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Saint Seiya - The Aeon's Crown


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Capítulo 7

Atla abriu os olhos. Não sabia há quanto tempo estava desacordado nem exatamente o que ocorrera. A sua consciência viajava e impedia os pensamentos concisos. As lembranças eram vagas e dispersas. Apenas se recordava de uma voz imponente e de uma criatura com aura sagrada se aproximando dele e discursando coisas vagas.


Estava num local branco e aparentemente vazio. Uma leve fumaça percorria a superfície do que parecia um chão de concreto. No centro, havia uma espécie de símbolo estranho grafado. Não sabia se havia morrido ou se estava em uma dimensão diferente. Só pensava em escapar daquele local.


– Bem-vindo ao Pleroma… ou o mais próximo dele neste mundo. – discursou aquela mesma voz que Atla tinha ouvido antes de desacordar.


Passos se aproximaram e, de repente, Atla fechou os olhos, sendo novamente dominado pela mesma dor de cabeça, que drenava ainda mais a sua consciência e prejudicava as suas ações.


– Eu possuo poderes paranormais, mas muito mais fortes que o teu, por isso consigo penetrar tão facilmente na tua mente. – explicou o Aeon, enquanto caminhava. – Um de meus companheiros já atacou o vilarejo, desviando a atenção dos principais peões do Santuário. Mas, a jogada mais importante da Gênese, será dada agora com a tua contribuição.


– O… quê? – Atla tentou se levantar, mas outra rajada telepática lhe atingiu a mente, acabando com sua motilidade.


– Aqui é onde os Aeons vivem, um mundo de luz que contém parte da essência divina. – a entidade deu dois passos em direção a Atla e o ergueu. – E será ela que nos aproximará da coroa.


O Aeon manteve a seriedade e, sem piedade, arremessou o muviano no símbolo que estava grafado no chão. Atla tentou se mover, quando o emblema brilhou, lançando uma grande cortina de fumaça ao redor de Atla. A entidade olhava para aquilo com uma expressão imóvel, mas com um brilho nos seus olhos.

~~~~

Unity caminhava por aquela floresta fria e congelada. Portava nas costas uma urna alaranjada, que lhe conferia um grande excesso de peso. Apesar de saber que não possuía nenhuma ligação com aquele artefato, tinha certeza de que ela lhe poderia ser útil em alguma oportunidade. Se Shion pudesse lhe arranjar alguma maneira de lhe devolver o cosmo, poderia ser um representante e defender o legado dos Arcontes e Aeons.


Olhou para cima. O sol estava quase na sua intensidade máxima para aquela região e época. Estava no extremo norte da Europa, onde a presença do astro era uma extrema raridade. Sua simples presença lhe causava uma sensação de alívio e de esperança, aquecendo-lhe o coração… ou não.


Uma forte luz foi emitida do sol e atingiu Unity, no peito, derrubando-o e atirando a urna alaranjada para longe. Uma figura masculina com olhos dourados e cabelos loiros surgia do sol, vestindo um grande manto amarelo. O graadiano olhou cansado e ferido para frente, quando a criatura cravou os pés naquela neve gelada.


– O sol no inverno é algo considerado sagrado, mas na realidade ele é exatamente o oposto disso. – a figura avançou a mão em direção a Unity, que se apoiava no chão para se levantar. – E eu represento esse fato terreno. Meu espírito se denomina Adonaios e acabarei agora com as chances de a coroa ser recuperada.


~~~~

A fumaça cessou sua atividade, enquanto Atla jazia caído naquele espaço branco e disforme. O Aeon se aproximou dele com um brilho ainda maior no olhar. Estava em um estado de plenitude indescritível.


– O sacrifício de Altar nos libertou e trouxe o poder divino para o mundo terreno, mas ele não foi capaz de romper com a barreira de Atena. – proferiu o Aeon, despertando Atla, que finalmente identificou aqueles olhos rubis e cabelos avermelhados. – Com a tua ligação com o Legado, conseguimos imobilizá-lo, mas isso ainda não foi o suficiente para capturarmo-no. Então, precisávamos do Pleroma. Aqui, a essência individual de cada um se torna coletiva e a massa de todos se torna um só. Ao te fazer parte do Pleroma, conseguimos nos aproveitar da ligação mental que possuis com o Legado.


– O que está acontecendo? – Atla se ergueu, quando seus olhos se arregalaram ao ver o vulto que surgia por detrás do Aeon. – Não pode ser… MESTRE SHION?


O corpo de Shion caminhou por aquele terreno com os olhos distantes, quando rapidamente desmaiou com um gesto do Aeon.


Atla utilizou sua força e correu em direção ao mestre, quando foi atingido novamente por uma rajada telepática.


