos de Ares, não se importando em nada com o que ele pensa ou acha, apenas quer que suas amazonas sejam livres. Gosto de como crias a rivalidade entre as amazonas e as amazonas de Atena. Tornasse fácil compartilhar do desagrado delas. Elas são mulheres guerreiras, enquanto as amazonas de Atenas escondem sua feminilidade por de trás de uma mascara.

 

Agora teremos o ataque ao Santuário. Uma luta que promete… (Tentando esquecer o que eu lembro)

 

Olhando pelo lado estratégico não faz muito sentido enviar 2 dos guerreiros mais poderosos apenas para demonstrar poder. Faria mais sentido tentar uma invasão ou então deixar quieto… Mas quero mesmo me lembrar de como vai ser essa bela batalha…

 

Capitulo 4

 

Cheiro de luta vem por ai…

 

Gosto da habilidade de cão menor. Meio que da para entender realmente o que cada inimigo sente.

 

Os cavaleiros de Atena formaram uma bela dupla, um completando o outro. Teremos sem duvidas uma grande batalha.

 

Avalon por outro lado nos mostra que mesmo um guerreiro de Ares pode ser honrado. Gostei dele.

 

E que a luta comesse.

 

Capitulo 5

 

Mirzan demonstrou uma garra única. Apareceu roubou a cena e morreu. Acho que resume bem a aparição dele. Gostava de ver ele como um cavaleiro, pena que um pequeno deslise na ultima luta custou-lhe o lugar entre os santos de Atena, mas ao mesmo tempo rendeu-lhe uma honraria, menor do que ele merecia. Mas na guerra qualquer erro é fatal.

 

Também podemos ver um pouco mais sobre a relação entre cão maior e cão menor. A primeira vista era uma relação quase perfeita, mas na verdade vesse que é quase uma relação autoritária…

 

O final do capitulo nos entrega uma luta justa e honrada, mas decidida rapidamente.

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Bem Mystic eu ia continuar a ler de onde tinha parado, mas minhas lembranças são meio escuras. Mas aqui vou eu.

Capitulo 0

 

Vemos aqui uma leve apresentação dos inimigos de Atena, apesar de breve da para ter noção do que eles são capaz. Ok eles não são dos mais poderosos, mas vimos o que os Berserkes podem fazer. O como eles são maus.

 

 

Diana sempre ele… Uma das musas da tua Fanfic. Eu lembro um pouco dela.

 

Estou novamente ancioso para ver como Atena e seu Exercito se preparam para essa guerra.

 

Pelas minhas lembranças sei que sera uma guerra sangrenta.

 

Capitulo 1

 

Ahahaha ceberus bem durão, mas a criancinha domou o coração do prateado. Não lembro se senti isso da primeira vez, mas dessa vez senti como se ele escondesse todo o seu medo ou sentimentos atrás da armadura, talvez o sentimento dele fosse diferente do que ele dizia.

 

 

Já não me lembrava da Saphira, mas quando eu li, fiquei com vontade de ver como ela vai ser quando for uma amazona. Possivelmente ela não vai lutar nessa guerra santa, mas queria ver ela como uma futura amazona, quem sabe como uma amazona de Cerberus. Só achei ela mais adulta do que se esperaria de uma criança, mas tendo em conta tudo o que ela passou considerei normal.

 

Como ela é uma criança e normal não sentir desejo de vingança, mas no futuro isso pode vir a ser um combustível para ela se torna uma grande amazona.

 

Capitulo 2

 

Aqui conhecemos nossos inimigos… É sem duvidas uma tropa sem união.

Gostei de todos, mas o que mais me chamou a Atenção foi a Hipólita. Tudo bem que eu já sei de muitas coisas que vão acontecer. Afinal temos a batalha na ilha das amazonas.

Ela é muito decidida, não amolece com ninguém.

 

Capitulo 3

 

Hipolita roubando mais uma vês a cena. Ela é a que tem mais atitude entre todos os servos de Ares, não se importando em nada com o que ele pensa ou acha, apenas quer que suas amazonas sejam livres. Gosto de como crias a rivalidade entre as amazonas e as amazonas de Atena. Tornasse fácil compartilhar do desagrado delas. Elas são mulheres guerreiras, enquanto as amazonas de Atenas escondem sua feminilidade por de trás de uma mascara.

 

Agora teremos o ataque ao Santuário. Uma luta que promete… (Tentando esquecer o que eu lembro)

 

Olhando pelo lado estratégico não faz muito sentido enviar 2 dos guerreiros mais poderosos apenas para demonstrar poder. Faria mais sentido tentar uma invasão ou então deixar quieto… Mas quero mesmo me lembrar de como vai ser essa bela batalha…

 

Capitulo 4

 

Cheiro de luta vem por ai…

 

Gosto da habilidade de cão menor. Meio que da para entender realmente o que cada inimigo sente.

 

Os cavaleiros de Atena formaram uma bela dupla, um completando o outro. Teremos sem duvidas uma grande batalha.

 

Avalon por outro lado nos mostra que mesmo um guerreiro de Ares pode ser honrado. Gostei dele.

 

E que a luta comesse.

 

Capitulo 5

 

Mirzan demonstrou uma garra única. Apareceu roubou a cena e morreu. Acho que resume bem a aparição dele. Gostava de ver ele como um cavaleiro, pena que um pequeno deslise na ultima luta custou-lhe o lugar entre os santos de Atena, mas ao mesmo tempo rendeu-lhe uma honraria, menor do que ele merecia. Mas na guerra qualquer erro é fatal.

 

Também podemos ver um pouco mais sobre a relação entre cão maior e cão menor. A primeira vista era uma relação quase perfeita, mas na verdade vesse que é quase uma relação autoritária…

 

O final do capitulo nos entrega uma luta justa e honrada, mas decidida rapidamente.

Olá Thalis, que surpresa foi "ver -te" aqui e comentares tudo de novo, mesmo que tenhas recordado de algo, há sempre coisas novas que se encontra relendo.

 

O capítulo da introdução deve sempre ter um grande impacto para os leitores sejam eles novos ou antigos como tu, os inimigos são Agoges, Berserkers é apenas o título para justificar o estado da loucura quando são postos contra a parede.

 

Capítulo 01 ao longo da história vais descobrir melhor a relação entre os dois e verás que não será mesmo nada casual ou normal até.

 

Quem sabe se ela não seja a sucessora dele.

 

Capítulo 02, aqui Hipólita se destaca porque é a única dos cinco batalhões que foi obrigada a liderar em nome de Ares e a sua orgulhosa nação de mulheres amazonas está por um fio se ela não faz o que Ares quer e isso se torna muito humilhante.

 

Capítulo 03, mais uma vez vestindo e usando algo que não é da sua cultura ou terra é pior que uma doença e mesmo a morte ajuda a limpar, é uma mancha na alma. Sempre quis explicar o motivo para uso das máscaras e do nome de amazonas mesmo que tenha sido um termo que foi adaptado em vez de traduzido.

 

Ares gosta de mostrar a sua força, mesmo que para perder as suas grandes armas, para ele tudo não passa de ferramentas e verás muito isso nos próximos capítulos.

 

Capítulo 04, nem todos os Agoges têm de ser guerreiros sanguinoviolentos ou monstros genéricos que gostam de sangue, alguns têm personalidades que se destacam e outros podem ser cópias também

 

Capítulo 05, ao principio foi bem enganoso, somente em perigo real que se mostra as verdadeiras personalidade e o Canis Major não foi o único e apesar de ser um covarde, ele não estava errado em crer sobreviver.

