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Crossover BW x SP x A x ER


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Crossover

Bloody War X Saga de Pallas X Atlântida X Era do Ragnarok

Capítulo 01 – A Supremacia guerreira

Terra Tertium, denominada assim numa ordem do multiverso recorrente de uma à outra.

 

Neste planeta no século XIII do calendário gregoriano foi assombrado por uma promessa de uma recompensa, na qual deuses de diversas mitologias, panteões, tribos, culturas e cidades guerreavam entre si.

 

O continente africano estava devastado por causa de dois combatentes, somente este duo que conseguiram dizimar uma tribo de Zulus que cortavam suas cabeças para ganharem moedas de ouro por cada uma que recolhiam.

 

- Eis, irmão! Quantas cabeças temos? Já perdia a conta! – Dizia o mais novo.

 

Este era um Berserker de Ares, seu nome?

 

Ema de Jamadhar, um integrante do Batalhão de Flogios. Usava um manto escarlate chamado Raseri, e a sua arma era uma adaga de origem de um país do médio oriente. Este grego de porte físico médio com cabelos negros médio enfrentava um Vegter, um guerreiro escolhido pelo Orixá guerreiro, Ogum, sem cabeça.

 

- Vendo bem este monte, é impossível carregar todas estas cabeças! – Ria-se o mais velho.

 

O outro era Kokalo de Bhuj, do mesmo batalhão, mais alto, forte e longos cabelos. Usando uma arma que era conhecida como uma faca machado na sua terra natal. Sentado num monte de corpos decepados. Conhecidos pelos Irmãos Calamidade, eram temíveis e poderosos.

 

Do nada surgiu uma névoa misteriosa com quatro indivíduos, este quarteto olhava ao redor e aos poucos se formava uma imagem e uma reação foi tomada imediatamente.

 

O primeiro era um homem cretense com um grande físico, mas um pouco exagerando. O segundo era uma mulher bem madura, esbelta e maior do que o primeiro. O terceiro era ainda maior que os dois, mas ruivo com uma longa cabeleira e menos músculos em comparação ao outro e o quarto era o que destonava e diferença por causa de uma proteção de origem e também o lugar de onde vinha.

 

Eram Dédalo de Touro, Mary de Caranguejo, Ras de Leão e Nimbul de Hraeslsveg.

 

As Armaduras de Ouro ressonavam umas com as outras, provando que as dúvidas tinham de desaparecer, mas cada um permanecia na desconfiança. Porém, o único era Nimbul que ainda estava mais confuso. Olhou à sua volta e não via mais nada para além de destruição, sangue, chamas e um cheiro a cadáver fresco, avistou dois deles a uma distância segura.

 

- Ei irmão, aqueles três não…

 

- Cavaleiros de Atena! – Completou Kokalo a frase dele.

 

- Mas o Gold Slayer não os matou a todos? – Perguntava Ema entusiasmado.

 

- Pelo que vejo não passava de uma fama exagerada que matou toda a elite de Atena, esta é uma excelente oportunidade para a nossa reputação e uma recompensa ainda maior. Ema, esqueça essas cabeças sem valor, temos peixes maiores para pescar! – Incentivava Kokalo ao brandir a sua lança.

 

O mais novo batia as lâminas ao produzir faíscas e ainda um cosmo sedento de sangue que manifestava em conjunto como uma chama semelhando uma tocha humana, o trio dos dourados mal reparou nestes dois, ninguém tinha dirigido a palavra sequer.

 

O Guerreiro Divino de Thor chamou a atenção deles.

 

- Agoges de Ares? Eles estão aqui? – Perguntava o confuso Dédalo.

 

O resto se surpreendeu com a identidade descoberta daquele duo, porém os irmãos ficaram desordenados.

 

- Somos Berserkers, Cavaleiro de Atena! – Corrigia Ema furioso.

 

O portador da Jamadhar movia-se rápido e veloz contra Dédalo, porém o Dourado esquivava daqueles ataques cortantes mostrando-se um guerreiro experiente e preparado para isso. Segurou pelas manobras e deu uma cabeçada no meio da testa, a resistência anormal de Ema não surtiu efeito, embora tenha mantido a distância entre eles.

 

- Mas servem o Brotoloigos Ares, não é verdade? – Perguntava Dédalo.

 

- Falas de uma maneira muito estranha! Tens uma força bruta, apesar de eu ter a cabeça dura. Sinto dor, terei muito gosto em matar e levar essa cabeça e a tua Armadura como prova! – Alegrava Ema que emanava um cosmo forte.

 

O portador de Jamadhar elevou os braços para o ar, uma tempestade de fogo se formou ao comando dele, atirou contra o inimigo para o incendiar.

 

- Nenhum inimigo sobrevive contra a minha Cremation Storm (Tempestade de Cremação)! – Vangloriava Ema bem confiante.

 

Dédalo foi apanhado no centro da tempestade, uma poderosa chama o rodeava que queimava tudo à sua volta.

 

Ras e Mary observavam o combate, um deles pretendia entrar no combate. Mas o golpe do irmão mais novo foi parado com um movimento da mão direita de Dédalo que escapou ileso.

 

- Impossível! A minha técnica jamais falhou! – Negava Ema ao desacreditar no que seus olhos viam.

 

- Eu também controlo o fogo e esta tempestade não é nada! Nunca enfrentaste um Cavaleiro de Ouro não é verdade, Agoge? – Ironizava Dédalo ao provocar.

 

Mary aproximou do cretense.

 

- Estás bem? – Perguntava Mary preocupado.

 

- Sim, Amazona de Cancer. Agora que reparei, é mais alta do que eu! – Dizia o descontraído Dédalo.

 

Ela não acreditava em duas coisas: o fato de ele falar de uma maneira engraçada que lembrou-se daquela vez que conheceu Elen de Cancer a sua antecessora e sobre o quanto relaxado era não acreditando no que via.

 

- Por acaso conhece a Elen de Caranguejo? – Perguntava Mary curiosa.

 

O Touro arregalou seus olhos ao ouvir o nome da sua companheira, várias perguntas tomaram conta da mente e distraiu-se do combate.

 

Ema recorria pela distração de ambos ao incinerar a lâmina da sua katar com recurso de seu cosmo flamejante, porém a rapidez de Ras impediu que ambos fossem feridos.

 

- Agoge ou Berserker é irrelevante para mim, sendo um homem de Ares. É uma prova que é um adversário que deve ser levado muito a sério. Cavaleiro de Touro e Caranguejo, o meu nome é Ras. E este é o meu golpe: Cápsula do Poder. – Dizia Ras com a sua pouca paciência.

 

Leão disparou uma bola de cosmo que criou um vácuo em contacto com o corpo de Ema que recebeu vários golpes na velocidade da luz, a Raseri dele resistia bem, mas fragmentou um pouco, esbarrou no chão com a violência do ataque.

- És bem poderoso, Ras. O meu nome é Dédalo e a senhora ainda não disse o seu a nós. – Perguntava Touro para ela.

 

- Mary. Dédalo e Ras, sabem onde estamos e como viemos parar aqui?

 

A questão dela provocou uma dúvida em sintonia.

 

- O que mais me deixa preocupado é aquele guerreiro que nem é um Cavaleiro e pergunto se é um amigo ou inimigo. – Observou Ras.

 

- Vou interrogar pessoalmente este guerreiro de Ares. – Tomava Elen como iniciativa.

 

Do dedo de Elen, várias massas ectoplasmáticas se formavam ao redor do indicador direito. O corpo de Ema estava caído no chão, mas consciente da situação, ele via ao seu redor que sentia uma extremamente leveza de peso, flutuava no céu.

 

- O que está a se passar? Como consigo ver o meu próprio corpo? – Questionava Ema sem perceber de nada.

 

- Estás sobre a influência da minha técnica, a Sekishiki Meikai Ha (Ondas do Inferno). Tenho algumas perguntas a fazer-te e senão me responderás, irei enviar para o Yomotsu de onde não sairás de lá vivo. – Ameaçava Mary.

 

- Manda-me de volta para o meu corpo, sua rameira! – Injuriava Ema.

 

A Amazona odiou aquela ofensa, abriu um buraco espiritual e mandou as outras almas a puxarem a do Berserker para dentro.

 

- Espera um momento, Mary! – Pedia Dédalo ao tocar no ombro dela. – Confesso a tua raiva em relação a ele, mas não percas a tua postura por causa dele.

 

Ela cedeu ao pedido, lembrava do seu amigo Elnath de Touro que estava preso no Cabo Sounion.

 

- Viste do que ela pode fazer e é a única que pode devolver ao teu corpo, portanto eu sugiro que respondas…

 

- Prefiro a morte do que esta tortura que humilha o meu orgulho de guerreiro! – Exclamava Ema furioso.

 

A raiva do Berserker incrementava ao observar que mesmo a sua alma ganhava uma cor escarlate e o impossível estava a acontecer, Mary perdia o controlo da sua própria técnica, Ema manifestava uma vontade insana de voltar para seu corpo físico.

 

- A sua vontade é maior do que a minha técnica que manipula matéria espiritual, estou perdendo controlo…

 

A concentração de Mary foi rompida e assim a alma voltou para o seu lugar, queimava mais intensivamente como se fosse um incêndio que levantava, a sua energia cósmica parecia apalpável e seus olhos avermelhavam.

 

- Despeçam desta vida, Cavaleiros! Magma Rheo (Magma Reodo)

 

Com o balançar das lâminas, lançou uma pasta de lava quente para os pés de Ras e Dédalo e as mãos d Mary, sentiam o calor da massa que secou rapidamente ao formar uma rocha elástica que não se podia partir. Os dois caíram por causa do equilíbrio, enquanto Mary meteu-se no meio deles para os proteger.

 

- Esta coisa não se despega, que rocha esquisita! – Comentava Dédalo ao tentar desvencilhar dela.

 

Do outro lado, uma luta bem disputada ocorria. Nimbul versus Kokalo, machado versus lança e Guerreiro Divino versus Berserker, nenhum dos dois ainda recorreu às suas técnicas ofensivas. Cada um mostrava a sua mestria no manejar da sua arma.

- Não esperava mesmo de um Einherjar de Odin! A vossa força rivaliza com a nossa, mas a vitória sairá para Ares com o Báculo de Niké que estava abençoado! – Vangloriava Kokalo com seu cosmo bem ativo.

 

- Eu sou um Guerreiro Divino de Thor! O que sabes sobre nós, Berserker?! – Perguntava Nimbul sério.

 

- Pelos outros como eu que lutam contra vós no norte de Europa pela posse de uma arma suprema que o vencedor poderá usar e este vencedor não será outro senão Ares, o Lorde da Guerra! – Explicava o portador da Bhuj.

 

Para Nimbul, uma esperança o encheu em poder ver novamente o seu deus, naquele que sempre confiou. Um acréscimo de cosmo percorreu todo o corpo do portador da Soulthril para além de umas faíscas eléctricas que manifestavam e se concentravam no machado, um preparo para uma das suas técnicas poderosas.

 

- Vou acabar com isto agora, Eagle Rising (Águia Ascendente)

 

Nimbul pronunciou o nome do seu golpe, enquanto criou um arco elétrico que lançou contra o adversário criando uma torre de eletricidade em torno dele, sendo bombardeado por rajadas, o suficiente para o incapacitar, Kokalo caiu de cara no chão.

 

O Guerreiro Divino antes de partir olhava para a situação do trio dourado, ele sabia que eles nada tinham a ver com que o momento se passava, porém ele estava dividido na sua mente por uma ferida que cometeu como líder. Lembrando de como era visto cheio de expectativas por seu potencial, normalmente não cedia às suas emoções, uma razão dentro de si deixava-o num dilema entre dever de um guerreiro e um ser humano, qual ele escolheria. Recordava que enfrentou os irmãos Shun e Ikki que eram igualmente Cavaleiros.

 

- Acabou-se! Não há salvação para vós, Cavaleiros! A vossa cabeça é minha! – Finalizava Ema com um sorriso de satisfação doentia.

 

O seu punho foi segurado por Nimbul.

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Olá Saint!

Crossover movimentado! Já começou com uma (ou duas) batalha entre integrantes de Áries e os membros das fanfics.

Achei que eles começaram a se enfrentar muito rápido. Mas entendi que foi a ação dos bersekers que os obrigou a isso, então não considero como uma crítica.

Achei o Ema muito owerpower. Meu, conseguiu enfrentar três cavaleiros de ouro juntos. Mary divou na luta, mas o bersekers motrou uma força de vontade maior.

Nimbul aparece no fim para salvar a galera!

Legal que teu capítulo lembrou bem o gaiden do Defteros, com a parada lá das cabeças! Veremos como isso vai dar!

Acho que esses dois bersekers são aperitivos. Duvido que sejam os vilões da trama! Acho que tem algo muito maior!

Abraços então e parabéns mais uma vez pela iniciativa

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Olá Saint!

 

Crossover movimentado! Já começou com uma (ou duas) batalha entre integrantes de Áries e os membros das fanfics.

 

Achei que eles começaram a se enfrentar muito rápido. Mas entendi que foi a ação dos bersekers que os obrigou a isso, então não considero como uma crítica.

 

Achei o Ema muito owerpower. Meu, conseguiu enfrentar três cavaleiros de ouro juntos. Mary divou na luta, mas o bersekers motrou uma força de vontade maior.