– Com a tua ligação telepática controlada pelo Pleroma, conseguimos controlar o Legado e fazê-lo vir até nós, ao invés de o capturarmos. Agora, não és mais necessário e serás portanto, purificado para fazer parte da Gênese.


~~~~

O Arconte lançou um brilho das mãos, atingindo Unity certeiramente. O antigo general sentia o corpo todo queimado. Sabia que estava sendo atacado para que não fosse capturado pelos Aeons. Entretanto, se deixasse ser morto, o legado de Poseidon seria concedido e um rastro de morte infinita seria produzido.


Precisava reagir. Outro raio de sol lhe atingiu, derrubando-o naquele chão gelado, que começava a derreter com o calor. Juntando forças que não sabia que possuía, se arrastou em direção a urna, enquanto continuava sendo atacado.


– Como é possível que resista ao meu poder? – rosnou Adonaios. – Será que o cosmo de Poseidon está retornando para o Legado? Ou então estou sendo enfraquecido por esse terreno gélido?


Unity resistiu a mais um ataque e, com uma energia ao redor de si, puxou a alavanca da urna, abrindo-a completamente. Adonaios colocou a mão em frente a testa, indignado com aquela situação.


O graadiano sorriu e concentrou sua energia, mas nada aconteceu. Ele olhou para as próprias mãos decepcionados. Não se tornara um general novamente. Sem energias, Unity caiu no chão de neve inconsciente. O Arconte sorriu aliviado, quando ergueu as duas mãos, lançando uma onda brilhante em direção a Unity.


A energia se dissipou rapidamente. Uma outra figura se manifestou entre eles, com os olhos amarelados e cabelos loiros.


– Então é por isso que meus poderes estavam sendo drenados! – o Arconte olhou para frente, com uma expressão assustada e irritada.


– Esperei que o Legado recuperasse seus poderes, mas isso não foi possível. – murmurou a entidade que se aproximou. – Então, vou te castigar e levar esse homem ao Pleroma para que os Aeons estejam a um passo de conseguir a coroa.

Editado por Nikos
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Capítulo 6 de Gustavo lido e 7 de Nikos lido.

 

Gostei imenso de saber e ler que estes guerreiros incomuns possuem a sua própria identidade ao ponto de referem seu cosmo como gnose, como também a luta de Teneo contra um dos Arcontes.

 

E depois da "cooperação" de Atlas e do sacrifício do Altar que tudo começou.

 

Parece que estes guerreiros são poderosos e temerosos ao ponto de nenhum Cavaleiro, Espectro ou Marina lhe faz frente ou iguala seu poder em totalidade.

 

Abraços e parabéns aos dois.

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  • 2 semanas depois...

Capítulo 8

 

Chesire olhou apreensivo aquela energia se elevar de maneira perigosa. Era um brilho diferente, de certa maneira sobrenatural. Se expandiu rapidamente chocando-se contra ele fazendo-o atravessar as paredes da residência. Instantes após a casa ruiu sobre si mesma.

 

Sentiu o seu corpo dolorido. Era impressionante o que aquela mulher poderia fazer mesmo com apenas parte do seu poder.

 

Talvez aquilo não tivesse uma explicação simples.

 

Mantinha as duas mãos apoiadas no chão enquanto via a Arconte representante da Lua vir em sua direção.

 

Perdeu de vista Pandora mas não se preocupou. Ainda deveria estar em seu casulo.

 

E ele estava ganhando tempo.

 

A mulher se aproximou:

 

- Por que vocês se importam tanto com isso? Por que relutam em morrer sendo que o inferno é sua residência. Seu deus não está mais entre nós, porque não ir ao encontro dele?!

 

O gato fada se surpreendeu por um instante. Mas lembrou-se. Seu destino seria um pouco diferente do de sua Sacerdotisa. Mas notou que nunca havia se feito aquela pergunta.

 

Porém, aquela não era a única dúvida que pairava sobre ele. Sentia-se incomodado ao perceber que o inimigo parecia muito mais com eles do que com os cavaleiros de Atena. Embora provavelmente não devesse.

 

A barreira de Hades que Pandora havia produzido era responsável por nenhum ser humano se aproximar demais. Era uma larga planície de grama seca e árvores mortas. Nem mesmo se ouvia o vento ou o cantar de pássaros. Apenas um desconfortável silêncio.

 

- Você acha que pode tentar matar a Senhorita Pandora sem resistência? Acha que vamos simplesmente aceitar a morte trazida por você?! Exasperou-se o Espectro.

 

Mais uma vez a Arconte expande sua energia e atinge o gato fada. Ele foi arremessado ao ar, caindo no chão abriu uma cratera... Sangue escorria de sua testa.

 

O poder dela é tão maior que o meu?! Mesmo com a barreira, eu não pareço páreo.".

 

Ao se mover, percebeu que parte da sua Surplice estava destruída.

 

- Pandora! - Disse ele, num sussurro, para si mesmo.

 

Não sabia se sua mestra havia terminado de se recuperar. Talvez agora fosse um alvo fácil para o inimigo. Forçou a se ficar de pé mas não conseguiu. Apenas de joelhos, observava a mulher vir em sua direção.

 

Finalmente sua conta do rosário escureceria.

 

No entanto, uma mão a tocou no seu ombro.

 

Ao virar-se, ele estava as suas costas.

 

O mesmo olhar psicótico. O antigo sorriso doentio.

 

Poucas coisas fariam seu espírito congelar. Essa era a delas.

 

Eduardine fitou com incredulidade e certa consternação.

 

A figura que aparecia em seu caminho era um homem em trapos velhos e sujos.

 

- Os humanos são realmente ridículos, não sabem se colocar no seu lugar. Voltou a dizer. Decidida a dar fim a tudo.

 

O mendigo nada disse. Apenas deu alguns passos e com o pé direito traçou dois riscos no chão de terra.

 

Era um X.

 

- Na-não é possível!!! Chesire não se conformava. Você voltou a ser o Juiz do Inferno?!

 

- Que zombaria é essa? Ela interrogou. Juiz do Inferno? Um homem nesse estado deplorável?

 

- Sim. Sou Aiacos de Garuda. E esse é apenas o lugar onde você cairá pela última vez. Respondeu o homem.

 

 

---

 

 

Danae corria esbaforida, desviando dos destroços que agora dominavam parte da Vila de Rodório. Seus subordinados tratavam de retirar os sobreviventes dos escombros.

 

Após alguns minutos de procura, ela encontrou a residência que pertencia aos discípulos de Teneo.

 

Destruída.

 

Olhou em volta e não viu ninguém.

 

- Não é possível que sumiram sem deixar rastros! Ela questionou-se.

 

Foi então que surgiram dois garotos apoiando-se nos ombros um do outro.

 

Caminhavam com certa dificuldade, suas roupas respingadas de sangue. Mas visualmente pareciam bem.

 

- Não se preocupe, Perseu, estamos vivos! Respondeu um deles. De cabelos loiros. Não me conformaria no Inferno se não soubesse sequer o quê me mandou para lá.

 

- Sim, Kyle! Respondeu o outro. Mais alto e de cabelos ruivos - Mas vamos morrer enquanto não pegarmos nossas armaduras.

 

Danae de Perseu era uma das Amazonas mais experientes do Santuário. Tinha longos cabelos castanhos soltos e lisos. Seu rosto coberto pela máscara.

 

A destruição havia se propagado por uma grande área. Danae de Perseu analisando todo o ambiente conseguiu perceber as características de um ataque cósmico.

Ou era o que parecia.

 

Era difícil imaginar que tipo de inimigo tinha tanto poder para fazer tamanho estrago. Alguém com poder equivalente ou superior a um Cavaleiro de Ouro.

 

No entanto, ao procurar por mais destruição e morte juntamente com os discípulos de Teneo, se deparou com algo ainda mais surpreendente.

 

A explosão de cosmo obedecia um padrão de devastação, ampliando-se de seu início até seu fim.

 

Mas havia uma falha em seu trajeto. Um círculo em volta de algumas casas estava intacto.

 

Nem mesmo as flores dos jardins haviam se ferido.

 

- O que aconteceu? - Questionou Jamie, o ruivo.

 

Recostada em uma das paredes de uma casa intacta, havia uma mulher vestida como uma moradora comum de Rodório. Estava espantosamente calma e com um sorriso cálido, fitando o grupo recém chegado.

 

Danae não entendia.

 

- Quem é essa mulher? Kyle perguntou a Danae.

 

- Eu sinto algo poderoso vir dela. Completou Jamie. Ela é uma de nós?

 

Perseu de alguns passos, mas notou que suor frio escorria pelas suas têmporas.

 

- Não. Respondeu Danae. Isso não é cosmo.

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Capítulo 08 lido de Kagaho de Benu.

 