 

Muito obrigado por teres comentado e espero ver.te em breve, agora a fic tem mais de 150 capítulos para leres, boa leitura até lá.

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  • 2 anos depois...

Capítulo 156 - Chrusos Sunagein

 

      A reunião mais importante era marcada pela deusa Atena que informava os seus guerreiros da mais alta hierarquia sobre o estado do seu exército e outros assuntos de natureza imperativa bélica, esta era a segunda marcada desde uma outra invasão e tentativa mais ousada por parte de dois Éforos, como também a responsável pela grande queda e sacrifício.

 

      Dentro deste lugar onde somente acontecia a Chrusos Sunagein estava diferente, desde a primeira para a segunda assembleia, a ordem do zodíaco estava diferente, embora o número fosse sete era inferior à relação da primeira. Baixas, perdas e ganhos levaram a esta.

 

      Cada um sentiria diferente diante dos outros, Diana era a mais antiga na ordem do zodíaco, sendo Amaranto o mais novo nela, o que pode esperar desta hierarquia que era tanto cobiçada que nem todos podem adquirir uma Armadura de Ouro?

 

      Abbas e Abubakar conversavam no melhor que eles podiam entender um ao outro, o Leo esforçava para manter em pé como um ser humano normal, porém ele sentia era confortável era estando em quatro patas.

 

      Koutavi era o mais afastado de todos por sua opção, encontrava-se encostado na parede olhando para a constelação de Cancer, a sua e também do seu antecessor, a sua mãe.

 

“Sinto a sua energia cósmica na Armadura de Cancer, mãe… Como conseguiste aguentar tanto? Eu prometo que irei honrar.”

 

      Amarantos e Diana estavam juntos como se eles fossem um casal.

 

(- Diana, o que eu faço aqui?) – Perguntava Amarantos preocupado.

 

(-Esta reunião é essencial, nenhum Cavaleiro pode faltar e mesmo que não percebas ainda o que se passa, quando terminar eu vou dar um resumo dela.)

 

(-Então para isso, eu ficaria do lado de fora. O que isso vai dar, os assuntos se resolvam é no campo de batalha!) – Comentava Amarantos .

 

(- Os Pugnators também não tinham reuniões? Acho que pela tua conversa, deves ter escapado de qualquer reunião, Amarantos de Libra.)

 

      Diana tinha acertado em cheio acerca disso, o muviano cruzou seus braços e virou a cara, reparou no jovem que conheceu na Casa de Gemini.

 

(- Diana, aquele jovem não é o Elpizo? Ele parece preocupado.)

 

(- É a sua primeira nesta reunião.) – Respondia a Amazona de Sagittarius.

 

(- Ele deve ser o mais jovem de todos os Cavaleiros de Ouro e também muito talentoso e o outro que me dá calafrios como a Mesja do Necrotério, Elpizo, não é o nome dele?)

 

      A guerreira muviana ficou calada por um momento, o silêncio dela incomodava o agitado e precipitado Libra.

 

      Elpizo notou que Amarantos admirava para ele, aproximou dele embora ele quisesse falar, a barreira linguística impedia tal comunicação, então o Gemini pedia com educação à sua colega mais antiga em cargo.

 

- Senhora Diana, podia ensinar-me a sua língua, eu gostaria de falar com Amarantos e Wurdi assim como falo consigo.

 

      O Cavaleiro de Libra apenas percebeu seu nome, mesmo que tenha sido mal pronunciado, ele sorria.

 

- Não te preocupes, Elpizo. Ele vai aprender heleno em breve e assim podes falar com ele à vontade, não precisas de saber como ele fala. – Dizia a compreensiva Diana.

 

- Mas ele será obrigado, eu também quero aprender a sua em sinal de respeito. – Expressava o jovem com seu descontentamento.

 

      De trás do Gemini estava Faraj de Scorpio, Elpizo sentia como um frio que percorria a sua pele, seus pelos levantavam assim como as sobrancelhas quando o egípcio tocou na ombreira esquerda e assim ele rodopiou o pescoço.

 

- Meu caro jovem Elpizo, ele está em casa da Xenia Atena. Se nosso colega estrangeiro quer se dar bem e estar integrado, ele deverá ceder e assim podes escutá-lo o quanto quiseres, mas por um lado entre vós os dois, nada impede de seres um estudante de línguas de além-fronteiras. – Falava o calmo Faraj escondendo as suas intenções.

 

- Sim, eu percebi… - Falou Elpizo completamente desconfortável.

 

      Diana entendeu que passava um clima estranho entre os dois, lembrou da situação na Casa de Gemini, porém o momento não era propício.

 

      A deusa Atena entrou no templo acompanhada pelo seu representante, Eklegetai, o Grande Mestre, a divindade estava trajada de uma maneira diferente, um elmo, couraça e grevas, enquanto a sua túnica de cor púrpura estava debaixo da proteção feita de ouro. Enquanto, o ancião também vestia de púrpura com bordados em vermelho, duas fileiras foram feitas, da direita tinha quatro e da esquerda com três em ordem do zodíaco, Diana como a mais antiga da hierarquia dourada, dava as vozes para ajoelharem e abaixar a cabeça, para Amarantos, ela repetia em naacal.

 

      Eklegetai ordenou para que todos retiravam os elmos colocando nas mãos assim como ele fez.

 

- A todos os Cavaleiros presente, iniciaremos a Chrusos Sunagein, Amazona Diana, eu autorizo que sejas a intérprete para o nosso mais recente integrante, Amarantos. – Dizia a deusa.

 

      A muviana acenou de bom grato e executou o seu papel, Amarantos sorriu como a sua resposta.

 

- Meus Cavaleiros, a guerra contra o meu desprezível irmão, Ares, está longe de terminar e desde aquele dia que os Hoplitas entraram na aldeia de Rodorio, tivemos terríveis baixas, bons Cavaleiros e até Amazonas que arriscaram as vidas. Do outro lado, também houve uma redução.

 

      Koutavi derravama uma lágrima de felicidade pela sua mãe em ter ouvido que ela tinha sido reconhecida pela deusa.

 

- Há alguém que queira falar nesta reunião primeiro? – Perguntou Atena.

 

      Abubakar foi quem ergueu a mão para cima, a deusa ordenou que ele levantasse.

 

- Vossa divindade, eu tenho visto de acordo com as minhas visões que todos nós…

 

      Aries se calou ao tremer as mãos que faziam barulho com seu elmo, esta ação incomodava os outros Cavaleiros.  

 

- Cavaleiro Aries, as tuas visões são assim tão más? – Perguntava Eklegetai.

 

-… estamos mortos e que nenhum vai sobreviver… - Continuou Abubakar a tremer.

 

      Os Cavaleiros arregalaram os outros, mas contiveram as emoções.

 

- O que falas é a mais pura da verdade?! Consegues prever como uma das Pitonisas do meu irmão, Apolo? – Interrogava Atena.

 

- O que eu vejo são possibilidades que podem ser mudadas e uma grande possibilidade que temos de alterar o rumo desta guerra é…

 

      Mais uma vez, Abubakar se calou.

 

- Fala de uma vez, homem! – Gritou Koutavi.

 

      Eklegetai não gostou da atitude do jovem de Cancer, porém concordou com ele.

 

- Usarmos as armas do Cavaleiro de Libra e deixámos os Cavaleiros de Prata e Bronze fora contra os Agoges! – Terminou Aries de falar.

 

      A deusa mostrou uma expressão desaprovada e furiosa.