 

Nimbul aparece no fim para salvar a galera!

 

Legal que teu capítulo lembrou bem o gaiden do Defteros, com a parada lá das cabeças! Veremos como isso vai dar!

 

Acho que esses dois bersekers são aperitivos. Duvido que sejam os vilões da trama! Acho que tem algo muito maior!

 

Abraços então e parabéns mais uma vez pela iniciativa

Yo Nikos!

 

Exato, um momento ainda mais drastico e cheio de ação do que o anterior e desta vez começou com adversários "oficiais"!

 

Mediante de tal cenário, foi uma das várias escolhas que tive de o fazer e não me arrependo desta.

 

Quis mostrar e dar muito enfase e importância a um Berserker, mostrando o porque de serem tão destemido e sanguinários, daí que seu exagero foi feito.

 

Estou tentando respeitar todas as nuances e características de cada personagem, jamais deixados que umas brilham mais do que os outros.

 

Não podia os deixar de fora e ainda me resta muitos guerreiros pela frente e dando muito que falar e mostrar.

 

Espera um pouco mais.

 

Abraços e muito obrigado pelo teu comentário, mon ami!

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  • 3 semanas depois...

Muito bom bom voltar pro forum e ver um Crossover entre fanfic's aqui! Muito bom.

 

Sabe o que é mais engraçado? Essa semana estava pensando "Comprei o meu carregador e já não estou sem pc, por isso vou voltar a escrever..." Parei para pensar em muitos temas, até que cheguei num. Era mais ou menos a esta tua ideia. Um multiverso. Só que o porque de todos se juntarem e bem diferente!

 

Ainda bem que não sou o unico a ter ideias bem diferenciadas XD

 

Agora ao capitulo.

 

Bem, fui apresentado a uns personagens que eu não conhecia, até pk eu só lia a tua e a do Gustavo, mais assiduamente. Isso ja e o suficiente para me fazer querer ler as outras. Principalmente a do Nikos que eu comecei mas parei depois. (Aproveito para prometer que vou me atualizar na fic de todos)

 

Gostei de logo no inicio de porradaria. Quero ver como eles vão se comportar tendo em vista que são personagens de varios universos e tempos bem diferentes, vai ser interessante.

 

Mary foi incrivel, Dedalos também. Me lembro pouco dela, mas foi o suficiente para me acender a chama e voltar a le-la.

 

Os cavaleiros de ouro se mostraram bem superiores, assim como o guerreiro de Asgard, em relação aos dois viloes, meio que não os senti precionados, tirando quando a Mary perdeu o controle da Alma da Ema. Mas meio que foi por causa do cavaleiro de touro.

 

Quero ver como vai ser o final.

 

Forte abraço Mystic

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Muito bom bom voltar pro forum e ver um Crossover entre fanfic's aqui! Muito bom.

 

Sabe o que é mais engraçado? Essa semana estava pensando "Comprei o meu carregador e já não estou sem pc, por isso vou voltar a escrever..." Parei para pensar em muitos temas, até que cheguei num. Era mais ou menos a esta tua ideia. Um multiverso. Só que o porque de todos se juntarem e bem diferente!

 

Ainda bem que não sou o unico a ter ideias bem diferenciadas XD

 

Agora ao capitulo.

 

Bem, fui apresentado a uns personagens que eu não conhecia, até pk eu só lia a tua e a do Gustavo, mais assiduamente. Isso ja e o suficiente para me fazer querer ler as outras. Principalmente a do Nikos que eu comecei mas parei depois. (Aproveito para prometer que vou me atualizar na fic de todos)

 

Gostei de logo no inicio de porradaria. Quero ver como eles vão se comportar tendo em vista que são personagens de varios universos e tempos bem diferentes, vai ser interessante.

 

Mary foi incrivel, Dedalos também. Me lembro pouco dela, mas foi o suficiente para me acender a chama e voltar a le-la.

 

Os cavaleiros de ouro se mostraram bem superiores, assim como o guerreiro de Asgard, em relação aos dois viloes, meio que não os senti precionados, tirando quando a Mary perdeu o controle da Alma da Ema. Mas meio que foi por causa do cavaleiro de touro.

 

Quero ver como vai ser o final.

 

Forte abraço Mystic

Yo Thalis, como estás?

 

É bom ver-te por aqui, sabes este crossover é o quarto na sua ordem a ser feito, pois englobou em várias terras ao usar o conceito que vi no universo de DC principalmente no filme animado chamado a Crise das duas Terras, só que é um conjunto de dentro de dois universos chamados ficworlds.

 

Tu e eu somámos dois.

 

Este crossover tem quatro fics juntas, embora somente um personagem de cada: Dédalo de Taurus de Saint Seiya Era Mitológica Bloody War, Mary de Caranguejo de Saga de Pallas, Ras de Leão de Atlântida: Conto dos Renegados e Nimbul de Hraelsveg da Era de Ragnarok e seus respectivos autores: Saint Mystic, Gustavo Fernandes, Nikos e Fimbul.

 

O início foi muito sangrento e cheia de ação e muita pancadaria, o difícil é fazer com que todos têm a sua devida participação e importância e também dar a história para os originais desta.

 

Esta guerra é inspirada num prémio suprema em que todos (ou quase) lutam para obtê-la a todo o custo.

 

Muito obrigado, abraços e espero que continuas a ler esta.

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  • 2 meses depois...

Capítulo 02 – Aliança entre desconhecidos

 

Ema olhava para o infeliz que segurou o punho que iria ceifar a vida dos Dourados, o seu adversário era muito maior do que ele. A diferença entre tamanhos não intimidava o Berserker de Jamadhar, cruzou a manopla esquerda para o atingir no rosto, Nimbul se distanciou dele.

 

De trás dele, Kokalo gerou turbilhões de lava ao manejar a sua arma Bhuj que tinha o guerreiro nórdico como alvo, a famosa Lava Predatory (Lava Predatório), mas ele falhou pois Nimbul ascendeu aos céus como um falcão graças às suas asas na Spirithrill, em seguida executou um mergulho ao brandir seu machado para libertar os Cavaleiros da rocha que os perdia com o recurso da eletricidade.

 

- Muito obrigado pela tua ajuda! – Agradecia Mary.

 

Num momento inesperado e invulgar, o Cavaleiro de Leão tombou no chão como se estivesse morto, isso preocupou Dédalo que estava mais perto dele.

 

- Ras!!! Acorda! Não é o momento para dormires no meio da luta! – Chamava Touro ao tentar despertá-lo.

 

Ema aproveitou esta oportunidade de ouro em atacar Dédalo distraído, porém o guerreiro da segunda casa do zodíaco não gostou da atitude cobarde dele e o afastou com um potente Great Horn (Grande Chifre) que trinchou a Raseri de Jamadhar no peitoral até à cintura.

 

- Cobarde! Atacas quando alguém está indefeso e incapaz de levantar seu próprio punho! – Gritava Dédalo ao elevar seu cosmo ao nível do sétimo que intensificou como uma chama dourada que transbordava, seus olhos brilhavam pela raiva que sentia por causa da deslealdade.

 

O Cavaleiro da Era Mitológica fechou os punhos e socou Ema forte e feio no peito, rosto e abdominal várias vezes ao deixar seu oponente num estado lastimoso, Kokalo não gostou do que viu e num acesso de raiva ele fincou a sua arma na terra e fez brotar do solo magma que explodiu de dentro das placas tectónicas, a técnica mais poderosa e fatal a Magma Explosion of Madness (Loucura da Explosão de Magma).

 

O magma cercava-o completamente, mas Dédalo preparou uma das suas técnicas, a famosa Santorini’s Explosion Eruption (Explosão Eruptiva de Santorini) que abriu grandes buracos que dividia entre aliados e inimigos e assim fez com que o golpe de Kokalo fosse engolido pela terra, enquanto Touro ficava no meio do acontecimento.

 

Mary e Nimbul estavam perto d Ras.

 

- Não é muito normal um guerreiro cair no meio da batalha assim do nada. – Observou Nimbul enquanto assistia a luta de Dédalo.

 

A Amazona de Cancer procurava indícios da queda do Leão, mas não encontrou nada que pudesse tirar uma conclusão concreta.

 

- Estes Berserkers como se referem, são muito perigosos, instáveis e imprevisíveis! Esta proteção que usas, parece que está acima das nossas Armaduras de Ouro! – Analisava Mary.

 

Nimbul olhava para o caído Ras e como Mary se preocupava em o proteger, lembrando da sua pupila, a Síbia de Tanngrisnir e a outra, a Inua de Kraken e os outros quatro: Raed de Ratatosk, Fimafeng de Gullinbursti, Donnar de Tanngnjostr e Utgard de Berserker.

 

O último dos Guerreiros Divinos de Thor conhecidos como Guerreiros do Relâmpago se lembrou-se do seu poder característico de Berserker, quanto mais furiosos estavam mais poderosos e difíceis se tornavam de vencer.

 

- Touro! Usa toda a tua força para acabares com ele, eleva o teu cosmo ao máximo! – Aconselhava Nimbul que gritava com os pulmões cheios de ar.

 

Dédalo escutou muito bem e fez crescer o cosmo ainda mais alto, retraiu os braços com os punhos fechados e os empurrou para a frente ao criar um impato de palmas abertas como o desembainhar da espada num movimento rápido, Great Horn (Grande Chifre) foi executado na sua máxima potência e numa onda dourada, pulverizou toda a Raseri de Ema assim como o corpo em pó completamente.

 

- Ema!! – Gritou Kokalo ao ter testemunhado a morte do seu irmão mais novo. – Malditos Cavaleiros de Atena! Magma Explosion of Madness (Loucura da Explosão de Magma)

 

O irmão mais velho lançou a explosão pela segunda vez, porém o Nimbul voou com as asas em baixo voo e o desarmou com o seu machado ao ter cortado pelos pulsos, agarrou o pela cintura até às nuvens negras que o atirou para o meio delas, elevou o cosmo ao nível divino para desencadear a sua técnica divina, aquela que era passado aos guerreiros mais devotos do deus do relâmpago, a Mighty Lightning. Nimbul exibiu as asas, usou o seu corpo como um condutor elétrico que armazenava uma grande força cósmica que atingiu Kokalo sem piedade, o dano foi tão potente que converteu-o em cinzas. Tal técnica que provocou um enorme gasto de energia, mas o pouco cosmo que Nimbul tinha possuía, era o suficiente para ele aterrar em segurança na terra.

 

- Parabéns! Pude sentir um cosmo de deus em ti! Espero que não sejamos inimigos daqui para a frente, Dédalo de Taurus! O teu nome? – Felicitava o Cavaleiro enquanto perguntava o nome dele.

 

O Guerreiro Divino de Thor estava sob um joelho no chão que arfava do esforço em aguentar, a ombreira dele estava segurada pela mão de Dédalo.

 

- Nimbul de Hraelsveg… - Respondeu um pouco cansado.

 

- Consegues pôr de pé? – Interrogava Dédalo preocupado.

 

- Sim! – Provou Nimbul ao levantar sem problemas.

 

Perto dos dois, um Vegter ferido e quase morto rastejava para ir ter com eles.

 

- Por favor… imploro-vos… salvem o Orixá Ogum…

 

Dito aquela frase com muito esforço, ele morreu diante deles.

 

Os dois ficaram a pensar no que aquele combatente ia crer confiar em estranhos, voltaram para Mary e Ras sem estarem com a ideia de ignorar o pedido de ajuda dele.

 

- Ele respira e não aparenta estar em perigo de vida! A sua alma ainda reside dentro do seu corpo. – Dizia Mary para não preocupá-los.

 

- Quando achas que ele irá acordar? – Perguntava Dédalo.

 

- Não sei! – Respondeu a Amazona imediato. – Mas agora que não estamos em combate, que mundo é este? Sinto energias cósmicas a extinguir a cada momento que passo aqui, cada alma que saí do corpo com sentimentos de raiva, dor, tristeza, impotência e vingança.

 

- Tens a habilidade de conversar com os espíritos? Já ouvi falar que os portadores de Caranguejo eram capazes disso e pude ver isso com os meus próprios olhos! – Falava Nimbul ao comentar.

 

- Há ainda uma questão essencial que tenho de fazer-te! – Dirigia Mary para o guerreiro de Thor. – Porque nos ajudaste?

 

Nimbul desviou o seu olhar dela para evitar que respondesse à pergunta, Dédalo interrompeu ao meter no meio deles.

 

- Então, Mary de Cancer! Não adianta preocupar-se com isso, eu acredito nele e se ele fosse um de abandonar, ele teria feito isso! – Dizia o despreocupado Dédalo com um sorriso no rosto.

 

A Amazona de Caranguejo não acreditava na despreocupação do Cavaleiro de Touro, ele parecia muito imprudente e irresponsável, porém não desviou da observação que ele tem a inquietação e o poder para proteger e ripostar como ele próprio fosse um touro enraivecido, uma pessoa muito diferente do seu amigo, Elnath que estava surpreso no Cabo Sounion, enquanto este acreditava em estranhos e tinha a confiança necessária para seguir em frente.

 

- Mas uma coisa me deixa inquieto! Aquele guerreiro negro que me faz lembrar do Cavaleiro de Aries do meu tempo, implorou que salvemos o Orixá, mas o que é um Orixá? – Interrogava Dédalo com grande dúvida ao coçar seu queixo.