Gostei do que li, Chesire sobreviveu por ponto graças à intervenção de Aiacos, o poder da Arconte é algo que se tem em conta em mais do que uma simples redução de poder, algo surpreendente que supera mesmo um simples Cavaleiro de Ouro.

 

Na segunda parte, há uma investigação sobre o rastro de destruição do outro Arconte e ainda um novo personagem em cena.

 

Abraços e parabéns por este capítulo.

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  • 2 semanas depois...
Capítulo 9


Uma nova onda de dor atingiu em cheio Atla, após ser atacado telepaticamente pelo poderoso Aeon. Mas a dor era o ultimo de seus problemas. Shion, o Grande Mestre do Santuário e alicerce do exército de Atena, havia sido facilmente capturado e se encontrava ao seu lado, incosciente. E para piorar, ele mesmo não tinha poder, nem capacidade, para deter o inimigo a sua frente. Tentava pensar em uma saída, mas tão pouco isso era fácil por conta da dor cegante que sentia.


- Antes que retorne para o Gênese, lhe direi nosso nome. Sou Tau, 19º Aeon. - O ser andou em volta a Atla e sorriu. - E a névoa que os cerca é minha contraparte feminina. Nosso objetivo não é castigá-los ou lhes fazer mal, só desejamos que todos os seres materiais existentes retornem para Sophia, a 6ª Aeon, também conhecida como Zeta. Ela e os demais Aeon mais poderosos foram impedidos de entrar no Universo vocês, pelo poder daqueles que se nomeiam deuses e até mesmo de Demiurgo, os 7 Arcontes que nos impede de trazê-los de volta ao Gênese, mas não se preocupe, muito em breve retornará para a Mãe.


Levantando sua mão direita, Tau faz com que a névoa comece a rodear Atla, que parecia desesperado para encontrar uma saída. Era como se Tau e sua névoa fossem o mesmo ser, como se um fosse a extensão do outro. Atla pôde sentir que a névoa a sua volta ficava cada vez mais densa e pesada, dificultando que ele pudesse respirar. Estava perdido.


- Finalmente compreendi.


O Aeon assustou-se ao ouvir uma voz que parecia vir de nenhum lugar, mas ao mesmo tempo de todos. Atla continuava a sua frente assustado e Shion estava caído ao seu lado...


- O que?! Esse não é...


- Não, não sou eu. - a voz de Shion parecia vir de todos os lugares, preenchendo todo aquele vazio com um cosmo dourado. - Mas de fato somos muito parecidos, por isso não foi tão dificil enganá-lo. Seu nome é Tokusa.


- Impossível! - Tau parecia não somente surpreso, mas irritado. - É impossível! Eu cheguei até sua mente e o controlei até aqui, seria impossível para você fugir do poder do Pleroma!


- Vamos dizer que eu contei com a sorte. - A voz de Shion parecia muito próxima, mas ao mesmo tempo distante, como se viesse de outras dimensões. - Eu precisava saber quem era nosso inimigo antes de atacar e não posso mais ficar passivo à essa situação.


Tau continuava sem entender como poderia ter sido enganado e como Shion havia conseguido impedir que sua telepátia o alcançasse, seu orgulho estava ferido e isso não o fez notar quando Tokusa se levantou, mostrando sua verdadeira aparência. Apesar de ser mais jovem que Shion, Tokusa parecia muito mais velho, desde a derrota de Hades seu corpo parecia envelhecer cada vez mais rápido. Utilizando seu cosmo, fez com que o manto de Grande Mestre começasse a rasgar-se em diversos selos de Atena que voavam para todas as direções do salão branco.


Reconhecendo aquele selo e sabendo o quão poderosos eram, o Aeon redireciona a névoa para Tokusa que imediatamente cai com a força esmagadora em sua mente. Não podia deixar que Shion continuasse a invadir Plemora com àqueles malditos itens terrenos.


Tau utilizaria a mente do próprio Tokusa para chegar até Shion, pois dessa vez não iria errar... Utilizaria de sua gnose para destruir a mente do Grande Mestre, afinal não precisava do Legado nescessariamente consciente.


E foi bloqueado.


Algo muito poderoso estava bloqueando seus poderes mentais. Seria Shion imune ao seu poder? Os olhos do Aeon acenderam vermelhos como fogo tentando rastrear na mente de Tokusa o que o impedia de concluir seu objetivo. Reviu atráves dele o momento em que Shion, controlado pelo seu poder, caiu inconciente. E foi aí que entendeu.


Tokusa, ao ver Shion caído, pôde constatar através de sua própria telepatia que o Grande Mestre estava sendo controlado e trouxe a ele a unica coisa que poderia salva-lo naquele momento, o elmo de Grande Mestre. O poderoso elmo que tinha o poder de impedir qualquer controle telepático. A partir daquele momento Shion, já consciente, havia controlado tudo. Fazer Tokusa usar as roupas de Grande Mestre, colocar os selos de Atena dentro dele e disfarça-lo como Shion para descobrir que tipo de inimigo estavam enfrentando era o plano perfeito.


Os selos de Atena brilhavam de forma sobrenatural, fazendo com que o Aeon ficasse ainda mais perturbado. Como seres superiores, os Aeons não tinham medo dos Cavaleiros de Atena, nem dos Espectros de Hades e muito menos dos Generais Marina de Poseidon, porém aprenderam a temer o poder dos deuses humanos, ao menos aqueles que estavam em escalas mais baixa de poder na Gênese.


- Além de mim, somente existe uma outra pessoa que poderia enfrentá-lo com tamanho poder telepático. - disse Shion fazendo com que os selos de Atena reagissem ao seu cosmo, mesmo com tamanha distância. As dimensões começaram a se alterar, levando Tau, Atla e Tokusa para locais totalmente diferentes.

Tau sentiu o espaço alterando aos poucos, o cenário daquele branco ofuscante deu lugar a um céu aberto. O local era extremamente quente e sentiu certa dificuldade até mesmo para respirar naquele lugar. No céu podia ver os selos de Atena criando uma barreira que parecia tentar impedí-lo de fugir. Atla e Tokusa não estavam mais ali. Observou o lugar e parecia ser uma grande ilha.


- Ora, ora. Parece que o mestre Shion estava tendo grandes problemas para me enviar um inimigo assim, sem grandes explicações. - A voz era feminina, mas grave. - A quem devo a honra?


Tau correu os olhos em direção a voz. Sentada sobre uma rocha estava uma mulher, vestindo uma armadura de prata. Usava uma mascara bizarra, que jamais vira antes qualquer Amazona utilizar. Como reflexo, antes mesmo de respondê-la, ultilizou de seu poder para tentar destruir a mente daquela mulher. Aprendera não subestimar mais seus inimigos.


Novamente, sem sucesso. E ele sabia que era por conta daquela mascara. Mais um maldito item a impedí-lo.


- Que mal educado. - disse a mulher saltando da rocha em direção ao chão. - Então deixe que eu me apresente primeiro. Sou a guardiã da Ilha da Rainha da Morte, Amazona de Prata, vigia dos Cavaleiros Negros e descendente da família amaldiçoada a carregar essa máscara por todas as gerações. Sou Gioca de Pavão e seja bem vindo ao seu tumulo. - E sorriu por detrás da Mascara.


(A Armadura de Pavão é a mesma de Saintia Shô)
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  • 2 semanas depois...

Capítulo 10

A entidade sorria de maneira pacífica e amistosa, deixando os Cavaleiros que haviam chego ao vilarejo de Rodorio minimamente preocupados com a recepção inusitada. Os trajes civis básicos, típicos da região, lhe davam um ar humano, o que contrastava diretamente com a energia desconhecida que era percebida pelos guerreiros.

 

Danae, em contrapartida, também não demonstrou uma postura hostil. Sua expressão estava oculta pela máscara argenta que portava, um símbolo da sua condição no exército de Atena. Seus longos cabelos castanhos balançavam com a brisa que soprava.

 

- N-Não é Cosmo? – Questionou Jamie, em uma mescla de surpresa e medo – O que ela é, afinal?

 

Os discípulos de Teneo, que a pouco tempo haviam sobrevivido milagrosamente ao ataque obliterante de Gênese, engolem a seco aquela revelação, permitindo que o medo tomasse conta de seus corações naquele instante.

 

- Não se preocupem – Se antecipa a moça, se expressando amavelmente – Não tenho intenção nenhuma de lhes fazer mal.

 

- Como podemos confiar em você?! – Indaga rispidamente Kyle, que automaticamente é repreendido por Danae, que ergue a mão direita em sinal de paz.

 