 

- Esta visão que falas é fruto das possibilidades, Aries?! Eu sou uma deusa da estratégia, as armas está fora da cogitação e se voltas a mencionar mais uma vez, eu farei com que sejas expulso da minha ordem imediatamente!

 

- Mas…

 

- Silêncio! – Ordenou a deusa que proferiu com uma voz autoritária.

 

      Abubakar, o maasai, calou-se e abaixou a sua cabeça, Amarantos estava de acordo com ele, porém o mais sensato seria era não contradizer a deusa Pallas.

 

      A seguir quem levantou a mão foi Diana.

 

- O que aconteceu a Brunilde?

 

- Ela não poderá mais fazer parte da aliança, a sua missão agora é outra. – Respondeu a deusa sem dar mais pormenores.

 

“O que se passou com ela? Nem pude agradecer o suficiente que a Valquíria fez por nós durante a Amazonomachia”

 

      A muviana monologava em seus pensamentos.

 

      Uma outra mão participou, alguém que surpreendeu a Atena e o Grande Mestre.

 

- Eu gostaria de propor uma ideia, Meter Atena. – Solicitava Elpizo com timidez.

 

- Começa por falar, Gemini.

 

- Como a nossa ordem está desfalcada e há outras Armaduras de Ouro sem dono, talvez seja possível que seja uma promoção nesta situação, eu tenho a certeza que há potenciais candidatos.

 

      A ideia de Elpizo foi bem aceite.

 

- Infelizmente não dispõem de um tempo necessário para desenvolver as exigências para o cargo, contudo tenho dois em mente: Equuleus e Corona Borealis. – Apontou Eklegetai.

Editado por Saint Mystic
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  • 3 meses depois...

Capítulo 157 Irmãos

 

      Se por um lado, o Santuário planeava e pensava nas seguintes ações, Aeropagus fazia o mesmo, mas esta responsabilidade caía sobre Phobos, o deus dos medos irracionais e Éforos do Pelotão Xiphos.

 

      Trancado em sua própria habitação, pensando ao rever seus planos e da sua ideia da Nea Genia, ele se esforçava imenso para ser reconhecido como um filho de Ares em vez de ser apenas uma ferramenta de guerra.

 

- Estas surpresas e todo isso estão a dar resultados no mínimo surpreendentes, quem diria que eu ia ser o único Éforos

 

      Ele pensava em seu irmão gémeo, Deimos, de quem tinha saudades, mas ele igualmente pensava na Hipólita, a Rainha das Amazonas themiscirianas, porém esta tinha renunciado e agora não passava de uma simples inimiga.

 

- Deimos como eu gostaria de

 

      Um macro cosmo era sentido pelo corredor, mesmo de longe, Phobos não acreditava, ele abriu a porta de madeira e mesmo de longe viu.

 

- Phobos!

 

      A voz que o chamou pertencia ao seu irmão gémeo, embora a sua aparência seja diferente, a identidade cósmica era inequívoca, ele estava trajado de uma simples túnica negra com tons vermelhos, a cor dos olhos revelava a essência divina, o espelho da alma, o deus das fobias correu para o abraçar e Deimos o retribuiu.

 

- Não estás selado, como conseguiste este corpo? Perguntava Phobos.

 

- Sou um deus, enquanto não estiver selado ou preso numa vasilha. O aspecto é irrelevante, embora este corpo que tenho é muito interessante.

 

- Conheceste o mortal?

 

- Ele foi quem venceu-me com a ajuda da Niké, no final eu é que fiquei com o seu corpo, uma ironia sem dúvida, mas esta ironia foi um mal que veio por um bem, pertencia ao Cavaleiro de Gemini. Revelou Deimos.

 

      Phobos se espantou com tamanha revelação, o que ele podia sentir neste momento? Vergonha ou orgulho do seu irmão? Não. Apenas a felicidade de o ver novamente embora o tempo fosse irrelevante para um deus cuja alma seria por definição imortal.

 

- Conta-me de tudo e que eu irei por te a dar da tua ausência.

 

      Primeiro, Deimos contou tudo o que tinha acontecido na Ilha de Samotrácia e depois foi Phobos, o deus do pânico nem sabia como reagir a uma montanha de eventos que surgiram durante o afastamento dele.

 

- Uma Medaglia num mortal? A famosa proteção de Niké transformando num possível estado divino, os deuses não eram os únicos capazes de merecer a bênção dela? Perguntava Phobos incrédulo que bebia um gole de vinho ao celebrar.

 

- Os Cavaleiros da nossa tia se posso assim dizer, eles não são mortais comuns que podem ser levados de forma tão leviana, eu fui testemunha disso e o que contaste é ainda mais surpreendente, o que vais fazer agora que és o único Éforos com a Oplo?

 

      A questão do seu irmão gémeo o deixou num silêncio, porém Deimos sabia muito bem o que ele iria fazer a seguir, pois o conhecia demasiado bem.

 

- Há uma coisa que me incomoda muito.

 

- Eu sei o que vais dizer e há uma explicação razoável e conveniente para ambos. Justificou Deimos ao pousar a sua taça. Senta-te que é melhor, meu irmão.

 

- Eu estou a ouvir.

 

- Após ter possuído o corpo do Cavaleiro de Gemini e ter vasculhado suas memórias principalmente de como é o interior do Santuário da tia foi muito benéfico e interessante como funciona a sua estrutura, típica da deusa estratega. Mas havia uma coisa que me intrigava em Samotrácia e descobri o Santuário dos Grandes Deuses. Pausou Deimos enquanto bebia uns goles do vinho. Lá explica artes antigas de um povo que vivia antes dos atuais habitantes, dentro da estrutura complexa havia uma passagem secreta que somente e qualquer deus é que podia entrar e dentro contém a localização das nossas Atsmas.

 

      Tal notícia fez com que o Eforos cuspisse vinho para o chão e tossiu um pouco

 

- A Astma de Timorus e Metus?! Não foram destruídas pelo nosso avô! Expressou o deus das fobias num tom de surpresa.

 

- Meu irmão, a Astma jamais podia ser destruído por causa da nossa essência que vive dentro e caso fosse causaria o pior dos desastres para quem cumprisse tal proeza. Explicou Deimos.

 

- Onde estão seladas?

 

- O problema não é a sua localização, mas quem as vigia, um Autómato do tamanho de Diomedes feito por Hefesto. Explicou Deimos.

 

      Uma risada foi ouvida dentro da habitação, Phobos foi quem se riu ao aproveitar da situação.

 

- O meu irmão com medo de uma imitação feita de lata, se Anteros estivesse aqui ele não poderia esta oportunidade para maldizer de ti com a sua língua de serpente.

 

      Ele despiu a túnica mostrando uma cicatriz que parecia uma queimadura de segundo grau e a sua extensão era digna de susto revelando o porquê da preocupação dele.

 

- Achas que este ser de metal tem o Ikor do - Engoliu Phobos o seu vinho nervoso.

 

- Não há outro senão aquele que sabemos, esta coisa se move na presença e fui apanhado desprevenido, a localização não mencionava um guardião e além disso, Phobos, és o único que teria uma maior hipótese.

 

      O Eforos se levantou e diante aquela informação poderia ajudar imenso no exército.

 

- Deimos, o que achas de usarmos as Atsmas para ajudar neste conflito contra a nossa tia Atena?

 

      Ele levantou da cadeira olhava para a janela e via do longe o Santuário que vera possível observar de tal distância.

 

- Ainda pensas nisso? Somos a sua ferramenta e não filhos como devíamos ter sido, geres o exército para ganhares a atenção dele, em vez disso, devias era tomar estas rédeas e seres o General e não um Éforos.