 

- Um Orixá é uma pessoa ancestral que foi divinizado. – Respondeu Nimbul.

 

O Dourado da segunda casa do Zodíaco não percebeu nada.

 

- Quer dizer que uma pessoa se tornou um deus, Dédalo. - Explicou Mary melhor para ele.

 

- Vocês, os dois são tão inteligentes quanto Aposafi!- Elogiava Taurus. – Talvez este deus nos possa ajudar e depois podemos ir ao Santuário de Atena!

 

- Creio que isso não seja possível! – Cortava Nimbul para alegrar dele.

 

- Não queres dizer que…

 

- A vossa deusa Atena foi derrota pelo Ares e o Santuário inteiro está sobre o comando dele! – Contava Nimbul num tom sério.

 

- Impossível! Atena jamais perderia contra Miaiphonos Ares ou qualquer outro deus! – Negava Dédalo em acreditar no que ele queria dizer.

 

Mary manteve seu silêncio ao baixar a sua cabeça ao olhar no rosto adormecido de Ras, ele acordou ao ouvir a conversa abrindo os olhos devagar com a sua cabeça a latejar.

 

- Aconteceu outra vez… - Falava Ras em voz baixa.

 

Ras! – Dizia Mary contente por ele ter aberto os olhos.

 

O Cavaleiro de Leão levantou a tremer, procurava os dois Berserkers e não a via. Percebeu que tinham sido vencidos quando estava desmaiado.

 

- Ras! Explica-nos porque desmaiaste durante o combate contra aqueles Agoges! – Pedia Dédalo inquieto.

 

- Quando uso cosmo de uma forma excessiva e por muito tempo, a minha cabeça por dentro me doí muito, as dores são muitos fortes ao ponto de perder os meus sentidos. – Explicava Ras para todos.

 

Mary ponderou um pouco e apercebeu do que se tratava.

 

- Ele tem um tumor na sua cabeça! – Concluiu Mary.

 

- Ou conhecido como neoplasma, uma formação anormal de massa. Este tal Cavaleiro sofre um tumor cerebral, mas o dele parece ser benigno. Se fosse maligno, ele teria morrido há alguns anos e pela maneira como explicou é certo afirmar que ele vem de uma época anterior à tua, mais moderna do que a do Cavaleiro de Touro. – Especulava Nimbul com base em seus conhecimentos.

 

- Não percebi nada do que disseste e quem és tu? – Indagava Ras com um seu típico pavio curto.

 

- Ele é o guerreiro que nos ajudou, Ras! Ele se chama Nimbul de Hraeslsveg, é muito forte! – Dizia Dédalo ao elogiar o aliado.

 

O Leão se silenciou e cruzou os braços, lembrou que antes estava numa conversa importante e crucial antes de ter acordado.

 

- Será que ouvi ou sonhei que Atena perdeu a guerra? – Questionava Leão para todos.

 

- Nimbul nos contou que a nossa deusa perdeu… - Falou Mary com um semblante triste.

 

- Até mesmo neste mundo a nossa Atena perdeu! – Enfurecia Ras que bateu os punhos no solo.

 

- Um momento! No teu mundo? Atena perdeu? – Perguntava Mary, para ela era igualmente um chocado e jamais imaginou que a divindade invita tivesse a sua queda.

 

- Sim, eu e Tamuz de Virgem enfrentámos Nérites, erámos responsáveis por proteger a deusa Atena que reencarnava como um bebé e ele matava-a várias vezes! – Relatava Ras do seu mundo.

 

Tanto Mary como Dédalo ficaram incrédulos, o choque era muito grande para eles. Mary que era uma guerreira que via num tempo mais longínquos que eles, uma geração de futuro, enquanto Dédalo sempre acreditou que Atena jamais perdia.

 

Nimbul sentiu um clima pesado entre os três Dourados, aproximou deles ao começar por Ras.

 

- Compreendo a tua dor e sei como te sentes! Neste mundo podes fazer a diferença, afinal aquele Berserker não disse que a Atena estava morta, mas presa no Santuário. Há uma hipótese a ter em conta. – Incentivava Nimbul ao estender a sua mão de ajuda.

 

Os outros dois se encheram de esperança.

 

- Então vamos para o Santuário! – Incentivava Dédalo ao bater seus punhos.

 

Nimbul barrou o caminho do guardião da segunda casa com uma expressão negativa.

 

- Vais sozinho? Numa demanda suicida, Dédalo? – Perguntava Hraeslveg retoricamente.

 

- Eles também vão comigo! – Apontou o Touro com o dedo indicador.

 

Porém, a ideia dele foi desaprovada com um raciocínio a ter em conta.

 

- Não sabemos nada deste Ares, como é seu exército? Se ele tem deuses aliados ou seus números. Uma boa prova disso é que esses guerreiros se chamam Berserkers e não Agoges como conheces, Dédalo. Iremos para o Santuário somente com esta informação é certo em afirmar que morremos todos e outra coisa, Nimbul não é um Cavaleiro e ele não tem esta obrigação de ir connosco. – Explicava Mary com base em argumentos de observação.

 

- E ficarmos aqui quietos não é o melhor das opções, Mary! Tenho a certeza que deve haver algum Cavaleiro que esteja vivo, não importa se é Bronze ou Prata! Mas eu tenho uma questão para ti! – Dirigiu Ras a pergunta para o Guerreiro Divino de Thor. – Até que ponto és o nosso aliado?

 

Aquela pergunta desencadeou como um gatilho de pistola, pois a sua resposta seria interessante e tinha de ser bastante convincente e credível.

 

- Queres saber se eu iria lutar ao lado dos outros guerreiros como eu? Eu não tenho uma razão pessoalmente para isso, afinal este não é o meu mundo. Mas quem sabe, neste momento vou juntar-me a vocês e no progresso deste mundo desconhecido, poderás ver com os teus olhos se sou o vosso aliado ou inimigo. A minha resposta agradar-te, Ras e Mary? – Perguntava Nimbul para ambos.

 

- Espero que sejas homem da tua palavra, Nimbul! – Respondia o Leão sem ter torcido o braço.

 

Mary apenas concordou com a cabeça.

 

- Então, por onde começamos? – Perguntava Dédalo perdido.

 

- Resgatar o Orixá Ogum, Mary? Posso falar contigo por um momento a sós, por favor? – Pedia Nimbul numa expressão calma.

Ela atendeu e se aproximou, os dois se distanciaram.

 

- Podes falar!

 

- Quero pedir que olhas por Ras, por causa dos seus desmaios. O problema dele pode por em causa a sua vida e atrapalhar e com as tuas habilidades espirituais, podes impedir isso e assim não o perdemos um aliado, posso contar contigo para esta tarefa? – Solicitava Nimbul.

 

Ela não esperava por aquela atitude tão admirável e preocupante com o bem-estar dos seus “aliados”.

 

- Sim… - Respondeu Mary um pouco hesitante.

 

Um pouco mais longe, Dédalo e Ras falavam baixinho para tentar adivinhar sobre qual era o tema de conversa.

 

- Onde vamos encontrar este tal Orixá que ele falou? – Perguntava Ras para o Touro.

 

- Tenho a certeza que vai conversar com os mortos como faz a Elen de Cancer do meu lugar. – Respondia Dédalo ao adivinhar a resposta.

 

- O Sertan de Caranguejo também faz o mesmo, embora ele não…

 

A frase de Ras foi interrompida pela chegada de Mary e Nimbul.

 

- Temos de despachar de imediato, as almas contaram que o Orixá Ogoum encontra-se a caminho de Egipto e é para lá que vamos! – Indicava Mary com o dedo para o norte.

 

Todos concordaram, antes de irem. Dédalo notou algo estranho, olhou para a altura de cada um e a sua.

 

- Eu sou o mais pequeno de todos!! Eu que era o maior! – Dizia o triste Dédalo.

Editado por Saint Mystic
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Olá Saint!!!

Tudo bom!

Gostei bastante dessa continuação. Achei mais organizada e interessante que o primeiro capítulo. A interação entre os personagens de diferentes eras aconteceu de maneira tão natural nesse capítulo, me agradou! Foi feita de uma forma crível, sem forçadas de barra.

Os personagens também mantiveram suas personalidades. Ras esquentadinho, Mary dedicada. O nimbul, na medida do possível, representou bem, mesmo sendo o mais deslocado dessa era.

Gostei bastante da referência feita à Atlântida, sobre Atena ter perdido a Guerra. Ras foi o personagem que sofreu, representando Atena após inúmeras derrotas, ele sabe muito bem o que é viver nesse mundo desolado. Além do mais, legal que referenciou Sertan ao se ver com Mary e a aversão que o leonino tem diante do rebelde da Legião de Atena.

Acabando a missão, eu me senti jogando RPG, uhauhauh, com os personagens tendo que ir atrás d euma missão (no caso o Orixá)

O final foi bem engraçado, com a piadinha da altura.

No mais é isso Saint,

abração

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Olá Saint!!!

 

Tudo bom!

 

Gostei bastante dessa continuação. Achei mais organizada e interessante que o primeiro capítulo. A interação entre os personagens de diferentes eras aconteceu de maneira tão natural nesse capítulo, me agradou! Foi feita de uma forma crível, sem forçadas de barra.

 

Os personagens também mantiveram suas personalidades. Ras esquentadinho, Mary dedicada. O nimbul, na medida do possível, representou bem, mesmo sendo o mais deslocado dessa era.

 

Gostei bastante da referência feita à Atlântida, sobre Atena ter perdido a Guerra. Ras foi o personagem que sofreu, representando Atena após inúmeras derrotas, ele sabe muito bem o que é viver nesse mundo desolado. Além do mais, legal que referenciou Sertan ao se ver com Mary e a aversão que o leonino tem diante do rebelde da Legião de Atena.

 

Acabando a missão, eu me senti jogando RPG, uhauhauh, com os personagens tendo que ir atrás d euma missão (no caso o Orixá)

 

O final foi bem engraçado, com a piadinha da altura.

 

No mais é isso Saint,

 

abração

 

Yo Nikos, como estás?

 

Bem, a outra foi mais confusa e caótica por assim dizer por causa dos quatros estarem num mundo completamente desconhecido.

 

Achei que estas quatro personalidades podem muito bem resultar em algo bem engraçado e produtivo, esqueceste de maneira Dédalo como despreocupado e alegre, ele é a personagem que irá ajudar a juntar todos como ele fez e sabe como é ser diferente acima de tudo, veio de uma época xenofóbica.

 

São os tais Easter Eggs das fics, no caso da tua e como tudo se pode relacionar de modo interligado sem descaracterizar as personagens dos seus respectivos ficwriters, lol!

 

Belo comentário acerca do RPG!

 

Eu não resisti a fazer isso sobre o pobre "pequeno" Dédalo, ele ficou bem ressentido por causa disso, lol!

 

Abraços Nikos e muito obrigado por comentares.

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  • 1 mês depois...

Capítulo 03 – Guerreiros devotos

 

A terra negra conhecida pelo nome de Kemet no antigo e agora de Egipto, uma denominação dada pelos romanos, estava a ser travessada por um grupo de vinte homens que vestiram uma couraça escarlate com menos proteção e armados com uma lança e um escudo estampada da imagem do deus grego da guerra, Ares.

 

Na frente, um homem alto e musculado de pele morena cavalgava com um grande orgulho, cabelos negros curtos com um ar maligno e impiedoso que sorria constante e continha uma ansiedade para realizar, chamava-se Anaflexi, dono da Raseri de Tonfa.

 

Eles transportavam um deus, era o pobre Orixá Ogum que estava ferido por causa de uma adaga que continha o cosmo de Ares que o enfraquecia ao selar seu macrocosmo, incapaz de fugir ou mexer que causava uma dor imensa que nem tinha forças para gritar.

 

- Estamos na terra do deus egípcio da guerra e nem sinais vejo ou sinto o cosmo dos seus homens devotos, que ansiedade tem para os queimar vivos! – Confessava Anaflexi ao queimar uma bola flamejante da sua mão.

 

O seu desejo foi concretizado, debaixo do solo arenoso, surgiu um exército imenso dos combatentes do Egipto, trajavam um metal dourado que foi feito de um misterioso meteorito que caiu há seculos atrás, alguns traziam uma espada Khopesh, de forma curva, outros com arcos e flechas, todos com a flama do deus solar, Rá.

 

- Finalmente, os Medjayu apareceram! – Alegrava o Berserker com um sorriso ainda maior.

 

O dono da Tonfa deu o sinal de ataque, uma batalha se iniciou.

 

Longe do cenário, os três dourados e mais o Guerreiro Divino seguiram a marca da roda da carroça, Dédalo estava atrás deles para medir a altura, ele ainda estava incomodado pela diferença notável, sentia ainda mais aborrecido por Mary ser maior do que ele.

 

- Sinto as almas a viajar para o mundo dos mortos, há uma batalha perto daqui. – Alertava Mary por causa das suas habilidades.

 

- Boa! Encontrámos o nosso objectivo! Uma luta será o ideal para me tirar do aborrecimento! – Alegrava Dédalo ao estalar os dedos.

 

Nimbul barrou o caminho do Touro com a mão.