- Compreendo a desconfiança, ainda mais diante dos eventos recentes – Seus olhos negros, assim como sua pele, davam-lhe uma beleza inestimável – Dizem que para obter a confiança de alguém, devemos nos expor primeiro, certo? Me chamo Astaphe. Sou uma Arconte e meu dever é impedir que os Aeons consigam sua Coroa.

 

- Arconte? – Danae deu um passo para a frente, curiosa.

 

- Sim. Nós, os Arcontes, somos seres criados por Demiurgo, assim como o mundo material. Muito foi difundido pelos povos antigos acerca do caráter de Demiurgo, também chamado por nós de Criador, onde seu nome era sinônimo de algo maligno e impuro. Entretanto, peço para que olhem em volta. Realmente acham que um ser maligno haveria de ter criado um mundo tão belo e diverso como o nosso?

 

Os aspirantes absorviam aqueles dizeres mas não conseguiam confiar completamente naquela mulher. Ainda mais depois de um súbito ataque naquela região a tão pouco tempo.

 

- Isso é mentira – Perseu diz enfaticamente, sem perder o tom tranquilo em sua voz – O mundo foi criado pelo Big Bang, que gerou a Grande Vontade, elemento vital para criar tudo o que conhecemos. Não há nada sobre Demiurgo, Aeons ou Arcontes registrados nos livros do Santuário.

 

- Você realmente acredita que o mundo inteiro foi criado a partir de uma explosão sem nenhuma identidade? – Astaphe posiciona uma mecha de seu cabelo cacheado escuro atrás de uma das orelhas, direcionando seu olhar fixamente para a experiente Amazona – Talvez apenas estamos cientes de partes da verdade e não da versão completa.

 

- Ou talvez você esteja totalmente equivocada – Sorriu Perseu, confiante de que toda a educação recebida no Santuário é a verdade absoluta e imutável de tudo – Mas nós temos assuntos mais importantes a tratar. Como por exemplo, o fato de você estar aqui em Rodorio exatamente no momento do ataque e porque protegeu uma parcela do vilarejo.

 

Astaphe preparou-se para responder, quando rapidamente parou e ergueu seu olhar para o céu. Parecia sentir algo que os Cavaleiros não tinham a sensibilidade adequada para tal.

 

Então os Arcontes já estão em busca dos Legados... Gostaria que tudo fosse resolvido de forma diferente...

 

Recobrando a consciência, a Arconte fechou os olhos, esboçou um sorriso e prosseguiu:

 

- Não me interprete mal, guerreira. Apesar de adorar ao Grande Criador e ser sua fiel serva, eu não compactuo com os atos dos meus companheiros em muitos aspectos. Neste momento, sinto a Gnose de dois deles em ascensão, em locais distantes daqui. Provavelmente estão em busca dos Legados dos Deuses Gregos. Protegi este local porque moro aqui a exatamente 3 anos.

 

Por algum motivo Danae acreditava naquelas palavras.

 

- Legados... – Refletiu a Amazona, pensativa – Os representantes das Grandes Vontades de Atena, Poseidon e Hades aqui na Terra... Sendo assim... Já que você está aqui, tão próxima do Santuário, e há dois dos seus aliados em batalha... Como posso acreditar que você não está aqui para fazer algum mal ao Grande Mestre?

 

Astaphe se aproximou, passo a passo, de Danae, de modo que ficaram ambas separadas por apenas alguns poucos metros de distância.

Os aspirantes assumiram uma postura de batalha, mesmo cientes de que a Amazona de Perseu é uma das combatentes mais experientes do exército de Atena daquela geração.

 

- Essa é uma das razões pela qual eu não estou aliada aos meus companheiros neste momento. - Sorriu a Arconte, ainda pacificamente – Abdiquei da minha missão inicial por gratidão.

 

- Gratidão? – Indagou Danae.

 

- Exato – Lágrimas começaram a surgir nos olhos de Astaphe, que os fechou e permitiu que algumas delas caíssem pelo seu rosto – A bondade daquele homem me fez desistir do meu objetivo.

 

- E quem seria este homem? – Perguntou Kyle, a expressão em seu rosto indicando curiosidade pela revelação.

 

- Este homem é o atual Grande Mestre – Respondeu.

 

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Gênese estava sentado às margens de um rio observando seu curso de maneira tranquila. Havia decidido recuar estrategicamente quando Teneo surgiu diante de seus olhos, com aquela Armadura Dourada imponente. Não por medo. Mas precisava repensar seus passos depois de ter sido invocado naquele espaço.

 

Não havia entendido como tudo ocorreu. Em um instante, estava no Pleroma, ainda sofrendo os efeitos do Selo combinado pelos Quatro Deuses Gregos que impediram não só ele, como também seus companheiros, de saírem de seu quartel-general. Porém estranhamente sentiu seu corpo se desmaterializar e quando se deu conta, estava em Rodorio.

 

Soube instantaneamente que havia sido invocado por alguém, mas não conseguia discernir a razão. Alguns de seus aliados também conseguiram voltar a Terra através da distorção espiritual que se formou devido ao estranho fenômeno.

 

Sua vestimenta sagrada, em tons de areia, brilhava com a luz solar.

 

Abria e fechava suas mãos como que em busca de uma resposta para tudo.

 

“Você sabe o que ocorreu”

 

Uma voz surgiu em sua cabeça e Gênese se surpreendeu momentaneamente.

 

Instantes depois se acalmou e percebeu que aquela voz só poderia pertencer a seu par.

 

Você de novo.” – Comunicou-se psiquicamente – “Ainda não se reacostumou com a vida aqui na Terra?”

 

“Prefiro me manter apenas no seu subconsciente, comandando as múltiplas camadas da sua mente” – Sorriu a voz, de traços femininos e joviais.

 

“Você sabe de algo que eu não sei?” – Questiona Gênese, desconfiado daquele comentário – “Apesar de sermos um só ser, você sempre guardou segredos e me impediu de saber determinadas coisas... Bloqueando meu acesso à nossa própria mente, desviando minha atenção para eventos simplórios quando eu me aproximava de descobrir seus segredos...”

 

“Não precisa falar de nós em terceira pessoa quando estiver irritado” – Tentou consolá-lo – “Sei que você possui dúvidas acerca do que o trouxe de volta a este planeta e pensa que eu tenho todas as respostas, mas...”

 

“Nós, Aeons, sempre fomos compostos por pares espirituais. É imprescindível que nós tenhamos uma relação simbiótica, onde podemos confiar uns nos outros e usufruir de todos os benefícios e malefícios que possuímos individualmente para gerar um desempenho conjunto perfeito. Nós somos um dos poucos que estamos literalmente juntos dividindo um mesmo corpo, portanto devemos nos destacar dos demais Aeons. Sempre”.

 

“É por isso que nos auto-intitulamos Gênese, certo? A criação, o começo de tudo, a perfeição”.

“Exato.” – Sorri Gênese – “Precisamos sempre estar um passo a frente de todos os demais, sejam eles nossos companheiros, os Arcontes, os Cavaleiros, qualquer um”.

 

“... Sendo assim, o que você precisa saber?”

 

“Preciso saber como nós e outros Aeons conseguiram escapar do Pleroma”.

 

Uns segundos de silêncio se fizeram presentes até que Gênese arregalou os olhos. Sua contraparte havia liberado uma camada de sua mente que lhe deu acesso a uma informação que, apesar de não dar literalmente a resposta que procurava, ainda assim forneceu uma informação fundamental para o entendimento da situação.

 

 

Agora eu vejo como tudo começou...”

 

“Me desculpe por não poder lhe informar mais do que isso. Você sabe o motivo pelo qual...”

 

- "Está tudo bem.” – Interrompeu Gênese, refletindo sobre o que acabara de descobrir. Seu tom de voz indicava não querer ser atrapalhado por ninguém – “Preciso de um tempo sozinho”.

 

A voz produziu um som de concordância e subitamente a mente do Aeon esvaziou-se, como se estivesse novamente sozinho.

 

- Então é isso... – Gênese se levantou, uma expressão satisfeita no olhar – Foi isso que me trouxe de volta a esta Terra.

 

Abriu os braços e ergueu sua cabeça, em uma postura de adoração a si próprio.

 

- Aquele velho decrépito... Nunca pensei que esse acordo acabaria nos beneficiando.

 

Pássaros voavam pelo local. Folhas balançavam com o vento e a corrente do rio seguia seu fluxo constante.

 

- Obrigado, Hakurei. Graças ao nosso acordo a duas décadas atrás a ligação do Pleroma com a Armadura de Altar foi sacramentada e nós estamos livres para cumprir com nossa missão!

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  • 2 semanas depois...