 

      Phobos virou para ele e encarou-o seriamente, ele sentia que seu irmão estava diferente, será que isso devia à influência do corpo do mortal que ele usava?

 

- Não é o que nós somos? As suas ferramentas, as suas duas lanças gémeas. Eu posso usar a Atsma para obter o meu próprio exército e quero a ti nele, Phobos.

 

      Ele estendeu a sua mão em sinal de uma aliança para que o Éforos de Xiphos caminhasse justo com ele numa espécie de coup d’état.

 

- Isso é uma traição! Respondeu Phobos gritando. Pretendes levar isso avante?

 

- Se decidires que queres seguir este caminho que nada ganhas, então eu irei!

 

      A tensão surgiu do nada, era a primeira que os gémeos se desentendiam e seus pontos de vista e perspectiva divergiam muito, as energias cósmicas chamaram a atenção de Ares e que subjugou ambos com uma rajada de energia ainda maior, pareciam que os dois estavam colados no chão.

 

- Isso é o que ganhas por desafiares Ares

 

      O deus da guerra sangrenta entrou no quarto pessoalmente.

 

- Deimos, ainda estás vivo? Perguntou Ares com desdém.

 

      Ele não respondeu preferindo o silêncio, Ares o apanhou do chão pelo pescoço que apertava e sacudiu contra a parede que quase destruiu.

 

- Não falas? Podes ter uma outra cara, mas o teu cosmo é o mesmo!

 

      Depois de ter terminado de falar, ele enterrou-o ainda mais, Deimos nem conseguia usar as mãos para impedir o asfixiamento, fios de sangue escorriam da boca dele mesmo fechado.

 

- Onde estiveste este tempo todo? Desertaste e foste vencido por um mortal, não passas de uma espada sem fio e quebrada e atreveste a voltar?!

 

      A raiva de Ares era bem palpável, Deimos estava sendo bem maltratado e humilhado sem puder fazer nada.

 

- Meu querido Ares, a violência me deixa desconfortável e eu quero é a tua companhia agora.

 

      A voz sedutora de Alala o conquistava o deus da guerra, ela tocava nas costas dele e com o outro braço no peito dele, debruçando seus seios contra as costas dele.

 

- Eu apenas dava as boas vindas a Deimos. Respondeu Ares com um sorriso sádico.

 

      O cosmo agressivo de Ares cessou, os irmãos estavam livres da influência, Phobos socorria seu irmão, mas a mão de Ares cortou o caminho dele.

 

- Se passares desta minha mão, darei um tratamento pior! Não queres ser a minha lança, Phobos?

 

      O deus das fobias pensava era mais no bem-estar dele, Deimos parecia imóvel e sentado, mas ele devagar erguia um dedo e um portal dimensional se abriu e ele foi sugado.

 

- Deimos!!

 

      Phobos rangia os seus dentes de raiva, afinal o seu irmão tinha razão, mas porque tinha de assistir sem ser capaz de mover um dedo? Odiava essa fraqueza e submissão que ele possuía por Ares.

 

- Phobos, eu espero melhores resultados vindos de ti!

 

      Dizia Ares ao colocar Alala em seu ombro direito como se nada ela pesasse, Phobos ergueu a sua cabeça e mais uma vez, ele estava sozinho.

 

- Chega! Chega disso tudo!

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  • 3 meses depois...

Capítulo 158 Surpresas

 

      Adhara estava treinado e aperfeiçoando a Oplo de Rhongomiant, ele temia ser descoberto e morto por qualquer um, o antigo Cavaleiro amaldiçoava a sua própria sorte.

 

- Tenho de ser forte e se for possível, matá-los! Mas como vou fazer isso?!

 

      Perguntava ao destruir rochas com a sua mão em forma de lança, mas ele ouviu algo que chamou a sua atenção.

 

      Um portal abriu e de lá saiu alguém ferido e maltratado, Adhara observava escondido e viu quem era.

 

- Anankasei? O que ele faz aqui?

 

      Ele mal se conseguia por de pé, sentiu alguém por perto.

 

- Quem está aí?!

 

      Perguntou Deimos berrando, Adhara estava confuso, a cara e a cor dos cabelos eram de Anankasei, mas a cosmo energia e olhos eram de outra pessoa e quem era, pensava ele.

 

      Que escolha tinha ao sentir palpitações de pânico, seu coração batia forte, mas ele pensou por uns instantes que isso podia ser outra oportunidade pelo qual ele ansiava.

- Revela-te mortal!

 

      Assim o fez, andava de uma forma confiante e bem prepotente perante um deus ferido como Deimos e esticou a mão.

 

      Esse gesto reagiu uma fúria divina que empurrou Adhara a uns meros em direção a uma rocha, o impacto não foi forte, mas o falso Agoge cuspiu um pouco de sangue e o relembrou qual era o seu lugar, submisso a uma divindade e cair na boa graça dele.

 

- Senão fosse essa Oplo que usas, eu te faria com que sofresse uma tortura mental

 

      O deus levantou-se com seu orgulho ferido e uma imagem patética que ele odiava, porém ele sabia dentro de si que esse ousado mortal podia servir para algo, pois nas memórias do seu hospedeiro ele recordou que antes era um Cavaleiro e agora um simples capanga do seu odiado progenitor.

 

      Adhara levantou-se com a ajuda dos braços a tremer e ele se encolhia de medo dele, não se atreveu a fugir.

 

- Não eras um Cavaleiro da Eryma Atena?

 

      O seu maior medo se concretizou e a sua careca foi descoberta.

 

- Eu não compreendo quem és? Anankasei ou?

 

      Ele tinha medo da resposta.

 

      O deus riu-se da ignorância dele e ergueu aos poucos, tendo as suas feridas curadas e também a vitalidade intata, aproximou dele devagar com passos intimidantes e o encarou tão próximo da cara dele. 

 

- Eu apropriei do corpo dele e agora é meu, estás diante de Deimos, o deus do pânico e da deserção e tu? Usurpador dessa Oplo do Pelotão Mythikos.

 

      Suava com muito medo, a respiração descontrolava, sua coração batia sem controlo, a voz não saía como ele pretendia.

 

- Então? Pausou Deimos ao aperar o pescoço dele. A minha paciência está atingir o seu limite, mortal e sei que precisas desse frágil pescoço.

 

      Ele moveu a cabeça para os lados acenando obediência por meio do medo e explicou tudo.

 

- Anteros!

 

      Ele socou e pulverizou a rocha mesmo ao lado do Agoge, a cólera do deus era agora maior e justificada em comparação a anterior.

 

- Diz-me o quanto sabes deste Anankasei.

      Adhara deu informações e descrições muito precisas e ainda mencionou um irmão mais novo, Elpizo, que um dia ia sucede-lo ao título de Saint de Gemini.

 

      Ele simplesmente sorriu.

 

- Eu sei que queres viver por mais um dia, o teu sucesso vai depender desta missão, despede esse horrendo manto escarlate imbuído de sangue. Exigiu o deus.

 

      O usurpador não entendeu, mas obedeceu a ele cegamente.

 

- De onde és, usurpador? Perguntou Deimos.

 

- Olynthus

 

      Ele respondeu ao lembrar das dolorosas memórias que possuía daquele lugar junto dos seus irmãos e porque esse lugar em particular.

 

- Ouve bem mortal, se saíres bem-sucedido nessa missão, terás todo o meu apoio e proteção.

 

      Adhara ouviu e ele pensou que seu destino não passaria mais do que um simples peão dos deuses que usavam ele ao seu bel-prazer.

 

- Como vou atraí-lo para a armadilha?