 

- Tem calma! – Pediu o Guerreiro Divino. – Vamos observar um pouco antes de agirmos.

 

O Cavaleiro da Era Mitológica baixou os braços em concordância com ele.

 

- Devíamos era fazê-lo imediatamente! – Sugeriu Ras impaciente ao confrontar Nimbul.

 

- Não é sensato! – Contestou Mary pela razão. – Não sabemos se do outro lado nos considera como inimigos…

 

- Ou aliados! – Apontou Ras com convicção. – De que lado estás, Mary? Andas muito do lado dele!

 

- Apenas vejo lógica e razão nos argumentos de Nimbul, enquanto os teus são emocionais e de cabeça quente! – Comentou a Amazona de Caranguejo ao injuriar a personalidade de Leão.

 

- É incrível como esta nova geração caiu tanto, não existe confiança nos teus? – Questionou Ras rapidamente.

 

- Não conheces os meus companheiros da minha época para tirares estas conclusões! – Respondeu Mary chateada.

 

Dédalo interveio para interromper a briga dele.

- Que vergonha para ambos! Não pensei que as diferenças existentes entre nós, sabem o que acho sobre os dois… - Pausou Dédalo chateado. -…são companheiros e isso não importam de onde vêm, de onde eu venho era mal visto por ter vindo de uma terra onde era domínio do Pelagaios Poseidon e disseram que eu não merecia ser um Cavaleiro de Partenon Atena, não escutei e treinei mais do que um qualquer para a Armadura de Prata de Hércules e percebi que tinha um cosmo para ser um dos Cavaleiros de Ouro ao ser desafiado pela própria Armadura e desde então conquistei seu respeito e confiança, vocês não são assim tão diferentes! – Explicou Dédalo com base na sua história.

 

Mary e Ras nunca pensaram nisso sobre Touro, uma vez que o veem como uma pessoa despreocupada e positiva, desconheciam de um passado triste dele.

 

- Tens uma grande força de vontade, Dédalo. – Elogiou Nimbul ao colocar a mão no ombro dele.

 

Ras pensou no seu companheiro Tamuz de Virgem, o último que ele viu antes de falecer contra o assassino das reencarnações de Atena, Nérites. Agora, sem saber porque está vivo, tem novos companheiros neste mundo desconhecido e louco.

 

- Qual é o teu plano, Nimbul? – Perguntava Ras curioso.

 

- Vamos observar um pouco e tomaremos uma decisão junta, que achas? – Perguntou o Guerreiro Divino.

 

Todos acenaram com a cabeça.

 

No local da batalha, havia baixas em ambos os lados, porém uma pessoa detinha o recorde de mortes no momento, era Anaflexi que lutava com as suas porretes lâminas e um cosmo flamejante em conjunto.

 

- Pensei que um Medjayu fosse poderoso e as suas chamas capazes de incendiar, nem conseguem fazer uma simples combustão lenta! – Analisou o Berserker com um sorriso sádico.

 

- Berserker de Ares! Não zombas da nossa força, servimos o nosso Lord of Slaughter com orgulho, a proteção de Rá e estas espadas e flechas feitas de fogo! Flaming Blade (Lâmina Flamejante)

 

O guerreiro egípcio atacou com a sua espada contra ele, porém foi ineficaz.

 

- É óbvio que não saís muito da tua terra, ignorante! Há sempre alguém mais forte e nem tudo que crês seja verdade! Backdraft (Explosão Contida)

 

As chamas da espada do egípcio foram engolidas involuntariamente pela boca e explodiu por dentro ao incendiar e não restou uma cinza sequer.

 

- Com isso já somou trinta vitórias consecutivas! Isso será um massacre e quando contar ao meu deus, serei recompensado como um rei! – Alegrou Anaflexi muito feliz.

 

Ras mostrava o mais impaciente de todos, mas ele se continha.

 

- Já vimos o suficiente e penso no mesmo, iremos ajudar o exército desta terra e lutar contra aquele Berserker, alguém se aventura? – Perguntava o Guerreiro Divino.

 

O Leão tomou a iniciativa ao ir em frente e num instante ele estava a combater contra o subordinado de Ares.

 

- Um Cavaleiro de Ouro? Mas é impossível! Eu os vi todos mortos por…

 

- Estou farto de ouvir outra vez! – Exclamou Ras ao desencadear um cosmo poderoso com um leão atrás de si, era como a sua constelação desse o seu devido apoio.

 

Os soldados de Ares sentiram intimidados pelo rugido, enquanto os Medjayu mostravam encorajados, motivados e determinados.

 

- O nosso deus Maahes enviou um leão para nos ajudar! – Urrou um deles.

 

Anaflexi estava atónito por ver um Cavaleiro de Ouro, era tão surreal para ele, mas mudou de ideia.

 

- A minha oportunidade perfeita para experimentar como arde um Cavaleiro de Ouro, a tua Armadura fará uma linda brasa metálica! Mettalic Combustion (Combustão Metálica)

 

Os porretes irradiavam um calor absurdo e o contato seria desastroso, Ras evitou e desviou com grande agilidade, disparou a técnica da Cápsula do Poder contra o peito de Anaflexi, os danos eram visíveis, a Raseri desfragmentava e caía aos bocados, porém o Berserker estava vivo e irritado.

 

- Maldito! Como te atreves a destruir a minha gloriosa Raseri?! – Perguntou Anaflexi retoricamente.

 

Em consequência, o guerreiro de Ares aumentou a sua energia cósmica a um nível assustador, Ras não se deixou influenciar pela raiva dele e jogou no mesmo jogo dele, aumentou ainda mais ao atingir a essência do sétimo sentido na sua plenitude.

 

- Desapareça! Madness Blast (Explosão da Loucura)

 

- Morra! Penitência Imperial

 

A técnica de Anaflexi e Ras chocou como um teste de força, ao princípio o Berserker estava com a vantagem por causa da sua raiva que o ajudava, mas o Cavaleiro estava determinado e recordava que não tinha feito nada em absoluto contra Ema de Jamadhar, então ele fez um cosmo crescente que o colocou em vantagem.

 

- Ras! Não faças nenhuma loucura! – Dizia Mary preocupada com ele.

 

Ele não ouvia por conta do ruído dos ataques.

- Já demorou tempo demais! – Finalizou Ras.

 

Ocorreu uma explosão que desintegrou Anaflexi por completo, a fumaça impedia de ver o que tinha acontecido, quando dissipou o Cavaleiro de Ouro estava deitado no chão.

 

- Ras, estás bem? – Perguntava Dédalo ao aproximar-se dele.

 

Mas vários Medjayu cercaram o corpo do Leão e apontavam suas espadas e flechas em defesa do salvador dele.

 

- O que significa isso? O que vão fazer com o nosso amigo? – Interrogava Mary ao tentar perceber o comportamento deles.

 

- Não se aproximam dele, ele é um enviado do deus Maahes! – Respondia um dos guerreiros egípcios.

 

- Ele é um Cavaleiro de Atena, ele não tem nenhuma relação com o vosso deus. Não faz sentido algum estar a proteger alguém que não pertence ao vosso panteão. – Falava Nimbul ao tentar persuadi-los.

 

- O leão é um animal sagrado para nós, se aproximam mais, nós não iremos garantir que saiam vivos! – Ameaçava o Medjayu.

 

Antes que uma acção negativa acontecesse, um macrocosmo grande tomou conta de toda a área, os egípcios sabiam de quem era.

 

- Esta força é de um deus, porém é benevolente, justo e calmo, poderá ser? – Analisava Dédalo ao pensar que seria a deusa Atena.

 

O sol denunciou a presença do deus, caminha lentamente com passos firmes e pesados que fundava na areia, a sua proteção era de origem divina, a Netjeru, a armadura das divindades egípcias, emanava uma presença majestosa, o nome era Maahes, um ser antropomórfico com corpo humano e cabeça de leão com juba escarlate com um uraeus, uma espécie de barbicha comprida e olhos dourados, a proteção era completa e cheias de hieróglifos, utilizava uma coroa atef, seus homens ajoelharam em respeito. A deidade viu o Orixá Ogum enfraquecido, libertou-a com a sua faca e retirou a adaga amaldiçoada, porém o deus africano caiu num sono por causa da fraqueza.

 

- Levam-no com cuidado e respeito como se fosse eu. – Ordenou o calmo Maahes com uma voz autoritária.

 

Direcionou a sua atenção para o caído Ras, eles afastaram e ele passou um pouco de cosmo para despertar Ras, acordou meio atordoado e confuso.

 

- Desmaiei de novo? – Perguntou Ras.

 

- Quem é este com máscara de leão? – Perguntava o desbocado Dédalo.

 

Maahes ouviu a pergunta do Touro, quando se aproximou viu que a diferença de tamanho era notável.

 

- É a minha face, Cavaleiro de Atena. Embora, eu estou surpreendido por saber que existem, os rumores que o Gold Slayer os chacinou a todos não eram verdades? – Comentou o deus leão.

 

- Na verdade, não somos deste. Nós os quatro pertencemos a tempos diferentes. – Explicou Mary à divindade.

 

- Sou um Guerreiro Divino de Thor, chamo-me Nimbul de Hvraeslverg. – Apresentou-se.

 

- Maahes, é o meu nome. O deus da guerra e proteção, a explicação sobre diferentes épocas me estranha e não pensei que isso pudesse acontecer alguma coisa, três Cavaleiros de Ouro e um Einherjar de Odin juntos, uma aliança improvável, vamos para o templo em Taremu (atual Leontopolis) e explicarei tudo lá, tragam os sobreviventes para a prisão! – Pronunciou Maahes sem saber de nada.

 

Taremu, a cidade onde o deus era adorado e cultivado estava restaurada e mais linda do antes.

 

- Que desenhos e estátuas esquisitas! – Comentou Dédalo surpreendido.

 

- São hieróglifos, Dédalo e estas estátuas são a imagem de Maahes. – Respondeu Mary.

 

- Inteligente Mary, o seu conhecimento é maravilhoso, igual ao do Aposafi de Libra. – Elogiou Dédalo.

 

- Gostaria de conhecer este Cavaleiro que fales, fiquei feliz quando conheci Elen de Caranguejo do teu tempo, fazes lembrar o meu amigo, Elnath de Touro, seja o oposto em inteligência. – Alegrou a Amazona.

 

- Sabes, eu nunca tinha uma conversa sequer dela e disseste que ele é mais inteligente do que eu? – Comentou Dédalo.

 

A conversa deles foi interrompida pela chegada de um dos guardas locais que levou-os para dentro do templo.

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  • 3 semanas depois...

Interessante esse capítulo Saint,

Principalmente porque mostrou bastante da cultura egípicia, suas interações e disposições e sua adoração por animais e felinos, como o Leão.

Ras se mostrou impaciente e resolveu tudo sem pensar, até cair por causa de seu problema na cabeça. Gostei da referência a Tamuz. Outra coisa que eu gostei é que interligasse com outro crossover, com a Mary conhecendo a Ellen.

Enfim, a interação entre os personagnes está bem agradável e a trama muito misteriosa ainda, não há o que supor. Só sei que estou desconfiado desse deus egípiio.

Valeu Saitn,

Um abraço

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Interessante esse capítulo Saint,

 

Principalmente porque mostrou bastante da cultura egípicia, suas interações e disposições e sua adoração por animais e felinos, como o Leão.

 

Ras se mostrou impaciente e resolveu tudo sem pensar, até cair por causa de seu problema na cabeça. Gostei da referência a Tamuz. Outra coisa que eu gostei é que interligasse com outro crossover, com a Mary conhecendo a Ellen.

 

Enfim, a interação entre os personagnes está bem agradável e a trama muito misteriosa ainda, não há o que supor. Só sei que estou desconfiado desse deus egípiio.

 

Valeu Saitn,

 

Um abraço

Muito obrigado Nikos!

 

Segui mesmo por quase fidelidade à cultura desta terra arenosa conhecida pelas suas pirâmides e divindades antropomorfias, em especial, por Maahes que tinha essa parte e quase foi tudo planeado devidamente por "ligações", "simbolismo" e "referências culturais e míticas", o teu Ras não escapou disso de maneira alguma e gostei disso, lol!

 

Tenho de fazer o Ras como se ele fosse o meu personagem (neste sentido, é um respeito pela tua confiança e amizade como ficwriter), penso que pelo pouco que o li na tua história, ele podia demonstrar mais do que um homem de temperamento curto, vejo ele como um grande aliado e também amigo como Dédalo o faz com ele, daí que quis mostrar a sua relação com Tamuz, descobri que os crossovers revelam o melhor e o pior da personagem no seu contexto, na altura, pedia a Gustavo que ligasse a história dele com a minha como se fosse a mesma linha do tempo, daí que Mary não foi escolhida à toa, mas com a importância e desejo do seu autor original, o fato de ela sentir mais ligado ao Touro da Era Mitológica foi por causa disso, porém não significa que ele esqueça ou fala com Ras, com o Nimbul é mais difícil de estabelecer uma relação que não seja muito forçado ou incoerente, pois ele se distancia por pertencer a uma cultura diferente, porém isso não invalida a sua aliança ou emprestar a sua força.

 

As tuas suspeitas serão saradas no seu devido tempo, Maahes não tem a sua intenção definida ainda, pois ainda é um rascunho na visão do quarteto, lol!