Capítulo 9 de Mark lido.

 

Gostei bastante deste, notei como estava referenciado e mencionado na classificação dos Arcontes usando as letras do alfabeto grego, suponho que isso possa resumir à sua hierarquia em termos de poderes.

 

Tokusa se juntou, afinal a quota de Espectros sobreviventes aumentou ficando com três e ele não foi esquecido e ainda ajudou imenso.

 

E no final, não podia ter esquecido da dama querida de Manigold, e como tal o seu escritor deste capítulo quis usar o "desenho" de Saintia Sho para embelezar a Armadura que veste a atual guardiã da ilha dos Cavaleiros Negros.

 

Parabéns e abraços!

 

Capítulo 10 de Gustavo

 

Eis que descobre que há uma pessoa que discorda e divergente das ações e atitudes dos seus semelhantes, gostei disso e dá um óptimo enredo à história para além dos aspectos que a verdade nem sempre é contada com todas as suas letras ou mesmo vírgulas.

 

A decisão de Astaphe é vista como se interpreta o Demiurgo e isso foi muito bem retratado.

 

A intenção do inimigo e seus planos ainda continua nebuloso e misterioso.

 

E ainda a referida explicação da Armadura de Altar que funciona como um receptáculo de mundos.

 

Abraços e parabéns!

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Capítulo 11

 

 

 

Aquilo que se apresentava a sua frente lhe inquietava. A Arconte não acreditava realmente no que havia acabado de acontecer.

 

Um dos Juízes do Inferno havia ressurgido?!

 

Mas como isso era possível? O exército de Hades não havia sido derrotado?!

 

Os Cavaleiros de Atena haviam realmente deixado alguém tão importante vagando pela Terra por tanto tempo?!

 

Um vento frio soprava as folhas das árvores num chiado pacífico e reconfortante.

 

De qualquer forma, o ser que deveria ser imponente e ameaçador, mais se parecia com um mendigo, de vestes sujas e maltrapilhas.

 

- Aiacos de Garuda, um dos três Kyotos de Hades. – A Arconte caminhava na direção dele, em clara afronta. Como se realmente não acreditasse que corresse qualquer perigo. – Você não pode me intimidar! Você é apenas um homem!

 

- Você sabe que está caminhando para a morte, não sabe? – O Juiz Sentencia. O Sorriso doentio persistia.

 

Ao passar do susto que havia passado, Chesire, ainda sentado no chão, tentava compreender. Sim, aquilo era impossível! A Estrela Celeste Maligna ainda estava selada. Mas não era o que ele via com seus próprios olhos. Ele tateava o solo, buscando equilíbrio para se erguer. Mas as dores no corpo diziam para ele que naquele momento, era melhor não interferir.

 

Sem mais palavras Aiacos disparou em direção da Arconte, representante da Lua.

 

- AHHHHHH!

 

Desferiu um soco de direita visando o rosto da adversária, porém esta, com um rápido jogo de pernas, esquivou o corpo à esquerda. Não só isso, Eduardine girou o corpo com um chute alto. Aiacos foi acertado na cabeça e foi lançado ao ar, girando descontroladamente. Ao atingir o solo, desnorteado, a Arconte já estava sobre ele. O punho dela já transformado em espada. Desferiria o golpe fatal.

 

- FESTA ANIMADA!!!

 

Chesire arranca forças de onde não pensava ter e faz seu ataque. Centenas de Felinos luminosos atacaram Eduardine explodindo no ar, ao seu comando.

 

Mas esta, novamente pegou impulso no chão e saltou várias vezes para trás, em saltos mortais. Evitando totalmente o ataque.

 

A Arconte percebia a nítida tentativa de ganhar tempo. Não era hora de prolongar aquela batalha. Seu objetivo parecia cada vez mais perto:

 

Provar a todos de que estava certa.

 

 

Mas Aiacos se ergueu. Sangue escorria por seu queixo.

 

Aiacos, não. Ele realmente era apenas Suikyo. Mas sentia algo que há muito não sentia. A barreira criada por Pandora lhe deu um sopro de poder, de energia que há muito não experimentava. Muito embora muito aquém do poder do Juiz do Inferno.

 

- Desgraçada! – Disse Aiacos.

 

Em seu rosto se desenhou o sorriso diabólico. A postura não se intimidou nem por um instante. Limpou com as costas da mão o sangue que vertia, e o observou.

 

Em seu corpo, em sua mente estava gravada a doentia e psicótica personalidade de Garuda.

 

E era devastador precisar disso novamente.

 

Mesmo assim gargalhou

 

A Arconte não era capaz de ver a imponência do Juiz.

 

Mas certamente ele era ameaçador. Talvez mais que isso. Insano.

 

- Acabarei com isso neste instante. – A Gnose expandia-se assustadoramente. - ARRRGGHHHHHHH!!!

 

- É BOM SENTIR SEU SANGUE JORRAR ENQUANTO EU TE ESTRAÇALHO!? – Um Tridente negro trespassava o abdome da Arconte, pelas costas. A arma brilhava e emitia uma luz púrpura intensa. Arcos voltaicos e pequenos raios negros o envolviam. Vibrava banhada em pura e poderosa energia obscura.

 

Portando-o estava Pandora. Seus olhos vidrados de raiva. Dedos firmemente seguros na arma. Seu olho direto piscava intermitentemente. Não parecia plenamente recuperada.

 

- MALDI-TA! – Bufou a Arconte enquanto sangue lhe vinha a boca, e se esgueirava por entre seus dentes. Ela se perguntou se realmente havia avaliado bem a situação. Era para ser algo limpo, sem riscos, silencioso. Aqueles humanos demoníacos, sequer eram seus reais inimigos e agora lhes faziam sentir tanta dor.

 

Tentou se livrar puxando o Tridente.

 

Mas Pandora a ergueu do chão. Tirando seu equilíbrio.

 

- GGGGrrrrrrrr.... - Ela cuspiu sangue.

 

- Você vai morrer aqui! – Disse a Sacerdotiza.

 

- Subestimei vocês... realmente subestimei – Ela ofegava e gemia de dor. – Talvez, talvez eu realmente estivesse errada... – Sua voz ficava mais baixa, e seus olhos se perdiam.

 

Ela se perguntou se por um instante... se por um instante o seu sentimento mais forte era o medo da morte.

 

Logo, sua face de dor passava a se mesclar com ... Alegria.

 

Suas lágrimas rolavam enquanto, sorrisos, e logo depois gargalhadas nasciam na face de Eduardine.

 

Todos se surpreenderam.

 

E temeram.

 

A Arconte passou a brilhar. Sua energia voltou a se elevar intensamente. Ela se desfez em uma massa disforme, para depois se recompor.

 

- Você não vai fugir! - Pandora avançou o corpo projetando a lança a frente para acertá-la mais uma vez. Mas a Arconte desviou-se no último instante, afastando-se para uma distância segura.

 

No instante seguinte sem dizer nada, e com um sorriso, desvaneceu em uma sombra.

 

Pandora caiu sobre os joelhos. Exausta.

 

- Senhorita Pandora!! - Tão logo Chesire correu em socorro de sua Sacerdotisa.

 

 

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Capítulo 11 lido de Kagaho de Benu.

 

Gostei do que li e parabéns ao seu escritor por este.

 

A luta desesperada entre os três se provou bem interessante contra um inimigo com um poder reduzido, no entanto não escapou ileso ao subestimar este diminuto ou quase sem integrantes do exército de Hades.

 

Parecia que a personalidade da Estrela Celestre Heróica estava voltando aos poucos mostrando a sua sadia e poder.

 

Pandora bem que se esforçou, mas caiu cansada.

 

Parabéns e continua assim.

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  • 3 semanas depois...

Capítulo 12.

 

Tau não sentia-se necessariamente em desvantagem, mas tão pouco imaginava que os seres humanos pudessem deixá-lo em tal situação. A mulher a sua frente normalmente não seria tão preocupante, afinal não passava de uma amazona de patente baixa, não temia sequer os Cavaleiros de Ouro, quem dirá aqueles abaixo de tal posição, no entanto em poucos segundos encontraram uma forma de deixá-lo numa situação pouco favorável.
Os Selos de Atena no céu não apenas impediam que ele saísse daquele lugar, como colocará Bruma, a Tau Feminina, distante de si. Ele podia vê-la no céu, a névoa tentava encontrar alguma brecha para se juntar a sua contra-parte, sem sucesso. Era doloroso estar longe dela, não uma dor física, mas uma dor espiritual. Juntos haviam sido concedidos e juntos permaneceram durante toda sua existência. Desde que vieram até o universo material decidiram que um deles viria com o corpo humano e o outro como uma força que pudesse facilmente se deslocar. Ele era o Controle Mental, ela a Bruma.