      Ele questionou seriamente, a questão dele fez Deimos pensar um pouco.

 

- Eu irei pessoalmente. Respondeu Deimos com frieza.

 

- Como?! O seu cosmo vai denunciar completamente!

 

      Deimos o bofeteou com as costas da mão que o derrubou ao partir um dente dele.

 

- Um mortal como tu devia ser obediente como um cão para o seu dono e nada mais, agora vai!

 

      Ele berrou com ele e assim Adhara partiu.

 

Chrusos Sunagein, a ordem da elite e dos Gold Saints ainda decorria, duas pessoas esperavam fora da reunião.

 

- Mãe?

 

- Eu sei o que vais perguntar, mas temos de ter paciência, minha filha.

 

      A jovem esperou com calma e quando a porta por fim se abriu, Atena e Eklegetai foram os primeiros a sair, diante dos olhos da deusa, ela viu Hygeia, a Amazona de Crater, porém ela usava um manto que brilhava como a luz e ainda uma jovem alta atrás que seguia o exemplo ao ajoelhar em sinal de respeito.

- Amazona de Crater, que veste é essa que usas e não a tua Armadura? Questionava o Grande Mestre.

 

      A jovem se colocou em frente a mãe dela.

 

- Nós vestimos a Runa de Dagaz, a sagrada vestimenta dos Ljolsafr, os Elfos da Luz. Respondeu a jovem em defesa dela.

 

- Quem é esta jovem, Crater?

 

      Ela respirou fundo.

 

- A minha filha, Galadriel. Respondeu Hygeia orgulhosa dela.

 

      Os outros Cavaleiros escutaram e outra Amazona quebrou o juramento.

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  • 4 meses depois...

Capítulo 159 Um mundo novo

 

          Galadriel apresentou-se como filha legítima da Amazona de Crater, Hygeia e esta revelação era demais, pois a demagogia da deusa foi posta em causa uma outra vez.

 

- Traz-lha contigo aos aposentos do Grande Mestre imediatamente, Amazona de Crater. Proferiu Atena em tom autoritário.

 

          Eklegetai ordenou a todos os Cavaleiros para regressarem a sua respectiva casa do Zodíaco.

 

          A deusa estava sentada no trono com o Grande Mestre ao lado dela, observava a filha dela e tinha uma forte suspeita sobre ela.

 

          A jovem era maior do que a sua mãe, pele alva, cabelos loiros e sus olhos dourados, carregava nas suas costas uma alva com flechas e um arco e sua cintura, a espada do seu pai que nunca conheceu, enquanto Hygeia estava mais velha com acerca de 35 anos, amadurecida e estava a espera do pior.

 

- Estás ciente que quebraste a regra mais importante do teu juramento quando conquistaste a Armadura de Prata de Crater?

 

- A minha mãe não fez nada de errado, ancião.

 

          Defendeu-a com calma e firmeza em sua voz ao encará-lo com coragem.

 

- Como explica o seu nascimento, jovem Galadriel?

 

          Atena gesticulou com a sua mão para o ancião para parar com as questões.

 

- Ela não foi concebida como os mortais são, Grande Mestre, porque a jovem é um Elfo, metade de um e em parte mortal também. Explicou a deusa.

 

          Galadriel sorriu.

 

- Embora que isso não muda o facto que a tua mãe violou como ele mencionou e com isso não sairá….

 

          A jovem levantou-se, mas Hygeia agarrou o pulso dela e com um simples olhar firme ordenou-a que não falasse ou agisse mais.

 

- Eu peço perdão pelos actos da minha filha, Partenon Atena, eu estou ciente do que eu fiz e não me arrependo, eu estou aqui para ajudar na guerra contra o Brotoloigos Ares.

 

          Atena pensou melhor e na situação que ela se encontrava o mais acertado a fazer era que Hyeia integrasse no seu exército novamente e também uma prova de admissão para a Galadriel.

 

- O Ragnaraok terminou, não foi? Sabes o que aconteceu com Brunilde? Perguntou a deusa preocupada.

 

          A Elfo levantou a sua cabeça.

 

- Ela usou o que restou das suas forças para abrir esse portal para Midgard e também eu sou a única sobrevivente da minha espécie e agora esse mundo é o meu lugar, deusa com a sabedoria dos Vanir e da coragem dos Aesir. Dizia ela com tristeza.

 

          Para Eklegetai tudo isso era novidade, mas ele não se abalava com isso e não distraía.

 

- Jovem Galadriel?

 

- Sim, ancião. Respondeu educadamente.

 

- Estaria interessada em fazer parte da Promarkos Atena e do seu arraial?

 

          Hygeia olhou para a sua filha pensando porque ela teria de enfrentar outro conflito e no qual esse poderia ser mais sangrenta e perigoso que o anterior, ela compreendeu o olhar da sua mãe.

 

- Poderei dar a minha resposta amanhã, caro ancião e deusa Atena? Pedia com educação na sua voz.

 

          A deusa acenou com a cabeça e ordenou a Hygeia que mostrasse o local, ambas saíram e quando as portas fecharam, a filha de Zeus respirou fundo e colocou a mão na cabeça.

 

- Além desta guerra contra o meu odiado irmão, ainda tenho de aturar estas transgressões e sabe lá quantas ainda virão depois desta.

 

          A deusa mostrava seu descontentamento e desabafo perante Eklegetai, o único em que ela confiava.

 

- Aquela jovem mostra experiencia e calma nas suas decisões, como Hygeia envelheceu tanto em apenas dias?

 

- O tempo no mundo de Alfheimr fluiu diferente no que vives e ela criou o que nunca pensei que seria possível, um híbrido entre um mortal e elfo, algo único. Os Ljolsafr são criados através da magia da luz do mundo deles e são puros na sua essência como um coração cheio de bondade e virtude. Explicou a deusa.

 

          Eklegetai absorvia aquela informação e uma dúvida surgiu.

 

- Hygeia não tem magia como a Trioditis Hécate, a sua maneira só podia ser através de

 

          Ela o parou de falar com a mão.

 

- Já chega! Não precisa de entrar com tais pormenores. Afinal, ele é também um mistério da sua origem.

 

- O que vai fazer uma vez que ele está completamente incapacitado e a sua vida está nas mãos das Moiras?

 

          Ela pensou e tomou a sua decisão.

 

          Hygeia mostrava a sua filha, o Santuário da deusa e tal como tinha descrito quando Galadriel ainda era uma criança, as preocupações como mãe falavam mais alto e mal tinham descansado do Ragnarok.

 

- Mãe? Eu sei muito bem o que pensa e sabes muito bem que esta decisão cabe somente a mim.

 

- Galadriel, podes viver uma vida fora desse conflito e esse não é o teu, podes ser feliz e

 

          A Elfo abraçou-a forte.

 

- Mãe, estás a ser egoísta e sacrificarias por esta causa para compensares os teus erros e a ausência por estes todos anos, es a minha única família e este mundo, Midgard, é a minha nova casa, a minha raça não existe mais, eu decidi que quero lutar junto a ti.

 

          Hygeia acaricia os cabelos dela e em coração temia o que viu aconteceu em muitos elfos, os Svartalfar, conhecidos por elfos negros.

 

- Há mais midgardianas para veres, minha filha. O campo das Amazonas poderá o teu novo lar.

 

          Sorriu ao acenar com a cabeça e interessada em conhece-las.

 

A noite caiu no Santuário, Atena visitava o Templo de Pisces e viu como Egle estava muito murcho e mal recuperava das suas feridas causadas pelo seu esforço contra Anteros, deitado sobre uma cama feia de pétalas, a deusa olhava com muita tristeza para ele.