 

Muito obrigado por comentares e até não percas o próximo porque eu também não! Abraços!

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  • 3 semanas depois...

Capítulo 04 – Esperança ou desespero?

 

Dois guardas de Maahes levam Dédalo e Mary para dentro do templo passando por um corredor iluminado que nas suas paredes continha a história do deus felino, contando a sua história como uma autobiografia, não existia traços do tempo nele, pareciam que tina sido feito há pouco tempo.

 

- Mary, estou curioso por saber mais sobre este tal teu Cavaleiro de Touro do teu tempo, será que ele é…

 

- Não te preocupes, ele é mais baixo que tu. – Adivinhou Mary ao responder à pergunta acrescentando um riso engraçado.

 

Ele ficou surpreendido e quieto ao ficar um pouco para trás, até que um dos guardas notou que um deles não caminhava, olhou para trás.

 

- Cavaleiro, por favor continua a andar, não queremos fazer o nosso deus à espera. – Pedia o guarda da direita.

 

Touro apressou um pouco seu passo, estando ao lado de Mary.

 

- Tens uma pessoa que importas na tua vida ou que amas? – Perguntou Dédalo sem papas na língua.

 

A Amazona de Caranguejo se silenciou por poucos segundos antes de responder, mas continuava a caminhar.

 

- Tenho duas crianças sobre a minha proteção. – Disse Mary calma.

 

Dédalo não estava à espera disso, por encontrar uma mãe como ela, tanto que ele passou na coincidência ou semelhança que a Elen e Mary tinham, mas ele olhava para a cintura dele e suspeitou que a cintura dela não indicava que ela tinha feito dois partos na sua vida.

 

- As suas coxas são estranhas, porque não estavam maiores? – Questionou Dédalo atrevido.

 

- Bem, as crianças que mencionei foram adoptadas de um orfanato de Inglaterra, Esperance Children e eu os considero como meus filhos, apesar de não termos relação de sangue e também são guerreiros, Clear é a Amazona de Golfinho e Philip é o Cavaleiro de Cavalo Menor e tu? – Explicou Mary, mas depois cobiçou a sua curiosidade para o seu novo e recém-amigo.

 

- Bem, eu nunca tive uma mulher ou namorada sequer. Mas um grande amigo, Anankasei de Gemini e ele tinha um irmão mais novo para o treinava para o suceder, Elpizo, pergunto como está este jovem e como saiu na guerra contra Miaiphonos Ares. – Contou Dédalo acerca da sua amizade.

 

Mary se quietou em seus pensamentos acerca disso, ela desejava saber mais acerca do tempo do Dédalo, como também do Ras.

 

- Lembrei-me de algo! – Comentou Dédalo.

 

Ela olhou para um pouco espantada com preocupação.

 

- Aqueles leões a andar por este templo e este deus que esqueci o nome dele, recorda do Cavaleiro de Leo, ele tinha dois leões com cabelos negros que andava sempre com ele, se bem que ele andava como se fosse um deles. – Disse Dédalo com espanto.

 

A sua companheira ficou um pouco constrangida com ele.

 

- Como ele se chamava? – Perguntou ela.

 

- Nunca soube o nome dele. – Respondeu Touro com ignorância.

Mary iria perguntar algo a ele, porém eles se encontravam dentro de uma sala que era o trono do deus Maahes, uma habitação luxuosa e cheia de vida com os felinos a circular livremente, a divindade egípcia estava deitada sobre os felinos com ar d felicidade, enquanto Ras e Nimbul estavam sentados e afastados destes gatos gigantes.

 

- Ele é mesmo parecido, será que ele era parente dele? – Perguntava o desbocado Touro.

 

- Sabes do que ele fala, Mary? – Interrogou Ras ao quer saber.

 

- Deixa estar… - Respondeu ela ao cortar conversa.

 

- Agora que nós os quatro estávamos juntos, digamos porque estamos aqui na sua sala de trono e se nos pode ajudar? – Começou Nimbul a falar.

 

O deus egípcio levantou e gesticulou para um dos seus guardas para trazer uma caixa com gravadas de hieróglifos, abriu a tampa que tinha estatuetas de pedra, cada uma com uma semelhança distinta, uma figura humana.

 

- Estas estatuetas são dos deuses ou deusas da guerra que conheci ao combater contra eles, não tenho a certeza de quantos são na totalidade, esta guerra já tem dez anos desde que começou. – Iniciou Maahes a explicação perante eles.

 

- Há dez anos? Qual é o objectivo desta guerra de proporções imensas? Poder ofensivo ou defensivo? Destruição? Ideais? Crenças? Uma religião única ou…

 

- Adquirir a Arma Suprema do Deus da Guerra, foi por causa disso que os deuses com o título de guerra começou a guerrear uns com os outros, este é o objectivo, mas as intenções ou razões de cada divindade eu desconheço, a minha é defender meu povo, como também seus inocentes. – Respondeu a Mary ao interromper as dúvidas dela.

 

- A casa da Megale Thea Gaia está assim há dez anos? Com todas estas guerras, os mortais não poderão viver com medo! Tu que dizes que és um deus que proteges os inocentes, não podes abrigar as crianças, mulheres e idosos no teu grande templo? – Interrogou Dédalo ao levantar e encarar a divindade nos olhos.

 

Os leões e guardas cercaram Dédalo pelo tom de voz que ele levantou, Maahes gesticulou um cessar-fogo, aproximou do Cavaleiro da Era Mitológica.

 

- Maahes, eu estou com ele! Não vejo outras pessoas neste templo além de homens armados e leões! – Apontou Ras como evidência das suas provas empíricas.

 

- Espera Ras e Dédalo! Deem uma oportunidade para o deus Maahes falar e digo-vos que sejam sensatos a falar ao escolher vossas palavras, esta casa não nos pertence, sejam respeitosos. – Aconselhou Nimbul com um sermão frio.

 

Ambos se sentaram mais calmos.

Maahes fez o mesmo, porém bebeu uns goles de vinho da sua taça dourada.

 

- Pareces ser o mais sábio deles, Einherjar de Odin. – Elogiou o deus.

 

- Esta informação está errada, deus Maahes. Sou um Guerreiro Divino e suspeito que o meu senhor Thor não estava nesta guerra, não é verdade? – Interrogou Nimbul com suspeitas.

 

- Não, os que conheço são Odin e Tyr. Respondendo à vossa questão impetuoso, o meu templo foi alvo de inúmeros ataques, como consequência, a vida dos inocentes foram perdidas. É por isso que desejo acabar com esta guerra o mais rápido possível. – Explicou Maahes.

 

- O seu templo sofreu um ataque recentemente? – Interrogou Mary.

 

- Sim, a aliança do exército de Inanna, a deusa sumeriana. – Respondeu o deus.

 

- Mas esta divindade está viva, de onde eu venho, estes deuses primordiais nunca mais foram ouvidos ou vistos. – Comentou Nimbul apanhado de surpresa.

 

- Eu fiquei tão surpreendido como tu, isso foi há dez anos! Talvez possa dizer que há outros deuses que já tenhamos sido derrotados ou aqueles que fizeram uma aliança para aumentar suas hipóteses de vencer, porém só um é que pode usar a Arma Suprema. – Continuou Maahes com as explicações. – Agora, vocês os quatro me intrigam muito, qualquer deus suspeitaria e podia sacar muitas informações vossas, mas eu não sou um deles e acredito que sejam de eras distintas, por exemplo, Dédalo tem uma maneira diferente de falar e usa epíteto ao referir o deus que fala, Mary e Nimbul vêm de uma época mais avançada e no caso de Ras, penso que ele seja da mesma época de Dédalo.

 

- Como sabe de tudo isso? Eu não disse nada enquanto estive aqui no seu templo! – Apontou Ras.

 

- É simples! Eu usei as penas de Maat para saber mais sobre vós sem os interrogar, basta apenas apontar e começa a escrever sozinho, é assim que uso para interrogar meus prisioneiros e inimigos. – Revelou Maahes com um ar malicioso.

 

Os quatro não gostaram nada do que ele fez, porém de nada podiam fazer, talvez este método inconveniente seria o mais indicado para comprovar a verdade deles.

 

- Perdão, deus Maahes. Mas ainda não respondeu à minha questão: vais nos ajudar? – Relembrou Nimbul.

 

- Não. – Respondeu a divindade sem pensar muito. – No entanto, o que posso fazer é vos acolher e pedir-vos que façam parte do meu exército.

 

A proposta ousada do deus egípcio levantou um clima pesado para os quatro, Maahes percebeu e se calou.

 

- Enfim, a decisão é vossa. – Disse o desiludido deus.

 

- Se nós os ajudarmos a defender o vosso templo e reduzir as baixas do seu exército, pode prometer que irá ajudar-vos a derrubar Ares. – Solicitou Mary.

 

Os dois Cavaleiros não acreditaram no que ela disse.

 

- Estás louca, Mary? – Perguntou o esquentado Ras.

 

- A sua ideia não é errada de tudo. – Apoiou Nimbul.

 

- Não percebi nada. – Comentou Dédalo.

 

- Pensem bem os dois um pouco, Maahes deve possuir boas informações sobre os outros exércitos e seus deuses, se formos sem esta informação para atacar Ares, a vossa derrota seria inevitável, portanto acho inteligente da parte de Mary ter dito isso. – Explicou Nimbul para os dois.

 

- Bem, tem lógica. Precisámos de apoio, Ras não sejas assim e colabora connosco. – Incentivava Dédalo para seu companheiro casmurro.

 

Ele se rendeu à evidência ficando calado de braços cruzados.

 

- Se o fizerem têm a minha palavra, então…

 

A frase de Maahes foi interrompida com a chegada de um dos espiões dele com uma mensageira urgente.

 

- Atena está viva! Atena está viva! – Repetiu o espião.

 

Os presentes ficaram atónitos com esta notícia, principalmente os Cavaleiros.

 

- Atena está viva? – Perguntou Ras com uma réstia de esperança.

 

- Tens a certeza do que falas, espião? – Interrogou Maahes para o seu homem.

 

- A certeza absoluta, Senhor Escarlate! A deusa Atena está em Etrúria com os seus Cavaleiros.

 

Esta informação provocou desconfiança entre as informações dos Berserkers e esta do mensageiro.

 

- Deus Maahes, esta informação do meu espião é muito duvidosa. O que a sua pena disse? – Apontou Nimbul.

 

A divindade egípcia seguiu o conselho do Guerreiro Divino e viu que ele estava a dizer a verdade.

 

- Ele está a dizer a verdade. Vamos ter com os prisioneiros. – Disse Maahes ao pedir para os acompanhar.

 

Dentro da sua masmorra que estava guarda e vigiada por leões e guardas, ele apontou para cada soldado de ares, cada um deles dava a sua verdade, embora alguns sabiam mais, porém tudo apontava para o mesmo, Atena estava prisioneira em seu próprio Santuário

 

- Eles dizem a verdade! Como isso é possível? – Perguntava Maahes.

 

- Eu creio que sei o que se passa, Atena deve ter reencarnado noutro corpo ao ter morrido ou talvez suicidado, assim não precisámos desta aliança nenhuma e podemos ir até este lugar! – Dizia Ras com base na sua informação.

 

- E se for mesmo uma armadilha que o espião tenha sido vítima de ilusão? – Interrogava Mary com base numa ideia hipotética.

 

- Preferes seguir com a tua ideia de aliança ou acreditar no que eu digo? Eu não ficarei aqui à espera e vou…

 

Dédalo agarrou por detrás.

 

- Tem calma, apressadinho! É de noite, iremos mal virmos a bola de fogo de Thearius Apolo! – Acalmava Dédalo.

 

- Larga-me Dédalo! Nenhuma noite vai me impedir. – Ordenava Ras.

 

Maahes ponderava sobre isso, pensou por um bocado.

 

- Ficam esta noite e podem partir pela alvorada. Como meus convidados, irei arranjar um quarto para vós.

 

- Eu me rendo, mal vejo o primeiro raio de sol, partirei sem vocês! – Avisava Ras.

 

Então, eles seguiram em frente, Dédalo continua a segurar Ras para o impedir que o escapasse.

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Li o capítulo...

Não confio em Mahees. Já deixo isso declarado desde o início! Ele não me entra. Para mim está articulando tudo e aquele espião é parte da armação para convencer os cavaleiros para entrarem em um combate arquitetado.

O ponto forte da fic, além do mistério por detrás de tudo (como típico em crossover), é a interação entre os personagens, que fazem referências sempre às fics e geram nostalgia.

Acho que Dédalo é de uma época mais antiga que Ras, porque o leonino é depois da Era Mitológica. Se bem que eu acho que são mundos diferentes, porque a tua fic ocorre depois da queda de Atlântida... então não dá para afirmar muito bem kkk..

No mais é isso Saint, abraços

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Li o capítulo...

 

Não confio em Mahees. Já deixo isso declarado desde o início! Ele não me entra. Para mim está articulando tudo e aquele espião é parte da armação para convencer os cavaleiros para entrarem em um combate arquitetado.

 

O ponto forte da fic, além do mistério por detrás de tudo (como típico em crossover), é a interação entre os personagens, que fazem referências sempre às fics e geram nostalgia.