Gioca tinha um item poderoso a seu favor, aquela mascara parecia impedir o controle que Tau poderia ter sobre ela, então sua principal arma não poderia ser utilizada.
- Parece que você causou grandes problemas para o mestre Shion. - continuou Gioca, vendo que seu adversário continuava silencioso. Podia ouvir mentalmente as instruções dadas por Shion, felizmente a mascara não impedia a comunicação. Mesmo sabendo que estava em vantagem, estava um pouco amedrontada. Por mais forte que pudesse ser, aquele a sua frente era uma divindade com poderes desconhecidos. Graças a sua mascara estava protegida de seus poderes mentais, mas quais outras habilidades Tau poderia ter?
- É uma pena que dificultem tanto algo que já está certo. Nem você, nem o Grande Mestre, nem os Arcontes, nem mesmo seus deuses poderão impedir que alcancemos nossos objetivos. E no fim de tudo irão nos agradecer, pois voltarão a fazer parte de Sophia, a Zeta.
- Não espero que vocês consigam entender como os seres humanos pensam e como amamos nossas vidas individuais, mesmo com a pobreza, com a morte e com todas as desvantagens e injustiças que vivemos. Não desistiremos de nossas individualidades para nos tornarmos um, só por que acham que essa é a verdadeira felicidade.
- O destino de vocês é inevitável. - disse Tau. Ele parecia olhar para longe, percorrendo com seus olhos toda a Ilha. Parecia olhar através das coisas.
- Pode ser inevitável. - respondeu Gioca saltando para o chão. - Mas resistiremos.
Gioca foi a primeira a atacar, a amazona de pavão saltou com toda sua velocidade em direção a seu adversário, com os punhos cerrados ela mirou o rosto de Tau, mesmo que, na verdade, esse não fosse seu objetivo. Queria primeiro testa-lo.
Tau saltou para trás rapidamente, antes mesmo que a Amazona chegasse perto dele, ainda assim ele não parecia focado naquela batalha, sua atenção estava distante dali, observando através das grandes rochas que compunham a Ilha da Rainha da Morte. Por conta de tal distração, ele foi pego de surpresa. Apesar de Gioca ter mirado seu rosto, o objetivo dela era justamente o chão. Com seus punhos envolvidos em um cosmo puramente prateado ela esmurrou o solo, fazendo uma grande cratera se abrir no local.
Em meio ao seu salto, Tau pousou ao chão no mesmo instante que as rochas do solo se romperam, fazendo com que ele se desequilibrasse e caísse em meio aos escombros. Estava tão acostumado a controlar a mente alheia, que tal imprevisibilidade parecia ser uma boa arma para enfrentá-lo.
Tau levantou-se rapidamente e utilizando sua gnose começou a levitar. As possibilidades do uso de sua gnose eram quase ilimitadas. Não seria atingido pelo solo novamente.
Aquilo surpreendeu a Amazona, conhecia poucos cavaleiros que tinha o poder de levitar como ele parecia fazer com facilidade. Ainda assim, não seria um grande problema. Gioca focou seu cosmo em seu pés e saltou novamente em direção ao seu adversário, estava preocupada. Tau parecia estar planejando algo.
O Aeon finalmente parecia prestar atenção em sua adversária, ela vinha com toda velocidade em sua direção, concentrando novamente sua gnose, criou rapidamente uma barreira impedindo o ataque da amazona, que fora jogada novamente para o chão ao ter seu ataque bloqueado.
"Mesmo sem seu controle mental, ele é muito forte" - ela pensou. Mesmo em poucos ataques, já conhecia parcialmente seu adversário e sabia que era extremamente forte, mas acreditava que ainda podia vencer. Era hora de mostrar algo mais concreto. Concentrando seu cosmo, a amazona apoia as duas mãos ao lado do corpo e lentamente levanta os braços lateralmente, seu cosmo forma algo parecido com a majestosa cauda do pavão em suas costas.
- Golpe dos Mil Braços! - milhares de flashes de cosmo-energia são direcionados para o Aeon. Tau consegue se esquivar da maioria deles, porém o fato de estar levitando dificultava seus movimentos, desta forma decide novamente usar sua gnose para criar uma barreira para impedir ser atingido.
Os golpes não eram poderosos, porém cada vez que acertava um golpe no mesmo local de sua defesa, ele tinha que usar mais uma vez sua gnose para recompô-la e isso era perigoso. Já havia usado muito de seus poderes para parar Atla, atrair Shion e agora naquela batalha e Gioca não parecia que iria parar tão cedo seus ataques, mas Tau sabia que somente precisava ganhar tempo.
A amazona mantinha seus ataques contra Tau, mas sentia que algo de muito errado estava acontecendo. Ela sabia que seu ataque pouco afetara o Aeon, então por que ele não revidava? Continuava lá parado, somente impedindo que seus ataques fossem efetivos, mas ele não parecia pronto para atacá-la.
No meio de seu ataque, Gioca assustou-se ao sentir uma serpente negra subir pelo seu pé direito, logo em seguida mais uma surgiu e a mordeu na sua coxa e então se viu totalmente coberta por diversas serpentes negras. Conhecia bem aquele ataque, eram as Correntes Negras. Estava sendo atacada por outro inimigo. Mesmo sabendo que não poderia tirar o foco de Tau, olhou para sua lateral e então percebeu por que o Aeon olhava tanto para aquela direção.
Ao menos dez Cavaleiros Negros estavam ali, seus olhos estavam brancos e não demonstravam nenhuma emoção, estavam sendo controlados. Tau encontrara mentes não protegidas para fazê-las como suas marionetes.
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  • 1 mês depois...

Capítulo 13

Gioca inicialmente fica perplexa ao perceber que a grande maioria dos Cavaleiros Negros estava diante dela, com os olhos vidrados e sem expressão alguma. Logo detectou que se tratava de uma artimanha proporcionada pelo Aeon, que dessa vez começava a esboçar um sorriso de confiança.

 

As serpentes negras enroscavam-se cada vez mais em seus membros principalmente, visando bloquear seus movimentos e assim, torná-la um alvo fácil. Seus sibilares traziam certo incômodo para a Amazona, que começou a elevar seu Cosmo para se livrar da técnica inimiga.

 

Quando começou a fazê-lo, os outros nove Cavaleiros Negros avançaram furiosamente em sua direção, embora sem emitir nenhum brado de guerra. Pareciam realmente apenas marionetes, criaturas sem vida e vontade própria agindo sob a vontade de uma entidade superior.

 

- Eu disse que o destino de vocês era inevitável – Tau ironiza, embora sem perder a expressão séria. Com sua adversária focada em outra circunstância, decidiu direcionar sua atenção para sua contraparte, que ainda buscava uma forma de se reconectar com ele.

 

Decidiu elevar sua Gnose visando romper a proteção dos Selos de Atena quando instintivamente desviou seu olhar para a Amazona de Pavão, com o objetivo de checar se o seu plano corria como o planejado. Havia ordenado para todos aqueles renegados que atrasassem o máximo possível sua oponente na intenção de conseguir tempo hábil para sair daquela Ilha.

 

Observou que Gioca havia conseguido romper as serpentes e lutava de forma determinada contra todos os inimigos ao mesmo tempo, que embora controlados, ainda preservavam um estilo de luta quase irracional formentado apenas no ódio.

 

- Interessante... – Balbuciou Tau – Essa garota possui uma determinação curiosa. Mas não vai me impedir de sair deste lugar imundo.

 

Começou a levitar, sua Gnose amplificando-se absurdamente. Gioca sentia claramente que a energia do seu oponente aumentava de forma assustadora, então decidiu que não deveria perder mais tempo com aqueles peões. Precisava eliminá-los rapidamente e ainda guardar suas forças para enfrentar a criatura.

 

Por ter desviado sua atenção alguns instantes, é atingida em cheio no rosto por um chute aplicado pelo Lobo Negro, um adolescente de cabelos ruivos até a altura dos ombros e com pelos bastante proeminentes adornando seus braços, como se fosse um autêntico lobisomem.

 

- Sinta isto, sua desgraçada! – Bradou Lobo Negro, revelando suas presas caninas – LA BÊTE!

 

Com um sotaque francês, o renegado começou a contorcer o seu próprio corpo, como se estivesse passando por uma transformação completa. Os músculos dos seus braços crescem exponencialmente, adquirindo uma coloração enegrecida. Toda a proporção do seu corpo se viu afetada pela mutação, conquistando uma compleição física de quase o triplo do seu tamanho natural. A cor da sua pele ficou completamente negra, suas orelhas cresceram e se arrebitaram como as de um lobo. De sua boca escorria uma espessa saliva, como a de uma besta insaciável.

 