 

- Egle, daqui em diante não irás mais lutar por mim e a tua Armadura pelo qual lutaste tanto e sacrificaste vai para outro mortal.

 

          Atena curou todas as feridas e recuperou a vitalidade e ela escreveu no peito dele em cosmoglifo um selo seu ao selar todo o seu cosmo para jamais utilizar novamente.

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  • 6 meses depois...

Capitulo 160 - Uma experiencia

 

          Galadriel, a filha da Amazona de Prata, contemplava a noite de Midgard, distinta do mundo dos elfos negros, Svalfar, iluminada pelas estrelas, tochas acesas pelo Santuário.

 

- Mãe, a noite que tanto falavas quando era uma criança não se compara ao que vejo diante dos meus olhos.

 

          A elfo estava fora do acampamento das guerreiras de Atena admirando com uma alegria genuína, inocente e pura de uma infanta, Hygeia saiu do dormitório para acompanhar a sua filha na primeira noite na terra onde se formou como Amazona.

 

- Não tens receio, minha filha? - Perguntava Hygeia mostrando preocupação como mãe.

 

- Esta a referir a noite ou aos próximos conflitos, mãe? - Perguntou ela educada ao cruzar as mãos nas pernas, enquanto abraçava a espada do seu pai que nunca conheceu, Manvaru.

 

          Ela se sentou próximo de Galadriel, acariciou os cabelos dela e depois colocou a sua mão no ombro dela ao colocar um cosmo de luz nela para dar conforto.

 

- Um velho hábito. - Comentou a elfo com um sorriso.

 

          De imediato reagiu com um abraço forte e um sorriso muito confortante, alguém observava com um certo sentimento de inveja.

 

- Crater, é difícil acreditar que antes uma menina chorona como tu, amadureceu tanto como pessoa e guerreira.

 

          A voz era de Lagash que aproximou de ambas sem a sua mascara.

 

- Aquila!

 

- Estou curiosa pelos teus feitos no mundo da Brunilde e também da tua linda filha, posso sentar ao vosso lado? - Perguntou ela.

 

          Galadriel se levantou e encarou Lagash com seriedade.

 

- Mãe, esta guerreira possui uma força maior que qualquer um dos elfos negros e ela é mais nova do que a mãe.

 

          A observação dela desencadeou um sorriso e depois uma gargalhada controlada.

 

- Como te chamas, guerreira de outro mundo?

 

- Galadriel, dos Ljosalfar, filha de Hygeia e de Mavanru. Sinto honrada por conhece-la, Aquila. - Apresentou a elfo com respeito e entusiasmo.

 

- Lagash, minha querida. Aquila e apenas o nome da minha constelação. O que este manto que usas que brilha como Latoios Apolo?

 

          A elfo explicou com muito orgulho e ainda relatou a sua experiencia nas batalhas, enquanto Hygeia olhava com muito orgulho nela, mas seu coração não deixava de esconder o medo das próximas batalhas sangrentas.

 

- Galadriel, aproveita para descansares, eu tenho assuntos que gostaria de falar com Lagash.

 

          Ela obedeceu, mas pediu para ficar mais uns minutos para admirar o céu, assim ela concedeu ao pedido dela, as duas Amazonas se distanciaram.

 

- A tua filha fala bem a nossa língua, criaste ela muito bem. Mas eu sinto que achas que não és mais bem-vinda por conta daquele tabu que transgrediste igual a Elen.

 

          A themysciana finalmente falou o que Hygeia receava.

 

- Eu não tenho arrependimentos pelo que aconteceu e aceito as consequências dos meus actos, Galadriel não tem de pagar pelos meus erros, Lagash, o que recordas da tua mãe?

 

          Aquela pergunta gatilhou memórias do sofrimento que ela passou juntamente da sua mãe, exiladas e abandonadas a sorte delas num vasto mundo cruel, Lagash não possuiu memórias vividas, porem um sentimento de proteção e esperança que nunca morreu.

 

- Hygeia... - Ela a chamou pelo nome me vez da constelação. - O que é um amor entre uma mãe e a sua criança?

 

          A Amazona desencadeou faíscas da sua mão direita ao invocar o Sopro de Mãe do Trovão diante dela, Hygeia entendeu através desta resposta ofensiva, assim ela elevou sue cosmo calmante elevando ao sétimo sentido, um cosmo maduro e não hesitava em nenhum segundo.

 

- Este cosmo não e igual ao nosso... - Ela não recuava mesmo sabendo que tinha sido ultrapassada em forca cósmica. - Ela estava num patamar diferente, não e a mesmo Hygeia que conhecia antes.

 

          Ela sorriu e devagar executava a sua técnica, Aetos Dios Altair (Altair, Águia de Zeus), em auxílio com a sua habilidade natural como themysciana convertendo o punho direito como uma aguia feita de electricidade que manipulava.

 

- Lagash... esta e a minha resposta!

 

          A rodoriana extendeu seus braços para cada lado, desenhou cada lamina num total de doze espadas e ao centro um escudo redondo, a energia cósmica que emanava ofuscava os olhos da Lagash, a técnica que aprendeu e cultivou todos seus esforços e experiencia, a (Sverdar Bjart Solus) Espadas Brilhantes do Sol "cortaram" as asas da aguia.

 

- Impossível! Este é o cosmo dos Cavaleiros de Ouro...

 

          Uma terceira se aproximou dela e estava bem próximo do pescoço dela.

 

- Perdeste, Lagash.

 

          Finalizou Hygeia mostrando uma seriedade no olhos dela como uma guerreira, mas a Aquila não se conformou pela derrota e disparou uma descarga elétrica contra ela, porem o escudo permaneceu imóvel e nem foi "arranhado", a rodoriana sabia muito bem da ferocidade dela e com a quarta espada foi "trespassada", Lagash jamais sentiu esta dor tao forte e insuportável que ela desmaiou imediata.

 

- Mãe!

 

          Galadriel tinha visto aquela luz tao brilhante de longe e alcançou, porem tarde. Apenas viu Lagash estendida no chão, ela percebeu e curou as feridas de Lagash que acordou imediatamente.

 

- Eu entendi a tua resposta, Hygeia...

 

          Ela se levantou atordoada pela cura e caiu no chão.

 

- Não se esforça muito Lagash. - Pedia Galadriel preocupada com ela.

 

          Hygeia cessou a técnica e aproximou dela ao levantar.

 

- Galadriel, minha filha. Está tudo bem, podes ir agora.

 

          Ela obedeceu sem questionar mesmo nada, Lagash apenas gargalhava baixo, mas ela derramava uma lagrima.

 

- Eu sinto inveja de ti, Hygeia. Sabes... eu também... violei o tabu...

 

          Lagash descreveu tudo e ainda relatou o que sabia dos eventos que aconteceu depois que ela veio para la, Hygeia não lamentou e sabia que não se podia culpar pela sua ausência, agora ela podia fazer toda a diferencia.

 

- Que Armadura de Ouro vais aspirar? Há cinco vagas...

 

- Nenhuma. - Ela respondeu.

 

          Tal resposta surpreendeu.

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  • 1 mês depois...

Capitulo 161 – A razao

 

                No Campo das Amazonas atenienses havia um grande alvoroco pronunciado pela Vasilissa, a Saint de Cassiopea, que avistou a Armadura de Aquila no centro do acampamento cercada de electricidade feita de cosmo como se estivesse em posicao de defender o seu ninho contra agressores.

 

- Mas o que e isto?!