 

Acho que Dédalo é de uma época mais antiga que Ras, porque o leonino é depois da Era Mitológica. Se bem que eu acho que são mundos diferentes, porque a tua fic ocorre depois da queda de Atlântida... então não dá para afirmar muito bem kkk..

 

No mais é isso Saint, abraços

 

Obrigado Nikos por teres lido.

 

Não fazia tal ideia que Maahes fosse alvo da tua imensa desconfiança, se fosses um dos personagens desta história com esta maneira de pensar, descobriras algo mais (brincadeiras à parte, mon ami), gosto do modo como comentas tais possibilidades e hipóteses remotas, no entanto caso ao autor dar a resposta ao leitor e vou divertir muito com isso.

 

Agradeço mais uma vez por apontares as características da fic, o melhor que sempre tento fazer num crossover é apelar às referências subtis do mundo onde vêm os personagens e ligá-los como uma espécie de corrente, algo que os relaciona de modo natural e sem forçar demasiado, é difícil, porém possível de o fazer.

 

Confesso que não sabia como ligar Dédalo com Ras em termos de épocas, mas tinha uma clara ideia entre o "antes" e "depois", mas fico feliz pelo seu criador ter a gentil oportunidade de me ajudar.

 

Na boa Nikos, e um terceiro agradeço por isso e tudo do bom e melhor mon ami!

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Deuses da Terra Tertium:



Orixá Ogum


Os orixás (yoruba Òrișà; em espanhol Oricha; em inglês Orisha) são ancestrais divinizados africanos que correspondem a pontos de força da Natureza e os seus arquétipos. Estão relacionados às manifestações dessas forças. As características de cada Orixá aproxima-os dos seres humanos, pois eles manifestam-se através de emoções como nós. Sentem raiva, ciúmes, amam em excesso, são passionais.


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Ogum ou Ogulê (em iorubá: Ògún) é, na mitologia iorubá, o orixá ferreiro, senhor do ferro, da guerra, da agricultura e da tecnologia. O próprio Ogum forjava suas ferramentas, tanto para a caça, como para a agricultura e para a guerra. Na África, seu culto é restrito aos homens, e existiam templos em Ondo, Ekiti e Oyo. Era o filho mais velho de Oduduwa, o fundador de Ifé, identificado no jogo do merindilogun pelos odus etaogunda, odi e obeogunda, representado materialmente e imaterial no candomblé através do assentamento sagrado denominado igba ogun.



Maahes, deus egípcio com cabeça de leão


Maahes (também chamado de Mihos, Miysis, Mios, Maihes, e Mahes) foi uma antiga divindade egípcia da guerra, que possuía uma cabeça de leão, cujo nome significa "aquele que é verdadeiro ao lado dela". Era visto como um príncipe leão, filho da deusa Bastet no Baixo Egito e da deusa Sekhmet no Alto Egito, e partilhava de suas naturezas; já seu pai variava de acordo com a principal divindade masculina da época e da região em que foi venerado. Seu culto estava centrado nas cidades de Taremu e Per-Bast.


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Nome - Seu nome começa com o hieróglifo egípcio que representa o leão macho, embora isoladamente ele também possa significar (aquele que pode) ver além. No entanto, o primeiro glifo também faz parte do hieróglifo Ma'at, que significa verdade e ordem, e assim Maahes era considerado como o devorador dos culpados e protetor dos inocentes. Alguns dos títulos de Maahes eram Senhor da Matança,Aquele que Carrega a Faca, e O Senhor Escarlate. Maahes raramente era chamado por seu nome e era quase sempre chamado de "Senhor da Matança". O terminologia de "Senhor da Matança" foi adotada durante os períodos persa e romano, quando os conquistadores estrangeiros encontraram resistência feroz da parte dos chefes de Maahes e seus partidários.



Animais Sagrados - Leões domados eram mantidos em um templo dedicado a Maahes em Taremu, onde Bastet e Sekhmet eram veneradas; seu templo era adjacente ao de Bastet. O historiador grego Eliano escreveu: "No Egito veneram leões, e há uma cidade batizada em sua homenagem. (…) Os leões possuem templos e numerosos espaços onde podem perambular; a carne de bois é fornecida para eles diariamente (…) e eles comem ao som de músicas no idoma egípcio", de onde provavelmente o nome grego de Leontópolis para a cidade foi derivado.



Informações retiradas de Wikipédia.


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  • 3 semanas depois...

Que massa Saint,

 

Como sempre, fundamentando bem as coisas. Eu não conhecia Mahees, e olha que eu conheço alguma coisa de mitologia egípcia. Isso mostra como ainda careço nisso.

Estou sempre à procura de novos deuses e de novos conhecimentos, arrisco a dizer que não sei nada, é isso que continuou a fazer isso.

 

Penso que não ninguém que sabe tudo, mas agradeço pelos teus elogios. Abraços!

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Capítulo 05 – Aliança, interesso e convicção

 

O sol iluminou o templo do deus Maahes, os leões grandes e majestosos acordavam ao bocejar seu rugido como um despertar, enquanto os soldados egípcios trocavam os turnos e as informações acerca da vigilância apertada.

 

Ras foi o primeiro a estar preparado na entrada que esperava impacientemente pelos três, a demora provocava irritação nele por causa por seu pavio curto, eles apareciam com sacos de mantinhos como comida e água para a viagem dele, Maahes estava atrás deles com um mapa da região de Etrusca que entregou a Nimbul pessoalmente, porém estava escoltado por dois guerreiros seus sem a sua Netjeru vestida, apenas com as suas vestes reais de cor de sangue com uma coroa chamada atef e a uraeus, uma barbicha feita pela sua juba.

 

- Espero que tenham sucesso na nossa jornada, Cavaleiros e Guerreiro Divino! – Desejou Maahes com um sorriso de incentivo.

 

- Finalmente podemos ir! Porque demoram afinal?! – Perguntou Ras meio irritado.

 

- Desculpa, foi mal! Como o pequeno-almoço daqui era delicioso e nunca provei estas comidas deste lugar, deixei-me levar, ha ha ha ha! – Justificou Dédalo com um ar irresponsável.

 

O Cavaleiro de Leão optou por ficar calado, para ele era mais importante sair desta terra arenosa e encontrava a sua amada deusa que ele jamais pudesse conhecer.

 

- Ras! – Chamou Mary. – Iremos encontrar a deusa Atena, eu prometo, como Amazona de Ouro, mas sinto que ainda não confias em mim.

 

- Vamos! Não percamos mais tempo! – Ordenou Ras sem dialogar para ela ao virar a sua cara.

 

Ela já sabia desta atitude dele, abaixou a sua cabeça com ar de derrotada. Porém, um ombro amigo pousou nela ao transmitir uma sensação de calma e confiança.

 

- Não percas a oportunidade de conquistar a sua confiança, o momento não é este. – Aconselhou Nimbul com uma expressão de guerreiro experiente.

 

Os quatro partiram para Etrusca, uma região que pertencia antigamente na região itálica que era bem próxima de Roma onde viviam os etruscos. Maahes entrou pela porta principal do seu próprio templo caminhado pelo corredor que dava acesso restrito à sua própria pessoa como também a um número pequeno de Medjayu confiáveis, a porta de pedra gravada de hieróglifos se abria com o acesso de cosmo divino dele, dentro da habitação estava o Orixá Ogum aos cuidados dos curandeiros, ordenou com um gesto para retirarem, um deles encontrou um relatório médico da condição do deus africano, desenrolou o papiro e leu.

 

Sozinho com o Ogum estava e com a porta fechada, porém com janelas que entrava a luz solar que permitiria a entrada tal como o ar, o chão feito de pedra, as paredes pintadas com imagens da criação do mundo segundo o ponto de vista dos egipcios.

 

Orixá abriu seus olhos com a visão turva, ele sentia as dores no peito onde tinha sido atingido, levantou-se, porém a dor aumentou ainda maior.

 

- Não deves fazer esforços bruscos, Ogum! Podes ser um deus, mas tens um corpo de um mortal! – Alertou Maahes com uma expressão sombria.

 

- Maahes? Onde estou? – Perguntou Ogum confuso.

 

- Estás no meu templo, em minha casa. Sobre a minha proteção e…

 

- Como teu prisioneiro! Porque não falas de uma maneira mais direta e dizes que de uma vez por todas qual é a tua intenção para comigo! – Pronunciou Orixá com um temperamento nervoso e agressivo.

 

A divindade egípcia se aproximou calmamente sem mostrar nenhuma intenção de o querer fazer mal, ajudou a levantá-lo ao encostar contra a parede aquecida pelo sol.

 

- Quero a tua ajuda, Ogum. – Revelou Maahes sem rodeios.

- Deixa-me adivinhar, como sou um deus ferreiro que tem também o ofício da guerra, vais exigir que faça para os teus homens, armaduras mais fortes e resistentes enquanto me mantém aqui como teu “convidado”, estás a esquecer que Ares vai enviar os seus Berserkers para me encontrar? – Prontificou Ogum com uma voz mais grossa.

 

- E?

 

- Como assim “E”?! Não temes o seu imenso poder que ele conquistou quando derrotou Atena que tem agora o Báculo de Niké como também outros artefactos divinos como Deimos, Phobos, Enyalios, Keres e…

 

- Mas ele não tem a ti. Repito que preciso da tua ajuda para fortaleceres a defesa do meu exército, não farei de ti meu prisioneiro, mas o meu aliado. Quando for vencedor desta guerra maldita, farei com que tenhas os teus homens de volta, para que tenhas o teu lugar de onde foste tirado. – Prometeu Maahes.

 

A calma dele provocava desconfiança e uma insegurança em Orixá, ele olhava para os olhos dele, não encontrou nenhuma mentira ou até uma mancha na sua alma. Ele se calou por uns instantes, pensou na sua derrota como a destruição do seu exército, algo veio à sua cabeça.

 

- Aqueles três eram Cavaleiros de Atena?! Mas ela não perdeu seu exército assim como ele, como isso é possível? – Perguntou Ogum para certificar da verdade.

 

- Estás correto, Ogum! Por mais incrível que eu possa dizer, eles não pertencem a este mundo caótico, são de outros mundos. – Explicou Maahes.

 

- Estão a dizer que têm de outros tempos? Passado? Futuro? Por obra de Atena ou outro deus? Isso é ridículo, é provavelmente que sejam sobrevivente ou que tenham formado uma resistência. – Desacreditou Ogum na explicação dele.

 

O seu anfitrião retirou a pena de Maat ao mostrar para ele.

 

- Aponta a pena para mim e verás que não estou a mentir. – Disse Maahes ao entregar.

 

A pena começou a escrever num pedaço de papel na sua língua ao revelar toda a vida de Maahes como a sua personalidade, ideias, conquistas e até mesmo um segredo sombrio dele, Orixá suou ao descobrir o que ele fez com os prisioneiros na noite anterior.

 

- Devoraste os homens de Ares, seu canibal! Pretendes fazer o mesmo comigo?! – Perguntou Orixá receoso.

 

- Não. Eu o fiz isso para os punir dos seus actos contra os meus homens, faço de tudo o que é preciso, mesmo que tenha de esconder esta faceta desconhecida aos meus leais guerreiros. Orixá Ogum, nasceste como um mortal e ascendeste como um deus, mesmo não sendo uma divindade genuína, tens o meu respeito e o mérito necessário. Além disso, as tuas habilidades como ferreiro são mais admiráveis do que o meu poder, digo mais uma vez e pedirei até que cedas: empresta-me a tua capacidade. – Solicitou Maahes ao revelar seu lado negro como ainda ao elogiá-lo.

 

O deus africano ferido mal acreditou na sinceridade dele, porém apertou a mão em sinal de concordância.

 

- Tens alguma ideia contra o Gold Slayer? – Questionou Ogum.

 

- Se ele mostrar a sua cara, irei aniquilá-lo. – Respondeu Maahes convicto.

 

- Foi o que pensei, o meu instinto de guerreiro inquieta que ele possa ser mais perigoso que Ares, ouvi dizer que conseguiu matar um deus. – Informou Orixá Ogum.

 

Maahes se calou, olhou para a janela ao observar o horizonte, depois visualizou seus homens e leões que conviviam em harmonia, pensando no bem deles.

 

- Tenho montes de metais, vais precisar de assistentes, Orixá Ogum? – Perguntou.

 

- Eu farei sozinho, mostrava-me a tua sala para eu trabalha, Maahes! – Prontificou Orixá orgulhoso.

 

Maahes sorriu e o encaminhou.

 

Santuário destruído, a moradia de Ares.

 

O glorioso Santuário estava destruído, arruinado pela matança, este lugar continha vestígios de sangue tingido nas colunas, pilares e templos. A temível guerra avassalou e destruiu indiscriminadamente, existia bocados das Armaduras dos Cavaleiros e Amazonas espalhados tal como seus cadáveres, nem os servos foram poupados do massacre.

 

Agora era governado por Ares que estava sentado no trono do Grande Mestre com a sua Raseri ao segurar o Báculo de Niké na mão direita com um ar satisfeito e feliz como uma criança que recebeu um brinquedo, a sua alegria foi interrompida pela chegada de um guerreiro alto, corpulento de um aspecto intimidante.

 

Este guerreiro trazia na mão direita, uma cabeça cortada de um deus barbudo de cabelos negros com uma expressão dolorosa que foi vencido de forma humilhante, quem era esta divindade e seu carrasco?