Pavão se assustou com aquela técnica e saltou para trás, tentando se afastar, quando sua mobilidade foi prejudicada por algo que enroscou-se em seu pé esquerdo. Era uma corrente com uma maça de ferro repleta de espinhos em sua composição. Cérbero Negro se aproximava, imponente e com um sorriso de vitória estampado nos lábios.

 

Droga... Preciso fazer alguma coisa.... – Novamente Gioca desviou seu olhar para Tau, que se elevava continuamente. A atenção dividida prejudicava seu desempenho em batalha.

 

Lobo Negro fechou seu punho direito e aplicou um potente soco no rosto da Amazona, trincando completamente sua máscara. Foi arremessada a uma longa distância, porém antes mesmo de cair no solo, foi atingida por um chute diretamente nas suas costas, aplicado pelo Cavaleiro Negro de Compasso, que gritou em seguida:

 

- AGORA!

 

Enquanto o corpo de Gioca subia pelos céus, um trio de Cavaleiros Negros uniu seus braços e os entrelaçou, formando um círculo em volta da Amazona de Atena.

 

- HOUSING ARGO!!!! – Bradaram os Cavaleiros Negros de Bússola, Popa e Vela.

 

Uma grande explosão se formou nos céus. Tau sorriu ao perceber que suas peças haviam cumprido com seu objetivo.

 

Os renegados desceram ao solo e se reuniram com o Cérbero, Andrômeda e o Lobo, que preservava sua transformação. Comentaram a respeito de não sentirem mais o Cosmo de Gioca e que com isso, estariam livres para escaparem da Ilha da Rainha da Morte.

 

Gargalhadas entre eles podiam ser ouvidas quando a fumaça originada da explosão começou a se mover de maneira estranha.

 

- O-O que é isso? – Indagou Bússola Negro, espantado com o fenômeno.

 

- Não pode ser... Não há modo de escapar do nosso Housing Argo aplicado a tão curta distância! – Exclamou Popa, incrédulo.

 

Foi quando a fumaça começou a ganhar contornos próprios e finalmente adquiriu o formato de um imponente Pavão.

 

- Ela está viva!!! – Gritou Cérbero, e todos os Cavaleiros Negros decidiram atacá-la em conjunto.

 

Uma forte ventania assoprou a concentração de fumaça que assumiu a figura de um pavão e subitamente todo o ambiente se modificou. Estavam todos agora diante de um belíssimo céu estrelado, onde apenas a constelação protetora de Gioca se sobressaia diante das demais estrelas.

 

- Vocês realmente acham que eu não conheço as habilidades de vocês? – Uma voz feminina se fez presente. Infelizmente ela era muito conhecida pelos renegados – Ou que eu não sei de nada do que acontece nesta Ilha da Rainha da Morte?

 

- Ataquem-na!!! – Bradaram quase em uníssono os rivais da antiga companheira de Manigold.

 

Surge Gioca, materializando-se diante de sua constelação, com os braços preparados para execução de uma de suas técnicas menos utilizadas.

 

As caudas de pavão surgiram às suas costas instantaneamente, em resposta à proporção cósmica que estava sendo atingida naquele instante.

 

- EXORCISMO DE ROMPIMENTO!

 

Uma forte rajada de energia cósmica foi emitida de sua mão direita e atingiu diretamente a todos os seus adversários, que com o impacto foram arremessados bruscamente contra o solo.

 

A imagem do universo se desfez e Gioca direcionou seu olhar especificamente para os Cavaleiros Negros. Todos estavam caídos no solo, inconscientes, porém não mortos. A natureza desta técnica combina duas especialidades – O ataque físico, que nocauteia instantaneamente o oponente se atingido, e o ataque psíquico, visando libertá-lo de qualquer influência que seu algoz estiver sofrendo naquele instante, seja controle mental ou possessão.

 

Ao visualizar as expressões dos traidores, percebeu que suas feições estavam do modo como costumava se recordar deles. Não estavam mais controlados.

 

Um suspiro de alívio foi emitido pelos seus lábios, até que finalmente se lembrou do real inimigo.

 

Quando virou seu olhar, era tarde demais.

 

Tau havia conseguido romper os Selos de Atena que envolviam a Ilha da Rainha da Morte. E então todas as peças se encaixaram.

 

Então foi por isso que os Cavaleiros Negros foram vencidos tão facilmente... Ele apenas ganhou tempo com eles enquanto focava suas energias na libertação daquela névoa!

 

- Achou mesmo que iria conseguir vencer todos aqueles homens se eu estivesse realmente focado em controlá-los? – Questionou Tau, percebendo que sua adversária havia notado suas verdadeiras intenções – Eles serviram ao meu propósito, como os humanos devem fazer. Afinal, não passam de meros peões diante de criaturas como nós.

 

O Aeon abriu seus braços e Bulma o abraçou, envolvendo-o completamente na névoa. Gioca estava incrédula, sem saber como reagir mediante aquilo. Sentiu-se culpada por não ter sequer suspeitado de que a intenção de Tau era distraí-la com aqueles guerreiros e assim focar em libertar sua parceira.

 

Preciso derrotá-lo... É minha responsabilidade.... – Jurou a Amazona de Prata, pressionando seus punhos com força e determinação.

 

Aos poucos a névoa desapareceu completamente, absorvida pelo corpo físico de Tau.

 

- Então tente... – Respondeu o Aeon, lendo a mente da guerreira.

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CAPÍTULO 14

 

 

Unity abriu os olhos lentamente e viu um grande terreno de neve derretendo. Sentia seu corpo se recuperar lentamente, ao mesmo passo em que uma energia cálida percorria o local ao redor. Não sabia quanto tempo permanecera desacordado, nem o que ocorrera. Sua mente aos poucos retomava o raciocínio e, com ele, o nervosismo… o Arconte! Outro intruso! Um atentado!

 

 

O graadiano colocou a mão no chão e ergueu o pescoço. O tal Adonaios mantinha um olhar sombrio, recheado de ódio e amargura, mas com uma tonalidade de temor. O invasor mantinha os olhos dourados retos, sem se curvar ou mover um músculo em direção ao Arconte.

 

 

– Maldito! Como os Aeons vieram até aqui? – Adonaios pronunciava cada palavra com raiva e Unity percebeu uma perda na expressão confiante que o Arconte produzira quando o atacou.

 

 

– Presencio um medo na tua voz, ser inferior. – o dito Aeon fechou os olhos e deu um passo imponente para frente. – Normal, qualquer ser que esteja diante de Psi e de sua contraparte deverá se curvar.

 

 

Unity arregalou os olhos ao ouvir aquela informação. Sabia que os Aeons formavam pares: um feminino e um masculino. Se o que Psi dissera era realmente verdade, então onde estaria a tal contraparte?

 

 

– Vocês criaram Demiurgo… e depois por consequência a todos nós. – Adonaios recuou, não conseguindo esconder o medo que sentia. – Vocês nos abandonaram, e agora querem que voltemos ao Pleroma! Querem acabar com toda a nossa existência!

 

 

– Os seres inferiores voltarão para Sophia para serem renovados. Não há nada de errado nisso. – Psi ergueu o braço, gerando um anel brilhante ao redor da mão. – Apenas se submetam e aceitem!

 

 

O anel se expandiu rapidamente e desapareceu. Unity ouviu um gemido em seguida. Adonaios se debruçava no chão, com aquela massa circular ao redor do corpo. Parecia estar realmente sofrendo.

 

 

– PARA COM ISSO! – o graadiano se ergueu, com as forças renovadas, mas o Aeon pareceu não se mover.

 

 

– Então o Legado está indignado com o que estou fazendo com esse ser? – pronunciou Psi ainda de costas para Unity. – O mesmo ser que há pouco tempo estava disposto a matá-lo.

 

 

Unity mordeu os lábios e concordou em silêncio. Por que haveria de proteger Adonaios? Os Arcontes estavam fazendo o impossível para matar os

Legados e ele era um deles. Não poderia permitir que eles continuassem com o rastro de sangue que queriam formar.

 

 

– Finalmente entendeu? – Psi ergueu a mão novamente, fazendo com que o anel brilhante se apertasse ainda mais no pescoço de Adonaios.

 

 

O Arconte deu mais um grito agudo, fazendo com que Unity voltasse para a realidade. Aquele era um grito humano, um lamento de uma criatura que

está desesperada para continuar viva. Por mais que os meios dos Arcontes fossem questionáveis, eles estavam tentando impedir uma injustiça e uma soberba divina. Não conseguia deixar de sentir empatia.

 

 