 

                Perguntou Hayk de Grus que viu a mesma coisa, somente Galadriel e que teve a coragem de apromixar do manto de prata, mas a electricidade a repelia.

 

- Entendi.

 

                Ela propria entendeu e se retirou serena do lugar, as duas nao entenderam nada.

 

- Os rumores sao verdadeiros, aquela moca e a filha de Hygeia, ela violou e fez o mesmo que Elen! – Comentou Vasilissa com espanto.

 

- Sera que Lagash desertou? Eu ouvi dizer que ela pertencia a tribo das guerreiras de Hipolita. – Dizia Hayk com base nas suas suspeitas.

 

                A sua companheira reagiu com descrenca nas palavras dela ao tapar a boca da mascara que usava.

 

- Sera mesmo verdade, Hayk? Tinhamos uma espia entre nos durante todo este tempo?

 

                Dentro da tenda da Phach, a Saint de Bronze de Columba, estava a ser tratada por Hygeia que vigiava a sua condicao, embora estivesse a recuperar, as suas cicatrizes horrificavam o seu corpo, finalmente ela abriu os seus olhos, a sua visao clariava a imagem que a tratou, primeiramente nao a reconheceu.

 

- Hygeia...? – Tentou adivinhar com base no rosto maduro dela.

 

- Sim, sou eu, minha querida.

 

                Ela confirmou com um sorriso confortante ao tatear o corpo dela com os dedos, em cada contacto que Hygeia fazia continha um pedaco de cosmo curativo que ajudava a recuperar as forcas, Phach estava trajada de um longo traje helenico para evitar que ela tivesse um choque ao ser corpo cicatrizado.

 

- Mas estas mais velha...

 

                Phach fazia um esforco para falar, Hygeia acariciava as maos dela para a tranquilizar.

 

- Mae, como esta a sua companheira?

 

                Perguntou Galadriel que ao entrar na tenda desencadeou uma reacao de duvida e surprisa na jovem guerreira de Bronze.

 

- Tens uma filha? A sua pele e tao branca e seus cabelos brilhavam iguais ao de Aigletos Apolo, es mesmo Hygeia?

 

                Ela duvidava dela, mas ao mesmo acreditava que era ela a sua amiga.

 

- Phach, a minha filha chama se Galadriel. – Revelou a curandeira o nome dela.

 

- Esta melhor, companheira da minha mae? – Perguntava a elfo ao estender a mao dela em sinal de respeito e de amizade para com ela.

 

- Sabes o que esta toda esta agitacao e o que aconteceu com a tua mao? – Observou-a com um ar calmo e preocupado.

 

                Galadriel apontou a direcao do problema com a sua mao aleijada e numa acao repentina, a mao dominante estava envolvida de cosmo tao brilhante como o sol e num instante estava curada, Hygeia percebeu e assim acenou a cabeca para a sua crianca.

 

- Ja decidiste?

 

- Sim, mae.

 

                Phach estava confusa e alheia dos assuntos da conversa entre ambas.

 

- Que manto usas? – Perguntava Phach curiosa.

 

- E a Runa do meu cla, os Elfos da Luz. – Respondia com um sorriso orgulhoso da sua origem enquanto conversa com ela.

 

                Ao sair da tenda, Hygeia pensava na noite anterior com Lagash, escutando o que aconteceu na ausencia dela, em seus pensamentos se projectava as escassas possibilidade de sobrevivencia da guerra sangrenta contra Ares, mesmo que fossem pequenas, ela nao tracava planos de desistencia, olhava para o sol tao distinto do mundo dos Elfos, mas aquele sol era o astro da vida que ela nasceu sobre e foi criada.

 

                As duas guerreiras mantinham presente ao olhar para a Armadura de Aquila.

 

- Deviamos alertar o Grande Mestre e a Partenon Atena!

                Uma mao pousou na ombreira da Vasilissa.

 

- Eu o farei. – Incentivou Hygeia ao passar no meio das duas.

 

                A medida que ela aproximava da Armadura, os raios dissipavam da presenca dela e a posicao ofensiva do manto mudou para como se estivesse pronta para alcancar o voo, ela tocou na tiara da Armadura e um clarao de electricidade cegou ao apanhar Cassiopea e Grus de surpresa, Hygeia fechou seus olhos por instinto e quando abriu, uma mensagem em cosmoglifo estava escrito nas asas metalicas.

 

“Ευχαριστώ που ξεκαθάρισες την καρδιά μου.” Obrigada por esclarecer o meu coração.

 

                A curandeira entendeu o que queria transmitir, entao Hygeia ajudou ambas ao recuperar a visao depressa ao tocar nos olhos.

 

- Onde vais, Hygeia? – Perguntava Hayk.

 

                O tempo dentro do Santuario estava calmo, mas a moralidade dos Cavaleiros estava em contraste, ela dirigiu para o templo dedicado a classe media do Santuario: Prata. A Caixa de Pandora de Crater situava no pedestal exibindo o seu brilho e a sua paciencia pela sua portadora.

 

                O cosmo manifestava ao envolver o corpo dela, o seu brilho nao era mais de prata, foi influenciado pela sua convivencia e experiencia nas batalhas contra os elfos negros, para a Armadura apenas dias passaram, para Hygeia eram anos. A tapa de cima da caixa abriu em correspondencia e aos lados em seguida, a Cloth de Crater ansiava pela vinda dela e se desfez em varias pecas ao trajar o corpo dela, a ultima era a mascara dela.

 

- Nao precisarei mais dela e nao me envergonho do que eu fiz.

 

                Ela posou diante da Caixa, uma outra pessoa estava perto do templo.

- Quem e?

 

                Ela nao conseguia reconhecer, pois o cosmo que presencia era diferente e novo, a figura se revelou e aproximou dela com timidez.

 

(-Wurdi.)

 

                Era o Cavaleiro de Rosa ao pronunciar seu nome, era a primeira que ela o viu.

 

- Amazona de Crater. – Ela se apresentou.

 

                Ele apontou para o rosto dela, Wurdi lembrou que as guerreiras eram obrigadas pelas regras ao usar mascara.

 

- Nao sabes falar em helenico? – Perguntou para ele.

 

                Notou dois pontos na testa dele.

 

- Es um muviano como a Lady Diana?

 

(-Diana!)

 

                Wurdi entendeu o nome e aproximou dela feliz ao entregar uma rosa amarela, ela o aceitou com um sorisso.

 

(-Wurdi.)

 

                Continuou a pronunciar o seu nome.

- Hygeia. – Revelou o seu nome.

 

(-Hy...gei...a...Hyge...ia...)

 

                Ele sorriu um pouco envergonhado.

 

                Galadriel estava diante das imensas portas ao templo do Grande Mestre, ela empurou e ao longo do extenso corredor estava sentada Atena com Eklegetai ao seu lado, caminhou e ajoelhou com a cabeca baixa.

 

- Quero ouvir a sua resposta, Galadriel. – Exigiu Atena com a sua voz firme.

 

                Ela ergueu a cabeca com orgulho, levantou-se e fez uma venia.

 

- Irei ajuntar-me ao seu exercito, deusa Atena e anciao.

 

                Respondeu educadamente.

 

- Es capaz de lutar sem o apoio de armas, jovem Galadriel.

 

- Sim, sou capaz.

 

                Respondeu frontalmente.

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  • 1 mês depois...

Capitulo 162 – A prova da ascensao

 

                O mundo dentro do Santuario nao era como o ingenuo Wurdi imaginava e sonhava quando ouvia as historias narradas pelo Mesja da Historia, Anais. Ele se sentia distante, diferente e como vestia a Armadura de Prata de Rosa nao era tratado como igual, a principalmente dificuldade era a barreira linguistica, ele se esforcava atraves de gestos e movimentos com as maos e dedos, tudo isso em vao.