 

- Oh, Kratos! Honras-me com esta cabeça de quem? – Perguntou Ares atiçado pela curiosidade.

 

Este homem, Kratos era o Berserkers mais poderoso, o braço direito de Ares, barbudo e tatuado com sangue dos seus adversários derrotados, vestia a Raseri das Lâminas do Chaos, exibia para o alto a cabeça.

 

- Kovas… - Revelou Kratos o nome da sua vítima. – Não passa de um deus tão fraco, foi muito fácil de o matar, Ares! – Disse o desiludido guerreiro.

 

- Menos um, bravo meu caro Kratos! – Felicitou Ares ao brandir o Báculo. – Onde está a Anahit?

- Não a encontrei, quando cheguei ao meu templo na Armavir. Estavam lá os homens deste, os Karas, exterminei-os com apenas o balançar da minha lâmina, nem deu para o cheiro! Mandas-me para missões aborrecidas e chatas, eu sou um espartano, quero combater contra os outros deuses fortes e não como este! – Explicou Kratos ao expressar a sua frustração.

 

Atirou a cabeça contra o chão e a esmagou com a sola do “sapato” da Raseri como se fosse uma fruta ao espalhar os miolos e sangue.

 

- Os fracos caem depressa, Kratos! Em breve, terás os teus adversários divinos como tanto anseias! Nenhum dos meus Berserkers chegam aos teus calcanhares, contigo como meu lado e este Báculo, sou invencível! – Vangloriou Ares ao levantar do seu trono ao rir como um maníaco.

 

Outro Berserker chegou, este era um muviano que trajava a Raseri de Chakram, seus cabelos eram iguais ao sangue em cor, olhos azuis com uma aparência mais delicada, tendo traços femininos, com a ajuda da sua telecinesia, este traidor comandava uma grande quantidade de armas circulares ao rodopiar seus dedos, ele atuava como um espião, seu nome era Dereng.

 

- Espero que não tenha interrompido nada, Grandioso Deus da Guerra. – Comentava o irónico muvinao.

 

- O que fazes aqui, sua serpente?! – Perguntava Kratos ao lançar a sua lâmina que estava acorrentada pelo cabo.

 

Dereng se defendeu ao usar o chakram como um buraco de verme que se voltou contra ele, porém os reflexos de Kratos permitem escapar do seu próprio ataque.

 

- Não tens nenhum pingo de educação, meu caro espartano! É irónico saber que o Gold Slayer não consegue matar um muviano tão fraco como eu, ho ho ho ho! – Ria Dereng com grande desdém.

 

- Já chega, Kratos! Deixa esta sede de matança para o campo de batalha, tens alguma novidade, seu maldito? – Perguntou Ares sem paciência.

O Berserker da Chakram se curvou em sinal de respeito ao fechar seus olhos.

 

- Hoje trago más notícias, Grande Deus da Guerra. – Relatou Dereng.

 

A frase despertou um cosmo carregado de fúria em Ares, o Santuário tremia tudo por causa deste terramoto.

 

- Espera, Grande Deus da Guerra! – Suplicava o muviano.

 

Ares parou, porém não cessou a fúria que tinha por dentro.

 

- Fala de uma vez! – Ordenou o deus da guerra.

 

- Os Irmãos Calamidade e o Berserker da Tonfa foram derrotados por Cavaleiros e…

 

- Impossível! Estás a mentir, eu os matei a todos e as suas Armaduras destruídas estão espalhadas nesta terra, não pode existir nenhum vivo! – Contestou Kratos ciente das suas ações.

 

- Uma pequena correção, meu caro Kratos! Houve um Cavaleiro de Ouro que não mataste, eu! – Argumentou Dereng ao rir da cara dele.

 

- Eu disse que matei a todos! – Pronunciou Kratos ao manter a sua palavra e também seu ataque contra o muviano.

 

- Silêncio os dois! – Ordenou Ares. – Há mais, seu miserável portador das más notícias?!

 

- Sim, Orixá Ogum está na posse do Maahes. – Continuou Dereng.

 

- Eu irei pessoalmente lá! – Incentivou Kratos.

 

- Um momento, Kratos! Disseste Cavaleiros de Ouro, quantos são? – Perguntou Ares instigado.

 

- Dois Cavaleiros, uma Amazona e também um Einherjar de Odin com eles, meu Grande Deus da Guerra, eles se dirigem para Etrusca, devemos enviar outros Berserkers no lugar deste incompetente Gold Slayer? – Perguntou o maldoso muviano.

 

- Ainda não, espia-os mais um pouco e procura mais sobre essa Arma Suprema, maldito! – Mandou Ares.

 

- Às suas sábias ordens! – Ironizou Dereng ao teleportar para o Star Hill.

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  • 4 semanas depois...

Oi Saint tudo bem li seu cross over e gostei bastante

 

O mundo que os cavaleiros e o Nimbul foram jogados me pareceu bem interessante de uma forma louca. A ideia de uma de uma guerra total entre todos os deuses da guerra de diferentes mitologias é bem inovadora, tanto que acredito poderia uma fic inteira indo muito além de uma história curta como normalmente são seus Cross over

Só gostaria que fosse possível colocar guerreiros de várias várias mitologias como principais, as discussões que isso poderia desencadear seria bem interessante.

 

O Nimbul está muito bem representado, dá para ver que ele se cents deslocado no meio de tantos cavaleiros, mas ainda consegue ser útil e manter seu papel de certa liderança

 

As interações entre os cavaleiros e o Nimbul são um caso a parte todos tentam dividir experiências e entender o que estão vivenciando

 

A história em si está intessante e inclusão de Kratos foi realmente uma surpresa, nunca joguei God of War mas sempre me perguntei o que aconteceria se este personagem fosse jogado no universo de Saint Seiya

Espero pelos próximos caps

 

Até a próxima

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Oi Saint tudo bem li seu cross over e gostei bastante

 

O mundo que os cavaleiros e o Nimbul foram jogados me pareceu bem interessante de uma forma louca. A ideia de uma de uma guerra total entre todos os deuses da guerra de diferentes mitologias é bem inovadora, tanto que acredito poderia uma fic inteira indo muito além de uma história curta como normalmente são seus Cross over

Só gostaria que fosse possível colocar guerreiros de várias várias mitologias como principais, as discussões que isso poderia desencadear seria bem interessante.

 

O Nimbul está muito bem representado, dá para ver que ele se cents deslocado no meio de tantos cavaleiros, mas ainda consegue ser útil e manter seu papel de certa liderança

 

As interações entre os cavaleiros e o Nimbul são um caso a parte todos tentam dividir experiências e entender o que estão vivenciando

 

A história em si está intessante e inclusão de Kratos foi realmente uma surpresa, nunca joguei God of War mas sempre me perguntei o que aconteceria se este personagem fosse jogado no universo de Saint Seiya

Espero pelos próximos caps

 

Até a próxima

Yo Fimbul, agradeço-te imenso por teres lido.

 

Uma coisa será certa e até bem acertada, não será em formato de gaiden, pois este crossover merece ser grande para aproveitar o potencial ao mostrar o único que almejo. Em capítulos preparados e cuidados, irei demonstrar um pouco de cada, até mesmo as motivações, razões e objectivos desta Great War of Gods Warrios (inventei isso agora mesmo).

 

Foi o que imaginei e interpretei sobre o teu Fimbul, embora ele seja o mais destacado e "afastado" dos Cavaleiros, porém ele consegue possuir algo que fica entre os Cavaleiros apesar das diferenças entre poder, Armadura (no seu caso a Spithrill) e deus até. Ele entende que era necessário uma aliança para sobreviver neste mundo estranho e louco, aos poucos sinto que ele pode afeiçoar às causas destes Dourados.

 

Este Kratos foi mesmo inspirado na personagem do jogo de God of War, eu o quis incluir nesta fic pelo motivo que ele representa um Berseker em todo seu conteúdo, conceito e plenitude.

 

Muito obrigado mais uma vez e abraços!

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  • 1 mês depois...

Olá Saint,

Crossover deu um up com uma coisa que eu gosto bastante: intrigas!

Mahees não é tão benevolente quanto eu acreditava, matando friamente os opositores e em segredo dos seus seguidores. Gostei do diálogo dele com o Ogum e do modo como as coisas se deram.

Mas o que mais me agradou foi o mundo onde está inserido: Ares governa e matou todos os cavaleiros, tendo o báculo de Nike. Muito interessante, principalmente por não saber o que vai rolar a partir daí. Essa guerra entre deuses da guerra ainda terá muito pano de fundo.

Valeu Saint,

Abraços

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Olá Saint,

 

Crossover deu um up com uma coisa que eu gosto bastante: intrigas!

 

Mahees não é tão benevolente quanto eu acreditava, matando friamente os opositores e em segredo dos seus seguidores. Gostei do diálogo dele com o Ogum e do modo como as coisas se deram.

 

Mas o que mais me agradou foi o mundo onde está inserido: Ares governa e matou todos os cavaleiros, tendo o báculo de Nike. Muito interessante, principalmente por não saber o que vai rolar a partir daí. Essa guerra entre deuses da guerra ainda terá muito pano de fundo.

 

Valeu Saint,

 

Abraços

Yo, Nikos!

 

Afinal, vi o que o potencial das intrigas poderia fazer e pelos vistos, atraiu um leitor como tu, lol!

 

Maahes faz o que acha correto, embora as suas ações sejam questionáveis, mas as suas intenções são puras e em benefício do seu povo, bem que seja difícil de acreditar para o próprio Orixá.

 

Esta é a versão do sonho de Ares, imagina em Bloody War se isso iria acontecer, era mesmo o ideal, não era?

 

Tem um plano enorme e mal está no seu começo.

 

Abraços e igualmente, mon ami!

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  • 1 mês depois...

Capítulo 06 – Segredos

 

A noite caiu no Santuário destruído, a própria deusa Atena estava acorrentada com ferros espinhosos e quentes que queimavam a sua pele, o corpo mortal que ela reencarnou numa mortal se chamava Nichola, cabelos negros curtos, porém agora grisalhos e descuidados, uma pele branca como os caucasianos, trajada da sua Armadura rachada, banhada pelo seu próprio sangue, o Ichor que a ajudava a cicatrizar as feridas, pequena de estatura e altíssima na sua vontade, olhos da cor de prata que não perdiam o seu brilho.

 

O seu espaço confinado e solitário foi recebido por um visitante incomum.

 

- Kratos… - Pronunciou Atena o nome da sua visita.

 

O campeão de Ares se aproximou ao sair das sombras banhando na luz da lua para vê-la, apesar de ela ser a inimiga do seu deus, o Berserker a respeitava e admirava pelo fato de possuir um espírito indomável de guerreira. Mesmo que ela tenha perdido todo o seu exército, testemunhou a matança e as atrocidades desumanas dele.

 

- Por quanto tempo mais é que vais ficar assim? – Perguntava Kratos com retórica. – Acreditas nesta tola esperança, explica-me como uma deusa guerreira como tu acredita nisso.

 

- Toda a vez que vens aqui, me interrogas com estas questões que nem crês… estão confusas e desconfias do que fazes, Ares não te merece e para ele não passas do seu peão inestimável, a sua Rainha num tabuleiro de xadrez…

 

Ele aproximou com seus passos hostis, com a lâmina na mão direita que preparava para rasgar a pele do pescoço elevando o cosmo escarlate, ele não conseguia mais do que encostar e o seu membro, tremia e olhava firmemente nos olhos da deusa.

 

- Porque não tens medo?!

 

Interrogou com fúria ao balançar a sua lâmina carregada de cosmo e acoplada por um corrente que destruiu um das colunas ao descarregar a sua raiva e hesitação.

- Temes a mudança ou aceitas a realidade falsa que vives? – Insistiu Atena em abri-lhe os olhos.

 

- Cala-te!! – Exigiu o Berserker ao socar no estômago dela, porém nem um som de dor ela o fez, aguentando forte e sem pestanejar.

 

O guerreiro desistiu e revirou-lhe as costas para a deusa, detrás da coluna demolida estava uma arma de chakram que servia como um aparelho de videovigilância ao monitorar o comportamento do campeão de Ares que observava pela habilidade cósmica de Dereng, o muviano traidor.

 

- Tens um lado desconhecido, meu caro Kratos! É assim que matas o teu tempo, ho ho ho ho! – Gargalhava Dereng.

 

Ele estava dentro de Star Hill, sentado numa cadeira de madeira que vasculhava centenas de livro, pergaminhos, diários dos Grandes Mestres, mapas e manuscritos. Tudo ao mesmo, porém de nada ele encontrou a resposta que precisava, nem mesmo uma pista.

 

- O Grande deus da guerra é um impaciente, ignorante e pretensioso homem! Dedico a esta tarefa inútil, nenhum Grande Mestre ou mesmo Atena iria manter as suas preciosas e raras informações num lugar como este para uma situação impensável como esta! De certeza, que há um outro sítio nestas ruínas que só seja acessível a quem for seu representante, o que fazer? – Interrogou Dereng com seu monólogo reflexivo. – Enfim, estou cumprindo meu papel de espião, por falar nisso, espero que ela não se tenha lembrado desta minha ausência imprevisível.

 

Desapareceu por meio de teletransporte para o local onde estava destinado na sua mente, deixando numa confusão.