– PSI! – o graadiano gritou e se postou para frente, com um grande espírito de luta.

 

 

A energia cálida rodeou Unity e, tomado por uma força de vontade incrível, ele avançou os punhos e golpeou as costas de Psi, antes que o mesmo pudesse fazer qualquer coisa.

 

 

Unity recuou o braço e olhou para baixo. Não havia conseguido nada. Psi pigarreou um suspiro, abaixou os dois braços e libertou o Arconte.

 

 

– Então mesmo a energia que recebeste da minha contraparte não é o bastante para despertar o Legado. – Psi se virou, fazendo com que seus olhos dourados brilhassem. – Ou a força que ela roubou desse Arconte é muito fraca, ou então… tu não mereces ser o Legado!

 

 

O antigo Guerreiro Azul deu um passo para trás, enquanto a mão do Aeon se levantava. Adonaios, ainda no chão, olhou para cima com uma expressão impressionada. Unity gritava, enquanto a energia cálida ao redor se convertia em estacas de calor e perfurava o seu corpo.

(~~~~~~~~~~~~~~)

 

 

– O Grande Mestre Shion? – questionou Kyle, um pouco desconfiado. – Mas o que ele fez?

 

 

– Shion acreditou em mim quando eu estava abandonada, tratada como um monstro. – Astaphe colocou a mão direita no rosto, enxugando as lágrimas que começavam a cair. – Ele me tratou como uma igual. Permitiu que eu fosse uma humana. Por isso preciso protegi esse vilarejo.

Danae olhou para a Arconte. Havia algo oculto por detrás daquela beleza inestimável. A amazona sabia, por algum motivo, que aquelas palavras escondiam uma verdade muito maior. Parecia que o sofrimento descrito por ela talvez fosse mais elevado do que ela resumira.

 

 

– O Santuário está sofrendo ataques de seres desconhecidos e agora apareces dizendo que estás em gratidão? – rosnou Kyle. – Somente por Shion tê-la deixado viver aqui com os demais humanos? Essa história está muito estranha!

 

 

– Eu não culpo por não acreditar em mim! – Astaphe suspirou entristecida. – Se vocês ainda conhecessem meus companheiros… talvez a confiança fosse menor ainda.

 

 

A Arconte se virou, pronta para deixar o local sob os olhos recriminadores de Kyle, quando um grito a interrompeu:

 

 

– ESPERA! – Danae se aproximou da Arconte e colocou a mão no ombro dela. – Astaphe, não é? Eu sinto muito, mas não podemos confiar plenamente em ti. Nosso dever é proteger o mestre e a Atena. No entanto, há uma maneira melhor de mostrar a gratidão.

 

 

Astaphe ficou de frente para a amazona de Perseu, com uma expressão ainda distante. Danae fitou aqueles olhos negros e se impressionou ainda mais com a beleza da Arconte.

 

 

– E o que vocês querem? – perguntou Astaphe.

 

 

– Nos conta tudo que sabes! – pediu Danae. – Nos diga quem são esses inimigos e como podemos derrotá-los.

 

 

Astaphe arregalou os olhos. Sua expressão de espanto era complementada pelo silêncio. Parecia incapaz de pronunciar qualquer palavra. Danae fitou-a com um ar compreensível, já imaginando essa reação.

 

 

– ELA NÃO CONTARÁ NADA! – pronunciou uma voz grave no ar.

 

 

Um guerreiro de cabelos azuis e olhos de mesma cor emergia dos destroços. Possuía um ar furioso e indignado.

 

 

– Eu sou Elohim, um dos Arcontes! – pronunciou o ser. – Vim resgatar Astaphe e acabar com todos os cavaleiros para que o legado de Atena não seja passado para frente.

(~~~~~~~~~~~~~~)

 

 

Unity deu um último suspiro e caiu no chão sem neve, derretida pelas estacas de calor que o destroçava. Entendera finalmente o que havia acontecido.

 

 

A energia cálida que o rodeava não era uma manifestação do seu cosmo. Era a contraparte de Psi, que o mantinha vivo ao mesmo tempo em que drenava a força do Arconte. No fim, era mais um peão nas mãos do Aeon e morreria nas mãos dele. Era tão somente… um humano.

 

 

– Por que o Legado foi morto? – a voz de Adonaios era pronunciada cada vez mais silenciosa aos ouvidos de Unity. – Por que o senhor viria aqui me impedir de fazer o que acabou de fazer?

 

 

Psi fechou os olhos e um sorriso surgiu nos seus lábios, fazendo com que Adonaios ficasse ainda mais intrigado.

 

 

A mente de Unity viajou distantemente. Estava diante de um local sombrio, onde várias pessoas marchavam em direção a um monte. Pela cultura que

havia estudado, sabia onde estava e não acreditava. Era o Yomotsu Hirasaka.

 

 

– Eu vou morrer? O Reino de Hades está me chamando por todo o mal que eu fiz?

 

 

Os olhos de Unity ficaram secos e de repente, seus pés começaram a se mexer sozinho. Estava sendo atraído para aquela colina.

 

 

Unity tentou se mexer, mas não conseguia. Por mais que sua mente estivesse sob seu controle, seu corpo não era mais seu. Estava caminhando em direção à morte e seu destino era único.

 

 

– Não! – afirmou Unity, conseguindo parar os pés. – Não vou morrer! Eu não posso morrer! Preciso ainda viver porque a minha missão não acabou… POSEIDOOON!

 

 

Uma forte energia rodeou o graadiano e, rapidamente, ele caiu no chão aliviado. Sentia novamente os membros lhe obedecerem.

 

 

– Muito bem! – pronunciou uma voz no céu. Unity ergueu o pescoço e seus olhos se arregalaram.

 

 

Era uma entidade com o corpo esbranquiçado, longas barbas e um tridente nas mãos. Unity reconheceu rapidamente a figura e, como sinal de respeito,

se curvou.

 

 

– Imperador Poseidon!

 

 

A tua perseverança reanimou o seu espírito de guerreiro e libertou uma parte da minha alma que estava na ânfora. – continuou o Deus dos Mares.

 

Agora usa esta minha alma para defender… o meu LEGADO!

 

 

Poseidon ergueu o tridente e apontou para a alma de Unity. O graadiano sentiu uma grande pressão e abriu os olhos.

 

 

Estava novamente no terreno onde fora atacado, diante do Aeon e do Arconte. Usando sua energia, Unity se levantou, deixando Adonaios impressionado. As feridas causadas pelas estacas se curavam por pequenos corais que emergiam do corpo do graadiano.

 

 

Antes que seu corpo estivesse totalmente curado, Unity ergueu o dedo. A urna dourada se abriu e logo as escamas grudaram em seu corpo.

 

 

– Eu sou Unity de Dragão Marinho! Carrego o Legado de Poseidon no meu corpo e, com ele, acabarei com vocês.

 

 

 

Editado por Nikos
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Capítulo 12 de Mark

 

Gostei deste capítulo centrado na personagem exclusiva do gaiden de Manigold, a Gioca e como ela foi escolhida para ser a Amazona de Prata de Pavão, antes já tinha comentado sobre isso.

 

Mas agora, vejo que ela sofreu a influência por parte estética da Armadura elegida por Saintia Sho e do golpe dos Mil Braços por parte de Shiva, a personagem filler do clássico. Usando estas três ideias deu isto.

 

Estou gostando da ideia que estão desenvolvido sobre os Arcontes na sua identidade própria, desde a sua origem por detrás como a sua fonte de energia sendo a Gnose como um cosmo e toda a sua hierarquia por detrás, meus parabéns.

 

Agora resta descobrir mais tarde o que irá acontecer com ela por causa dos Cavaleiros Negros.

 

Abraços!

 

Capítulo 13 de Gustavo lido.

 

Gostei da sua continuação como também do desfecho dos Cavaleiros Negros controlados, não admira o porquê desta constelação ter sido acertado, uma vez que já suspeitava que teria a sua influência através do budismo em termos do exorcismo, Gioca mostrou o porquê de ser a protectora e também a mais forte desta ilha infernal, a sua missão continuou a ser a mesma.

 

Agora, tem uma ainda maior, enfrentar um Arconte que é mais poderoso do que um dourado.

 

Meus parabéns e abraços!

 

Capítulo 14 de Nikos

 

Agora foi a vez de Unity e como ele enfrentou a Psi e o Adonaios, estes seres são completos em termos de terem a união entre os dois sexos, que interessante.

 

Por um lado, entendo a situação dos Cavaleiros, a ajuda dela é muito suspeita, porém grande opiniões divergem, mas os fatos falam mais alto por causa do ataque que aconteceu na aldeia e a morte dos Cavaleiros.

 

Por um lado, Unity compreende bem a ameaça dos Arcontes e como a ajuda de Poseidon é mesmo bem indispensável, abraçando a Escama mais uma vez.

 

Abraços, mon ami!

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