 

- Wurdi, quando chegaste aqui? – Perguntava Hygeia ao deliciar com a fragnancia da rosa amarela.

 

                Nao entendeu o que ela falou, ele nao se rendeu e gostava da presenca dela sentindo uma aura de amizade.

 

- Seja bem vinda, Amazona de Crater, curandeira chefe.

 

                A voz que cumprimentou de longe foi Chara, o dito e infame Cavaleiro o anunciador da morte.

 

- Cavaleiro de Canes Venatici.

 

                Ela o reconheceu, no passado, ela nao o suportava por razoes inocentes e ignorantes que ela podia salvar vidas e que ele nao tinha o direito de a fazer desistir, hoje em a sua idade amadurecida, Hygeia compreende melhor e se aproximava dele com respeito e o cumprimenta nao como Cavaleiro, mas como um ser humano.

 

- A sua idade mudou e tambem esta mais compreensiva.

 

                A atitude dela fez com que Chara pudesse chama-la de amiga e talvez ela fosse a unica.

 

- Nao perdeu este habito invasivo de ler dentro das nossas cabecas, Chara.

 

                Esbocou um sorriso.

 

                O muviano aproximou de Chara e entregou uma rosa de cor de champanhe, Canes Venatici colheu pelo cale sem espinhos e cheirou.

 

- O Wurdi nao consegue falar heleno? – Perguntou Hygeia ao mostrar a rosa amarela.

 

- Ele e apenas um recem Cavaleiro de Prata, infelizmente nao sabe como falar a nossa lingua. Posso pedir que extenda a sua mao?

 

                Chara colocou a rosa em seus labios com cuidado e segurou e esticou a mao esquerda para Wurdi, mandou uma imagem de telepatia para o muviano, assim o fez e tambem a Hygeia.

 

- Santa de Crater, eu, Chara, peco permissao para que possa ler a sua mente e que transmitia para Wurdi assim como peco para Wurdi o mesmo.

 

                Ela apenas acenou a cabeca com aceitacao.

 

                Memorias foram transmitidas, tanto Hygeia e Wurdi puderam ver com os olhos dos outros como estivessem la, tudo isso durou cinco minutos, mas foram imagens e vivencias de intensidade muito fortes, Crater e Rosa cairam com os joelhos no solo e amparados com as maos, Wurdi transpirava imenso, enquanto Hygeia sentia dores de cabeca, as suas habilidades curativas ajudaram a amenizar a dor e em pouco tempo, ela se levantou.

 

- Wurdi, seja bem vindo ao exercito da Mater Atena.

 

                A mao dela ajudou-o a levantar, o muviano ainda estava assustado, mas impressionado e em respeito para com ela, ele mostrou duas rosas de cor verde e ofereceu para Chara e Hygeia.

 

- Uma rosa amarela, cor de champanhe e verde... o que significa, sera que e a unica maneira de ele comunicar?

 

                O Cavaleiro de Canes Venatici ponderou e pensou.

 

- Acho que o Egle, o Cavaleiro de Pisces e o unico que nos podia a entender, mas ele esta...

 

- Fora de servico e a sua Armadura de Ouro ficou vaga.

 

                A voz altiva e agressiva na mente da Santa de Hygeia fez como um som de trovao.

 

- Cavaleiro de Perseus!

 

- Lider dos Cavaleiros de Prata. – Corrigiu ele.

 

                Wurdi igualmente reconheceu e nao preciso palavras para entender que ele nao era bem recebido entre os seus pares.

 

- Mesmo que seja a curandeira chefe do Santuario e igualmente uma Santa de Prata e a sua presenca na Assembleia Argenta era mandatoria, um momento...

 

                O portador do Escudo de Mesa observou melhor e chegou as duas conclusoes: ela nao estava a usar uma mascara e parecia estar mais velha.

 

- Entao os rumores eram verdadeiros!

                Ele gargalhava, Wurdi nao entendia de onde vinha os risos e tambem a atitude dele.

 

- Eu nao tenho nada a esconder, mesmo que sejas o lider nao tenho a obrigacao de responder ou estar presente nas reunioes da Assembleia Argenta, a minha responsabilidade e prioridade e tratar os feridos.

 

                Hygeia manteve uma postura madura e nao se deixou levar pelas emocoes mesquinhas.

 

- O Cavaleiro de Pisces, Lord Egle esta fora de servico? O que o lider sabe? – Perguntou Chara preocupado.

 

- Nao e o seu habito de invadir as nossas cabecas, anunciador da morte? – Perguntava Fahkir de Perseus.

 

- Se o Lord Egle esta ferido, entao o meu dever me chama.

 

                A Crater dava as costas ao auto nomeado lider da classe media agarrou-a pela ombreira da Armadura dela.

 

- Ainda nao terminei o meu assunto aqui, Crater.

 

                O seu tom mudou e ele exigia respeito, Wurdi aproximou e deu uma rosa negra a Fahkir.

 

- Uma rosa? Um Cavaleiro como tu que usa a Armadura de Rosa e oferece rosas, nao devia ser um seguidor avido de Epistrophia Afrodite...

 

                A rosa negra tinha espinhos afiados e fez com que o sangue jorrava dos seus dedos, um cor apenas superficial, porem isso enfureceu-o.

                Fahkir manifestava seu cosmo prateado por todo revelando uma aura ameacadora, Wurdi media a distancia e da sua rosa negra alongava o caule com seu cosmo e transformou num chicote com espinhos.

 

- Wurdi, as lutas entre Cavaleiros sao proibidas.

 

                Chara invadia a sua mente para o advertir e mostrou as consequencias deste acto, mas Wurdi respondeu ao responder num “imagem telepatica” que iria defender a sua amiga.

 

- Estou curioso para saber o quanto habil es com este chicote, Rosa!

 

                O Cavaleiro de Perseus iniciou a ofensiva com uma seria de socos em estilo de boxe entre golpes diretos e cruzados, Wurdi foi treinado na arte marcial muviana, a Kukaimudo, versado na arte do chicote, ele sabia defender e esquivar, alem de complementar na habilidade de teletransporte que amarou os dois pulsos de Fahkir.

 

- O que?!

 

                Fahkir foi apanhado de surpresa e subestimou Wurdi, o Cavaleiro libertou-se ao forcar o chicote feito de caule de rosa.

 

- Seu maldito! Gorgonea Prima (Primeira Gorgona)

 

                Os olhos de Fahkir assimilhavam a mitica figura feminina com seus cabelos que se moviam como seprentes e o resto do corpo como um ser rastejante humanoide feita de cosmo do Cavaleiro, Wurdi jamais vira tal criatura e amedrontava, a sua defesa estava aberta e seu estomago foi socado com um cosmo que potencializou o dano, ele cuspiu um pouco de sange.

 

- Olho por olho, dente por dente!

 

                Uma espada feita de luz elfica interferiu e ameacou Fahkir.

 

- Este cosmo? Mas Hygeia e uma curandeira... nao uma...

 

- Guerreira, Cavaleiro de Perseus, um lider deve ser uma pessoa de inspiracao e nao intimidar e impor com a sua arrogancia, afasta-te de Wurdi ou eu propria, assumirei esta ofensa que cometeste contra um dos teus.

 

                Fahkir ouviu a ameaca dela e a levou a serio.

 

                Ao longe, alguem observava o confronto e ele sorriu, embora nao se encontrava no melhor das condicoes.

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