 

Athor Anahit, província do Reino Armeno (Sudeste de Turquia na antiguidade)

 

Na montanha em Sophene situava o templo de Anahit, uma divindade arménia da fertilidade, beleza, água e guerra, esta era bastante conhecida pelo meu povo como benevolente, benfeitora de toda a raça humana, a mãe de todo o conhecimento e filha do grande Aramazd (pai de todos os deuses e deusas e criador do Universo, segundo a mitologia arménia), porém com o surgimento desta guerra colossal, ela mudou e não era vista como a mesma de antes.

 

O seu delubro era feito de pedras com influências das terras árabes e também dos gregos, grandioso e incomparável e iluminados com tochas espalhadas pelo corredor e vigiado por diversos guerreiros, distintos em termos de proteções, etnias e ideologias.

 

Dentro do quarto principal, assentava o quarto de trono de Anahit, usava um corpo mortal da sua hospedeira mortal, seus olhos eram dourados, cabelos castanhos e trançados com missangas como acessórios e espalhados por cima da sua indumentária chamada Ditsov, a sua proteção divina de cor azul real com vermelha como as rosas e ainda o amarelo usado pelos seus símbolos inúmeros espalhados por todo o “corpo” da veste metálica, o elmo era em forma de coroa pontiaguda de rainha. Ela estava sentada na espera de alguém.

 

- As tuas demoras são tão imprevisíveis quanto o teu comportamento, Dereng. – Comentava Anahit.

 

O seu convidado chegou ao pé dela com um ar indiferente ao sorrir de forma pouco perceptível.

 

- O seu plano correu na perfeição, deusa Anahit. – Elogiou Dereng com uma emoção contida nas suas palavras.

 

Ela se levantou e olhava pela janela ao contemplar os Karas que possuía em seu exército misto, eles usavam o seu uniforme característico do seu deus, Kovas, a Vienodas. Azul era a coloração que os distinguia.

 

- Continua com os homens dele em seu arraial pessoal? Andam a promete-lhes o prazer carnal? – Interrogava o muviano ciente das ações dela.

 

- Nenhum homem é assim tão fiel ao seu general que o serve, eu os incentivo e motivo com as mulheres desta terra, porém a tua lealdade é questionável, não serves ninguém diretamente e tiras partido do caos desta calamidade, não é verdade?

 

- Sou grato pela sua ajuda, é como disse muito bem: não sirvo ninguém. Eu trago botícias para a Vossa Divina Graça e Formosa. – Bajulou Dereng com um sorriso misterioso.

 

A deusa voltou a sentar no seu trono tentando adivinhar qual seria, não havia alguma que ela pudesse esperar, era preciso algo surpreendente para ela.

 

- Porque não me falas do Kratos, o Berserker favorito de Ares, o seu melhor guerreiro? – Questionava Anahit aborrecido que mostrava sinais de afeição por este mortal.

 

- Gostas mesmo daquele cão raivoso e cego, ele não faz mais do que matar e destruir tudo no seu caminho. – Comentou Dereng com uma expressão indiferente.

 

- Ele tem um mérito muito maior do que qualquer deus ou deusa que iniciou esta guerra, Ares aproveita da glória dele para expandir a sua fama e influência, sabes que ele é que foi responsável pelas severas baixas de muitos exércitos e como tal a sua força cresce a um ritmo sobrehumano, em breve ele poderás ser mais forte do que uma divindade, para isso ele teria de ser morto e não imagino que nenhum mortal seja capaz, é bem provável que uma força maior consiga. – Observava Anahit com base em seus conhecimentos.

 

- Não quer ouvir as novidades, Formosura Divina? – Insistiu Dereng.

 

- Diz lá.

 

- Os Irmãos Calamidade e o Berseker da Tonfa foram vencidos pelos Cavaleiros de Ouro e um Einherjar de Odin, Orixá Ogum está com o Maahes. – Relatou Dereng com os detalhes sórdidos.

 

Os olhos da deusa arregalaram, ergueu-se do trono bruscamente ao derrubar o objeto e fitou com seriedade para o jocoso traidor.

 

- É interessante, não é? Era de informação de todos que a horda de Atena tinha sido destruída, porém estes três surgiram e eu vi os meus “colegas” serem mortos por aquele violento Berserker, o mesmo se pode dizer que as suas Armaduras são autênticas. Posso ser ter escolhido o caminho diferente do meu povo, porém sei avaliar uma e perguntas surgem e a cara está estampadas delas, parece um livro aberto, Formosura Divina! – Gargalha o muviano com o desenrolar dos eventos inesperados.

 

- Falas a verdade, para um espião e traidor. Isso é difícil de acreditar nas tuas palavras subentendidas. – Contestou Anahit com um olhar afiado.

 

- Então, porque precisa de mim?

 

- Tens uma dívida de gratidão para comigo ou preferes esquecer? – Interrogou a deusa aborrecida.

 

- Não esqueci de maneira alguma, tirando isso. Quer as cabeças decepadas dos Vegter, posso fazer…

 

- Não quero saber desses guerreiros insignificantes, os Cavaleiros estão vindo para as ruínas do Santuário? – Interrogou Anahir com interesse neles.

 

O muviano mostrou onde estavam através do seu chakram ao recorrer com o cosmo, estavam acampados na noite com uma fogueira acesa, enquanto um deles estava de patrulha ao vigiar, era Nimbul, o Guerreiro Divino de Thor.

 

- Eles estão a caminho de Etrusca, os rumores não dizem que é aí que está o seu Favi e também os seus doze Tages da Menvra?

 

- Nunca confirmaram a veracidade desses fatos, advirto fortemente e sabiamente até ,Ares já tem conhecimento deles. – Relatou Dereng.

 

- Isso é bom na mesma, ao ser mortos! Podem ser ressuscitados pelo meu…

 

- Fala daquela criatura que parece com um cão! – Gozou o muviano sem medir as suas palavras.

Ela não perdoou tal insulto e bofeteou sem hesitação numa das faces dele.

 

- Mostra respeito para com Aralez, é uma divindade da mais antiga e não tolerarei esta injúria, é graças a ele que estás vivo! – Pronunciou Anahit ao perder a sua postura.

 

Ao mencionar o nome do ser, apareceu pelas sombras uma criatura semelhante a um cão com asas, ele era responsável pela ressurreição dos guerreiros caídos como também curador das feridas que lambia, ela o acaricia e o tratava como alguém superior a ela.

 

- A próxima vez não vais safar com este tabefe, a tua vida frágil estará ameaçada! – Prometeu a deusa.

 

Ele acenou com a cabeça ao baixá-la, sorriu de uma forma escondida na sombra do seu rosto.

 

- Tenho de ir, Vossa Formosura Divina! Ares não gosta de esperar, até à próxima! – Despedia o muviano.

 

A notícia animou-a e ela esperava em aumentar o seu exército misto apostando mais na qualidade do que a quantidade que ela possui na realidade.

 

Amanhecer em Etrusca

 

A última ronda terminou com Nimbul, enquanto seus novos companheiros descansavam, excepto um, a Mary de Caranguejo foi a primeira a despertar e se dirigia a ele com um ar preocupada.

 

- Madrugou cedo, Mary. Descansou bem? – Perguntava o Hraesvelg com o bem-estar dela.

 

- Não devias ter esforçado e ter ficado sozinho, o risco era muito grande, Nimbul. – Dizia a Caranguejo com um aviso.

- Não me importo nada, tenho uma nova oportunidade e uma vida para servir. Quero dedicar-me ao máximo e fazer o que não fiz antes. – Revelou o Guerreiro Divino como estivesse a abrir o seu jogo para ela.

 

- É verdade que enfrentou Cavaleiros de Atena? Deve alguma razão para isso? – Questionou Mary ciente da informação que circulava sobre ele.

 

O líder dos Guerreiros Divinos de Thor percebeu que aquela questão era muito diferente do que ele esperaria de uma pessoa como Mary em vez das interrogativas acusadas de Ras.

 

- Só posso responder à primeira: sim, enfrentei e foram dois irmãos, lembro dos seus nomes. Shun de Andrômeda e Ikki de Fénix, eram de Bronze e lutavam como se fossem Dourados, iguais a cada um de vós, o Shun era forte, porém recusava ferir o seu adversário, enquanto Ikki que era o mais velho, lutou bravamente como guerreiro e honrou como uma fénix. – Explicou Nimbul com orgulho neles.

 

A Amazona nunca viu nenhum Cavaleiro com estas Armaduras, porém ela sabia muito bem o que seria combater com esta bravura heroica e altruísta.

 

O momento foi interrompido pelo barulho da fome da barriga de Dédalo que acordou o Leão de Ouro que dormia ao pé dele.

 

- Tenho fome… - Comentou Dédalo.

 

Ras, o Cavaleiro de Leão e membro da Guarda de Ouro, levantou-se meio assustado com Dédalo ao vê-lo a babar-se por causa da sua fome.

 

- Não temos mais, comeste tudo! Seu glutão, devias ter racionado, mas preferiste a encher o teu estômago! – Queixava Ras ao dar um sermão nele.

 

Nimbul e Mary aproximaram de ambos.

 

- Antes de iniciarmos a nossa busca, temos de conseguir alimento e esta região está desértica e cheia de ruínas, não vai ser fácil. – Dizia Nimbul com a sua experiência.

 

- Pois é, e este…

 

- Não adianta acusá-lo outra vez, Ras! Não gastes energia à toa! – Aconselhava Mary.

 

Parecia que o Leão tinha sido ralhado como uma criança, ele estava um pouco rabugento.

 

Perto deles, ouviram um barulho, eram pés pesados. Ras encostava seu ouvido à terra e conseguia calcular a distância de onde vinha, em silêncio e apenas com sinais gestuais, o quarteto fora cuidadoso.

 

Quando avistaram a pessoa, nenhum deles conseguia e os três Cavaleiros interrogavam, era um homem de alta estatura com uma aparência cuidada, porém com barba negra, olhos castanhos e um físico cuidado, trajava uma proteção cujo brilho emitia mais forte do que uma Armadura de Ouro, utilizava vestes cerimoniais, era semelhante à do Touro, porém com detalhes chamativos e as estrelas da constelação estavam espalhadas por todo o “corpo” do manto metálico, carregava ossos nas mãos e procurava por outros.

 

- Ele é um Cavaleiro de Ouro? Aquela Armadura é muito parecida com a minha? – Interrogava Dédalo baixinho para seus companheiros.

 

- Isso é muito estranho. Será uma cópia mesmo, sinto uma energia cósmica diferente e nada igual a um de nós e além disso, tem ar de sacerdote e não de um combatente. – Analisava Mary.

 

O estômago do Touro Dourado deu sinal e este homem misterioso conseguiu ouvir bem, ele colocou em posição defensiva ao invocar uma técnica ilusória.

 

- Minotaur’s Maze (Labirinto de Minotauro)

 

Os quatro caíram na técnica dele e estavam presos, cada um separado dos outros.

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  • 1 mês depois...

Oi saint desculpe por ter demorado

Enfim esta historia esta ficando cada vez mais complexa e intrigante

 

Atena ainda esta viva entao.. será que vai conseguir sair dessa prisão

 

O Dereng se torna um personagem cada vez mais complexo, ele parece ser um agente triplo agora, pois esta trabalhando para outra deusa. Se bem que para mim ele lembrou um pouco o Little finger do GOT, ele só se importa consigo, usa a esperteza para conseguir sucesso e sempre cria intriga>ias um pouco e vou começar ele de Loki XD

 

Gostei dessa conversa entre os dourados e o Nimbul, eles parecem estar se dando bem, mas o guerreiro podia se soltar um pouco né, sempre estar cuidando de todos de forma superior. É o jeito dele mesmo

 

Quando eu pensei que não faltava nada acontecer eles caem no labirinto do minotauro! Vamos ver como eles saem dessa

 

Até a prox Saint

Parabens

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  • 2 meses depois...

Ciao Saint,

A história vem se recuperando bem. Apesar do número excessivo de personagens (sim, e está aumentando cada vez mais), a complexidade da trama é algo marcante. Não estamos diante de uma guerra santa com Bem x Mal (Saga de Hades), ou visão A x Visão B (Minha fic).

Estamos aqui com uma rede de artimanhas que cresce e nos deixa com a cabeça mais embaralhada. Sugiro que não adicione mais tramas kkk, se não vamos pirar completamente, o que daí se torna exagerado.

O ponto forte e aqui cito, são os mistérios e as relações entre os personagens. É clara a relação deus x servo em cada uma das cenas. Anahit mostra-se irritada com um possível sacrilégio verbal e isso denota um pouco da arrogância dos deuses.

Dereng possui uma ironia na fala digna de nota. Ele realmente parece não ter ninguém a quem adora no seu interior (além dele mesmo). Mas quem sabe não nos suroreendas no futuro com um possível amor dele.

A cena final, com os personagens do crossover, propriamente digna, foi bem fiel. Ras mostra-se mal humorado, Mary mais pé no chão. Enfim, essas relações são sempre o que esperamos de início num crossover. E, fico feliz, que esse não é o seu foco principal, mas que elas existam. Há uma trama, há uma história boa por de trás de tudo isso.

Eu particularmente não gostei do filme dos vingadores porque focou só na interação e a história foi fraquíssima.

É isso então Saint! Abraços

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